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Termodinâmica: Dilatação térmica dos sólidos

Carolina Menegolla, Gabriel Lorenzi, Mayana Raimundi.


Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
Engenharia Ambiental e Sanitária- Bacharelado
Física Experimental II
Grupo 3

Resumo. No estudo da Termodinâmica um dos importantes fenômenos que podem


ser analisados e compreendidos é a dilatação térmica de sólidos. Este processo
ocorre mediante aumento de temperatura que causa variação na dimensão de
objetos. O chamado coeficiente de dilatação térmica é a capacidade que os
materiais têm de mudar suas dimensões, em relação a uma determinada variação
de temperatura. Diante disso, este experimento teve o objetivo de determinar o
coeficiente de dilatação de três tubos de diferentes metais. Por meio da ebulição
da água obteve-se a dilatação dos mesmos e assim foi possível determinar os
devidos coeficientes de dilatação de cada material.

Palavras chave: termodinâmica, dilatação térmica, temperatura.

Introdução
A dilatação térmica é um fenômeno estudado pela Termodinâmica, o qual caracteriza-se pelo
aumento das dimensões de um corpo linearmente em decorrência do aumento da temperatura.
O calor ocasionado ao aquecer um corpo, faz com que haja maior agitação (energia cinética)
das moléculas deste, tornando a distância média entre elas maior que resulta em uma expansão.
A dilatação quando é razoavelmente pequena quando analisada e comparada às dimensões
iniciais que o corpo possui, ela torna-se proporcional a variação de temperatura, pela qual o
objeto passa.
A variação do comprimento do objeto depende das características que este possui. Sendo
assim, estas propriedades variam de acordo com a composição do material. Isto é denominado
como “coeficiente de dilatação”.
O experimento realizado em laboratório, consiste em determinar o coeficiente linear de
dilatação de cada um dos objetos sólidos de composição metálica selecionados, após haver o
aquecimento destes e a notação de seus respectivos comprimentos antes e posterior à variação
de temperatura ocasionada.

Procedimento Experimental
Para a determinação do coeficiente de dilatação térmica de três tubos metálicos, utilizou-se
um equipamento acoplado a um paquímetro para a leitura do valor da variação de dilatação
desses tubos. Para sua montagem, inicialmente ajustou-se o relógio comparador presente na
ponta do arranjo. Em seguida, o primeiro tubo (para cada um dos três tubos são feitas três
leituras) é alinhado no equipamento sem que encoste no relógio comparador que é altamente
sensível ao ser tocado. Neste momento é importante fazer a medição do comprimento inicial do
tubo em temperatura ambiente.
Em seguida, fixa-se o balão volumétrico à pinça com mufa e é acrescentado 50 ml de água
(previamente já aquecida) no seu interior. Os termômetros são fixados nas hastes destinadas a
eles e anota-se as temperaturas em que estão neste momento. O tubo é empurrado para que
encoste no relógio comparador e assim ajustado no zero para que uma leitura inicial possa ser
feita. Após, com uma lamparina é aquecida a água contida no balão volumétrico e por meio da
sua ebulição (aumento de temperatura) percebe-se o início do aquecimento do tubo e
consequentemente sua dilatação. Enquanto isso também anota-se em que temperatura ambos os
termômetros marcam uma temperatura quase que constante (e igual) quando ocorre a dilatação
do corpo analisado e o seu valor apontado pelo paquímetro.

Equipamentos e Materiais

Imagem 1: equipamento após montagem.

Materiais utilizados:
• Dois termômetros -10 a +100ºC;
• Balão volumétrico;
• 50ml de água quente;
• Lamparina;
• Três corpos de prova de diferentes materiais;
• Haste cromada com pinça de mufa;
• Paquímetro
• Rolhas com furos.

Resultados e Discussão
Dados obtidos da variação do comprimento sofrido por uma barra em função do
comprimento inicial, mantendo constante a temperatura:

Tabela 1: comprimento da barra de cada material em temperatura ambiente anterior ao


aquecimento:

Temperatura Comprimento da
Material Ambiente barra
(ºC) (L)

Metal 1 24,5 ºC 62,0 cm

Metal 2 24,5 ºC 62,0 cm

Metal 3 24,0 ºC 62,0 cm

*Erro do termômetro: 0,1ºC.


*Erro da trena: 0,05 cm.
Tabela 2: variação do comprimento do metal 1 em relação à variação de temperatura sofrida.

Temperatura Comprimento da
aferida nos barra
termômetros (L)
(ºC)

Termômetro 1 84ºC

0,82 mm
Termômetro 2 72ºC

Média 78ºC

*Erro do termômetro: 0,1ºC.


*Erro do paquímetro: 0,05 mm.

Tabela 3: variação do comprimento do metal 2 em relação à variação de temperatura sofrida.

Temperatura Comprimento da
aferida nos barra
termômetros (L)
(ºC)

Termômetro 1 84ºC

0,53 mm
Termômetro 2 70ºC

Média 77ºC

*Erro do termômetro: 0,1ºC.


*Erro do paquímetro: 0,05 mm.

Tabela 4: variação do metal 3 em relação á variação de temperatura sofrida.


Temperatura Comprimento
aferida nos da barra
termômetros (L)
(ºC)

Termômetro 1 87ºC

Termômetro 2 75ºC 0,53 mm

Média 81ºC

*Erro do termômetro: 0,1ºC.


*Erro do paquímetro: 0,05 mm.

Fórmula do coeficiente da dilatação linear:

∆L = Lo*α*∆T (1)

Isolando:
α = ∆L/(Lo*∆T) (2)

Onde:
∆L = variação do comprimento do corpo (m);
α = coeficiente de dilatação linear do material (ºC-¹);
Lo = comprimento inicial do corpo (m);
∆T = variação da temperatura (ºC).

A partir dos resultados obtidos no experimento colocamos os valores na fórmula 2, assim


calculando os coeficientes de dilatação linear para cada um dos materiais.

Metal 1:
α = ∆L/(Lo*∆T)
α = 0,00082/(78*0,62)
α = 0,000017ºC-¹

Metal 2:
α = ∆L/(Lo*∆T)
α = 0,00053/(77*0,62)
α = 0,000011ºC-¹

Metal 3:
α = ∆L/(Lo*∆T)
α = 0,00053/(81*0,62)
α = 0,000010ºC-¹

Imagem 2: Tabela de coeficiente de dilatação dos materiais.

Com a tabela acima observamos os valores, porém mesmo com os cálculos não é possível
afirmar qual metal é qual, pois os metais apresentaram problemas principalmente na parte onde
havia uma emenda (falha) com a saída do vapor, assim permitindo o calor escoasse do metal
antes de cumprir o trajeto desejado. Sendo desta maneira, observamos que o metal 1
provavelmente é cobre, o metal 2 pode ser ferro ou aço (porém aço é pesado, tal característica
que o corpo de prova não possuía) e o metal 3 pode ser platina, ferro ou aço.

Conclusão

Diante do experimento realizado e dos resultados obtidos, percebe-se que os valores de


dilatação térmica dos tubos metálicos encontrados não são em sua totalidade compatíveis com
os tabelados, mas aproximam-se, sendo possível assim, determinar de qual tipo de metal é cada
corpo de prova e por meio desse experimento corroborar o que a teoria da termodinâmica e da
dilatação térmica de sólidos afirma. Além disso, é possível perceber a importância do
conhecimento e estudo de características, como a dilatação térmica, de diferentes materiais
antes de aplica-los em importantes ramos, como por exemplo, na construção civil e assim evitar
possíveis danos ou problemas futuros.

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