R EC - Catarina Peixoto

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MODELO

IPG.004.02

Licenciatura em Enfermagem
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Enfermagem

Catarina Araújo Peixoto

julho | 2019

Bruna Vieira de Pinho


julho | 2012
Escola Superior de Saúde
Instituto Politécnico da Guarda
Curso de Enfermagem | 1º Ciclo
4º Ano/2º Semestre

RELATÓRIO DE ENSÍNO CLÍNICO - INTEGRAÇÃO À VIDA PROFISSIONAL EM


CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Catarina Araújo Peixoto

Viana do Castelo
2019

0
Escola Superior de Saúde
Instituto Politécnico da Guarda
Curso de Enfermagem | 1º Ciclo
4º Ano/2º Semestre

RELATÓRIO DE ENSÍNO CLÍNICO - INTEGRAÇÃO À VIDA PROFISSIONAL EM


CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Relatório elaborado no âmbito da unidade curricular Ensino Clínico Integração à Vida


Profissional – Cuidados de Saúde Primários, realizado na Unidade de Cuidados De Saúde
Personalizados – Viana do Castelo

Discente:
Catarina Peixoto, nº 7003897

Orientado por:
Prof. Hermínia Barbosa

Viana do Castelo
2019

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LISTA DE SIGLAS

ACES - Agrupamento de Centros de Saúde


ARS - Administração Regional de Saúde
CCU -Cancro do Colo do Útero
DGS – Direção Geral da Saúde
DIB – Drug Infusion Boallon
DM – Diabetes Mellitus
EC - Ensino clínico
ECCI -Equipa de Cuidados Continuados Integrados
FC – Frequência Cardíaca
GFUC – Guia de Funcionamento da Unidade Curricular
HTA – Hipertensão Arterial
IMC – Índice de Massa Corporal
INR - índice internacional normalizado
OE – Ordem dos Enfermeiros
PA – Perímetro Abdominal
PNV – Programa Nacional de Vacinação
SIJ – Saúde Infantil e Juvenil
TA – Tensão Arterial
UCC - Unidade de Cuidados na Comunidade
UCSP - Unidade de Cuidados de Saúde Personalizado
ULSAM - Unidade Local de Saúde do Alto Minho

2
ÍNDICE

folha

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4

1. ATIVIDADES PLANEADAS E DESENVOLVIDAS ...................................................... 6

1.1. OBJETIVO 1 - COLABORAR NA GESTÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM,


DOS RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS. ...................................................................... 6

1.2. OBJETIVO 2 - APLICAR CONHECIMENTOS ACERCA DOS DIFERENTES


PROGRAMAS DE SAÚDE EM VIGOR .................................................................................. 9

1.3. OBJETIVO 3 - DESENVOLVER COMPETÊNCIAS NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS


DE ENFERMAGEM, EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS, SOB SUPERVISÃO,
APLICANDO A METODOLOGIA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM, AO INDIVÍDUO,
FAMÍLIA E COMUNIDADE AO LONGO DO CICLO VITAL ........................................... 16

1.4. OBJETIVO 4 - IMPLEMENTAR ATIVIDADES ESPECÍFICAS PARA A PROMOÇÃO


DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA DOENÇA. ........................................................................ 17

1.5. OBJETIVO 5 - CONSOLIDAR CONHECIMENTOS E COMPETÊNCIAS A NÍVEL


CIENTÍFICO, TÉCNICO E RELACIONAL........................................................................... 19

2. COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS ................................................................................... 20

CONCLUSÃO......................................................................................................................... 22

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 24

APÊNDICES ........................................................................................................................... 27

APÊNDICE A – AÇÃO DE FORMAÇÃO ......................................................................... 27

3
INTRODUÇÃO

O presente relatório, surge no âmbito da Unidade Curricular – Ensino Clínico:


Integração à Vida Profissional em Cuidados de Saúde Primários, referente ao 4º ano/2º Semestre
do curso de Enfermagem – 1º ciclo, da Escola Superior de Saúde, do Instituto Politécnico da
Guarda, no decorrente ano letivo 2018/2019.
Este ensino clínico decorreu na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)
de Viana do Castelo – Extensão de Santa Marta de Portuzelo, integrado na Administração
Regional de Saúde (ARS) do Norte e no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alto
Minho. Este teve início a seis de março e terminará a três de maio, o que perfaz um período de
oito semanas, com um total de 351 horas, sendo 256 horas de ensino clínico (EC) e 41 horas de
orientação tutorial.
Uma vez descrito o local de ensino, é importante referir a sua missão, visão e princípios
e valores. A UCSP de Viana do Castelo, de acordo com o Ministério da Saúde (2017), têm como
Missão a prestação de cuidados de saúde personalizados à população inscrita na sede, em Viana
do Castelo, e nos cinco Polos (Carreço, Afife, Santa Marta de Portuzelo, Meadela, Lanheses),
garantindo a acessibilidade, qualidade e a continuidade dos mesmos, esta tem como objetivo
garantir qualidade técnico-profissional e diferenciação, como organismo de prestação de
cuidados de saúde, com objetivo de assegurar a prestação de cuidados de saúde personalizados
aos seus utentes. Têm como Visão, a organização otimizada e centrada na gestão integrada da
saúde dos cidadãos do distrito de Viana do Castelo, e erguer a modelo de referência para outros
prestadores de cuidados de saúde. Já os Princípios e Valores são uma atitude centrada no
cidadão e respeito pela dignidade humana, a cultura do conhecimento como um bem em si
mesmo, a cultura da excelência técnica e do cuidar e cultura interna de multidisciplinaridade e
do bom relacionamento no trabalho.
Segundo o Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda (2019), o
principal objetivo deste ensino clínico é proporcionar ao estudante a aquisição de
conhecimentos fundamentais para a progressão e finalização do curso e para a integração ao
exercício da vida profissional, capacitando-o para intervir junto do individuo, da família, dos
grupos e comunidade na área de cuidados de saúde primários e gestão de serviços de
enfermagem.
O mesmo consiste, como o próprio título indica, num relatório crítico e individual que
expressa de forma sucinta o meu percurso formativo, de forma a identificar os contributos,
constrangimentos e a importância do desempenho, tendo assim a oportunidade de expressar

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os meus sentimentos, receios, preocupações e questionamentos, relatar as experiências vividas
(gratificantes/constrangedoras), tipo de orientação pedagógica e outros aspetos que considere
de interesse.
De acordo com Carvalho (2016) cada EC permite ao estudante confrontar-se com
novas situações, relacionadas com a prestação de cuidados e cuidar de pessoas em contexto
real, que apresentam necessidades específicas e individualizadas de cuidados de enfermagem.
É esta interação em situação real que se torna uma oportunidade única para o estudante aplicar
os conhecimentos adquiridos, mas também para desenvolver outras áreas do saber.
No contexto da disciplina de surge com o intuito de realçar o que foi realizado durante
este percurso e constitui um importante instrumento de capacitação na aquisição de
conhecimentos, saberes e práticas. Têm como objetivo aumentar a capacidade de aprender a
partir das práticas realizadas, permitindo que, quer o conhecimento quer a experiência seja
fundamentado e sustentado pela prática. Permite, similarmente, uma reflexão relativa ao meu
desempenho individual durante este ensino clínico, através da análise do trabalho realizado,
das competências adquiridas, assim como, das dificuldades e constrangimentos encontrados e
ultrapassados.
Tenho como objetivos específicos deste relatório de ensino clínico:
 Explicitar as atividades desenvolvidas ao longo do EC;
 Descrever os objetivos que foram definidos aquando do plano de trabalho e constatar
se foram cumpridos;
 Enunciar as competências do enfermeiro de cuidados gerais adquiridas;
 Desenvolver uma análise crítica sobre o desempenho no EC.
O presente documento será concebido com base na metodologia descritiva e reflexiva,
durante o decorrer do mesmo, irei recorrer ao auxílio de diversas fontes de informação
bibliográfica pertinentes, ao GFUC e ao Guia de Elaboração de Trabalhos Escritos da Escola
Superior de Saúde. No entanto, apesar da grande componente reflexiva e descritiva, também
me irei apoiar em fontes bibliográficas de relevância científica para completar a informação, de
forma a conferir-lhe validade e credibilidade.
No que concerne à estrutura este será constituído por duas partes, a primeira engloba as
atividades planeadas e desenvolvidas segundo o plano de trabalhos elaborado e a segunda parte
abarca a análise crítica, onde serão descritas as competências que adquiri, segundo o
Regulamento do Perfil de Competências do Enfermeiro de Cuidados Gerais da Ordem dos
Enfermeiros. Em apêndices estará presente a ação de formação que iria ser realizada às
Enfermeiras da UCSP de Viana do Castelo, mas que por motivos inerentes ao serviço não foi
possível ser realizada.
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1. ATIVIDADES PLANEADAS E DESENVOLVIDAS

Neste primeiro capítulo são delineadas as atividades que concretizei ao longo do EC,
sendo que está dividido em subcapítulos, consoante os objetivos delineados.
Para uma correta prática de enfermagem, torna-se imprescindível planear previamente
as atividades a desenvolver, circunscrevendo os objetivos, a estratégia e metodologia a seguir,
para isto foi designado pela professora orientadora, na primeira semana de EC a elaboração do
plano de trabalho cujo principal objetivo seria especificar as atividades a desenvolver tendo
por base os objetivos de EC. É pretendido que durante estas oito semanas de ensino clínico
consiga atingir esses mesmos objetivos efetivando múltiplas atividades concernentes,
englobando os três domínios das competências do enfermeiro de cuidados gerais definidos pela
Ordem dos Enfermeiros (2015): Domínio da responsabilidade profissional, ética e legal;
Domínio da prestação e gestão de cuidados e Domínio do desenvolvimento profissional.

1.1. OBJETIVO 1 - COLABORAR NA GESTÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM,


DOS RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS.

Objetivos específicos: -Identificar a estrutura física, orgânica e funcional da UCSP; -Colaborar


na gestão dos cuidados de enfermagem, dos recursos humanos e organização e requisição/
reposição dos materiais; -Planear os cuidados estabelecendo prioridades e gerindo recursos.

A concretização do objetivo em questão é fulcral para uma integração apropriada na


UCSP garantindo a inclusão na equipa multidisciplinar e, consequentemente, caucionando uma
prestação de cuidados com qualidade.
A Extensão de Santa Marta de Portuzelo é um dos polos de saúde da UCSP de Viana do
Castelo, estas pertencem ao ACES Alto Minho e, consecutivamente, à ARS do Norte.
A UCSP de Viana do Castelo apresenta a sede e cinco Polos: Carreço, Afife, Santa
Marta de Portuzelo, Meadela e Lanheses. Apenas me irei cingir, durante a elaboração do
relatório, ao polo de Santa Marta de Portuzelo, por ter sido o único com o qual tive contacto.
Fui recebida no dia onze de março, no polo de Santa Marta de Portuzelo, pela
Enfermeira orientadora, que me explanou aquilo que esperava do meu ensino clínico. Após
esta primeira troca de impressões, a enfermeira fez uma apresentação à equipa presente nessa
manhã, na unidade, e elucidou-me acerca da estrutura e do funcionamento da mesma.

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Antes de mais, é importante proceder à identificação da estrutura física, orgânica e
funcional da Extensão de Santa Marta de Portuzelo, uma vez que facilita a integração na
mesma.
Em relação à estrutura física do polo de saúde de Santa Marta de Portuzelo é constituído
por um gabinete de enfermagem, uma sala de tratamentos, dois gabinetes médicos, um
secretariado, uma sala de espera, uma copa/cafetaria, uma sala de reuniões, uma sala de
material terapêutico, uma sala de material de limpeza e uma sala de lixos e lavagem do material.
No que diz respeito à estrutura orgânica, esta é constituída por dois médicos, duas
enfermeiras, duas secretárias clínicas, três assistentes operacionais. A Extensão de Santa Marta
funciona por equipa multidisciplinar, englobando um enfermeiro e um médico, as assistentes
operacionais e técnicas colaboram com ambas as equipas.
Os utentes são distribuídos por médico e enfermeiro de família e desta forma, o trabalho
é realizado em equipa partilhando assim o mesmo ficheiro de utentes, no que diz respeito ao
ficheiro da enfermeira orientadora comporta um total de 1178 utentes. Segundo a Ordem dos
Enfermeiros (OE) (2014), na fixação da dotação de pessoal de enfermagem que integra cada
UCSP, considera-se adequado observar o seguinte rácio: um Enfermeiro para 1550 utentes ou
um Enfermeiro para 350 famílias, ou seja, seriam necessários mais utentes para cumprir o rácio
adequado, no entanto, durante o período integral de EC só a enfermeira orientadora prestava
cuidados gerais aos utentes da unidade perfazendo um total de 2226 utentes.
Colaboram ainda com o Polo de Santa Marta de Portuzelo outros elementos que são
comuns a toda a UCSP sendo eles: a equipa de cuidados Paliativos da Unidade Local de Saúde
do Alto Minho (ULSAM), a equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), uma
Nutricionista, um Pedologista, uma Enfermeira do curso de preparação para o parto e
parentalidade e uma Assistente Social.
Quanto à estrutura funcional, o polo de Santa Marta apresenta um horário de
funcionamento das oito horas às quinze horas e a continuidade dos cuidados em situação de
doença aguda será assegurada pelo serviço de prolongamento de horário disponibilizado nas
instalações da UCSP de Viana do Castelo das oito horas às vinte horas, sete dias por semana.
No que concerne à gestão para que esta seja eficaz é importante uma utilização
adequada dos materiais para que a prestação de cuidados de saúde não sofra alterações, nem
prejudique a qualidade dos cuidados prestados.
A gestão de materiais é executada pela enfermeira, quando necessário é feita a
requisição do material em suporte informático, assim como a respetiva receção e disposição do
material. No que diz respeito a esta parte da gestão, tive o ensejo, de a realizar com o auxílio
da enfermeira, onde levantamos a lista de material em falta ou a findar e ponderamos o que se
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devia pedir. Posso asseverar que o facto de não existir um stock de material na unidade demarca
bastante a gestão de materiais, além disso averiguei que nem todo o material solicitado era
cedido, o que causava diversos géneros de constrangimentos.
Em relação à gestão dos cuidados de enfermagem, esta é concretizada, evidentemente,
pela enfermeira. É elaborado o plano de enfermagem personalizado de acordo com as
necessidades específicas de cada utente e respetiva família e, para isso, no programa SClínico,
levanta-se, para cada utente ou família, os focos que considera relevantes e respetivas
intervenções.
No âmbito das consultas de enfermagem e tratamentos são estipulados por lei quinze
minutos para cada utente e o tempo deve ser gerido de acordo com as necessidades específicas
dos mesmos, o que nem sempre é possível, uma vez que quinze minutos para concretizar, por
exemplo, uma consulta de saúde infantil é quase inexequível.
A gestão de ficheiro corresponde ao tempo que as enfermeiras se tributam a outras
funções para além da prestação de cuidados direta, é neste tempo que as enfermeiras organizam
informação relativa aos seus utentes, designadamente a verificação de utentes com o plano
nacional de vacinação (PNV) desatualizado, realizando as respetivas convocatórias para
atualização do mesmo, ou de utentes inscritos no programa de Diabetes, Hipertensão Arterial,
Saúde Infantil e Juvenil, entre outros caso necessário, que não compareçam ou apresentem
consultas em falta, procedendo a respetiva convocatória tanto através de chamadas telefónicas
como envio de cartas, para que todos usufruam do apropriado acompanhamento.
Ao longo do EC concretizei por diversas vezes este tipo de gestão, sendo que senti um
enorme júbilo a nível pessoal ao cumprir uma atividade que não é imperiosa por lei, todavia,
contribui para a qualidade de vida desses mesmos utentes, exercendo boas práticas da profissão.
Além do mais, foi muito gratificante sempre que os utentes compareceram com as
convocatórias agradecendo a preocupação para com eles.
Em relação à gestão de recursos humanos, foi-me solicitada a participação na
concretização do horário de férias de toda a UCSP, uma vez que a enfermeira orientadora
pertence ao conselho técnico e faz parte das suas funções a realização do horário de férias.
Verifiquei a dificuldade em estarem em consonância, visto que apenas uma enfermeira poderá
ir de férias para que outras possam assegurar o serviço.
Para epilogar, considero que atingi o objetivo com êxito uma vez que, adquiri um bom
conhecimento acerca da estrutura física, orgânica e funcional da UCSP, realizei atividades nos
quatro pontos de gestão e pude ficar com uma visão mais precisa da realidade da unidade.

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1.2. OBJETIVO 2 - APLICAR CONHECIMENTOS ACERCA DOS DIFERENTES
PROGRAMAS DE SAÚDE EM VIGOR

Objetivos específicos: - Intervir junto do utente e família, de acordo com os diferentes


programas de saúde de acordo com a Direção Geral de Saúde (DGS) e em vigor na UCSP.

Para cumprir este objetivo, foi indispensável fazer uma pequena pesquisa de modo a
reavivar os diversos programas nacionais de saúde em vigor, para que lograsse uma correta
designação e incorporação dos utentes nos respetivos programas.
Na UCSP Viana do Castelo estão ativos os seguintes programas: P. N. Saúde Infantil e
Juvenil, P. N. S. R. Planeamento Familiar, P. N. D. O. Rastreio do cancro do colo do Útero, P.
N. Saúde Materna e Reprodutiva, P. N. S. R. Puerpério, P. N. Saúde do Adulto,
Hipocoagulados, P. N. Diabetes, P. N. D. C. C. Risco: Hipertensão, P. N. Saúde das Pessoas
Idosas, P.N. Cuidados Paliativos, Domicílios/Dependentes e Tratamentos de Feridas/Úlceras.
No que diz respeito ao Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (SIJ) segundo a
Direção Geral de Saúde (2013:6), “os ganhos em saúde da população residente em Portugal
têm vindo a adquirir relevo ao longo dos últimos anos, nomeadamente os que se referem às
duas primeiras décadas do ciclo de vida. No que respeita a indicadores como a mortalidade
infantil, e outros, os valores atingidos são, já, dos melhores a nível mundial.”
As intervenções realizadas no decurso da vigilância em Saúde Infantil e Juvenil, de
acordo com a Direção Geral de Saúde (2013) pretendem avaliar o crescimento e
desenvolvimento, estimular comportamentos promotores de saúde, no que diz respeito à
nutrição, exercício físico regular, prevenção de consumos nocivos, entre outros, promover a
saúde oral, prevenção de maus tratos, prevenção de acidentes, detetar precocemente e
encaminhar situações que possam comprometer a vida, prevenir, identificar e saber como
abordar as doenças comuns, sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença
crónica ou deficiência, assegurar a realização do aconselhamento genético, identificar, apoiar
e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e de violência, promover o
desenvolvimento e a autodeterminação e apoiar e estimular o exercício adequado das
responsabilidades parentais.
As consultas de SIJ destinam-se ao acompanhamento da criança/jovem desde o
nascimento até aos dezoito anos e tem como principal objetivo a vigilância do crescimento e
desenvolvimento, a promoção da saúde e a prevenção da doença.
Apesar de existir um esquema cronológico de consultas para orientação dos
profissionais este não é estanque, se a criança/ jovem se deslocar à unidade de saúde por outro

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motivo, poderá ser realizada antes ou depois, chamam-se consultas de saúde oportunistas,
reduz-se assim o número de deslocações e a adesão às consultas aumenta.
Estas consultas iniciam-se com a receção da criança/jovem e o(s) seu(s)
acompanhante(s), cria-se uma relação de empatia, posteriormente realizam-se de ensinos aos
pais e procede-se ao esclarecimento de dúvidas, assim como à monitorização de diversos
parâmetros antropométricos que demonstram o desenvolvimento da criança/jovem,
nomeadamente, através das curvas de crescimento que são um instrumento fulcral para
monitorizar o estado de crescimento das crianças e adolescentes. O desenvolvimento
harmonioso, dentro de parâmetros designados ‘normais’, é basilar para uma vida adulta
saudável e, deste modo, tem implicações marcantes na saúde das populações.
Nestas consultas procede-se, também, nas crianças até aos cinco anos de idade
inclusive, a aplicação da escala de Mary Sheridan, presente no programa informático, onde se
avalia o desenvolvimento da criança segundo a sua faixa etária.
Tive a oportunidade de realizar duas vezes a primeira consulta de saúde infantil,
realizada entre o 3º e o 6º dia de vida do bebé, habitualmente no domicílio, onde se aproveita
para efetuar a realização do teste de diagnóstico precoce.
Pude labutar com os pais, a quem solicitava o Boletim de SIJ e o boletim de vacinação,
de forma a confirmar as informações do SClínico com as dos boletins. Um dos aspetos a ter em
conta neste tipo de consultas é o cumprimento e a atualização do PNV, assim tive a oportunidade
de administrar vacinas em crianças conforme o estipulado no programa e sob supervisão da
enfermeira orientadora, eram realizados os ensinos acerca dos possíveis efeitos secundários da
vacina em questão e das atitudes que os pais deveriam tomar perante a manifestação dessa
sintomatologia.
Os assuntos que abordei dependiam da idade do recém-nascido, criança ou adolescente,
sendo alguns comuns: a alimentação, hábitos de sono, eliminação vesical e intestinal, higiene,
relação emocional, comportamentos, questões de segurança e prevenção de acidentes.
Realizei ainda exames globais a crianças com cinco e doze/treze anos, que são as idades
preconizadas, de acordo o Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (Direção Geral de
Saúde, 2013).
Concluí que as consultas inseridas neste programa são deveras complexas, sendo que
os quinze minutos preconizados, na minha opinião, são insuficientes tendo em conta a
adaptação da criança à enfermeira e à situação, os parâmetros a monitorizar, os temas a abordar,
o esclarecimento de dúvidas aos pais, a administração de vacinas e a adaptação da linguagem
consoante a idade da criança.

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No decorrer do EC, tive a oportunidade de contactar com inúmeras crianças e jovens de
diversas idades, desta forma procurei promover um ambiente calmo e acolhedor em todas as
consultas de Saúde Infantil e Juvenil em que participei de forma ativa, senti cada vez mais
segurança na realização das consultas, tornando-me autónoma, o que gerou um enorme
sentimento de confiança e missão cumprida, tendo em conta que a saúde Infantil era a área em
que carecia de uma maior evolução.
Quanto ao programa de Planeamento Familiar, em 2008, a Direção Geral de Saúde
clarificou que o Programa Nacional de Saúde Reprodutiva / Planeamento Familiar é destinado
a mulheres até aos 54 anos e a homens, sem limite de idade e tem como objetivos promover a
vivência da sexualidade de forma saudável e segura, regular a fecundidade segundo o desejo
do casal, preparar para a maternidade e a paternidade responsáveis, reduzir a mortalidade e a
morbilidade materna, perinatal e infantil, reduzir a incidência das infeções sexualmente
transmissíveis e as suas consequências e melhorar a saúde e o bem-estar dos indivíduos e da
família.
Durante o EC, apenas realizei consultas desta índole a utentes do género feminino.
Nestas abordam-se tópicos como a atividade sexual, a higiene íntima e a roupa interior utilizada,
autovigilância da mama, incentivando a sua palpação, métodos contracetivos e providencia-se
quando necessário, colaborei inclusive com a introdução de um implante, verifica-se se o uso
da contraceção adotada era o correto. Para além disso, monitoriza-se os parâmetros
antropométricos como: a tensão arterial (TA), frequência cardíaca (FC), peso, altura, índice de
massa corporal (IMC) e perímetro abdominal (PA) e verifica-se a existência de queixas
urinárias e ginecológicas. É avaliado também o padrão alimentar, o padrão de atividade física,
o padrão de sono e repouso e o consumo de álcool, tabaco e drogas.
Em cada consulta efetivei os registos no processo clínico de cada mulher bem como no
boletim de saúde reprodutiva/planeamento familiar.
No âmbito das consultas de planeamento familiar, são realizados, também, os rastreios
do Rastreio do Cancro do Colo do Útero (CCU) e da mama, sendo que o rastreio do CCU é
realizado através da colpocitologia, na qual eu colaborei inúmeras vezes, e o da mama é
realizado em unidades móveis que se deslocam á unidade ou através de mamografias.
O rastreio do cancro da mama, segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro (2015), é
realizado de 2 em 2 anos a mulheres entre os 45 e os 69 anos de idade.
O Rastreio do Cancro do Colo do Útero, é um exame indolor de diagnóstico precoce.
Em consonância com a CUF (2017) faz-se por citologia, isto é, teste de “Papanicolau” em
lâmina (método convencional) ou citologia em meio líquido. O método convencional é o único
método utilizado no polo de Santa Marta e consiste na realização de um exame ginecológico
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com espéculo para colheita do exsudado. Este deve ser realizado três anos após o inicio da
atividade sexual ou em mulheres dos 25 aos 65 anos de 3 em 3 anos.
Embora sendo um programa mais direcionado à prática médica, tive a oportunidade de
colaborar na preparação da sala, da utente e na realização do exame.
Relativamente à Saúde Materna e Reprodutiva, de acordo com o Programa Nacional
para a Vigilância da gravidez de Baixo Risco (Direção Geral de Saúde, 2015), Saúde
Reprodutiva implica que as pessoas possam ter uma vida sexual satisfatória e segura e possam
decidir se, quando e com que frequência têm filhos. Isto pressupõe o direito de cada individuo
ser informado e ter acesso a métodos de planeamento familiar, que sejam seguros e eficazes e,
ainda, a serviços de saúde adequados, que permitam às mulheres terem uma gravidez e um parto
em segurança e ofereçam aos casais as melhores oportunidades de ter crianças saudáveis.
De acordo com a Direção Geral de Saúde (2015), os objetivos da vigilância da gravidez
de baixo risco são: Avaliar o bem-estar materno e fetal através da história clínica e dos dados
dos exames complementares de diagnóstico; Detetar precocemente situações desviantes do
normal curso da gravidez que possam afetar a evolução da gravidez e o bem-estar materno e
fetal, estabelecendo a sua orientação; Identificar fatores de risco que possam vir a interferir no
curso normal da gravidez, na saúde da mulher e/ou do feto; Promover a educação para a saúde,
integrando o aconselhamento e o apoio psicossocial ao longo da vigilância periódica da
gravidez; Preparar para o parto e parentalidade e informar sobre os deveres e direitos parentais.
Na gravidez de baixo risco preconiza-se realizar a primeira consulta, o mais
precocemente possível e até às doze semanas de gravidez (1ºT de gravidez); realizar as
consultas de vigilância pré-natal, após a primeira consulta: a cada quatro/ seis semanas até às
trinta semanas; a cada duas/ três semanas entre as trinta e as trinta e seis semanas e a cada uma
e duas semanas após as trinta e seis semanas até ao parto.
O programa de saúde materna incorpora a consulta pré-concecional, as consultas de
vigilância da gravidez, bem como a consulta de puerpério. Durante as oito semanas de EC, tive
a oportunidade de colaborar nas consultas de vigilância da gravidez e na consulta de puerpério.
O puerpério, segundo a Direção Geral de Saúde (2015), é o período de recuperação física
e psicológica da mãe que começa imediatamente a seguir ao nascimento do recém-nascido e
que se prolonga por 6 semanas pós-parto. Assim, as consultas de puerpério têm como principais
objetivos, avaliar o bem-estar físico, emocional e social da mulher/criança/família;
corrigir/tratar situações de dificuldade ou desvio da normalidade durante o puerpério e
identificar situações de luto perinatal ou de internamento do recém-nascido para que recebam
intervenção específica.

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Desta forma, na execução das consultas de vigilância da gravidez e da revisão de
puerpério avalia-se o peso corporal, altura, IMC, ganho ponderal, TA, FC e análise sumária da
urina. Para além dos cuidados supramencionados, colaborei igualmente na educação para a
saúde, ao efetuar ensinos congruentes, de acordo com a idade gestacional da grávida e puérpera.
Insisti sobretudo na adoção de estilos de vida saudáveis, como: alimentação, exercício físico,
higiene corporal/higiene oral, atividade sexual, alterações físicas e psicológicas, consumo de
tabaco e álcool, água e sono e repouso, no conhecimento acerca dos sinais de alerta e aborto,
desconfortos de acordo com os trimestres e incentivei a participação nas aulas de preparação
para o parto e parentalidade a partir das 20 semanas.
Nas consultas de vigilância da gravidez realça-se a importância da consulta de puerpério
e são explanadas as dúvidas referentes ao parto e pós-parto. Tive sempre uma especial atenção
nos ensinos alusivos ao aleitamento materno, salientando a importância, que o mesmo tem no
crescimento saudável do bebé.
Na consulta de puerpério reforça-se os benefícios do aleitamento materno e são dados a
conhecer os métodos de contraceção recomendados no pós-parto.
Todos os dados clínicos, observações e avaliações obtidas nas consultas, foram
registadas no boletim de saúde da grávida e no processo clínico.
Em relação ao programa de Saúde do Adulto inserem-se neste todos os utentes com
idades compreendidas entre os dezoito e os sessenta e cinco anos, aos utentes com mais de
sessenta e cinco anos é atribuído o programa de Saúde do Idoso. É de realçar que os utentes do
polo de saúde de Santa Marta são maioritariamente idosos.
Em ambas as consultas se procede à avaliação dos parâmetros antropométricos: TA,
FC, peso, PA, altura e IMC. Nestas consultas aproveita-se, conjuntamente, para realizar ensinos
sobre a prevenção de doenças, úlceras e quedas, incentivando à manutenção ou criação de
hábitos saudáveis de vida e de alimentação, aproveita-se ainda, para avaliar o risco de vir a ter
Diabetes Mellitus tipo II.
Verifiquei que os utentes tinham como propósito, relatar algum episódio sugestivo de
doença, renovar a carta de condução (nestas consultas era necessário realizar uma avaliação
geral do utente e o teste da acuidade visual), para atualizar o plano de vacinal, entre outros.
Tive a possibilidade de administrar diversas vacinas, transmitir informação acerca das
alterações do PNV e esclarecer as dúvidas manifestadas. Visto que existe um grande número
de utentes com vacinas em atraso, fui averiguando se o plano vacinal dos utentes que iam às
consultas estava atualizado e, se este não estivesse e o utente pretendesse regularizava-o com
a administração da vacina em falta, procedi também ao envio de diversas convocatórias aos
utentes que não tinham para breve consultas marcadas para regularizar o seu esquema vacinal.
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O Programa Nacional da Diabetes, de acordo com a Direção Geral de Saúde (2008),
visa gerir de forma integrada a diabetes; reduzir a prevalência da doença; atrasar o início das
complicações major e reduzir a sua incidência; reduzir a morbilidade e mortalidade por
diabetes; conhecer a prevalência e das suas complicações; reduzir a incidência da diabetes Tipo
II nos grupos de risco por grupos etários; diagnosticar precocemente as pessoas com diabetes;
reduzir o número de episódios de internamento hospitalar por complicações da doença; reduzir
o número de dias de incapacidade temporária para o trabalho resultante das complicações
major; uniformizar as práticas profissionais em prol de uma efetiva qualidade clínica,
organizacional e satisfação das pessoas com diabetes e melhorar o acesso da pessoa com
diabetes aos cuidados de saúde.
Nestas consultas procedi à monitorização dos parâmetros antropométricos: peso, altura,
IMC, PA, TA, FC e glicémia capilar. Tive oportunidade de conhecer e promover a reflexão
com o utente sobre os seus hábitos de vida. Avaliei ainda a gestão do regime terapêutico, no
qual confirmava a gestão adequada do regime terapêutico, alimentação e exercício físico.
Avaliei a autovigilância e os conhecimentos sobre hipo e hiperglicemia. Elogiei os utentes que
apresentavam um estilo de vida adequado à sua situação clínica e, os que não apresentavam
uma boa gestão, incentivava a adotarem hábitos saudáveis.
Avaliei, também, a alimentação, a prática de atividade física, ingestão de líquidos,
consumo de substâncias, cuidados com os pés e o risco de úlcera diabética, onde avaliei a
integridade cutânea, realizei diversos testes como: a sensibilidade ao algodão, diapasão,
monofilamento, pulsos pedioso e tibial, verificação de sinal de Godet positivo ou não, alteração
da coloração e temperatura das extremidades e presença de micoses e/ou deformidades ósseas
e procedi ao tratamento das unhas e calosidades.
Em relação ao programa da Hipertensão Arterial (HTA), abrange os utentes com
diagnóstico médico de HTA, as atividades realizadas tinham como base inicial conhecer os
hábitos de vida dos utentes, avaliando a adesão ao regime terapêutico, conhecimentos sobre
HTA, a alimentação, o exercício físico e o consumo de tabaco e álcool, posteriormente, era
feita a avaliação da TA, FC, peso, altura, PA e IMC, realizando sempre que necessário ensinos
sobre estilos de vida saudáveis e sobre a doença. Finalmente ao nível do metabolismo
energético avaliava-se o risco de vir a ter diabetes tipo II.
No que diz respeito ao programa dos Hipocoagulados, também, foram uma constante
durante todo o EC. Nestas consultas procedia à avaliação antropométrica: TA, FC, peso, altura,
IMC, PA, mas mais importante que estes valores era o índice internacional normalizado (INR).
Visto que os utentes frequentavam a unidade com muita regularidade, o peso, PA e IMC eram

14
quase constantes. Avaliava também o risco de vir a ter diabetes tipo II, a adesão ao regime
terapêutico, hemorragia, alimentação exercício físico e consumos de tabaco e álcool.
Quanto ao P.N. Cuidados Paliativos tive a oportunidade de entrar em contacto com a
equipa de cuidados paliativos da ULSAM, uma vez que foi necessário referenciar uma utente.
Foi uma experiência muito gratificante por ter sido a primeira vez que entrei em contacto com
os cuidados paliativos, aprendi a analgesia por DIB (Drug Infusion Boallon), que é uma bomba
de perfusão portátil, descartável que permite a administração de medicação a uma velocidade
constante, via subcutânea para o controlo de sintomatologia, especifica no âmbito dos Cuidados
Paliativos, e consegui visualizar todos os procedimentos (apoio sociopsicológico e espiritual,
apoio no luto) para com a utente e para com a família.
No que concerne aos Domicílios/Dependentes todos os dias saímos para fazer
domicílios quer seja para tratamento de feridas, controlo da doença crónica quer sejam de
prevenção.
A visita domiciliária consiste em prestar cuidados de saúde ou de natureza social, no
local de habitação do utente, possibilitando ganhos em saúde a todos os elementos da família.
A visita domiciliária de enfermagem inclui: prestação de cuidados de saúde no domicílio ao
utente/família, incentivando a sua autonomia; observação e avaliação de problemas de
saúde/sociais e encaminhamento para os diversos apoios existentes; planeamento e intervenção
dos cuidados a prestar ao utente e família/cuidador, de acordo com os problemas identificados
e prestação de cuidados de saúde à puérpera e recém-nascido.
Para além dos cuidados diretos, foram igualmente realizados, ensinos e esclarecidas
dúvidas ao utente e respetiva família/cuidador.
Foi muito gratificante a experiência dos domicílios de prevenção, uma vez que as
pessoas não estavam a contar com a nossa presença e ficaram extremamente agradecidas.
Por último, mas não menos importante, o Tratamento de Feridas ao longo destas 8
semanas de ensino clínico, foram uma constante, realizei diversos pensos, podendo fazer um
acompanhamento do utente e ver a evolução ou não da ferida, removi a diversos utentes material
de sutura tanto pontos como agrafos em diversas regiões anatómicas tais como cabeça, face,
braços, pernas, virilhas, costas e abdómen.
Para além de tratamento a feridas, realizei outros procedimentos como administração de
terapêutica por via subcutânea e intramuscular, algaliação e entubação nasogástrica.
Denotei uma grande evolução, tornando-me autónoma, decidindo sozinha, e
adequadamente, qual o melhor tratamento de cada ferida e, ainda, a periodicidade do
tratamento. Também dava entrada de novos casos para realização de tratamentos, sendo
autónoma também nessas situações.
15
Este foi sem dúvida um dos objetivos mais importantes para a minha formação
profissional, e considero que o atingi com sucesso, tendo ganho autonomia e liberdade nas
diversas atividades propostas, embora sempre com supervisão. Objetivo este que não podia ser
alcançado com sucesso se não tivesse o apoio e a colaboração tanto da enfermeira orientadora
como da restante equipa multidisciplinar da UCSP, que me incentivaram a melhorar dia para
dia os cuidados prestados quer ao individuo, quer à família.

1.3. OBJETIVO 3 - DESENVOLVER COMPETÊNCIAS NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS


DE ENFERMAGEM, EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS, SOB SUPERVISÃO,
APLICANDO A METODOLOGIA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM, AO INDIVÍDUO,
FAMÍLIA E COMUNIDADE AO LONGO DO CICLO VITAL

Objetivos específicos: -Cooperar com a equipa multidisciplinar na prestação de cuidados


individualizados, através da avaliação do estado do utente, aplicando o processo de
enfermagem; -Estabelecer uma relação terapêutica, empática, eficaz e adequada com o utente e
família/cuidador no processo de acompanhamento; -Atuar de acordo com a dimensão ética,
legal e deontológica, respeitando as crenças, capacidades, valores e desejos de natureza
individual do utente; -Elaboração de registos de enfermagem através do programa informático:
SClínico.

De acordo com o Decreto-Lei, N.º 118/2014, de 5 de agosto, o enfermeiro de família,


na sua área de intervenção, cuida da família como unidade de cuidados e presta cuidados gerais
e específicos nas diferentes fases da vida do indivíduo e da família, em articulação ou
complementaridade com outros profissionais de saúde. Este contribui para a ligação entre a
família, os outros profissionais e os recursos da comunidade, nomeadamente, serviços de saúde
e serviços de apoio social, garantindo maior equidade no acesso aos cuidados de saúde.
No processo de cuidar, a comunicação que mantêm com os utentes é fundamental, pois
é por intermédio desta que o enfermeiro é capaz de compreender o indivíduo/família,
identificando as suas necessidades com vista à resolução dos seus problemas, bem como
promover a saúde e prevenir a doença.
No decorrer do EC, procurei planear as atividades a desenvolver, segundo o processo de
enfermagem, agindo em permanente visão holística, para que o utente e respetiva
família/cuidador usufruíssem da melhor abordagem possível.
Durante as oito semanas de EC, tive a oportunidade de realizar e aperfeiçoar diversas
atividades e procedimentos que integram a prática de enfermagem. Ao participar na totalidade
16
das atividades estabeleci contacto direto com utentes de diversas faixas etárias e ao longo do
ciclo vital. Verifiquei que a maior parte dos utentes consideram o enfermeiro de família um
importante recurso em saúde e no qual podem consignar os seus problemas, inseguranças e
medos, sabendo sempre que toda a informação recolhida é subjugada a sigilo profissional.
Constatei que os registos de enfermagem constituem uma valiosa e permanente fonte de
informação válida acerca de cada utente, da mesma forma que permitem a qualidade e
continuidade dos cuidados e são uma segurança para o profissional, no sentido que só o que for
registrado é que foi realizado, não podemos provar que fizemos algo se não o registarmos.
Em relação aos programas informáticos utilizados pela instituição, o mais importante
para a prática de enfermagem é sem duvida o SClínico. Evoluí bastante no que diz respeito aos
registos no programa SClínico, sendo que rapidamente me tornei autónoma nas marcações de
consultas, pesquisa de utentes, levantamento de focos, intervenções e atitudes terapêuticas,
associação a programas de saúde adequados e verificação do registo vacinal.
No decorrer do EC prestei os cuidados de acordo com a ética e deontologia profissional,
sem pôr em causa a legislação e as normas em vigor, respeitando assim os direitos dos utentes,
como por exemplo a manutenção da sua integridade física e privacidade e a garantia do
consentimento informado verbal para as intervenções, explicando-lhes previamente os
procedimentos que iria realizar.
Quanto à comunicação, tanto com utentes como com familiares/cuidadores, fui assertiva
e adequada ao grau de conhecimento dos mesmos, para que entendessem de fato o que eu
pretendia transmitir, nomeadamente os ensinos, os quais eu tinha o cuidado de dispor sempre.
Mantive uma escuta ativa, com uma visão holística, de forma a individualizar os cuidados aos
utentes, não me focalizando apenas na circunstância pela qual estavam presentes na consulta.
Considero que foi mais um objetivo concluído com sucesso, não tendo surgido
dificuldades quer na comunicação com os utentes nas díspares faixas de etárias, quer na
transmissão de informação.

1.4. OBJETIVO 4 - IMPLEMENTAR ATIVIDADES ESPECÍFICAS PARA A PROMOÇÃO


DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA DOENÇA.

Objetivos específicos: -Realizar literacia em saúde no âmbito dos programas de saúde


implementados; - Participar no projeto "Diabetes em Movimento"; -Promover a parceria de
cuidados entre utente/família/cuidador e enfermeiro; - Desenvolver competências no âmbito da
prevenção da doença;

17
Segundo o Decreto-Lei, N.º 118/2014, de 5 de agosto, o enfermeiro de família
disponibiliza cuidados de enfermagem, efetuando, em articulação com a restante equipa de
saúde, a avaliação da situação de saúde e das fases da vida, privilegiando as áreas da educação
e promoção da saúde, prevenção da doença, da deteção precoce de doenças não transmissíveis,
da gestão da doença crónica e da visitação domiciliária.
Em concomitância com Freire, Landeiro, Martins, Martins e Peres (2016), a promoção
da saúde corresponde a um processo que capacita as pessoas a controlar e melhorar a sua saúde
e, para isso, o indivíduo necessita desenvolver capacidades e competências que facilitem a sua
adaptação às etapas do ciclo vital e aos processos de saúde e doença.
Portanto, os enfermeiros são, por inerência das suas funções, educadores para a saúde,
visto que cuidar é conjuntamente instruir.
Durante o EC, realizei diversos ensinos no âmbito da promoção da saúde e prevenção
da doença, de acordo com o programa de saúde inerente ao utente e sempre que era conveniente.
Promovi a literacia em saúde de forma a promover a parceria de cuidados entre o utente e
respetiva família/cuidador, incentivando a participação ativa do nos respetivos cuidados de
saúde.
No âmbito dos programas de saúde já abordei, no subcapítulo 1.2., a educação para a
saúde realizada em cada programa de saúde, aquando do desenvolvimento dos programas.
Durante o EC, verifiquei que a população inscrita na UCSP é maioritariamente
envelhecida, neste sentido os ensinos realizados com mais frequência, prenderam-se com a
Diabetes, a HTA, quedas, autocuidados e prevenção de úlceras por pressão.
Participei no Projeto “Diabetes em Movimento” este programa de intervenção
comunitária é coordenado pela Direção Geral de Saúde, através do Programa Nacional para a
Promoção da Atividade Física e do Programa Nacional para a Diabetes e é um programa
Comunitário de Exercício Físico para Pessoas com Diabetes Tipo 2.
Este visa promover a atividade física regular como um dos pilares de tratamento, são
sessões gratuitas e decorrem três vezes por semana (segunda, quarta e sexta) com a duração de
90 minutos, entre os meses de outubro e junho. Trata-se de uma intervenção multidisciplinar e
a sua implementação envolve os centros de saúde, municípios, entre outros. As atividades são
monitorizadas por fisiologistas do exercício e por enfermeiros. Estes controlam a glicémia
capilar antes do exercício para evitar hipoglicemias. As sessões envolvem vários tipos de
exercício físico, como: aeróbio, resistido, de agilidade e equilíbrio e de flexibilidade, mas
também atividades de educação para a saúde e para a cidadania. Foi uma experiência muito

18
positiva e enriquecedora, tanto a nível pessoal tanto como futura profissional, por ser um
exemplo e seguir.
Participei e colaborei, também, nas II Jornadas de Cuidados de Saúde na Comunidade
intituladas “Parentalidade: Desafio ou Oportunidade?”, visto que para promover a
saúde/prevenir a doença é necessário atualizar frequentemente o leque de conhecimentos.
Realizei, também, um documento, presente no Apêndice A, sobre os tipos de penso, a
indicação terapêutica principal, o mecanismo de ação e alguns alertas, inicialmente apenas para
minha orientação, mas a pedido da Enfermeira Chefe, era para ser apresentado e distribuído a
todas as Enfermeiras da UCSP em reunião de Enfermagem, conquanto por motivos inerentes
ao serviço não foi possível ser realizada a reunião e, consequentemente, não foi apresentado.
Todavia o documento ficou para o serviço e seria mesmo assim distribuído pelas Enfermeiras.
Em modo de conclusão, considero que foi mais um objetivo concluído com sucesso,
uma vez que ao promover a saúde estava ao mesmo tempo a prevenir a doença, não tendo
surgido dificuldades na transmissão de informação.

1.5. OBJETIVO 5 - CONSOLIDAR CONHECIMENTOS E COMPETÊNCIAS A NÍVEL


CIENTÍFICO, TÉCNICO E RELACIONAL

Objetivos específicos: -Consolidar conhecimentos previamente adquiridos na componente


teórica durante a prática clínica. -Comunicar de forma assertiva com o utente e
família/cuidador;

De forma a cumprir este objetivo, segui uma estratégia muito própria, que consistiu
num bom relacionamento não só com a equipa multidisciplinar, como também com os utentes
que recorreram à unidade, criando um ambiente de confiança de modo a que pudessem sentir-
se à vontade, não tendo medo de exprimir as suas dúvidas, mas também que eu própria pudesse
esclarecer as minhas dúvidas sem receio junto da orientadora sem criar atritos, permitindo
empatia.
Uma vez que já era o meu quarto ensino clínico a ser realizado em cuidados de saúde
primários era esperado de mim agora, como aluna de 4º ano, maior responsabilidade e mais
empenho nas atividades que me fossem propostas e nos cuidados prestados. De modo a
melhorar as minhas competências a nível técnico e científico, procurei manter-me o mais
atualizada possível, recorrendo à pesquisa em bases de dados, livros e documentos fidedignos

19
sobre os programas existentes na UCSP e dúvidas existentes, de modo a conseguir prestar os
melhores cuidados possíveis e fazer ensinos oportunos e explícitos.
Aproveitei todas as oportunidades que foram surgindo para melhorar as minhas
competências a nível técnico, na execução de procedimentos, melhorando a minha destreza
manual e conseguindo uma gestão eficaz de tempo, destacando-me pela rapidez de execução
sem detrimento da qualidade, mantendo sempre uma postura correta para com o utente e para
com a orientadora, mostrando confiança nos atos que executava.
Ao longo destas oito semanas é visível a minha evolução, procurei ganhar o máximo
de autonomia e demonstrei iniciativa para a realização tanto de procedimentos como na
realização das consultas, contudo, mantive-me consciente das minhas limitações e não realizei
procedimentos nos quais me surgissem dúvidas sem antes recorrer à orientadora.
Em suma, considero que este objetivo foi atingido com sucesso uma vez que melhorei
a minha prestação não só nos cuidados de enfermagem, como nos ensinos realizados nas mais
diversas áreas de intervenção.

2. COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS

Sendo este o EC de integração para a vida profissional, torna-se importante refletir


sobre as competências adquiridas englobando os três domínios do perfil de competências do
enfermeiro de cuidados gerais definidos pela Ordem dos Enfermeiros (2015): Domínio da
responsabilidade profissional, ética e legal; Domínio da prestação e gestão de cuidados e
Domínio do desenvolvimento profissional.
No que diz respeito ao domínio da responsabilidade profissional, ética e legal,
considero que desenvolvi uma prática profissional com responsabilidade, mantendo-me ciente
dos meus limites, pedindo ajuda sempre que não tinha a certeza absoluta de algo e sempre que
considerava que era necessário a referenciação para outros profissionais de saúde. Em todos os
cuidados que prestei, preservei acima de tudo o respeito pelos utentes e pelas suas escolhas
independentemente da origem, crenças e valores, preservando a sua privacidade, seguindo o
quadro ético, código deontológico e jurídico.
Em relação ao domínio da prestação e gestão de cuidados, agi de forma fundamentada,
mobilizando e aplicando os conhecimentos e técnicas adequadas, procurando realizar as
melhores práticas assentes em documentos científicos.
Apliquei os conhecimentos e técnicas adequadas a cada tipo de cuidados, procurando
melhorar ao longo do EC. Mobilizei os meus conhecimentos na definição de diagnósticos de

20
situação, olhando para o utente numa perspetiva holística e transmiti ensinos oportunos que
ajudassem os utentes não só nas suas preocupações como ao nível da prevenção visto ser uma
área primordial nos cuidados de saúde primários. Organizei sempre o meu trabalho gerindo
eficazmente o meu tempo sem detrimento da qualidade.
Estabeleci uma relação e comunicação terapêutica apropriada para com o utente/
família/ cuidador, de forma clara e concisa. Garanti a segurança na administração de
substancias terapêuticas, no controlo de infeção e avaliação dos riscos.
Mantive uma comunicação e relação interpessoal eficaz, conseguindo contribuir para o
trabalho de equipa multidisciplinar e eficaz, valorizando o papel de todos os membros da
equipa de saúde, tendo um parecer na decisão sobre os cuidados a prestar ao utente.
Priorizei os problemas do utente, procurando recolher e analisar os dados mais
relevantes de modo a estabelecer objetivos e um plano de cuidados fundamentado. Criei
momentos de avaliação em todo o processo e procedi às respetivas alterações sempre que
considerar necessário, visando acima de tudo a qualidade dos cuidados. Priorizei os focos de
enfermagem segundo os problemas identificados nos utentes, identificando as intervenções
necessárias para a implementação/resolução do problema, para existir ganhos em saúde.
Quanto ao domínio do desenvolvimento profissional contribui para a valorização da
profissão na medida em que assumi o meu papel imprescindível nos cuidados de saúde, dando
visibilidade à Enfermagem. Adotei uma atitude reflexiva sobre as minhas práticas identificando
as áreas de maior formação procurando o aperfeiçoamento contínuo, sabendo sempre que
estamos em constante aprendizagem. Procurei manter-me na vanguarda da qualidade dos
cuidados num aperfeiçoamento contínuo das minhas práticas, aproveitando todas
oportunidades, que me fossem surgindo, que foram muitas, para melhorar o meu conhecimento
e melhorar a minha técnica.

21
CONCLUSÃO

Este relatório surge como um documento esclarecedor da minha aprendizagem durante


o tempo que permaneci na UCSP de Viana do Castelo – Extensão de Santa Marta de Portuzelo.
Possibilitou-me, não só, constatar e refletir um pouco sobre todas as experiências vividas, como
também, ter uma perceção geral da minha prestação ao longo do EC.
Trata-se do culminar de mais um EC e mais uma etapa no meu longo percurso de
aprendizagem, apresentou-se como um enriquecimento pessoal e profissional, permitindo-me
sair com um melhor entendimento da prática de enfermagem. Considero que não progredi só
como estudante e como futura enfermeira, mas também como pessoa, pois a realidade com que
nos deparamos dia-a-dia sensibiliza-nos e faz-nos orgulhar por querermos pertencer a esta área.
Com esforço, trabalho e dedicação seremos bons profissionais e contribuiremos para a saúde
de cada pessoa.
Tive oportunidade de aprender e aperfeiçoar não só os conhecimentos teóricos
associados à prática como vivenciar várias situações que até aqui nunca tinha presenciado,
consegui adquirir uma enorme variedade de conhecimentos e desenvolver competências,
através de novas experiências e do melhoramento de outras. Percebi também que a teoria é
subjetiva, é importante para possuirmos bases, mas o confronto com a prática torna-se muito
importante. Este ensino clínico, sem dúvida, lançou-nos para o mundo do cuidar em cuidados
de saúde primários.
Ao longo do Ensino Clínico dei sempre o meu melhor na execução de cada atividade,
empenhando-me sempre ao máximo, para concretização dos objetivos inicialmente projetados.
Este caminho não tinha sido possível se não tivesse tido um bom acolhimento na unidade
e uma boa integração junto deles, toda a equipa multidisciplinar sempre se mostraram
disponíveis para ajudar e apoiar, concebendo-me imensas oportunidades, estimulando-me para
a realização de diversas atividades e para o desenvolvimento do meu conhecimento,
possibilitando-me obter a confiança imprescindível para um bom desempenho e autonomia. Foi
um campo extremamente enriquecedor, pois houve oportunidade de lidar com inúmeros casos,
bem como realizar diversos procedimentos.
Relativamente aos pontos positivos, posso dar uma ênfase especial ao apoio
incondicional da enfermeira orientadora que sempre me apoiou, ajudou e colaborou comigo
durante o período de EC, deixando-me desde inicio à vontade para colocar questões que me
fossem surgindo, depositando desde o início confiança em mim, dando-me liberdade e
autonomia para realizar diversas consultas sozinha, embora estivesse sempre supervisionando.

22
No que concerne aos objetivos delineados inicialmente para a realização deste
documento, foram alcançados, com sucesso.
Por último, mas não menos importante, faço um balanço positivo deste ensino
clínico, acho que foi muito enriquecedor para mim como aluna de enfermagem, e como
futura profissional de saúde, pois tive a oportunidade de experenciar o meu futuro enquanto
enfermeira, onde todos os conhecimentos adquiridos não serão esquecidos, assim como cada
conselho dado pelos profissionais, que me deram forças para seguir sempre em frente e ter
dia para dia mais confiança em mim.
Em jeito de conclusão, este ensino clínico ficará para sempre marcado e registado na
minha memória. Tenho de sublinhar o profissionalismo, hospitalidade e companheirismo
com que fui recebida nesta UCSP, proporcionaram excelentes momentos, os quais nunca
mais vou esquecer.

23
BIBLIOGRAFIA

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em junho 6, 2018 em
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24
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25
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Ordem dos Enfermeiros (2015b). Classificação internacional para a prática de enfermagem


(CIPE- Versão 2015). Trad. Enfª Sandy Severino. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros.

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Sgreccia, E. (1996). Manual de bioética elio sgreccia. São Paulo: Edições Loyola.

26
APÊNDICES
APÊNDICE A – AÇÃO DE FORMAÇÃO

INDICAÇÃO PRINCIPAL TIPO DE PENSO MECANISMO AÇÃO


Adsorção de odores resultantes da intensa atividade metabólica dos
CONTROLO DE ODOR • Carvão
microrganismos.
• Alginatos
Absorver o excesso de exsudado no leito da ferida, mantendo a
CONTROLO DE EXSUDADO • Carboximetilcelulose
humidade ideal para cicatrização.
• Espumas
• Ácidos Gordos Esterificados
• Iodo
CONTROLO DA INFEÇÃO • Mel Ação bactericida/bacteriostática em feridas infetadas
• Polihexametileno biguanida
• Prata
• Colagenase
Degradação dos tecidos necrosados através de processos
DESBRIDAMENTO • Hidrogeles
enzimáticos ou autolíticos.
• Poliacrilatos
• Hidrocolóides
GRANULANTES/
• Hidrogel em penso Manutenção da humidade no leito da ferida.
EPITELIZANTES
• Películas

INTERFACES • Gazes Impregnadas Diminuição da aderência à superfície do leito da ferida.

• Acido Hialurónico Estimulação do processo de cicatrização por cedência de


PROMOTORES DA
• Colagénio substâncias endógenas envolvidas na formação e maturação da
CICATRIZAÇÃO
• Maltodextrina matriz extracelular
• Polímeros Acrílicos
PROTETORES CUTÂNEOS • Cremes barreira Proteção da pele contra agressões externas.
• Películas
27
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
FIGURA TIPO DE PENSO ALERTAS
PRINCIPAL

Feridas muito exsudativas Não ultrapassar os bordos íntegros


Feridas sangrantes (hemostático)
ALGINATOS da ferida para evitar macerar os
bordos
Mudar quando saturado e até 7 dias

Não pode ser aplicado diretamente


Feridas com odor intenso no leito da ferida pois são
CARVÃO ATIVADO facilmente inativados pelo exsudado
Mudar quando saturado e até 7 dias Não usar em feridas secas ou
necrosadas

Desbridamento de feridas com


Aplicar no tecido necrosado
tecidos necrosados e viscosos, ricos diretamente
em fibrina, promove a formação de
COLAGENASE Pode aumentar a produção de
novo colagénio exsudado, tem que se proteger os
bordos
Diariamente ou 48 horas
Feridas com fase inflamatória Aplicar só em feridas limpas, sem
prolongada como promotor de tecido necrosado ou fibrinoso e sem
cicatrização (crónicas) infeção (excetua-se o material que
Feridas de cirúrgicas ortopédica e
COLAGÉNIO contém prata ou antibiótico na sua
cardiotorácica (esponja associada a constituição).
antibiótico). Evitar a associação com
antissépticos e desinfetantes.
Mudar até 3 dias
Feridas exsudativas como penso
primário ou secundário. Alívio de Nas feridas cavitárias não preencher
pressão. Em combinação com terapia a cavidade na totalidade (para
ESPUMAS
de compressão. permitir o aumento de volume do
penso).
Mudar quando saturado e até 7 dias
28
Adere a ferida facilmente, remove o
tecido em regeneração, mudar
GAZE SIMPLES Absorvente
frequentemente, macera a pele
envolvente

Proteção do leito da ferida. Proteção As gazes impregnadas por


GAZES de zonas dadoras de enxerto. substâncias gordas secam com mais
IMPREGNADAS
facilidade no leito da ferida.
Mudar quando saturado e até 7 dias

O gel formado aquando da


utilização dos hidrocolóides tem
Feridas pouco exsudativas com tecido uma coloração amarelada e um
de granulação ou epitelização, como cheiro desagradável característico,
penso primário. Fixação de outros que não deve ser confundido com
pensos como penso secundário. sinais de infeção.
HIDROCOLÓIDES Prevenção de úlceras de pressão. Em forma de pasta podem ser
Não aderentes à ferida usados concomitantemente com as
Consegue desbridar formulações em penso para
aumentar a sua adesividade.
Máximo 7 dias Não usar em feridas muito
exsudativas nem em feridas
infetadas.
Feridas com tecido necrosado, seco
e/ou depósitos de fibrina - formulação Nas feridas com necrose seca
em gel. devem efetuar-se alguns cortes em
Feridas superficiais pouco linhas cruzadas para facilitar a
HIDROGEL exsudativas - formulação em penso. penetração do gel.
Feridas secas, desbridante por Não aplicar em feridas muito
excelência exsudativas.
Não associar a antissépticos.
Não ultrapassar os 3 dias

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HIDROFIBRA
Ferida muito exsudativa
OU Em feridas infetadas a frequência de
CARBOXI- mudança deverá ser maior
Mudar quando saturado e até 7 dias
METILCELULOSE

Feridas infetadas Não pode ser usado em utentes em


Feridas traumáticas, pós cirurgia, quimio e radioterapia, medicados
abrasoes, lacerações com lítio, grávidas ou lactentes,
IODO alterações renais e doenças na
Em caso de infeção mudado tiroide
diariamente, caso contrário até 3 ou Não ultrapassar os 3 meses de
4 dias tratamento em cada ciclo

Feridas infetadas Descontinuar tratamento em caso de


MEL
Neutralizar odores ardor local

Proteção da pele como penso


primário. Feridas exsudativas e pregas
Fixação de outros pensos não cutâneas
FILMES adesivos como penso secundário. Permite as trocas gasosas
Epitelizantes. Não aderente, não absorvente
Visualização da ferida
Mudar quando saturado e até 7 dias

Feridas infetadas ou com risco de


Grávidas ou amamentar
infeção
PRATA Utentes sujeitos a ressonância
(queimaduras e zonas dadoras de
magnética
enxerto

Fonte: Elias, C. G., Brandão, D. M., Candeias, E. C., Cunha, E., Rigueiro, G., Mesquita, M., e Rocha, P. M. (2012). Manual de Material de penso com ação
terapêutica. Ordem dos Farmacêuticos–Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar.

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