Questionário para o Exame Oral (Oaa)
Questionário para o Exame Oral (Oaa)
Questionário para o Exame Oral (Oaa)
O.A.A
2022
I. DIREITO CONSTITUCIONAL
Doutrinais;
Legislativos
Jurisprudenciais e documentais.
Importância da Constituição:
a) Na vertente formal: Sendo escrita, aprovada por processo formal que a torna
rígida, menos facilmente modificada e, por maioria das razões revogada;
b) Na vertente material: sendo substancialmente caracterizada pelos princípios da
separação de poderes, da representação liberal da soberania nacional,
proclamação dos direitos fundamentais e a protecção do indivíduo da acção do
Estado.
FORÇA JURÍDICA:
a) A todos é assegurado o acesso aos tribunais: para defesa dos seus direitos e
interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada por
insuficiência dos meios económicos;
b) Todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objecto: de
decisão em prazo razoável e mediante processo equitativo;
c) Para a defesa dos direitos, liberdades e garantias pessoais: a Lei assegura
aos cidadãos procedimentos judiciais caracterizados pela celeridade e
prioridade, de modo a obter tutela efectiva e em tempo útil contra ameaças ou
violações desses direitos.
Poder Executivo: poder que executa, isto é, a parte dos 3 poderes que põe em prática
assuntos previamente deliberados pelo legislativo, dotado de poderes, como o
hierárquico, disciplinar, regulamentar que devem reger suas actividades, em respeito
aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Direito penal: conjunto de normas jurídicas que determinam os actos que constituem
infracções criminais e as sanções que lhes são aplicáveis.
Objecto do Direito penal: o estudo do crime, das penas, das situações de perigosidade
e das medidas de segurança.
Infracção Penal: é o facto humano voluntário, típico, ilícito e culposo punível pela lei
penal. E que tem como pressupostos:
Para constituir Infracção Penal, a acção humana deve ser típica, ilícita e culposa.
a) Acção: é toda conduta humana dominado pela vontade, que lese, ofenda ou
ponha em perigo interesses individuais ou colectivos tutelados pela lei penal.
b) Típica: Descreve o tipo ou modelo legal incriminador;
Art.º 12.º da lei n.º 9/96 - Aos menores são aplicadas medidas de protecção social em
qualquer idade e prevenção criminal (Repreensão, internamento em estabelecimento de
assistência ou prestação de serviço à comunidade) aos menores em idade
compreendida entre aos 12 e aos 16 anos, exclusive, e quem aplica é o Julgado de
Menores.
EX: Se agente ofendesse a soco outra pessoa e, ao dirigir-se ao hospital para se tratar,
caísse sobre a cabeça desta um tijolo e ela morresse , a morte teria de imputar-se
objectivamente à acção do agente, pois, se não fosse o soco, a vítima não teria
necessidade de ir ao hospital e não estaria no sítio em que o tijolo lhe acertou.
a) Dolo directo: quem tem vontade de actuar de certa forma típica ou de produzir
directamente o resultado típico.
b) Dolo necessário ou indirecto: quem previu o resultado criminoso como
consequência do seu comportamento.
c) Dolo eventual: sempre que a realização do facto for representada pelo agente
como uma consequência possível do seu comportamento e ele actuar
conformando-se com aquela realização.
Formas distintas:
Crime Continuado: consiste na prática de uma pluralidade de acções, cada uma delas
submissível, autónoma e independente a um tipo legal de crime, preenchendo portanto o
concurso de crimes e sendo aplicada ao agente também uma só pena.
Tentativa: art.º 20.º CP, verifica-se quando o agente praticar, com dolo, actos de
execução de um crime, sem que este chegue e a consumar-se. E não é punível em caso
de desistência voluntária do agente para prosseguir a execução do crime ou
impedir a sua consumação. Só é punível se ao crime consumado corresponder a pena
superior a 3 anos de prisão.
Reincidência: art.º 76 CP, supõe a relação à sucessão uma maior propensão do agente
para prática do crime, revelada não só pelo facto de os crimes repetidos serem os
mesmo ou da mesma natureza, como ainda por essa repetição se verificar dentro de um
período de tempo mais curto.
Sujeitos Processuais:
a) O tribunal;
b) O juiz;
c) O Ministério Público;
d) Os órgãos de polícia criminal;
e) O arguido;
f) O defensor;
g) O assistente;
h) A parte civil;
i) Meros intervenientes ou participantes processuais são as testemunhas, os
peritos e consultores técnicos, os funcionários judiciais.
TRUBUNAIS
Jurisdição Penal: art.º 9.º CPP, compete aos tribunais judiciais criminais e respectivos
juízes, sem prejuízo da jurisdição criminal especial concedida aos Tribunais Militares,
conhecer de causas penas e aplicar as penas e medidas de segurança, no âmbito da
administração da justiça penal estão subordinados à CRA, à Lei e aos Princípios do
Processo penal.
Deslocação de Competência do tribunal: art.º 26.º do CPP, ocorre quando, por razões
de ocorrências locais gravemente perturbadoras do normal andamento do processo e da
realização da justiça, consequentemente a competência pode ser atribuída
extraordinariamente ao tribunal da mesma espécie e da hierarquia do tribunal afectado.
O processo penal pode ter a forma comum e a forma especial, a forma comum é a que
se utiliza, quando a lei não estabelecer expressamente uma forma especial.
Impedimentos do Juiz: art.º 35.º do CPP, nenhum juiz pode ser titular de um processo
penal quando:
Declaração de Impedimentos: art.º 38.º e 39.º CPP, o juiz que der conta de estar
impedido, nos casos em que a lei estabelece, deve declará-lo sem demora, por despacho
no processo no prazo de 5 (cinco) dias, não obstante, como também pode ser requerida
pelo MP, pelo Assistente, ou pela parte civil, logo que sejam admitidos a intervir no
processo.
Ministério Público: art.º 48.º CPP, enquanto autoridade judiciária, lhe compete,
participar na descoberta da verdade e na realização da justiça penal, determinando-se a
sua actuação em estrita objectividade e legalidade. Em especial:
O MP nos crimes particulares: art.º 51.º CPP, tem legitimidade para proceder as
diligências necessárias à descoberta da verdade e à instrução do processo, podendo
deduzir acusação, participar nas fases seguintes, em todos os actos processuais em que
intervier o assistente e recorrer das decisões judiciais.
Assistentes: art.º 58.º CPP, é o sujeito processual, que assume o papel de colaborador
do MP (Ministério Público), encontrando-se a sua actividade subordinada à intervenção
do MP. E quem pode constitui-se como tal:
Arguido: todo aquele sobre quem recai forte suspeita de que tenha praticado um crime
suficientemente comprovado, e assume imediatamente a posição de arguido, a pessoa
contra quem foi deduzida acusação ou requerida a instrução contraditória.
Actos processuais: é, portanto, toda conduta dos sujeitos do processo que tenha por
efeito a criação, modificação ou extinção de situações jurídicas processuais. Em que
compete as autoridades e aos funcionários de justiça praticar. A língua utilizada é
sempre o Português e praticados na forma escrita, e são documentados através de um
Auto.
Fim e objecto das Provas; art.º 145.º CPP, incide no alcance da verificação de
verdade dos factos que fundamenta a responsabilidade penal do arguido.
a) A caução Económica;
b) Arresto Preventivo.
Aplicação da Prisão Preventiva: art.º 279.º CPP, ocorre quando, no caso em concreto,
considerar inadequadas ou insuficientes a interdição de saída do país ou a prisão
preventiva domiciliar e o crime for doloso, punível com prisão superior, no seu limite
máximo, a 3 anos e existirem fortes indícios da sua prática pelo arguido. É ilegal a
prisão preventiva destinada a obter indícios de que o arguido cometeu o crime que lhe
é imputado.
Prazos máximos de prisão preventiva: A prisão preventiva cessa quando, desde o seu
início decorrem:
Flagrante Delito: art.º 252.º CPP, É o exacto momento em que o agente está
cometendo o crime, ou, quando após sua prática, os vestígios encontrados e a presença
da pessoa no local do crime dão a certeza deste ser o autor da infracção, ou ainda,
quando o criminoso é perseguido após a execução do crime.
Fase de Instrução Contraditória: art.º 332.º CPP, é facultativa, e tem por fim obter
uma decisão judicial que confirme ou infirme o mérito da acusação ou do despacho de
arquivamento, com vista a submeter o arguido a julgamento ou arquivar o processo.
Audiência preliminar contraditória: art.º 342.º CPP, tem por finalidade permitir que
o MP, o Assistente e o Arguido discutam, perante o magistrado judicial competente, se
durante o decurso das fases de instrução preparatória e contraditória se apuraram
indícios de facto que justifiquem ou não a submissão do arguido a julgamento.
a) No caso de houver arguidos presos, deve ser encerrada nos prazos máximos de
2 meses.
b) No caso de não houver arguido preso, é de 4 meses, contados da data de
entrada do requerimento para abertura da instrução.
Nos casos em que não tiver sido requerida a Instrução Contraditória: o Despacho
de Pronúncia e a Acusação, determinam a remessa imediata do processo ao tribunal
competente para o julgamento.
Das coisas: tudo aquilo que pode ser objecto de relações jurídicas. E podem classificar-
se em móveis, imóveis, simples ou compostas, fungíveis ou não fungíveis,
consumíveis ou não consumíveis, divisíveis ou indivisíveis, principais ou acessórias,
presentes ou futuras.
c) São necessárias : as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore. Exemplo: reparo na parede para evitar a infiltração de água ou a
substituição dos sistemas eléctricos e hidráulico danificados, portanto todos
eles são necessários com característica de uma manutenção ou conserto.
DO NEGÓCIO JURÍDICO
DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Conceito: decorre, de toda acção ou omissão que gera violação de uma norma jurídica
legal ou contratual. Assim, nasce uma obrigação de reparar o dano causado a outrem, e
tem como objectivo assegurar que a vítima seja reparada pelo dano que sofreu , ou a
garantia da tutela integral ao interesse violado.
Usufruto é o direito real sobre coisas alheias, conferindo ao usufrutuário (pessoa para
quem foi constituído o usufruto) a capacidade de usar as utilidades e os frutos (rendas)
do bem, ainda que não seja o proprietário.
DO DIREITO DA FAMÍLIA
a) Por laços de sangue; é o vínculo que liga duas pessoas em virtude de uma
descender da outra ou de ambas descenderem de progenitor comum.
b) Adopção:
a) Linha recta: que liga as pessoas que descendem uma da outra; (avô, pai e filho)
b) Linha colateral: que liga as pessoas têm um ascendente em comum.
A união de facto: é um facto jurídico que consiste na convivência sexual comum entre
um homem e uma mulher, sem a existência de um casamento formalizado, e só poderá
ser reconhecida após o decurso de 3 anos de coabitação consecutiva, a pedido dos
interessados de mútuo acordo, ou por um dos interessados, em caso de morte do outro.
a) Diversidade de sexo;
b) Declaração de Vontade;
c) Intervenção do conservador do Registo Civil.
Absolutos:
Relativos:
Modalidades:
b) Litigioso: é aquele que é pedido por apenas um dos cônjuges, com base nos
fundamentos previsto na lei. E pode ser requerido quando por causa grave ou
duradoura seja comprometida a comunhão de vida dos cônjuges e
impossibilitada a realização dos fins sociais do casamento. Nos casos
específicos como:
DO DIREITO SUCESSÓRIO
Herdeiros legítimos: são aqueles que têm prioridade na distribuição dos bens de uma
herança ou seja aqueles que, por lei, e dado o grau de parentesco, têm direito a herdar,
mesmo que o autor queira favorecer outras pessoas – e mesmo que deixe testamento –
terão sempre direito à sua parte da herança. É a chamada quota legítima. São sucessores
os herdeiros legítimos, isto é, o cônjuge, os parentes e o Estado.
Herdeiros Legitimários: a quem cabe, por força da lei, uma porção de bens de que não
se pode dispor livremente. A tal porção de bens chamamos legítima.
Espécies de Sucessão:
O autor da sucessão pode dispor do património por morte, com plena liberdade, em
testamento, mas não pode afectar a quota que a lei reserva aos herdeiros legitimários.
Nota-se aqui um conflito entre a liberdade de testar e a protecção da família.
Deserdação: Ocorre quando o testador por algum motivo priva um herdeiro necessário
de seus bens, inclusive de suas legítimas, por meio de cláusula testamentária.
Quota legítima ou indisponível: porção de bens de que o autor da sucessão não pode
dispor, por estar destinada ao cônjuge, descendentes e ascendentes, enquanto herdeiros
legitimários.
Quota disponível: porção de bens de que o autor da sucessão pode dispor a favor de
quem entender.
Herança vacante: é aquela que foi declarada de ninguém. Como nenhum herdeiro
compareceu para reclamar seus direitos, a herança será entregue ao poder público.
V. PROCESSUAL CIVIL
Características:
Importância: constituir a acção o meio próprio para se alcançar a tutela adequada aos
direitos previstos na lei substantiva.
Princípio do Dispositivo: art.º 3.º n.º 1, 264.º 661.º, e 293.º CPC, as Partes tem a
faculdade de iniciar o processo, dar-lhes conteúdo que entendam, suspendê-lo, extinguir
a instância, desistir, confessar e transaccionar.
Princípio da Legalidade: art.º 195 e 266.º CPC, ocorre segundo a qual a marcha e os
termos do processo são determinados pela Lei, e não decididos pelo juiz e nem pelas
Partes, em função das conveniências dos casos concretos.
Acção Judicial: é o meio que a ordem jurídica dispõe aos particulares para solicitarem
aos tribunais uma determinada providência.~
Regra geral dos Prazos: art.º 153.º CPC, o prazo para as Partes requerem qualquer
acto ou diligência, arguirem nulidades, deduzirem incidentes ou exercerem qualquer
outro poder processual, bem como para responder o que foi deduzido pela parte
contrária são 5 (cinco) dias.
Entra-se em revelia, art.º 483.º e 484.º CPC, nos casos em que após a citação o réu não
contestar.
a) Defesa por impugnação: art.º 487.º CPC, o réu nega frontalmente os factos
alegados pelo autor, ou nega a exactidão dos factos narrados pelo autor,
alegando, por conseguinte, que os factos se passaram de modo diferente.
b) Defesa por excepção: art.º 487.º CPC, o réu defende-se, alegando os factos que
obstam à apreciação do mérito da acção, ou seja o réu alega factos novos que
impedem o tribunal de declarar o efeito pretendido pelo autor.
Réplica: art.º 502.º CPC, é a resposta do autor a Contestação, e tem função manter a
posição defendida pelo autor na petição inicial para responder as petições e
Prazo genérico para interposição de recurso: art.º 685.º CPC, é de 8 dias contados
da notificação da decisão.