A Prática Deliberada No Desempenho Táctico
A Prática Deliberada No Desempenho Táctico
A Prática Deliberada No Desempenho Táctico
Porto, 2008
FAGUNDO, M. (2008). A influência da Prática Deliberada no desempenho
táctico em Futebol. Estudo comparativo em escalões de formação. Porto: M.
Fagundo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto.
E por fim, aos meus pais, pela confiança, incentivo e ajuda que
manifestaram a todos os níveis, durante esta longa caminhada. Por todo o
amor e carinho, desde sempre.
I
II
Índice Geral
Agradecimentos………………………………………………………………… I
Índice Geral………………………………………………………………………. III
Índice de Figuras………………………………………………………………... IX
Índice de Quadros………………………………………………………………. XI
Lista de Abreviaturas…………………………………………………………... XV
Resumo…………………………………………………………………………… XVII
Abstract…………………………………………………………………………… XXI
Résumé…………………………………………………………………………… XXV
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………… 29
1.1. Pertinência e âmbito do estudo……………………………………………. 29
1.2. Estrutura do trabalho……………………………………………………….. 33
2. REVISÃO DA LITERATURA………………………………………………… 35
2.1. Os constrangimentos tácticos do jogo de Futebol………………………. 35
2.2. A influência da táctica no rendimento desportivo………………………... 38
2.3. Especificidade da acção táctica na elevação do rendimento
desportivo…………………………………………………………………….. 42
2.4. A importância do(s) modelo(s) de jogo no treino de crianças e jovens.. 45
2.5. O papel do treinador no desenvolvimento da excelência desportiva…. 49
2.6. As ideias do treinador como reflexo do processo de treino e vice-
versa…………………………………………………………………………... 54
2.7. A comunicação entre o treinador e os atletas enquanto condição do
rendimento desportivo………………………………………………………. 58
2.8. A importância da prática no desenvolvimento do jovem atleta………… 61
2.9. (Pré-)disposição dos atletas para o jogo…………………………………. 63
2.10. Futebol: Jogo de Liberdades vs Prática Deliberada…………………… 66
2.11. Natureza do jogo deliberado e a sua importância no
comprometimento com a prática desportiva...……………………………. 70
2.12. Factores de rendimento/eficácia táctica………………………………… 73
III
IV
3. OBJECTIVOS E HIPÓTESES……………………………………………….. 77
3.1. Objectivos do estudo……………………………………………………….. 77
3.1.1. Objectivo Geral………………………………………………………… 77
3.1.2. Objectivos Específicos………………………………………………... 77
3.2. Hipóteses do estudo………………………………………………………… 78
4. MATERIAL E MÉTODOS……………………………………………………. 79
4.1. Amostra………………………………………………………………………. 79
4.2. Caracterização da amostra………………………………………………… 80
4.3. Organização dos procedimentos………………………………………….. 80
4.4. Procedimentos Estatísticos………………………………………………… 81
4.5. Instrumentos…………………………………………………………………. 82
4.6. Fiabilidade do Sistema de Observação…………………………………... 82
4.7. Explicitação das variáveis………………………………………………….. 84
4.7.1. Introdução……………………………………………………………… 84
4.7.2. Sequência Ofensiva Finalizada (SOF)……………………………… 88
4.7.3. Número de Variações de Corredor (NVC)………………………….. 89
4.7.4. Tempo de Posse de Bola Consentido no Meio Campo Defensivo
(TPC)………………………………………………………………………….. 91
4.7.5. Número de Jogadores Intervenientes na Acção Ofensiva (NIO)… 93
4.7.6. Número de Jogadores Intervenientes na Acção Defensiva (NID).. 94
4.7.7. Número de Jogadores Intervenientes na Acção Defensiva (NID)
e Ofensiva (NIO)…………………………………………………………….. 95
V
VI
5.2.1.4. Escalão de Infantis (11/12)…………………………………….. 101
5.2.1.5. Análise Global…………………………………………………… 101
5.2.2. Tempo de Posse de Bola Consentido no Meio Campo Defensivo
(TPC)………………………………………………………………………….. 108
5.2.2.1. Análise Global…………………………………………………… 109
5.2.3. Número de Jogadores Intervenientes na Acção Ofensiva (NIO)… 117
5.2.4. Número de Jogadores Intervenientes na Acção Defensiva (NID).. 123
5.2.5. Número de jogadores Intervenientes na Acção Defensiva (NID) e
Ofensiva (NIO)……………………………………………………………….. 128
6. CONCLUSÕES……………………………………………………………….. 135
ANEXOS
Anexo 1 - Ficha de Observação
VII
VIII
Índice de Figuras
IX
X
Índice de Quadros
XI
XII
Quadro 13 - Resultado do teste t-Student para os escalões de Minis e
Pré-escolas…………………………………………………………………… 111
XIII
XIV
Lista de Abreviaturas
DP - Desvio Padrão
ES - Escolas
IF - Infantis
MI - Minis
PD - Prática Deliberada
PE - Pré-escolas
X - Média
XV
XVI
Resumo
XVII
XVIII
A identificação de diferenças médias entre os grupos considerados na
amostra, para as variáveis em análise, foi realizada a partir do t-teste de
medidas independentes. O nível de significância foi mantido em 5%.
Para a análise da globalidade dos dados foram utilizados procedimentos
da estatística descritiva, nomeadamente a média, o desvio-padrão, a
frequência e a percentagem.
Considerando os propósitos do presente estudo, foi possível destacar as
seguintes conclusões: (1) os atletas com mais tempo de Prática Deliberada
evidenciaram eficácia ofensiva mais elevada, sendo as diferenças significativas
para as variáveis Número de Variações de Corredor (NVC) e Número de
Intervenientes na Acção Ofensiva (NIO). Relativamente a esta última variável,
observaram-se apenas diferenças significativas nos escalões de Escolas e
Infantis; (2) os atletas com mais tempo de Prática Deliberada evidenciaram
uma maior eficácia defensiva, apresentando valores estatisticamente
significativos apenas para a variável Número de Intervenientes na Acção
Defensiva (NID), nos escalões de Minis e Pré-escolas; (3) os atletas do escalão
de Minis revelaram uma eficácia ofensiva superior à eficácia defensiva na
comparação das variáveis Número de Intervenientes na Acção Ofensiva (NIO)
e Número de Intervenientes na Acção Defensiva (NID); (4) a eficácia ofensiva é
dissemelhante da eficácia defensiva na comparação das variáveis Número de
Intervenientes na Acção Ofensiva (NIO) e Número de Intervenientes na Acção
Defensiva (NID), verificando-se superioridade ofensiva em todos os escalões
estudados.
Os resultados do presente estudo indiciam a importância da Prática
Deliberada na eficácia defensiva e ofensiva das equipas e sustentam a
necessidade do envolvimento precoce dos jovens com a prática organizada do
Futebol.
XIX
XX
Abstract
It is has become a widely accepted fact that the success of young soccer
players depends on the quality of their training and consistent practice
throughout the training of each of the various age groups.
This study has the following objectives: (1) to identify a correlation
between the time spent on Deliberate Practice (DP) by the players and the
effectiveness of the attack and defence. (2) To analyse the differences in the
effectiveness in attack and defence of players based on determined Deliberate
Practice times.
The study sample comprises four different age groups from training
schools that participated in soccer competitions during the 2006/2007 season.
Based on a total of 24 games, 382 attacking plays that resulted in shots on
target were observed, 92 plays from the 6 or less age bracket, 98 from the 7-8
age bracket, 83 from the 9-10 age bracket and 109 from the 11-12 age bracket.
In the plays observed, the main factor analysed was the effectiveness of
the attack, per age bracket, using the figures obtained from the following two
variables: 1) the Number of Pass Variations (NPV) and the Number of Players
in Attack (NPA). In turn, the results of the variables Time in Possession of the
Ball in the Mid Field Defence (TPB) and the Number of Players in Defence
(NPD) enabled us to investigate the effectiveness of the defensive plays for
each group observed.
In order to achieve the second objective of the study, the differences in
effectiveness between the attack and defence were analysed per age group
taking into account the mean values of the variables Number of Players in
Attack (NPA) and Number of Players in Defence (NPD).
The time spent on Deliberate Practice was analysed in terms of the
number of years of systematic practice in the clubs.
XXI
XXII
Identification of the average differences between the groups studied,
using the study variables, was achieved based on the t-test of independent
surveys. The significance level was maintained at 5%.
Descriptive statistical procedures, were used to analyse the global nature
of the data in particular the average, the standard deviation, the frequency and
the percentage.
Taking into account the purpose of this study, it was possible to draw the
following conclusions: (1) Players with more Deliberate Practice time showed a
higher level of effective attack; the differences in the variables Number of Pass
Variations (NPV) and Number of Players in Attack (NPA) being significant. (2)
Players with more Deliberate Practice time demonstrated a higher degree of
defensive effectiveness, with statistically significant figures only in the variable
Number of Players in Defence (NPD) in the case of 6 or less age bracket and 7-
8 age bracket. (3) The players of the 6 or less age bracket showed a higher
attacking effectiveness than that in defence for the variables Number of Players
in Attack (NPA) and Number of Players in Defence (NPD). (4) The effectiveness
in attack is dissimilar from that in defence for the variables Number of Players in
Attack (NPA) and Number of Players in Defence (NPD), where an attacking
superiority was observed in all the age brackets studied.
The results of this study prove the importance of Deliberate Practice for
the effectiveness in defence and attack of the teams and support the need for
early involvement of young players in organised practice in football.
XXIII
XXIV
Résumé
Dans le Football, l’idée que le succès des jeunes dans le sport dépend
de la qualité de l’entraînement et d’une large participation continue à l’activité
au cours des différentes étapes de formation est chaque fois plus consensuelle.
La présente étude a pour objectifs (1) associer le temps de Pratique
Délibérée (PD) des athlètes à l’efficacité offensive et défensive, et (2) analyser
les différences d’efficacité offensive et défensive chez des athlètes ayant le
même temps de Pratique Délibérée.
L’échantillon est constitué de quatre catégories distinctes de centres de
formation, ayant participé à des compétitions de Football au cours de la saison
2006/2007. Sur un total de 24 matchs, 382 séquences offensives suivies d’un tir
au but, 92 séquences de la catégorie Minimes, 98 de la catégorie Pré-Poussins,
83 de la catégorie Poussins et 109 de la catégorie Benjamins, ont été
observées.
Lors des séquences observées, on a d’abord procédé à l’analyse de
l’efficacité des actions offensives, par catégorie, à partir des valeurs obtenues
par les variables Nombre de Changements de Couloir (NCC) et Nombre de
Joueurs Intervenant dans l’Action Offensive (NIO). A leur tour, les résultats des
variables Temps de Possession du Ballon Permis en Milieu de Terrain Défensif
(TPC) et le Nombre de Joueurs Intervenants dans l’Action Défensive (NID) ont
permis de rechercher l’efficacité des actions défensives, pour chaque groupe
observé.
Afin d’atteindre le second objectif de l’étude, les différences d’efficacité
offensive et défensive, par catégorie ont été analysées, tenant compte des
valeurs moyennes des variables Nombre de Joueurs Intervenants dans l’Action
Offensive (NIO) et Nombre de Joueurs Intervenants dans l’Action Défensive
(NID).
Le temps de Pratique Délibérée a été analysé selon les années de
pratique systématique en club.
XXV
XXVI
L’identification de différentes moyennes entre les groupes pris en compte
dans l’échantillon, pour les variables à analyser, a été réalisée à partir du t-teste
de moyennes indépendantes. Le seuil de signification a été maintenu à 0,05.
Pour analyser la globalité des données, on a utilisé des méthodes de
statistique descriptive, notamment la moyenne, l’écart-type, la fréquence et le
pourcentage.
Tenant compte des objectifs de cette présente étude, il a été possible
d’en dégager les conclusions suivantes: (1) les athlètes comptabilisant un
temps plus important de Pratique Délibérée ont révélé une efficacité offensive
supérieure, les différences significatives concernant les variables Nombre de
Changements de Couloir (NCC) et le Nombre d’Intervenants dans l’Action
Offensive (NIO); (2) les athlètes comptabilisant un temps plus important de
Pratique Délibérée ont révélé une efficacité défensive supérieure, présentant
des valeurs statistiquement significatives uniquement en ce qui concerne la
variable Nombre d’Intervenants dans l’Action Défensive (NID) chez les Minimes
et Pré-poussins; (3) les athlètes de la catégorie Minimes ont révélé une
efficacité offensive supérieure à l’efficacité défensive relativement aux variables
Nombre d’Intervenants dans l’Action Offensive (NIO) et Nombre d’Intervenants
dans l’Action Défensive (NID); et (4) l’efficacité offensive est différente de
l’efficacité défensive pour les variables Nombre d’Intervenants dans l’Action
Offensive (NIO) et Nombre d’Intervenants dans l’Action Défensive (NID), la
supériorité offensive ayant été vérifiée dans toutes les catégories étudiées.
Les résultats de la présente étude révèlent l’importance de la Pratique
Délibérée dans l’efficacité défensive et offensive des équipes et alimentent
l’importance de l’implication précoce des jeunes dans la pratique organisée du
Football.
XXVII
XXVIII
Introdução
1. INTRODUÇÃO
29
Introdução
30
Introdução
31
Introdução
32
Introdução
33
Introdução
34
Revisão da Literatura
2. REVISÃO DA LITERATURA
35
Revisão da Literatura
36
Revisão da Literatura
dos jogadores deverão ser orientados, por outro, deverão possuir um elevado
nível de preparação mental que se manifesta principalmente pelo pensamento
táctico evidenciado nos sucessivos momentos do jogo. Estes distintos
processos, determinados pela condição ou não de posse de bola, reflectem
diferentes conceitos, objectivos, princípios, atitudes e comportamentos técnico-
tácticos (Castelo, 1996).
É a permanente relação antagónica de equipas que se encontram em
confronto que impõe mudanças alternadas de atitude e de comportamento
táctico dos jogadores, de acordo com as finalidades de cada fase/situação ou
objectivo do jogo (Garganta & Pinto, 1998).
37
Revisão da Literatura
Frade (2001)
38
Revisão da Literatura
39
Revisão da Literatura
40
Revisão da Literatura
41
Revisão da Literatura
Mahlo (1980)
42
Revisão da Literatura
Para Araújo & Volossovith (2005), Garganta (2005) e Júlio & Araújo
(2005) os constrangimentos a que estão sujeitos os jogadores deverão ser
identificados e manipulados, através da prática do treino, em benefício de
acções e decisões que garantam a eficácia do jogo.
Neste contexto, é a actividade prática que assume o papel principal de
todo o processo, mecanizando e aperfeiçoando, ao longo do tempo, as
informações internas e externas.
A este propósito, a literatura tem demonstrado que a eficácia do
rendimento desportivo está directamente relacionada com o número de horas
despendidas com a prática de actividades relevantes (Prática deliberada). Esta
circunstância tem encorajado vários autores a encontrar a melhor forma de
aplicar os métodos defendidos por Ericsson (Farmer & Williams, 2005).
Sendo o Futebol um jogo de interacções, entre atletas e envolvimento, a
eficácia das suas acções não se poderá restringir à distribuição dos jogadores
no terreno. Como refere Garganta (2005) a actuação dos jogadores deverá
manifestar formas de organização táctica eficazes e baseadas em modelos
actuais de desenvolvimento da performance.
No entanto, todas estas acções têm a particularidade de não
permanecerem estanques, evoluindo à medida que surgem novos modelos de
actuação das equipas e dos jogadores que nela participam.
A par do que foi referido, crê-se que um correcto desenvolvimento do
jogo, tendo por base os seus factores de rendimento, melhora o apuro da
qualidade da acção táctica dos indivíduos, no que se refere a cada uma das
suas fases ofensiva e defensiva (Mahlo, 1980; Tavares, 1996). Além disso, se
a esta combinação juntarmos a capacidade de actuar rápido, mais espectacular
e imprevisível se tornará a acção.
Como refere Castelo (2000), um dos meios a ter em consideração na
elaboração do planeamento estratégico é o (1) conhecimento dos factores de
rendimento do jogo. Além destes, o autor acrescenta (2) o conhecimento e a
apreciação objectiva das possibilidades e particularidades dos jogadores e da
própria equipa; (3) o conhecimento aprofundado das particularidades dos
jogadores da equipa adversária; (4) as circunstâncias em que se vai desenrolar
a competição: condições climatéricas, estado do terreno, equipa de arbitragem,
público, entrevistas e informações da comunicação social; e (5) a previsão de
43
Revisão da Literatura
possíveis cenários ou alterações que possam surgir ao longo do jogo por parte
da equipa adversária.
Como tal, a aprendizagem táctica deve ser contínua, sistemática e
progressiva, procurando responder sempre às necessidades, capacidades e
problemas actuais de cada indivíduo, sem deixar de ter como ponto de
referência as características específicas da modalidade. (Pinto, 1996; Garganta
& Pinto, 1998; Ericsson, 2006).
44
Revisão da Literatura
Frade (2005)
45
Revisão da Literatura
46
Revisão da Literatura
Quadro 1 - Características do Modelo de jogo mais evoluído (Pinto & Garganta, 1996).
47
Revisão da Literatura
48
Revisão da Literatura
Smoll (2000)
1
Conhecimento adquirido através da experiência profissional.
50
Revisão da Literatura
51
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Revisão da Literatura
54
Revisão da Literatura
55
Revisão da Literatura
Como refere Vallée & Bloom (2005) são poucos os treinadores que
estão preparados para construir um programa de sucesso e para a
manutenção de um nível de excelência mínimo durante um longo período de
tempo. Num estudo elaborado pelos autores na Universidade de Mcgill, foram
determinadas as bases de construção de programas de treino dos treinadores
de sucesso. Os resultados revelaram quatro elementos fulcrais indicados pelos
treinadores como determinantes na concretização de um programa de sucesso
(Figura 1): (1) a capacidade de liderança específica, que lhes permitia adaptar
e moldar o seu comportamento em função da situação que enfrentavam –
características/qualidades pessoais; (2) empenho demonstrado no
desenvolvimento e estímulo do crescimento de cada um dos seus atletas –
crescimento individual; (3) o nível de organização e de planeamento das
aprendizagens na preparação da equipa ao longo da época – organização das
aprendizagens; e finalmente, (4) a interligação de todos os elementos na
promoção da capacidade de visão do treinador, condição indispensável para
envolver e atrair os atletas para os princípios, objectivos e filosofia/modelo de
jogo adoptados.
Figura 1 - Modelo Conceptual dos treinadores de sucesso (Vallée & Bloom, 2005).
56
Revisão da Literatura
57
Revisão da Literatura
Moran (2000)
58
Revisão da Literatura
gosto pela prática, aumenta os níveis de pressão dos atletas e suscita antipatia
dos atletas pelo treinador (Martens, 1997; Smoll, 2000).
É sob o ponto de vista comportamental que os treinadores procuram
motivar os atletas com o objectivo de obter um maior rendimento e,
consequentemente, maior sucesso. A utilização de diferentes técnicas
motivacionais de comunicação pode promover um maior envolvimento dos
atletas no treino, o que se traduzirá num rendimento superior em situações de
competição, sem, contudo, prejudicar os objectivos delineados para o(s)
jogador(es) e para a equipa (Les Burwitiz, 1997).
Diversos estudos realizados junto de equipas de sucesso declaram que,
entre outras características, a comunicação constitui hoje um meio fundamental
ao serviço do líder para a obtenção do rendimento pretendido (Salmela, 1996;
Araújo, 2001; Roy et al. 2007).
Um estudo levado a cabo por Bloom & Salmela (2000) demonstra que as
principais preocupações dos treinadores experts centram-se ao nível da
evolução individual proporcionada, na efectividade da comunicação
estabelecida, na empatia para com os atletas e na capacidade de transmissão
conhecimentos.
Sublinhe-se que Moran (2000) crê que na comunicação
externa/interpessoal, o discurso participativo e objectivo, a constante troca de
experiências e ideias terá repercussões em ambos os sentidos, permitindo uma
modificação positiva do pensamento e da conduta dos seus participantes.
Sendo a transmissão de aprendizagens um factor preponderante no
estabelecimento de sintonia entre quem transmite e entre quem recebe a
informação (Luke 2001), é essencial que o treinador organize a informação e
as ideias que reteve do exterior (ideia de jogo/modelo de jogo) para poder
intervir, utilizando os meios adequados (exercícios/intervenção específica) para
uma operacionalização/comunicação mais eficaz junto dos jogadores da sua
equipa (Vieira, 2006). Cruz (2002) realça a importância do domínio das
técnicas de comunicação por considerar que o treino adequado é resultado de
um conjunto de comunicações eficientes. Como refere o autor, no processo de
ensino aprendizagem, a diferença entre o sucesso e o fracasso poderá resultar
de uma competência comunicacional fraca e desprovida de sentido e não
apenas no acesso aos conteúdos de informação.
59
Revisão da Literatura
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Revisão da Literatura
61
Revisão da Literatura
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Revisão da Literatura
Wein (2000)
66
Revisão da Literatura
São vários os autores que têm vindo a defender que a performance, nos
seus mais variados domínios, é resultado do tempo despendido pelos atletas
na prática de actividades relevantes. Esta forma de actividade foi designada de
Prática de Deliberada (Ericsson, Krampe, Tesch-Romer, 1993; Ericsson, 1996;
Ericsson 2007a).
A Prática Deliberada deve ser entendida como uma prática estruturada e
direccionada para objectivos relevantes, tendo em vista a melhoria do
desempenho através do esforço e concentração dos atletas em situações não
necessariamente agradáveis (Ericsson, 1996; 2007).
Ericsson, Krampe & Tesh-Romer (1993) admitem mesmo que a
quantidade e a qualidade da Prática Deliberada estão directamente
relacionadas com a aquisição de níveis de desempenho de qualidade.
Segundo os autores, o comportamento do atleta, na relação com a prática, é
que determina as fronteiras de um desporto de elevado nível.
Starkes (2000) refere que a Prática Deliberada não se reduz ao jogo, ao
trabalho, à observação do desempenho dos adversários, nem tão pouco a um
conjunto de actividades de entretenimento de jovens que diariamente praticam
actividade física. Pelo contrário, este tipo de prática requer esforço, atenção,
implica a selecção de actividades específicas de aprendizagem pelo treinador,
não estando ligado ao imediatismo ou a qualquer tipo de recompensas.
Num estudo realizado com violinistas e pianistas experts, Ericsson,
Krampe & Tesch-Romer (1993) chegaram à conclusão que o esforço
despendido nos treinos foi considerado o factor de maior relevância no
desenvolvimento da performance dos músicos. Saliente-se que na
concretização das actividades diárias (Prática Deliberada), estes avaliaram-nas
como pouco agradáveis e exigentes, tanto a nível físico como mental. Este tipo
de metodologia foi, mais tarde, aplicado ao domínio desportivo com idênticos
resultados (Nordin et al., 2006).
Como realça Ericsson (1996), a Prática Deliberada requer evoluções
constantes da performance para que os atletas possam expandir a sua
memória de desempenho durante a prática desportiva. A aquisição de
performances de rendimento superior exige dos atletas níveis de concentração
elevados ao nível dos objectivos da tarefa e da própria performance.
67
Revisão da Literatura
68
Revisão da Literatura
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Objectivos e Hipóteses
3. OBJECTIVOS E HIPÓTESES
77
Objectivos e Hipóteses
escalão de Minis.
78
Material e Métodos
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Amostra
79
Material e Métodos
80
Material e Métodos
81
Material e Métodos
4.5. Instrumentos
82
Material e Métodos
Figura 2 - Fórmula para verificação da fiabilidade dos resultados (Bellack et al. 1966).
83
Material e Métodos
4.7.1. Introdução
84
Material e Métodos
85
Material e Métodos
86
Material e Métodos
87
Material e Métodos
88
Material e Métodos
Sector Ofensivo
Sector defensivo
89
Material e Métodos
90
Material e Métodos
91
Material e Métodos
92
Material e Métodos
93
Material e Métodos
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Material e Métodos
95
96
Apresentação e Discussão dos Resultados
5.1. Introdução
97
Apresentação e Discussão dos Resultados
98
Apresentação e Discussão dos Resultados
99
Apresentação e Discussão dos Resultados
100
Apresentação e Discussão dos Resultados
101
Apresentação e Discussão dos Resultados
VARIAÇÕES (NVC)
SEQUÊNCIAS (SOF)
ESCALÕES
Figura 5 – Comparação do Número de Variações de Corredor (NVC) por Sequência
Ofensiva Finalizada (SOF)
102
Apresentação e Discussão dos Resultados
103
Apresentação e Discussão dos Resultados
104
Apresentação e Discussão dos Resultados
105
Apresentação e Discussão dos Resultados
Também Ericsson, Krampe & Test Romer (1993), num estudo realizado
com o objectivo de determinar a influência da quantidade de Prática Deliberada
no nível de performance musical alcançada, concluiu que o volume de horas
despendido por semana na prática de actividades relevantes era superior nos
músicos profissionais, quando comparados com os amadores. Na mesma
investigação, foram detectadas diferenças no volume de horas despendidas em
actividades deliberadas, apesar do tempo de experiência profissional ser o
mesmo.
Os estudos consultados suscitam uma forte relação entre a realização
de actividades deliberadas e o elevado nível de performance desportiva, facto
que poderá ser confirmado neste estudo, pela evolução verificada no Número
de Variações de Corredor (NVC) por influência do tempo despendido pelos
atletas na prática de actividades deliberadas.
A Prática Deliberada do treino, entre outros aspectos, parece favorecer
os níveis de desempenho técnico-táctico dos atletas. Assim, o elevado
rendimento declarado pelos escalões mais velhos relativamente ao Número de
Variações de Corredor (NVC) parece resultar do aperfeiçoamento constante a
que as equipas estão sujeitas no decorrer do treino e da competição.
Por outro lado, as elevadas percentagens de ausência de variações de
corredor, ou a reduzida eficácia da variável Número de Variações de Corredor
(NVC), nos escalões mais jovens, podem ser justificadas pela reduzida
experiência e, por consequência, pelo ainda fraco domínio técnico-táctico
evidenciado em jogo.
Quando se procede a uma análise pormenorizada de um jogo de
Futebol, apercebemo-nos de alguns factores que poderão dificultar e influenciar
o nível de desempenho das equipas e dos atletas. Na observação directa e
indirecta dos referidos jogos, um dos factores de destaque foi o número de
passes errados e a consequente dificuldade dos atletas menos experientes em
manter a posse de bola dentro do terreno de jogo.
O desenvolvimento das mais diversas habilidades desportivas, como a
capacidade de estabelecer a ligação entre os vários jogadores de uma equipa,
requer um processo de aquisição de conhecimentos gradual e mais ou menos
106
Apresentação e Discussão dos Resultados
107
Apresentação e Discussão dos Resultados
108
Apresentação e Discussão dos Resultados
Quadro 12 – Média (X), Desvio Padrão (Dp) e valor Mínimo e Máximo do TPC
pelos vários escalões
Escalão Jogos X ± Dp Mínimo Máximo
Minis 6 3,26 ± 0,44 2,70 3,90
Pré-escolas 6 4,95 ± 0,43 4,38 5,67
Escolas 6 8,69 ± 1,54 6,65 10,50
Infantis 6 11,37 ± 1,62 9,50 13,35
109
Apresentação e Discussão dos Resultados
ESCALÕES
(MIN.)
MINUTOS
Figura 6 - Média, em minutos, do tempo de posse de bola consentido
c
por jogo, nos diferentes escalões
110
Apresentação e Discussão dos Resultados
JOGOS
PERCENTAGEM (%)
ESCALÕES
111
Apresentação e Discussão dos Resultados
112
Apresentação e Discussão dos Resultados
ofensivo revela, sob o ponto de vista defensivo, uma atitude mais activa e
organizada, aquando da perda da posse de bola. O estudo realizado por
Lucchesi (2003) com equipas de níveis de performance diferente confirma que
as equipas de elevado nível recuperam em média um número superior de bolas
na zona ofensiva adversária, relativamente às equipas de nível inferior (26%
contra 8,4%).
Como facilmente se percebe, os estudos apresentados a priori sugerem
que as equipas mais experientes e tacticamente mais evoluídas tendem a
procurar conquistar a posse de bola em zonas mais adiantadas do terreno de
jogo, minimizando ao máximo o tempo disponível para a construção de ataques
da equipa adversária (Pacheco, 2000).
Porém, os resultados do nosso estudo parecem contrariar esta
perspectiva, uma vez que a experiência acumulada de Prática Deliberada
proporcionou, ao longo dos vários escalões, um aumento do tempo de posse
de bola consentido no meio campo defensivo.
Estes resultados podem ser explicados pelo facto de grande parte dos
estudos realizados nesta área incidirem na análise de equipas seniores, cuja
comparação dos diferentes factores de rendimento pode não traduzir fielmente
a realidade dos resultados nos escalões de formação mais iniciais.
Se, por um lado, nas equipas de elevado rendimento a tendência de
conquistar a posse de bola no meio campo contrário pode traduzir-se num
rendimento superior, nos escalões mais iniciais, o mesmo pode não acontecer.
Esta situação pode dever-se a vários factores, como a dificuldade de
coordenação das acções técnico-tácticas, de disciplina colectiva e de
organização táctica.
Nesta perspectiva, dependendo a posse de bola da qualidade da
circulação da mesma e do controlo de todos os factores acima referidos, é
natural que haja alguma discrepância nos valores encontrados entre equipas
seniores e jovens.
A este respeito, Gréhaigne (2001) revela que uma adaptação insuficiente
ao jogo leva a um elevado número de perdas de posse de bola.
Os resultados obtidos por Borba (2007) vão ao encontro da nossa
investigação. O autor, num estudo realizado com praticantes de Futebol, com
113
Apresentação e Discussão dos Resultados
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Apresentação e Discussão dos Resultados
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Apresentação e Discussão dos Resultados
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Apresentação e Discussão dos Resultados
INTERVENIENTES (NIO)
SEQUÊNCIAS (SOF)
ESCALÕES
Figura 8 - Comparação do Número de Jogadores Intervenientes na Acção Ofensiva (NIO)
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Apresentação e Discussão dos Resultados
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Apresentação e Discussão dos Resultados
Um outro estudo realizado por Hudges & Jones (2005) com equipas de
Râguebi de 7, de diferentes níveis competitivos, identificou que as equipas bem
sucedidas apresentam um maior controlo do jogo, com níveis técnico-tácticos
superiores aos verificados pelas equipas de nível inferior.
Couto (2007), numa análise realizada ao número de passes efectuados
pelas equipas de nível superior e inferior, constatou que as equipas de nível
superior apresentaram, em média, maior número de passes e contactos com a
bola por cada sequência ofensiva finalizada.
Num estudo semelhante, com equipas participantes no Campeonato do
Mundo do México em 1986, Hudges et al. (1988) obteve os mesmos
resultados, confirmando que as equipas de sucesso realizaram maior número
de contactos com a bola em cada sequência ofensiva observada.
Ao nível dos escalões de formação, esta tendência não é alterada.
Borba (2007), num estudo realizado com crianças dos 6 aos 12 anos,
observou, nas equipas de nível mais avançado, uma movimentação mais
compacta dos jogadores relativamente ao centro de jogo. Segundo o autor,
encontraram-se jogadores envolvidos no centro de jogo principal de construção
(zona da bola), enquanto outros permaneciam afastados da bola, integrando
um centro de jogo secundário, assumindo funções de equilíbrio ofensivo e
defensivo.
A capacidade de aproximação dos jogadores em função do centro de
jogo permite ao jogador que detém a posse de bola, de entre outros aspectos,
um leque alargado de opções de escolha da decisão mais ajustada e,
concomitantemente, um maior envolvimento dos jogadores nas sequências de
ataque e defesa, devido à proximidade de linhas de passe.
Esta circunstância poderá igualmente justificar os resultados obtidos no
nosso estudo, no que concerne ao número de intervenientes no processo
ofensivo. Ao compararmos separadamente os escalões de Minis/Pré-escolas e
Escolas/Infantis, constatámos diferenças significativas apenas nos escalões
mais experientes, o que pode significar uma evolução mais acentuada do
rendimento táctico no escalão de Infantis relativamente ao escalão de escolas.
A este respeito, Barros (2002) admite que o reduzido número de
jogadores envolvidos nas sequências ofensivas finalizadas poderá ser
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Apresentação e Discussão dos Resultados
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INTERVENIENTES (NID)
SEQUÊNCIAS
ESCALÕES
Figura 9 - Comparação do Número de Jogadores Intervenientes na Acção Defensiva (NIO)
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INTERVENIENTES (NID)
INTERVENIENTES (NIO)
SEQUÊNCIAS
ESCALÕES ESCALÕES
Figura 10 - Comparação do Número de Jogadores Intervenientes nas Acções Defensivas (NID)
e Ofensivas (NIO) por escalão
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Apresentação e Discussão dos Resultados
para as crianças se afastarem das tarefas defensivas, quer pelo seu grau de
complexidade, quer pela circunstância de todas as suas acções estarem
maioritariamente focalizadas na satisfação do seu egocentrismo (Wein, 1995;
D’Ottavio, 2000; Pacheco, 2002).
Um estudo realizado com base em análises por vídeo confirma que
alguns dos problemas e movimentações de ordem táctica evidenciados pelas
crianças, que iniciam a prática desportiva, estão relacionados com a
complexidade das acções para as quais os jogadores não têm a posse de bola
(Luhtanen et al., 2002).
Williams et al. (2004), refere que o grau de exigência das tarefas
ofensivas e defensivas pode diferir quanto à complexidade. Segundo o autor,
enquanto nas situações defensivas é exigido aos atletas uma busca exaustiva
de possíveis padrões de movimento e um elevado número de fixações em
intervalos de tempo muito reduzidos, nas situações ofensivas os jogadores
manifestam um maior controlo sobre o decurso da acção, permitindo-lhes,
deste modo, que sejam eles próprios a seleccionar a opção mais adequada ao
momento.
Também os indicadores de referência do jogo de fraco nível, enunciados
por Garganta (1998), permitem-nos verificar que a maioria das acções
desenvolvidas pelos jogadores, na sua forma mais simples de jogo, tendem a
rejeitar as acções sem bola, em prol de acções individualizadas.
Mourinho (2007, citado por Lourenço & Ilharco, 2007) revela a este
respeito, que o facto de o atleta lidar com situações desconhecidas, como as
tarefas defensivas exige aos atletas níveis superiores de concentração.
Por outro lado, atendendo à prática do Futebol de recreio de crianças
sem experiência futebolística, dificilmente encontramos movimentos
tipicamente defensivos, porque a atenção da criança está voltada
fundamentalmente para o contacto com a bola e com os seus companheiros,
na tentativa de se evidenciar em relação aos seus colegas através da
conquista do golo.
É natural que esta relação próxima dos atletas com as situações de
posse de bola possa reflectir-se no seu desempenho ofensivo, aquando do
131
Apresentação e Discussão dos Resultados
132
Apresentação e Discussão dos Resultados
133
134
Conclusões
6. CONCLUSÕES
135
136
Sugestões para Futuros Estudos
137
138
Referências Bibliográficas
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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10, 12-22.
154
Referências Bibliográficas
155
ANEXOS
ANEXO 1
FICHA DE OBSERVAÇÃO
JOGO
________________ - ________________
EQUIPA 1 EQUIPA 2
SOF NVC NIO NID SOF NVC NIO NID
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
11 11
12 12
13 13
TPC TPC
FICHA DE OBSERVAÇÃO
JOGO
________________ - ________________
EQUIPA 1 EQUIPA 2
SOF NVC NIO NID SOF NVC NIO NID
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
11 11
12 12
13 13
TPC TPC