Diagnostico Sanasa
Diagnostico Sanasa
Diagnostico Sanasa
Quadro ___: Outorga para Utilização dos Recursos Hídricos para Abastecimento de Campinas
Quanto à captação de água subterrânea, atualmente, é utilizado poço tubular para o abastecimento do
loteamento Village Campinas. O Quadro ____ mostra os volumes captados em 2.012.
USO
Quadro ___: Volumes captados em 2014
VOLUME CAPTADO
SISTEMA PRODUTOR %
(m³/ano)
O abastecimento de água no município de Campinas conta com 5 estações de tratamento de água – ETAs
1 e 2 no bairro Swift, ETAs 3 e 4 na estrada de Sousas e ETA Capivari, localizada junto à Rodovia dos
Bandeirantes. No Quadro __ são apresentados os Sistemas Macroadutores, as ETAs, as fontes de
abastecimento, os processos de tratamento e as capacidades nominal e efetiva de cada unidade.
RESERVAÇÃO
O sistema de abastecimento de água conta com 65 reservatórios de água, sendo 25 reservatórios elevados
e 40 reservatórios semienterrados. Os reservatórios semienterrados totalizam um volume de 118.434 m³ e
os reservatórios elevados 5.048 m³. Estes reservatórios estão distribuídos em 35 Centros de Reservação e
Distribuição (CRD). Em 28 destes CRDs, existe uma Estação Elevatória de Água Tratada. A Figura __
demonstra a localização dos reservatórios que abastecem o município.
Figura ___: Reservatórios do Município de Campinas.
Fonte: SANASA (2015).
DISTRIBUIÇÃO
A malha de distribuição de água no município está subdividida em 25 setores de abastecimento, a qual
atualmente possui a extensão de 4.567,99 km de rede e abastece 327.840 ligações de água e 482.139
economias, referência Maio de 2015. Através do quadro ____ é possível verificar os números de ligações e
economias de água, subdivididos por categorias. Economias de água estão relacionadas com o número de
subdivisões de uma ligação (Ex: Um edifício com apenas uma ligação pode possuir várias economias,
conforme o número de apartamentos, mas com a emissão de apenas uma única fatura).
Com o objetivo de reduzir os rompimentos nas redes de distribuição, eliminar perdas d´água, reduzir custo
operacional, atender à demanda sem interrupção e não comprometer a qualidade da água, a parcela da
malha de distribuição composta pela tubulação de cimento amianto vem sendo substituída. As tubulações
de Ferro Fundido, de 50 e 75 mm de diâmetro, que se encontram obstruídas por corrosão e formação de
tubérculos nas paredes internas, também estão sendo substituídas para não afetar a demanda requerida
pelos consumidores. O recurso financeiro necessário para viabilizar a readequação da infraestrutura de
distribuição de água, tem sido através de fonte própria, financiada e a fundo perdido, devendo contemplar
além da renovação das redes e ligações, também a readequação das pressões e dos hidrômetros,
implantação de setorização, da macromedição, e da telemetria dos dados operacionais/consumos.
CONCLUSÕES
A SANASA atende praticamente toda a população urbana. O município utiliza como mananciais os rios
Atibaia e Capivari. O Sistema Cantareira faz a reversão da água da bacia do Piracicaba para abastecer a
RMSP, diminuindo dessa forma a oferta hídrica na bacia. A SANASA investe continuamente na manutenção
e modernização do sistema de abastecimento, para manter a eficiência e alcançar o equilíbrio econômico.
As ações têm como objetivos garantir a quantidade, qualidade, reservação e distribuição da água tratada,
além da diminuição das perdas reais e aparentes, do consumo de energia elétrica e, do custo unitário do
serviço de água.
A SANASA já está implantando o Plano de Segurança da Água para o município de Campinas, seguindo as
recomendações do Manual para o desenvolvimento e implementação de Planos de Segurança da Água,
editado pela Organização Mundial de Saúde e Associação Internacional da Água – IWA, em 2009. Este
Plano contempla as seguintes fases:
• Estabelecimento de objetivos para a qualidade da água destinada ao consumo humano, no contexto de
saúde pública;
• Avaliação do sistema, visando assegurar a qualidade da água no sistema de abastecimento, atendendo as
normas e padrões vigentes. Esta avaliação deve contemplar ainda os sistemas projetados;
• Monitoramento operacional, com a identificação de medidas de controle que visam atingir os objetivos de
qualidade, na perspectiva da saúde pública. Esta etapa inclui a metodologia de avaliação e gestão de riscos;
• Preparação de Planos de Gestão, com a descrição de ações de rotina e de condições excepcionais, com o
desenvolvimento de planos de monitoramento e comunicação;
• Desenvolvimento de sistema de vigilância e controle dos planos de segurança.
O Programa de Combate às Perdas de Água foi iniciado em 1994 e conta com ações para o controle e a
redução das perdas de água.
Os pontos relevantes do sistema de abastecimento de água potável serão descritos a seguir:
1) Capacidade de abastecimento: A SANASA garante o abastecimento de água aos novos loteamentos e
condomínios através da continua ampliação dos sistemas de captação, reservação e distribuição.
2) Cobertura da rede de abastecimento: 99,5% da população urbana são atendidas pela rede de
abastecimento de água potável. A SANASA está implementando o Programa de Saneamento Básico
prevendo o atendimento de 100% da população urbana de Campinas com sistema abastecimento de água.
A SANASA realiza ações de sustentabilidade ambiental, como por exemplo, o programa de combate às
perdas de água no sistema público e o programa de uso consciente da água junto aos consumidores.
O programa de combate às perdas de água, implantado em 1994, proporcionou uma condição favorável nos
períodos de estiagem, quando há baixa disponibilidade hídrica dos mananciais que atendem o município,
pois resultou na menor retirada de água bruta, que, mesmo na crise ocorrida em 2014, foi suficiente para
atender à demanda sem racionamento. Outro fator preponderante foi a adoção pela população do uso
consciente da água.
A SANASA vem trabalhando com ações de Uso Consciente da Água, destacando-se as seguintes ativida-
des.
• Lançamento da campanha que esclarece a situação diária dos rios que abastecem Campinas, atra-
vés das cores verde, amarela e vermelha;
• Publicação do Guia de Consumo e Uso Consciente da Água;
• Orientação sobre testes de vazamento em instalações hidráulicas prediais;
• Utilização do laboratório móvel sobre as vantagens do uso de equipamentos economizadores de
água;
• Atendimento à Lei Municipal Complementar nº 13/06, que determina medição individualizada de á-
gua em condomínios horizontais e verticais;
• Monitoramento dos consumos em escolas municipais e estaduais, entidades públicas, além de ori-
entar sobre as práticas de uso consciente e equipamentos economizadores;
• Inscrição de projetos de uso econômico da água, para obtenção de recurso financeiro a fundo per-
dido, visando à implantação em comunidades e entidades públicas da cidade;
• Realização de testes em novas tecnologias para comprovar resultados e orientar sobre a sua utili-
zação/manutenção.
A prática do uso consciente da água pela SANASA e pela população contribui para que o abastecimento
público não tenha intermitência em época de estiagem, e permite o crescimento vegetativo e econômico
projetado para o município de Campinas.
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Vazão
tratada
Estação de Capacida-
SISTEMAS DE Concepção tra- atualmen-
BACIA DE ES- Tratamen- de instala-
ESGOTAMEN- tamento Inauguração te (l/s)
GOTAMENTO to de Es- da - vazão
TO adotada *valor
goto (l/s)
médio
ano 2015
Lagoas Aeradas
de Mistura Com-
SAMAMBAIA Samambaia 2001 151 51,73
pleta seguidas
de Decantadores
UASB seguido
de tratamento
ANHUMAS Anhumas Físico-químico 2007 1200 617,28
seguido de Flo-
tação
5 Lodos Ativados
ALPHAVILLE Alphaville 2002 23 17,48
por batelada
UASB seguido
de tratamento
ETE Físico-químico 2013 (início
SOUSAS 99 20,73
Sousas seguido de Flo- em Dez)
ATIBAIA tação e desinfec-
ção
Lodos Ativados
6
ARBORETO Arboreto por batelada e 2000 12 4,13
Desinfecção
UASB seguido
de Filtro Biológi-
Barão Ge-
co Percolador 2008 240 81,20
raldo
seguido de De-
cantador
BARÃO Terras de Lodos Ativados
GERALDO 4 2003 6 2,34
Barão por batelada
Fossa Séptica
Bosque das seguido de Filtro
4 2012 6 2,69
Palmeiras Biológico Anae-
róbio de Fluxo
Ascendente
UASB seguido
de Lodos Ativa-
SANTA Santa
dos e Decanta- 2004 85 62,08
MÔNICA Mônica
ção Secundária e
Desinfecção
Lagoa Aerada
seguida de La-
1
Ciatec goa Aerada Fa- 1993 25 14,65
cultativa e Sedi-
mentação
Fossa Séptica
seguido de Filtro
Vila
Biológico Anae- 2000 5,6 -
Reggio¹
róbio de Fluxo
Ascendente
BOA VISTA Tecnologia MBR
- Reator Biológi-
co com Membra-
nas de ultrafiltra-
ção: câmara
Obra Projeto
Boa Vista anóxica, tanque -
licitada para 180 l/s
de aeração, tan-
ques de mem-
branas e tanque
de desoxigena-
ção.
QUILOMBO Lodos Ativados
utilizando Aera-
Mirassol³ 2009 8 3,45
ção Prolongada
e Desinfecção
Tratamento Pri-
mário Quimica-
mente Assistido
Campo seguido de bior-
2012 2,88 2,88
Florido³ reator aerado
com mídia fixa
seguido sedi-
mentador
SAN Tratamento Pri-
MARTIN mário Quimica-
mente Assistido,
Filtro Aerado
ETE Submerso de
2014 2,33 -
Takanos³ Mídia Livre, Filtro
Aerado Submer-
so de Mídia Fixa,
Decantador Se-
cundário
Previsão de
Lodos Ativados início de ope-
San Martin 35 -
por batelada ração em
Set/2015
UASB seguido
de Tanque de
CAPIVARI PIÇARRÃO Piçarrão Aeração seguido 2004 417 432,91
de Decantação
Secundária
UASB seguido
Câmara Anóxica,
Filtro Aerado
CAPIVARI I Capivari I Submerso, De- 2009 86 70,41
cantador Secun-
dário e Desinfec-
ção
Tecnologia MBR
- Reator Biológi-
co com Membra-
EPAR - nas de ultrafiltra-
Estação de ção: câma-
Produção ra anaeróbia,
2011 360 101,40
de Água de câmara anóxica,
Reúso Ca- tanque de aera-
pivari II ção, tanques de
membranas e
tanque de deso-
xigenação.
Sistema compac-
to, composto por
Reator UASB,
São Luis² Filtro Aerado 2012 5 2,05
Submerso, De-
cantador Secun-
dário
Tratamento Pri-
mário Quimica-
mente Assistido,
Filtro Aerado
ETE Móvel
Submerso de
Santa 2012 1,4 -
Mídia Livre, Filtro
Lúcia²
Aerado Submer-
so de Mídia Fixa
CAPIVARI II e Decantador
Secundário
Fossa Séptica
ETE Nova seguido de Filtro
Bandeiran- Biológico Anae- 2012 7,02 3,60
te² róbio de Fluxo
Ascendente
Tratamento Pri-
mário Quimica-
mente Assistido,
Filtro Aerado
ETE Submerso de
2014 7 5,55
Abaeté² Mídia Livre, Filtro
Aerado Submer-
so de Mídia Fixa
e Decantador
Secundário
Fossa Séptica
seguido de Filtro
Icaraí² Biológico Anae- 1996 2,67 -
róbio de Fluxo
Ascendente
Fossa Séptica
seguido de Filtro
Biológico Anae-
Eldorado² 2007 5,6 3,41
róbico de Fluxo
Ascendente e
Desinfecção
Sistema compac-
to, composto por
Previsão de
Reator UASB,
início de ope-
NOVA Nova Filtro Aerado
ração em 70 -
AMÉRICA América Submerso, De-
setem-
cantador Secun-
bro/2015
dário e Desinfec-
ção
¹ As ETEs serão desativadas a partir da implantação da ETE Boa Vista, que está em fase de contratação.
² As ETEs serão desativadas progressivamente a partir da ampliação da rede de coleta que direciona os
efluentes para a EPAR - Capivari II.
³ As ETEs serão desativadas a partir da implantação da ETE San Martin.
4
As ETEs serão desativadas progressivamente a partir da ampliação da rede de coleta que direciona os
efluentes para a ETE Barão Geraldo.
5
A ETE Alphaville será desativada e os esgotos do sistema serão direcionados à ETE Anhumas.
6
A ETE Arboreto será desativada e os esgotos do sistema serão direcionados à ETE Sousas.
A Figura ___ representa a localização das Estações de Tratamento de Esgoto existentes e em construção
do município de Campinas.
A seguir, as Figuras __, __ e __ demonstram os Sistemas de Esgotamento das Bacias dos Rios Atibaia,
Quilombo e Capivari.
BACIA DO RIO ATIBAIA
Inclui os Sistemas Anhumas, Samambaia, Arboreto Jequitibás, Sistema Alphaville, Sistema Sousas -
Joaquim Egídio, Barão Geraldo e Sistemas Isolados Monte Belo / Gargantilha e Bananal / Carlos Gomes
(Figura __).
BANANAL/CARLOS GOMES
MONTE BELO/GARGANTILHA
CONCLUSÕES
O Sistema de Esgotamento Sanitário é o grande desafio do saneamento básico, não só de Campinas, mas
das Bacias PCJ e do Brasil, de maneira geral, desta forma, destaca-se o Programa de Concepção do
Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos do Município de Campinas, desenvolvido pela equipe técnica
da SANASA em 1994 que, através atualizações constantes, vem sendo progressivamente implantado,
buscando atingir a integralidade do sistema de esgotamento sanitário.
A seguir, serão relatados os pontos relevantes do sistema de esgotamento sanitário de Campinas:
1) Abrangência do Sistema: 89,19% da população urbana (Dezembro/2014) já é contemplada com a
coleta de esgoto. A ampliação e modernização do sistema de esgotamento sanitário são necessários para a
universalização do acesso ao serviço de saneamento. A SANASA está implementando o Programa de
Saneamento Básico prevendo o atendimento de 100% da população urbana de Campinas com sistema de
coleta, afastamento e tratamento de esgoto.
2) Água de reúso: Está em estudo a implantação de um programa de reúso de água para atender os usos
menos exigentes e diminuir o consumo de água potável. A SANASA está priorizando esta iniciativa, projetos
e parcerias nessa área são importantes para o uso racional da água. Além da ETE eficiente, são
necessários investimentos em infraestrutura e pessoal.
3) Biossólidos: A SANASA destina os biossólidos produzidos nas ETEs e ETAs a aterro sanitário e
atualmente busca outra solução para tratamento e disposição final, a fim de atender a Política Nacional de
Resíduos Sólidos e implantar uma alternativa sustentável para a questão.
Do posto de vista técnico, existem áreas de esgotamento que apresentam impossibilidade de implantação
do sistema de transporte e afastamento, tendo em vista a necessidade de retificações de córregos,
aberturas de vias marginais ou retiradas de moradias irregulares ao longo das margens de córregos, que
são obras e ações a cargo da Prefeitura Municipal de Campinas e que poderiam se concretizar
paralelamente com as obras da SANASA. Os setores e áreas de esgotamento com maior necessidade de
ação conjunta entre a SANASA e Prefeitura Municipal de Campinas são:
• Região do bairro Campos Elíseos (sistema Capivari II),
• Região do córrego Taubaté (sistema Capivari II),
• Região dos bairros Jardim. Maracanã, Lisa e Parque Itajaí (sistema Capivari II),
• Região do bairro Jardim Florence (sistema Capivari I),
• Região do Satélite Íris (sistema Capivari I) e
• Região do DIC (sistema Capivari II).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANASA. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Campinas/SP. 2013.