Visualizacao de Estruturas Moleculares Tridimencionais - Edmilson Alves

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Brazilian Journal of Development

Construção e emprego de modelos do tipo bola e imã para visualização


tridimensional de estruturas moleculares em sala de aula

Construction and use of three-dimensional model of the type magnetic


andball for visualizacion of molecular structures in class

DOI:10.34117/bjdv5n6-215

Recebimento dos originais: 14/04/2019


Aceitação para publicação: 30/05/2019

Edmilson Alves Silva


Mestre em Recursos Genéticos Vegetais pela Universidade Estadual de Feira de Santana
Instituição: Centro Integrado De Educação Assis Chateaubriand.
Endereço: Rua Doutor, R. Arivaldo de Carvalho, s/n - Sobradinho, Feira de Santana - BA,
44028-120
E-mail: [email protected]

Ulisses Alberto Rodrigues da Silva


Doutorando em Biocombustível pela Universidade Federal de Uberlândia
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia
Endereço: Avenida João Naves de Ávila 2.121 B. Santa Mônica - Uberlândia - MG - 38.408-
144 - Brasil
E-mail: [email protected]

Idália Helena Santos Estevam


Doutora em Química pela Universidade Federal de Pernambuco
Instituição: Universidade do Estado da Bahia
Endereço: Rua Silveira Martins, 2555, Cabula. Salvador-BA. CEP: 41.150-000.
E- mail: [email protected]

Cesário Francisco das Virgens


Doutor em Química pela Universidade Federal da Bahia
Instituição: Universidade do Estado da Bahia
Endereço: Rua Silveira Martins, 2555, Cabula. Salvador-BA. CEP: 41.150-000.
E- mail [email protected]

RESUMO

O discente, ao estudar o conteúdo geometria molecular, muitas das vezes não consegue
visualizar estas estruturas no espaço tridimensional dificultando assim o seu entendimento no
processo de aprendizagem. Visando diminuir essa lacuna,esse artigo apresenta a construção e
emprego de modelos molecularesdo tipo bola e imãcomo uma ferramenta para facilitar a
visualização, por parte do aluno, bem como desenvolver a sua habilidade de utilizar modelos
para visualização de moléculas.Na construção dos modelos, os alunospassaram a ser agentes
ativosdo processo de aprendizagem do conhecimento, construíram representações, assim
como, reconheceram que foi uma boa estratégia didática para tornar a aula mais dinâmica.

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Palavras-Chave: modelo molecular; modelo tridimensional; geometria molecular;material


didático; material de baixo custo.

ABSTRACT

The student studying the molecular geometry has difficulty in visualizing the three-
dimensional model. This paper presents the use of building these structures in class as a way
to facilitate the learning process.To reduce this gap this article presents the construction and
employment of molecular models of ball and magnet type in the classroom as a tool to facilitate
the visualization of the student, as well as develop their ability of molecules representation.In
the construction of the models, the students began to be active agents in the learning process
of knowledge, building representations, as well as, acknowledged that it was a good didactic
strategy to make the class more dynamic.

Keywords: molecular model; three-dimensional model, molecular geometry, didactic


material; low cost material.

1 INTRODUÇÃO
A compreensão do conhecimento químico em torno de estruturas moleculares requer um
domínio abstrato,conceitual evisualização tridimensional, o que acarreta, muitas vezes, em
prejuízo na aprendizagem. O estudante costuma ter grande dificuldade para criar modelos
mentais e compreender as estruturas tridimensionais das moléculas. 1 Além disso,
asmetodologiasusualmente aplicadasao ensino de química,no ensino médio, a tornam uma
matéria desinteressante, desmotivadora, dissociada da realidade e de difícil apreensão. O fato
de se estudar fenômenos e estruturas que envolvem alto grau de complexidade, faz com que
os estudantes vejam estes conceitos como distantes, abstratos e inalcançáveis. 2 Para tornar o
ensino de química mais palpável e compreensível, diversos professores e pesquisadores têm
desenvolvido e utilizado formas alternativas para aproximar o estudante do conhecimento e
facilitar a aprendizagem de modelos e estrutura das moléculas. 3-4
Para auxiliar a visualização e facilitar aaprendizagem sobre estruturas moleculares e os
conceitos relacionadosà formação das moléculas, muitos pesquisadores utilizam modelos em
sala de aula.5Lima e Carneiro 6construíram modelosmoleculares a partir da fibra do buriti e
sementes de “tocari de cachimbo”. Neste trabalho, os autores utilizaram os modelos para o
ensino de química orgânica. Destacaram a disponibilidade de modelos artesanais como uma
das principais vantagens em relação aos modelos comerciais. Um estudo usando modelos
magnéticos foi aplicado por Warfa et al7para estabelecer a interação de estudantes com os
modelos no estudo dos processos de dissolução com sólidos iônicos em água. Outros trabalhos
utilizam a construção de modelos moleculares para o ensino de cadeias orgânicas. 8

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Os modelos oferecem uma importante fonte de informações conceituais que, através do
manuseio, construção e desconstrução, oportuniza o estudante a explorar e aprender os
conceitos de forma abrangente e concreta.
Desde Van’tHoff, que usou modelos para representar as estruturas tetraédricas no
carbono e Dalton com a representação das moléculas diatômicas simples, encontram-se
diversos exemplos do uso de modelos no ensino de química e nas ciências em geral. Os kits
de modelos moleculares disponíveis no mercado são os mais utilizados pelos professores.
Estes modelos, no entanto, têm um custo elevado, o que dificulta o acesso ao estudante. Por
outro lado, o manuseio de modelos já prontos não provoca o aprofundamento de conceitos
como ângulo de ligação, valência do átomo, hibridização, comprimento de ligação, tipos de
ligação, dentre outros.9-10
Apesar dos modelos não serem a representação da realidade, utilizar modelos é trazer
para a escala macroscópica representações que se aproximam ao máximodos fenômenos
químicos que se encontram em escala sub-microscópica. Ao utilizar modelos na
aprendizagem, o estudante tem uma experiência sensorial e visual de aspectos como ângulo
de ligação, valência do elemento, interação entre as moléculas, ligações químicas e diversos
conceitos fundamentais que reforçam e facilitam a aprendizagem destes assuntos de forma
interativa, dinâmica e eficaz.11
Dentre as modernas teorias de ensino-aprendizagem, o construtivismo e o sócio-
interacionismosão as teorias que melhor de adequam ao ensino de química. A atividade de
construção de modelos com materiais de baixo custo oportuniza o estudante a interagir
diretamente com o objeto de estudo. À medida em que o aluno monta e desmonta os
modelos,reflete sobre os conceitos envolvidos nas ligações, visualiza e manipula as estruturas
tridimensionais, permitindo a construção do seu conhecimento em torno do assunto. O uso de
materiais de baixo custo apresenta uma alternativa acessível que pode ser aplicada em salas
de aula de escolas públicas onde as realidades socioeconômicas dos alunos não possibilitam a
aquisição de modelos de valor elevado. Assim, esta proposta metodológica é pluralista, pois a
aplicação dediferentes teorias de aprendizagem, é uma proposta didática inovadora, que leva
em conta as indiossincrasias inerentes de uma sala de aula de ensino médio.
A confecção desse conjunto de modelos moleculares surge como uma ferramenta de
grande importância para facilitar a visualização tridimensional por parte do aluno conduzindo-
o ao melhor entendimento de geometria molecular. Neste contexto, apresentamos uma
proposta didática aplicável em sala de aula da construção e o emprego de modelos moleculares

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do tipo bola e imã.A utilização do imã auxilia a compreensão sobre forças interativas e
formação de ligações covalentes.

2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 CONSTRUÇÃO DOS ARRANJOS TRIDIMENSIONAIS DAS MOLÉCULAS
Foram utilizadas bolas plásticas, eletroduto do tipo garganta e tecla do ímã de bolsa nº
1, como material de baixo custo e de boa portabilidade quando comparados com outros
modelos descritos na literatura. O trabalho foi aplicado nas classes do 3º ano do Ensino Médio
do turno vespertino no Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand na cidade de Feira
de Santana-Bahia, onde um dos autores atua como docente.

2.2 A CRIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO


Na montagem dos modelos moleculares utilizaram-se bolas plásticas de 70 mm(material
usado em piscina de bolinhas) com cores variadas de acordo com a tabela padrão dos
elementos - Tabela 1 adaptada de Lima12e bolas brancas de 30 mm usadas em embalagensde
desodorantes tipo rollon (frascos plásticos), um eletroduto do tipo garganta de meia polegada
( ½”), cola de silicone, tecla do ímã de bolsa nº 1, tubosplásticos de 0,5 cm de diâmetro
(canudos usados para beber refrigerantes, corpo de canetas comuns, tubos de antena de TV
e/ou similares) e linha de nylon. As Figuras 1a e 1b mostram todo o material utilizado na
elaboração do modelo.
Tabela 01: Identificação dos compostos e suas cores através da tabela padrão dos elementos.
Elemento Cor
Hidrogênio Branco
Carbono Preto
Silício Cinza
Nitrogênio Azul
Oxigênio Vermelho
Fósforo Púrpura
Boro Marrom
Enxofre Amarelo
Flúor Verde-claro
Cloro Verde-escuro
Bromo Castanho

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Iodo Violeta
Adaptado de M B. Lima12

Figura 1a Figura 1b

Figuras1A, B: Materiais utilizados na construção do conjunto de modelos moleculares: (1a) bolinhas de plástico,
(1b) tecla de imã de bolsas, eletroduto do tipo garganta de 1/2 polegada, canudos de refrigerantes e linha
resistente.

Na construção dos modelos, os materiais empregados foram simples, baratos e de fácil


aquisição. O principal foco desta estratégia fica direcionado à formação dos ângulos de ligação
entre os átomos em uma molécula em função da hibridização do átomo central. Com o usode
modelos o aluno pode visualizar, manipular, medir estes ângulos. Os átomos devem manterum
arranjo espacial que permitaao aluno boa visualização e diferenciação.
A construção dos arranjos tridimensionais irá obedecer a valênciadoátomocentral
(monovalente/bivalente/trivalente/tetravalente/pentavalente); estrutura do orbital híbrido
(tetraédrico/octaédrico/bipirâmide-trigonal),ângulos de ligação, tipo de átomo envolvido na
ligação, tipo de ligação (simples, dupla, tripla) e hibridização.
Inicialmente,para formar os ângulos de 109º28’, que corresponde à hibridização
sp3,deve-semontar um tetraedro com os seguintes materiais: tubos de 0,5 cm de diâmetro e
linha resistente. Corta-se os tubos em seis pedaços iguais de nove (9)cm que serão unidos no
momento dapassagem da linha resistente pelo seu diâmetro conforme as Figuras 2a e 2b. Nesse
tetraedro, insere-se a bola de 0,7cm onde os vérticesservirão como base paramarcar/pintar na
bola os pontos de encaixe das teclas de imã de bolsa(Figura 2c).Remove-se a bola para dar
sequência à construção do material didático. As Figuras 2a-2c mostram todos os passos
descritos.

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Figura 2a Figura 2 b Figura 2c


Figuras 2 A,B,C: Sequência para construção do tetraedro com marcação dos pontos de inserção dos imãs nas
bolas conforme os ângulos das ligações.

Para marcar os ângulos de 180º e 90o deve-se observar que a bola, possui uma linha de
união entre as suas metades, resultado do processo de fabricação. Com auxílio de uma linha
resistente mede-se o perímetro da bola, que, ao ser dividido por dois,determina a distância
entre os dois pontos que formarão o ângulo de 180º na bola. Estes pontos devem ser marcados
sob a linha de união, onde serãofixadasas teclas de imã de bolsa. Para determinar o ponto de
colocação de 90º, repete-se o mesmo procedimento dividindo por quatro o perímetro da bola.
Para marcaros demais ângulos aplica-se uma regra de três simples (ver base de cálculo
abaixo) tomando-se como referência o ângulo 180º em relação ao comprimento medido entre
a distância dos pontos que formam esse ângulo. Nas Figuras 3a e 3b pode-se observar como o
procedimento deve ser realizado.
Base de cálculo para marcação dos demais ângulos:
180º --------- 5cm
yº --------- x
onde yo é o ângulo a ser definido e x será a distância entre os pontos que deve se acoplar
os imãs.

Figura 3a Figura 3b
Figuras 3º A,B: Delineamento da bola para formação dos ângulos de ligação de 90º e 180º.

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Depois de realizada a marcação dos ângulos, deve-se proceder à fixação das teclas de
imã nos locais determinados. O procedimento é simples como pode ser observado nas Figuras
4a a 4d. Pressiona-se uma tecla magnética na bola e observa-se a marca deixada (Figura 4a).
Com uma tesoura furam-se os locais marcados, cuidando para não deixá-los maiores que a
haste da tecla(Figura 4b). Insere-se a tecla nas aberturas realizadas (Figura 4c), e com o
objetivo de facilitar a dobra das hastes das teclas no interior da bola pressiona-se firmemente
a tecla com o polegar no intuito de dobrar a suas hastes como está demonstrado na Figura 4d
retornando por final a bola na sua condição normal.

Figura 4 a Figura 4b

Figura 4c Figura 4d
Figuras 4 A,B,C,D: Demonstração da sequência para fixação das teclas magnéticas na bola.

2.3 A MONTAGEM DAS ESTRUTURAS


Para se montar as formas geométricas que envolvem somente as ligações simples adota-
se o procedimento do encaixe de uma tecla macho de uma bola com a tecla fêmea na outra e
essa ligação será assim representada pela união desses pares de imãs conforme pode-se
observar nasequência das Figuras5a a 5c.

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Figura 5a Figura 5b Figura 5c


Figuras 5 A,B,C: Montagem das formas geométricas com apenas ligações simples.

2.4 FORMAÇÃO DE ESTRUTURAS COM LIGAÇÕES DUPLAS E TRIPLAS


Nos modelos de moléculas que contem ligações duplas ou triplas, o procedimento inicial
consiste em formar as ligações com o auxílio do eletroduto do tipo garganta de meia polegada.
Esses eletrodutos são cortados num tamanho de doze (12) cm e com auxílio da cola quente
(cuidado ao manusear) sãoacoplados as teclas de imãs de bolsa nas suas extremidades.
Observar que se devem alternar as teclas de imãs de bolsa macho/fêmea nas pontas de cada
comprimento de ligação. As Figuras6a, 6b e 6c mostram os passos a serem seguidos para a
montagem das ligações duplas.

Figura 6a Figura 6b Figura 6c


Figuras 6 A,B,C: Representação de montagem de ligações duplas.

Vale destacar que os comprimentos de ligação não estão proporcionais aos das ligações
reais, pois o modelo não visa contemplar esta informação.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A aplicação em sala foi realizada empregando um guia de estudo elaborado pelo docente
requerendo do aluno e/ou equipeotempo de cinquenta minutos. Tempo necessário para que
ele(s) pudesse(m) construir as moléculas propostas na atividade,representando assim a sua
geometria tridimensional; e poder(em) desenhar no caderno a estrutura das moléculas com os
respectivos ângulos de ligação.

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Na construção dos modelos moleculares os estudantes tiveram a oportunidade de atuar
no processo de forma participativaatuando com criatividade e iniciativa até a conclusão da
representação da estrutura da molécula.
Os alunos informaramque a aula passou muito rápido e eles nem notaram esgotar os
cinquenta minutos. O mais marcante foi que o aluno percebeu-se como agente ativo de seu
conhecimento, construindorepresentações por meio de modelose a sua interação com a
realidade. As Figuras 7a e 7b mostram a interação da turma no momento da aplicação e
realização da atividade proposta.

Figura 7a Figura 7b
Figuras 7 A,B: Os alunos realizando atividade didática com a utilização dos modelos moleculares.

De acordo com os relatos levantados conseguiu-se diagnosticar que: (i) o material ajudou
a facilitar a compreensão por parte dos alunos sobre o conteúdo de ligação entre os átomos e
a formação de moléculas de forma objetiva; (ii) para os alunos ficou mais claro compreender
o assunto já que puderam tocar, montar e remontar as moléculas deixando de atuar no
aprendizado somente com a parte abstrata na construção das moléculas.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção de modelos com material de baixo custo apresenta para estudantes e
professores uma solução alternativa de socializar e difundir o uso de modelos em qualquer
sala-de aula de química, para estudar diversos assuntos. No presente trabalho, apresentamos
uma proposta de construção e desconstrução de modelos do tipo bola e imã usando bolas
plásticas, tubos eletrodutos e imãs para bolsa. O tipo de imã utilizado permite que os modelos
possam ser montados e desmontados de forma fácil e rápida, o que amplia a oportunidade dos
estudantes na manipulação dos modelos para diversas moléculas, enquanto aprofundam
conceitos em torno das teorias estruturais das substâncias.

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A confecção desse conjunto de modelos moleculares surge como uma ferramenta de
grande importância para facilitar a visualização tridimensional por parte do aluno conduzindo
ao melhor entendimento de geometria molecular.
Por fim, a partir da atividade realizada pode-se afirmar que a construção de um modelo
tridimensional do tipobola e imã é um material didático que favoreceu aos alunos desconstruir
o paradigma de que a química é uma ciência extremamente decorativa e abstrata. Isto porque
foi empregado o construtivismo para o entendimento do processo de ensino e aprendizagem
do conteúdo, diminuindo a distância entre um conteúdo que é ensinado e a realidade do aluno.
Verificou-se que o emprego desse material didático como uma forma de mediar o conteúdo
para os alunos, permitiu ao docente aplicaressa estratégia de forma eficiente na redução dessa
distância. E ao contextualizar, o professor está articulando o conhecimento prévio de um aluno
com aquilo que se deseja estudar, criando vínculos do conteúdo com a vivência social e
cultural do estudante.13

AGRADECIMENTOS
O autor UARS agradece à CAPES pela bolsa de pesquisa e EAS ao Centro Integrado de
Educação Assis Chateaubriand pela aplicação do material didático

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