Trabalho 2 Motores
Trabalho 2 Motores
Trabalho 2 Motores
CAMPUS JOINVILLE
ENGENHARIA AUTOMOTIVA
Joinville
2023
Clarice Rodrigues de Oliveira
Joinville
2023
RESUMO
O objetivo deste trabalho é realizar uma análise comparativa entre três modelos de
transferência de calor: o modelo de Pethukov para troca de calor em dutos, o modelo
de Lorenz 1990 para transferência de calor em cilindros e o modelo Zapf para troca
de calor em portos. Além disso, será feita uma revisão bibliográfica do modelo de com-
bustão utilizado nesta simulação, conhecido como Wibe Functions. A análise desses
modelos permitirá uma compreensão mais aprofundada de suas diferenças, semelhan-
ças, vantagens e limitações em diversas aplicações. Isso fornecerá justificativas para a
escolha do modelo de transferência de calor utilizado neste estudo. Além disso, serão
analisadas as emissões calculadas pelo software AVL-BOOST, especificamente as
emissões relacionadas ao transporte de espécies clássicas e espécies gerais.
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1 MÉTODO PETHUKOV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 MÉTODO LORENZ 1990 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 MÉTODO ZAPF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4 WIBE FUNCTIONS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1 MOTOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2 GEOMETRIAS ADOTADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
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1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
"S"e pode ser ajustada para diferentes comportamentos do motor. A função Wiebe é
um modelo de correlação simples, que é adequado para simulações de ciclo de motor
de zero e uma dimensão (YELIANA et al., 2008). A função mais comumente utilizada
é conhecida como função single-Wiebe, que pode ser representada pela equação (1),
conforme demonstrado por (TRIELLI; KRIEGER, 2011)
" #
Θ – Θ0 m+1
Xb = 1 – exp –a (3)
ΔΘ
onde Xb representa o BMF (Burned Mean Fraction) é um parâmetro relacionado
à duração da combustão (parâmetro de eficiência da função Wiebe [1]), θ é o ângulo
de manivela atual em graus, θ0 é o ângulo de início da combustão, ΔΘ é a duração
da combustão em graus e m é o fator de forma (LINEMBURG, 2017). De acordo
com a equação (1), os principais parâmetros da função de Wiebe são a duração da
combustão (ΔΘ), o início da combustão (θ0 ) e o fator de forma (m). O parâmetro a na
função está relacionado diretamente à duração da combustão e não é um parâmetro
independente.
Por exemplo, se definirmos a duração da combustão como o período de queima
da fração de massa de 0% a 90% (0-90 MFB), o valor de a é fixo em 2,3026. Para uma
duração de combustão correspondente a 0-99,9% MFB, o valor de a é 6,9078. Esses
valores específicos de a estão relacionados à maneira como a duração da combustão
é definida e são utilizados para caracterizar a função de Wiebe em diferentes cenários
de queima.(YELIANA et al., 2008)
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3 DESENVOLVIMENTO
3.1 MOTOR
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: Autora,2023.
Fonte: Autora,2023.
Figura 5 – Bmep
Fonte: Autora,2023.
Capítulo 4. Resultados e discussões 16
Após atingir seu pico de eficiência entre as velocidades de 10,17 m/s (36,6
km/h) e 10,17 m/s (46,94 km/h), as curvas do BMEP (Brake Mean Effective Pressure)
começam a diminuir, resultando em uma queda na eficiência. Esse comportamento
pode ser influenciado pela velocidade média do pistão, tipo de combustível, taxa de
compressão e condições ambientais.
Foram geradas sete curvas relacionadas às emissões de espécies clássicas
(NOx, CO e HC em ppm) e espécies gerais (NOx, CO, CO2 e HC em ppm) em função
da rotação do motor (rpm). Essas curvas permitem a análise e avaliação do comporta-
mento das emissões dessas espécies em diferentes condições de operação do motor.
Elas estão representadas nas Figuras 6,7,8 e 9. As características dos gases de exaus-
tão, como a constante dos gases e as capacidades térmicas, são influenciadas pela
temperatura, pressão e composição desses gases. Essas propriedades podem ser de-
terminadas utilizando duas abordagens diferentes: o transporte de espécies clássicas
ou o transporte geral de espécies. No processo de Transporte de Espécies Clássicas,
são utilizadas equações de conservação para calcular os produtos da combustão, le-
vando em consideração a relação ar/combustível específica para eles, juntamente com
o vapor de combustível. Ao calcular as propriedades dos gases de escape, a relação
ar/combustível é usada para determinar a composição do gás, considerando o equi-
líbrio químico e a dissociação em altas temperaturas dentro do cilindro. No contexto
do Transporte Geral de Espécies, a composição do gás pode ser representada por um
conjunto de espécies arbitrário, que é especificado durante a simulação. O estudo de
D’Errico et al. (2002) ressalta que ao aumentar o número de espécies químicas con-
sideradas nos cálculos, há uma maior complexidade e precisão nos resultados. Isso
explica as diferenças encontradas entre as abordagens utilizadas. A inclusão de um
maior número de espécies permite uma análise mais detalhada e precisa, levando em
conta as interações entre os compostos presentes no sistema. Essa abordagem mais
abrangente contribui para uma análise mais completa e precisa das características das
espécies químicas, resultando em valores mais precisos (D’ERRICO et al., 2002).
Capítulo 4. Resultados e discussões 17
Fonte: Autora,2023.
Fonte: Autora,2023.
Fonte: Autora,2023.
Capítulo 4. Resultados e discussões 19
Fonte: Autora,2023.
Fonte: Autora,2023.
Fonte: Autora,2023.
Fonte: Autora,2023.
Fonte: Autora,2023.
de Woschni 1978 e Lorenz 1990, observou-se certas tendências nos dados. Ambos
os modelos mostraram uma redução nas emissões de NOx à medida que a rotação
aumentava. No entanto, as emissões de CO aumentaram para ambas as razões de
compressão acima de 4550 rpm, enquanto abaixo dessa rotação as emissões apre-
sentaram valores mais baixos sem um padrão claro. Por sua vez, as emissões de HC
diminuíram até aproximadamente 4550 rpm, mas começaram a aumentar novamente
após esse ponto.
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5 CONCLUSÃO
Com base na análise dos resultados deste estudo, podemos concluir que a
variação da razão de compressão apresentou pouco impacto nos valores de potên-
cia, torque e BMEP, conforme demonstrado nos gráficos comparativos. No entanto,
observou-se uma redução significativa no valor do BSFC para uma razão de com-
pressão de 10,85, indicando uma melhoria na eficiência energética do motor com o
aumento da razão de compressão. Além disso, foi observado que as variações na taxa
de compressão e na rotação afetam as emissões de poluentes. Taxas de compressão
mais altas resultaram em maiores emissões de NOX e HC, enquanto para HC uma
taxa de compressão maior resultou em uma menor emissão. Essas observações são
aplicáveis ao transporte clássico de espécies químicas. Ao analisar o transporte geral,
observou-se que um aumento na taxa de compressão resultou em emissões mais altas
de NO e CO2, enquanto as emissões de CO e HC foram reduzidas. Essas tendências
indicam a influência da taxa de compressão nas emissões de diferentes espécies quí-
micas durante o processo de transporte, sofrendo variações também com a rotação.
As variações desses parâmetros podem afetar significativamente a quantidade e o tipo
de poluentes emitidos pelo motor. É importante considerar esses fatores ao projetar e
operar motores visando a redução das emissões e o cumprimento de regulamentações
ambientais.
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REFERÊNCIAS
D’ERRICO, G.; FERRARI, G.; ONORATI, A.; CERRI, T. Modeling the Pollutant
Emissions from a S.I. Engine. SAE Transactions, SAE International, v. 111, p. 1–11,
2002. ISSN 0096736X, 25771531.
ZAPF, H. Heat Transfer from Flames in Reciprocating Engines. [S.l.: s.n.], 1969.