Livro TRIUNFO
Livro TRIUNFO
Livro TRIUNFO
José Andrade
Diretor Regional das Comunidades do Governo dos Açores
Luciana Nedel
INTRODUÇÃO
ANTECEDENTES DA COLONIZAÇÃO
Fonte: Brainly.com.br
O governo de Portugal acompanhava as aspirações dos ilhéus e,
através do Conselho Ultramarino, definia as estratégias geopolíticas
para a expansão territorial e populacional do Império ultramarino
lusitano. Em 31 de agosto de 1746, foi publicado, nas ilhas dos
Açores, um edital que abre inscrições para os casais que almejam
transferir-se para o Brasil. Por esse documento, o Rei acenava com
uma série de privilégios e regalias aos que quisessem lançar-se até o
local de origem por conta da Fazenda Real. O critério básico para
inscrição era uma idade limite de 40 anos para os homens, e de 30,
para as mulheres.
Quando desembarcassem no Brasil, as mulheres que
tivessem idade superior a 12 anos e inferior a 20, casadas ou
solteiras, receberiam uma ajuda de custo individual de 2$400 réis.
Os casais receberam 1$000 por cada filho. Os artífices receberam
7$200 de ajuda. Ao chegarem ao local de povoamento, receberam
“uma espingarda, duas enxadas, um machado, um enxó, um
martelo, um facão, duas facas, duas tesouras, duas verrumas, uma
serra com uma lima e travadoura, dois alqueires de sementes,
duas vacas e uma égua”. Enquanto preparava as terras para o
cultivo agrícola, esperando as primeiras colheitas, sustentadas pela
Fazenda Real. No primeiro ano, conforme edital: “se lhes dará a
farinha que se entende basta para o sustento, que são três quartas
de alqueire de terra por mês para cada pessoa, assim os homens,
como as mulheres, mas não às crianças que não tiverem sete anos;
e, aos que tiverem até quatorze, se lhes dará quarta e meia para cada
mês”. O edital prometia isenção do serviço militar para os homens.
Cada casal deveria receber uma data de terra de um quarto légua
quadrado, ou seja, 272 hectares. No caso de uma família ser muito
numerosa e necessitar de maior quantidade de terras para cultivar,
poderiam fazer a solicitação. O edital ainda previa a vinda de casais
de estrangeiros, desde que não pertencessem a outras nações que
tivessem domínios na América. Para melhor disciplinar o assunto,
a Coroa resolveu estabelecer em 4.000 o número máximo de
casais que deviam ser transportados; e para facilitar, bem como
ordenar o referido transporte, arrematou-se a Feliciano Velho
Oldenberg, que no ano seguinte desembarcava no Rio de Janeiro
os primeiros contingentes. O único critério de seleção era o limite
de idade e a prática da religião católica. Dadas estas providências,
outro documento disciplinou o seu estabelecimento no Brasil.
Por este documento, se vê que os casais deveriam ser fixados em
número de 60 nas terras devolutas de cada localidade, onde se faria
a distribuição das datas. Entre as dadas assim distribuídas, deveria
destinar-se uma légua quadrada para o logradouro público. Nele,
deveria ser assinalado o quadrado da praça, que seria de quinhentos
palmos de face, e um dos lados deveria edificar a Igreja. Como se
vê, trata-se do planejamento de núcleos habitacionais que seriam
as futuras vilas ou cidades do Brasil Colonial.
Cultivadores de trigo, de cevada, de legumes, de vinho, de
frutas, de hortaliças, criadores de ovelhas e de gado, agricultores, os
açorianos eram pequenos agricultores ou pequenos proprietários.
Agricultores de tradição, entre eles, os homens se distinguiam quase
que exclusivamente pela sua maior ou menor riqueza agrícola. A
opulência era avaliada pela quantidade de trigo que recebiam dos
seus rendeiros. No Sul do Brasil, a formação pecuarista definia
a riqueza num mercado fundado no gado, e que teve como
referência histórica o território da antiga Colônia do Sacramento
do rio da Prata, cuja economia baseava-se na criação de gado e
aproveitamento e comércio de couros. Dessa atividade econômica,
participavam os portugueses da Colônia do Sacramento, espanhóis
de Buenos Aires, Santa Fé e Corrientes. Em 1695, o porto do Rio
de Janeiro exportava 5.000 couros de procedência platina e sul-
rio-grandense, o que mostra a importância deste comércio, que
atrairia também os açorianos, além dos lagunenses e paulistas que
motivaram a valorização econômica e a interação do rio Grande do
Sul a partir da rota Sacramento-São Paulo.
Os conflitos entre espanhóis e portugueses pela posse da
Colônia do Sacramento determinaram a ocupação do território
Rio-Grandense cujo valor econômico foi destacado pelo brigadeiro
José da Silva Paes: “Ainda não se sabe lá dos grandes e fortíssimos
campos deixados de seus domínios desde o Rio Grande e Serra de
São Miguel a Passo de Chuí...”A defesa da Colônia do Sacramento
tornava onerosas as ações militares lusitanas. Era necessário ocupar
a área almejada para edificar uma barreira à expansão espanhola.
Nesse contexto, surge a iniciativa de promover o povoamento com
ilhéus.
O documento oficial disciplinador dos núcleos de
povoadores refere-se a povoados de 60 casais como número
ideal para povoamento, porém, o deslocamento dependia da
disponibilidade de transporte marítimo para o envio, conduzindo
números diferenciados de casais que começam a chegar em grande
número ao porto de Rio Grande, a partir de 1752. Um documento
enviado junto com o ofício de 22 de setembro de 1780, do vice-rei
Luís de Vasconcelos e Souza para o governador Sebastião Xavier da
Veiga Cabral da Câmara, traz o nome dos primeiros colonizadores:
“Relação dos primeiros casais e filhos dos ditos que foram para o Rio Grande
na Sumaca N. Sra. da Conceição, Santo Antônio e Almas, de que é mestre José
Joaquim de Freitas Lisboa.
José Rodrigues e sua mulher Ana Jacinta. Filhos: Manuel, Maria, Ana e Rosa.
João Duarte e sua mulher Teresa Maria. Filhos: Manuel, José, Antônio, João,
Maria, Tereza e Catarina.
Cada um destes cabeças de casal recebeu uma enxada, uma espingarda,
uma serra, uma foice, um machado, uma picareta, uma enxó, uma fechadura e
um martelo.
Casais que ficaram para ir na primeira ocasião que se oferecer:
1. Jorge da Serra e sua mulher Josefa Teresa. Filhos: Francisca, Antônia,
José, Ana e Maria.
2. Manuel Francisco e sua mulher Maria Rosa. Filhos: José, Manuel,
Maria, Ana e Rosa.
3. José Antônio e sua mulher Rosa Clara. Filhos: Francisca, Antônio,
Catarina e Maria.
4. Antônio Inácio da Silveira e sua mulher Maria Jacinta. Filhos:
Manuel, Diogo, Mariano, Antônio.
5. João Francisco de Souza e sua mulher Genoveva Inácia. Filhos: José, Manuel,
Clara, Teresa, Mariana e Mariana Rosa, cunhada dos ditos.
6. Antônio Alvarás, solteiro”.
A VIAGEM
Mapa das localidades do Litoral do Continente de São Pedro 1780. Fonte: organizado por Marcos
Daniel S. Aguiar
Vista da rua dos plátanos para a confluência do rio Taquari e Jacuí em Triunfo.
BIOGRAFIA
Mapa das rotas dos tropeiros depois de 1680, indo até a colônia do Sacramento pelo
litoral. Fonte; https://radiocaxias.com.br/portal/noticias/definido-o-novo-trajeto-da-
rota-dos-tropeiros-63300
Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos, nascido em 1690
(algumas fontes discordam, propondo que ele teria nascido em
1691) na vila de Santa Cruz, Ilha da Madeira, filho de João Pestana
Veloso e dona Antônia Muniz, não irei comentar sobre sua infância
e mocidade da Ilha da Madeira devido à falta de informações e de
livros sobre essa parte da vida de Jerônimo de Ornelas, sabe-se que
veio para o Brasil antes de 1721 estabelecendo-se inicialmente em
Minas Gerais, mudou-se após para Guaratinguetá, São Paulo por
volta de 1721, onde foi padrinho de batismo de algumas crianças,
contraiu núpcias em 1723, com dona Lucrécia Leme Barbosa,
nascida nesta mesma cidade, a título de curiosidade Jerônimo
e Lucrécia ainda mantiveram uma porção de terras na região de
Morro das Pitas, próximo a Guaratinguetá, a qual fizeram a doação
dessas terras para a Capela de Nossa Senhora Aparecida, em 1751,
visto que já não pretendiam voltar a São Paulo. Com Lucrécia,
Jerônimo teve dez filhos, ao qual sua descendência é toda feminina
já que o casal teve oito filhas que casaram e os dois filhos faleceram
solteiros, uma de suas filhas, Antônia da Costa Barbosa casou-se
com Manoel Gonçalves Meirelles, desse casal nasceu Perpétua da
Costa Meirelles que deu a luz ao general Bento Gonçalves da Silva,
líder da Revolução Farroupilha, sendo bisneto de Jerônimo de
Ornelas.
Certidão de batismo de Jerônimo de Ornelas. Fonte; http://genearc.net/index.
Transcrição do texto: Em os dezoito dias do mes de janeiro de mil e seiscentos e noventa e tres annos,
eu o Cura Domingos da Matta, nesta Igreia do Salvador da vila de Sancta Cruz, baptizei e pus
os santos oleos a Antonio, digo, a JERONIMO, filho de Joam Pestana de Velosa e de sua mulher
Dona Antonia Monis da Costa, moradores nesta vila, freguezes desta Igreia, foi padrinho Manoel
de Menezes Tello, morador na vila de Machico, que assinou este termo era ut supra.
Imagem retratando uma parte da ascendência de Bento Gonçalves da Silva, fonte; https://
gw.geneanet.org/valdenei
Carta de 1754, que cita a carta de 1740, onde concede a Jerônimo de Ornelas, a Sesmaria de
Santana, fonte; http://www.assi.com.br/santaisabel.htm
Transcrição do Texto; Sesmaria de Santana. Concedida a Jerônimo de Ornelas Menezes e
Vasconcelos por carta de 5 de novembro de 1740 – assinada por Dom Luiz de Mascarenhas,
Comendador da Ordem de Cristo, do Conselho de Sua Majestade e Capitão General da Capitania
de São Paulo e Minas Gerais, em nome de Sua Majestade Confirmada por Carta Régia de 23
de janeiro de 1744 e registrada a 11 de dezembro do mesmo ano no Livro de Ofícios e Mercês de
Lisboa, no Porto de Viamão, Visada a 20 de julho de 1754 pelo Governador; Conde de Bobadela
General Gomes Freire de Andrade – Obras e benfeitorias iniciais.
Quando recebeu a carta de doação das terras de D. Luís
Mascarenhas, Jerônimo de Ornellas já ocupava o local com
aproximadamente cem pessoas, contando com sua família parentes
e agregados, logo o local passou a ser conhecido como Sítio do
Dorneles, tendo também o Porto do Dorneles que ficava na foz de
um pequeno riacho, onde atualmente está localizada a Ponte de
Pedra do Largo dos Açorianos. A estância de Jerônimo de Ornelas
fazia limites com outras estâncias; ao Norte, a estância de Pinto
Bandeira, sendo a divisa o Rio Gravataí; a Leste a propriedade
de Jerônimo Xavier de Azambuja, tendo a divisa o atual arroio
Feijó e seu afluente mais tarde conhecido por arroio Dornelles;
ao Sul o latifúndio de Sebastião Francisco Chaves, tendo a divisa
o rio Jacareí (mais tarde chamado de arroio Dilúvio); a oeste era
banhada pelas águas do Guaíba. De acordo com pesquisadores,
estima-se que a estância de Jerônimo tinha 14 mil hectares.
Célia Ávila
A CARREIRA MILITAR
Fazenda Leonche
A carreira militar era mesmo a vocação de Bento, o que só se
manifestaria, definitivamente, na idade adulta, quando chegou aos
23 anos.
Em 1811 apresenta-se à Companhia de Ordenanças de D.
Diogo de Souza, que preparava a invasão da Banda Oriental
(atual Uruguai). Ao final da guerra, desincorporado como cabo,
estabelece-se uma fazenda com criação de gado e uma casa negócios
de produtos pastoris e outros, em Cerro Largo (atual Melo, no
Uruguai).
Aos poucos, devido à sua habilidade militar, ascendeu de posto,
chegando a coronel em 1828, quando foi nomeado comandante
do Quarto Regimento de Cavalaria de 1a. linha, estabelecido em
Jaguarão. Passou a exercer também os postos de comandante da
fronteira e da Guarda Nacional naquela região.
Provavelmente já era maçom nessa época, pois consta que
organizou várias lojas maçônicas em cidades da fronteira. É certo,
contudo, que sua influência política já era grande, pois o posto
de comandante da Guarda Nacional era um cargo eminentemente
político.
Pouco depois, em 1814, compra uma estância chamada
Leonche e se fixa em definitivo na região. Aí conhece Caetana
Garcia, aquela que seria sua esposa. Nessa data ele tinha 26 anos.
Juntos tiveram os filhos: Joaquim, Bento, Caetano, Leão, Marco
Antônio, Maria Angélica e Ana Joaquina. Caetana era considerada
uma mulher guerreira e muito empenhada na proteção de sua
família, descrita como uma bela uruguaia de olhos verdes, sendo
que jamais renunciou sua língua pátria.
Bento Gonçalves e Caetana Garcia –
https://almanaquenilomoraes.blogspot.com/2020/02/dona-caetana-primeira-dama-da-republica
Célia Ávila
BENTO GONÇALVES NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA
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Em 1832, Bento Gonçalves foi indicado para ser o comandante
da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul, um dos cargos de
maior importância na província. Soube utilizar essa posição por
ocasião da Revolução Farroupilha. Neste cargo comandava todos
os corpos da guarda Nacional, cujos oficiais, eram membros da
elite regional.
Em 1833 foi denunciado pelo Marechal Sebastião Barreto
Pereira Pinto, comandante das armas na província, por proteger o
caudilho uruguaio Lavalleja. Foi, então, chamado a se explicar no
Rio de Janeiro. De lá, saiu vitorioso, mas não voltou à província
como comandante de fronteira, embora tivesse conseguido que
fosse nomeado para presidente da Província, Antonio Rodrigues
Fernandes Braga, o qual Bento derrubaria do poder em 1835,
quando se iniciava a Revolução Farroupilha.
Quando retornou ao Rio Grande do Sul, continuou com suas
idéias liberais e afastava-se, cada vez mais, de Braga que era tido
como prepotente e arbitrário pelos Farrapos.
Em abril de 1835, Bento Gonçalves foi eleito para a primeira
Assembléia Legislativa da Província. Na primeira reunião, Bento já
foi apontado como um dos deputados que queriam a separação do
Rio Grande do Sul do restante do Brasil.
Foi a partir daí que se acirravam as acusações mútuas entre
os liberais e os conservadores. Os jornais se encarregavam de
publicar as falas dos dois lados. Enquanto isso, Bento Gonçalves
prenunciava a tomada do poder, que teve início em 20 de setembro
de 1835.
No dia 21, Bento Gonçalves entrou em Porto Alegre ficando
por pouco tempo. Deixou a cidade para comandar as tropas
revolucionárias que operavam na Província. Chefiou as tropas
Farroupilhas até o dia 2 de outubro quando foi preso, junto com
outros líderes, no combate da ilha de Fanfa, em Triunfo, terra onde
nasceu e viveu sua infância.
https://jornalibia.com.br/destaque/de-preso-a-presidente-da-republica-rio-grandense/
http://www2.al.rs.gov.br/memorial/ImagensGerais/ImagensHist%C3%B3ricasII
https://www.facebook.com/PHBENTOGONCALVES/
BIBLIOGRAFIA
https://www.jornaldocomercio.com › especiais › 2020/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Farroupilha_%28Triunfo%29
https://almanaquenilomoraes.blogspot.com/2017/07/a-morte-de-bento-
goncalves.html
https://jornalibia.com.br/destaque/de-preso-a-presidente-da-republica-rio-
grandense/
Tabajara Ruas – Os Varões assinalados, Montenegro:AAF; Triunfo
COPESUL.2000 – LIVROS 1;2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10.
História Ilustrada do Rio Grande do Sul
https://almanaquenilomoraes.blogspot.com/2020/02/dona-caetana-primeira-
dama-da-republica
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/viagem/noticia/2016/09/
conheca-tres-cidades-que-guardam-vestigios-da-revolucao-farroupilha-7514199.
html
Flávio Augusto Canto Wunderlich
TEATRO UNIÃO,
Rua Luiz Barreto, 1912,
Triunfo
Faleceu na sua cidade adotiva em julho de 1888, e está sepultado
em um túmulo único, com formato de torre em um antigo
cemitério na rua Antônio Canabarro. Na placa existente consta
a seguinte descrição: “Túmulo de Luiz Barreto. Neste túmulo jaz
o ilustre cidadão triunfense Luiz José Ribeiro Barreto nascido em
Santo Antônio da Patrulha em 25.08.1808 veio para Triunfo aos
18 anos onde permaneceu até 1888”
Manoel José Ribeiro, cas. Cândida Clementina de Oliveira, nasc. Santo Antônio
da Guarda Velha, são país de:
F-1 Luiz José Ribeiro, nasc. 25/08/1808 e +24/07/1888 cas. Rosa Maria de
Jesus, em Triunfo, em 22/11/1828, viúva de Gabriel Antônio Ferreira. Após o
casamento, passou a usar o sobrenome Barreto.
F-2 Floriano José Ribeiro, lº cas. Maria Madalena Andrade e são pais de:
(Também acrescentou o sobrenome Barreto como o irmão)
N-1 Floriano José Ribeiro Barreto, nasc. em Santo Antônio. 1° cas. Edwirges
Alves Massena, 2º cas. Adolfina Lampert
N-2 Manoel José Ribeiro Barreto, 1° cas. Maria Cândida de Andrade, pais de:
Bn-2 Maria das Dores Ribeiro Barreto, cas. Francisco de Paula Fernandes
Bn-3 Francisco José Ribeiro Barreto, cas. Cândida Saraiva.
Bn-4 Floriano Ribeiro Barreto, 1° cas. Eduwirges Alves Massena 2° cas. Adolfina
Lampert.
N-2 Manoel José Ribeiro Barreto, 2° cas. Maria Idalina de Andrade são pais de:
Bn-5 Manoel José Ribeiro Barreto Filho, 1° cas. Maria Amália Lampert são
pais de:
BN-5. Manoel José Ribeiro Barreto Filho, 2° cas. Clementina Lampert,são pais
de:
3n-11 Clemente Milton Ribeiro Barreto, cas. Nely Theresinha Bueno são pais de:
4n-1 Christine Bueno Ribeiro Barreto Lenhard, cas. José Roberto Lenhard e são
pais de:
3n-12 Aida Maria Ribeiro Barreto, cas. Irineo Camargo. Obs. Manoel José
Ribeiro Barreto havia sido noivo de Ernestina Maria Lampert, que faleceu
durante o período de noivado. Ela era irmã de suas duas esposas.
Obs. Maria Cândida e Maria Idalina de Andrade eram irmãs. Mario Amália
Clementina e Alvina Lampert eram irmãs.
Odila Lourdes Rubin de Vasconcelos
Nasceu em 06 de fevereiro de 1955
em Caiçara/RS, última filha de uma
família italiana de 10 irmãos, pai Francisco
Cesar Rubin e mãe Graciosa Luísa
Gardin Rubin. Formada em Magistério
pela Escola Nossa Senhora Auxiliadora
em Frederico Westphalen e Letras pela
URI – Universidade Regional Integrada
em Frederico Westphalen. Trabalhadora
aposentada da Extensão Rural – Emater/
RS-Ascar, atuou em Seberi, Frederico
Westphalen, Butiá, Porto Alegre e Triunfo.
Foi diretora de Seguridade da FAPERS
– Fundação Assistencial e Previdenciária
da Extensão Rural no Rio Grande do Sul.
Hoje residente em Triunfo/RS, casada com
Antônio de Vasconcelos Rocha, mãe de
Lourelisa, Jonas e Álvaro. Idealizadora da
Fundação Cultural Qorpo-Santo e defensora
da importância e relevância deste nobre filho e sua obra literária e dramatúrgica.
Premiada em várias edições do Concurso de Poesias Reinaldo Leal em Triunfo.
Escritora de Esquetes e Peças Teatrais. Escritora integrante do Livro Atores
Luso-Brasileiros 2020 pela Sala Açoriana de Triunfo. Conselheira do Conselho
Comunitário Consultivo do Polo Petroquímico do Sul. Empresária na nova
economia.
Depois de ter a oportunidade de assistir, ler inúmeros trabalhos literários,
livros, ver peças teatrais e participar de palestras sobre sua vida e obra, escrever
aqui pode ser um trabalho simples ou complexo, depende do ponto de vista.
Vou tentar tornar essa tarefa aprazível.
Considero-me uma pessoa apreciadora da obra literária e dramatúrgica de
Qorpo-Santo e estar envolvida desde 2007 com pessoas que pesquisam, escrevem
e encenam sua obra, isto me trouxe uma bagagem que quero compartilhar de
forma generosa e quem sabe interessante.
É um privilégio poder dissertar sobre um dos nomes dos protagonistas deste
livro, José Joaquim de Campos Leão Qorpo-Santo em 2021, na década em que
comemoraremos seu bicentenário de nascimento (2029).
JOSÉ JOAQUIM DE CAMPOS LEÃO *QORPO-SANTO
Contexto Histórico:
Na primeira metade do século IXX, o Brasil passava por uma série
de conflitos armados por disputas de território entre portugueses,
espanhóis, imperiais e republicanos. Aqui na Província de São
Pedro, o nosso Rio Grande do Sul teve a Revolução Farroupilha
de 1835 a 1845. Triunfo por ser a terra natal do General Bento
Gonçalves, um dos grandes protagonistas desse embate e território
que foi palco de vários combates, inclusive na Ilha de Fanfa onde o
próprio General Bento foi preso e, incontáveis farroupilhas foram
mortos ali.
Um pouco antes deste período de batalhas da Revolução
Farroupilhas nasceu em Triunfo o nosso personagem José Joaquim
de Campos Leão, em 19 de abril de 1829, um ariano inquieto, mas
seguro de si e de suas ideias.
A família de QS:
Trineta
TATARANETOS – 6ª geração
*Aloma – filha de Walkyria – Bacharel em Publicidade e
Propaganda, empresária, falecida em 2017; Deixou a filha Agatha.
( da sétima geração)
*Douglas – filho de Walkyria – Bacharel em Administração,
atua no Banco do Brasil – como Gerente;
*Júlia – filha de Addy – Bacharel em Administração, pós
graduada, atua em escritório;
*Bruno – filho de Addy – Bacharel em Direito, pós graduado,
possui escritório;
*Roberta – filha de Adriana – um filho, Carlos Eduardo da
sétima geração de Qorpo-Santo;
*Rodrigo – filho de Adriana – Cursa Administração na UFSC;
*Rafaela – filha de Adriana – estudante do ensino médio.
*Filipe – meu neto –filho de Andréa. Cursa Desenho Industrial
na UFSM, juntamente comigo, aos 8 anos lançou um livro em
homenagem à escola onde estudava, escreve poesias, toca violão e
piano.
*Luísa – minha neta –filha de Andréa. Trabalha em Curso de
Idiomas;
*Venâncio – filho do Júlio – estudante;
*Artur – filho do Artur – estudante;
*Henrique – filho de Henrique – estudante.
*Bento – filho de André, neto de Adí.
TATARANETOS – 7ª geração
*Agatha – filha de Aloma – estudante;
*Carlos Eduardo – filho de Roberta – estudante.
Após essas inéditas informações sobre os descendentes da
segunda filha de Qorpo-Santo, Lídia Marfísia vamos retornar ao
nosso personagem, agora um cidadão trabalhador, questionador,
propositivo, por vezes rebelde, mas muito inteligente e obstinado
por Justiça, tanto que até teve um jornal com esse nome.
QORPO-SANTO CIDADÃO
Esteve em Alegrete por
motivos de saúde, uma
moléstia do peito, durante
os anos de 1857 a 1961.
Nesta época o nosso jovem
cidadão José Joaquim já se
destacava por sua cultura,
habilidade com as pessoas
e espírito elevado quanto
ao seu propósito de vida
em sociedade. Na cidade de
Alegrete, podemos dizer que,
participou ativamente da
política como vereador eleito,
da ordem pública como subdelegado, da imprensa como jornalista
para o periódico local, da cultura como professor e fundador do
colégio Alegretense de primeiro e segundo grau e, atuou também
como comerciante.
Hoje em sua homenagem Alegrete promove a “Parada do
Orgulho Louco” aprovada por Lei Estadual 14.783/15 tendo
como tema principal a Saúde Mental.
Aqui em Triunfo denominada através da Lei 432 de 30 de
setembro de 1981 temos a Escadaria Qorpo-Santo, que fica ao
lado da casa onde QS nasceu e ali encenam esquetes teatrais e
declamam poesias, no dia de seu aniversário de nascimento 19 do
mês de abril e, neste mesmo dia 19 é homenageada também outra
ilustre triunfense Ida Hermínia Kerber, Iracema de Alencar que
tem um capítulo especial neste livro.
V á r i a s
tratativas já foram
lideradas pela
Fundação para
resgatar a casa
onde nasceu QS,
porém sempre
algum empecilho
aparece..., mas movimentos envolvendo escolas são frequentes e as
ruínas da casa sempre servem de cenário para o abraço.
Voltando ao nosso personagem
Escolheu o seu codinome “Qorpo-Santo” aos 34 anos, quando
acreditava estar imbuído de missão divina. A justificativa era
viver afastado do mundo das mulheres. Se o corpo se pretendia
santo, o mesmo não se pode dizer dos textos. Era um homem que
tinha bons contatos com pessoas importantes na área da cultura
e em 1862 iniciou um trabalho de criação de uma gramática
diferenciada onde, por exemplo, a palavra qorpo escrito com Q.
Vou transcrever aqui o que o próprio Qorpo-Santo propôs sobre a
reforma da ortografia:
Sobre Ortographia
A Ensiqlopédia:
A recepção da obra
Referências Bibliográficas
https://biblioteca.pucrs.br/acervos/colecoes-na-biblioteca/
acervos-especiais/qorpo-santo/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/qorpo-santo
http://otriunfense.com.br/seminario-sobre-qorpo-santo-
lembra-que-morto-que-e-amado-nunca-para-de-morrer-como-
assegura-mia-couto/
h t t p : / / w w w. r e p o s i t o r i o . u n i c a m p . b r / b i t s t r e a m /
REPOSIP/330464/1/Goncalves_MariaClara%20_D.pdf
Vista do Revisitando a dramaturgia de Qorpo Santo em seu
contexto original (usp.br)
As Charqueadas
JMaia – maior diretor de cena e contra regra uma das mais lúcidas
memórias do teatro, da televisão e do cinema brasileiro morador do
retiro dos artistas, e chama-se jmaia. Nasceu em 1941 em Manaus.
Ao decidir ser artista partiu no navio almirante alexandrino com
14 anos chegou direto a praça Tiradentes, indo para o teatro Silva
Filho no teatro Carlos gomes, j maia e um dos mais conceituados
cenógrafos, contra regra e ensaiador, consagrando-se já com 14
anos no domínio da profissão, chamado pelo seu diretor de gênio
da ribalta, ou para muitos a joia da ribalta maia e dono de uma
das mais brilhantes história querido das grandes damas como BiBi
Ferreira, Iracema de Alencar, Ducina de Morais, onde ele grada
centenas de fotos e sua bulhaste memoria, 60 anos dedicado ao
teatro fala da grande contribuição de dona Iracema na fundação
do Retiro ao lado Leopoldo Froes, onde hoje nosso retiro faz
homenagem a essa grande dama do teatro Brasileiro dona Iracema
com nosso teatro aqui que tem o nome de “teatro Iracema de
Alencar”.
Retiro dos artistas
Retiro dos Artistas, também conhecido como Casa dos Artistas,
localizado em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, é uma instituição que
acolhe artistas idosos que passam por dificuldades financeiras
e emocionais, são abandonados pela família ou não têm onde
morar. Os internos abrigados no local recebem alimentação,
fazem fisioterapia e passam até por cuidados em um salão de
beleza. Seu funcionamento depende de doações de dinheiro,
roupas, alimentos, eletrodomésticos, móveis e também de trabalho
voluntário.
Mais forte que as histórias de edificações, são as histórias das
pessoas. O Retiro dos Artistas é um local habitado por muitas
memórias de muita gente cheia de coisas a dizer.
Nas primeiras décadas do século XX, o teatro e algumas
outras formas de arte no Brasil, muitas vezes, recebiam apoio de
empresários europeus, principalmente portugueses. Contudo, um
fato abalou essa estrutura. Em 1914, começou a Primeira Guerra
Mundial e a Europa entrou em uma crise econômica. Muitos dos
empresários que apoiavam os artistas brasileiros e estrangeiros (que
viviam aqui) tiveram que cortar gastos. Sendo assim, muita gente
ficou desamparada.
Há quem diga que são nos piores momentos que vêm as melhores
ideias. Nesse caso, essa fez sentido. Em 1915, um grupo de donos
de companhias de atores, liderado por Leopoldo Fróes, deu início
a primeira tentativa de se organizar uma instituição que socorresse
o artista idoso e desempregado, que não podia mais contar com as
aposentadorias informais que eram pagas por empresários.
A inspiração para essa ideia veio da Association dês Séccours
Muteuels dês Artistes Dramatiques Français, criada pelo Barão
Taylor nos arredores de Paris para amparar artistas aposentados. A
versão brasileira da Associação francesa foi oficialmente fundada
em 13 de agosto de 1918, no teatro Trianon, por 68 profissionais.
A diretoria foi eleita seis dias depois, no velho Cine Teatro Pathé.
O nome era Casa dos Artistas
Para homenagear o ator João Caetano, a data oficial da fundação
passou a ser dia 24 de agosto de 1918. A partir daí, a data de
aniversário de morte de João passou a ser comemorada como o
Dia do Artista.
“No final do século XIX e início do século XX, muitos artistas
brasileiros se sentiam prejudicados pelas companhias de teatro
estrangeiras, que tinham mais apoio financeiro que as nacionais.
João Caetano lutou muito por essa igualdade. Homenagem mais
do que justa essa feita para ele”, afirma o historiador Maurício
Santos.
Com o tempo, a Casa dos Artistas passou a precisar de cada
vez mais apoio e se uniu ao trabalho assistencial do Retiro, em
Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Virou
Retiro dos Artistas.
Apoio que ainda é muito necessário. O funcionamento do
Retiro depende de doações de dinheiro, roupas, alimentos,
eletrodomésticos, móveis e também de trabalho voluntário.
Atualmente, os residentes do Retiro têm aulas de yoga,
fisioterapia, tratamentos odontológicos, salão de beleza e
hidroginástica. Além de atenção, amor e carinho, que são muito
mais importantes. Isso sem contar que os artistas que moram lá
ainda expõem seus trabalhos em um centro cultural e dão aulas
para iniciantes. Artista é artista. Iracema de Alencar consta sua
assinatura como uma das fundadoras junto com Leopoldo Froes
e outros atores, e ali foi construído um lindo teatro e a ela foi
conferido a homenagem de denominar o teatro do retiro teatro
Iracema de Alencar
CLAUDIO EHLERS
VÂNIUS OLEGÁRIO
MACHADO
( OLEGÁRIO TRIUNFO)
Em 1998, uma de
suas maiores tristezas,
Sua esposa, Tereza
quando perdera sua
amada esposa Tereza. Com o luto, interrompeu sua arte.
Na lápide da esposa, encontra-se um poema de autoria do
próprio Olegário, transcrito a seguir:
“Menina
Menina linda, linda menina,
te conheci jovem ainda.
Felicidade, Amor que não finda,
namoro, noivado, casamento
nas nossas vidas, grandes momentos.
Meu sogro Bento, Minha Sogra Emídia
obrigado por terem me dado
a Tereza minha esposa minha namorada, minha Santa,
minha noiva, meu grande Amor.
companheira amada, minha luz.
minha Deusa, meu tudo,
minha lagrima, minha paixão
minha Virgem Maria,
do tanto que te amo,
as palavras
que te diria todos os Poetas do Mundo,
não inventaram
Ainda.”
Somente dois anos mais tarde, a dor sendo amenizada pelo
tempo, mas jamais esquecida em seu coração, pintou um único
quadro, de Nossa Senhora grávida, que lhe rendeu uma menção
honrosa e um prêmio no concurso
Jesus Cristo - Novo Milênio na Mitra
de Porto Alegre. Em 1964, durante a
Ditadura Militar, aos seus 30 anos,
foi perseguido e preso em regime
domiciliar, durante um mês, sob
acusação de conduta insurgente e
comunista. Na prisão, foi acometido
de uma úlcera que o levaria à morte
anos depois. Na época da anistia,
o Estado do Rio Grande do Sul o
indenizou pelo período em que esteve preso. A prisão não refletiu
em sua arte, mas infelizmente afetou sua saúde pois além da ulcera,
teve que receber tratamento psicológico. Tudo isto ocorreu antes
de começar a expor seu trabalho nos anos 70.
Vânius Olegário foi candidato e eleito vereador, pelo
MDB, no município de Triunfo em 1972, exercendo mandato
entre 1973 e 1976. Enquanto vereador, priorizou a cultura.
A Semana Cívico Cultural de Triunfo – foi um projeto
seu. Assim como o Camping da cidade, e a criação de uma
estrada asfaltada ligando o Polo Petroquímico à Triunfo.
Importante registrar uma das maiores batalhas perdidas por Vanius
Olegário, um sonho não concretizado. Lutou incessantemente
para trocar os restos mortais de Bento Gonçalves que estão na
Praça Almirante Tamandaré em Rio Grande, pelos restos mortais
do próprio Almirante Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil,
nascido em Rio Grande, que se encontram no Rio de Janeiro,
sem sucesso. Como vereador comprou brigas ao batalhar pela
aprovação de um projeto seu que propunha o tombamento dos
prédios do Centro Histórico do
município, também uma realidade
importante nos dias atuais. “Quando
estou fazendo um quadro, penso
que é melhor mostrar para as
pessoas, presas em apartamentos e
automóveis, a pureza do interior e a
calma que existe na minha cidade. [...]
Eu quero mostrar a criança de pé no
chão, o misticismo, a crença em algo
superior”. (OLEGÁRIO apud AGLAUROS, 1982, pg.21).
A religiosidade da pacata Triunfo e que não se vê mais na
cidade grande foi motivo frequente em seus retratos, nos casarios
e procissões.
Triunfo de Olegário.
De tanto amor pela cidade
Adotou “Triunfo” em seu nome.
Pintor desde a tenra idade
Autodidata, simples... um grande homem.
Fonte de pesquisa:
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Olegario -Triunfo/289867.html
João Batista Garcia
João Batista Garcia (1971) nascido em
Triunfo, Rio Grande do Sul, Brasil, é advogado
pós-graduado, escritor, músico e boêmio.
Publicou 50 crônicas no Jornal Sentinela, na
coluna “Obras que Fazem a Cabeça”, de sua
criação; o conto “Reflexos”, que faz parte da
Antologia “Entre tantos, Nós”, organização
Tiago Novaes Lima. - 1.ed. -- São Paulo: Delalus,
2020; e a crônica de viagem “Lusas origens”,
que faz parte do Livro Autores luso-brasileiros
2020 – Sala Açoriana de Triunfo. Porto Alegre:
Edições Caravela / Autor LB. 2020. Certificado
como Autor Luso-Brasileiro pelo ICP - Instituto
Cultural Português, em 2021. Escritor no blog
Panapanã (www.panapana.medium.com/) desde
fevereiro de 2021.
Música gaúcha!
A Gênese
Do desbravamento da Capital.
Da obra transcendente:
Da riqueza:
Depoimento do autor: