Lixoespacial3 PDF
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coordenador
Prof. Me. Marcelo Luciano Martins Di Renzo
Atendimento
[email protected]
Anais do IV Congresso Internacional de
Direito Ambiental
Internacional
Encontro Internacional sobre Estratégia e
Economia Azul
governança ambiental global
Santos
2016
[Dados Internacionais de Catalogação]
____________________________________________________________________________
ISBN: 978-85-60360-65-9
e-book
______________________________________________________________________________
Sobre o Ebook
Formato: 160 x 230 mm • Mancha: 110 x 180 mm
Tipologia: Goudy Old Style (textos/títulos)
Os textos conferem com os originais, sob responsabilidade dos (as) autores (as).
Distribuidora Loyola
Rua São Caetano, 959 (Luz)
CEP 01104-001 – São Paulo – SP
Tel (11) 3322.0100 – Fax (11) 3322.0101
E-mail: [email protected]
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................9
Uma vez mais, agora em sua IV edição, cumprindo o papel que lhe
cabe enquanto instituição geradora, promotora e difusora de novos olha-
res da ciência do Direito sobre as complexas questões ambientais, os Pro-
gramas de Doutorado em Direito Ambiental Internacional e Mestrado
em Direito Ambiental e Direito Internacional da Universidade Católica
de Santos realizam o seu congresso internacional.
Os trabalhos aprovados neste IV Congresso Internacional de Direi-
to Ambiental Internacional, que conta uma vez mais com o apoio cientí-
fico da CAPES e o patrocínio de Pinheiro Neto Advogados Associados,
buscam provocar, debater e responder a algumas dessas demandas acadê-
micas e sociais e revelam que a Academia se propõe a ser o foro privile-
giado da evolução de conhecimentos nessa nova área interdisciplinar do
Direito.
Nestes Anais do Congresso, o leitor encontrará trabalhos de diver-
sas origens, que foram avaliados por pesquisadores de universidades do
Brasil e do exterior, que se debruçam na análise, mesmo que contida, de
questões intrincadas e complexas relacionadas com problemas ambien-
tais estratégicos atuais, a partir do estudo de contextos históricos, geográ-
ficos, sociais e jurídicos específicos e da dinâmica de alguns regimes in-
ternacionais relevantes.
Afinal, a promoção do debate sobre essas questões continua a ser
crucial para o melhor encaminhamento do enfrentamento e das decisões
que venham a ser prolatadas nas matérias e nos ambientes que implicam
no avanço da agenda internacional da sustentabilidade.
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01
1 Doutor em Direito Internacional Privado pela Universität zu Köln - Alemanha (2011). Mestre em
Direito Internacional Privado pela Universität zu Köln - Alemanha (2008). Mestre em Direito e Polí-
tica da União Europeia pela Università degli Studi di Padova - Itália (2004). Advogado.
2 Graduando em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Pesquisador de ini-
ciação científica do Grupo de Pesquisa Cidadania, Jurisdição e Novas Faces da Justiça, coordenado
pelo Prof. Dr. Marcelo Markus Teixeira.
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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01 - NORMAS AMBIENTAIS E ACORDOS INTERNACIONAIS DE INVESTIMENTO EM CONFLITO: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS PELO SISTEMA INVESTOR-STATE
DISPUTE SETTLEMENT
1. Introdução
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
4 Quanto à transnacionalização, anota Oliveira: “[…] a realidade atual faz observar que as novas
formas de investimentos e produção internacionalizada e as alianças entre as grandes corporações
transnacionais tornaram-se tão complexas e globais que as suas dimensões dificultam a construção
de conceitos capazes de circundar esse fenômeno” (2016, p. 28).
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01 - NORMAS AMBIENTAIS E ACORDOS INTERNACIONAIS DE INVESTIMENTO EM CONFLITO: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS PELO SISTEMA INVESTOR-STATE
DISPUTE SETTLEMENT
5 Em síntese, a exposição do Chefe de Estado americano no referido evento revelou que a conclusão
de acordos de investimento cria empregos, proporciona melhores números em Pesquisa e Desen-
volvimento (P&D) e apresenta relação direta com cada aspecto da vida dos cidadãos na era global.
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01 - NORMAS AMBIENTAIS E ACORDOS INTERNACIONAIS DE INVESTIMENTO EM CONFLITO: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS PELO SISTEMA INVESTOR-STATE
DISPUTE SETTLEMENT
6 Arquivos oficiais das disputas podem ser acessados na página web do International Centre for
Settlement of Investment Disputes, ICSID: www.icsid.worldbank.org.
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01 - NORMAS AMBIENTAIS E ACORDOS INTERNACIONAIS DE INVESTIMENTO EM CONFLITO: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS PELO SISTEMA INVESTOR-STATE
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01 - NORMAS AMBIENTAIS E ACORDOS INTERNACIONAIS DE INVESTIMENTO EM CONFLITO: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS PELO SISTEMA INVESTOR-STATE
DISPUTE SETTLEMENT
Conclusões
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REFERÊNCIAS
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01 - NORMAS AMBIENTAIS E ACORDOS INTERNACIONAIS DE INVESTIMENTO EM CONFLITO: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS PELO SISTEMA INVESTOR-STATE
DISPUTE SETTLEMENT
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INTRODUÇÃO
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02 - A INSERÇÃO DE NOVOS ATORES NA CONSTRUÇÃO DE REGIMES INTERNACIONAIS: A CONVENÇÃO DE
MONTEGO BAY E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE MARINHO
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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02 - A INSERÇÃO DE NOVOS ATORES NA CONSTRUÇÃO DE REGIMES INTERNACIONAIS: A CONVENÇÃO DE
MONTEGO BAY E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE MARINHO
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02 - A INSERÇÃO DE NOVOS ATORES NA CONSTRUÇÃO DE REGIMES INTERNACIONAIS: A CONVENÇÃO DE
MONTEGO BAY E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE MARINHO
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6 Artigo 305. A presente Convenção está aberta à assinatura de: a) todos os Estados; b) a Namíbia,
representada pelo conselho das Nações Unidas para a Namíbia; c) todos os Estados autônomos
associados que tenham escolhido este estatuto num ato de autodeterminação fiscalizado e aprovado
pelas Nações Unidas de conformidade com a resolução 1514(XV) da Assembleia Geral, e que ten-
ham competência sobre as matérias regidas pela presente Convenção, incluindo a de concluir tra-
tados em relação a essas matérias; d) todos os Estados autônomos associados que, de conformidade
com os seus respectivos instrumentos de associação, tenham competência sobre as matérias regidas
pela presente Convenção, incluindo a de concluir tratados em relação a essas matérias; e) todos os
territórios que gozem de plena autonomia interna, reconhecida como tal pelas Nações Unidas, mas
que não tenham alcançado a plena independência de conformidade com a resolução 1514(XV) da
Assembleia Geral, e que tenham competência sobre as matérias regidas pela presente Convenção,
incluindo a de concluir tratados em relação a essas matérias; f) as organizações internacionais, de
conformidade com o Anexo IX.
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02 - A INSERÇÃO DE NOVOS ATORES NA CONSTRUÇÃO DE REGIMES INTERNACIONAIS: A CONVENÇÃO DE
MONTEGO BAY E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE MARINHO
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02 - A INSERÇÃO DE NOVOS ATORES NA CONSTRUÇÃO DE REGIMES INTERNACIONAIS: A CONVENÇÃO DE
MONTEGO BAY E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE MARINHO
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02 - A INSERÇÃO DE NOVOS ATORES NA CONSTRUÇÃO DE REGIMES INTERNACIONAIS: A CONVENÇÃO DE
MONTEGO BAY E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE MARINHO
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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02 - A INSERÇÃO DE NOVOS ATORES NA CONSTRUÇÃO DE REGIMES INTERNACIONAIS: A CONVENÇÃO DE
MONTEGO BAY E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE MARINHO
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03
A governAnçA Do Setor De
trAnSPorte De cArgAS no brASil
e AS emiSSõeS nocivAS à SAÚDe
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Introdução
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03 - A GOVERNANÇA DO SETOR DE TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL E AS EMISSÕES NOCIVAS À SAÚDE
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03 - A GOVERNANÇA DO SETOR DE TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL E AS EMISSÕES NOCIVAS À SAÚDE
Fonte:<http://siteresources.worldbank.org/EXTURBANTRANSPORT/Resour-
ces/341448-1296493837095/Health_Dora_TT2011.pdf>
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Fonte: WHO. Operational Framework for bilding resilient health systens, 2015, p 12.
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03 - A GOVERNANÇA DO SETOR DE TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL E AS EMISSÕES NOCIVAS À SAÚDE
tações necessárias aos impactos derivados das mudanças climáticas - para re-
duzir ou estabilizar a concentração dos gases de efeito estufa3 na atmosfera4
- fenômeno ambiental gerador do efeito estufa e consequente aquecimento
global5, por diretrizes difundidas por este instrumento no Brasil. Neste as-
pecto, pode se dizer que o Decreto nº 55.947, de 24 de junho de 2010, foi
muito importante porque regulamentou a Lei que dispõe sobre a Política Es-
tadual de Mudanças Climáticas.
Portanto, as tutelas ambientais dependem de políticas públicas que res-
saltem obrigatoriamente fundamentos, com base em princípios sobre res-
ponsabilidades comuns.
Ou seja, por tutela ambiental podemos resumir as responsabilidades
ao construir normas ambientais desde que se façam constar nestas a força
da lei para legitimar eventuais punições sobre riscos ambientais ou danos de-
correntes da omissão dos princípios fundamentais acima expostas os quais
inerentes a obrigação do Estado regulador, podem fundamentar a respon-
sabilidade objetiva a cada política pública construída em prol de proteção
meio ambiente.
Todavia, o entendimento organizacional do decreto nº 55947 de 24 de
junho de 2010, tem como finalidade as definições contidas no artigo 4º da
Lei nº 13.798, de 9 de novembro de 2009, exclusivamente, ao que se apre-
senta com foco aos benefícios de práticas corporativas sustentáveis, para o
maior número de ações voluntárias como segue:
[...] III - pagamento por serviços ambientais: tran-
sação voluntária por meio da qual uma atividade
desenvolvida por um provedor de serviços ambien-
tais, que conserve ou recupere um serviço ambien-
tal previamente definido, é remunerada por um
pagador de serviços ambientais, mediante a com-
provação do atendimento das disposições previa-
mente contratadas nos termos deste decreto;
3 Efeito estufa: propriedade física de gases (vapor d’água, dióxido de carbono e metano, entre outros)
de absorver e reemitir radiação infravermelha, de que resulte aquecimento da superfície da baixa
atmosfera, processo natural fundamental para manter a vida na Terra;
4 Atmosfera: camada gasosa que envolve a Terra, contendo gases, nuvens, aerossóis e partículas;
5 Aquecimento global: intensificação do efeito estufa natural da atmosfera terrestre, em decorrên-
cia de ações antrópicas, responsáveis por emissões e pelo aumento da concentração atmosférica de
gases que contribuem para o aumento da temperatura média do planeta, provocando fenômenos
climáticos adversos;
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CONCLUSÕES
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03 - A GOVERNANÇA DO SETOR DE TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL E AS EMISSÕES NOCIVAS À SAÚDE
REFERÊNCIAS
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CARLA LIGUORI1
MÁRCIA ALVARENGA DOS SANTOS2
CAROLINA GRILLO SANT´ANA3
1 Bolsista CAPES. Pesquisadora na OSIPP (Osaka, Japão). Doutoranda em Direito Ambiental In-
ternacional pela Universidade Católica de Santos – UNISANTOS. Mestre em Direito Internacional
- UNISANTOS. Professora, advogada e sócia fundadora do escritório de advocacia Liguori £ Vital
Sociedade de Advogados.
2 Bolsista CAPES. Analista em Ciência & Tecnologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE). Doutoranda em Direito Ambiental Internacional pela Universidade Católica de Santos
– UNISANTOS. Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté –
UNITAU.
3 Bacharel em Direito pela Universidade Anhembi Morumbi.
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1. INTRODUÇÃO
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04 - O PERIGO VEM DO ESPAÇO: UMA ANÁLISE DO DANO AMBIENTAL MARÍTIMO CAUSADO PELO LIXO
ESPACIAL
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04 - O PERIGO VEM DO ESPAÇO: UMA ANÁLISE DO DANO AMBIENTAL MARÍTIMO CAUSADO PELO LIXO
ESPACIAL
fragmentos destes objetos tem sido localizados em maior escala por todo o
mundo.
São objetos criados pelos humanos e que se en-
contram em órbita ao redor da Terra, mas que não
desempenham mais nenhuma função útil, como
por exemplo as diversas partes e dejetos de naves
espaciais deixados para trás quando do seu lança-
mento. Tanto podem ser peças pequenas, como
ferramentas e luvas — a exemplo de uma perdida
por Neil Armstrong na missão Gemini VIII em
1966 — ou estágios de foguetes e satélites desativa-
dos que congestionam o espaço em volta da Ter-
ra — como exemplo, os antigos satélites soviéticos
RORSAT — e que causam risco de acidentes graves,
tanto em órbita (pelo risco de possíveis colisões),
quanto numa possível reentrada de tais detritos na
atmosfera terrestre.
7 Texto original: “Current opinion in international organizations tends to assume that an object is debris when
all the fuel has been used up and the object can no longer be controlled.”
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
8 Texto original: “space debris is a problem of the Earth environment with global dimensions, to which all
space faring nations have contributed during half a century of space activities. As the space debris environment
progressively evolved, it became evident that understanding its causes and controlling its sources is a prerequisite
to ensure space flight also in the future”.
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04 - O PERIGO VEM DO ESPAÇO: UMA ANÁLISE DO DANO AMBIENTAL MARÍTIMO CAUSADO PELO LIXO
ESPACIAL
de pelos atos contrários ao bem comum pode ser ovacionada também nas
questões espaciais, especialmente quando presentes os efeitos do dano am-
biental.
Imagine-se, por exemplo, a queda de um satélite desorientado no terri-
tório de um Estado que não detenha a propriedade do lixo espacial ou mes-
mo os destroços de uma nave que, ao adentrar na órbita da Terra, desinte-
gre-se e venha a atingir dois ou mais territórios nacionais. De acordo com o
Direito Espacial, sendo possível a identificação do proprietário do bem espa-
cial é aplicável a responsabilização e consequente reparação do dano causado
às vítimas. Não obstante, o mesmo não ocorre na hipótese de tais exemplos
acontecerem com a queda do objeto espacial em águas internacionais ou
oceânicas, ou mesmo sem a possibilidade de recuperação do passivo espacial,
ou ainda de indicação do real responsável pela perda da identificação do ob-
jeto, atingindo bem de interesse coletivo, ou o patrimônio histórico-cultural
subaquático, ou mesmo os fundos oceânicos, degradando o mar com a con-
taminação dos dejetos.
Acidentes que envolvam objetos espaciais podem
implicar danos indiretos extremamente relevantes,
que deverão ser indenizados pelo Estado lançador.
Por exemplo, no caso da queda de um satélite ar-
tificial movido a energia nuclear, possivelmente os
danos diretos terão menor relevância que os indire-
tos, perante potencial contaminação de vasta área
e reflexos prolongados para todos os seres vivos si-
tuados nas proximidades do local de impacto. [...]
(BITTENCOURT NETO, 2011, p. 93).
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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04 - O PERIGO VEM DO ESPAÇO: UMA ANÁLISE DO DANO AMBIENTAL MARÍTIMO CAUSADO PELO LIXO
ESPACIAL
ARTIGO VI
9 Texto original. “ (…) a specific request for or express acceptance of salvage services is not always essential. It
is sufficient if, under the circumstances, any prudent man would have accepted it.”
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
ARTIGO II
ARTIGO IX
ARTIGO 4º
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ESPACIAL
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
CONCLUSÕES
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ESPACIAL
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REFERÊNCIAS
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ESPACIAL
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
1. INTRODUÇÃO
3 Inciso XXIII do artigo 5º, inciso III do artigo 170 e parágrafo 2º do artigo 182 da Constituição
Federal.
4 Artigo 2º do Estatuto da Cidade.
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05 - QUINZE ANOS DE ESTATUTO DA CIDADE E O RESSIGNIFICADO DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE
E DA CIDADE
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
6 Bobbio (1995, p. 235-238) entendia o positivismo jurídico tanto como teoria, ideologia ou método.
7 Lei N.º 601/1850, dispunha sobre terras devolutas do Império e terras possuídas a título de ses-
maria, sem preenchimento das condições legais, bem como por posse mansa e pacífica. Determinou
que as primeiras fossem medidas e demarcadas e então vendidas a particulares ou para o estabeleci-
mento de colônias de estrangeiros. A partir de então, a única forma de posse legal da terra passou a
ser a compra devidamente registrada.
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05 - QUINZE ANOS DE ESTATUTO DA CIDADE E O RESSIGNIFICADO DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE
E DA CIDADE
social à propriedade, nos termos em que fora criado, como aconteceu em to-
dos os países onde o positivismo implantou suas bases.
Para alguns autores, o positivismo trouxe o princípio de obediência
incondicional à lei do Estado e como consequência, o abuso dos regimes
totalitários e a crise do chamado “Estado de Exceção”, quando o próprio
Executivo assume o Estado de Direito, com o argumento de manter a ordem
pública em situações de crise. A Segunda Guerra Mundial, que aconteceu
neste contexto, provocou cerca de sessenta milhões de mortes, resultando
em uma transformação que, segundo alguns juristas, gera nova corrente
filosófica denominada “pós-positivismo”.
Assim, a Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, ao estabe-
lecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos, criou um marco uni-
versal em que o ser humano foi recolocado como sujeito do Direito, estabe-
lecendo a moradia como direito humano fundamental. Em 1966, a ONU
aprovou dois pactos, a serem efetivados pelos Estados: o Pacto Internacional
dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto internacional dos Direitos Econô-
micos, Sociais e Culturais, com objetivos distintos, de modo que os países
se organizassem conforme suas necessidades. Ao Pacto dos Direitos Sociais,
aderiu o bloco dos países comunistas e novos países africanos. No Pacto dos
Direitos Civis, foram signatárias as potências do bloco ocidental, que enten-
diam proteger o indivíduo das interferências do Estado8. Em 1976, a ONU
promoveu a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos
Humanos – Habitat I, no Canadá, onde se estabeleceu que a moradia ade-
quada é direito humano fundamental. Portanto, não se trata simplesmente
do estabelecimento de uma norma, mas de um princípio que deve ser uni-
versalizado, para a consolidação dos direitos humanos.
Nesta mesma década, com a crise do estado de bem-estar social, impõe-
se o receituário neoliberal, em um contexto de desmoronamento do bloco
soviético e crescente hegemonia ocidental, liderada pelos Estados Unidos da
América. Então, o próprio Estado nacional passa a participar, em alguns mo-
mentos9, como defensor de interesses do mercado privado em detrimento do
interesse público, conforme aponta Maricato (2007).
Em 1996, acontece a Habitat II, na Turquia, que complementa ao di-
reito de moradia adequada, temas globais e ambientais. A Conferência das
8 O Brasil aderiu a ambos os Pactos Internacionais, em 1992. Vide Decreto Federal n° 591, de 6 de
julho de 1992 e Decreto Federal n° 591, de 6 de julho de 1992.
9 Na década atual ainda são muitos os exemplos de aplicação deste receituário, como a operação
urbana denominada “Porto Maravilha”, no Rio de Janeiro, grande projeto de “revitalização” da área
portuária que evidencia o papel central do Estado brasileiro, por meio do aporte bilionário, que ga-
rantiu a alavancagem inicial do projeto, sem a qual as caríssimas intervenções urbanas em curso não
teriam sido possíveis. Neste caso, cuida-se de garantir a consolidação de uma nova centralidade, do
chamado “terciário avançado”, típica de projetos desta natureza, como exposto em Arantes (2012).
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Nações Unidas sobre Meio Ambiente, ECO92, no Rio de Janeiro, havia pre-
cedido este evento. Assim, o conceito de sustentabilidade passa a ser incor-
porado, além do conceito de participação popular. Também surge a questão
da violação dos direitos humanos para os casos da retirada forçada de pes-
soas de suas habitações em face da vulnerabilidade social dos ocupantes, por
conta de guerras, conflitos sociais, instalação de equipamentos públicos, mo-
dificação de zoneamento ou políticas estatais de renovação urbana. Mesmo
quando os envolvidos forem entes privados, torna-se imprescindível a inter-
venção estatal, a fim de que não fiquem delegadas apenas ao mercado tais
negociações. Portanto, as conferências Habitat passam a tratar do direito à
cidade e de suas funções sociais.
Apesar do esforço da ONU para universalizar o direito à moradia, o
contexto, sobretudo em países mais pobres, é o da falta de acesso aos benefí-
cios da urbanização, ou seja, à própria cidade, para uma parcela significativa
da população. Portanto, esta parcela majoritária, em muitos países, não tem
acesso à cidade e à propriedade, nem como função social, tampouco como
mero direito subjetivo.
A despeito das conferências Habitat, que reuniram muitos países, a
propriedade adquiriu cada vez mais o status de mercadoria e a questão do
acesso à terra tornou-se crucial, especialmente no meio urbano, em que este
acesso sempre esbarrara na dicotomia entre direito à propriedade e direito
à cidade. Para Maricato (2007), essa negação do direito à cidade se expressa
em irregularidade fundiária, déficit e inadequação habitacional, precarieda-
de do saneamento ambiental, da mobilidade e degradação ambiental.
É neste contexto, que a função social ganhou novo significado, transi-
tando de sua acepção tecnocrata, relacionada à ideia de progresso e de ra-
cionalidade da organização da cidade, para um significado social de fato. A
propriedade passou a ser tratada como o locus da moradia, ao invés de ser
apenas o locus positivista da função social ou mera mercadoria.
No campo jurídico, a estrutura apresentada era demasiado vertical e
não se adequava mais àquela sociedade tão dinâmica e que vinha produzin-
do situações de injustiça social desde que mercantilizou a propriedade. A
norma não alcançava mais todas as situações, não sendo possível fazer justiça
apenas com sentenças. Os grandes princípios funcionavam menos do que
as soluções caso a caso, exigindo assim um constante desenvolvimento de
conceitos. O consenso era percebido como algo relativo e não absoluto. Mui-
tas sentenças não eram consideradas justas. Desta forma, a interlocução afi-
gurava-se como resposta mais cabível. Muitos filósofos, como Lyotard (1998,
p. 111–120), afirmavam que o Direito não atendia necessariamente às de-
mandas da sociedade e que, portanto, não era instrumento de pacificação
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05 - QUINZE ANOS DE ESTATUTO DA CIDADE E O RESSIGNIFICADO DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE
E DA CIDADE
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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05 - QUINZE ANOS DE ESTATUTO DA CIDADE E O RESSIGNIFICADO DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE
E DA CIDADE
11 Conforme Bonduki (1998), nos anos 1930, em todo o mundo e no Brasil também, a moradia
popular se tornou questão social, após vencer-se a resistência liberal à intervenção do Estado nesta
área, em processo com especial participação de profissionais e intelectuais em debates e seminários
promovidos por entidades públicas e privadas.
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
nitários nos novos bairros populares, além do aumento explosivo dos deslo-
camentos em face do surgimento de enormes cidades-dormitório. Conforme
Bonduki (1998), acerca deste período, a fragilidade da intervenção estatal
no tocante à questão da moradia popular não se deu pela ausência de capa-
citação técnica e concentração de recursos financeiros, como atesta a grande
quantidade e o porte dos projetos desenvolvidos. Mas o que não chegou a
ser construída foi uma política habitacional, capaz de centralizar e coorde-
nar as muitas iniciativas fragmentadas entre os diversos agentes. Isto, com
muito atraso, só foi atingido com o regime militar, por meio da criação do
Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e do Banco Nacional da Habitação
(BNH), em 1964.
É neste quadro de crise que, nos anos 1960, surgem os primeiros mo-
vimentos de luta pela reforma urbana no Brasil, que passam a reivindicar a
“função social da cidade”. Apesar da aprovação do Estatuto da Terra12, que
estabeleceu que a propriedade rural deveria desempenhar a função social,
não havia uma política habitacional brasileira com foco na questão urbana,
pois este período foi caracterizado pela produção maciça de conjuntos habi-
tacionais em áreas periféricas de nossas grandes cidades, que se transforma-
ram em guetos.
No campo do planejamento urbano, conforme Villaça (1998), nas dé-
cadas de 1960 e 1970, surgiram os planos diretores, sem produzir efeitos
práticos, pois suas propostas geralmente eram carentes de aplicabilidade, li-
mitando-se ao discurso ideológico. Os símbolos deste período foram o Pla-
no Doxiadis, do Rio de Janeiro, e o Plano Urbanístico Básico de São Paulo,
que visavam apontar vetores de crescimento e alternativas para adequar den-
sidades às infraestruturas, para resolver conflitos e gerar desenvolvimento,
mas raramente continham um zoneamento. Para este autor, os planos foram
se tornando mais complexos e abrangentes, abarcando grande variedade de
problemas sociais e se afastavam dos interesses reais da classe dominante e,
portanto, das suas possibilidades de aplicação.
Durante os anos 1970, os movimentos sociais que lutavam pela refor-
ma da política urbana ampliam-se e neste contexto, em 1981, foi sancionada
a Lei Federal nº 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Am-
biente e promove o nascimento do Direito Ambiental no Brasil e, posterior-
mente, do Direito Urbanístico, como categorias que se pretendem autôno-
mas do Direito Administrativo.
Em 1987, uma emenda popular com 200 mil assinaturas foi decisiva
para incorporação na Constituição Federal de 1988, do capítulo sobre
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05 - QUINZE ANOS DE ESTATUTO DA CIDADE E O RESSIGNIFICADO DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE
E DA CIDADE
83
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
13 O inciso IV do artigo 2º do Estatuto da Cidade prevê esta situação, ao propugnar que o pla-
nejamento e desenvolvimento das cidades evitem e corrijam seus efeitos negativos sobre o meio
ambiente.
84
05 - QUINZE ANOS DE ESTATUTO DA CIDADE E O RESSIGNIFICADO DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE
E DA CIDADE
14 Com o Estatuto da Cidade, o plano diretor adquire status de instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana. Em seu artigo 40, torna-se obrigatório que o Poder Público
garanta um processo participativo de elaboração do plano diretor, englobando a totalidade do terri-
tório do município, e promovendo sua revisão, pelo menos, a cada dez anos.
85
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
86
05 - QUINZE ANOS DE ESTATUTO DA CIDADE E O RESSIGNIFICADO DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE
E DA CIDADE
CONCLUSÕES
87
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
88
06
89
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
1. INTRODUÇÃO
90
06 - O PAPEL DOS ESTADOS SUBNACIONAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
GLOBAIS: A PARADIPLOMACIA COMO PERSPECTIVA MODERNA DE GOVERNANÇA
91
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
92
06 - O PAPEL DOS ESTADOS SUBNACIONAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
GLOBAIS: A PARADIPLOMACIA COMO PERSPECTIVA MODERNA DE GOVERNANÇA
93
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
94
06 - O PAPEL DOS ESTADOS SUBNACIONAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
GLOBAIS: A PARADIPLOMACIA COMO PERSPECTIVA MODERNA DE GOVERNANÇA
95
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
96
06 - O PAPEL DOS ESTADOS SUBNACIONAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
GLOBAIS: A PARADIPLOMACIA COMO PERSPECTIVA MODERNA DE GOVERNANÇA
97
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
98
06 - O PAPEL DOS ESTADOS SUBNACIONAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
GLOBAIS: A PARADIPLOMACIA COMO PERSPECTIVA MODERNA DE GOVERNANÇA
99
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
100
06 - O PAPEL DOS ESTADOS SUBNACIONAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
GLOBAIS: A PARADIPLOMACIA COMO PERSPECTIVA MODERNA DE GOVERNANÇA
101
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
102
06 - O PAPEL DOS ESTADOS SUBNACIONAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
GLOBAIS: A PARADIPLOMACIA COMO PERSPECTIVA MODERNA DE GOVERNANÇA
103
07
A clASSiFicAção eStAtíSticA
internAcionAl De DoençAS
e ProblemAS relAcionADoS
à SAÚDe e AS conSeQuÊnciAS
JuríDicAS noS cASoS De DoençAS
mentAiS oriunDAS Do Ambiente
Do trAbAlHo
105
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO
106
07 - A CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE E AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS NOS CASOS DE DOENÇAS MENTAIS ORIUNDAS DO AMBIENTE DO
TRABALHO
107
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
108
07 - A CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE E AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS NOS CASOS DE DOENÇAS MENTAIS ORIUNDAS DO AMBIENTE DO
TRABALHO
109
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
3 CID versão 2016 está disponível para download no site da OMS http://apps.who.int/classifica-
tions/icd10/browse/2016/en, Acesso em 29 jun.2016.
110
07 - A CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE E AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS NOS CASOS DE DOENÇAS MENTAIS ORIUNDAS DO AMBIENTE DO
TRABALHO
111
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
112
07 - A CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE E AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS NOS CASOS DE DOENÇAS MENTAIS ORIUNDAS DO AMBIENTE DO
TRABALHO
113
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
114
07 - A CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE E AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS NOS CASOS DE DOENÇAS MENTAIS ORIUNDAS DO AMBIENTE DO
TRABALHO
115
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
CONCLUSÕES
116
07 - A CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE E AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS NOS CASOS DE DOENÇAS MENTAIS ORIUNDAS DO AMBIENTE DO
TRABALHO
REFERÊNCIAS
117
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
118
07 - A CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE E AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS NOS CASOS DE DOENÇAS MENTAIS ORIUNDAS DO AMBIENTE DO
TRABALHO
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08
121
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
1. INTRODUÇÃO
122
08 - O REDD+ COMO INSTRUMENTO DE PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
123
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
124
08 - O REDD+ COMO INSTRUMENTO DE PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
125
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
126
08 - O REDD+ COMO INSTRUMENTO DE PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
127
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
4 Ҥ1. As Partes devem tomar medidas para conservar e melhorar, conforme o caso, sumidouros e
reservatórios de gases de efeito estufa tal como referido no Artigo 4, parágrafo 1(d), da Convenção,
incluindo as florestas. §2. As Partes são encorajadas a tomar medidas para implementar e apoiar, in-
cluindo por meio de pagamentos baseados em resultados, o quadro existente tal como estabelecido
na orientação relacionada e nas decisões já acordadas no âmbito da Convenção para: abordagens
políticas e incentivos positivos para as atividades relacionadas à redução das emissões a partir do des-
matamento e da degradação florestal, e o papel da conservação, do manejo sustentável de florestas
e do reforço dos estoques de carbono das florestas nos países em desenvolvimento; e abordagens
políticas alternativas, como abordagens conjuntas de mitigação e adaptação para a gestão integral e
sustentável das florestas, reafirmando a importância de incentivar, conforme apropriado, os bene-
fícios não vinculados ao carbono associados com tais”. (disponível em: https://nacoesunidas.org/
acordodeparis/).
5 “55. Reconhece a importância dos recursos financeiros adequados e previsíveis, inclusive para pa-
gamentos baseados em resultados, conforme o caso, para a implementação de abordagens políticas e
incentivos positivos para a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, e o papel
da conservação, do manejo sustentável das florestas e aumento dos estoques de carbono florestal;
bem como abordagens políticas alternativas, como abordagens conjuntas de mitigação e adaptação
para a gestão integral e sustentável das florestas; reafirmando a importância dos benefícios não
relacionados com o carbono para tais abordagens; encorajando a coordenação de apoio de, inter
128
08 - O REDD+ COMO INSTRUMENTO DE PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
alia, fontes públicas e privadas, bilaterais e multilaterais, como o Fundo Verde para o Clima, e fontes
alternativas, em conformidade com as decisões pertinentes da Conferência das Partes” (disponível
em: https://nacoesunidas.org/acordodeparis/)
129
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
130
08 - O REDD+ COMO INSTRUMENTO DE PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
CONCLUSÕES
6 A Aliança para o Clima, Comunidade e Biodiversidade (CCBA) é uma parceria global de cinco
organizações não governamentais internacionais: Conservação Internacional, CARE, Rainforest
Alliance, The Nature Conservancy e Wildlife Conservation Society.
131
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
132
08 - O REDD+ COMO INSTRUMENTO DE PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
133
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
134
09
135
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO
136
09 - A MEDIAÇÃO COMO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS URBANOS E AMBIENTAIS: UMA
ALTERNATIVA PARA O INCREMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME A AGENDA 2030
1. MEDIAÇÃO
137
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
138
09 - A MEDIAÇÃO COMO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS URBANOS E AMBIENTAIS: UMA
ALTERNATIVA PARA O INCREMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME A AGENDA 2030
139
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
140
09 - A MEDIAÇÃO COMO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS URBANOS E AMBIENTAIS: UMA
ALTERNATIVA PARA O INCREMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME A AGENDA 2030
são conditio sine qua non para uma vida saudável nas cidades (BONDUKI,
2014, p.3).
Atualmente, os problemas que ocorrem por força das ocupações irregu-
lares acabam desaguando no Judiciário, cujas medidas judiciais previstas no
nosso ordenamento jurídico não se mostram suficientes para solucioná-los.
Além disso, o adensamento populacional em áreas frágeis contribui
para o aumento de calor, redução da qualidade do ar, da água, além de gerar
impactos ambientais, sociais, econômicos e culturais negativos.
Essa realidade sugere a necessidade de se buscar meios que apontem
para a ordenação do solo e efetivação do direito à moradia e função social da
cidade, com a participação de diferentes atores, por meio de exames cuida-
dosos que levem em conta a complexidade dos casos.
A compatibilização do direito à moradia e o direito ao meio ambiente
sadio, assim alinhados, sugerem a utilização dos métodos alternativos pacífi-
cos para a sua solução, constituindo, a mediação, ferramenta apta ao resta-
belecimento do diálogo entre os atores, uma vez que é estruturada na inter-
compreensão e na inclusão dos sujeitos na tomada de decisão.
Iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, com a recen-
te criação da Câmara de Mediação de conflitos Socioambientais, corrobora,
sobremaneira, para essa construção. Pois, os conflitos fundiários urbanos
podem se desenvolver “no âmbito da luta por moradia, seja por meio das
ocupações de imóveis urbanos vazios e das reivindicações para a regulari-
zação fundiária, seja em razão dos empreendimentos públicos e privados que
buscam remover populações de baixa renda”. (CAFRUNE, 2010, p.6)
Nesse cenário, o crescimento demográfico, a tendência à urbanização,
acrescidas a políticas públicas inconsistentes, ao despreparo e inadequação
do planejamento urbano e rural, são fatores que intensificam tais conflitos,
ocasionando falta de abastecimento de serviços, alto índice de poluição e de-
gradação ambiental.(PIOLI; ROSSIN, 2005, p. 44) Surgem, assim, as cida-
des paralelas, franjas ocultas das cidades, que crescem à sombra da lei, o que
contribui para o aumento de conflitos fundiários urbanos.
Segundo a Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério
das Cidades, por meio da Resolução Recomendada nº. 87, de 2009, confli-
tos fundiários urbanos tem conceito afeto a
disputa pela posse ou propriedade de imóvel ur-
bano, bem como de impacto de empreendimentos
públicos ou privados, envolvendo famílias de baixa
renda ou grupos sociais vulneráveis que necessitam
ou demandem a proteção do Estado na garantia do
direito humano à moradia e à cidade.
141
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
142
09 - A MEDIAÇÃO COMO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS URBANOS E AMBIENTAIS: UMA
ALTERNATIVA PARA O INCREMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME A AGENDA 2030
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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09 - A MEDIAÇÃO COMO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS URBANOS E AMBIENTAIS: UMA
ALTERNATIVA PARA O INCREMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME A AGENDA 2030
145
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
146
09 - A MEDIAÇÃO COMO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS URBANOS E AMBIENTAIS: UMA
ALTERNATIVA PARA O INCREMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME A AGENDA 2030
CONCLUSÕES
147
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
148
09 - A MEDIAÇÃO COMO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS URBANOS E AMBIENTAIS: UMA
ALTERNATIVA PARA O INCREMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME A AGENDA 2030
Sites consultados:
<http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2579>. Acesso
em 30 abr.2016.
<https://nacoesunidas.org/pos2015/>. Acesso em 29 abr.2016.
<http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agen-
da-21/agenda-21-global>. Acesso em 01 mai.2016.
<http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/desenvolvi-
mento-sustentavel-e-meio-ambiente/135-agenda-de-desenvolvimento-
pos-2015>. Acesso em 01mai.2016.
<http://www.concidades.pr.gov.br/arquivos/File/87_Resolucao_
Conflitos_versao_final_ConCidadesNacional.pdf>. Acesso em
30mai.2016.
< http://www.ibdu.org.br/eficiente/repositorio/Projetos-de-Pesqui-
sa/423.pdf>. Acesso em 30 mai.2016.
149
10
151
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO
152
10 - A AJUDA QUE VEM DOS CÉUS – O USO DA TECNOLOGIA ESPACIAL PARA ATINGIMENTO DOS OBJETIVOS
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
153
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
154
10 - A AJUDA QUE VEM DOS CÉUS – O USO DA TECNOLOGIA ESPACIAL PARA ATINGIMENTO DOS OBJETIVOS
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
(MONSERRAT FILHO, s/d) e deles nos tornamos cada vez mais depen-
dentes.
O espaço, além de fascinante, proporciona satisfação a uma série de in-
teresses dos homens, o que faz com que sua exploração siga em crescimento
constante. De acordo com a Space Foundation, organização sem fins lucra-
tivos fundada em 1983 para ampliar e promover estudos e pesquisas sobre o
espaço, o custo das atividades espaciais dobrou para 250 bilhões de dólares
entre os anos de 2005 e 2015.5
Tamanho investimento, diante de um cenário de pobreza, miséria,
doenças e escassez de recursos básicos a tantas pessoas na Terra, justifica a
pergunta: por que explorar o espaço?
Foi este o questionamento que uma religiosa fez ao físico nuclear Er-
nest Stuhlinger na década de 70 e, já naquela época, ele dizia que acreditava
que continuar trabalhando para o programa espacial norte-americano traria
uma maior contribuição para a eventual solução de problemas como a po-
breza e a fome na Terra do que se ele se abstivesse desta atividade e doasse
seu dinheiro às vítimas destas mazelas.
Em sua resposta, Stuhlinger defende que a melhor ferramenta para o
alívio da fome e melhoria na produção e distribuição de alimentos, sem dú-
vida, é o satélite artificial da Terra. Para exemplificar sua afirmação, o cien-
tista espacial explica que um satélite circundando o globo em altitude eleva-
da pode rastrear vastas áreas de terra dentro de um curto espaço de tempo,
o que permite observar e repassar informações sobre fatores que indicam o
estado e condições das culturas, o solo, as secas, a precipitação, a cobertura
de neve etc. para estações terrestres, que estarão preparadas para promover
melhorias agrícolas em todo o mundo.6
Note-se que desde a década de 70 a exploração espacial já tinha o
impulso de avanço para a melhoria das condições de vida na Terra, don-
de se conclui que os satélites artificiais são instrumentos que devem ser
usados em benefício da humanidade – e não apenas de interesses privados
e governamentais.
Neste ponto, merece destaque a utilidade e importância que a tecnolo-
gia espacial e sateletal podem ter na caminhada rumo a um futuro melhor,
especialmente no que se refere ao atingimento das metas dos ODS.
Um bom exemplo do auxílio prestado pela atividade espacial encontra-
se na tentativa de implementação do 6º Objetivo do Desenvolvimento Sus-
tentável previsto na Agenda 2030, que se refere à disponibilidade e gestão
sustentável da água, na intenção de garantir acesso universal à água potável
5 Disponível em:http://www.thespacereport.org/
6 Disponível em: http://www.lettersofnote.com/2012/08/why-explore-space.html.
155
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
156
10 - A AJUDA QUE VEM DOS CÉUS – O USO DA TECNOLOGIA ESPACIAL PARA ATINGIMENTO DOS OBJETIVOS
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
10 Disponível em:http://www.unis.unvienna.org/unis/en/pressrels/2015/unisos456.html
157
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
158
10 - A AJUDA QUE VEM DOS CÉUS – O USO DA TECNOLOGIA ESPACIAL PARA ATINGIMENTO DOS OBJETIVOS
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CONCLUSÕES
159
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
160
10 - A AJUDA QUE VEM DOS CÉUS – O USO DA TECNOLOGIA ESPACIAL PARA ATINGIMENTO DOS OBJETIVOS
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
161
11
KARINA GRANADO 1
CELSO MARAN DE OLIVEIRA 2
163
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
164
11 - POLÍTICAS MIGRATÓRIAS PARA REFUGIADOS AMBIENTAIS NA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS
(UNASUL)
4 Estes dados não incluem informações relacionadas aos nacionais do Haiti que chegaram ao Brasil
desde o terremoto de 2010. Apesar de solicitarem o reconhecimento da condição de refugiado ao
entrarem no território nacional, seus pedidos foram encaminhados ao Conselho Nacional de Imi-
gração (CNIg), que emitiu vistos de residência permanente por razões humanitárias. De acordo com
dados da Polícia Federal, mais de 39.000 haitianos entraram no Brasil desde 2010 até setembro de
2014 (ACNUR, 2014b).
5 As ameaças climáticas não atingem todos de maneira uníssona. Se a discussão sobre os mais
afetados diretamente pelos desastres ambientais dentro de um território passa pela discussão sobre
marginalização e pobreza, ora, a lógica não é diferente ao se tratar de países desenvolvidos e em
desenvolvimento. Os últimos poderão ter resposta e respaldo público aquém do necessário para o
controle e/ou prevenção dos desastres e a questão da vulnerabilidade é importante para a análise dos
danos sobre a população envolvida (nota da autora).
6 É comum a atribuição quanto ao pioneirismo da utilização do termo “refugiado ambiental” para
Essam El - Hinnawi (1985), mas Saunders(2000) aponta que Lester Brown já a cunhava desde década
anterior.
165
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
166
11 - POLÍTICAS MIGRATÓRIAS PARA REFUGIADOS AMBIENTAIS NA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS
(UNASUL)
7 Michel Deyra (2001) ensina que a Convenção de Genebra (arts. 4º, §1º; 44 e 70, nº 2 C – IV)
conceitua refugiados de maneira ampla, por motivos de conflitos armados e seus deslocamentos,
devendo ser “protegido enquanto pessoa civil, quer como estrangeiro em território de uma Parte
no conflito quer como habitante de um território ocupado” (p. 125). O refugiado se beneficia do
disposto no art. 73 do primeiro Protocolo. Esta disposição visa às pessoas que, “antes do início das
hostilidades, forem consideradas refugiadas e apátridas nos termos dos instrumentos internacionais
pertinentes aceites pelas Partes ou da legislação nacional do Estado de acolhimento ou residência.
São-lhes concedidas as seguintes garantias: um refugiado de nacionalidade inimiga não poderá ser
transferido para o país de onde fugiu por receio de perseguições; o refugiado que se encontre em
poder da Potência ocupante da qual tenha fugido não poderá ser preso, processado ou condenado
pelas autoridades dessa Potência com base nos factos que hajam justificado a concessão de asilo.
Assim, o Direito Internacional Humanitário faz prevalecer as opiniões de um indivíduo sobre o seu
estatuto objectivo de cidadão inimigo ou cidadão da Potência de ocupação. Os restantes refugiados
ou apátridas beneficiam da proteção garantida pelo artigo 74 do primeiro Protocolo ou artigo 4,
§1 da Convenção IV, segundo os casos. Esta protecção é, em princípio, assegurada pelo CICV às
pessoas deslocadas no interior de um país em guerra e pelo ACNUR aos refugiados num país de
primeiro acolhimento ou de asilo” (p. 126).
8 Estatuto do Refugiado (1951) Capítulo I - Art. 1º Definição do termo “refugiado” A. Para os fins
da presente Convenção, o termo “refugiado” se aplicará a qualquer pessoa: (...) 2) Que, em conse-
quência dos acontecimentos ocorridos antes de 1º de janeiro de 1951 e temendo ser perseguida por
motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, se encontra fora do país
de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção
desse país, ou que, se não tem nacionalidade e se encontra fora do país no qual tinha sua residência
habitual em consequência de tais acontecimentos, não pode ou, devido ao referido temor, não quer
voltar a ele.
167
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
9 Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Guiana
e Suriname. Panamá e México são observadores.
168
11 - POLÍTICAS MIGRATÓRIAS PARA REFUGIADOS AMBIENTAIS NA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS
(UNASUL)
169
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
170
11 - POLÍTICAS MIGRATÓRIAS PARA REFUGIADOS AMBIENTAIS NA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS
(UNASUL)
Países Total
Haiti 25 mil
171
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
i ARTICULO 24.- Los extranjeros que ingresen al país como “residentes transitorios” podrán ser
admitidos en las subcategorías establecidas por el artículo 24 de la Ley Nº 25.871, con los siguientes
alcances: h) Especiales: para los casos en que se justifique un tratamiento especial, la DIRECCION
NACIONAL DE MIGRACIONES podrá dictar disposiciones de carácter general que prevean los
recaudos a cumplimentar para ser admitidos como residentes transitorios especial es. Asimismo,
se tendrá
i
en cuenta
ARTICULO 24.- Losla situación
extranjeros de aquellas
que ingresen personas
al país como "residentesque, a pesarpodrán
transitorios" de no requerirenprotección
ser admitidos las subcategorías inter-
nacional, transitori
establecidas por el artículo amente
24 de lano Leypueden
Nº 25.871, retornar a susalcances:
con los siguientes paísesh) de origen
Especiales: paraen losrazón
casos ende quelas condiciones
se justifique un
tratamiento especial, la DIRECCION NACIONAL DE MIGRACIONES podrá dictar disposiciones de carácter general que prevean los
humanitarias prevalecientes o debido a las consecuencias generadas por desastres naturales o am-
recaudos a cumplimentar para ser admitidos como residentes transitorios especial es. Asimismo, se tendrá en cuenta la situación de
bientales
aquellasocasionados
personas que, a pesar pordeelnohombre. A esteinternacional,
requerir protección fin podrán tomar
transitori se no
amente enpueden
cuenta las arecomendaciones
retornar sus países de origen en de
no retorno
razón de las que formulare
condiciones el ALTO
humanitarias COMISIONADO
prevalecientes o debido a las consecuenciasDE LAS NACIONES
generadas por desastresUNIDAS PARA LOS
naturales o ambientales
REFUGIADOS (ACNUR).
i
ocasionados
ARTICULO por el
24.- hombre.
Los A este
extranjeros fin
que podrán
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al se
país en
como cuenta las
"residentes recomendaciones
transitorios" de
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admitidos formulare el ALTO
en las subcategorías
COMISIONADO
establecidas por el DE LAS 24
artículo NACIONES
de la Ley UNIDAS
Nº 25.871,PARA LOS
con los REFUGIADOS
siguientes alcances:(ACNUR).
h) Especiales: para los casos en que se justifique un
ii ARTÍCULO 65. (MIGRACIÓN POR CAMBIO CLIMÁTICO). El Consejo Nacional de Mi-
tratamiento especial, la DIRECCION NACIONAL DE MIGRACIONES podrá dictar disposiciones de carácter general que prevean los
gración
ii
recaudospromoverá
ARTÍCULO
a cumplimentar la suscripción
65. (MIGRACIÓN POR CAMBIO
para ser admitidos decomo
convenios
CLIMÁTICO).
residentes y acuerdos
El Consejo
transitorios especial internacionales
Nacional de Migración
es. Asimismo, se tendráen entemas
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situación de cli-
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convenios
aquellas y acuerdos
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que,internacionales enlos
temas
no requerir diferentes
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y medioambiental
transitori protección
conno
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diferentes deEstados,
bolivianas
retornar a suspara y origen
bolivianos
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países de de
en
afectados; asimismo, coordinará las políticas públicas que viabilicen, de ser necesario, la admisión de
bolivianas
razón de y
las bolivianos
condiciones afectados; asimismo,
humanitarias coordinará
prevalecientes olas políticas
debido a públicas
las que
consecuenciasviabilicen, de
generadas ser necesario,
por desastresla admisión
naturales de
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ambientales
desplazadas
ocasionadospor porefectos climáticos,
el hombre. A este cuando exista riesgo
fin podrán tomaroseamenaza
en cuentaa la vida, y sean por causasde
las recomendaciones naturales o desastres
no retorno medioambientales,
que formulare el ALTO
poblaciones
nucleares,
COMISIONADO
desplazadas
químicosDE o hambruna.
por efectos climáticos, cuando exista riesgo o amenaza a la vida, y sean por
LAS NACIONES UNIDAS PARA LOS REFUGIADOS (ACNUR).
causas naturales o desastres medioambientales, nucleares, químicos o hambruna.
iii Artículo
iii
ii
ARTÍCULO 59.Clasificación
Artículo 59. Clasificación
65. (MIGRACIÓN de las
de las categorías
POR ycategorías
CAMBIOcalidades y calidades
migratórias:
CLIMÁTICO). LasConsejo
El migratórias:
categorías y calidades
Nacional Las categorías
migratorias
de Migración se detallanlaaysuscripción
promoverá calidades
continuación, de mi-
gratorias
indicando
conveniosse yladetallan
competencia,
acuerdos a plazo
continuación,en temas deindicando
de permanência
internacionales ycambio
posibilidad delaprórrogas
climático ycompetencia,
y múltiplescon
medioambiental plazo
entradas. de59.2.
los diferentes permanência
En la categoría
Estados, y posibilidad
para la migratoria
protección de
“Temporal”:
bolivianas Calidad Migratoria:
y bolivianos Cooperación
afectados; asimismo, (T1) - Descripción:
coordinará Para el extranjero
las políticas públicas a quien
que viabilicen, deelser
Estado peruano
necesario, le reconoce
la admisión de tal categoría
poblaciones
de prórrogas
en virtud depor
desplazadas
ytratados
múltiples entradas.
efectosy climáticos,
convenios cuando
59.2.deEn
internacionales
exista riesgo los
la categoría
cuales el aPerú
o amenaza
migratoria
es parte,
la vida, y seandepor
de “Temporal”:
cooperación gubernamental
causas naturales o desastres
Calidad
o no
Migrato-
gubernamental,
medioambientales,
ria: Cooperación
como expertos
nucleares, químicos (T1)
o voluntarios,- Descripción:
o hambruna. Para el extranjero
así como a los miembros de las Entidadesa equien el Estado
Instituciones peruano
de Cooperación le reconoce
Técnica Internacional tal ca-
tegoría en virtud
constituidas en el de tratados
extranjero y enconvenios
inscritas la Agencia Peruanainternacionales
de Cooperación de los cuales
Internacional (APCI)el yPerú
que sees rigenparte,
por losde coopera-
referidos
ción gubernamental o no gubernamental, como expertos o voluntarios, así como a los miembros de
iii
instrumentos
Artículo 59. internacionales
Clasificación y
de disposiciones
las categorías especiales.
y calidades Comprende
migratórias: también
Las a aquel
categorías y extranjero
calidades que ingresa
migratorias se al territorio
detallan a nacional para
continuación,
realizar actividades de carácter asistencial dentro del marco de ladeasistencia
prórrogassocial o ayuda humanitaria o en
Encasos de desastres
indicando
las Entidades
siempre
la competencia,
que tal
“Temporal”:
epedido
Instituciones
Calidad
plazo
sea efectuado
Migratoria:
de permanência
de
por un gobierno
Cooperación
y posibilidad
Cooperación Técnica
extranjero u organismo
(T1) - Descripción:
y múltiples
Internacional
internacional
Para el extranjero
entradas. 59.2.
a quienoelpor
constituidas
alguna
Estado
la categoría
de las entidades
peruano le reconoce
eltalnaturales,
en migratoria
conformantes
de
extranjero
categoría
del Sistema
en virtud Nacional
de tratados y de Gestióninternacionales
convenios del Riesgo dedeDesastres
los cuales(SINAGERD). Competecia:
el Perú es parte, Plazo de Permanencia:
MRE.gubernamental
de cooperación Durante el
o no gubernamental,
tiempo que establezca
como expertos el Estado
o voluntarios, así peruano.
como a los Prórroga:
miembrosSí, de
de las
acuerdo a lo eque
Entidades determine de
Instituciones el Estado Peruano
Cooperación CalidadInternacional
Técnica Migratoria:
Humanitaria
constituidas en (T7): El Estado peruano
el extranjero inscritas entiene la potestad
la Agencia para otorgar
Peruana esta calidad
de Cooperación migratoria (APCI)
Internacional al extranjero,
y que se que
rigenencontrando se en
por los referidos
territorio nacional
instrumentos y sin reunir
internacionales los requisitosespeciales.
y disposiciones para acceder a la condición
Comprende tambiéndea asilado o refugiado
aquel extranjero queseingresa
encuentre en situación
al territorio de gran
nacional para
vulnerabilidad
grave
siempreamenaza
o peligro
realizar actividades
que talopedido
de vida
de carácter
acto desea
violación
en caso de
asistencial
efectuado o afectación
abandono
dentro del territorio
del marco
de sus derechos
por un gobierno
172peruano
de la asistencia socialoo para
extranjerofundamentales,
ayudaquien
Del mismo modo
u organismo internacional
requiere
humanitaria protección
o en casos de desastres
será aplicable
o por alguna
en atención a uma
naturales,
para los solicitantes
de las entidades conformantes de
refugio
del y asilo oNacional
Sistema para quienes hayan migrado
de Gestión del Riesgo por de
motivos de desastres
Desastres Competecia:
naturales
(SINAGERD). MRE. Plazo
y medioambientales; de Permanencia:
o para quienes han sido víctima
Durante el
de trata oque
tiempo tráfico de personas;
establezca o para
el Estado las niñas,
peruano. Prórroga:
niños y adolescentes
Sí, de acuerdono acompañados; o para apátridas
a lo que determine PeruanoseCalidad
el EstadoTambién Migratoria:
aplica para personas
Humanitaria
que se encuentren(T7):fuera del território
El Estado peruanonacional
tiene la en situaciones
potestad para excepcionales de crisismigratoria
otorgar esta calidad humanitáriaal reconocida
extranjero,internacionalmente,
que encontrando seque en
soliciten venir
territorio al Perú
nacional y obtener
y sin reunir losprotección.
requisitosPermite realizar
para acceder atividades de
a la condición lucrativas
asiladodeo manera subordinada,
refugiado se encuentre autónoma o porde
en situación cuenta
gran
propia. Competencia:
vulnerabilidad o peligroMRE. Plazo
de vida de permanência:
en caso de abandono Hasta 183 días.peruano
del territorio Prórroga:oSí,para
hasta que las
quien condiciones
requiere que dieron
protección lugar aa uma
en atención esta
11 - POLÍTICAS MIGRATÓRIAS PARA REFUGIADOS AMBIENTAIS NA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS
(UNASUL)
CONCLUSÕES
inscritas en la Agencia Peruana de Cooperación Internacional (APCI) y que se rigen por los referi-
dos instrumentos internacionales y disposiciones especiales. Comprende también a aquel extranje-
ro que ingresa al territorio nacional para realizar actividades de carácter asistencial dentro del marco
de la asistencia social o ayuda humanitaria o en casos de desastres naturales, siempre que tal pedido
sea efectuado por un gobierno extranjero u organismo internacional o por alguna de las entidades
conformantes del Sistema Nacional de Gestión del Riesgo de Desastres (SINAGERD). Compete-
cia: MRE. Plazo de Permanencia: Durante el tiempo que establezca el Estado peruano. Prórroga: Sí,
de acuerdo a lo que determine el Estado Peruano Calidad Migratoria: Humanitaria (T7): El Estado
peruano tiene la potestad para otorgar esta calidad migratoria al extranjero, que encontrando se en
territorio nacional y sin reunir los requisitos para acceder a la condición de asilado o refugiado se
encuentre en situación de gran vulnerabilidad o peligro de vida en caso de abandono del territorio
peruano o para quien requiere protección en atención a uma grave amenaza o acto de violación o
afectación de sus derechos fundamentales, Del mismo modo será aplicable para los solicitantes de
refugio y asilo o para quienes hayan migrado por motivos de desastres naturales y medioambientales;
o para quienes han sido víctima de trata o tráfico de personas; o para las niñas, niños y adolescentes
no acompañados; o para apátridas También se aplica para personas que se encuentren fuera del te-
rritório nacional en situaciones excepcionales de crisis humanitária reconocida internacionalmente,
que soliciten venir al Perú y obtener protección. Permite realizar atividades lucrativas de manera
subordinada, autónoma o por cuenta propia. Competencia: MRE. Plazo de permanência: Hasta 183
días. Prórroga: Sí, hasta que las condiciones que dieron lugar a esta calidad sigan siendo aplicables.
173
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
174
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
BIBLIOGRAFIA
176
11 - POLÍTICAS MIGRATÓRIAS PARA REFUGIADOS AMBIENTAIS NA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS
(UNASUL)
177
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
178
12
contrAtAçõeS PÚblicAS
SuStentáveiS: AS comPrAS
governAmentAiS PoDem eFetivAr
o Direito Ao meio Ambiente
ecologicAmente eQuilibrADo?
resumo: O presente estudo tem por escopo avivar a temática das con-
tratações públicas sustentáveis e averiguar se as mesmas podem ser utilizadas
como forma de proteger e preservar o meio ambiente. Dessa forma, primei-
ramente, se discutirá conceitos introdutórios sobre o desenvolvimento sus-
tentável, sua normatização dentro do ordenamento jurídico brasileiro, as
principais conferências mundiais que trataram sobre o tema e suas dimen-
sões. Na sequência, se estudará a licitação pública e as alterações legislati-
vas, com especial enfoque à Lei 12.349/10 que incluiu no rol de princípios
inerentes à licitação o princípio do desenvolvimento nacional sustentável.
E, por fim, se apreciará se as compras estatais e os princípios correlatos à ad-
ministração pública podem ser interpretados à luz do Direito Ambiental, e,
ainda, se a possível inclusão de critérios ambientais nas contratações públi-
cas poderá gerar consequências positivas no mercado de bens sustentáveis.
Palavras-chave: Compras públicas. Lei 12.349/10. Contratações públi-
cas sustentáveis. Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Abstract: The scope of the present study is to brighten the sustainable
public hiring, and to inquire if it can be used, somehow to protect and pre-
serve the environment. Therefore, at first, it will discuss introductory con-
cepts about the sustainable development, its standardization within the Bra-
zilian legal system, as well as the main world conferences that discuss about
the topic and its dimensions. As it follows,it will be studied the public bids
and the legislative modifications, that incorporate the principle of sustaina-
ble development pertaining to public hiring with especial focus to the Law
1 Graduado em Direito pela Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB. Pós-Graduando em
Direito Público pela Faculdade Damásio. Advogado.
179
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
12.349/10, which includes in the list of principles inherent to the bids the
principle of sustainable national development. Lastly, it will be discussed
whether the state purchases and the principles related to public administra-
tion can be interpreted under the light of the Environmental Law, and yet, if
the possible inclusion of environmental criteria in the public administration
will be able to get positive results in the market of sustainable goods.
Keywords: Public procurement. Law 13.349/10. Sustainable public
procurement.
INTRODUÇÃO
1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
180
12 - CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS: AS COMPRAS GOVERNAMENTAIS PODEM EFETIVAR O
DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO?
181
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
182
12 - CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS: AS COMPRAS GOVERNAMENTAIS PODEM EFETIVAR O
DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO?
2. LICITAÇÃO PÚBLICA
183
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
184
12 - CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS: AS COMPRAS GOVERNAMENTAIS PODEM EFETIVAR O
DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO?
185
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
186
12 - CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS: AS COMPRAS GOVERNAMENTAIS PODEM EFETIVAR O
DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO?
187
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
188
12 - CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS: AS COMPRAS GOVERNAMENTAIS PODEM EFETIVAR O
DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO?
CONCLUSÕES
189
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
190
12 - CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS: AS COMPRAS GOVERNAMENTAIS PODEM EFETIVAR O
DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO?
191
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
192
12 - CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS: AS COMPRAS GOVERNAMENTAIS PODEM EFETIVAR O
DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO?
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DIVM, 2013.
193
13
governAnçA AmbientAl nA
SocieDADe globAl: AcorDo
De PAriS e PrincíPio DAS
reSPonSAbiliDADeS comunS,
PorÉm DiFerenciADAS
195
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
196
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
1. INTRODUÇÃO
4 Vide GONÇALVES e SARRO (2015, p. 42). Os autores apresentam uma discussão detalhada
sobre os conceitos de regimes internacionais, seus contornos institucionais e normativos e seu papel
desencadeador de comportamentos estatais, partindo dos estudos de Krasner, Keohane e Young.
197
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
198
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
199
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
200
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
201
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
202
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
fraternidade. Isto não significa, porém, que em termos universais tais ideais
sejam sempre absolutamente harmoniosos e compatíveis.
Esse ponto merece reflexão em estudo que foge do escopo do presente
trabalho. Partindo do conceito de sustentabilidade do relatório Bruntdland e
da sua posterior elaboração nas dimensões ambiental, econômica e social em
profundidade vertical e horizontal, será mesmo possível, assegurar a todos
os seres humanos o atendimento às suas necessidades e às futuras gerações
(profundidade espacial e temporal da sustentabilidade), ou isto encerra con-
tradição inevitável como os ideais de igualdade e de liberdade inspirados na
ideologia liberal da Revolução Francesa, que até hoje se afirmam como valo-
res fundamentais da sociedade capitalista pós-industrial?
Em outras palavras, é possível afirmar que esses três elementos (ecoló-
gico, econômico e social) nunca entrarão em conflito somente porque foram
acomodados numa mesma definição?
Nesse ponto a sustentabilidade - enquanto valor, ideal de modernida-
de ou crença coletiva - se depara com a realidade e, a partir daí, se passa a
contar com a governança global como meio adequado para tentar abordar e
enfrentar toda problemática que encerra a questão concreta de se promover
desenvolvimento, com sustentabilidade.
O desenvolvimento sustentável não possui resposta a priori para a crise
atual e futura da humanidade, não traduz verdade incontestável, não produz
inevitavelmente o consenso, não representa narrativa nem oferece solução
que possa se dizer universal. Sequer poderia ter essa pretensão no mundo
pós-moderno!
Os consensos e soluções para a sustentabilidade serão locais (sem vali-
dade universal), feitos por sujeitos concretos em situações concretas, que de-
pendem de escolhas concretas (e, portanto implicam renúncias e sacrifícios).
É aí que a governança global (multinível, reflexiva, inteligente) - mais
do que a coação e o uso da força - parece ser a melhor abordagem para o en-
frentamento do desafio do desenvolvimento sustentável.
A governança global da sustentabilidade, como visto, pode ser imple-
mentada por meio de regimes internacionais. Na realidade, os regimes in-
ternacionais podem ser vistos como ações da governança global, na medida
em que sua formulação, desenvolvimento e implementação dependem da
participação ampliada dos atores envolvidos nas suas temáticas, e o diálogo
entre eles é condição fundamental para a solução efetiva dos problemas en-
frentados.
O exemplo que tomamos como objeto do presente trabalho é o regi-
me das mudanças climáticas, que vem se desenvolvendo há pouco mais de
20 anos.
203
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
204
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
205
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
7 Diz o citado preâmbulo: “Whereas the League of Nations has for its object the establishment of
universal peace, and such a peace can be established only if it is based upon social justice;”. Assim
traduzido livremente: “considerando que a Liga das Nações tem como seu escopo estabelecer a paz
universal e esta paz somente pode ser estabelecida se alicerçada sobre a justiça social”. cf.:http://
avalon.law.yale.edu/imt/partxiii.asp”
8 Cf.: http://onu.org.br/rio20/img/2012/01/rio92.pdf.
206
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
9 Assim estabelece o artigo 2º, §2 do Acordo de Paris: “Este Acordo será implementado de modo
a refletir equidade e o princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas e respectivas
capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais.”
207
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
10 Aliás, ressalte-se que os EUA, não assinaram o Protocolo de Quioto, pois tem mantido posição
nos sentido de que todos os países da Convenção devem se comprometer com metas de redução e
não apenas os do Anexo I.
11 Conforme o artigo 4º, § 3 do Acordo de Paris: “A contribuição nacionalmente determinada suces-
siva de cada Parte representará uma progressão em relação à contribuição nacionalmente determina-
da então vigente e refletirá sua maior ambição possível, tendo em conta suas responsabilidades co-
muns porém diferenciadas e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais.”
12 Artigo 4º, §4 do Acordo de Paris: “As Partes países desenvolvidos deverão continuar a assumir
a dianteira, adotando metas de redução de emissões absolutas para o conjunto da economia. As
Partes países em desenvolvimento deverão continuar a fortalecer seus esforços de mitigação, e são
encorajadas a progressivamente transitar para metas de redução ou de limitação de emissões para o
conjunto da economia, à luz das diferentes circunstâncias nacionais.”
208
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
13 “Embora o artigo 38.° do Estatuto do T.I.J. não lhe faça menção, a existência de actos pelos quais
um Estado, agindo sozinho, exprime a sua vontade e que produzem efeitos em direito internacional
é indiscutível [...]” (DINH, DAILLIER e PELLE, 1999, p. 328).
14 [...} ”Não há dúvida de que os Estados podem impor a si próprios obrigações ou exercer unila-
teralmente direitos nos limites admitidos pelo direito internacional geral.” (DINH, DAILLIER e
PELLET, 1999, p. 332).
15 Nesse sentido o Acordo de Paris, em seu artigo, §5, estabelece in verbis: “As Partes países em
desenvolvimento devem receber apoio para a implementação deste Artigo, nos termos dos Artigos
9º, 10 e 11, reconhecendo que um aumento do apoio prestado às Partes países em desenvolvimento
permitirá maior ambição em suas ações.”
209
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Isto não pode significar que as promessas anunciadas nas NDCs não
vinculem os estados, nem que a governança global se limite a um simples
processo de criação de soft law. Pois, do contrário, estar-se-ia abrindo mão
dos objetivos climáticos bem definidos no Acordo de Paris, sem o indispen-
sável processo de revisão e negociação junto aos fóruns estatais e não estatais
competentes, à luz das evidências científicas e do princípio da precaução.
Dos 178 países subscritores do Acordo de Paris, até o dia 24 de julho,
apenas 19 haviam ratificado o Instrumento16, cuja entrada em vigor exige ra-
tificação de, pelo menos, 55 países que representam 55% das emissões glo-
bais.
Afora a Noruega, que depositou sua ratificação em 20 de junho, bem
como se comprometeu via NDC com uma meta de redução de 40% entre
2021 e 2030 tendo como base o ano de 1990, e tem sido um dos grandes fi-
nanciadores climáticos globais, nenhum dos países do Anexo I e dos atuais
grandes emissores depositou seu instrumento de ratificação, sem os quais
será difícil o acordo entrar em vigor: Estados Unidos, China, União Euro-
péia, Rússia, Índia.
De acordo com o registro oficial de contribuições nacionalmente de-
terminadas do Acordo de Paris encontram-se registradas 20 NDC´s até o
presente17. Elas foram submetidas pelos países que ratificaram o Acordo de
Paris, exceto a Palestina que, embora tenha ratificado ainda não apresentou
NDC, além do Panamá e Papua Nova Guiné que apresentaram suas respecti-
vas contribuições nacionais, mas não consta terem ratificado o acordo.
CONCLUSÕES
16 Cf.:https://treaties.un.org/pages/ViewDetails.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=XXVII-7-
d&chapter=27&lang=en, acesso em: 24/07/2016.
17 Cf.: http://www4.unfccc.int/ndcregistry/pages/All.aspx, acesso em: 24/07/2016.
210
13 - GOVERNANÇA AMBIENTAL NA SOCIEDADE GLOBAL: ACORDO DE PARIS E PRINCÍPIO DAS
RESPONSABILIDADES COMUNS, PORÉM DIFERENCIADAS
REFERÊNCIAS
211
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
212
14
introDução
1 Bolsista CAPES. Analista em Ciência & Tecnologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE). Doutoranda em Direito Ambiental Internacional pela Universidade Católica de Santos
– UNISANTOS. Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté –
UNITAU.
2 Doutor em Direito Internacional pela USP. Membro do Instituto Internacional de Direito Espa-
cial (IISL) e da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA). Bolsista do Progra-
ma da Federação Internacional de Astronáutica para Líderes Espaciais Emergentes (2012). Professor,
pesquisador e advogado.
213
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
1. OBJETIVO
2. OBJETIVO ESPECÍFICO
3. METODOLOGIA
214
14 - A POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA: UM ENSAIO PARA A GOVERNANÇA
215
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
216
14 - A POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA: UM ENSAIO PARA A GOVERNANÇA
217
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
218
14 - A POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA: UM ENSAIO PARA A GOVERNANÇA
219
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
220
14 - A POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA: UM ENSAIO PARA A GOVERNANÇA
221
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Um representante e respectivo
suplente:
a) do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da
República.
b) do Comando da Aeronáutica do
Ministério da Defesa.
c) do Comando do Exército do
Ministério da Defesa.
d) do Comando da Marinha do
Ministério da Defesa.
e) do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico.
f) da Financiadora de Estudos e
Projetos.
222
14 - A POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA: UM ENSAIO PARA A GOVERNANÇA
Um representante da comunidade
científica e um do setor industrial,
e respectivos suplentes, envolvidos
com a área espacial, designados
pelo Presidente da República com
mandatos de dois anos, podendo
ser reconduzidos uma vez.
Os representantes e suplentes da
Finep e do CNPq serão indicados
ao Ministro de Estado da Ciência,
Tecnologia e Inovação pelo
Presidente da Agência Espacial
Brasileira.
223
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
II - propor a revisão da
legislação, no que couber, com Deliberar sobre as diretrizes para
vistas a: execução da PNDAE aprovada
a) formalizar um Programa de pelo Presidente da República.
Estado para as atividades
espaciais no Brasil;
Atuar na elaboração do PNAE,
bem como de suas atualizações e
b) propor um regime apreciar anualmente seu relatório
diferenciado de contratação de de execução.
pessoal especializado do setor
espacial; e
Atuar na elaboração da proposta
orçamentária anual da AEB.
c) propor um regime
diferenciado para aquisição de
Apreciar as propostas de atos de
bens, serviços, obras e
organização e funcionamento do
informações com aplicação
SIND5AE.
direta nos projetos e
instalações do setor espacial;
Apreciar acordos, contratos,
convênios e outros instrumentos
III - apresentar proposta de
internacionais, no campo das
revisão do PNAE para o
atividades espaciais.
decênio 2016-2025,
harmonizando as diversas
iniciativas espaciais em curso;Propor subsídios para a definição
de posições brasileiras em
negociações bilaterais e em foros
IV - propor um Projeto
internacionais, referentes a
Mobilizador, para o período de
assuntos de interesse da área
cinco anos, visando fomentar o
espacial.
desenvolvimento da indústria
nacional, quanto aos seus
componentes basilares: Aprovar diretrizes para o
satélite, lançador e estabelecimento de normas e
infraestrutura de lançamento e expedição de licenças e
operação; autorizações relativas às atividades
espaciais.
V - identificar as necessidades
e propor um plano de Opinar sobre projetos de leis,
recomposição, readequação e propostas de decretos e de outros
ampliação dos quadros de
224
14 - A POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA: UM ENSAIO PARA A GOVERNANÇA
VI - propor um plano de
valorização e divulgação das
atividades espaciais no Brasil.
Berggruen & Gardels (2013, p. 129) defendem que a base de uma de-
liberação sólida depende de informação neutra, objetiva e de qualidade. A
tomada de decisões feita por um grupo seleto e competente pode aferir a
qualidade e o pragmatismo adequados para realizações cujos frutos serão
perpetuados por anos. Se submetidas aos anseios imediatos, as decisões le-
varão a resultados de curta duração e, pior, poderão prejudicar a continuida-
de de atividades importantes para a sociedade, como é o caso do desenvolvi-
mento de veículos lançadores de satélites.
Como sugerido por Berggruen & Gardels (p. 178 a 179), qualquer que
seja o caminho optado, quer seja aprimorar algo que já existe, quer seja criar
uma entidade nova, a proposta deverá, ao menos, considerar dois aspectos
importantes:
a) Apoderamento local, ou seja, delegar e envolver: que neste caso refe-
re-se a todos os atores participantes do programa espacial sem restrições
partidárias, o que parece ser considerado em ambos os grupos descritos
acima, GTI e Conselho Superior da AEB.
b) Conselho deliberativo despolitizado: um grande desafio para qual-
quer ser humano em exercício de poder, porém a imparcialidade para
defender o que é bom para todos e não para essa ou aquela instituição
é fundamental.
CONCLUSÕES
225
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
226
14 - A POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA: UM ENSAIO PARA A GOVERNANÇA
227
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
228
15
o Direito JuriSPruDenciAl
AmbientAl brASileiro à luz DA
common lAW
229
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO
230
15 -O DIREITO JURISPRUDENCIAL AMBIENTAL BRASILEIRO À LUZ DA COMMON LAW
231
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
André Staack, para a disciplina – seminário de Manuel Atienza sobre Argumentação Jurídica no
curso de Ciências Jurídicas da Univali – Universidade do Vale do Itajaí em dez/2015.
232
15 -O DIREITO JURISPRUDENCIAL AMBIENTAL BRASILEIRO À LUZ DA COMMON LAW
233
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
234
15 -O DIREITO JURISPRUDENCIAL AMBIENTAL BRASILEIRO À LUZ DA COMMON LAW
235
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
236
15 -O DIREITO JURISPRUDENCIAL AMBIENTAL BRASILEIRO À LUZ DA COMMON LAW
Uma tônica desse contexto consiste no senso comum teórico que re-
produz, em expressão cunhada por Lênio Streck e Georges Abboud, uma
ideologia-do-conceito-com-pretensões-de-aprisionar-os-fatos-de-antemão. (STRECK,
ABBOUD, 2014,p.34)
Trata-se de uma pretensão, utópica, de se dar a resposta antes das per-
guntas serem formuladas, o que remonta ao positivismo exegético do século
XIX (THEODORO JUNIOR, NUNES, BAHIA, PEDRON, 2015, p.350).
Nesse sentido de repristinação, destaca Marinoni:
A repristinação dessa Escola manifesta-se quan-
do se elabora uma súmula, uma ementa ou uma
decisão-modelo na tentativa de sequestrar todas
as possíveis situações que digam respeito ao que
nelas se aprisiona, como um produto de sentido
antecipado, e há quem sustente que a criação das
súmulas (notadamente a vinculante) aproximou
o direito brasileiro do common law (MARINONI,
2011, p.491).
237
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
238
15 -O DIREITO JURISPRUDENCIAL AMBIENTAL BRASILEIRO À LUZ DA COMMON LAW
Para Nunes e Bahia, “nenhum país que leve minimamente a sério o Di-
reito jurisprudencial, pode permitir a criação e aplicação de súmulas e emen-
tas mecanicamente”(2013a).
Diante de todo esse abstracionismo, corremos os riscos de uma hiper-
integração em solo brasileiro.
Esta hiperintegração existe “na interpretação quando os fatos de um
caso com alguma especificidade e restrição acabam se tornando um parâme-
tro geral para casos subsequentes que não guardam suficientes padrões de
identificação com ele”(RAMIRES,2010, p.109).
Desta feita, precisa-se colocar em intensa discussão a hiperintegração
do uso dos “precedentes” no Brasil, com o uso indiscriminado de súmulas,
ementas e outras formas de simplificação do Direito, que vem ocorrendo em
todas as esferas, incluindo o Direito ambiental.
239
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
240
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[...]
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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15 -O DIREITO JURISPRUDENCIAL AMBIENTAL BRASILEIRO À LUZ DA COMMON LAW
249
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
250
16
DeSenvolvimento SuStentável e
eleiçõeS municiPAiS: umA AnáliSe
Sob A PerSPectivA DA AgenDA
PÓS-2015 (AgenDA 2030) e DoS
obJetivoS Do DeSenvolvimento
SuStentável
1 Advogada. Pedagoga. Mestre em Direito Ambiental pela Universidade Católica de Santos (UNI-
SANTOS). Diretora Escolar. MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Presidente da Comissão de Meio Ambiente da 44ª Subseção da OAB-SP.
2 Advogado. Professor Universitário. Mestre em Direito Ambiental (UNISANTOS), especialista
em Direito Público (Escola Paulista de Direito). Doutorando em Direito Ambiental Internacional
(UNISANTOS).
251
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
1. INTRODUÇÃO
252
16 -DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ELEIÇÕES MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA
agenda pós-2015 (agenda 2030) e dos objetivos do desenvolvimento sustentável
por causas evitáveis, e 216 mulheres morreram no parto a cada 100 mil nas-
cimentos. Em 2013, 59 milhões de crianças em idade escolar estavam fora
da escola e 26% das mulheres com idade entre 20 e 24 anos se casaram an-
tes de completar 18 anos.Em 2015, estimadas 663 milhões de pessoas ainda
usavam fontes de água insegura. Em 2012, 1,1 bilhão de pessoas ainda esta-
vam sem acesso a esse serviço essencial. (UN, 2016, p. 6).
A afirmação de que dois terços da população mundial devem viver em
cidades até 2030, de acordo com os dados do relatório da ONU-Habitat,
a urbanização fornece a maior oportunidade, e também responsabilidade,
para alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, principalmente
em relação à meta de número 11, que propõe tornar as cidades e os assenta-
mentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Nesse contexto, a governança detém um papel crucial na consecução
desses objetivos, em no cenário jurídico brasileiro, o município possui gran-
de encargo e atribuições, o que nos leva a perceber da importância da escol-
ha de bons dirigentes quando das eleições municipais.
Governança urbana pode ser definida como as várias maneiras em que
as instituições e indivíduos estão organizados na gestão diária de uma cida-
de, e os processos utilizados para realizar eficazmente a agenda de desenvol-
vimento de uma cidade, de curto e longo prazo. Governança é o ambiente
favorável que exige quadros legais adequados, processos políticos e uma ges-
tão administrativa eficiente, bem como mecanismos, orientações e ferramen-
tas para permitir que o governo local para responder às necessidades dos ci-
dadãos. Na verdade, é um processo de tomada de decisão envolvendo vários
atores com diferentes prioridades para garantir que as normas são estabeleci-
das e onde o desenvolvimento é alcançado e serviços são prestados aplicam.
Portanto, é um processo contínuo que indica o sucesso de um siste-
ma de cidade. Os governos locais têm proximidade, legitimidade e escala
na maioria dos países do mundo, para serem eleitos diretamente pelos ci-
dadãos, tornando-se a esfera de governo mais próxima da participação da
população nos assuntos públicos. A governança urbana reside principalmen-
te nas mãos dos governos locais, que têm adjacência para traduzir os princí-
pios da boa governança e dirigir com eficácia para desenvolver uma cidade
que garanta a cidadania urbana equitativa. No contexto de insegurança e de
conflito, os governos locais também têm o potencial para construir relações
positivas entre o Estado e a sociedade, devendo se conectar com os cidadãos
para assegurar que os princípios da cidadania serão preservados. Um gover-
no local deve conduzir uma gestão responsável, sustentável e transparente.
253
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
254
16 -DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ELEIÇÕES MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA
agenda pós-2015 (agenda 2030) e dos objetivos do desenvolvimento sustentável
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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16 -DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ELEIÇÕES MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA
agenda pós-2015 (agenda 2030) e dos objetivos do desenvolvimento sustentável
257
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
3 O Marco de Sendai traz foco maior na redução do risco, ou seja, aborda os fatores causadores do
desastre (abordagem preventiva) e está, assim, mais diretamente relacionado às negociações sobre
desenvolvimento sustentável e mudança do clima. O Marco de Sendai para a Redução do Risco
de Desastre (RRD) também traz novos mecanismos de monitoramento, desde o nível local até o
nacional.
258
16 -DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ELEIÇÕES MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA
agenda pós-2015 (agenda 2030) e dos objetivos do desenvolvimento sustentável
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
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16 -DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ELEIÇÕES MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA
agenda pós-2015 (agenda 2030) e dos objetivos do desenvolvimento sustentável
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16 -DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ELEIÇÕES MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA
agenda pós-2015 (agenda 2030) e dos objetivos do desenvolvimento sustentável
CONCLUSÕES
263
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
REFERÊNCIAS
264
16 -DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ELEIÇÕES MUNICIPAIS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA
agenda pós-2015 (agenda 2030) e dos objetivos do desenvolvimento sustentável
BIBLIOGRAFIA
265
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
266
17
regulAção internAcionAl DA
energiA nucleAr: legADo DoS 30
AnoS PÓS-cHernobYl
PATRÍCIA ANACHE1
267
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
1. INTRODUÇÃO
268
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
Este desastre nuclear mudou a atitude das nações para a segurança nu-
clear. Após o acidente, novas normas e estratégias para melhorar a segurança
nuclear e de radiação, resposta de emergência e mitigação de desastres, e
debates sobre responsabilidade nuclear internacional foram desenvolvidos,
haja vista que antes do desastre nuclear de Chernobyl, a regulamentação in-
ternacional de energia nuclear era parca, apenas consistindo de recomen-
dações técnicas internacionais, que não eram obrigatórias nem vinculativas,
a menos que fossem incorporadas no direito interno ou tratados bilaterais
ou multilaterais.
Diante disso, através de imediatas e posteriores Convenções interme-
diadas pela Associação Internacional de Energia Atômica (AIEA), foram
adotados instrumentos legais relacionados à segurança e salvaguardas nu-
cleares a nível doméstico e internacional, cujo escopo do quadro legal vem
evoluindo e sendo significativamente aprimorado, sobretudo, no que se de-
nota da irrestrita cooperação internacional dos Estados, uma vez que a maté-
ria versa interesses transfronteiriços.
Se a história serve de guia, uma das consequências diretas da calami-
dade ocorrida em Chernobyl terá sido a criação de requisitos de segurança
mais rigorosos ensejados por Convenções e Regulamentações posteriores, na
tentativa de tirar o atraso normativo aludido em matéria de energia nuclear.
É neste contexto que este artigo analisa as causas, respostas e consequências
do acidente da usina nuclear de Chernobyl, descrevendo apenas brevemente
a sua substância e o fundo que conduz ao respectivo desenvolvimento. Mais
importante, no entanto, destaca-se algumas das medidas práticas tomadas
desde o acidente, tanto pela AIEA como pela comunidade internacional.
Além disso, o presente documento identifica alguns dos desafios atuais e,
em uma perspectiva breve, considera algumas iniciativas multilaterais recen-
tes no domínio nuclear e seu possível impacto sobre a evolução futura do
direito nuclear.
269
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
2 Para maiores detalhes, vide International Atomic Energy Agency, 1986, p. 62-65.
3 Idem.
4 Idem.
5 Idem.
6 É importante ressaltar que a explosão que ocorreu em Chernobyl não foi uma explosão atômica.
A primeira explosão foi de vapor seguida, provavelmente por uma explosão química. Fonte: OECD
Nuclear Energy Agency and the International Atomic Energy Agency
270
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
7 Em relação aos efeitos do material radioativo liberado face ao meio ambiente e ao ser humano,
vide: Ferro, 2014.
8 Na tentativa de evitar que mais insucessos como o acidente supracitado sobreviesse, tendo em con-
ta que não havia ainda nenhuma orientação normativa a ser seguida pelo setor que ora se comenta,
as diversas centrais nucleares espalhadas no mundo uniram-se com o escopo de se autorregularem,
estabelecendo um padrão e controle mútuo entre si a serem respeitados. Isso porque, bem sabiam
que uma indústria nuclear era refém da outra, e sem o estabelecimento de um padrão normativo a
ser respeitado e seguido pelas diversas centrais nucleares, o eventual acidente nuclear em uma central
prejudicaria sistematicamente as demais, como reação em cadeia ocasionada por falta de criteriação
e standarts mínimos de confiabilidade e segurança, o que poderia minar todo o mercado do setor
energético nuclear da arena global. Desta feita, dessa união estabeleceu-se um organismo regulador
privado, em 1980, denominado Institute of Nuclear Power Operations, que em 1989 se transformou
em ente regulador privado global denominado World Association of Nuclear Operators - WANO.
Vide: Plaza, 2011, p. 32.
9 Importante informar que insere-se à esse conjunto de orientações a obrigação específica de o
Estado que sofre eventual acidente nuclear de notificar outros Estados, haja vista a amplitude do
infortúnio possa ter efeito em outros países.
271
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
10 Para maiores informações, vide Treaties, Conventions and Agreements Related to the IAEA’s
Work. Disponível em: <https://www.iaea.org/publications/documents/treaties>. Acesso em 15 de
julho de 2016.
11 A AIEA pode ser definida como um fórum intergovernamental que visa a cooperação científica e
técnica para o uso pacífico da energia nuclear. Em seu Estatuto, consta que a Agência tem o objetivo
de acelerar e aumentar a contribuição deste tipo de energia para a paz, saúde e prosperidade em
todo o Mundo, em prejuízo de qualquer préstimo desta energia para fins militares. Disponível em:
<http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/OI/AIEA/AIEA.htm>.
12 Tais standards são direcionados precipuamente à área do safety, componente da ideia inserida no
conceito dos “3 S” da proteção nuclear: safety, security e safeguards. Entretanto, pelo fato de que,
em regra, uma medida adotada para um de tais âmbitos implicar na efetivação de outro, os parâme-
tros da IAEA são de igual modo direcionados à matéria de segurança nuclear. Vide: International
Atomic Energy Agency, 2006.
272
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
13 Os safety fundamentals são divididos em dez princípios, direcionados a partir do objetivo elen-
cado, qual seja, “proteger pessoas e o meio ambiente dos efeitos danosos da radiação ionizante”.
Alguns desses princípios imputam a responsabilidade primordial pela proteção nuclear aos respon-
sáveis pelas instalações e atividades nucleares, isto é, aos operadores e em âmbito internacional, ao
Estado em cuja jurisdição restam tais instalações e atividades (princípio 1). Ainda demandam por
parte dos países, a instituição de uma estrutura legal efetiva e de um órgão regulador independente
(princípio 2), bem como tratam de um efetivo sistema de gestão de nível elevado de proteção nuclear
(safety), que inclua a gestão de riscos de radioatividade (princípio 3). Vide International Atomic
Energy Agency, 2007.
14 Os riscos da radioatividade são definidos pela IAEA como a probabilidade ou a efetiva ocorrência
de efeitos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, em decorrência da exposição à radiação.
15 Instalações e atividades nucleares possuem uma acepção ampla, compreendendo todas as fontes
de radiação ionizante, bem como atividades de gestão de resíduos radioativos, transporte de material
radioativo e qualquer outra prática ou circunstância que possa expor o ser humano à radiação deco-
rrente de fontes naturais ou artificiais.
16 Para uma perspectiva integral de tais requerimentos, tanto os gerais e os específicos, bem como
do seu posicionamento em relação aos demais safety standards, cf International Atomic Energy
Agency 2016.
273
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
274
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
17 Importante mencionar a cultura de proteção nuclear ou safety culture, que é definida a partir da
acepção de cultura organizacional, reunindo características e atitudes no âmbito da organização e
por parte dos próprios indivíduos, de modo que estabeleçam como prioridade máxima aspectos de
proteção nuclear da própria estação, em relação aos quais é conferida atenção conforme sua relevân-
cia. Em verdade, a cultura de proteção nuclear lida com a identificação e gestão das questões concer-
nentes à proteção nuclear, sendo caracterizada pela “accountability”, liderança, integração com as
demais atividades da instalação nuclear e por um processo de aprendizado contínuo e dirigido. Para
maiores desenvolvimentos acerca do conceito de cultura, cultura organizacional e da própria cultura
de proteção nuclear confira International Atomic Energy Agency, 2013.
275
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
18 Para complementação bibliográfica, vide: Pelzer, 1994, p. 207; Strohl, 1998, p. 571.
276
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
19 Um dos defensores da energia nuclear é Lovelock, que defende que os riscos potenciais do uso
da energia nuclear não têm força perante os danos causados pela poluição do ar e o aquecimento
global. Vide Lovelock, 2004. Assumindo uma posição intermediária, e alertando para a necessidade
de se considerar seriamente a energia nuclear como alternativa possível e viável, vide Giddens, 2014.
20 No seu relatório, “Nosso Futuro Comum”, estabelecem-se os principais desafios para a comuni-
dade mundial: alcançar o desenvolvimento sustentável até ao ano 2000 e concordar em adoções de
soluções multilaterais e de um sistema económico reestruturado. A Comissão apelou a uma maior
cooperação internacional para erradicar a pobreza, administrar os bens comuns globais, e manter a
paz e a segurança em todo o mundo. A fim de ampliar o espectro de questões abordadas, definiu o
“ambiente” como “habitat em que todos nós vivemos”, e definiu “desenvolvimento” como “o que
fazemos na tentativa para melhorar nossa situação dentro desse domicílio”. Assim, a Comissão afir-
mou que o meio ambiente e desenvolvimento sustentável são inseparáveis, reconhecendo a crescente
interdependência entre as Nações em lidar com problemas económicos e ambientais.
21 Para mais desenvolvimentos, vide Pontier, 2013. A obra agrega vários contributos que analisam,
através de diferentes e enriquecedoras perspectivas, a relação entre a democracia e o direito da
energia nuclear, concluindo, de forma sucinta, que o desenvolvimento deste, e do respectivo corpo
normativo, influencia positivamente o melhor desenvolvimento possível da democracia ao pugnar,
por exemplo, por uma participação ampla dos cidadãos, no quadro de uma discussão aberta, na
construção do referido corpo normativo.
277
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
aos desafios globais das sociedades hodiernas, mas deverá ser uma resposta
obtida de forma segura, consciente, ética e democrática22.
CONCLUSÕES
22 Para uma perspectiva a nível mundial do Direito da Energia e das Políticas Energéticas em matéria
nuclear, vide Heffron, 2015.
23 A expressividade e importância da IAEA é tamanha que, em 2005 recebeu The Nobel Peace
Prize (através do seu Diretor Geral, Dr. Mohamed ElBaradei), por their efforts to prevent nuclear
energy from being used for military purposes and to ensure that nuclear energy for peaceful purposes
is used in the safest possible way. Vide: <http://nobelprize.org/peace/laureates/2005/press.html>.
278
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
REFERÊNCIAS
279
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
280
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
ANEXO 1
I. Organizações Internacionais
281
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
ANEXO 2
282
17 - REGULAÇÃO INTERNACIONAL DA ENERGIA NUCLEAR: LEGADO DOS 30 ANOS PÓS-CHERNOBYL
283
18
1 Advogado. Professor Universitário. Especialista pela Escola Paulista de Direito. Mestre em Direito
Ambiental (UNISANTOS).
2 Advogada. Pedagoga. Mestre em Direito Ambiental pela Universidade Católica de Santos (UNI-
SANTOS). Diretora Escolar. MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Presidente da Comissão de Meio Ambiente da 44ª Subseção da OAB-SP.
285
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO
286
18 -MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, DIREITOS HUMANOS E A CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE
POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP’S
287
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
288
18 -MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, DIREITOS HUMANOS E A CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE
POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP’S
289
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Vê-se que o meio ambiente como bem transindividual deve ter sua
fruição limitada para que o abuso na sua utilização não atinja a sociedade e
o homem. De um lado o direito ao desenvolvimento é um direito garanti-
do na Constituição Federal, sendo classificado como objetivo fundamental
da República Federativa do Brasil, conforme preceitua o artigo 3º da Cons-
tituição Federal. Esse direito não está protegido apenas neste artigo isolada-
mente. Ele também se faz presente no artigo 170, Inciso IV e parágrafo úni-
co.
290
18 -MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, DIREITOS HUMANOS E A CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE
POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP’S
291
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
292
18 -MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, DIREITOS HUMANOS E A CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE
POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP’S
293
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
294
18 -MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, DIREITOS HUMANOS E A CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE
POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP’S
295
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO
CONCLUSÕES
296
18 -MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, DIREITOS HUMANOS E A CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE
POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP’S
Essa situação é muito perigosa, pois vários são os casos de acidentes ambien-
tais nesta atividade que acabaram ceifando vidas precocemente, ou causan-
do doenças.
De outro lado verifica-se ao longo da história a crescente preocupação
com o meio ambiente do trabalho, que passa a ser incorporado no rol dos
chamados direitos humanos.
A Convenção de Estocolmo que entrou em vigor em junho de 2005 no
Brasil é mais uma tentativa de tentar solucionar o crônico, e perigoso proble-
ma da contaminação química de diversos trabalhadores no mundo. Anali-
sando o texto desta convenção percebe-se que ainda resta por fazer, uma vez
que ainda se permite que alguns POP’s extremamente perigosos à saúde ain-
da sejam produzidos.
A solução para os POP’s somente ocorrerá quando a sociedade mun-
dial reconhecer os perigos desses produtos, e ocorrerem pressões sobre os
Estados para a efetiva implementação do desenvolvimento sustentável nes-
ta atividade. Isso somente será possível quando a informação sobre o assun-
to chegar a todos, implementando-se o princípio da informação ambiental.
REFERÊNCIAS
297
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
298
18 -MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, DIREITOS HUMANOS E A CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE
POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP’S
ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=11566 Acesso em: 24 jul.2016.
299
19
1 Doutora pela PUC/São Paulo. Advogada Criminalista e atual Diretora da Faculdade, Mestrado e
Doutorado em Direito da Universidade Católica de Santos - UniSantos. Coordenadora e professora
da Pós-Graduação Lato Sensu de Direito Penal, Processo Penal e Criminologia da Universidade
Católica de Santos, onde também leciona Direito Penal da Graduação da Faculdade. Autora das
obras “Direito dos Presidiários e suas Violações” e “Crimes Passionais, ou Amor Patológico?” e de
artigos científicos.
2 Doutoranda em Direito Ambiental Internacional - UNISANTOS (2015). Professora de Graduação
e Pós Graduação “lato sensu” da Faculdade de Direito da UNISANTOS e Coordenadora dos Cursos
de Especialização, Extensão e Aperfeiçoamento da Faculdade de Direito da UNISANTOS.
301
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Constitution, that is, its inhabitants are holders of fundamental rights and
human to an ecologically balanced environment. Therefore, we hope to con-
tribute to a more comprehensive view of human rights and environmental
law.
Keywords: environment; artificial environment; prison environment;
Human Rights; dignity human been.
INTRODUÇÃO
1. MEIO AMBIENTE
302
19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
303
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
304
19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
305
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
306
19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
3 Ibidem.
4 Ibidem, p.177.
307
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
308
19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
309
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
310
19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
E adverte:
A Lei nº 6.938/81 estabelece, como uma das hi-
póteses que caracterizam a poluição, a degradação
ambiental resultante de atividades que, direta ou
311
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19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
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19 -O MEIO AMBIENTE PRISIONAL BRASILEIRO E O DIREITO FUNDAMENTAL E HUMANO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
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20
resumo: Este artigo visa a analisar se, no caso de poluição do mar pela
emissão de óleo causada pela Chevron Brasil e a contratada Transocean foi,
efetivamente, aplicada a Teoria do Risco Integral, em respeito aos Princípios
e Objetivos do Direito Ambiental na celebração do Termo de Ajustamen-
to de Conduta (TAC), considerando, entre outras condicionantes, a exone-
ração quanto à culpa das rés na esfera da responsabilidade civil, assim como
a ausência da cidadania ambiental, vale dizer, a não participação de organi-
zações não governamentais, associações, empresas públicas ou fundações do
início ao cumprimento do TAC.
Palavras-chave: Teoria do Risco Integral; Termo de Ajustamento de
Conduta; Chevron; responsabilidade civil ambiental; Cidadania ambiental.
Abstract: This article aims to examine whether, in the case of sea po-
llution by oil emission caused by Chevron Brazil and hired Transocean was
effectively applied to Integral Risk Theory and the Principles and Objectives
of Environmental Law in celebration of Adjustment Term conduct (TAC),
considering, among other conditions, the exemption as to the guilt of the
defendants in the civil responsibility sphere, and the absence of environmen-
tal citizenship, that is, the non-participation of non-governmental organiza-
tions, associations, public companies or foundations from start to complian-
ce with the TAC.
Keywords: Integral Risk Theory; Conduct adjustment Term; Chevron;
environmental liability; environmental citizenship.
1Advogada, Mestra em Direito Ambiental pela Universidade Católica de Santos; Presidente da Co-
missão de Meio Ambiente da OAB na 132ª Subseção de Praia Grande/SP; Consultora ambiental do
Instituto MARAMAR “para a gestão responsável dos ambientes costeiros e marinhos” (Santos/SP).
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INTRODUÇÃO
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20 - A TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADA AO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) NO CASO
CHEVRON
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20 - A TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADA AO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) NO CASO
CHEVRON
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Observe-se que há interesses conflitantes entre si, são eles: a rápida so-
lução do litígio ambiental e a indisponibilidade, irrenunciabilidade e inalie-
nabilidade do bem difuso, coletivo e transindividual, o meio ambiente.
Nesse sentido, parte da doutrina entende que o TAC possui, sim, um
caráter de solução pacífica de conflitos, mas a natureza jurídica seria a tran-
sação10 (FARIAS, 2013).
Em sentido contrário, a doutrina dominante entende que a natureza
jurídica do TAC quando envolve matéria ambiental não configura uma tran-
sação, vez que o objeto não compreende bens patrimoniais privados. Ponde-
ra, contudo, que é um instrumento similar ao da transação, se diferencian-
do, apenas, porque não há disposição do bem ambiental.
Se, de um lado, o mecanismo denota ser de utili-
dade visível para resolver litígios concretos de dano
iminente ou consumado, no qual o responsável se
dispõe a cumprir as exigências legais, de outro, a
tarefa é incontestavelmente complexa, pois os inte-
resses jurídicos ambientais são, em sua compreensão
conceptual, indisponíveis. Lembre-se de que o ca-
ráter indisponível do bem ambiental impede que
seja, por exemplo, feita uma transação11, dispondo
de maneira irrestrita, dos interesses relevantes da so-
ciedade. De fato, o compromisso de ajustamento
não é tecnicamente uma transação da forma consa-
grada pelo direito civil, mas, sim, um instrumento
similar, em que o agente se submete a cumprir as
exigências legais, sem que haja propriamente uma
disposição. Saliente-se, assim, que o compromisso
de ajustamento não comporta a disposição de direi-
to material. (LEITE; AYALA, 2010, p. 256-257)
324
20 - A TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADA AO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) NO CASO
CHEVRON
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20 - A TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADA AO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) NO CASO
CHEVRON
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CHEVRON
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20 - A TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADA AO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) NO CASO
CHEVRON
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20 - A TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADA AO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) NO CASO
CHEVRON
CONCLUSÕES
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20 - A TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADA AO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) NO CASO
CHEVRON
REFERÊNCIAS
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A meDiAção nA Prevenção De
conFlitoS DecorrenteS De
migrAçõeS AmbientAiS
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INTRODUÇÃO
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21 - A MEDIAÇÃO NA PREVENÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DE MIGRAÇÕES AMBIENTAIS
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21 - A MEDIAÇÃO NA PREVENÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DE MIGRAÇÕES AMBIENTAIS
2. REFUGIADOS AMBIENTAIS
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3. MIGRAÇÕES AMBIENTAIS
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21 - A MEDIAÇÃO NA PREVENÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DE MIGRAÇÕES AMBIENTAIS
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CONCLUSÕES
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21 - A MEDIAÇÃO NA PREVENÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DE MIGRAÇÕES AMBIENTAIS
REFERÊNCIAS
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351
22’
353
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Tax on the Ownership of Motor Vehicles (IPVA) with the voluntary com-
mitments to reduce emissions agreed by the State and the international agre-
ements signed by him. The analysis concluded that the legislation needs to
be modified, so that this tax could be used as an instrument of environmen-
tal policy and help to stimulate the renewal of the fleet, the development of
new technologies for intelligent vehicles and the preferential use of renewa-
ble fuels, to decreasing the impact of emissions from the transport sector.
Keywords: Climate Change; State of São Paulo; Environmental poli-
tics; Tax on Motor Vehicles Property; Extrafiscality
INTRODUÇÃO
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22 - O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) E OS COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS CLIMÁTICOS ASSUMIDOS PELO ESTADO DE SÃO PAULO
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Uma boa parte dos recursos ambientais não são precificados, pois não
apresentam um custo financeiro a ser incorporado na produção, razão pela
qual a escassez ou superutilização não são consideradas no processo produ-
tivo e não afetam o produtor, que não se preocupa em evitar ou minimizar
seu comportamento poluente ou o efeito poluente dos produtos que coloca
no mercado. Essa falha de mercado gera uma externalidade , pois como o
produtor não é afetado pela poluição, esse custo não é incorporado na sua
produção e acaba sendo transferido para a coletividade que sofre com a de-
gradação ambiental (DONAIRE, 1999).
A poluição ambiental e os problemas climáticos são influenciados ou
intensificados por essas falhas do sistema de mercado, demonstrando uma
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22 - O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) E OS COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS CLIMÁTICOS ASSUMIDOS PELO ESTADO DE SÃO PAULO
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22 - O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) E OS COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS CLIMÁTICOS ASSUMIDOS PELO ESTADO DE SÃO PAULO
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22 - O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) E OS COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS CLIMÁTICOS ASSUMIDOS PELO ESTADO DE SÃO PAULO
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22 - O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) E OS COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS CLIMÁTICOS ASSUMIDOS PELO ESTADO DE SÃO PAULO
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CONCLUSÕES
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22 - O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) E OS COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS CLIMÁTICOS ASSUMIDOS PELO ESTADO DE SÃO PAULO
REFERÊNCIAS
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22 - O IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) E OS COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS CLIMÁTICOS ASSUMIDOS PELO ESTADO DE SÃO PAULO
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INTRODUÇÃO:
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23 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EMPREGO VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E TRABALHO DECENTE
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23 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EMPREGO VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E TRABALHO DECENTE
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SUSTENTÁVEL E TRABALHO DECENTE
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23 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EMPREGO VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E TRABALHO DECENTE
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
Observa Silvia Maria Manfredi (1998, p.2 e 9), em estudo sobre as di-
mensões conceituais da qualificação e da competência, que são termos po-
lissêmicos e que variam de acordo com os parâmetros teórico-metodológicos
utilizados para investigá-los, mas afirma que há, “no nível das concepções e
representações, um movimento no sentido de substituir a noção de quali-
ficação pelo chamado modelo da competência”. Neste sentido, analisando as
noções de qualificação construídas no campo da economia da educação e da
sociologia do trabalho, sintetiza:
Para alguns, a qualificação é considerada na pers-
pectiva da preparação para o mercado, envolvendo,
portanto, um processo de formação profissional
adquirido por meio de um percurso escolar e de
uma experiência (ou carreira profissional) capaz de
preparar os trabalhadores para o ingresso e a manu-
tenção no mercado formal de trabalho. Um outro
uso da noção de qualificação é entendê-la como
um processo de qualificação/desqualificação ine-
rente à organização capitalista do trabalho, sendo o
resultado da relação social entre capital e trabalho
e da correlação de forças entre ambos. Há ainda
uma terceira visão (mais recente, da sociologia do
trabalho francesa) que aborda e define a qualifica-
ção a partir da investigação de situações concretas
de trabalho. Os autores destes estudos designam tal
qualificação de real e operacional. (MANFREDI,
1998, p. 8)
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23 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EMPREGO VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E TRABALHO DECENTE
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Outro aspecto da Resolução que merece destaque diz respeito aos gru-
pos desfavorecidos. No item sobre políticas para o desenvolvimento de com-
petências, dispõe que os sistemas de educação e formação deveriam atender
às necessidades dos jovens, das mulheres, dos trabalhadores vulneráveis e
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23 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EMPREGO VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E TRABALHO DECENTE
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
CONCLUSÕES
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23 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EMPREGO VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E TRABALHO DECENTE
REFERÊNCIAS
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385
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
386
24’
A incAPAciDADe De reSiliÊnciA Do
oceAno DiAnte DA FrAgiliDADe
DoS inStrumentoS JuríDicoS
APtoS A inibir o lAnçAmento
DeliberADo De eSgoto SAnitário
no mAr
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO
2 Teoria da inesgotabilidade dos recursos naturais – “Até o início do século passado ainda vigia
o pensamento, herdado de séculos anteriores (em especial do final do século XIX), de que o des-
envolvimento material das sociedades era o valor supremo a ser almejado. Desconsiderava-se por
completo a possibilidade de que o processo industrial pudesse conter em si algum malefício, fruto
do lixo industrial, que fosse capaz de prejudicar a natureza. Natureza esta, que sendo compreendida
pelos homens daquela época como uma dádiva, talvez fosse capaz de absorver, de forma integral, to-
dos os resíduos que as atividades industriais viessem a produzir, sem que com isto sofresse qualquer
consequência”(SOUZA, 2008. p. 3)
3 A Zona Costeira – em particular os estuários – pode ser definida como área de planejamento ou
área-problema, não só devido a suas características ecológicas e o uso intensivo que dela se faz em
muitas partes do mundo, como também pelas potencialidades para um rápido desenvolvimento
de atividades humanas (portuárias, turísticas, pesqueiras, entre outras). Os sistemas costeiros são
bem mais dotados em recursos naturais renováveis, em comparação com os sistemas terrestres.
(UNESCO)
4 Consultar legislação sobre o assunto: Lei 9.966/2000 que dispõe sobre prevenção, o controle e a
fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas
emáguassob jurisdição nacional e dá outras providências. Resolução 398 do CONAMA que dispõe
sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo
388
24 - A INCAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DO OCEANO DIANTE DA FRAGILIDADE DOS INSTRUMENTOS
JURÍDICOS APTOS A INIBIR O LANÇAMENTO DELIBERADO DE ESGOTO SANITÁRIO NO MAR
em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, termi-
nais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas,
clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração.
5 Os poluentes não conservativos ou biodegradáveis são os mais lançados nos mares e caracterizam-
se pelo baixo tempo de persistência no ambiente aquático se comparados com os demais. Neste
grupo estão incluídas todas as substâncias passíveis de degradação bacteriana ou biológica, tais como
as orgânicas ricas em carbono, fósforo e nitrogênio. Tais poluentes estão presentes em grandes quan-
tidades nos efluentes domésticos, urbanos e de determinadas indústrias. (VIDIGAL, 2006. p. 73)
6 Incontáveis são as pesquisas nos mais variados ramos do conhecimento acerca da questão do
saneamento básico. Entretanto, na maior parte das obras não é apontada a relação de causa e efeito
entre a atividade de coleta e despejo de esgotos sanitários e a degradação progressiva e continuada
dos ecossistemas marinhos.
7 A tentativa de resolução do problema do saneamento básico já é anterior a promulgação da Lei
11.445 de 2007. Com o crescimento desordenado das cidades, buscavam-se soluções imediatistas
para afastar o despejo de esgotos, criaram-se dutos que levavam esse material em sua maioria orgâni-
co, diretamento aos leitos dos rios e mares. Também se construíam fossas e semidouros, mas hoje já
se sabem que as fossas podem contaminar os lençóis freáticos. Com o agravamento dos problemas,
passaram-se a tratar do tema no âmbito legislativo, regulando a atividade de criando padrões mí-
nimos de contaminação. Surge, nesse momento, o gargalo entre saneamento e meio ambiente e a
questão passa a ser tratada somente como uma pauta dos ministérios das cidades e de infra estrutura.
8 Destaca-se nesse contexto as iniciativas do instituto intitulado “Trata Brasil” que, entre outras coi-
sas, se propõe a informar ao cidadão comum quais ações vem sendo tomadas pelos entes federados
a esse respeito e quais os dados reais sobre a ineficiência dos serviços de saneamento básico em todo
o país e suas consequências para o meio ambiente. Além disso, a Campanha da Fraternidade desse
ano de 2016, com o tema “nossa casa comum, nossa responsabilidade” está se dedicando ao tema do
acesso aos serviços de saneamento básico, tratado como um direito fundamental de todos os brasilei-
ros. Embora vivamos em um país laico, é inegável a influência social exercida pelas religiões e, nesse
caso especificamente, pela figura do Papa, a qual a campanha está vinculada e que nos últimos anos
tem se manifestado em defesa da preservação ambiental. Conferir mais informações em: <http://
www.tratabrasil.org.br/>
389
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
9 “(...) campanhas tem sido elaboradas em diversos países costeiros, visando à limpeza dos mares.
390
24 - A INCAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DO OCEANO DIANTE DA FRAGILIDADE DOS INSTRUMENTOS
JURÍDICOS APTOS A INIBIR O LANÇAMENTO DELIBERADO DE ESGOTO SANITÁRIO NO MAR
Para esse fim, apelam para que sejam implementadas ações nacionais e regionais com metas de
saneamento que deverão ser acompanhadas pelo desenvolvimento de indicadores de qualidade de
vida e de gerenciamento confiável. O alcance dessas metas deve levar em conta aspectos como a cons-
cientização sobre práticas de higiene e de despejo adequado do esgoto, inclusive com a reutilização
do esgoto tratado com adubo natural”.(VIDIGAL,2006,p.161)
10 Nos dois últimos anos muitas foram as pesquisas envolvendo a contaminação da água e a proli-
feração de mosquitos transmissores de doenças como Zyka, Dengue e Chincungunha. Tais enfermi-
dades são classificadas pela área da saúde como doenças de países emergenciais que poderiam ser
evitadas se houvesse uma preocupação efetiva com o saneamento básico e investimentos públicos
para a execução desses serviços. Essa abordagem, entretanto, não é o foco do trabalho, sendo trazida
apenas a título elucidativo para exemplificar uma situação de reconhecimento de nexo de causalida-
de entre o despejo de esgoto sanitário e suas consequências.
391
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
11 Os ecossistemas costeiros, de acordo com relatório aos tomadores de decisão do país realizado em
1998 no Rio de Janeiro, podem ser classificados em: costões rochosos; lagunas costeiras, estuários e
deltas; manguezais e marismas; praias arenosas e lodosas; recifes de coral; restingas e dunas. Todos
com suas próprias especificidades, vem sendo ameaçados pelo lançamento deliberado de esgotos
sanitário ao longo das praias. Comissão Nacional Independente sobre os Oceanos, 1998.
392
24 - A INCAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DO OCEANO DIANTE DA FRAGILIDADE DOS INSTRUMENTOS
JURÍDICOS APTOS A INIBIR O LANÇAMENTO DELIBERADO DE ESGOTO SANITÁRIO NO MAR
12 Ver: BECK, Ulrich; LEITE, José Rubens Morato; CARVALHO, Delton Winter.
13 Conferir: art. 2º da Lei 11.445 de 2007
393
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
394
24 - A INCAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DO OCEANO DIANTE DA FRAGILIDADE DOS INSTRUMENTOS
JURÍDICOS APTOS A INIBIR O LANÇAMENTO DELIBERADO DE ESGOTO SANITÁRIO NO MAR
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ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
16 Objetivo 14 da ONU
396
24 - A INCAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DO OCEANO DIANTE DA FRAGILIDADE DOS INSTRUMENTOS
JURÍDICOS APTOS A INIBIR O LANÇAMENTO DELIBERADO DE ESGOTO SANITÁRIO NO MAR
que tratavam da matéria, o que se tem observado é que muito pouco foi feito
e que os problemas envolvendo fornecimento de água e tratamento adequa-
do de esgotos no Brasil, só tem se agravado a cada dia.
Entre os institutos previstos em lei é possível destacar a gestão associa-
da que consiste na associação voluntária dos entes federados por convênio
de cooperação ou consorcio público, a elaboração de contrato de programas
que pretende aos poucos substituir o anterior sistema de concessões, bem
como instrumentos de caráter técnico como os emissários submarinos, por
exemplo.
Ao tratar da questão do planejamento, prevê a lei que o plano deverá
abranger ações para emergências e contingências, diagnostico da situação e
de seus impactos, objetivos e metas de curto, médio e longo prazo. Os con-
tratos de programa, inovação trazida pela lei, pode ser compreendido de
acordo com a seguinte perspectiva:
Se existe no sistema normativo figura especial di-
recionada à delegação dos serviços de saneamento
básico, não parece razoável a celebração de contra-
tos de concessão (figura genérica), envolvendo a
execução daqueles após a Lei 11.445;2007. O fato
de haver menção ao contrato de concessão na Lei
11.445;2007 pode ser justificado em razão de, por
ocasião da publicação da norma, haver inúmeros
contratos em andamento. A novel legislação, por-
tanto, não poderia ignorá-los. Obviamente, seria
de melhor técnica a criação de regras específicas de
transição entre os modelos de concessão e progra-
ma, o que não foi efetivado. (MILARÉ,2011, p.790-
7910
17 Conferir o andamento das ações diretas de inconstitucionalidade no site do STF. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=1714588>
397
ANAIS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL
18 Conferir: TJ-RS - AC: 70066233347 RS, Relator: Maria Isabel de Azevedo Souza, Data de Julgamento:
01/09/2015, Vigésima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/09/2015
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24 - A INCAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DO OCEANO DIANTE DA FRAGILIDADE DOS INSTRUMENTOS
JURÍDICOS APTOS A INIBIR O LANÇAMENTO DELIBERADO DE ESGOTO SANITÁRIO NO MAR
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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24 - A INCAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DO OCEANO DIANTE DA FRAGILIDADE DOS INSTRUMENTOS
JURÍDICOS APTOS A INIBIR O LANÇAMENTO DELIBERADO DE ESGOTO SANITÁRIO NO MAR
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1. introDução
1 Procurador de Justiça (MPSP), Doutor em Direito do Estado (USP), Professor nos cursos de gra-
duação e pós-graduação stricto sensu (UniSantos)
2 Fica apenas o limitado registro da concepção de duas teorias a respeito do assunto. A teoria dua-
lista assinala a independência e separação entre o direito internacional e o direito interno, visto que
aquele regula relações entre Estados e depende da vontade comum deles e este disciplina as relações
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25 - VALOR NORMATIVO INTERNO DE TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
E MEIO AMBIENTE
4 STF, ADI-MC 1.480-DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, 04-09-1997, m.v., DJ 18-05-
2001, p. 429.
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5 RTJ 204/858.
6 Excepcional, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição de 1988 na redação da Emenda n. 45/04.
7 Neste último caso, como não há hierarquia entre lei e tratado internacional, eventual conflito tem
solução pelos critérios cronológicos ou da especialidade, segundo julgados do Supremo Tribunal
Federal (RTJ 70/333, 100/130).
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25 - VALOR NORMATIVO INTERNO DE TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
E MEIO AMBIENTE
8 Tal implicitamente foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (RTJ 95/350).
9 “PARIDADE NORMATIVA ENTRE ATOS INTERNACIONAIS E NORMAS INFRACONS-
TITUCIONAIS DE DIREITO INTERNO. - Os tratados ou convenções internacionais, uma vez
regularmente incorporados ao direito interno, situam-se, no sistema jurídico brasileiro, nos mesmos
planos de validade, de eficácia e de autoridade em que se posicionam as leis ordinárias, havendo, em
consequência, entre estas e os atos de direito internacional público, mera relação de paridade nor-
mativa. Precedentes. No sistema jurídico brasileiro, os atos internacionais não dispõem de primazia
hierárquica sobre as normas de direito interno. A eventual precedência dos tratados ou convenções
internacionais sobre as regras infraconstitucionais de direito interno somente se justificará quando
a situação de antinomia com o ordenamento doméstico impuser, para a solução do conflito, a
aplicação alternativa do critério cronológico (“lex posterior derogat priori”) ou, quando cabível, do
critério da especialidade. Precedentes. TRATADO INTERNACIONAL E RESERVA CONSTITU-
CIONAL DE LEI COMPLEMENTAR. - O primado da Constituição, no sistema jurídico brasileiro,
é oponível ao princípio pacta sunt servanda, inexistindo, por isso mesmo, no direito positivo nacio-
nal, o problema da concorrência entre tratados internacionais e a Lei Fundamental da República,
cuja suprema autoridade normativa deverá sempre prevalecer sobre os atos de direito internacional
público. Os tratados internacionais celebrados pelo Brasil - ou aos quais o Brasil venha a aderir - não
podem, em consequência, versar matéria posta sob reserva constitucional de lei complementar. É
que, em tal situação, a própria Carta Política subordina o tratamento legislativo de determinado
tema ao exclusivo domínio normativo da lei complementar, que não pode ser substituída por qual-
quer outra espécie normativa infraconstitucional, inclusive pelos atos internacionais já incorporados
ao direito positivo interno” (STF, ADI-MC 1.480-DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello,
04-09-1997, m.v., DJ 18-05-2001, p. 429). “DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. DIREITO
CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNI-
DAS (ONU). PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (ONU/
PNUD). RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. CONVENÇÃO SOBRE PRIVILÉGIOS E IMUNI-
DADES DAS NAÇÕES UNIDAS (DECRETO 27.784/1950). APLICAÇÃO. 1. Segundo estabe-
lece a “Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas”, promulgada no Brasil pelo
Decreto 27.784, de 16 de fevereiro de 1950, “A Organização das Nações Unidas, seus bens e haveres,
qualquer que seja seu detentor, gozarão de imunidade de jurisdição, salvo na medida em que a
Organização a ela tiver renunciado em determinado caso. Fica, todavia, entendido que a renúncia
não pode compreender medidas executivas”. 2. Esse preceito normativo, que no direito interno tem
natureza equivalente a das leis ordinárias, aplica-se também às demandas de natureza trabalhista. 3.
Recurso extraordinário provido” (STF, RE 597.368-MT, Tribunal Pleno, Rel. Min. Teori Zavascki,
15-05-2013, m.v., DJe 27-05-2014).
10 “CONVENÇÃO DE GENEBRA, LEI UNIFORME SOBRE LETRAS DE CÂMBIO E NOTAS
PROMISSÓRIAS - AVAL APOSTO A NOTA PROMISSÓRIA NÃO REGISTRADA NO PRAZO
LEGAL - IMPOSSIBILIDADE DE SER O AVALISTA ACIONADO, MESMO PELAS VIAS ORDI-
NÁRIAS. VALIDADE DO DECRETO-LEI Nº 427, DE 22.01.1969. EMBORA A CONVENÇÃO
DE GENEBRA QUE PREVIU UMA LEI UNIFORME SOBRE LETRAS DE CÂMBIO E NOTAS
PROMISSÓRIAS TENHA APLICABILIDADE NO DIREITO INTERNO BRASILEIRO, NÃO
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traduz na parêmia lex posterior derogat priori. A crítica, todavia, acentua que
“a posição correta está em que o tratado, convenção etc. incidem nos limi-
tes da matéria ajustada, sem revogar lei existente, nem a lei superveniente os
revoga. O que se dá é uma relação norma geral (a lei interna) /norma especial
(tratado, convenção etc.)”, de tal sorte que “a incidência desta, no caso re-
gulado especialmente, afasta a aplicação daquela, sem que haja revogação”
(SILVA,2012,p.409-410).
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25 - VALOR NORMATIVO INTERNO DE TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
E MEIO AMBIENTE
4. DIREITO COMPARADO
11 STF, AgR-AI 403.828-MS, 2ª Turma, Rel. Min. Celso de Mello, 05-08-2003, v.u., DJe 19-02-
2010.
12 “SUBORDINAÇÃO NORMATIVA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS À CONSTI-
TUIÇÃO DA REPÚBLICA. - No sistema jurídico brasileiro, os tratados ou convenções internacio-
nais estão hierarquicamente subordinados à autoridade normativa da Constituição da República.
Em consequência, nenhum valor jurídico terão os tratados internacionais, que, incorporados ao sis-
tema de direito positivo interno, transgredirem, formal ou materialmente, o texto da Carta Política.
O exercício do treaty-making power, pelo Estado brasileiro - não obstante o polêmico art. 46 da Con-
venção de Viena sobre o Direito dos Tratados (ainda em curso de tramitação perante o Congresso
Nacional) -, está sujeito à necessária observância das limitações jurídicas impostas pelo texto constitu-
cional. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DE TRATADOS INTERNACIONAIS NO
SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO. - O Poder Judiciário - fundado na supremacia da Constituição
da República - dispõe de competência, para, quer em sede de fiscalização abstrata, quer no âmbito do
controle difuso, efetuar o exame de constitucionalidade dos tratados ou convenções internacionais
já incorporados ao sistema de direito positivo interno. Doutrina e Jurisprudência” (STF, ADI-MC
1.480-DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, 04-09-1997, m.v., DJ 18-05-2001, p. 429).
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25 - VALOR NORMATIVO INTERNO DE TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
E MEIO AMBIENTE
13 “As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as normas emanadas das suas ins-
tituições, no exercício das respectivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos termos
definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito
democrático”.
14 “La Declaracion Americana de los Derechos y Deberes del Hombre; la Declaracion Universal de
Derechos Humanos; la Convencion Americana sobre Derechos Humanos; el Pacto Internacional de
Derechos Economicos, Sociales y Culturales; el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Politicos y
su Protocolo Facultativo; la Convencion sobre la Prevencion y la Sancion del Delito de Genocidio;
la Convencion Internacional sobre la Eliminacion de todas las Formas de Discriminacion Racial; la
Convencion sobre la Eliminacion de todas las Formas de Discriminacion contra la Mujer; la Con-
vencion contra la Tortura y otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes; la Convencion
sobre los Derechos del Ninho; en las condiciones de su vigencia, tienen jerarquia constitucional, no
derogan articulo alguno de la primera parte de esta Constitucion y deben entenderse complemen-
tarios de los derechos y garantias por ella reconocidos. Solo podran ser denunciados, en su caso,
por el Poder Ejecutivo nacional, previa aprobacion de las dos terceras partes de la totalidad de los
miembros de cada Camara”.
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15 STF, ADI 5.240-SP, Tribunal Pleno, Rel. Min. Luiz Fux, 20-08-2015, m.v., DJe 01-02-2016.
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E MEIO AMBIENTE
16 STF, RE 349.703-RS, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, 03-12-2008, m.v., DJe 05-06-
2009.
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E MEIO AMBIENTE
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Além disso, deve ser registrado que a cooperação interna entre as dife-
rentes esferas de poder na federação brasileira transita pelas normas de coo-
peração, tal como previsto no art. 23, parágrafo único, da Carta Magna, que
indicando os instrumentos dos consórcios públicos25 e os convênios para a
gestão associada de serviços públicos de interesse comum.
A Lei n. 9.605/98 prevê a cooperação internacional pelo intercâmbio
em assuntos relativos à produção de provas, exames de objetos e lugares,
informações e outras formas de assistência previstas em lei ou atos
internacionais, ao dispor sobre as sanções penais e administrativas para danos
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E MEIO AMBIENTE
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CONCLUSÕES
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E MEIO AMBIENTE
REFERÊNCIAS
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26’
o AcorDo De FAcilitAção
Do comÉrcio, SeuS reFleXoS
nAS AtiviDADeS PortuáriAS
e imPlicAçõeS PArA o
DeSenvolvimento econômico
nAcionAl e meio Ambiente.
AnáliSe Do Porto De SAntoS/SP
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INTRODUÇÃO
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26 - O ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO, SEUS REFLEXOS NAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS E
IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NACIONAL E MEIO AMBIENTE. ANÁLISE DO PORTO
DE SANTOS/SP
2 Tradução livre do Autor : “ A OMC tem necessidade para cooperar, no âmbito das suas atividades,
com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial “a fim de torná-lo mais coerente com a
elaboração das políticas económicas a nível mundial (Artigo III, item 5 do Acordo de Marrakesh)”.
No entanto, a única política que a OMC se ocupa diretamente é a política comercial.”
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3 Conferência Ministerial: instância máxima composta pelos Ministros das Relações Exteriores ou
de Comércio Exterior dos Membros;
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26 - O ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO, SEUS REFLEXOS NAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS E
IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NACIONAL E MEIO AMBIENTE. ANÁLISE DO PORTO
DE SANTOS/SP
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IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NACIONAL E MEIO AMBIENTE. ANÁLISE DO PORTO
DE SANTOS/SP
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IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NACIONAL E MEIO AMBIENTE. ANÁLISE DO PORTO
DE SANTOS/SP
Os portos são estratégicos para o país porque constituem uma das prin-
cipais infraestruturas de apoio ao comércio exterior.
Justen Filho (2006) define que: “os portos são infraestruturas necessá-
rias ao transporte aquaviário de bens e pessoas, tendo crescido em importân-
cia em razão do desenvolvimento do comércio internacional, mostrando-se,
atualmente, essencial para a política econômica nacional de importação e
exportação”.
No Brasil, hoje, as atividades portuárias estão sob a égide da Lei
12.815/13, sendo que, no Brasil, o porto que retrata a força portuária na
economia nacional é o Porto de Santos.
O Porto de Santos, localizado nos municípios de Santos e Guarujá, no
Estado de São Paulo, com uma área de 7,8 milhões de metros quadrados e
59 quilômetros de dutos, contando com 46 terminais, vindo a sua hinter-
lândia (área de influência econômica) representar mais de 50% do PIB do
Brasil, envolvendo os estados de SP, MG, GO, MT e MS. Em 2015, na Ex-
portação movimentou 87.565.704 toneladas e na Importação, 32.366.176
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26 - O ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO, SEUS REFLEXOS NAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS E
IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NACIONAL E MEIO AMBIENTE. ANÁLISE DO PORTO
DE SANTOS/SP
demora em média, nos portos nacionais, 14,39 dias para ser entregue ao im-
portador, sendo que, no Porto de Santos, em média, tem prazo menor, 12,8
dias. Mas, com a devida vênia e respeito ao estudo apresentado, os interve-
nientes diretos na importação sentem que o prazo é um pouco maior, giran-
do em torno de 15 a 17 dias5, ressaltando que, os prazos apresentados pelo
estudo foram elaborados baseados em uma importação onde o despacho
aduaneiro tenha sido parametrizado no canal verde de conferência física.
Na economia nacional, além dos números apresentados relativos ao
ano de 2015, durante este primeiro semestre de 2016 o Porto de Santos
apresentou as maiores participações mensais na movimentação da balança
comercial nacional nos últimos 20 anos. Em janeiro, o Porto de Santos res-
pondeu por 28,0% da movimentação da Balança Comercial, crescendo em
fevereiro para 30,7%, em março para 30,8%, em abril para 30,1%, em maio
atingiu 29,4% e em junho 29,0% (PORTO DE SANTOS, 2016).
Em valores, neste mesmo período, a movimentação do Porto, atingiu
US$ 45,6 bilhões, o que representa 29,0% do total brasileiro (US$ 156,9 bil-
hões). As exportações somaram US$ 26,8 bilhões (29,7% do total do Brasil)
e as importações US$ 18,8 bilhões (28,2% do total do Brasil) (PORTO DE
SANTOS, 2016).
Assim, ante a crescente força da atividade portuária, precipuamente
do Porto de Santos na economia nacional, aliado as bem alinhadas normas
do Acordo de Facilitação do Comércio, que por todas as suas regras, acima
expostas, vem ao encontro a este objetivo de unir a modernização das ativi-
dades portuárias com a simplificação das regras aplicadas à atividade de co-
mércio exterior, inclusive os agentes de controle e fiscalização, bem como os
intervenientes, o que irá diminuir e muito o tempo de entrada e saída de
cargas, e representará uma maior movimentação e, com certeza, maior ge-
ração de riquezas.
Mas, preocupada com essa possível “onda de desenvolvimento”, a Au-
toridade Portuária em Santos não se olvidou da questão ambiental, exigindo
a aplicação, nas atividades portuárias por ela controlada, a implantação de
um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) para atender a legislação ambiental
vigente, visando a eficiência na prestação de serviços, a partir do princípio
5 O processo de importação somente pode ser iniciado com a “presença de carga”, que é o ato reali-
zado pelo recinto alfandegado onde informa à Autoridade Aduaneira o desembarque da mercadoria,
o que leva 02 dias, em média. Somente, após o mencionado aviso é que o importador pode iniciar
o despacho de importação. Novamente, em média, o importador (com ou sem a presença de seu
representante legal, o despachante aduaneiro) leva cerca de 03 dias para iniciar o procedimento que,
iniciado, analisado e parametrizado para o canal verde (partindo da mesma parametrização utilizada
para o estudo supra referido, dura cerca de 07 dias. Parametrizado ao canal verde, o importador deve
solicitar o posicionamento da carga junto ao recinto portuário competente para transporte e efetuar
os pagamentos restantes (tributos e taxas administrativas, por exemplo: armazenagem), o que dura
de 05 a 7 dias, alcançando o número de dias apresentado pelo Autor.
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CONCLUSÕES
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26 - O ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO, SEUS REFLEXOS NAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS E
IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NACIONAL E MEIO AMBIENTE. ANÁLISE DO PORTO
DE SANTOS/SP
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