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ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


O abastecimento de água do município está sob a responsabilidade da Sociedade de Abastecimento de
Água e Saneamento S/A – SANASA, conforme a Lei Municipal nº 4.356/73. Campinas tem cobertura por
redes de distribuição de água em 99,5% da população da área urbana. As captações para abastecimento
do município de Campinas são feitas nos rios Atibaia e Capivari, na proporção de 92,3% e 7,6%
(percentuais referentes a 2014), respectivamente, tendo ainda captação subterrânea, pouco significativa
0,1%.
A Figura ___ Planejamento dos Sistemas de Abastecimento do Município de Campinas, apresenta as áreas
sem abastecimento ou com abastecimento próprio.

Figura ___: Planejamento dos Sistemas de Abastecimento do Município de Campinas.


Fonte: PMSB (2013).

E MARCADO POR CATEGORIA (%)


Pública
OUTORGA E CAPTAÇÕES
A Portaria do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE nº 634 de 03/04/2008, autoriza a utilização
dos recursos hídricos, no município de Campinas, para fins de abastecimento público, conforme relacionado
no Quadro ___.

Quadro ___: Outorga para Utilização dos Recursos Hídricos para Abastecimento de Campinas

RECURSOS PRAZO VAZÃO PERÍODO


USO
HÍDRICOS (ANOS) (m³/h) (Horas/dia) (dias/mês)
Captação Superficial Rio Atibaia 10 16.920 20 30
Captação Superficial Rio Capivari 10 1.440 22 30

Fonte: SANASA (2015).

Quanto à captação de água subterrânea, atualmente, é utilizado poço tubular para o abastecimento do
loteamento Village Campinas. O Quadro ____ mostra os volumes captados em 2.012.
USO
Quadro ___: Volumes captados em 2014

VOLUME CAPTADO
SISTEMA PRODUTOR %
(m³/ano)

ETAs 1 e 2 21.613.338 19,1


ETAs 3 e 4 82.550.342 73,2
ETA Capivari 8.558.564 7,6
Poço Tubular 84.962 0,1
Total 112.807.206 100

Fonte: SANASA (2015).


TEMA
CAPTAÇÃO DO RIO ATIBAIA
Formado pela junção dos rios Atibainha e Cachoeira, entre os municípios paulistas de Bom Jesus dos
Perdões e Atibaia, o rio Atibaia é o responsável pelo abastecimento de 93,5% da população de Campinas.
Com a implantação do Sistema Cantareira, para o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo –
RMSP, houve uma sensível redução das descargas médias a jusante das barragens, ficando a garantia de
vazões mínimas na dependência de liberação de descargas a partir dos reservatórios do Sistema
Cantareira. A Captação do rio Atibaia, localizada à margem esquerda do rio, no Distrito de Sousas, é
composta por 04 Casas de Bombas (CB).

CAPTAÇÃO DO RIO CAPIVARI


O rio Capivari é responsável pelo abastecimento da região sul do município, no entorno do Aeroporto
Internacional de Viracopos, fornecendo 6,5% do volume total necessário para abastecimento do município
de Campinas. Esta unidade de captação e produção, inaugurada em 1.988, é composta por: barragem de
nível; tomada d'água direta, caixa de areia, Estação Elevatória de água bruta, adutora de água bruta – 500
mm x 180 m, ETA do tipo convencional, precedida de uma unidade para oxidação da matéria orgânica,
Estação Elevatória de água tratada; adutora de água tratada – 500 mm x 1.700 m.
MACROADUÇÃO E TRATAMENTO

O abastecimento de água no município de Campinas conta com 5 estações de tratamento de água – ETAs
1 e 2 no bairro Swift, ETAs 3 e 4 na estrada de Sousas e ETA Capivari, localizada junto à Rodovia dos
Bandeirantes. No Quadro __ são apresentados os Sistemas Macroadutores, as ETAs, as fontes de
abastecimento, os processos de tratamento e as capacidades nominal e efetiva de cada unidade.

Quadro ___: Processos de Tratamento das ETAs.

Sistema Capacidade (l/s) Início da


Processo de
Macroadutor Estação Manancial
Tratamento
operação
Nominal Operação (ano)

Sul ETA 1 Rio Atibaia Convencional 463 520 1936

Sul ETA 2 Rio Atibaia Convencional 477 650 1961

Norte ETA 3 Rio Atibaia Convencional 1.600 1.300 1972

Norte ETA 4 Rio Atibaia Convencional 2.400 2.000 1991

Capivari Capivari Rio Capivari Convencional 360 360 1988

Fonte: SANASA (2014).

RESERVAÇÃO
O sistema de abastecimento de água conta com 65 reservatórios de água, sendo 25 reservatórios elevados
e 40 reservatórios semienterrados. Os reservatórios semienterrados totalizam um volume de 118.434 m³ e
os reservatórios elevados 5.048 m³. Estes reservatórios estão distribuídos em 35 Centros de Reservação e
Distribuição (CRD). Em 28 destes CRDs, existe uma Estação Elevatória de Água Tratada. A Figura __
demonstra a localização dos reservatórios que abastecem o município.
Figura ___: Reservatórios do Município de Campinas.
Fonte: SANASA (2015).

DISTRIBUIÇÃO
A malha de distribuição de água no município está subdividida em 25 setores de abastecimento, a qual
atualmente possui a extensão de 4.567,99 km de rede e abastece 327.840 ligações de água e 482.139
economias, referência Maio de 2015. Através do quadro ____ é possível verificar os números de ligações e
economias de água, subdivididos por categorias. Economias de água estão relacionadas com o número de
subdivisões de uma ligação (Ex: Um edifício com apenas uma ligação pode possuir várias economias,
conforme o número de apartamentos, mas com a emissão de apenas uma única fatura).

Quadro ____: Ligações e Economias de Água referentes ao mês de Maio de 2015

CATEGORIA NÚMERO DE LIGAÇÕES NÚMERO DE ECONOMIAS

Residencial 294.830 434.081

Comercial 31.210 46.019

Industrial 442 442

Pública 1.358 1.597

Total 327.840 482.139


Fonte: SANASA (2015).

Com o objetivo de reduzir os rompimentos nas redes de distribuição, eliminar perdas d´água, reduzir custo
operacional, atender à demanda sem interrupção e não comprometer a qualidade da água, a parcela da
malha de distribuição composta pela tubulação de cimento amianto vem sendo substituída. As tubulações
de Ferro Fundido, de 50 e 75 mm de diâmetro, que se encontram obstruídas por corrosão e formação de
tubérculos nas paredes internas, também estão sendo substituídas para não afetar a demanda requerida
pelos consumidores. O recurso financeiro necessário para viabilizar a readequação da infraestrutura de
distribuição de água, tem sido através de fonte própria, financiada e a fundo perdido, devendo contemplar
além da renovação das redes e ligações, também a readequação das pressões e dos hidrômetros,
implantação de setorização, da macromedição, e da telemetria dos dados operacionais/consumos.

CENTRO DE CONTROLE OPERACIONAL – CCO


Para garantir uma eficiência operacional em seu Sistema de Distribuição de Água, a SANASA implantou um
Centro de Controle Operacional – CCO. Além de monitorar e registrar, o CCO possibilita intervenções à
distância nos Centros de Reservação, atuando nas vazões de entrada dos reservatórios e nos
acionamentos de Estações Elevatórias. Os parâmetros registrados incluem: pressões, níveis, tensão,
corrente, etc.
Com o CCO, a SANASA ganhou flexibilidade para ajustar seus planos diários de funcionamento de acordo
com a demanda, garantindo qualidade e resguardando-se dos riscos de desabastecimento.
A SANASA possui ainda um Programa de Monitoramento da Água Bruta e Tratada, que conta com: sondas
online de oxigênio dissolvido instaladas no rio Atibaia, coleta de água bruta nos mananciais produtores e
seus tributários, além da análise e controle da água tratada, com a finalidade de garantir os padrões de
potabilidade, de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde – MS nº 2914/2011. O programa de
monitoramento da qualidade conta com uma rede de controle distribuída em vários pontos estratégicos ao
longo dos mananciais e em pontos notáveis da malha hídrica, que permitem a avaliação dos padrões de
qualidade da água bruta. Ocorrendo alteração brusca de qualidade, é emitido um alerta para que sejam
tomadas as providências necessárias nos processos de tratamento das Estações. Este programa atua em
conjunto com o programa de controle e redução de perdas físicas, definindo prioridades para a troca de
redes, execução de anéis de reforço, instalação de dispositivos de controle, dentre outras ações.

EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


O Programa de Combate às Perdas de Água – PCPA da SANASA, no âmbito do município de Campinas, foi
iniciado em 1994 e vem atuando de forma contínua, contemplando mais de vinte ações para controle e
redução de perdas no sistema público. Esta decisão foi pautada na realidade vivenciada nos anos 90, e nas
projeções dos cenários para as décadas futuras, a partir das características das bacias dos Rios Piracicaba
e Capivari, como:
• Compartilhamento com o sistema Cantareira, que reverte água da bacia do Piracicaba, para atender 55%
da população da região metropolitana de São Paulo.
• Compartilhamento entre as atividades de abastecimento público, industrial e agricultura.
• Baixa disponibilidade hídrica, uma vez que a região Sudeste está enquadrada como a segunda mais
crítica do Brasil.
O fator preponderante, que reforçou a criação deste programa de forma definitiva, foi o compromisso com a
população de mais de 1.000.000 de habitantes, quanto ao atendimento à demanda de água atual, para
garantir o abastecimento sem racionamento mesmo em época de estiagem. O sucesso e a sustentabilidade
do programa de controle de perdas da SANASA devem-se à forma como é tratado, isto é, como um
processo que não tem fim, onde sistematicamente é reavaliado para que sejam tomadas as ações
necessárias, visando sempre à melhoria continua da eficiência do sistema de água.
As ações de base e de combate/redução de perdas de água são tratadas no Plano Diretor de Controle de
Perdas e no Plano de Ação de Controle de Perdas.

AÇÕES DE BASE PARA O CONTROLE DE PERDAS DE ÁGUA


Para implantar ações de controle e combate às perdas, são necessárias atividades consideradas requisitos
básicos, devendo ser mantidas e constantemente melhoradas, como:
• Cadastro Técnico;
• Setorização;
• Macromedição;
• Tecnologia da Informação; e,
• Telemetria / Telecomando - Automação.

AÇÕES DE COMBATE E REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA


A partir das análises e diagnósticos dos parâmetros operacionais, são implantadas ações de combate e
redução de perdas de água, visando maior eficiência e sustentabilidade do sistema. As atividades abaixo
relacionadas são as de maior relevância, para atingir o objetivo do Plano Diretor de Controle de Perdas –
PDCP, e devem ser implantadas e mantidas de forma permanente, conforme os conceitos da metodologia
PDCA – Plan, Do, Check and Act, pois impactam na qualidade do sistema de água e quando integradas,
permitem a gestão do desempenho operacional.
• Micromedição;
• Manutenção;
• Pesquisa de Vazamentos;
• Controle de Pressão;
• Qualidade de Materiais, Equipamentos e Obras;
• Readequação da Infraestrutura;
• Ensaio de Estanqueidade;
• Qualidade Metrológica dos Hidrômetros e,
• Combate às irregularidades nas Ligações de Água.

CONCLUSÕES
A SANASA atende praticamente toda a população urbana. O município utiliza como mananciais os rios
Atibaia e Capivari. O Sistema Cantareira faz a reversão da água da bacia do Piracicaba para abastecer a
RMSP, diminuindo dessa forma a oferta hídrica na bacia. A SANASA investe continuamente na manutenção
e modernização do sistema de abastecimento, para manter a eficiência e alcançar o equilíbrio econômico.
As ações têm como objetivos garantir a quantidade, qualidade, reservação e distribuição da água tratada,
além da diminuição das perdas reais e aparentes, do consumo de energia elétrica e, do custo unitário do
serviço de água.
A SANASA já está implantando o Plano de Segurança da Água para o município de Campinas, seguindo as
recomendações do Manual para o desenvolvimento e implementação de Planos de Segurança da Água,
editado pela Organização Mundial de Saúde e Associação Internacional da Água – IWA, em 2009. Este
Plano contempla as seguintes fases:
• Estabelecimento de objetivos para a qualidade da água destinada ao consumo humano, no contexto de
saúde pública;
• Avaliação do sistema, visando assegurar a qualidade da água no sistema de abastecimento, atendendo as
normas e padrões vigentes. Esta avaliação deve contemplar ainda os sistemas projetados;
• Monitoramento operacional, com a identificação de medidas de controle que visam atingir os objetivos de
qualidade, na perspectiva da saúde pública. Esta etapa inclui a metodologia de avaliação e gestão de riscos;
• Preparação de Planos de Gestão, com a descrição de ações de rotina e de condições excepcionais, com o
desenvolvimento de planos de monitoramento e comunicação;
• Desenvolvimento de sistema de vigilância e controle dos planos de segurança.
O Programa de Combate às Perdas de Água foi iniciado em 1994 e conta com ações para o controle e a
redução das perdas de água.
Os pontos relevantes do sistema de abastecimento de água potável serão descritos a seguir:
1) Capacidade de abastecimento: A SANASA garante o abastecimento de água aos novos loteamentos e
condomínios através da continua ampliação dos sistemas de captação, reservação e distribuição.
2) Cobertura da rede de abastecimento: 99,5% da população urbana são atendidas pela rede de
abastecimento de água potável. A SANASA está implementando o Programa de Saneamento Básico
prevendo o atendimento de 100% da população urbana de Campinas com sistema abastecimento de água.

USO CONSCIENTE DA ÁGUA

A SANASA realiza ações de sustentabilidade ambiental, como por exemplo, o programa de combate às
perdas de água no sistema público e o programa de uso consciente da água junto aos consumidores.
O programa de combate às perdas de água, implantado em 1994, proporcionou uma condição favorável nos
períodos de estiagem, quando há baixa disponibilidade hídrica dos mananciais que atendem o município,
pois resultou na menor retirada de água bruta, que, mesmo na crise ocorrida em 2014, foi suficiente para
atender à demanda sem racionamento. Outro fator preponderante foi a adoção pela população do uso
consciente da água.
A SANASA vem trabalhando com ações de Uso Consciente da Água, destacando-se as seguintes ativida-
des.

• Lançamento da campanha que esclarece a situação diária dos rios que abastecem Campinas, atra-
vés das cores verde, amarela e vermelha;
• Publicação do Guia de Consumo e Uso Consciente da Água;
• Orientação sobre testes de vazamento em instalações hidráulicas prediais;
• Utilização do laboratório móvel sobre as vantagens do uso de equipamentos economizadores de
água;
• Atendimento à Lei Municipal Complementar nº 13/06, que determina medição individualizada de á-
gua em condomínios horizontais e verticais;
• Monitoramento dos consumos em escolas municipais e estaduais, entidades públicas, além de ori-
entar sobre as práticas de uso consciente e equipamentos economizadores;
• Inscrição de projetos de uso econômico da água, para obtenção de recurso financeiro a fundo per-
dido, visando à implantação em comunidades e entidades públicas da cidade;
• Realização de testes em novas tecnologias para comprovar resultados e orientar sobre a sua utili-
zação/manutenção.
A prática do uso consciente da água pela SANASA e pela população contribui para que o abastecimento
público não tenha intermitência em época de estiagem, e permite o crescimento vegetativo e econômico
projetado para o município de Campinas.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO


O sistema de esgotamento sanitário tem por objetivo atender a demanda da população urbana do município
de Campinas com coleta e afastamento, além do tratamento dos efluentes líquidos. A figura ___ ilustra os
bairros, núcleos residenciais e bairros isolados sem esgotamento.
Atualmente, o sistema de esgotamento abrange 89,19% da população urbana (SNIS-2014) e conta com
capacidade instalada de tratamento de 92% através de 22 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e 1
Estação Produtora de Água de Reúso (EPAR).

Figura ___: Planejamento dos Sistemas de Esgotamento do Município de Campinas.


Fonte: PMSB (2013).
CONCEPÇÃO GERAL DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO
O município de Campinas está divido em 3 (três) bacias naturais de esgotamento: Atibaia, Quilombo e
Capivari (Figura ___ e ___), que foram subdivididas em 16 sistemas de esgotamento (Figura ___)
constituídos por redes coletoras, coletores troncos, interceptores, emissários, estações elevatórias e
estações de tratamento de esgoto.

Figura ___: Bacias Naturais de Esgotamento do Município de Campinas


Fonte: PMSB (2013).
Figura ___: Esquema Geral das Bacias Naturais do Município de Campinas - Cenário 2010/2035.
2010/203
Fonte: SANASA (2015).
Figura ___: Sistemas de Esgotamento do Município de Campinas
Fonte: SANASA (2015).

SISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTOS


Em virtude da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 e outras legislações ambientais vigentes, há
impedimentos de implantação de sistemas de coleta de esgotos em bairros, sem que estes esgotos sejam
direcionados a um sistema de tratamento, pois é proibido o lançamento de esgotos in natura nos corpos
d’água. A SANASA, após a implantação da referida Lei não mais executou redes coletoras de esgotos, com
lançamentos in natura nos corpos receptores.
Estima-se que a população não atendida com rede coletora, é hoje atendida por SLTI – Sistema Localizado
de Tratamento Individual, em lotes.
O atual Sistema de coleta, interceptação e afastamento de esgotos sanitários conta com uma extensão de
aproximadamente 4.256,61 km, referência Maio de 2015.
O sistema de reversão de esgotos é adotado quando há necessidade de transferência dos esgotos a partir
de um ponto para o outro, normalmente, de cota mais elevada e a transposição de sub-bacias de
esgotamento visando interligações de áreas, para a implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário e de
Tratamento de Esgotos. As Estações Elevatórias de Esgotos são utilizadas pela SANASA, nos seguintes
casos:
• Em terrenos planos e extensos, evitando-se que as canalizações atinjam profundidades excessivas;
• No caso de esgotamento de áreas novas situadas em cotas inferiores àquelas já executadas;
• Reversão de esgotos de uma bacia para outra, objetivando minimizar o número de ETEs;
• Para descarga em interceptores, emissários, ETEs ou em corpos receptores, quando não for possível
utilizar apenas a gravidade.
O sistema de reversão de esgotos conta com 85 estações elevatórias.
.
SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS
Em atendimento à meta empresarial da SANASA, que consiste em atingir 100% de tratamento de esgoto
até 2016 estão sendo implantadas ETEs, para contemplar todos os sistemas de esgotamento. Para otimizar
recursos financeiros e de mão de obra para elaboração de projetos; licenciamentos ambientais; implantação,
operação e manutenção das unidades de Estação de Tratamento de Esgotos, a SANASA tem elaborado
estudos objetivando a redução do número de ETEs e a melhoria contínua nos sistemas de esgotamento.
Atualmente, existem 22 (vinte e duas) ETEs em operação e a uma Estação Produtora de Água Reúso
(EPAR), referência Maio de 2015. O Quadro ___ demonstra as informações referentes a cada ETE em
operação e com previsão de implantação a curto prazo.

Quadro ___: Informações sobre as Estações de Tratamento de Esgoto do município.

Vazão
tratada
Estação de Capacida-
SISTEMAS DE Concepção tra- atualmen-
BACIA DE ES- Tratamen- de instala-
ESGOTAMEN- tamento Inauguração te (l/s)
GOTAMENTO to de Es- da - vazão
TO adotada *valor
goto (l/s)
médio
ano 2015
Lagoas Aeradas
de Mistura Com-
SAMAMBAIA Samambaia 2001 151 51,73
pleta seguidas
de Decantadores
UASB seguido
de tratamento
ANHUMAS Anhumas Físico-químico 2007 1200 617,28
seguido de Flo-
tação
5 Lodos Ativados
ALPHAVILLE Alphaville 2002 23 17,48
por batelada
UASB seguido
de tratamento
ETE Físico-químico 2013 (início
SOUSAS 99 20,73
Sousas seguido de Flo- em Dez)
ATIBAIA tação e desinfec-
ção
Lodos Ativados
6
ARBORETO Arboreto por batelada e 2000 12 4,13
Desinfecção
UASB seguido
de Filtro Biológi-
Barão Ge-
co Percolador 2008 240 81,20
raldo
seguido de De-
cantador
BARÃO Terras de Lodos Ativados
GERALDO 4 2003 6 2,34
Barão por batelada
Fossa Séptica
Bosque das seguido de Filtro
4 2012 6 2,69
Palmeiras Biológico Anae-
róbio de Fluxo
Ascendente

UASB seguido
de Lodos Ativa-
SANTA Santa
dos e Decanta- 2004 85 62,08
MÔNICA Mônica
ção Secundária e
Desinfecção
Lagoa Aerada
seguida de La-
1
Ciatec goa Aerada Fa- 1993 25 14,65
cultativa e Sedi-
mentação
Fossa Séptica
seguido de Filtro
Vila
Biológico Anae- 2000 5,6 -
Reggio¹
róbio de Fluxo
Ascendente
BOA VISTA Tecnologia MBR
- Reator Biológi-
co com Membra-
nas de ultrafiltra-
ção: câmara
Obra Projeto
Boa Vista anóxica, tanque -
licitada para 180 l/s
de aeração, tan-
ques de mem-
branas e tanque
de desoxigena-
ção.
QUILOMBO Lodos Ativados
utilizando Aera-
Mirassol³ 2009 8 3,45
ção Prolongada
e Desinfecção
Tratamento Pri-
mário Quimica-
mente Assistido
Campo seguido de bior-
2012 2,88 2,88
Florido³ reator aerado
com mídia fixa
seguido sedi-
mentador
SAN Tratamento Pri-
MARTIN mário Quimica-
mente Assistido,
Filtro Aerado
ETE Submerso de
2014 2,33 -
Takanos³ Mídia Livre, Filtro
Aerado Submer-
so de Mídia Fixa,
Decantador Se-
cundário
Previsão de
Lodos Ativados início de ope-
San Martin 35 -
por batelada ração em
Set/2015
UASB seguido
de Tanque de
CAPIVARI PIÇARRÃO Piçarrão Aeração seguido 2004 417 432,91
de Decantação
Secundária
UASB seguido
Câmara Anóxica,
Filtro Aerado
CAPIVARI I Capivari I Submerso, De- 2009 86 70,41
cantador Secun-
dário e Desinfec-
ção
Tecnologia MBR
- Reator Biológi-
co com Membra-
EPAR - nas de ultrafiltra-
Estação de ção: câma-
Produção ra anaeróbia,
2011 360 101,40
de Água de câmara anóxica,
Reúso Ca- tanque de aera-
pivari II ção, tanques de
membranas e
tanque de deso-
xigenação.
Sistema compac-
to, composto por
Reator UASB,
São Luis² Filtro Aerado 2012 5 2,05
Submerso, De-
cantador Secun-
dário
Tratamento Pri-
mário Quimica-
mente Assistido,
Filtro Aerado
ETE Móvel
Submerso de
Santa 2012 1,4 -
Mídia Livre, Filtro
Lúcia²
Aerado Submer-
so de Mídia Fixa
CAPIVARI II e Decantador
Secundário
Fossa Séptica
ETE Nova seguido de Filtro
Bandeiran- Biológico Anae- 2012 7,02 3,60
te² róbio de Fluxo
Ascendente
Tratamento Pri-
mário Quimica-
mente Assistido,
Filtro Aerado
ETE Submerso de
2014 7 5,55
Abaeté² Mídia Livre, Filtro
Aerado Submer-
so de Mídia Fixa
e Decantador
Secundário
Fossa Séptica
seguido de Filtro
Icaraí² Biológico Anae- 1996 2,67 -
róbio de Fluxo
Ascendente
Fossa Séptica
seguido de Filtro
Biológico Anae-
Eldorado² 2007 5,6 3,41
róbico de Fluxo
Ascendente e
Desinfecção
Sistema compac-
to, composto por
Previsão de
Reator UASB,
início de ope-
NOVA Nova Filtro Aerado
ração em 70 -
AMÉRICA América Submerso, De-
setem-
cantador Secun-
bro/2015
dário e Desinfec-
ção
¹ As ETEs serão desativadas a partir da implantação da ETE Boa Vista, que está em fase de contratação.
² As ETEs serão desativadas progressivamente a partir da ampliação da rede de coleta que direciona os
efluentes para a EPAR - Capivari II.
³ As ETEs serão desativadas a partir da implantação da ETE San Martin.
4
As ETEs serão desativadas progressivamente a partir da ampliação da rede de coleta que direciona os
efluentes para a ETE Barão Geraldo.
5
A ETE Alphaville será desativada e os esgotos do sistema serão direcionados à ETE Anhumas.
6
A ETE Arboreto será desativada e os esgotos do sistema serão direcionados à ETE Sousas.

Fonte: SANASA (2015).

A Figura ___ representa a localização das Estações de Tratamento de Esgoto existentes e em construção
do município de Campinas.

Figura __: Estações de Tratamento de Esgoto existentes e em construção.


Fonte: SANASA (2015).

A seguir, as Figuras __, __ e __ demonstram os Sistemas de Esgotamento das Bacias dos Rios Atibaia,
Quilombo e Capivari.
BACIA DO RIO ATIBAIA
Inclui os Sistemas Anhumas, Samambaia, Arboreto Jequitibás, Sistema Alphaville, Sistema Sousas -
Joaquim Egídio, Barão Geraldo e Sistemas Isolados Monte Belo / Gargantilha e Bananal / Carlos Gomes
(Figura __).

BANANAL/CARLOS GOMES

MONTE BELO/GARGANTILHA

Figura __: Sistemas de Esgotamento da Bacia do Rio Atibaia


Fonte: PMSB (2013).

BACIA DO RIBEIRÃO QUILOMBO


Inclui os Sistemas San Martin, Santa Mônica e Boa Vista (Figura __).
Figura __: Sistema de Esgotamento da Bacia do Ribeirão Quilombo
Fonte: PMSB (2013).

BACIA DO RIO CAPIVARI


Inclui os Sistemas Piçarrão, Icaraí, Nova América, Capivari I e Capivari II (Figura __).
__)
Figura __: Sistema de Esgotamento da Bacia do Rio Capivari
Fonte: PMSB (2013).

AÇÕES PERMANENTES PARA GARANTIA DA EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE ESGOTO


A SANASA vem trabalhando com o objetivo de garantir a eficiência do Sistema de Esgotamento Sanitário,
para tanto, destacamos as seguintes atividades em desenvolvimento:
• Regularização de imóveis que não estão conectados à rede coletora de esgoto pública existente, em
atendimento ao Código Sanitário do Estado de São Paulo (Decreto Estadual nº 12.342/78); Lei Municipal nº
11.941/04; Regulamento dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário; e, Norma
Técnica SAN.T.IN.NT22;
• Fiscalização
ção de ligações e instalações hidráulicas de esgoto, internas aos imóveis para verificação quanto
à conformidade das instalações e do lançamento dos efluentes, resultantes das atividades residencial,
comercial e industrial;
• Fiscalização de regularidade dos
os lançamentos, aos sistemas independentes de esgotamento sanitário e
água pluvial, nas instalações dos imóveis e nas redes públicas;
• Inspeção de lançamentos de imóveis que geram efluentes não domésticos, conectados à rede coletora
pública;
• Orientação aos usuários do sistema de esgotamento público sobre a correta instalação sanitária interna ao
imóvel e da sua ligação à rede pública, como também a forma recomenda para sua utilização;
• Monitoramento dos parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos do esgoto bruto afluente e do efluente
final tratado, em atendimento a Lei Estadual 997/1976; Decreto Estadual 8468/1976; CONAMA 357/2005 e
CONAMA 430/2011.

CONCLUSÕES
O Sistema de Esgotamento Sanitário é o grande desafio do saneamento básico, não só de Campinas, mas
das Bacias PCJ e do Brasil, de maneira geral, desta forma, destaca-se o Programa de Concepção do
Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos do Município de Campinas, desenvolvido pela equipe técnica
da SANASA em 1994 que, através atualizações constantes, vem sendo progressivamente implantado,
buscando atingir a integralidade do sistema de esgotamento sanitário.
A seguir, serão relatados os pontos relevantes do sistema de esgotamento sanitário de Campinas:
1) Abrangência do Sistema: 89,19% da população urbana (Dezembro/2014) já é contemplada com a
coleta de esgoto. A ampliação e modernização do sistema de esgotamento sanitário são necessários para a
universalização do acesso ao serviço de saneamento. A SANASA está implementando o Programa de
Saneamento Básico prevendo o atendimento de 100% da população urbana de Campinas com sistema de
coleta, afastamento e tratamento de esgoto.
2) Água de reúso: Está em estudo a implantação de um programa de reúso de água para atender os usos
menos exigentes e diminuir o consumo de água potável. A SANASA está priorizando esta iniciativa, projetos
e parcerias nessa área são importantes para o uso racional da água. Além da ETE eficiente, são
necessários investimentos em infraestrutura e pessoal.
3) Biossólidos: A SANASA destina os biossólidos produzidos nas ETEs e ETAs a aterro sanitário e
atualmente busca outra solução para tratamento e disposição final, a fim de atender a Política Nacional de
Resíduos Sólidos e implantar uma alternativa sustentável para a questão.
Do posto de vista técnico, existem áreas de esgotamento que apresentam impossibilidade de implantação
do sistema de transporte e afastamento, tendo em vista a necessidade de retificações de córregos,
aberturas de vias marginais ou retiradas de moradias irregulares ao longo das margens de córregos, que
são obras e ações a cargo da Prefeitura Municipal de Campinas e que poderiam se concretizar
paralelamente com as obras da SANASA. Os setores e áreas de esgotamento com maior necessidade de
ação conjunta entre a SANASA e Prefeitura Municipal de Campinas são:
• Região do bairro Campos Elíseos (sistema Capivari II),
• Região do córrego Taubaté (sistema Capivari II),
• Região dos bairros Jardim. Maracanã, Lisa e Parque Itajaí (sistema Capivari II),
• Região do bairro Jardim Florence (sistema Capivari I),
• Região do Satélite Íris (sistema Capivari I) e
• Região do DIC (sistema Capivari II).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANASA. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Campinas/SP. 2013.

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