Visualizacao de Estruturas Moleculares Tridimencionais - Edmilson Alves
Visualizacao de Estruturas Moleculares Tridimencionais - Edmilson Alves
Visualizacao de Estruturas Moleculares Tridimencionais - Edmilson Alves
uk
Provided by Brazilian Journals
7381
Brazilian Journal of Development
DOI:10.34117/bjdv5n6-215
RESUMO
O discente, ao estudar o conteúdo geometria molecular, muitas das vezes não consegue
visualizar estas estruturas no espaço tridimensional dificultando assim o seu entendimento no
processo de aprendizagem. Visando diminuir essa lacuna,esse artigo apresenta a construção e
emprego de modelos molecularesdo tipo bola e imãcomo uma ferramenta para facilitar a
visualização, por parte do aluno, bem como desenvolver a sua habilidade de utilizar modelos
para visualização de moléculas.Na construção dos modelos, os alunospassaram a ser agentes
ativosdo processo de aprendizagem do conhecimento, construíram representações, assim
como, reconheceram que foi uma boa estratégia didática para tornar a aula mais dinâmica.
ABSTRACT
The student studying the molecular geometry has difficulty in visualizing the three-
dimensional model. This paper presents the use of building these structures in class as a way
to facilitate the learning process.To reduce this gap this article presents the construction and
employment of molecular models of ball and magnet type in the classroom as a tool to facilitate
the visualization of the student, as well as develop their ability of molecules representation.In
the construction of the models, the students began to be active agents in the learning process
of knowledge, building representations, as well as, acknowledged that it was a good didactic
strategy to make the class more dynamic.
1 INTRODUÇÃO
A compreensão do conhecimento químico em torno de estruturas moleculares requer um
domínio abstrato,conceitual evisualização tridimensional, o que acarreta, muitas vezes, em
prejuízo na aprendizagem. O estudante costuma ter grande dificuldade para criar modelos
mentais e compreender as estruturas tridimensionais das moléculas. 1 Além disso,
asmetodologiasusualmente aplicadasao ensino de química,no ensino médio, a tornam uma
matéria desinteressante, desmotivadora, dissociada da realidade e de difícil apreensão. O fato
de se estudar fenômenos e estruturas que envolvem alto grau de complexidade, faz com que
os estudantes vejam estes conceitos como distantes, abstratos e inalcançáveis. 2 Para tornar o
ensino de química mais palpável e compreensível, diversos professores e pesquisadores têm
desenvolvido e utilizado formas alternativas para aproximar o estudante do conhecimento e
facilitar a aprendizagem de modelos e estrutura das moléculas. 3-4
Para auxiliar a visualização e facilitar aaprendizagem sobre estruturas moleculares e os
conceitos relacionadosà formação das moléculas, muitos pesquisadores utilizam modelos em
sala de aula.5Lima e Carneiro 6construíram modelosmoleculares a partir da fibra do buriti e
sementes de “tocari de cachimbo”. Neste trabalho, os autores utilizaram os modelos para o
ensino de química orgânica. Destacaram a disponibilidade de modelos artesanais como uma
das principais vantagens em relação aos modelos comerciais. Um estudo usando modelos
magnéticos foi aplicado por Warfa et al7para estabelecer a interação de estudantes com os
modelos no estudo dos processos de dissolução com sólidos iônicos em água. Outros trabalhos
utilizam a construção de modelos moleculares para o ensino de cadeias orgânicas. 8
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 CONSTRUÇÃO DOS ARRANJOS TRIDIMENSIONAIS DAS MOLÉCULAS
Foram utilizadas bolas plásticas, eletroduto do tipo garganta e tecla do ímã de bolsa nº
1, como material de baixo custo e de boa portabilidade quando comparados com outros
modelos descritos na literatura. O trabalho foi aplicado nas classes do 3º ano do Ensino Médio
do turno vespertino no Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand na cidade de Feira
de Santana-Bahia, onde um dos autores atua como docente.
Figura 1a Figura 1b
Figuras1A, B: Materiais utilizados na construção do conjunto de modelos moleculares: (1a) bolinhas de plástico,
(1b) tecla de imã de bolsas, eletroduto do tipo garganta de 1/2 polegada, canudos de refrigerantes e linha
resistente.
Para marcar os ângulos de 180º e 90o deve-se observar que a bola, possui uma linha de
união entre as suas metades, resultado do processo de fabricação. Com auxílio de uma linha
resistente mede-se o perímetro da bola, que, ao ser dividido por dois,determina a distância
entre os dois pontos que formarão o ângulo de 180º na bola. Estes pontos devem ser marcados
sob a linha de união, onde serãofixadasas teclas de imã de bolsa. Para determinar o ponto de
colocação de 90º, repete-se o mesmo procedimento dividindo por quatro o perímetro da bola.
Para marcaros demais ângulos aplica-se uma regra de três simples (ver base de cálculo
abaixo) tomando-se como referência o ângulo 180º em relação ao comprimento medido entre
a distância dos pontos que formam esse ângulo. Nas Figuras 3a e 3b pode-se observar como o
procedimento deve ser realizado.
Base de cálculo para marcação dos demais ângulos:
180º --------- 5cm
yº --------- x
onde yo é o ângulo a ser definido e x será a distância entre os pontos que deve se acoplar
os imãs.
Figura 3a Figura 3b
Figuras 3º A,B: Delineamento da bola para formação dos ângulos de ligação de 90º e 180º.
Figura 4 a Figura 4b
Figura 4c Figura 4d
Figuras 4 A,B,C,D: Demonstração da sequência para fixação das teclas magnéticas na bola.
Vale destacar que os comprimentos de ligação não estão proporcionais aos das ligações
reais, pois o modelo não visa contemplar esta informação.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A aplicação em sala foi realizada empregando um guia de estudo elaborado pelo docente
requerendo do aluno e/ou equipeotempo de cinquenta minutos. Tempo necessário para que
ele(s) pudesse(m) construir as moléculas propostas na atividade,representando assim a sua
geometria tridimensional; e poder(em) desenhar no caderno a estrutura das moléculas com os
respectivos ângulos de ligação.
Figura 7a Figura 7b
Figuras 7 A,B: Os alunos realizando atividade didática com a utilização dos modelos moleculares.
De acordo com os relatos levantados conseguiu-se diagnosticar que: (i) o material ajudou
a facilitar a compreensão por parte dos alunos sobre o conteúdo de ligação entre os átomos e
a formação de moléculas de forma objetiva; (ii) para os alunos ficou mais claro compreender
o assunto já que puderam tocar, montar e remontar as moléculas deixando de atuar no
aprendizado somente com a parte abstrata na construção das moléculas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção de modelos com material de baixo custo apresenta para estudantes e
professores uma solução alternativa de socializar e difundir o uso de modelos em qualquer
sala-de aula de química, para estudar diversos assuntos. No presente trabalho, apresentamos
uma proposta de construção e desconstrução de modelos do tipo bola e imã usando bolas
plásticas, tubos eletrodutos e imãs para bolsa. O tipo de imã utilizado permite que os modelos
possam ser montados e desmontados de forma fácil e rápida, o que amplia a oportunidade dos
estudantes na manipulação dos modelos para diversas moléculas, enquanto aprofundam
conceitos em torno das teorias estruturais das substâncias.
AGRADECIMENTOS
O autor UARS agradece à CAPES pela bolsa de pesquisa e EAS ao Centro Integrado de
Educação Assis Chateaubriand pela aplicação do material didático
REFERÊNCIAS
3. da Silva, A. M. Proposta para Tornar o Ensino de Química mais Atraente. Rev. Quim. Ind.,
2011, 711, 7.[link]
4. Eichler, M. L.; Del Pino, J. C. A produção de material didático como estratégia de formação
permanente de professores de ciências. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias,
2010, 3, 633. [link]
13. Eliana Moraes de Santana 1 (PG) *. Daisy de Brito Rezende 2 ( PQ) O Uso de Jogos no
ensino e aprendizagem de Química: Uma visão dos alunos do 9º ano do ensino fundamental
XIV Encontro Nacional de Ensino de Química UFPR, 21 a 24 de julho de 2008 [link]
LÔBO, S.F. O trabalho experimental no ensino de química. Química Nova, v.2, p. 430-434,
2012. [link]
16. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.