Módulo 2. Meteorologia I UniGOYAZES

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MÓDULO 2

Fenômenos Meteorológicos e seus


Desdobramentos na Atmosfera

1
Aula 01: Hidrometeoros e
Litometeoros
1 Definição
O vapor d’água é o indicador de todos os fenômenos formados pela água e
conhecidos genericamente por HIDROMETEOROS. Dentre os hidrometeoros
mais importantes, destacam-se as nuvens, o nevoeiro, as precipitações em geral e
a névoa úmida. Por outro lado, as impurezas presentes no ar atmosférico,
compostas por minúsculas partículas sólidas, revestem-se de grande importância
para o estudo da Meteorologia Aeronáutica, principalmente pela restrição que
causam à visibilidade atmosférica. Essas partículas sólidas recebem o nome de
LITOMETEOROS e são denominadas particularmente por névoa seca, fumaça,
poeira etc.

2 Hidrometeoros

De uma maneira geral, podemos considerar três tipos de hidrometeoros:

a) Os que são encontrados em suspensão na atmosfera, tais como as nuvens;


b) Os que precipitam, isto é, os que caem das nuvens em forma de precipitação:
chuva, chuvisco, granizo, saraiva etc;
c) Os que se depositam, isto é, que surgem em determinada superfície resfriada,
tais como o orvalho, a geada, o nevoeiro e a névoa úmida (estes dois últimos são ao
mesmo tempo de suspensão e depositantes).

2.1 Nevoeiros (Fog – FG)

O nevoeiro é um aglomerado de gotículas de água em suspensão na atmosfera,


diferindo de uma nuvem apenas por formar-se junto à superfície (abaixo de 30
metros – acima dessa altura será considerado nuvem do tipo stratus).
Dentro de um nevoeiro, as gotículas são suficientemente numerosas para impedir
a passagem dos raios solares, reduzindo consideravelmente a visibilidade.

A diferença entre o nevoeiro e as nuvens formadas nas proximidades da superfície,


está no fato de que estas são de espessura consideravelmente maior. Difere
igualmente da chuva ou chuvisco, porque suas gotículas de água são menores e
estão em suspensão. À temperaturas muito baixas, o nevoeiro pode constituir-se
de minúsculas partículas de gelo em suspensão.

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O nevoeiro é formado quando o vapor de água se condensa, seja como resultado do
resfriamento do ar ou do acréscimo de vapor d’água.

O primeiro caso resulta do resfriamento do ar em contato com uma superfície fria,


fazendo com que a temperatura do ar diminua, até atingir a temperatura do ponto
de orvalho.

O segundo processo resulta do acréscimo de vapor d’água ao ar, como resultado da


evaporação das superfícies líquidas, de solo molhado, ou chuva caindo através do
ar. Neste caso, o ponto de orvalho irá aumentado gradativamente, até atingir a
temperatura do ar.

2.1.1 Condições favoráveis para a formação do nevoeiro

• Ventos fracos ou calmos


• Umidade relativa elevada (97% a 100%)
• Elemento (topográfico ou não) que propicie a sua formação

2.1.2 Tipos de Nevoeiros

Nevoeiros de Massas de Ar: Nevoeiros Frontais:


a) Nevoeiro de radiação
a) Nevoeiro Frontal de Frente Fria
b) Nevoeiros de advecção Ocorre APÓS a passagem de uma frente
• Nevoeiro de vapor fria
• Nevoeiro marítimo
• Nevoeiro de brisa marítima b) Nevoeiro Frontal de Frente Quente
• Nevoeiro orográfico ou de Ocorre ANTES da passagem de
encosta uma frente quente
• Nevoeiro glacial

2.1.3 Nevoeiros de radiação

Além de movimentar-se em torno do seu eixo imaginário, a Terra executa em torno


é formado quando a superfície terrestre se resfria rapidamente pela radiação
terrestre, em noites sem nuvens. O ar em contato com o solo frio, é resfriado até
atingir o ponto de orvalho, provocando uma inversão de temperatura próximo à
superfície, isto é, o ar torna-se mais frio na superfície do que nos níveis próximos
superiores. As condições atmosféricas mais favoráveis para a formação do nevoeiro
de radiação são; CÉU CLARO (SKY CLEAR – SKC), VENTOS FRACOS,
RADIAÇÃO TERRESTRE E UMIDADE RELATIVA ELEVADA.

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Figura. Hojemais de Três Lagoas. Nevoeiro de radiação tomará conta de Dourados
neste final de semana. Fonte: Domínio Público. Acesso em: 01 set. 2021.

2.1.4 Nevoeiros de advecção

a) Nevoeiro de vapor : formado pelo ar mais frio ao se deslocar sobre uma


superfície líquida mais aquecida (pode ser um lago, um rio, um riacho, um pântano
ou bacias hidrográficas). O vapor d’água, resultante da evaporação da superfície
líquida mais quente, se condensa em contato com o ar mais frio, formando o
nevoeiro de vapor, que a princípio se parece com “fumaça” se elevando da superfície
líquida. É o efeito “águas quentes de Caldas Novas”.

Figura. MeteoroCG. Nevoeiro de vapor.


Fonte: Domínio Público. Acesso em: 29 ago.
2021.

b) Nevoeiro marítimo : é provavelmente o nevoeiro mais extenso dos


nevoeiros de advecção, sendo muito comum no verão nas latitudes temperadas e à
noite no inverno sobre os oceanos. É formado pelo ar quente que se move do

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continente para o mar mais frio. Há, em consequência, a saturação, formando um
nevoeiro de grande espessura, devido à grande umidade do ar marinho.

Figura. Pixabay. Fog. Fonte: Domínio


Público. Acesso em: 29 ago. 2021.

c) Nevoeiro de brisa marítima : formado pelo deslocamento de ar mais


aquecido do mar, sobre o litoral mais frio. É mais comum nas regiões temperadas
e quase polares, no inverno.

Figura. G1 Rio. Rio de Janeiro amanhece sob


forte nevoeiro neste domingo. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 29 ago. 2021.

d) Nevoeiro orográfico ou de encosta : quando o vento desloca o ar com


suficiente conteúdo de umidade encosta acima, dá-se a formação do nevoeiro ao
longo do declive. Este nevoeiro acontece, frequentemente, em regiões onde os
ventos úmidos sopram sobre encostas montanhosas.

Figura. ResearchGate. Ocorrência de


nevoeiro orográfico na região de Cunha,
onde está localizado o LHFWE. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 29 ago. 2021.

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e) Nevoeiro glacial : formado pela sublimação de vapor de água, geralmente
à temperatura abaixo de –30ºC, o que ocorre nas latitudes polares.

Figura. Pxfuel. Ice, cold temperature. Fonte:


Domínio Público. Acesso em: 29 ago. 2021.

2.1.5 Nevoeiros frontais

a) Nevoeiro pré-frontal: ocorre associado às frentes quentes, quando a chuva


proveniente da nebulosidade estratiforme, cai adiante do ar quente, provocando
evaporação em contato com a superfície, aumento de umidade e posterior
condensação, dando surgimento ao nevoeiro pré-frontal, ou seja, ele acontece
ANTES da passagem da FRENTE QUENTE.

Figura. Monolito Nimbus. Sistemas Frontais – Frente quente. Fonte: Domínio Público. Acesso em:
29 ago. 2021.

b) Nevoeiro pós-frontal: ocorre após a passagem de uma frente fria muito lenta.
Este tipo de frente apresenta nebulosidade que origina precipitação leve, que
evapora em contato com a superfície, saturando o ar, formando o nevoeiro PÓS-
FRONTAL de FRENTE FRIA.

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Figura. Monolito Nimbus. Sistemas Frontais – Frente fria. Fonte: Domínio Público. Acesso em: 29
ago. 2021.

Nota: Os nevoeiros sempre irão ocorrer do lado do AR FRIO das frentes.

2.1.6 Dissipação do nevoeiro: o nevoeiro irá se dissipar quando:

A velocidade do vento Houver aquecimento Sobre a Terra, o


aumentar. de baixo para cima, aquecimento do
causado pela Sol, tende a
infiltração da luz diminuir a
solar através do densidade do
nevoeiro. nevoeiro, ou
então, dissipa-lo
totalmente.

2.2 Névoa Úmida (Bruma – BR – Mist – Damp Haze)

A névoa úmida é um hidrometeoro semelhante a um nevoeiro extremamente tênue,


com a diferença de que as gotículas de água são mais dispersas. A umidade relativa
é inferior a que ocorre com nevoeiro com valores entre 80% e 90% e a visibilidade
horizontal é igual ou superior a 1.000 metros.

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Figura. Campo Grande News. Névoa úmida
encobre céu, sol aparece durante o dia e máxima
é de 28ºC. Fonte: Domínio Público. Acesso em:
29 ago. 2021.

2.3 Chuvisco (Drizzle – DZ):


São gotas muito pequenas, menores do que 0,5 mm e uniformemente dispersas,
parecendo flutuar no ar, acompanhando o vento. O chuvisco cai de nuvens stratus
e, é muitas vezes acompanhado de nevoeiro.

DZ leve (–) = restringe a VSB para valores superiores a


1.000 metros
DZ moderado ( ) = restringe a VSB para valores entre
500 e 1.000 metros
DZ forte (+) = restringe a VSB para valores menores que
500 metros

Visibilidade (VSB) e Chuvisco

Os outros hidrometeoros serão estudados posteriormente.

3 LITOMETEOROS
Na atmosfera terrestre, o ar normalmente se apresenta como certo grau de
impurezas. Estas impurezas consistem de minúsculas partículas de matéria sólida,
geralmente de origem mineral, o que lhes dará o nome de litometeoros.

Devido serem extremamente pequenas essas partículas se mantêm em suspensão


na atmosfera por efeito de agitação molecular do ar e das correntes de convecção.
Aparentemente, a única forma de voltarem ao solo, é por meio de precipitação que
“lava” a atmosfera nos processos de condensação.

Teoricamente, não seria possível a condensação sem os núcleos de condensação que


nada mais são do que algumas das formas de litometeoros.

As partículas que formam os litometeoros têm as mais variadas origens, como


sejam, fumaça de cidades industriais, navios ou queimadas, organismos

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microscópicos vivos, poeira de terra seca e de desertos, partículas de sal marinho,
cinzas vulcânicas etc.

3.1 Principais tipos de LITOMETEOROS

a) Névoa Seca (Haze – HZ):


Nome genérico dado aos litometeoros quando a visibilidade é de 1.000 metros ou
mais. Difere da névoa úmida pela percentagem de umidade relativa. Por definição,
quando a umidade relativa cair a menos de 80%, a névoa úmida passa a denominar-
se névoa seca.

A névoa produz um véu uniforme sobre a paisagem, modificando as cores. Adquire


a tonalidade azul chumbo (se for a úmida), quando vista na direção de um fundo
escuro (montanhas), mas torna-se avermelhado ou alaranjado quando vista de
encontro a um fundo claro (Sol, nuvens no horizonte etc).

No Brasil, a névoa seca tem origem principal numa mistura de fumaça das
queimadas com as poeiras levantadas pelos ventos, durante os meses sem chuva.

A densidade da névoa seca próxima ao solo aumenta com o aumento da estabilidade


do ar. A maior obstrução à visibilidade na névoa seca, usualmente, ocorre, quando
se olha na direção do Sol. De fato, é muitas vezes perigoso pousar uma aeronave
na direção do Sol quando existem essas condições. A visibilidade oblíqua da névoa
seca é geralmente melhor do que a visibilidade horizontal. A interdição de um
aeródromo, muitas vezes, pode ser prolongada por períodos longos de tempo, em
virtude da névoa seca reduzir consideravelmente a visibilidade horizontal.

Figura. Metrópoles. Coberto por névoa seca, DF bate


novo recorde de temperatura: 35,7ºC. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 29 ago. 2021.

b) Poeira (PO – Dust – DU)


Presença no ar de partículas sólidas e uniformemente distribuídas, como a argila,
terra em partículas muito finas etc. Dá aos objetos distantes uma cor bronzeada.
O disco solar se apresenta pálido, ou com uma tonalidade amarelada.

Por convenção, o termo poeira só deve ser empregado nos boletins meteorológicos,
quando a visibilidade horizontal tiver sido reduzida a menos de 1.000 metros.

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Figura. G1 São José do Rio Preto e
Araçatuba. FOTOS: nuvem de poeira atinge
cidades do interior de São Paulo. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 03 out. 2021.

c) Fumaça (FU)
Presença no ar de forma concentrada, de minúsculas partículas resultantes da
combustão incompleta da matéria. Com a sua presença, os discos do Sol e da Lua,
quando próximos do horizonte, apresentam-se extremamente avermelhados. A
visibilidade é inferior a 1.000 metros.

Figura. Campo Grande News. Chuva não dá


sinal e Campo Grande fica encoberta por
fumaça no feriado. Fonte: Domínio Público.
Acesso em: 29 ago. 2021.

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4 Quadro-Resumo

Fenômeno/ Tipo Características Visibilidade Umidade


Sigla (em metros) relativa
Nevoeiro hidrometeoro • é fenômeno de ar • inferior a entre 97%
FG depositante estável; 1000; a 100%
• as gotículas d’água • coloração
são pequenas, branca.
concentradas e em
suspensão;
• não tem base
superior à 30
metros;
• ar saturado e 4% de
vapor d’água.
Névoa hidrometeoro • é fenômeno de ar • entre 1000 e em torno
úmida depositante estável; 10.000; de 90%
ou Mist • gotículas maiores e • coloração azul
ou bruma mais dispersas que o acinzentado.
ou damp nevoeiro.
haze
BR
Chuvisco hidrometeoro • é fenômeno de ar • leve: > 1000;
DZ precipitante estável; • moderado:
• gotículas d’água que entre 500 e
caem de uma nuvem 1000;
stratus. • forte: < 500;
• cortina
esbranquiçad
a
Névoa seca litometeoro • é fenômeno de ar • entre 1000 e em torno
HZ depositante estável; 10.000; de 80%
• maior concentração • coloração para
de impurezas em alaranjada ou menos
detrimento das avermelhada.
gotículas d’água
Poeira litometeoro • levantamento do • menor que
PO/DU suspensão solo pelo vento. 1000;
• bronzeada
(amarelo).
fumaça litometeoro • combustão • menor que
FU suspensão incompleta da 1000;
matéria • avermelhada
ou
acinzentada.

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Aula 02: Visibilidade
1 Definição

Efetivamente, os hidrometeoros e os litometeoros são os fenômenos meteorológicos


que maiores restrições causam à visibilidade. A visibilidade é definida como a
maior distância na qual um objeto de dimensões convenientes pode ser visto e
reconhecido contra o horizonte. Para finalidades operacionais, a visibilidade pode
ser obtida à superfície com referência ao plano horizontal ou vertical, ou em voo,
obliquamente às pistas de pouso e durante à aproximação.

2 Tipos de Visibilidade

VSB horizontal
RVR
VSB vertical
VSB oblíqua
VSB aproximação
VSB predominante

2.1 Visibilidade horizontal:

É a visibilidade horizontal medida por um observador à superfície, em torno dos


360º do horizonte, tendo como centro o aeródromo. É o valor mais comum de
visibilidade encontrado nos boletins meteorológicos e pode referir-se a um valor
uniforme ou o menor valor.

A visibilidade horizontal pode ser obtida de forma visual ou instrumental. Na


obtenção visual, o observador faz uma estimativa da distância em que os objetos
estão sendo vistos e identificados. Para auxiliar a estimativa, as estações possuem
cartas de pontos de referência, chamadas CARTAS DE VISIBILIDADE. A
determinação da visibilidade horizontal por meio de instrumentos é feita através
dos VISIBILÔMETROS, que na maior parte dos casos, fornece a visibilidade ao
longo das pistas, ou seja, o Alcance Visual da Pista (RVR).

2.2 RVR – Runway Visual Range – Alcance Visual da Pista:

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A visibilidade horizontal nos diversos setores do horizonte pode diferir
consideravelmente da visibilidade da pista em uso. Nestas condições, é feita
instrumentalmente a determinação da visibilidade ao longo das pistas, valor que é
denominado Alcance Visual da Pista ou RVR.

2.3 Visibilidade Vertical:

Muito embora a visibilidade observada do solo refira-se mais comumente à


transparência horizontal da atmosfera, em certas ocasiões, a visibilidade
apresenta-se, também, reduzida no sentido vertical, o que ocorre com a presença
de NEVOEIRO DE CÉU OBSCURECIDO (VV///) e também por teto baixo.

Para determinação da visibilidade vertical por meios visuais, é feita uma


estimativa, da mesma forma que a utilizada para a determinação da altura das
nuvens.

Para a obtenção instrumental, podem ser usados os mesmos instrumentos


utilizados para a determinação da altura da base das nuvens (projetor luminoso e
tetômetro).

2.4 Visibilidade Oblíqua:

Entende-se por visibilidade oblíqua aquela observada entre a vertical da aeronave


e um ponto da superfície, onde os objetos ou obstáculos podem ser distinguidos.
Também é conhecida por SVR – Slant Visual Range.

2.5 Visibilidade de Aproximação:

Visibilidade de aproximação é a capacidade que um piloto tem em ver, durante o


pouso, ao ingressar na reta final.

2.6 Visibilidade Predominante:


Visibilidade de predominante é aquela observada na dianteira de uma aeronave
em torno de 180 graus.

Observação: as visibilidades podem ser medidas em milhas, quilômetros, metros


ou pés.
Teto: é a altura da camada de nuvens mais baixa, abaixo de 20.000 FT que cobre
mais da metade do céu.

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Aula 03: Nuvens
1 Introdução

Aparentemente uma nuvem tem o aspecto de uma massa ou de um amontoado de


alguma substância visível. Contudo, uma nuvem é constituída por um aglomerado
de gotículas d’água e/ou cristais de gelo, sustentados na atmosfera por correntes
ascendentes e que, apesar disso, caem lentamente em relação ao ar circunvizinho.

A formação de uma nuvem se processa quando uma parte do vapor de água


presente no ar, passa para o estado líquido ou sólido, através dos processos de
condensação ou sublimação, respectivamente.

2 Classificação das nuvens

Quanto ao aspecto
Quanto à estrutura
Quanto à altura de suas bases
Quanto ao gênero

2.1 Quanto ao Aspecto:

a) Estratiformes : apresentam-se
em camadas contínuas de grande
expansão horizontal e pouco espessas.

Figura. Dreams time. Vista aérea de nuvens


do stratocumulus. Fonte: Domínio Público.
Acesso em: 30 ago. 2021.

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b) Cumuliformes : camadas
descontinuas formadas por blocos
isolados ou em grupos, com base bem
definida e grande expansão vertical.

Figura. Dreams time. Uma tempestade constrói-


se no céu sobre o pântano salgado de Louisiana.
Fonte: Domínio Público. Acesso em: 30 ago.
2021.

c) Cirriformes: apresentam-se de forma


alongada e filamentosa, sem sombra
própria. São as nuvens mais altas no céu.

Figura. Dreams time. Mágica da nuvem de cirro.


Fonte: Domínio Público. Acesso em: 30 ago.
2021.

2.2 Quanto à Estrutura:

a) Líquidas: formadas somente por gotículas d’água.

b) Sólidas: formadas somente por cristais de gelo.

c) Mistas: formadas por gotículas d’água e cristais de gelo. A maioria das nuvens
são de estrutura mista.

2.3 Quanto à Altura de suas Bases (estágios)

ESTÁGIO LATITUDES LATITUDES LATITUDES


POLARES TEMPERADAS TROPICAIS
Altas Acima das médias
Médias De 2 a 4 KM De 2 a 7 KM De 2 a 8 KM
Baixas De 30 metros até 2 KM
Desenvolvimento Normalmente, têm bases baixas
Vertical

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d) Quanto ao Gênero:

a) Altas: Cirrus (CI)


(Sólidas, não precipita) Cirrostratus (CS)
Cirrocumulus (CC)

b) Médias: Altostratus (AS)


(Líquidas e Mistas) Altocumulus (AC)

c) Baixas: Nimbostratus (NS)


Stratus (ST)
(Líquidas) Stratocumulus (SC)

d) De desenvolvimento vertical: Cumulus (CU)


Cumulus Congestus (TCU)
Cumulonimbus (CB)

Notas sobre os termos em meteorologia


Cirrus significa que a nuvem é de estágio alto e é composta apenas de cristais de gelo

Alto significa que a nuvem é de estágio médio

Cumulus significa que a nuvem é de ar agitado, turbulento e que cresce verticalmente

Stratus significa que a nuvem é de ar calmo, sem turbulência

Nimbus significa tempestade ou aparência de tempestade

3 Características das Nuvens

3.1 Nuvens do Estágio Alto:

As nuvens do estágio alto, não causam, comumente, problemas para a aviação por
não constituírem camadas espessas, nem darem origem à precipitação que atinge
o solo.

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a) Cirrus (CI)

Os cirrus são definidos como nuvens isoladas, sem sombra própria, com textura
fibrosa, de cor branca e brilho sedoso. É a mais comum das nuvens altas. São
constituídos de cristais de gelo ralos e, devido a isso, estas nuvens são levadas com
grande facilidade pelos ventos e modelam-se segundo a direção das correntes
aéreas. Em fase de dissipação, normalmente se evaporam, não deixando nenhum
sinal de existência anterior.

Pelas peculiaridades de suas formas, os cirrus podem ser subdivididos em diversas


espécies. Merece destaque especial a espécie que apresenta aspecto alongado com
ganchos nas pontas. São Cirrus Uncinus que recebem a denominação popular
de Rabo de Galo . Esta espécie de Cirrus caracteriza ventos fortes em altitude,
associados à Corrente de Jato (Jet Stream).

Os cirrus não apresentam precipitação de nenhuma espécie e não constituem


problemas para a aviação. São comumente denominadas de Sentinelas das
Frentes , pois antecedem à sua chegada de 36 a 48 horas.

Figura. Dreams time Nuvem de


cirros translúcida solitária alta no
céu azul diferentes tipos de
nuvens e fenômenos atmosféricos.
Fonte: Domínio Público. Acesso
em: 30 ago. 2021.

b) Cirrocumulus (CC)

Nuvens brancas, compostas de elementos muito pequenos, em forma de rugas ou


pequenos grãos que, por vezes, têm o aspecto de areia da praia. Os cirrocumulus
são constituídos por cristais de gelo de gotículas de água superesfriadas e são
sempre suficientemente transparentes para deixarem aparecer a posição do Sol ou
da Lua.

Sua presença no céu está intimamente relacionada com instabilidade nos níveis
superiores. Muito dificilmente os cirrocumulus poderiam ser confundidos com
outras nuvens formadas no mesmo nível (cirrus e cirrostratus).

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Figura. Dreams time. Nuvem
cirrocumulus em bom tempo em
Hong Kong. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

c) Cirrostratus (CS)

Véu de nuvem transparente e esbranquiçado, de aspecto fibroso ou liso, cobrindo,


na maior parte das vezes, inteiramente o céu. A constituição física do cirrostratus
é quase que exclusivamente de cristais de gelo. Sua forma mais característica é a
de um véu nebuloso contínuo, embora possa apresentar, algumas vezes, aspectos
de fibras.

Esta nuvem nunca é suficientemente espessa para ocultar completamente o Sol ou


a Lua. Nos véus mais ralos da nuvem, observa-se ao redor do Sol ou da Lua, um
círculo luminoso denominado Halo que é uma característica predominante desta
nuvem.

Figura. Dreams time. Halo à volta do sol numa camada de


nuvens de cirrostrato. Fonte: Domínio Público. Acesso em:
30 ago. 2021.

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3.2 Nuvens de Estágio Médio

Contrariamente ao que acontece com as nuvens do estágio alto, as nuvens médias


interferem nas operações de voo.

a) Altocumulus (AC)

Nuvens branco-acinzentadas, constituídas por elementos arredondados em forma


de bolas, seixos ou rugas, tendo sombra própria. Compõem-se quase que,
invariavelmente, gotículas de água, podendo, em temperaturas muito baixas,
formar-se de cristais de gelo.

Apresentam-se como um lençol de grande extensão horizontal, composto por


elementos mais ou menos arredondados, os quais deixam frestas, através das quais
pode-se ver o azul do céu.

Excepcionalmente podem produzir precipitação a qual, por ser muito leve, evapora
antes de atingir a superfície, esse fenômeno é conhecido como Virga.

Os altocumulus denunciam a presença de turbulência em níveis médios,


quase sempre leve, e em alguns casos moderada.

Figura. Dreams time. Nuvem de


Altocumulus sobre o mar. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

b) Altostratus (AS)

Camada de nuvens cinzento-azulada, de aspecto uniforme, cobrindo, quase sempre,


inteiramente o céu. O altostratus é constituído por gotículas d’água e cristais de
gelo e sua espessura é suficientemente densa para ocultar o Sol ou a Lua.

A principal característica desta nuvem é a de apresentar precipitação que chega ao


solo em forma de chuva ou neve sempre de intensidade leve a moderada e de
caráter contínuo.

O altostratus, quando cobrindo inteiramente o céu, pode proporcionar condições de


voo IFR para as aeronaves que estiverem voando.

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Figura. Dreams time. Formação
branca bonita da nuvem do cúmulo e
de altostratus sobre o mar Báltico.
Fonte: Domínio Público. Acesso em: 30
ago. 2021.

3.3 Nuvens de estágio baixo

As nuvens do estágio baixo (stratus e stratocumulus) são na verdade aquelas que


maiores problemas causam à aviação, principalmente nas operações de pouso e
decolagem, pois ocorrem desde os primeiros níveis acima da superfície, até,
aproximadamente, 2.000 metros.

a) Stratus (ST)

O stratus apresenta-se em forma de uma camada contínua de cor cinzenta, ou, em


outras vezes, sob a forma de bancos fragmentados. O stratus é geralmente
constituído por gotículas de água e à temperaturas muito baixas, por pequenas
partículas de gelo.

Apresenta-se sob a forma de uma camada cinzenta de aspecto turvo e muito


uniforme, cuja base é suficientemente baixa para ocultar pequenos montes ou
construções elevadas. Apresenta ainda uma forma fragmentada de aspecto mais
claro, proveniente da elevação do nevoeiro.

Uma das principais características do stratus é o Chuvisco, precipitação tênue,


que às vezes não chega a molhar o solo completamente, reduzindo, todavia,
consideravelmente a visibilidade horizontal.

O stratus que é a nuvem de ocorrência mais baixa, muitas vezes confundida com
um nevoeiro, torna-se muito perigoso para as operações de voo. É a nuvem que
mais provoca interdição do aeródromo por teto baixo. Vista de cima, uma camada
contínua de stratus apresenta formação uniforme, não permitindo que se vejam os
marcos do solo. Grandes precauções devem ter o piloto ao “furar” essa camada, pois
pode estar muito próximo ao solo.

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Figura. Dreams time. Nuvem de
Stratus, ilha de Rangitoto, NZ. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 30 ago.
2021.

b) Stratocumulus (SC)

Nuvens cinzentas ou esbranquiçadas, ou, ao mesmo tempo, cinzentas e


esbranquiçadas, tendo quase sempre, partes escuras em forma de seixos, bolas,
rolos etc. O stratocumulus é constituído por gotículas de água.

Apresenta-se sob a forma de um lençol baixo com aparência grossa (espessa), de


rolos paralelos que podem ser separados por canais ou, ainda, sob a forma de bolas
ou seixos. O stratocumulus pode causar condições de teto baixo por um período
bastante prolongado. A precipitação proveniente dessa nuvem é do tipo chuva de
intensidade sempre fraca.

Figura. Dreams time. Vista aérea de nuvens


do stratocumulus. Fonte: Domínio Público.
Acesso em: 30 ago. 2021.

c) Nimbostratus (NS)

Camada de nuvem cinzenta, muitas vezes sombria com um aspecto embaciado em


consequência de chuva e neve em seu interior. O nimbostratus é constituído de
gotículas de água, cristais de gelo, flocos de neve, ou por uma mistura dessas
partículas liquidas e sólidas.

Pode se apresentar sob a forma de uma camada baixa, de grande extensão


horizontal de cor cinza escuro, com uma base muito difusa, da qual cai precipitação

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continua. A espessura da camada é, em toda a extensão, suficientemente opaca
para ocultar completamente o Sol.

A superfície inferior da nuvem é quase sempre oculta, parcial, ou totalmente, por


nuvens baixas e fragmentadas que tornam sua base sempre indefinida.

Em virtude de produzir precipitação contínua, o piloto em voo dentro de uma


camada de nimbostratus tem a sensação de voo IFR continuado, principalmente,
pela precipitação que torna a nuvem fracamente iluminada por dentro.

Figura. Dreams time. Silhueta do grande


mar Báltico do cruzamento do navio de
recipiente sob a formação escura
dramática da nuvem de nimbostrato.
Fonte: Domínio Público. Acesso em: 30
ago. 2021.

3.4 Nuvens de desenvolvimento vertical

a) Cumulus (CU)

Nuvens brancas, isoladas, densas, de contornos bem definidos, desenvolvendo-se


verticalmente com base horizontal bem determinada.

Os cumulus são constituídos por gotículas de água podendo formar-se de cristais


de gelo nas partes onde a temperatura seja inferior a 0ºC.

Com respeito ao desenvolvimento vertical, os cumulus apresentam diversos


estágios, desde a pequena dimensão vertical, onde parecem achatados (cumulus de
bom tempo) até os de tamanho gigantesco, muito comum nas tardes de verão que
provocam chuvas abundantes em forma de pancada.

Umas das principais características dos cumulus que pode torná-los perigosos para
a aviação, é o fato deles originarem-se sob o efeito das correntes convectivas, cuja
intensidade é suficiente para elevar aviões de pequeno porte a algumas centenas
de metros acima do seu nível de voo, ou traze-los para baixo.

22
Figura. Dreams time. Nuvens de
cúmulo inchado grossas. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 30
ago. 2021.

b) Grandes Cumulus/ Towering Cumulus/ Cumulus Congestus


(TCU)

Formação exagerada do cumulus tomando a forma


de “torre”.

Figura. Dreams time. Grande nuvem de Congestus do


cúmulo. Fonte: Domínio Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

c) Cumulonimbus (CB)

Nuvem densa, de considerável dimensão vertical, em forma de montanha ou de


enormes torres. Sua região superior pode desenvolver-se em forma de bigorna ou
de um vasto penacho. Os CB’s são constituídos por gotículas de água e por cristais
de gelo nas partes superiores. Podem conter grassas gotas de chuva, comumente
flocos de neve, granizo ou saraiva.

As dimensões horizontal e vertical dos CB’s são tão grandes que a forma
característica da nuvem só é visível quando observada a uma distância grande da
aeronave em voo. Os CB’s são chamados de “fábricas de nuvens”, isto porque, deles
se formam quase todos os gêneros de nuvens: cirrus na parte superior, altocumulus
e altostratus nos níveis médios, stratocumulus e stratus nos níveis infeirores.

23
O aspecto sombrio e ameaçador dos CB’s é aumentado pelos relâmpagos e trovões
que deles originam. Pode ainda ser agravado por fortes pancadas de chuva, granizo
ou saraiva. As correntes ascendentes e descendentes são extremamente violentas
e o vento de superfície, proveniente do espalhamento das descendentes, alcança
mais de 100 Km/h. O CB uma vez formado cobre, via de regra, todo o céu.

Os CB’s provêm, geralmente, do desenvolvimento de um ou mais culumus potentes


(cumulus congestus) que perdem seus contornos bem definidos e começam a
apresentar expansões laterais nas partes médias e superior (cirrus em forma de
bigorna ou penacho). A nuvem deve ser identificada como CB desde o momento em
que sua parte superior, perca a nitidez de seus contornos, ou, em última análise,
estiver acompanhada de relâmpagos e trovões.

Figura. Dreams time. Nuvem de


cúmulo-nimbo. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

4 Resumo das Nuvens Quanto ao Estágio

Figura. CPTEC.INPE. Nuvens. Fonte: Domínio Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

24
5 Variedades de Nuvens e Nuvens Especiais

As nuvens apresentam por vezes, variedades e espécies que merecem uma atenção
especial. Entre elas destacam-se aquelas que denunciam turbulências que podem
pôr em risco a segurança da aeronave.

5.1 Lenticulares

Nuvens na forma de lentes que são quase sempre alongadas e cujos contornos estão
bem delineados. São formadas na direção em que o vento sopra e têm posição
estacionária, sendo referências visuais para detectar as ondas de montanha.

Figura. Dreams time.


Montagem e nuvem
Lenticular. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago.
2021.

5.2 Rolo ou Rotoras

Assim como as lenticulares, também estão associadas a uma atividade orográfica


(ondas de montanha). Aparecem do lado sotavento só que em níveis mais baixos
próximos à superfície sendo por isso muito perigosas. Sua presença é certeza de
turbulência forte a severa.

Figura. Correio 24horas. Nuvem de


rolo surpreende banhistas em praia
no Rio. Fonte: Domínio Público.
Acesso em: 30 ago. 2021.

25
5.3 Nuvens capuz

São fenômenos que se apresentam em condições de estabilidade atmosférica


absoluta, quando a umidade condensada adiabaticamente sobre relevos,
produzindo seu encobrimento como se fosse um capuz branco. É sem dúvida uma
nuvem orográfica, em geral stratus.

Figura. G1 Santos. 'Nuvem-capuz'


chama a atenção de banhistas e
desperta curiosidade em SP. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 30
ago. 2021.

5.4 Mammatus

É uma designação dada às nuvens, que apresentam na parte inferior, formações


semelhantes a bolsas ou seios, de forma arredondada e escura, resultado do forte
vórtice de vento que produz severa turbulência para a aviação.

Em situações favoráveis podem dar origem a tornados. As bolsas ou seios contêm


gotas de água maiores ou gelo, que caem conforme se evaporam, no ar debaixo da
nuvem, tais bolsas de ar saturado podem se produzir ao redor do ar turbulento
perto de uma tormenta.

Devido à sua alta concentração de precipitação, o ar saturado é mais pesado que o


ar que o cerca fazendo com que “caia”, dando lugar a estas formações.

Figura. Dreams time. Nuvem de


Mammatus após a tempestade nas
horas de verão. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

26
A seguir, tem-se as nuvens especiais:

5.5 Trilhas de condensação ou Contrails

Podem ser de dois tipos: as produzidas à baixa altura pela condensação do vapor
d’água em grande quantidade, nos vórtices de ponta de asa das aeronaves nas
operações de pouso e decolagem, e que tem uma vida efêmera, dissipando-se em
poucos instantes e as produzidas em grandes altitudes pelas aeronaves à reação
voando em temperaturas muito baixas (em torno de –55ºC).

Este tipo de trilha é persistente e em muitos casos permanecem como cirrus


durante várias horas. As trilhas são produzidas pela sublimação do vapor d’água
lançado a atmosfera pelos reatores junto com os gases da combustão. As baixas
temperaturas rapidamente esfriam o vapor e o sublimam produzindo as trilhas
como um rastro branco no céu.

Figura. Dreams time. Exaustão dos


aviões da fuga do vapor dos Contrails
tormentoso. Fonte: Domínio Público.
Acesso em: 30 ago. 2021.

5.6 Nacaradas

Aparecem à noite sob a forma de madrepérola (nácar), com aparência luminosa.


Suas bases ficam entre 20 a 30 Km, são raras.

Estas nuvens foram observadas principalmente na Escócia e na Escandinávia e


por vezes na França e no Alasca.

São vistas geralmente perto do sol o que torna complicado fotografar, suas cores
são parecidas com o arco-íris, também chamada de pérola-mãe, possuem um brilho
intenso, o que torna a vista inesquecível. Associam-se aos cirrus.

Mais comuns no Sul e mais coloridas ao norte, são feitas de pequenos cristais de
gelo, que se distribuem de forma mais ou menos uniforme. Estes cristais, bem
distribuídos pela nuvem pouco espessa, interferem nos raios de sol que a
transpassa, provocando toda a pira psicodélica da natureza: cores leitosas, com
destaque para o rosa, o azul e o amarelo. Um espetáculo efêmero, incomum e
generoso dos céus!

27
Figura. Obvious Universos. Nuvens
psicodélicas: nacaradas. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

5.7 Noctilucentes

Pouco se sabe sobre a formação dessas nuvens brilhantes - noctilucente significa


"com brilho noturno". Elas se formam tão alto que continuam a receber a luz do sol
mesmo depois do entardecer. As nuvens noctilucentes se formam a 85 km de altura,
oito vezes mais alto que as outras nuvens mais altas, já nos limites da mesosfera
(uma das camadas superiores da atmosfera).

Portanto, estas nuvens são as nuvens mais altas da atmosfera da Terra e formam-
se quando o vapor de água congela em torno de partículas de poeira dos meteoros
que chegam.

Estas formações são mais frequentemente observadas durante os meses de verão,


nas latitudes entre os 50° e 70°, quando o Sol já está abaixo do horizonte, mas
enquanto as nuvens ainda estão à luz do sol.

Estas nuvens são muito


fracas para serem vistas
durante o dia. A
classificação de nuvens
noctilucentes é uma
classificação
relativamente recente e a
sua ocorrência parece
estar a aumentar em
frequência, brilho e
extensão.

Figura. Tempo.pt. Nuvens


noctilucentes e a mudança
climática. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago.
2021.

28
6 Processos de Formação das Nuvens:

Sabe-se que, para atingir a saturação do ar, um dos seguintes fenômenos deverá
ocorrer: ou evaporar-se mais água para seu interior ou resfriar-se o ar. Na natureza
o processo mais comum é o do resfriamento.

Processo de formação das nuvens

Radiação
Advecção
Convecção
Por efeito orográfico
Por efeito dinâmico

6.1 Radiação

Na radiação, a perda de calor pela terra é provocada pelo efeito da radiação


noturna. O processo de formação de nuvem por radiação necessita de céu claro,
vento fraco e radiação terrestre. O tipo de nuvem, normalmente, é a stratus
(similar ao processo da formação do nevoeiro por radiação terrestre já estudado, a
diferença está na altura que ocorre acima de 30 metros).

6.2 Advecção

Na advecção, o resfriamento é provocado pelo movimento dos ventos, sejam estes


frios, resfriando regiões quentes, ou quentes sendo resfriados quando em contato
com superfícies frias. Quando o fluxo de ar superior for mais aquecido do que o
inferior, o tipo de nuvem formada é estratiforme. Quando o fluxo advectivo superior
for mais frio que o inferior o tipo de nuvem formada será a cumuliforme.

6.3 Convecção

Na convecção o resfriamento ocorre devido à perda de calor por levantamento do


ar, através de correntes convectivas ascendentes.

6.4 Por efeito orográfico

O resfriamento deve-se ao processo mecânico de levantamento do ar. Ao ser erguido


de encontro aos relevos, o ar sofre resfriamento adiabático. Se estiver úmido,
produz nebulosidade a barlavento desses relevos.

29
6.5 Por efeito dinâmico

O resfriamento é semelhante ao anterior, com exceção do ar quente que, nesta


situação, é levantado pelo avanço de ar mais frio e, consequentemente, sofre o
resfriamento adiabático por levantamento. Este é o processo que ocorre nos
sistemas frontais.

Figura. Tempo.pt. Em quais situações as nuvens se formam? Fonte: Domínio Público. Acesso em:
30 ago. 2021.

7 Cálculo para a Determinação da Altura da Base da Nuvem


Convectiva (NCC)

Podemos calcular a altura da base de uma nuvem convectiva, através de uma


simples fórmula matemática. A altura da nuvem convectiva é medida em Metros:

H = 125 x (T – Td)

Onde, H = altura da base em metros


125 = número constante na fórmula
T = temperatura do ar na superfície, sob a nuvem
Td = temperatura do ponto de orvalho na superfície sob a nuvem.

30
Exemplo

Qual a altura da base de uma nuvem convectiva situada na vertical de um ponto


cuja temperatura do ar é de 20ºC e a temperatura do ponto de orvalho 8ºC?

H = 125 x (20 – 8) =
H = 125x12=
H = 1.500 metros.

8 Quantidade de Nuvens:

Por convenção internacional, estabeleceu-se que a quantidade de nuvens no céu


seja contada em oitavos da seguinte maneira:

< 1/8 - Céu claro - SKC (sky clear)


1/8 e 2/8 - Poucas nuvens - FEW
3/8 e 4/8 - Esparso - SCT (scattered)
5/8 a 7/8 - Nublado - BKN (broken)
8/8 - Encoberto - OVC (overcast)

9 Instrumentos

9.1 Nefoscópio: mostra a direção das nuvens.

9.2 Tetômetro, Clinômetro e Projetor luminoso: são instrumentos que


indicam a base das nuvens.

Figura.
Meteorópole. Você
sabe o que é Figura. Anacpédia.
nefologia? Tetômetro. Fonte:
Nefoscópio. Fonte: Domínio Público.
Domínio Público. Acesso em: 30 ago.
Acesso em: 30 ago. 2021.
2021.

31
Aula 04: Precipitação (PRP)
1 Definição
Precipitação vem a ser o retorno da água para a superfície e sua classificação se
faz da seguinte maneira: as precipitações são classificadas quanto ao Tipo,
Caráter e Intensidade.

2 Classificação

Classificação das precipitações quanto:

Ao tipo: líquidas e sólidas


Ao caráter: contínua, intermitente e pancada
À intensidade: leve, moderada e forte

2.1 Quanto ao tipo

Chuva (Rain – RA):


A água em seu estado líquido provém de NS, AS, CU, SC e CB.

Chuvisco (garoa – DZ):


Líquidas
O mesmo que chuva, porém com espessura menor;
É o elemento precipitante que mais reduz a visibilidade no aeródromo;
Normalmente é acompanhado de nevoeiro (FG);
Provém de AS e ST.
Neve (Snow – SN):
Cristais hexagonais de gelo de cor branca. Provém de AS, NS e CB.

Granizo (GR):
Sólidas Grãos de gelo, cuja espessura varia de 2 mm a 5 mm. Provém do CB.

Saraiva:
Pedras de gelo cuja espessura varia de 5mm a 50 mm (5,0 cm). Provém do
CB.

32
Figura. Climatempo. Você sabe o
que significa 30% de chance de
chuva? Fonte: Domínio Público.
Acesso em: 30 ago. 2021.

Figura. G1 Rio de Janeiro. Tempo


fica nublado com chuviscos nesta
segunda-feira, no Rio. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 30 ago.
2021.

Figura. Istoé Dinheiro. Neve chega


ao Brasil após passagem do ciclone
bomba devastador. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 30 ago. 2021.

33
Figura. Clube de Montanhismo de
Braga. Prever a meteorologia em
Montanha (Parte 1): Granizo.
Fonte: Domínio Público. Acesso em:
30 ago. 2021.

Figura. Clube de Montanhismo de


Braga. Prever a meteorologia em
Montanha (Parte 1): Saraiva.
Fonte: Domínio Público. Acesso em:
30 ago. 2021.

2.2 Quanto ao caráter

Contínua Quando o período de precipitações não apresenta intervalos.


Intermitente. Quando o período de precipitações é MAIOR do que os
intervalos.
Pancada Quando o período de precipitação é MENOR do que os
intervalos. Associada às tempestades

2.2 Quanto à intensidade

Leve Quando a película de água entra em contato com o solo e corre.


Moderada Quando a película de água ao entrar em contato com o solo, forma
um pequeno “V”.
Forte Quando a película de água ao entrar em contato com o solo, forma
um grande “V”.

34
3 Instrumento

3.1 Pluviômetro

Mede a precipitação (PRP) líquida, cuja unidade é o milímetro (mm).

3.2 Os milímetros de chuva

É a relação que se estabelece entre a quantidade de precipitação e a área ocupada


por ela. Exemplo: quando se diz “choveu 12 mm hoje” o que representa? A expressão
significa que choveu 12 litros de água por metro quadrado, ou seja, 12 milímetros.
A imagem abaixo mostra que se despejarmos 1l de água em um tanque de 1m x 1m
de área, teremos uma lâmina d'água de 1mm.

Figura. Meteorópole. O que é um


pluviômetro: tanque em formato cúbico
ilustrando a unidade de precipitação. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 30 ago. 2021
Figura. Meteorópole. O que é um
pluviômetro: um dos pluviômetros da
Estação Meteorológica do IAG-USP. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 30 ago. 2021

35
Aula 05: Processo Adiabático e
Equilíbrio na Atmosfera
1 Definição de processo adiabático
É um comportamento atmosférico que ocorre devido às modificações de
temperaturas dentro das massas de ar sem a necessária troca ou influência com ar
exterior. A parcela de ar quando “forçada” a se elevar ou a descer, perde ou ganha,
respectivamente, temperatura e essas variações acontecem sem a interferência do
meio externo, isto é, por razão adiabática. Existem basicamente as razões
adibáticas para o ar seco e para o ar úmido/saturado.

2 Processo Adiabático (Gradiente Térmico Normal Da


Atmosfera e Razões Adiabáticas)

2.1 Gradiente Térmico Normal da Atmosfera (G.T.) 2°C/1.000 pés


0,65°C/100 metros

2.2 Razão Adiabática Seca (RAS) 1°C/100 metros

2.3 Razão Adiabática Úmida (RAU) 0,6°C/100 metros

2.4 Razão Superadiabática G. T. > 1°C/100 metros

2.5 Gradiente Auto-convectivo > 3,42°C/100 metros

2.6 Razão do Ponto de Orvalho 0,2°C/100 metros

36
3 Tipos de Equilíbrio na Atmosfera

3.1 Estável

Quando a força que atua em uma parcela de ar (forçada a se elevar na atmosfera)


cessar, esta parcela tenderá a descer. Isto significa que ela retorna para sua posição
de origem, que é a superfície.

3.2 Instável

Quando a força que atua em uma parcela de ar (forçada a se elevar na atmosfera)


cessar, esta parcela tenderá a se afastar da posição inicial cada vez mais. Isto
significa que ela não retorna para sua posição de origem, que é a superfície.

3.3 Indiferente ou neutro

Quando a força que atua em uma parcela de ar (forçada a se elevar na atmosfera)


cessar, esta parcela tenderá a se afastar da posição inicial cada vez mais. Isto
significa que ela não retorna para sua posição de origem, que é a superfície.

Figura. AeClassic 2008-2014. A


inteligência das máquinas – terceira
parte. Diferentes tipos de equilíbrios.
Fonte: Domínio Público. Acesso em: 30
ago. 2021.

4 Verificação dos Equilíbrios das Camadas de Ar

4.1 Quando o gradiente térmico (G.T) for MENOR do que a razão


adiabática seca = ESTÁVEL

Exemplo

A temperatura ambiente na superfície é de 20°C e a 400 metros é de 18°C.


Considerando que uma parcela de ar seco foi forçada a se elevar, qual será a
condição de equilíbrio atmosférico?

Resolução:

• Calcular a variação da RAS


Ar seco: 1ºC ------------- 100 metros
x ------------- 400 metros
x = 4ºC

37
• Calcular o valor da temperatura a 400 metros a partir do valor da superfície
e da variação da RAS

= 20º – 4º = 16ºC (este é o valor da temperatura da parcela


de ar seco a 400 metros)

• Calcular o GT (regra de três, considerando a RAS)

2ºC ------------ 400 metros


x ------------ 100 metros
x = 0,5ºC/ 100 metros (o quanto variou em 400 metros)

(o GT de 0,5ºC/100 metros é menor que 1ºC/100 metros, quando isto ocorre o ar


é estável )

G.T. < 1ºC/100 metros


R= Ar estável

Visualizando na atmosfera:
Parcela de ar seco a 400 metros de altura

18°C 16°C (+frio, +denso, +pesado; a parcela de ar desce)

400 metros
Temperatura do ar a 400 metros

Parcela de ar seco à superfície


20°C

4.2 Quando o gradiente térmico (G.T.) for MAIOR do que razão adiabática
seca (RAS) = INSTÁVEL

Exemplo: a temperatura ambiente na superfície é de 20ºC e a 400 metros é de


15ºC. Considerando que uma parcela de ar seco foi forçada a se elevar, qual será a
condição de equilíbrio atmosférico?

• Calcular o GT (regra de três, considerando a RAS)

Ar seco: 5ºC ------------ 400 metros


x ------------ 100 metros
x = 1,25ºC/ 100 metros (o quanto variou em 400 metros)

38
(o GT de 1,25ºC/100 metros é maior que 1ºC/100 metros, quando isto ocorre o ar
é instável)

G.T. > 1ºC/100 metros


R= Ar instável

Visualizando na atmosfera:

Parcela de ar seco a 400 metros de altura

15ºC 16ºC (+quente, -denso, +leve; a parcela de ar sobe)

400 metros
Temperatura do ar a 400 metros

Temperatura do ar seco à superfície


20°C

4.3 Gradiente térmico (G.T.) for igual à razão adiabática seca (RAS) =
INDIFERENTE OU NEUTRO.

OBSEVAÇÕES

• A maneira de fazer o cálculo para o ar úmido é o mesmo, porém,


comparado à 0,6ºC/ 100 metros.
• Será considerada instabilidade mecânica ou absoluta quando a
variação vertical térmica for do gradiente térmico auto- convectivo
(3,42ºC/100 m).
• Nas camadas de inversões térmicas o gradiente térmico é
negativo.

5 Estabilidade ou Instabilidade Condicional

A estabilidade ou instabilidade condicional acontecerá sempre que o gradiente


térmico do ar estiver compreendido entre o valor da razão adiabática úmida e a
seca.

0,6ºC < GT < 1ºC /100 metros

Exemplo: 0,6ºC < 0,8ºC < 1ºC /100 metros

39
Assim, um GT de 0,8 é maior que 0,6 e menor que 1, portanto, é um
gradiente térmico de ar condicional

• O equilíbrio será ESTÁVEL CONDICIONAL se o ar for SECO;


• O equilíbrio será INSTÁVEL CONDICIONAL se o ar for ÚMIDO ou
SATURADO.

Nota: a nuvem característica do ar condicional é a stratocumulus

6 Condições de Tempo Associadas

6.1 Com a estabilidade do ar

• Tempo bom
• Céu claro ou nuvens estratiformes
• Favorecimento na formação de névoas, nevoeiros e fumaça
• Ar calmo, sem agitação
• Se houver precipitação, será leve e contínua
• Péssima visibilidade.

6.2 Com a instabilidade do ar

• Tempo geralmente ruim


• Nuvens cumuliformes no céu
• Favorecimento na formação de trovoadas
• Ar agitado, turbulento
• Precipitação forte do tipo pancada
• Visibilidade excelente, exceto durante as pancadas de chuva.

40
Referências
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https://www2.anac.gov.br/anacpedia/por_ing/tr1320.htm. Acesso em: 30 ago. 2021.

AECLASSIC 2008-2014. A inteligência das máquinas – terceira parte. Diferentes


tipos de equilíbrios: diferentes tipos de equilíbrios. 2014. Disponível em:
http://www.autoentusiastasclassic.com.br/2014/01/a-inteligencia-das-maquinas-
terceira.html?m=0. Acesso em: 30 ago. 2021.

CAMPO GRANDE NEWS. Névoa úmida encobre céu, sol aparece durante o dia e
máxima é de 28ºC. 2018. Disponível em:
https://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/nevoa-umida-encobre-ceu-
sol-aparece-durante-o-dia-e-maxima-e-de-28oc. Acesso em: 29 ago. 2021.

CAMPO GRANDE NEWS. CAMPO GRANDE NEWS. Chuva não dá sinal e Campo
Grande fica encoberta por fumaça no feriado. 2020. Disponível em:
https://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/chuva-nao-da-sinal-e-
campo-grande-fica-encoberta-por-fumaca-no-feriado. Acesso em: 29 ago. 2021.

CLIMATEMPO. Você sabe o que significa 30% de chance de chuva? 2021. Disponível em:
https://www.climatempo.com.br/noticia/2021/06/15/voce-sabe-o-que-significa-30-de-chance-
de-chuva--0370. Acesso em: 30 ago. 2021.

CPTEC.INPE. Nuvens. 2021. Disponível em:


https://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml. Acesso em: 30 ago. 2021.

CORREIO 24 HORAS. Nuvem de rolo surpreende banhistas em praia no Rio. 2019.


Disponível em: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/nuvem-de-rolo-
surpreende-banhistas-em-praia-no-rio-video/. Acesso em: 30 ago. 2021.

CLUBE MONTANHISMO DE BRAGA. Prever a meteorologia em Montanha


(Parte 1): granizo. 2013. Disponível:
http://clubemontanhismodebraga.blogspot.com/2013/05/prever-meteorologia-em-
montanha-parte-1.html. Acesso em: 30 ago. 2021.

CLUBE MONTANHISMO DE BRAGA. Prever a meteorologia em Montanha


(Parte 1): Saraiva. 2013. Disponível:
http://clubemontanhismodebraga.blogspot.com/2013/05/prever-meteorologia-em-
montanha-parte-1.html. Acesso em: 30 ago. 2021.

41
DREAMSTIME. Vista aérea de nuvens do estratocumulus. 2021. Disponível em:
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DREAMSTIME. Uma tempestade constrói-se no céu sobre o pântano salgado de


louisiana. 2021. Disponível em: https://pt.dreamstime.com/uma-tempestade-
constr%C3%B3i-se-no-c%C3%A9u-sobre-o-p%C3%A2ntano-salgado-de-louisiana-
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DREAMSTIME. Nuvem de cirros translúcida solitária alta no céu azul diferentes


tipos de nuvens e fenômenos atmosféricos. 2021. Disponível em:
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DREAMSTIME. Nuvem cirrocumulus em bom tempo em Hong Kong. 2021.


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Disponível em: https://pt.dreamstime.com/halo-%C3%A0-volta-do-sol-numa-
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DREAMSTIME. Formação branca bonita da nuvem do cúmulo e de altostratus


sobre o mar Báltico. 2021. Disponível em: https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock -
forma%C3%A7%C3%A3o-branca-bonita-da-nuvem-do-c%C3%BAmulo-e-de-
altostratus-sobre-o-mar-b%C3%A1ltico-image70098058. Acesso em: 30 ago. 2021.

DREAMSTIME. Silhueta do grande mar Báltico do cruzamento do navio de


recipiente sob a formação escura dramática da nuvem de nimbostrato. 2021.
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b%C3%A1ltico-do-cruzamento-do-navio-de-recipiente-sob-
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2021. Todos os direitos reservados.
Produção editorial e revisões: Esp. Tammyse Araújo da Silva

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