Espectroscopia de Infravermelho v0.3
Espectroscopia de Infravermelho v0.3
Espectroscopia de Infravermelho v0.3
Espectroscopia de infravermelhos
Grupo 3
Eurico Viegas Nº 27329
Gonçalo Teixeira Nº 27305
Leonel Nabais Nº 27773
Paulo Gonçalves Nº 27296
Tiago Pereira Nº 27311
Introdução
A luz que os nossos olhos vêem é apenas uma pequena parte de um espectro de radiação
electromagnética. No lado de maior energia está a radiação ultravioleta, e no lado de menor
energia estão os infravermelhos. Este relatório trata da Espectroscopia de Infravermelho. A
região dos infravermelhos mais útil para análise de compostos orgânicos não é a
imediatamente adjacente ao espectro visível, e sim o que tem um comprimento de onda deste
os 2500 até 16000 nm, com uma amplitude de frequências de 1.9 x 10 13 – 1.2 x 1014 Hz
Como as demais técnicas espectroscópicas, ela pode ser usada para identificar um composto
ou investigar a composição de uma amostra.
As energias associadas ao espectro infravermelho não são grandes o suficiente para excitar os
electrões, mas pode induzir excitação vibratória dos átomos com ligações covalentes. As
moléculas estão sempre sujeitas a uma grande variedade de vibrações, características dos seus
átomos, o que leva a que praticamente todos os compostos orgânicos absorvam radiação de
infravermelhos, que correspondem à energia destas vibrações. Os espectrómetros de
infravermelhos permitem obter a absorção espectral dos compostos, cuja é um reflexo da sua
estrutura molecular
Se a molécula receber radiação electromagnética com exactamente a mesma energia de uma
dessas vibrações, então a luz será absorvida desde que sejam atendidos a determinadas
condições. Para que uma vibração apareça no espectro IV, a molécula precisa sofrer uma
variação no seu momento dipolar durante essa vibração., isto é, quando o hamiltoniano
molecular correspondente ao estado padrão electrónico pode ser aproximado por um
oscilador harmónico quântico nas vizinhanças da geometria molecular de equilíbrio, as
frequências vibracionais de ressonância são determinadas pelos modos normais
correspondentes à superfície de energia potencial do estado electrónico padrão. Não
obstante, as frequências de ressonância podem ser em uma primeira aproximação
relacionadas ao comprimento da ligação e às massas dos átomos em cada ponta dela. As
ligações podem vibrar de seis modos: estiramento simétrico, estiramento assimétrico,
tesoura, rotação, wag e twist, que se encontram representados a seguir:
Funcionamento do espectrofotómetro de Infravermelho
A fim de se fazer medidas numa amostra, um raio monocromático de luz infravermelha é feito
passar pela amostra, e a quantidade de energia transmitida é registada. Repetindo-se esta
operação ao longo de uma faixa de comprimentos de onda de interesse (normalmente 4000-
400 cm-1) um gráfico pode ser construído, com "número de onda" em cm-1 no eixo horizontal
e transmitância em % no eixo vertical.
Quando olhando para o gráfico de uma substância, um utilizador experiente pode identificar
informações dessa substância nele. Esta técnica trabalha quase que exclusivamente em
ligações covalentes, e é de largo uso na Química, especialmente na Química orgânica. Gráficos
bem resolvidos podem ser produzidos com amostras de uma única substância com elevada
pureza. Contudo a técnica costuma ser usada para a identificação de misturas bem complexas.
A complexidade deste espectro é típica para a maior parte dos espectros de infravermelho, e
ilustra o seu uso para identificar substâncias. Cada pico corresponde a uma determinada
característica do material, por exemplo absorção de um solvente.
Usos e aplicações
Os espectrofotómetros FTIR são mais baratos do que os convencionais porque é mais simples
construir um interferómetro do que um monocromador. Em adição, a medida de um único
espectro é bem mais rápida nessa técnica porque as informações de todas as frequências são
colhidas simultaneamente. Isso permite que se faça múltiplas leituras de uma mesma amostra
e se tire a média delas, aumentando assim a sensibilidade da análise. Devido às suas várias
vantagens, virtualmente todos os espectrofotómetros de infravermelho modernos são de FTIR;
A espectroscopia da transformada de Fourier é uma forma menos intuitiva para obter essa
informação. Em vez de passar um feixe de luz monocromático através da amostra esta técnica
faz passar um feixe contendo muitas frequências de luz de uma vez só e mede quanto desse
feixe é absorvido pela amostra, de seguida o feixe é modificado para conter uma diferente
combinação de frequências. Este processo é repetido muitas vezes, após o qual essa
informação é colectado pelo computador que analisa de forma a inferir qual a absorção a cada
comprimento de onda.
Procedimento
Amostra A:
7,4 × 10−2
%H = × 5,030=25,57 %
2260 × 644
Amostra B:
7,4 × 10−2
%H = ×5,806 =30,99 %
2190 × 633
A 2090
R= , com A2000 a área do pico centrado a 2000 cm -1 e A2090 a área do pico
A2000 + A 2090
centrado a 2090 cm-1
Amostra A:
A 2090 0,94
R= = = 0,463
A2000 + A 2090 1,09+0,94
Amostra B:
A 2090 0,65
R= = = 0,302
A2000 + A 2090 1,50+0,65
4. Dado que a amostra B apresenta menor valor de R, podemos afirmar que a amostra B
tem maior grau de compactação
Conclusão
A espectroscopia de infravermelhos permite-nos de forma rápida e fiável identificar não só
compostos orgânicos (como foi exemplificado pela amostra de polímero) como os elementos
presentes nas amostras de Silício amorfo analisadas, bem como as formas como estes se
encontravam ligados com outros elementos, e permitindo-nos também aferir do grau de
compactação (que nos indica a qualidade da película) das películas de Silício depositadas.
Referencias
Guião do Trabalho Prático de Espectroscopia de Infravermelhos, DCM FCT-UNL, 2006
Anexo 1 – Espectro obtido para a amostra A
Anexo 2 – Espectro obtido para a amostra B