Monografia - Petóleo Como Tema Problematizador No Ensino de Química Usando Abordagem CTSA.

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


INSTITUTO DE QUÍMICA
LICENCIATURA EM QUÍMICA

CAROLINE STEPHANEE MATTOS MENDONÇA

PETRÓLEO COMO TEMA PROBLEMATIZADOR NO ENSINO DE


QUÍMICA USANDO ABORDAGEM CTSA

NITERÓI, RJ
2016
ii

CAROLINE STEPHANEE MATTOS MENDONÇA

PETRÓLEO COMO TEMA PROBLEMATIZADORNO ENSINO DE


QUÍMICA USANDO ABORDAGEM CTSA

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Química da Universidade


Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do título Licenciado em
Química.

Orientadora: Profª Drª Márcia Narcizo Borges

NITERÓI, RJ
2016
iii

M 539 Mendonça, Caroline Stephanee Mattos


Petróleo como tema problematizado no ensino de química usando abordagem
CTSA/Caroline Stephanee Mattos Mendonça. - Niterói: [s. n.], 2016. 51f.

Trabalho de Conclusão de Curso – (Licenciatura em Química) – Universidade Federal


Fluminense, 2016.

1. Ensino de química. 2. Processo de ensino-aprendizagem. 3. Didática. 4. Petróleo. 5.


Ciência e tecnologia. I. Título.

CDD.: 540.7
iv

CAROLINE STEPHANEE MATTOS MENDONÇA

PETRÓLEO COMO TEMA PROBLEMATIZADORNO ENSINO DE


QUÍMICA USANDO ABORDAGEM CTSA

Monografia apresentada ao Curso de


Licenciatura em Química da Universidade
Federal Fluminense como requisito parcial
para a obtenção do título Licenciado em
Química.

Aprovada em:

NITERÓI, RJ
2016
v

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por tudo que


aconteceu/acontecerá ao longo desta vida, por me dar a oportunidade de ingressar
em uma Universidade, e por me dar saúde e força para superar todas as
dificuldades encontradas ao longo desta conquista.

Ao meu irmão, Patrick (in memoriam), que estou unida pelo laço fraternal, e
que não tenho dúvidas de que me acompanhou e ajudou a lutar para chegar onde
cheguei e que ainda me dará muita força para continuar.

Aos meus pais, Luiz e Marlúcia, meus exemplos de vida, humildade e caráter,
que me amam independente dos meus defeitos, me ensinaram a importância de
uma boa educação e me deram as ferramentas necessárias para conquistar a minha
formação.

À minha avó Nesia, que assim como meus pais contribui para que eu não
desistisse desse sonho me aparando nos momentos que precisei e a minha família
pelo incentivo durante essa jornada.

As minhas amigas da vida, Luise Zulo, Dyane Amaral e Victória Tavares, que
são pessoas que posso contar sempre que precisar, e que estiveram ao meu lado
para me ouvir, me fazer gargalhar e até mesmo chorar comigo.

Ao Guilherme Cardoso, pelo seu amor e dedicação durante toda essa


jornada, pelo companheirismo nas horas de estudos e na vida, pela paciência para
aturar meus momentos de estresses e por não me deixar fraquejar nos meus
momentos de fraqueza.

Aos amigos que a Universidade me deu, que fizeram com que este período
fosse mais leve, tranqüilo e divertido, como Karen Franco, Renata Pereira Paiva,
Marcela Mendonça, Rebeca Santos e Carolina Bortolot.

Aos colegas do grupo PIBID de Química – UFF, que me permitiram aprender


com suas experiências, em especial Erika Ribeiro e Priscilla Lassance que foram
minhas parceiras e companheiras nas escolas, nos trabalhos e em congressos.
vi

Também agradeço aos professores supervisores do Colégio Estadual Manuel de


Abreu e Escola Técnica Estadual Henrique Lage, respectivamente: Denise
Rodrigues e Anderson da Matta, que além de me acompanharem durante a minha
participação no Programa permitiram que eu aplicasse este trabalho em suas
turmas.

A minha orientadora, deste trabalho e do PIBID, Prof.ª Drª Márcia Narcizo


Borges que me acompanhou durante os últimos três anos na universidade pela
dedicação, paciência, ensinamentos. E por estar sempre disposta a ajudar a
melhorar me transformando em uma profissional mais comprometida.

Aos professores da UFF, que fizeram toda diferença na minha formação, em


especial Prof.ª Drª Eluzi Pedrazzi Chacon, a Prof.ª Drª Maura Ventura Chinelli, e ao
Prof. Jackson Resende, que tiveram muita importância durante minha vida
acadêmica e acreditaram no meu potencial, permitindo que hoje esse sonho torne-se
realidade.

E por fim a todos que de alguma forma ajudaram na minha formação docente
e na conclusão deste trabalho.

Muito Obrigada a todos!


vii

“Cada pessoa deve trabalhar


para o seu aperfeiçoamento e,
ao mesmo tempo participar da
responsabilidade coletiva por
toda a humanidade”

Marie Curie
viii

RESUMO

Levando-se em consideração a busca pela formação do cidadão crítico, reflexivo e


participativo, capaz de usar seu conhecimento para discernir sobre o que é melhor
para a sociedade, e a busca por novas metodologias que provoquem e estimulem o
ensino e aprendizagem de Química no Ensino Médio, elaborou-se uma sequencia
didática para melhorar a compreensão da química dos compostos orgânicos mais
simples: os hidrocarbonetos. Sendo assim, a autora deste trabalho escolheu o
Petróleo como tema gerador, buscando realizar de forma contextualizada e
interdisciplinar o ensino de Química na perspectiva CTSA, utilizando o vídeo “A
história contemporânea da Química através do Petróleo-Parte I” para apresentar o
tema. Em seguida, foi aplicado um questionário com questões, adaptadas de
vestibulares, e um trabalho com temas problematizadores relacionados ao petróleo,
visando uma aprendizagem crítico-reflexiva. Os resultados obtidos foram bastante
satisfatórios tanto para os alunos, pois foram estimulados a desenvolver um maior
senso crítico frente às questões abordadas aprofundando seus conhecimentos,
quanto para a licencianda que pôde aumentar seu conhecimento teórico e prático,
desenvolvendo e planejando atividades de ensino que contemplam a construção do
conhecimento crítico dos alunos a respeito da importância do tema no mundo atual.

Palavras – chaves: Sequência didática, Química Orgânica, Hidrocarbonetos,


Perspectiva CTSA, Petróleo.
ix

ABSTRACT

Taking into consideration the search for the formation of critical citizens, reflective
and participatory, able to use their knowledge to discern what is best for society, and
the search for new methodologies that cause and encourage the teaching and
Chemistry learning in High school, was elaborated a didactic sequence to improve
the understanding of the chemistry of the simplest organic compounds:
hydrocarbons. Thus, the author of this paper chose the Petroleum theme generator,
seeking to perform contextualized and interdisciplinary way the teaching of chemistry
in the STSE perspective, using the video "Contemporary history of chemistry through
the Petroleum-Part I" to introduce the subject. Then a questionnaire was applied with
questions adapted from vestibular, and work with problem-solving issues related to
Petroleum, aiming at a critical and reflective learning. The results were very
satisfactory both for students, because they have been encouraged to develop a
greater critical sense about to the issues addressed, deepening their knowledge, as
for the author who had the opportunity to increase their theoretical and practical
knowledge, developing and planning activities teaching that include the construction
of critical knowledge of students about the importance of the topic in the world today.

keywords: Didactic Sequence, Organic Chemistry, Hydrocarbons, STSE Perspective,


Petroleum.
x

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Experimento: Comparando as Chamas.......................................... 12


Figura 2 Atividade com banner: Torre de fracionamento.............................. 12
Figura 3 Exibição do vídeo............................................................................ 17
Figura 4 Imagem do vídeo............................................................................. 18
Figura 5 Slide – Aula expositiva: Composição do Petróleo.......................... 19
Figura 6 Slide – Aula expositiva: Classificação e aplicação prática de
alcenos............................................................................................ 20
Figura 7 Apresentação: Petróleo como fonte de energia não renovável....... 24
Figura 8 Apresentação: Impactos ambientais causados por vazamentos.... 25
Figura 9 Slide – Apresentação: Fontes de energia Renováveis.................... 25
Figura 10 Slide – Apresentação: A influência do petróleo na economia......... 26
xi

LISTA DE ABREVIATURAS

PIBID Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência


CTSA Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente
MABREU Colégio Estadual Manuel de Abreu
ETEHL Escola Técnica Estadual Henrique Lage
MID Mostra de Iniciação à Docência
FAETEC Fundação de Apoio à Escola Técnica
SD Sequência Didática
CTS Ciência, Tecnologia e Sociedade
xii

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1

1.1 USO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS NO ENSINO ...................................... 3

1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO, USANDO


PETRÓLEO COMO TEMA ........................................................................................ 4

2. REFERENCIAL TEÔRICO .............................................................................. 5

3. OBJETIVO ....................................................................................................... 9

3.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 9

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................ 9

4. METODOLOGIA ............................................................................................ 10

 Pesquisa Bibliografica .................................................................................... 10

 Elaboação da SD ........................................................................................... 11

 Aplicação da SD ............................................................................................ 11

 Avaliação da SD ............................................................................................ 11

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 11

5.1 TRABALHO DE RECEPÇÃO DO PIBID ........................................................... 12

5.2 DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DA SD .................................................. 13

 Pesquisa bibliográfica e elaboração da SD ....................................................... 13

 Diagnose discursiva sobre o tema: Petróleo ...................................................... 14

 Exibição do vídeo ............................................................................................... 16

 Aula expositiva sobre hidrocarbonetos e suas propriedades ............................. 18

 Preparação e aplicação do questionário avaliativo ............................................ 20

 Apresentação dos trabalhos .............................................................................. 23

 Correção e avaliação dos trabalhos apresentados ............................................ 26


xiii

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 28

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 30

8. APÊNDICE .................................................................................................... 32

8.1 SD DE RECEPÇÃO DO PIBID........................................................................... 32

8.2 DIAGNOSE ........................................................................................................ 36

8.3 QUESTIONÁRIO AVALIATIVO ......................................................................... 37

8.4 QUESTIONÁRIO AVALIATIVO – ADAPTADO ................................................. 39

9. ANEXO .......................................................................................................... 40

9.1 TRABALHO – IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO VAZAMENTO DE


PETRÓLEO .............................................................................................................. 40

9.2 TRABALHO – A INFLUÊNCIA DO PETRÓLEO NA ECONOMIA .................... 46


1

1. INTRODUÇÃO

Na sociedade em que vivemos o Ensino Médio ainda é, muitas vezes, visto


apenas como uma etapa preparatória para as universidades e para a vida
profissional do educando, deixando-se de lado a formação cidadã. Porém, segundo
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN):

Espera-se que a escola contribua para a constituição de uma cidadania de


qualidade nova, cujo exercício reúna conhecimentos e informações a um
protagonismo responsável, para exercer direitos que vão muito além da
representação política tradicional: emprego, qualidade de vida, meio
ambiente saudável, igualdade entre homens e mulheres, enfim, ideais
afirmativos para a vida pessoal e para a convivência. Diante da violência, do
desemprego e da vertiginosa substituição tecnológica, revigoram se as
aspirações de que a escola, especialmente a média, contribua para a
aprendizagem de competências de caráter geral, visando à constituição de
pessoas mais aptas a assimilar mudanças, mais autônomas em suas
escolhas, mais solidárias, que acolham e respeitem as diferenças,
pratiquem a solidariedade e superem a segmentação social. (BRASIL, 2000,
p.59).

Como proposto no trecho destacado à cima, é necessário que a escola se


preocupe também com a formação cidadã, do aluno, permitido que o mesmo possa
construir seu próprio conhecimento e aplicá-lo ao exercer seu papel na sociedade.
Para que isso aconteça é preciso que os docentes, em formação, não tenham
apenas uma sólida formação de seus conteúdos, e sim capacidade de exercer a
docência de maneira crítico-reflexiva, relacionando a ciência a aspectos
tecnológicos, sociais e ambientais, para atuar na organização, planejamento e
avaliação de processos e materiais educativos na Educação Básica.

Dentre as diferentes ciências, a Química é responsável por explicar: fenômenos,


processo e transformações que ocorrem na natureza que nos cerca. Porém, é vista
por grande parte dos alunos como uma ciência, que tem um conteúdo maçante e
pouco relevante, que exige apenas a memorização de fórmulas e conceitos
desconexos do seu cotidiano. Aragão e Schnetzler (1995), Gomes e Moita Neto
2

(2004), apontam que ensino tradicional de Química acaba assim prejudicando a


aprendizagem dos alunos, pois os professores se preocupam em apenas encher as
"mentes vazias" de conhecimento, dando ênfase a memorização do conteúdo, não a
compreensão necessária para que o aluno traga o assunto tratado ao seu dia-a-dia.

Levando-se em consideração o rápido desenvolvimento da ciência e da


tecnologia, no mundo, não se podem descartar os meios de comunicação da
aprendizagem informal, pois a internet, a televisão e os jornais acabam sendo as
principais fontes de informações para a maioria da população, principalmente dos
mais jovens. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNEM+)
(Brasil, 2000) estabelece que o aprendizado de Química precisa:

Possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si,


quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação
com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais,
políticas e econômicas. Dessa forma, os estudantes podem “[...] julgar com
fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da
própria escola e tomar decisões autonomamente, enquanto indivíduos e
cidadãos” (Brasil, 2000, p.13).

Diante disso, acredita-se que por meio dos princípios da ênfase do ensino de
acordo com as perspectivas CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente), o
ensino de ciências deve integrar conhecimentos de modo a promover uma
integração entre educação científica, tecnológica e social, com conteúdos científicos
e tecnológicos estudados juntamente com a discussão de seus aspectos históricos,
éticos, políticos e sócio-econômicos (SANTOS e MORTIMER, 2002; SANTOS e
MOL, 2005; SANTOS e SCHNETZLER, 1996).

Portanto, o licenciando em Química deve se formar na expectativa de


desenvolver uma postura investigativa para ensinar e aprender os conteúdos de
Química em diferentes situações educacionais. Mostrando-se assim, a relevância do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), responsável por
promover a integração entre a Universidade e as escolas de Educação Básica,
permitindo que os licenciandos tornem-se ativos durante sua formação e busquem
sempre por novas metodologias, construindo um conhecimento teórico e prático
junto a professores e alunos.
3

1.1 USO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS NO ENSINO

Nos últimos anos a produção e a busca por recursos audiovisuais tem se


tornado frenquente por serem consideradas ferramentas didáticas eficazes,
motivando os alunos durante o processo de aprendizagem. É importante que esses
recursos priorizem a contextualização, a qualidade, a acessibilidade e a criatividade,
discutindo temas atuais e sua relevância na formação do cidadão.

Considerando o contexto tecnológico em que vivemos não podemos ignorar


que a internet, a televisão e os vídeos vêm sendo os principais meios de
informações e aprendizado informal. Através dos multimídia é possível apresentar e
dar uma nova estrutura ao conteúdo que deve ser aprendido, podendo ser utilizada
uma linguagem mais simples e imagens, despertando assim o interesse do aluno.
Porém, segundo Fergunson:

Existem professores que têm uma má opinião sobre as mídias e têm


demonstrado uma tendência a optar por uma abordagem mais autoritária do
ensino. Isto é sustentado, é claro, pela convicção desses professores de
que eles estão certos e que seus estudantes precisam de sua ajuda para
ver a verdade. Por outro lado, existem professores que demonstram uma
disposição mais amistosa com relação às mídias. Estes se inclinam mais a
adotar uma aproximação mais exploratória e "livre" ao estudo das
mensagens midiáticas (FERGUSON, 2002).

A utilização da mídia audiovisual revela-se eficiente quando o docente se


mostra apto à inclusão de novos recursos, não para substituir o conteúdo e sim para
aproximar a sala de aula do cotidiano do aluno. Segundo alguns autores Arroio e
Giordan (2006) e Moran (1995), a imagem provoca emoções, mostrando-se mais
eficaz que as palavras. Sendo assim, os recursos audiovisuais possuem um papel
importante devido a capacidade de provocar sensações e emoções, mais próximas
da sensibilidade e prática do homem e ainda distante da linguagem abordada nas
escolas, mais apoiada no discurso verbal-escrito. É fundamental que o aluno se
sensibilize para problemas ambientas, sociais, políticos e econômicos, para que seja
possível conscientizá-lo, e os recursos audiovisuais são ferramentas capazes de
atingir essa sensibilidade, levando as imagens para dentro da sala de aula.
4

Inserir a utilização de recursos multimídias em sala de aula é uma estratégia


que pode ser bastante eficiente se o professor estiver preparado para sua utilização,
FERGUSON (2002) aponta que há um despreparo dos profissionais do ensino em
lidar, de forma adequada e responsável, com os conteúdos veiculados pela mídia, e,
sobretudo aquela direcionada aos jovens. Portanto, torna-se urgente oferecer aos
professores e educadores em geral as ferramentas e os recursos teóricos
necessários para que eles possam fazer uso de recursos multimídia com qualidade e
segurança em seus ambientes de trabalho. Portanto, torna-se cada vez mais
necessária a formação de professores que sejam capazes de inserir e avaliar novos
recursos em aula, sem que sirvam apenas como passatempo.

1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO, USANDO


PETRÓLEO COMO TEMA PROBLEMATIZADOR.

A contextualização é um dos métodos utilizados para aproximar a Química do


cotidiano, uma vez que através dela é possível dar sentido ao conteúdo que será
apresentado, permitindo, portanto a construção do conhecimento do aluno. Para
facilitar o ensino e aprendizagem os temas geradores são frequentemente utilizados,
promovendo a contextualização entre a Química e o cotidiano, e também com outras
disciplinas. Tendo em vista que, apesar de ser tratada, muitas vezes, como
particularidade, é uma ciência que interage não somente com a as ciências naturais,
mas também com as humanas.

A falta de interesse dos alunos em sala de aula esta associada, muitas vezes,
a um desacerto entre os programas curriculares e a sociedade contemporânea.
Sendo assim, como apontado por Martins e Veiga (2002) Auler, Fenalti e Dalmolin
(2009), é necessário entender que uma das maneiras de superar este problema, é
fazendo a seleção de temas educacionalmente relevantes e através deles permitir
que os educandos possam alcançar saberes importantes para sua formação.

Para o desenvolvimento de um cidadão e para a formação do professor,


torna-se cada vez mais importante o uso de temas que permitam interação entre
diversas disciplinas e o petróleo é um tema que envolve conteúdos
5

multidisciplinares. O tema Petróleo articula conteúdos como: química dos


hidrocarbonetos, nomenclatura e isomeria de compostos orgânicos, composição de
misturas, processos de separação, termoquímica e meio ambiente, num contexto
tecnológico e social, a respeito da importância da Química relacionada aos
combustíveis, ou seja, permite que o licenciando tenha a oportunidade de rever
conteúdos fundamentais da Química numa perspectiva contextualizada.

É importante ressaltar que o Petróleo permite uma abordagem interdisciplinar,


que pode ser integrada à Física, explorando os conteúdos: termodinâmica e Física
aplicada a Tecnologia; à Biologia, com os temas Biosfera; Efeito estufa,
Combustíveis fósseis e Ciclo do Carbono. A conexão com a língua Portuguesa
sempre se fará presente ao se estimular a leitura e produção de textos relativos ao
tema. Também podemos interligar o tema aos conhecimentos de Geografia
(possibilitando uma abordagem política e econômica, que vem sendo muito discutida
em nosso país nos últimos anos) e de História, principalmente a relacionada ao
século XX. Isso sem contar as diversas possibilidades de abordagem política e
reflexão de comportamento social.

Como sugerido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o


aprendizado deve ser planejado desde uma perspectiva a um só tempo
multidisciplinar e interdisciplinar, onde a multidisciplinaridade parte de um
conhecimento mais amplo e eclético e a interdisciplinaridade relaciona diversos
ramos de conhecimento com um objetivo em comum, ou seja, os assuntos devem
ser propostos e tratados desde uma compreensão global, articulando as
competências que serão desenvolvidas em cada disciplina e no conjunto de
disciplinas, em cada área e no conjunto das áreas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Conforme definido nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


(LDB) a Educação Básica não deve preparar, apenas, o educando para se
desenvolver em trabalhos futuros ou dar continuidade aos estudos, mas também
deve garantir um ensino que lhe possibilite o exercício da cidadania. Com isso,
6

torna-se necessário estabelecer a relevância do ensino de Química na formação


cidadã,

O ensino de Química torna-se mais evidente, uma vez que diversas questões
políticas e sociais abrangem também conhecimento cientifico e tecnológico. Em uma
pesquisa realizada por Santos e Schnetzler (1996), baseada em entrevistas com
educadores químicos, observou-se a necessidade do ensino de química na
formação do cidadão apresentando contextos relativos às influências da química na
sociedade. Tal abordagem permite assim, o desenvolvimento da capacidade de
tomada de decisão, do educando, aproximando o conteúdo trabalhado da situação
social em que o aluno está inserido.

Diante do amplo avanço cientifico e tecnológico que vem engolindo a


juventude no século XXI, a sala de aula deixou de ser a principal fonte de
conhecimento, perdendo lugar para a internet, a televisão e os jornais que se
tornaram os principais meios de comunicação e informação. O seja:

[...] parece que se pode afirmar que a globalização determinou, em tempos


que nos são muito próximos, uma inversão no fluxo do conhecimento. Se
antes o sentido era da escola para a comunidade, hoje é o mundo exterior
que invade a escola. (CHASSOT, 2003, p.90).

Essa invasão do mundo externo nas escolas precisa ser percebida também
pelos docentes em atuação, e formação, que precisam acompanhar esse avanço e
permitir que o aluno possa utilizar a sala de aula para refletir e questionar sobre as
informações superficiais, obtidas pela mídia, e possibilite a construção do seu
conhecimento. Pois, “a sociedade precisa questionar sobre impactos da evolução e
aplicação da ciência e tecnologia sobre seu entorno e consiga perceber que, muitas
vezes, certas atitudes não atendem à maioria, mas, sim, aos interesses dominantes”
(PINHEIRO, SILVEIRA E BAZZO, 2007, P. 72).

É importante que os avanços tecnológicos, as causas e consequencias, e os


interesses políticos, e econômicos, sejam abordados de forma contextualizada,
permitido que os educandos realizem discussões sobre a ciência como invenção
humana. A contextualização deve ser mais utilizada nas aulas, principalmente de
Química, pois através dela é possível aproximar o conceito estudado do contexto
social do aluno. Porém, vale ressaltar, que muitas vezes a contextualização é
7

utilizada apenas como ilustração do cotidiano, na tentativa de disfarçar conteúdos


abstratos, e não se coloca em questão as dimensões sociais envolvidas.

De acordo com Santos (2007), a simples inclusão de questões do cotidiano


pode não implicar a discussão de aspectos relevantes para a formação do aluno
enquanto cidadão ou não motivar suficientemente os alunos para se interessar por
ciências. Portanto deve ser utilizada para:

Compreender as diferentes funções da abordagem de aspectos sócio-


científicos permite uma compreensão de que formar cidadãos não se limita
a nomear cientificamente fenômenos e materiais do cotidiano ou explicar
princípios científicos e tecnológicos do funcionamento de artefatos do dia-a-
dia. Assim, a contextualização pode ser vista com os seguintes objetivos: 1)
desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das
questões sociais relativas à ciência e à tecnologia; 2) auxiliar na
aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à natureza da
ciência; e 3) encorajar os alunos a relacionar suas experiências escolares
em ciências com problemas do cotidiano (SANTOS, 2007, p. 05).

Portanto, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), ressaltam a


importância da contextualização na Química:

Os conteúdos devem ser abordados a partir de temas que permitam a


contextualização do conhecimento. Nesse sentido, podem ser explorados,
por exemplo, temas como metalurgia, solos e sua fertilização, combustíveis
e combustão, obtenção, conservação e uso dos alimentos, chuva ácida,
tratamento de água etc. (BRASIL, 2000).

O uso de temas geradores como objeto de estudo deve abranger o fazer e o


pensar, o agir e o refletir, a teoria e a prática (FREIRE, 2014). Os temas são
geralmente utilizados como recurso para realização da contextualização, pois
através dele é possível abordar a Química, a interdisciplinaridade e ensino de
ciência na perspectiva CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade).

O ensino de ciência na perspectiva CTS/CTSA busca uma abordagem


conceitual de relevância social e ambiental, associada principalmente a ciência e
tecnologia, com a intenção de discutir questões éticas referentes ao
desenvolvimento científico, enfatizando questões ambientais, promovendo a
educação ambiental, e a necessidade de uma avaliação crítica-reflexiva com relação
8

cientifica-tecnologica na sociedade (PINHEIRO, SILVEIRA E BAZZO, 2007,


SANTOS, 2007). Sendo assim, alguns autores como Santos e Mortimer (2001) e
Chassot (2003), defendem a necessidade da alfabetização cientifica, pois os alunos
terão entendimento da ciência, e assim poderão compreender melhor as
manifestações do universo em ensinamentos que muitas vezes lhes são
apresentadas de forma distorcida.

Assim como se exige que os alfabetizados em língua materna sejam


cidadãs e cidadãos críticos, em oposição, por exemplo, àqueles que Bertolt
Brecht 8 classifica como analfabetos políticos, seria desejável que os
alfabetizados cientificamente não apenas tivessem facilitada a leitura do
mundo em que vivem, mas entendessem as necessidades de transformá-lo
– e, preferencialmente, transformá-lo em algo melhor. Tenho sido recorrente
na defesa da exigência de com a ciência melhorarmos a vida no planeta, e
não torná-la mais perigosa, como ocorre, às vezes, com maus usos de
algumas tecnologias (CHASSOT, 2003, p.94).

Partindo desse pressuposto autores como Santos e Mortimer (2002)


acreditam que um currículo com ênfase em CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e
Ambiente) tem como principal objetivo a alfabetização científica, capacitando os
alunos para tomada de decisão e para uma ação social responsável.

Estudos realizados por Santos e Mortimer (2002), Santos (2007) apontam que
o movimento CTS surgiu, com a intenção de desmistificar o cientificismo (concepção
filosófica que idealiza a ciência como única capaz de realizações efetivas), pois se
acreditava que através dela, era possível resolver cientificamente qualquer
problema, ou seja, era salvação da humanidade. Acreditava-se também na
neutralidade da ciência, onde apenas os especialistas poderiam dominá-la. Porém
essas idéias foram desconstruídas levando-se em consideração que a ciência se
conecta com aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais. O
movimento começou a ganhar uma proporção significativa por volta da década de
70, devido o agravamento de problemas ambientais, gerando discussões sobre a
natureza do conhecimento científico e seu papel na sociedade.
9

Alguns autores Pinheiro, Silveira e Bazzo (2007), também colocam em


discussão como pode ser abordo o ensino CTS, e propõem três configurações
diferentes para se realizar a abordagem CTS:

Introdução da abordagem CTS no ensino de ciências (inserção de temas


CTS nas disciplinas como motivação ou exemplo); 2. Tratamento dos
conteúdos de ciências na perspectiva CTS (organização curricular do ensino
de ciências de maneira contextualizada segundo uma orientação CTS); 3.
CTS puro (conteúdo científico usado para compreender o conteúdo CTS
(PINHEIRO, SILVEIRA E BAZZO, 2007, p. 76). .

Vale ressaltar que a natureza do tema no enfoque CTS, efetivamente,


predomina o uso de temas no processo educacional, assim como para Freire.
Porém, segundo Auller, Fenalti e Dalmolin (2009), existem aspectos divergentes,
sendo um destes, referente ao processo utilizado para escolha dos temas. Já que no
enfoque CTS o professor define o tema e para Freire, o tema surge com uma efetiva
participação da comunidade escolar.

3. OBJETIVO

3.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem o objetivo de utilizar o Petróleo como tema gerador para o
ensino de Química Orgânica, com ênfase em hidrocarbonetos com uma abordagem
CTSA, contextualizando e aproximando a Química do cotidiano dos alunos, através
de recursos de multimídia, permitindo o desenvolvimento do conhecimento crítico e
cientifico.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1) Apresentar aos alunos o tema petróleo usando o vídeo como recurso


didático e lúdico.
10

2) Reconhecer, através do vídeo “A história contemporânea da Química


através do Petróleo-Parte I”, que o tema apresenta uma abordagem contextualizada
e interdisciplinar, ressaltando aspectos tecnológicos, sociais e ambientais.

3) Compreender, através do tema petróleo, a química dos compostos


orgânicos mais simples: os hidrocarbonetos.

4) Reconhecer o petróleo como mistura de substâncias; identificar o principal


método de separação e aplicação de suas principais frações no cotidiano;

5) Promover interações entre o conhecimento teórico e o prático,


estimulando o licenciando a planejar desenvolver e avaliar atividades de ensino que
contemplem a (re)construção de idéias dos alunos a respeito do tema Petróleo e
suas implicações no mundo atual;

6) Dar condições ao licenciando a refletir e a produzir textos, experimentos e


outros recursos instrucionais, de maneira que ele tenha autonomia para trabalhar
conteúdos que achar mais valioso e importante para seus estudantes.

4. METODOLOGIA

Este projeto foi realizado na Escola Técnica Estadual Henrique Lage


(ETEHL), escola parceira do PIBID UFF- Química/ Niterói, em três turmas do 3o ano
de Ensino Médio durante o primeiro trimestre e no Colégio Estadual Manuel de
Abreu (MABREU), também escola parceira do PIBID UFF- Química/ Niterói, em três
turmas do 3o ano de Ensino Médio durante o terceiro bimestre de 2015. A sequência
didática (SD) produzida foi aplicada como parte do cronograma escolar visto que
inclui aulas teóricas, questionário avaliativo, trabalho extraclasse e avaliações, sendo
todas as atividades supervisionadas pelos professores das turmas.

O desenvolvimento do projeto se deu basicamente nas etapas explicitadas a


seguir:

1. Pesquisa bibliográfica: inicialmente foi realizada uma pesquisa por


recursos didáticos que abordasse com clareza o tema – Petróleo – e que servissem
11

para embasar o conteúdo didático do trabalho, hidrocarbonetos, utilizando-se


materiais didáticos disponíveis na bibliografia.

2. Elaboração da SD: nessa etapa foi desenvolvida a diagnose, aula


expositiva, questões avaliativas e características quem compõe os trabalhos
realizados pelos alunos.

3. Aplicação da SD: a aplicação foi realizada em dois encontros, na


primeira semana foi aplicada a diagnose e na segunda semana as apresentações do
vídeo - “A história contemporânea da Química através do Petróleo-Parte I” - e da
aula expositiva de hidrocarbonetos.

4. Avaliação da SD: a avaliação ocorreu, também, em dois encontros, no


primeiro encontro se deu através do questionário avaliativo, e no último a
apresentação oral e entrega dos trabalhos escritos pelos alunos frente aos temas
problematizadores.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este projeto contou, primeiramente, com a participação dos alunos que


cursaram a terceira série do Ensino Médio no ano de 2015 do ETEHL, uma escola
que pertence à rede de ensino da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado
do Rio de Janeiro (FAETEC-RJ), que além do curso técnico subsequente oferece o
Ensino Médio Técnico integrado, permitindo que o aluno realize o curso Técnico de
Nível Médio integrado com o curso de Ensino Médio. Também participaram alunos
da 3º série do Ensino Médio em 2015, no MABREU, colégio estadual de educação
básica que contempla Ensino: Fundamental, Médio, Educação especial e Educação
de Jovens e Adultos – Supletivo. As duas escolas são parceiras do grupo PIBID
UFF- Química/ Niterói e o projeto foi executado sob a supervisão dos professores
supervisores do PIBID de Química de cada escola.

No inicio do ano letivo de 2015 o grupo PIBID UFF- Química/ Niterói realizou
junto às escolas parceiras, Colégio Estadual Manuel de Abreu, Colégio Estadual
Hilário Ribeiro, Escola Técnica Estadual Henrique Lage e Instituto de Educação
Ismael Coutinho, atividades para recepcionar os alunos e estreitar a relação com os
12

bolsistas. Por se tratar de uma disciplina, muitas vezes, considerada difícil para os
alunos o grupo do PIBID buscou usar atividades lúdicas que envolvesse o contexto
social do aluno, despertando o interesse do aluno em aprender a Química.

5.1 TRABALHO DE RECEPÇÃO DO PIBID

Para o 3º ano do Ensino Médio foi elaborada uma SD (Apêndice I) com o


tema “Petróleo, como principal fonte de energia”, buscando através de atividades
lúdicas, fazer com que os alunos obtivessem o primeiro contato com um dos
principais conteúdos do 3º ano, a Química Orgânica. A SD desenvolvida na
recepção contou com a exibição do vídeo “Refino do Petróleo – editado”, disponível
na página do youtube no endereço www.youtube.com/watch?v=kJ9F--LNaw8, e foi
realizada uma breve explicação sobre o principal tema abordado no mesmo, o
Petróleo. Em seguida foi executado um experimento comparando a quantidade de
energia liberada e o grau de poluição gerado pelos dois principais combustíveis
utilizados no nosso cotidiano, a gasolina e o etanol.

Como forma de avaliação os alunos foram divididos em dois grupos para


completar uma torre de fracionamento desenhada em um banner, com as principais
frações do petróleo, onde deveriam organizar de acordo com a temperatura da torre
e o tamanho das cadeias carbônicas, que estavam indicados nas fichas. E para
finalizar todos os alunos receberam uma cruzadinha para avaliar o que foi aprendido
em todas as atividades referente ao tema.

Figura 1: Experimento: Comparação Figura 2: Atividade com


de Chamas. Banner
13

Porém a atividade realizada para recepcionar os alunos, dos colégios


participantes do projeto PIBID, apresentava um cunho mais informativo e lúdico,
onde não se exigia um conhecimento químico específico.

5.2 DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DA SD

Como propõe os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+):

[...] as escolhas sobre o que ensinar devem se pautar pela seleção de


conteúdos e temas relevantes que favoreçam a compreensão do mundo
natural, social, político e econômico. E, para isso, a forma de tratamento
desses temas e conteúdos é determinante e deve contemplar o
desenvolvimento de procedimentos, atitudes e valores. O conhecimento
construído com essa abrangência, de forma integrada a outras ciências e
campos do saber, dentro de contextos reais e considerando a formação e
interesses de cada estudante, estará propiciando o desenvolvimento das
diferentes competências propostas nos PCNEM (BRASIL, 2002, p. 88).

Com isso, ao elaborar a SD desenvolvida nesse trabalho buscou-se aproveitar


o conhecimento adquirido e construído na atividade de recepção, tendo em vista os
resultados obtidos e a grande aceitação as novas metodologias usadas. Usando o
Petróleo como tema gerador, buscando uma abordagem CTSA e interdisciplinar,
diante da dimensão do tema, permitindo diferentes questionamentos.

 Pesquisa Bibliográfica e Elaboração da SD:

Com o tema Petróleo definido, iniciou-se uma vasta pesquisa por recursos
didáticos que abordassem de forma contextualizada o tema e fundamentasse o
conteúdo de hidrocarbonetos, para construção da SD, junto a SDs disponíveis na
literatura, artigos disponíveis na internet e livros didáticos. Quanto ao uso de
atividades de pesquisa como instrumento para construção do conhecimento foram
realizadas buscas, junto a trabalhos já publicados, que sustentasse o uso dessa
prática como forma de avaliação.

Para aplicação da SD, utilizaram-se quatro encontros semanais, ocorrendo de


acordo com os tópicos a seguir:
14

1. Diagnose discursiva sobre o tema: Petróleo (15 min)

2. Exibição do Vídeo - “A história contemporânea da Química através do


petróleo – Parte I”, (20 min)

3. Aula expositiva sobre hidrocarbonetos e suas propriedades e


apresentação do trabalho investigativo. (60 min)

4. Questionário Avaliativo (80 min)

5. Apresentação dos trabalhos (80 min)

6. Correção e avaliação dos trabalhos apresentados.

Para cada etapa da SD será realizada uma discussão especificada, descritas


a seguir:

 Diagnose discursiva sobre o tema: Petróleo

A diagnose (Apêndice II) foi aplicada uma semana antes da aula expositiva,
nos 15 minutos finais da aula, a fim de identificar os conceitos prévios dos alunos
não só sobre o tema como também sobre alguns conceitos básicos da Química. A
diagnose buscava saber quais conhecimentos os alunos tinham sobre: a origem do
petróleo; diferenciação e identificação da matéria prima; Petróleo como substância
ou mistura; o porquê de não se misturar com a água quando ocorrem vazamentos
de petróleo; produtos derivados; critério e processo de separação e problemas
ambientais causados.

Através das respostas obtidas na diagnose, notou-se através das justificativas


dadas que alguns alunos tinham um conceito deturpado de substância e mistura, ou
não sabiam o conceito. Como pode ser visto em algumas respostas abaixo:

Pergunta: O petróleo é uma substância ou uma mistura? Justifique.

Resposta: Aluno A

Mistura. Porque ela é composta por outros elementos.


15

Resposta: Aluno B

Mistura, pois a composição básica do petróleo é a mistura de carbono com


hidrogênio.

Resposta: Aluno C

Substância, pois é encontrado na natureza.

Resposta: Aluno D

Substância, porque não tem com o que misturar, e porque o petróleo é “imissível”.

Resposta: Aluno E

Mistura, pois existem vários tipos de petróleo, mais grosso, mais líquido, além de ser
originado de vários tipos de fósseis.

Analisando as respostas expostas a cima pode-se observar alguns equívocos


como: a confusão conceitual de substância e mistura, sendo confundida substância
composta com mistura; acreditar que por não se misturar em água é imiscível a
qualquer outra substância ou mistura; que na natureza só é possível encontrar
substâncias; que é uma mistura simplesmente por existir vários tipos de petróleo e
por ser formado de diversos tipos de fósseis e não por ser constituído por
substâncias diferentes.

Porém a maior dificuldade observada foi com relação ao conceito de


polaridade, tendo em vista que aproximadamente 60 % dos alunos responderam que
o petróleo não se mistura com a água devido à diferença de densidade. Então,
buscou-se elaborar a aula expositiva de acordo com as principais dificuldades
apresentadas permitindo que os alunos obtivessem os fundamentos básicos
necessários para compreender o conteúdo, hidrocarbonetos, não só nomenclatura
como também as propriedades dos compostos.

As dificuldades observadas nos alunos da ETEHL eram esperadas, levando-


se em conta que os mesmo praticamente não tiveram o primeiro ano do Ensino
Médio completo, porque em 2013 a escola encontrava-se de greve e os conteúdos
perdidos não foram repostos. Vale ressaltar que as respostas analisadas foram
16

apenas dos alunos da ETEHL, pois a diagnose não foi aplicada no MABREU em
virtude de um desencontro com a professora da turma.

 Exibição do Vídeo

O vídeo exibido “A história contemporânea da Química através do petróleo -


Parte I” faz parte da série “a Química nossa de cada dia” desenvolvida pelas
professoras Marcia Narcizo Borges e Cirene Basílio uma produção da Universidade
Federal Fluminense, para o Projeto Condigital aprovado no Edital 01/2007 lançado
pelo MEC em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia disponíveis no
Banco Internacional de Objetos Educacionais em
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/20025 e pode ser acessados
também pelo Portal do Professor http://portaldoprofessor.mec.gov.br. O vídeo tem
como objetivo apresentar a Química vinculada a aspectos sócio-científicos,
permitindo a construção e compreensão do conhecimento de maneira crítica usando
o petróleo como tema.

No vídeo o petróleo é apresentado como principal fonte de energia do século


XX, a sua origem - desde a composição até a sua descoberta como combustível, e
como o mesmo influencia na história do desenvolvimento de novas tecnologias e em
aspectos econômicos, políticos e sociais no mundo. Também explica qual o principal
método de separação de seus principais componentes em frações e aplicações. Os
problemas ambientais e a grande dependência que o mundo tem em relação ao
petróleo são colocados para que os alunos façam reflexões sobre tais aspectos.

Antes da exibição do vídeo os alunos já haviam respondido uma diagnose


sobre o tema abordado no vídeo, o Petróleo. Após assistir o vídeo foi aberto um
espaço para que fossem feitos questionamentos pelos alunos e as perguntas
abordadas na diagnose foram refeitas, com a intenção de avaliar se o vídeo havia
sanado as dúvidas que os alunos tinham quanto ao tema e aos fundamentos da
química envolvidos. Um questionamento feito por um aluno, que chamou bastante
atenção, foi a respeito da possibilidade de produzir petróleo bruto em laboratórios já
que o mesmo vem se esgotando. Sendo respondida a turma que o processo de
síntese de petróleo nos laboratórios é sim um objeto de estudo em alguns países.
17

Foram encontradas duas reportagens abordando o assunto, disponíveis em:


http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/10/121019_petroleo_ru.shtml e
http://oglobo.globo.com/economia/engenheiros-americanos-transformam-alga-em-
petroleo-em-menos-de-uma-hora-11113211.

Na hora da exibição do vídeo no ETEHL ocorreu um problema técnico com os


altos falantes, porem foi resolvido com a ajuda do professor.

As figuras 3 e 4 são fotografias do momento em que o vídeo estava sendo


assistido e imagem do vídeo.

Figura 3: Exibição do vídeo.


18

Figura 4: Imagem do vídeo.

 Aula expositiva sobre hidrocarbonetos e suas propriedades.

Após a exibição e discussão do vídeo, foi realizada a aula expositiva com


duração de 60 minutos. Esta aula foi montada de acordo com as dificuldades
apresentadas na diagnose, dando ênfase aos conceitos químicos fundamentais
necessários para a compreensão do conteúdo, hidrocarbonetos.

Inicialmente foi abordada a composição química do Petróleo, priorizando-se


explicar o conceito de mistura, e introduzido o assunto de hidrocarbonetos,
apresentando seus principais compostos, formula geral, propriedades e
nomenclatura. Antes de discorrer sobre as propriedades dos hidrocarbonetos, foi
refeita a pergunta da diagnose de maior complexidade para os alunos, “Por que toda
vez que ocorre um vazamento de petróleo, ou derivados, no mar, ou rio, fica um óleo
flutuando?”, já que em grande parte das respostas os alunos demonstravam saber
que os compostos não se misturavam, porém acreditavam que este acontecimento
estava relacionado apenas à questão de densidade, a pergunta foi respondida junto
a turma fundamentando a articulação de outros conceitos envolvidos como,
polaridade e solubilidade. Em seguida, deu-se sequencia ao restante do conteúdo
como: forças intermoleculares; ponto de fusão e ebulição; densidade; estado físico;
19

e classificação, buscando sempre usar aplicações práticas dos derivados de petróleo


para exemplificar.

Ao final, foi apresentada a proposta a execução de um trabalho investigativo


interdisciplinar em torno do tema, Petróleo, com uma abordagem CTSA (Ciência,
Tecnologia, Sociedade, e Ambiente). Para exposição da aula foi utilizado um data
show, como recurso de multimídia, e tanto a aula quando o vídeo foi disponibilizado
por e-mail para estudo. Durante a apresentação da aula os alunos foram
estimulados a participar, visto que a todo o momento eram indagados pela
licenciando ali presente, surgindo também um momento para tanto com
questionamentos.

As figuras 5 e 6 mostram como foram feitas as abordagens na aula expositiva

Figura 5: Slide – Mostrando a composição do Petróleo.


20

Figura 6: Slide – Classificação de alcenos mostrando aplicação prática.

Vale ressaltar que a aula expositiva foi preparada de acordo com os livros
didáticos utilizados pelos colégios onde a SD foi aplicada, onde os alcenos são
classificados como hidrocarbonetos de cadeia aberta com uma dupla ligação entre
carbonos e existe outra subclassificação para os sistemas cíclicos. Porém, todos são
alcenos: independentemente do tipo da cadeia.

 Preparação e Aplicação do Questionário Avaliativo

Para a preparação do questionário (Apêndice III) avaliativo foram


selecionadas questões com o propósito de avaliar os conteúdos estudados durante
as etapas iniciais da SD, de maneira contextualizada, retiradas e adaptadas de
vestibulares anteriores. O questionário avaliativo sugerido para as duas instituições
envolvida no projeto foi o mesmo, porém na ETEHL optou-se por aproveitar apenas
algumas das questões (Apêndice IV) sugeridas, sofrendo até algumas pequenas
21

adaptações, já que além do conteúdo ministrado pela autora dessa monografia seria
abordada também classificação de cadeias carbônicas, conteúdo aplicado pelo
professor da turma antes da SD. A aplicação do questionário avaliativo foi realizada
pelo professor regente da turma, e foram disponibilizados os dois tempos de aula (80
minutos) para resolução do mesmo.

A questão 1 foi criada com a intenção de avaliar o nível de amadurecimento e


conhecimento dos alunos com relação a aspectos sócio-ambientais envolvidos nos
desastres causados por vazamentos de petróleo e foi a única que se repetiu tanto no
ETEHL quanto no MABREU. E após a correção das questões, foi possível observar
a dificuldade dos alunos frente à problemática levantada, uma vez que a maioria das
respostas apontava apenas problemas ambientas, sendo deixada de lado a
compreensão sobre os danos sociais. Porém algumas respostas chamaram atenção
devido à conscientização frente à problemática levantada.

Pergunta: Dê dois exemplos reais de danos que um vazamento de petróleo


pode causar ao meio ambiente e à sociedade. Justifique.

Resposta: Aluno F

O vazamento de petróleo forma uma camada sobre a água dos oceanos/mares que
impede a entrada de oxigênio para as espécies marinhas, provocando a morte dos
peixes por asfixia e intoxicação. Outra conseqüência desta camada de óleo, é que a
luz não entra na água, impedido a realização da fotossíntese pela flora marinha
(algas, fitoplâncton, etc) e a maior parte do oxigênio disponível na atmosfera vem do
mar.

Resposta: Aluno G

Prejudica o ciclo da vida dos animais que habitam no local do vazamento de


petróleo, contaminando e matando esses seres e as aves que mergulham para se
alimentar ficam toda suja de petróleo. E pessoas que moram próximo da costa que
necessitam da pesca para sobreviver acabam também se prejudicando.

Resposta: Aluno H

O vazamento do petróleo no mar faz com que muitos peixes e algas morram pela
falta de oxigênio na água e também as aves porque suas penas ficam sujas e
22

pesadas logo as mesmas não conseguem voar e morrem afogadas. O vazamento


também prejudica a “população ribeirinha”, que depois do óleo vazado no mar não
podem pescar ou sequer utilizar a água poluída.

Resposta: Aluno I

Mata a fauna e a flora aquática devido a falta de oxigênio e prejudica os moradores


que dependem da pesca do local atingido, já que varias espécies não conseguem
sobreviver em tal estado.

Resposta: Aluno J

Causa danos ao meio ambiente porque ele afeta as espécies marinhas, causando
morte ou migração; e afeta a sociedade causando poluição nas praias e
atrapalhando a pesca.

De acordo com as respostas expostas acima é possível observar que alguns


alunos conseguiram perceber que os vazamentos de petróleo não influenciam
apenas o meio ambiente como também a sociedade, ou seja, mostraram que a
sociedade esta diretamente ligada ao meio ambiente, como abordado no vídeo
exibido.

Quanto às outras questões do questionário avaliativo, que envolviam os


conceitos químicos dos hidrocarbonetos, de forma contextualizada, na ETEHL,
pode-se observar que o rendimento e entendimento que alunos obtiveram sobre o
conteúdo foi satisfatório, tendo em vista que mais da metade da turma consegui
montar a estrutura e nomear corretamente os hidrocarbonetos além de justificar
corretamente, na questão de verdadeiro ou falso, as alternativas que envolviam o
principal método de separação do petróleo e as propriedades dos hidrocarbonetos.

No MABREU, ao realizar a correção das demais questões, pode-se observar


um baixo rendimento e pouca compreensão, frente ao conteúdo abordado, por
causa do alto índice de erros nas respostas, sendo o maior erro a apresentado na
questão 4, que relacionada formula molecular e nomenclatura de hidrocarbonetos.
23

 Apresentação e Entrega dos trabalhos

Uma vez que, a SD proposta nessa monografia foi aplicada em duas


instituições diferentes, o trabalho investigativo foi executado em seis turmas, sendo
três em cada escola. Ao fim da aula expositiva foi realizada a apresentação e
explicação do trabalho, onde as turmas foram separadas em cinco grupos com no
máximo seis pessoas. Sendo assim, foram sugeridos cinco temas interdisciplinares
relacionados ao petróleo para que fosse realizada uma pesquisa, estimulando o
desenvolvimento da aprendizagem pela pesquisa.

 Tema 1: As guerras provocadas pelo petróleo;

 Tema 2: Impactos ambientais causados pelo vazamento de petróleo;

 Tema 3: Petróleo como fonte de energia não renovável;

 Tema 4: Fontes de energia renováveis;

 Tema 5: As influências do petróleo na economia.

Foi estipulado um prazo de duas semanas para entrega e apresentação do


trabalho que foi dividido em duas etapas: apresentação oral e parte escrita.

Parte Escrita: Os grupos deveriam entregar um trabalho escrito abordando


informações de maior relevância, vantagens e desvantagens, problemas, soluções e
outras questões envolvidas no tema sorteado.

Apresentação Oral: Nesta etapa, os alunos deveriam elaborar e apresentar a


pesquisa realizada pelo grupo diante do tema sorteado. Tendo os alunos total
liberdade para escolher de que maneira iriam explicitar seu trabalho, sendo
disponibilizado o data show para uso.

Levando-se em consideração que a principal intenção do trabalho de


pesquisa não foi sobre o conteúdo químico trabalhado, e sim de aprofundar o
conhecimento do aluno com relação às questões sociais, políticas, econômicas,
ambientais e tecnológicas, envolvidas no tema Petróleo. E dentro do prazo
estipulado, de duas semanas, para realização do trabalho a licencianda se
disponibilizou para ajudar a solucionar qualquer duvida: desde a preparação das
apresentações até dúvidas sobre os conceitos químicos.
24

As apresentações aconteceram em sala, e foram disponibilizados


aproximadamente 80 minutos da aula para realização das mesmas, estando
presente a autora dessa monografia, o professor regente da turma e dois bolsistas
do PIBID que faziam acompanhamento da turma ao longo do período letivo da
escola.

Na ETEHL, não ocorreu problemas no momento da apresentação, sendo


todas realizadas no tempo concedido, mas no MABREU o projetor multimídia, que
seria o recurso utilizado para auxiliar a apresentação dos trabalhos estava com
defeito, e os alunos acabaram apresentando oralmente e enviando seus trabalhos
por e-mail.

As figuras 7 e 8 são fotografias do momento em que os alunos faziam a


apresentação oral dos seus trabalhos.

Figura 7: Apresentação de trabalho - Petróleo como fonte de energia não


renovável.
25

Figura 8: Apresentação de trabalho – impactos ambientais causados


por vazamento de Petróleo.

As figuras 9 e 10 são imagens de slides preparados pelas turmas que não


tiveram a oportunidades de mostrar devido o problema apresentado com o data
show.

Figura 9: Slide de apresentação de trabalho – Fontes de energia


renováveis.
26

Figura 10: Slide de apresentação de trabalho – A influência do


Petróleo na economia.

Quanta a parte escrita, todas foram entregas para correção no mesmo dia das
apresentações, alguns destacarem-se e encontram-se disponíveis em Anexo.

 Correção e avaliação dos trabalhos apresentados

Os trabalhos de pesquisa apresentado para turma durante o segundo


encontro, após a aplicação da aula expositiva, deveriam se encaixar dentro de
alguns critérios básicos, tanto a parte escrita como a apresentação oral. Sendo
esses critérios:

 Autenticidade, prezando-se por trabalhos originais e sem plágio.

 Domínio sobre tema proposto;

 Desenvoltura na apresentação.

Na ETEHL, a pontuação máxima era de 2,0 pontos na “Nota A” (pontuação


reservada para avaliações qualitativas dos alunos). A pontuação equivalia 20 % da
nota da média, sendo dividida igualmente entre apresentação oral e parte escrita,
levando-se em consideração que os trabalhos copiados diretamente da internet
27

receberam nota zero, e nas apresentações a menor nota dada foi meio ponto. O
critério de menor nota sendo meio ponto nas apresentações foi proposto pelo
professor da turma, pois o mesmo ficou com receio de que os alunos não
apresentassem um bom desempenho nos trabalhos escritos e ficassem com notas
muito baixas.

Após as apresentações, na ETEHL, foi possível observar que das três turmas,
onde o projeto foi aplicado em duas delas tiveram apresentações marcadas pelo
excesso de leitura, podendo ser justificado por nervosismo, vergonha ou até mesmo
pela falta de domínio sobre o tema. Sendo assim, apenas uma das turmas, mostrou
um bom desempenho na execução do trabalho, com uma apresentação bem
estruturada, desenvoltura e um aparente domínio sobre o tema proposto. E
infelizmente ao avaliar o trabalho escrito, não foi diferente, levando-se em conta que
grande parte foi cópia grosseira da internet, existindo grupos que não se deram o
trabalho nem de mudar o título, copiando e colando todas as vírgulas de uma noticia
divulgada em um veículo digital.

Acredita-se que o alto índice de plágio encontrado nos trabalhos escritos do


ETEHL e o baixo rendimento mostrado pelos alunos durante a apresentação,
possam ser justificados pelo excesso de compromisso assumido pelos alunos, já
que se trata de uma escola técnica onde os alunos possuem aulas no período
integral além de fazerem estágios, ou até mesmo pela falta de interesse sobre o
tema.

Já no MABREU, a pontuação total foi de 3,0 pontos no “Qualitativo”


(pontuação cedida pela professora como incentivo pela execução do trabalho).
Nesse caso a pontuação consistia em 30 % da nota da média, sendo dividida da
seguinte maneira: 2,0 pontos para o conteúdo escrito e 1,0 ponto para apresentação
oral. Vale ressaltar que também foi o usado o critério de dar zero nos trabalhos
escritos plagiados da internet. Nas apresentações das turmas do MABREU também
foi combinado com a professora que a menor nota de apresentação seria 0,5 ponto.

Quanto à desenvoltura dos alunos na apresentação dos trabalhos no


MABREU, dos quinze trabalhos apresentados, nas três turmas, mais da metade dos
grupos mostrou-se empenhado com a apresentação além de um bom domínio sobre
28

o tema sorteado, porém um pouco desanimados já que não podiam mostrar a


apresentação planejada, e mesmo no grupo onde a apresentação foi dominada pela
leitura, encontram-se alunos que se destacavam. Nos trabalhos escritos também foi
possível ver que grande parte dos alunos realmente buscou compreender sobre o
tema para redigir seu próprio texto, não se encontrando praticamente nenhum plagio
total.

De maneira geral, tendo em vista a abordagem CTSA que buscou-se alcançar


com o trabalho de pesquisa proposto, pode-se observar nas apresentações que
alguns alunos demonstraram bastante interesse frente as problemáticas abordadas,
abordando o surgimento de uma futura guerra conhecida como Conflito do Ártico,
não muito conhecida, que ocorre entre os países que fazem fronteira com o Ártico
devido a abertura de áreas ricas em petróleo, como apresentado por um dos grupos
que falavam sobre as guerras, ou até mesmo a grande devastação da sociedade e
do meio ambiente causada nos países onde ocorreram grandes conflitos por causa
do Petróleo.

Outra preocupação que se pôde observar nas apresentações foram as


diversas técnicas utilizadas para despoluição de mares, baías e rios quando
acontecem vazamentos de petróleo, um grupo chegou a levar um vídeo para mostrar
na prática como funcionava uma das técnicas. Além de também se preocuparem em
apresentar não só as novas fontes de energia como também suas vantagens e
desvantagens.

Pode-se analisar que a SD foi bem recebida pelos alunos, onde os alunos,
que mesmo pertencendo a escolas com perfis diferentes, mostraram compreensão
não só quanto ao tema, mas também quanto ao conteúdo químico abordado. E
também pelos professores que se mostraram disponíveis e entusiasmados quanto
às metodologias e atividades desenvolvidas e propostas em suas turmas.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando os resultados obtidos ao final da execução do projeto, foi possível


concluir que o trabalho atingiu o objetivo planejado uma vez que durante a aplicação
da SD, os alunos se mostraram mais a vontade para responder os questionamentos
29

feitos pela autora dessa monografia. Pode-se dizer também, considerando as falas
reproduzidas durante as apresentações dos trabalhos, que houve uma contribuição
efetiva da aprendizagem em relação à postura crítica dos alunos frente às
problemáticas abordadas referente ao Petróleo.

Os alunos mostraram-se mais conscientizados sobre as problemáticas


abordadas no vídeo, que serviu para introduzir e complementar o conteúdo
abordado na aula expositiva, evidenciando a influencia do avanço cientifico e
tecnológico na sociedade e no ambiente, e como o conteúdo de hidrocarbonetos
estão inseridos em nosso contexto social. Como foi possível observar nas
apresentações realizadas por eles e durante as análises sociais e ambientais
abordadas durantes a aplicação da SD.

Quanto ao conteúdo químico específico, previsto no questionário avaliativo,


observou-se uma maior dificuldade com relação à nomenclatura dos compostos, e
acredita-se que isso pode ter ocorrido devido o questionário ser aplicado em
sequencia da aula expositiva, não sendo possível a realização de exercícios para
fixar e reforçar este conteúdo.

Sendo assim, pode-se considerar que a SD elaborada pela licencianda foi


adequada, em partes, podendo ser sugerido a realização de no mínimo uma aula de
exercícios após a aula expositiva, permitindo que os alunos tenham um maior tempo
para estudar e retirar suas duvidas antes de passarem por uma avaliação final.

Esta experiência se mostrou um tanto satisfatória para a licencianda, pois


através do desenvolvimento e aplicação desta monografia foi possível vivenciar na
prática a rotina dos professores, enfrentando até mesmo alguns problemas, como, a
organização prévia necessária por causa dos calendários escolares, a adequação
do projeto ao currículo proposto pela instituição e a busca por novas metodologias,
já que os alunos apresentam certo medo da disciplina. Ao fim da SD nota-se que a
proposta de novas metodologias de ensino, diferente do tradicional, a inserção de
novos recursos e a utilização do ensino por descoberta como formas de avaliação
tiveram uma boa aceitação dos alunos.
30

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

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Produzidos por Professores de Química de Formação Continuada. São Paulo, 2012.

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32

8. APÊNDICES

APÊNDICE I. SD DE RECEPÇÃO DO PIBID

Professora: Bolsista:

Aluno (a): Nº:_______ Turma:_________


Data:__________

Combustão e Energia

1. Introdução:

Neste trabalho, o assunto Petróleo é utilizado como tema motivador na


aprendizagem de Química, como o estudo de hidrocarbonetos (principalmente alcanos),
combustão completa e incompleta, propriedades físicas das substâncias (ponto de ebulição
e solubilidade) e processo de separação de misturas líquidas (destilação simples e
fracionada).
A aplicação desse trabalho será realizada com os alunos do 3º ano do Ensino Médio,
ministradas por alunos de licenciatura em Química do Instituto de Química da Universidade
Federal Fluminense - do Programa PIBID -, com a supervisão dos professores
Coordenadores e Supervisores (professores da turma em questão).
O projeto tem como proposta a realização de um experimento, exibição de um vídeo,
uma gincana e uma cruzadinha como avaliação do conteúdo visto na aula.
O experimento permite que os alunos observem a combustão de dois combustíveis
(compostos orgânicos) comumente usados em nosso cotidiano, e comparar os produtos
formados para saber qual é o mais limpo, ou seja, menos prejudicial para o meio ambiente.
No vídeo os alunos poderão compreende as principais aplicações do petróleo e
como são obtidos seus principais derivados, que estão presentes diariamente em nossas
vidas.
A gincana consiste em uma brincadeira onde os alunos terão que completar a coluna
de fracionamento, que estará estampada em um banner, com os devidos produtos formados
de acordo com as temperaturas descritas. Para realizar essa atividade será necessário que
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o aluno correlacione o tamanho da cadeia carbônica de cada derivado com os pontos de


fusão e ebulição.

2. Objetivo:

Proporcionar ao aluno condições de comparar a formação de fuligem durante a


combustão da gasolina e do álcool e refletir sobre a contribuição de cada um como agente
poluidor; discutir sobre as diversas fontes de energia e os problemas da queima incompleta
dos combustíveis; entender o processo de destilação do Petróleo, percebendo as variações
de temperaturas e seus produtos finais.

3. Materiais e reagentes:

 Experimento:
 02 forminhas de empada
 02 tubos de ensaio
 Gasolina
 Álcool combustível
 Caixa de fósforos

 Gincana
 Banner com a imagem da coluna de destilação
 Imagens das frações do petróleo.

 Vídeo
 Computador
 Caixa de som
 Datashow

3.1. Procedimento:

 Experimento:

1. Coloque algumas gotas de álcool combustível em uma das forminhas de empada.


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2. Enxugue bem com um papel absorvente qualquer quantidade de álcool que possa ter
escorrido ou sobre a bancada.

3. Acenda com cuidado a lamparina que contém álcool e coloque um pires branco sobre
a chama da lamparina – a uma distância de mais ou menos 5 cm. Após cerca de 5
segundos observe o fundo do pires.

4. Apague a lamparina e anote suas observações. (quantidade de material depositado)

5. Repita o mesmo procedimento utilizando a outra forminha de empada, agora com


gasolina.

4. Questionando seus conhecimentos:

 Cruzadinha:
1) O processo utilizado para separar as frações do petróleo, executada com a utilização de
uma coluna de fracionamento:
2) Consequência ambiental causada pelo aumento do fluxo de carros que utilizam a
gasolina derivada do petróleo:
3) Recurso natural fonte de energia não renovável mais utilizada no planeta
4) Substância utilizada no experimento, considerado um menor agente poluidor:
5) O petróleo além de ser utilizado para gerar energia elétrica e também muito utilizado
como:
6) Produto largamente utilizado como combustível de turbinas de avião a jato e como fonte
de luz:
7) Produto, derivado do petróleo, que vem sendo constantemente citado na televisão e nos
jornais devido o aumento do seu preço no mercado:
8) Óleo utilizado para reduzir o atrito e o desgaste entre duas superfícies:
9) Combustível viscoso utilizado geralmente em motores de caminhões:
10) Derivado mais volátil, do petróleo, armazenado geralmente em botijões e utilizado
como gás de cozinha:
11) Sólido de cor escura, com alto ponto de fusão, proveniente do resido das destilações
do petróleo:
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APÊDICE II. DIAGNOSE

FAETEC – ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE


Disciplina: Química Prof.: Anderson Duarte

Bolsista: Caroline Mattos

Atividade Complementar Série: 3ª Turma: ______ 3º Bim./2015

Aluno (a): _____________________________________________ Nº: _____

1) O petróleo é uma substância ou uma mistura? Justifique.


__________________________________________________________________________
2) Onde o petróleo pode ser encontrado? Como a maioria dos cientistas explica sua origem?
__________________________________________________________________________
3) Assinale quais produtos abaixo são obtidos a partir do petróleo:

4) Porque quando ocorrem vazamentos de petróleo, ou derivados, no mar, ou rio, ele flutua
sobre a água? Como esses vazamentos afetam o meio ambiente?
__________________________________________________________________________
5) Qual o nome do processo usado para separar diferentes frações do petróleo? Qual é o
critério usado para separar essas frações?
__________________________________________________________________________
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APÊNDICE III. QUESTIONÁRIO AVALIATIVO

CEMABREU – COLÉGIO ESTADUAL MANUEL DE ABREU


Disciplina: Química Prof.: Denise Rodrigues

Bolsista: Caroline Mattos

Atividade Complementar Série: 3ª Turma: ______ 3º Bim./2015

Aluno (a): _____________________________________________ Nº: _____

Avaliação
1. Dê dois exemplos reais de danos que um vazamento de petróleo pode causar ao meio
ambiente e à sociedade. Justifique.

2. (Uem2012) O grande dilema da utilização indiscriminada de petróleo hoje em dia como


fonte de energia é que ele também é fonte primordial de matérias primas industrial, ou seja,
reagentes que, submetidos a diferentes reações químicas, geram milhares de novas
substâncias importantíssimas para a sociedade. A esse respeito, assinale o que for correto.
01) O craqueamento do petróleo visa a transformar moléculas gasosas de pequena massa
molar em compostos mais complexos a serem utilizados nas indústrias químicas.
02) A destilação fracionada do petróleo separa grupos de compostos em faixas de
temperatura de ebulição diferentes.
04) A gasolina é o nome dado à substância n-octano, obtida na destilação fracionada do
petróleo.
08) O resíduo do processo de destilação fracionada do petróleo apresenta-se como um
material altamente viscoso usado como piche e asfalto.
16) Grande parte dos plásticos utilizados hoje em dia tem como matéria prima o petróleo.
Soma ( )

3. (Unioeste 2012) A respeito das propriedades físicas e químicas dos combustíveis


(gasolina e álcool), e da interação destes com a água, são feitas as seguintes afirmações:
I. A gasolina é composta principalmente por hidrocarbonetos saturados contendo de 5 a 12
carbonos na cadeia;
II. O álcool é miscível na água devido às interações por ligações de hidrogênio existentes
entre ambos compostos;
III. A densidade da água é menor do que a densidade da gasolina;
IV. A gasolina, derivada do petróleo, é um combustível fóssil assim como o carvão mineral.
São corretas as afirmativas
a) I, II e III.
b) III e IV.
c) I e IV
d) II, III e IV.
e) I, II e IV.

4. (Mackenzie 2009) O "cracking" ou craqueamento do petróleo consiste na quebra de


moléculas de cadeia longa, obtendo-se moléculas menores, que são utilizadas como
matéria-prima para a produção de substâncias indispensáveis no nosso dia. As equações a
seguir representam reações de "cracking". O produto comum nas três equações, que é
matéria-prima na obtenção de polietileno usado na manufatura de sacos plásticos é o:
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a) metano.
b) octano.
c) etano.
d) propeno.
e) eteno.

5. (UEL 2011) Sobre o tema petróleo, considere as afirmativas a seguir.


I. Petróleo significa “óleo de pedra” e é um hidrocarboneto formado pela fossilização de
matéria orgânica animal ou vegetal.
II. O petróleo vem sendo apontado como poluidor do meio ambiente, seja pelas emissões
para a atmosfera seja pelos acidentes envolvendo petroleiros.
III. Após o refino, a possibilidade de uso intensifica-se, podendo se transformar em tintas,
fertilizantes, corantes e polímeros em geral.
IV. Após refinado, o petróleo pode gerar também borracha e látex.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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APÊNDICE IV. QUESTIONÁRIO AVALIATIVO - ADAPTADO

FAETEC - ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE


Disciplina: Química Prof.: Anderson Duarte

Bolsista: Caroline Mattos

Atividade Complementar Série: 3ª Turma: ______ 1º Trim./2015

Aluno (a): _____________________________________________ Nº: _____

Avaliação

3. Dê dois exemplos reais de danos que um vazamento de petróleo pode causar ao meio
ambiente e à sociedade. Justifique.

2. (Mackenzie 2009)O "cracking" ou craqueamento do petróleo consiste na quebra de


moléculas de cadeia longa, obtendo-se moléculas menores, que são utilizadas como
matéria-prima para a produção de substâncias indispensáveis no nosso dia. As equações a
seguir representam reações de "cracking". O produto comum nas três equações, que é
matéria-prima na obtenção de polietileno usado na manufatura de sacos plásticos é o:

a) De o nome oficial e a formula estrutural em bastão de:


- C6H14, considerando a cadeia norma:
- C3H6, considerando a cadeia cíclica:
b) O produto comum nas três equações é matéria prima na obtenção de polietileno usado na
manufatura de sacos plásticos. Dê o seu nome oficial:

3. A respeito do petróleo, julgue as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas,


corrigindo as que forem julgadas falsas:
I. A destilação fracionada do petróleo separa grupos de compostos orgânicos de acordo
com faixas de temperatura de fusão diferentes.(F)
II. A gasolina é o nome dado a uma mistura de hidrocarbonetos obtida na destilação
fracionada do petróleo. (V)
III. O resíduo da destilação fracionada do petróleo, que se apresenta como um material
altamente viscoso, usando como piche e asfalto é constituído por hidrocarbonetos de
elevada massa molar.(V)
IV. A camada superficial de óleo que se observa nos oceanos quando ocorre um vazamento
de petróleo, forma-se devido apenas à diferença de densidade com a água. (F)
V. Petróleo, que significa “óleo de pedra”, é um hidrocarboneto formado pela fossilização de
matéria orgânica animal ou vegetal. (F)
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9. ANEXOS

ANEXO I. TRABALHO – IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO


VAZAMENTO DE PETRÓLEO
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ANEXO II. TRABALHO – A INFLUÊNCIA DO PETRÓLEO NA ECONOMIA


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