Tese - 11659 - Karine Dissertacao
Tese - 11659 - Karine Dissertacao
Tese - 11659 - Karine Dissertacao
CENTRO TECNOLÓGICO
VITÓRIA
2017
KARINE DE PAULA BASTOS SANTOS
VITÓRIA
2017
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
(Biblioteca Setorial Tecnológica,
Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)
Sandra Mara Borges Campos – CRB-6 ES-000593/O
CDU: 624
AGRADECIMENTOS
Ao meu esposo Jéferson, pelo apoio, incentivo e paciência durante toda esta jornada.
Aos meus pais, Carlos e Mirian, e minhas irmãs, Karina, Roberta e Tayane, que
mesmo distantes, me incentivaram nos momentos mais difíceis ao longo do mestrado.
Ao Prof. Dr. João Luiz Calmon, pela orientação, apoio, colaboração e suporte para o
desenvolvimento deste trabalho.
Aos amigos do Labesbim, Thais, Marianne Cavalcante, Luan, Ernani, Mariane Dantas,
pelo auxílio e contribuições prestadas para a realização deste trabalho.
Figura 16 – Interface para entrada de dados dos elementos para inspeção. ............ 55
Figura 45 - Projetos inseridos na pasta Projetos CT-12 pdf visualizados no BIM 360
Field mobile app. ....................................................................................................... 94
FM Facilities Management
3. METODOLOGIA ................................................................................................ 80
6.1. Apresentação dos resultados alcançados frente aos objetivos propostos 122
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
As edificações devem ser projetadas, construídas e mantidas de acordo com
requisitos básicos de desempenho e durabilidade ao longo da vida útil e também
atender às necessidades dos usuários. Observa-se que profissionais da Construção
Civil e proprietários fundamentam grande parte de suas decisões com base na análise
de custos durante a fase de concepção, projeto e construção de uma edificação.
Entretanto, os custos relacionados com a fase de operação e manutenção, em muitos
casos, não são considerados na fase inicial do projeto. Como consequência, grande
parte dos proprietários ou gestores não adotam métodos ou sistemas voltados para a
Gestão da Manutenção, o que compromete diretamente o desempenho da edificação.
Edificações cada vez mais complexas são construídas, o que exige uma quantidade
maior de documentação, detalhamento e especificação dos projetos, elevada
coordenação de sistemas, gerenciamento de serviços adicionais e instalações, além
de maior conhecimento da equipe responsável pela manutenção da edificação
(Krygiel et al., 2008). Grande parte dessas informações são armazenadas em arquivos
físicos de documentos como projetos arquitetônico, elétrico, estrutural,
hidrossanitário, combate a incêndio, informações sobre equipamentos e registros de
manutenção, etc. Segundo Soares (2013) esta forma de armazenamento dificulta a
consulta, pois é necessário o deslocamento até o local onde a documentação se
encontra arquivada.
O BIM pode ser usado como um banco de dados visual 3D para armazenar, organizar
e trocar informações sobre o desempenho das edificações e registrar processos de
deterioração ao longo do tempo para melhorar as práticas atuais de manutenção
20
Apesar dos benefícios que a adoção do BIM pode proporcionar às edificações, seu
emprego na Gestão da Manutenção de sistemas construtivos ainda é limitado. Uma
parte considerável dos métodos apresentados na literatura está voltada para o uso do
BIM na manutenção de equipamentos e máquinas existentes na edificação. Há
poucos métodos ou registros de aplicações do BIM na análise de
falhas/defeitos/manifestações patológicas em elementos e sistemas construtivos. Por
este motivo, este trabalho busca suprir esta lacuna e utilizar as potencialidades do
BIM como base para o processo de manutenção desses elementos e sistemas.
1.1. OBJETIVOS
Criar modelos virtuais 3D da edificação que será tomada como referência para
o desenvolvimento do método proposto;
21
Propor uma base de dados padrão para receber informações relativas aos
sistemas e elementos construtivos, com documentações da fase de projeto,
especificações técnicas e histórico de manutenções;
Sistematizar informações relativas a tipos de manifestações patológicas que
podem ocorrer nos sistemas construtivos de uma edificação com descrição de
causas, processo de degradação, métodos de recuperação/reparo ou
substituição;
Integrar os modelos virtuais da edificação com a base de dados e um software
BIM para aplicação do método proposto;
Explicar como o método pode ser aplicado em edificações para a Gestão da
Manutenção.
Com base na revisão de literatura, análise das potencialidades dos software BIM,
orientação de professores e na limitação do tempo, este trabalho foi limitado conforme
descrito a seguir:
O Capítulo 5 apresenta o método proposto neste trabalho com auxílio do BIM para
execução do Plano de Manutenção. Foram definidos de procedimentos para inspeção
predial, diagnóstico dos componentes e elementos construtivos e orientações para a
manutenção preventiva. O capítulo ainda apresenta simulações e aplicações do
método na edificação selecionada e é finalizado com recomendações para sua
aplicação.
23
2 REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
25
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Pärn, Edwards e Sing (2017), existem fatores que impactam sobre a forma como
a Gestão de Instalações é adotada em uma edificação. Os autores dividiram esses
fatores em três grandes grupos com os seguintes itens:
Ambiente administrativo
o Estrutura organizacional
o Objetivos da empresa
o Cultura e contexto do local
Características da construção e das instalações
o Tipo de instalação
o Localização
o Dimensões
1Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos, órgão do Governo Federal que estabelece
padronizações para arquitetura, engenharia e desenvolvimento urbano, dentre outros campos.
26
Fatores/Intervenções externas
o Necessidades e processos administrativos
o Prioridades da manutenção do recurso
o Legislação
o Inter-relações com empresas prestadoras de serviços
Carlino (2012) ressalta que a função de manutenção passa a ser pouco confiável, com
ações voltadas para a correção de problemas, atrasos nas soluções e sem
planejamento prévio das atividades. Deve haver uma manutenção rotineira e
sistemática para preservar o desempenho da edificação. Hamid e Othman (2014)
explicam que este tipo de manutenção tem sido negligenciado devido a interpretação
equivocada das necessidades dos trabalhos de manutenção e ausência de recursos
financeiros. Para Carlino (2012), deve existir um registro de eventos ocorridos de
forma a alimentar o processo de manutenção, principalmente com dados precisos
para estabelecer a relação custo x benefício das soluções a serem adotadas.
A norma NBR 5674 (ABNT, 2012) cita os documentos que devem estar presentes no
Programa de Manutenção tais como projetos, memoriais, orientação dos
fornecedores, manual de uso, operação e manutenção. Além disso, norma destaca
outras características específicas tais como:
Além destes tipos, outros autores abordam sobre a manutenção preditiva (SILVA;
FALORCA, 2009; COSTA, 2014; NEELAMKAVIL, 2011; SHALABI; TURKAN, 2017) e
29
Horner, El‐haram e Munns (1997) sugerem que para reduzir o custo, a manutenção
preventiva pode ser utilizada apenas em elementos construtivos específicos. Segundo
os autores, existem elementos que não exercem um impacto significativo no custo da
manutenção e não influenciam na segurança e saúde do usuário. Por este motivo, os
30
gestores podem adotar a estratégia de menor custo e melhor localização dos recursos
logísticos nas atividades de manutenção.
Soares (2013) explica que não existe um consenso na literatura sobre qual a
terminologia que melhor representa as aplicações de software FM. As mais utilizadas
são CAFM e IWMS. O autor ainda enfatiza que o IWMS é mais empregado nos
Estados Unidos enquanto que na Europa, o termo mais empregado é o CAFM. A
Figura 3 mostra a estrutura básica desses sistemas.
32
Segundo Falorca, Rodrigues e Silva (2011), o CMMS possui um sistema com banco
de dados computadorizado com informações sobre as operações de manutenção. Os
autores citam como exemplos, elementos que precisam de manutenção e informações
sobre a localização de peças ou elementos de reposição. Dessa forma, o CMMS
auxilia a gestão na tomada de decisões com conhecimento das informações
necessárias com análise dos recursos disponíveis.
Além dos sistemas classificados como CAFM, existem outros que auxiliam a gestão
de instalações. Becerik-Gerber et al. (2012) também cita os seguintes:
Entretanto, os dados fornecidos por estes sistemas estão fragmentados entre si, ou
em alguns casos, os dados são inseridos manualmente após a entrega da obra, o que
torna o processo ineficiente e laborioso (BECERIK-GERBER et al., 2012; LOVE et al.,
2014).
O BIM é um processo que emprega tecnologias com integração entre diferentes tipos
de software. É possível analisá-lo dentro de uma visão estreita ou ampla. Volk, Stengel
e Schultmann (2014) mostram que o BIM utilizado em uma visão estreita corresponde
somente ao modelo digital da edificação enquanto que a visão ampla envolve
aspectos funcionais, documentais, técnicos, organizacionais e legais. O BIM favorece
o controle da qualidade e coordenação de documentos, com informações
interconectadas, isso significa que as mudanças realizadas em um objeto dentro do
modelo, se refletem instantaneamente no projeto em todas as suas vistas (Krygiel et
al., 2008).
Por outro lado, o BIM também abrange uma atividade humana que exige mudanças
amplas no processo de construção (Eastman et al., 2014). Gu e London (2010)
apontam como as principais barreiras para adoção do BIM a ausência de
conhecimento e treinamento, natureza fragmentada da indústria da construção civil,
relutância da indústria para mudar as práticas de trabalho existentes, hesitação para
aprender novos conceitos/tecnologias e ausência de clareza nas responsabilidades e
benefícios.
Impacto sobre os
Dimensão Descrição
intervenientes
Gestores de
Integra a gestão de instalações e
6D (3D + FM) instalações,
informações do ciclo de vida da edificação.
proprietários
O modelo virtual 3D pode ser criado em níveis, de acordo com o grau de detalhamento
do projeto. A classificação mais utilizada é a LOD (level of development) que pode ser
traduzido como nível de desenvolvimento ou de detalhe. Pärn, Edwards e Sing (2017)
mostram uma escala de 100 a 500 para LOD. O LOD100 possui uma baixa definição
do projeto enquanto que o LOD500 corresponde ao modelo as-built (como construído)
em alta definição. Este último modelo deve conter características físicas e funcionais
da edificação assim como os processos relacionados à gestão e comunicação das
informações ao longo das disciplinas (BIAGINI et al., 2016). Para Alwan (2016) o LOD
36
(continua)
Estudos de massa
conceituais com
dimensões, áreas,
Conceitual 100
volumes, locação e
orientação apenas
indicativos.
(conclusão)
O modelo para
fabricação e montagem é
apresentado com maior
precisão de detalhes que
Execução/
400 na fase de LOD 300.
Fabricação
Porém, se houver
necessidade os detalhes
podem ser completados
em modelos 2D.
O modelo é detalhado
com o mesmo nível de
precisão do estágio
anterior mas é atualizado
Como foi
500 a partir das modificações
construído
ocorridas em obra, de
forma a retratar o edifício
exatamente como foi
construído.
O BIM apresenta vários benefícios para edificações existentes, pois pode ser adotado
na fase de manutenção e operação, no auxílio de reformas, retrofits ou futuras
renovações. Segundo Volk, Stengel e Schultmann (2014), existem diferenças durante
o processo de modelagem de novas construções comparada a edificações existentes,
que não possuem um modelo em 3D. Como o BIM ainda não é largamente utilizado
por todos os engenheiros, arquitetos e empresas responsáveis pela manutenção, os
modelos BIM são criados de forma isolada voltados principalmente para a etapa
concepção, projeto, construção e entrega da obra.
Para a captura de dados da edificação em seu estado atual podem ser adotadas
técnicas com base em nuvens de pontos lançadas em um software. A nuvem de
pontos permite o reconhecimento de elementos da envoltória da edificação, tais como
janelas, portas, paredes e telhado. As técnicas mais utilizadas são o escaneamento a
laser e a fotogrametria (WANG; CHO; KIM, 2015; CHO; HAM; GOLPAVAR-FARD,
2015). A Figura 4 retrata um exemplo de nuvem de pontos e o modelo final de
edificação histórica.
41
(a) Fotografia da edificação. (b) Representação da edificação em nuvem de pontos. (c) Modelo HBIM
da edificação. Fonte: Baik, Yaagoubi e Boehm (2015, p. 29, 30).
O BIM possui grande potencial para aplicação na fase de operação e manutenção das
edificações. Proporciona visualização, identificação precisa do local e relações entre
sistemas construtivos e equipamentos, além de acesso aos dados de atributos com
42
Para o BIM ser utilizado em inspeção para fins de manutenção é necessário um banco
de dados rigoroso, para permitir ao usuário identificar cada anomalia presente nos
componentes construtivos dentro do modelo BIM, associando-a com suas prováveis
44
Hichri et al. (2013) explicam que muitos estudos estão voltados para relações e formas
do modelo digital, entretanto poucos focam nos atributos. Estes são fundamentais no
contexto do BIM, pois permite a caracterização de objetos para enriquecer a
representação 3D final. Exemplos de atributos, são dados semânticos tais como:
resistência dos materiais, estado de conservação, danos (GROETELAARS, 2015),
textura, idade, custo, documentação (HICHRI et al., 2013), dentre outros. Esta
documentação pode conter informações das instalações, composição de paredes,
elementos estruturais, dados de substituições, reformas, recuperações, etc.
Modelos salvos no formato IFC podem ser usados como formato de arquivo para
transferir dados do modelo BIM para os sistemas de Gestão de Instalações. Além do
padrão IFC, outro padrão aberto internacional utilizado para a troca de informações é
46
A Figura 13 indica uma planilha utilizada pela autora como parte do plano de
manutenção de edificação habitacional, com a periodicidade das intervenções ao
longo dos anos. A autora também organizou os elementos fonte de manutenção por
códigos para localização na planilha.
Silva e Falorca (2009) apresentaram uma abordagem mais ampla para a gestão,
denominada Plano de Inspeção e Manutenção para Edificações Correntes – PIMEC.
Este plano possui as seguintes etapas:
Caracterização de parâmetros
o Previsão da vida útil
o Qualidade mínima aceitável
o Verificação do nível de desempenho
o Registro de degradação
Planejamento de intervenções
o Cronograma da manutenção
53
Os autores explicam que este sistema pode ser utilizado para a gestão da manutenção
em várias edificações simultaneamente, com redução do número da equipe
responsável pelo processo de manutenção. Além da redução da equipe, há uma
redução de custos, pois existem soluções padronizadas para o processo de
reabilitação de certos elementos que são identificados frequentemente com presença
de defeitos. Ocorre a prevenção de falhas na edificação, simplificação na compra de
materiais para reparos, etc.
Figura 18 –
Esquema do
modelo de
manutenção
proposto por
Costa
o mais baixo possível para o período considerado. Esta metodologia permite comparar
diferentes estratégias de manutenção em termos de custo, nível de desempenho da
manutenção e estimativa de degradação.
O BuildingsLife é um sistema com plataforma interativa que pode ser utilizado por
qualquer interveniente do setor da Construção Civil. Entretanto, o sistema está
limitado a análises do processo de degradação de fachadas. Não é avaliado o
processo de degradação em todos os sistemas construtivos da edificação.
O sistema está voltado para a manutenção de instalações com base na condição, com
foco em equipamentos e recursos físicos existentes na edificação. Os autores não
aplicaram este método para análise de anomalias, processo de degradação e
manutenção de sistemas construtivos. Além disso, os autores não apresentaram uma
forma de integração do processo da manutenção com o planejamento financeiro das
intervenções.
Este formulário é convertido em formato pdf e inserido dentro do modelo BIM por meio
de uma interação com o visualizador (Navisworks). Este modelo é atualizado
constantemente com os formulários de inspeção, com objetivo de ser uma ferramenta
de suporte precisa para planos de reparo/recuperação. Com o visualizador, o técnico
pode selecionar um elemento no modelo corresponde ao elemento com anomalia
identificado na inspeção.
Integração de dados
o Busca por dados relacionados ao ciclo de vida do componente
o Cada componente tem um ID para localização na base de dados.
o Informações técnicas, relação entre os sistemas, procedimentos de
operação e manutenção.
Visualizações:
o Visualização dos elementos por cores padronizadas (Figura 27).
o Visualização de causas possíveis de um certo problema com base no
conhecimento da vida útil remanescente e relações entre os elementos
no modelo.
o Análise da distribuição espacial e temporal dos problemas para inferir
padrões e tendências com base na visualização da distribuição e da
frequência dos mesmos no passado e em situações atuais (visualização
3D e 4D).
o Visualização da cadeia de efeitos causados por alterações do
estado/condições de um certo componente
Os autores modelaram uma edificação nos software Revit Architecture e Revit MEP e
utilizaram o software FM Interact para a gestão da manutenção. Os dados dos
componentes foram exportados do modelo para um banco de dados do FM Interact,
que é capaz de sincronizar os valores de atributos compartilhados com o modelo por
meio da interface de programação do Revit. Os autores não apresentaram uma
aplicação diretamente voltada para sistemas construtivos da edificação. A Figura 27
e o quadro 3 mostram um exemplo do modelo e do método, respectivamente.
68
Informações da edificação
o Finalidade – comercial, educacional, etc.
o Sistema estrutural – concreto, madeira, aço, misto, etc.
o Número de pavimentos
Categoria, seção e subseção
Detalhes do problema
o Nome
o Descrição
o Localização
o Causas
70
Com estes dados, o Sistema emprega um cálculo com base em pontuações para
definição da prioridade das intervenções. Os autores explicam que é necessária a
realização de mais pesquisas para indicar como esta plataforma pode estar integrada
com os vários sistemas CAFM. Não foi demonstrado o resultado desta metodologia
em um estudo de caso prático.
Thabet, Lucas e Johnston (2016) apresentaram uma proposta para uma estrutura de
intervenção no processo de gestão de operação das instalações de uma universidade
nos Estados Unidos. Os autores adotaram as seguintes etapas do processo:
Os autores utilizaram três software: Revit para a criação do modelo BIM, Microsoft
Visual Basic.NET e o Microsoft Access. O método desenvolvido é um sistema
71
Figura 29 – Seleção de uma parede no modelo BIM e informações relacionadas as condições iniciais
de projeto da mesma parede.
(a) Fotografia da edificação. (b) Modelo da edificação no Revit. (c) Interação multiusuário com óculos
especiais. (d) Detalhe das instalações imersas no ambiente virtual.
Fonte: Shi et al. (2016, p. 125).
Uma característica marcante dos métodos que não empregam a tecnologia BIM é a
ausência de um armazenamento integrado das informações e capacidade de
76
visualização da edificação. Por outro lado, a maioria dos métodos que utilizaram o
BIM possuem como foco a Gestão das Instalações, especialmente para equipamentos
e recursos da edificação. Apenas dois métodos, Simões e Sampaio (2014) e Hamzah
et al. (2016), aprofundaram nas aplicações do BIM diretamente voltadas para os
sistemas construtivos e manifestações patológicas que podem surgir ao longo do ciclo
de vida. O Quadro 4 sintetiza todos os métodos apresentados neste trabalho para
auxiliar numa visualização global dos métodos de gestão da manutenção com e sem
o emprego do BIM.
Com base no que foi exposto, observa-se que há uma quantidade limitada ou até
mesmo deficiente de aplicações e estudos de caso voltados para a gestão da
manutenção em sistemas construtivos com emprego do BIM. Este trabalho irá propor
um método para suprir essa lacuna e aproveitar o potencial do BIM para promover
melhorias no processo de gestão.
O método a ser elaborado neste trabalho irá utilizar alguns aspectos dos processos
descritos nestes e terá como abordagem principal o processo de manutenção de
elementos construtivos. Será cadastrada uma base de dados na plataforma BIM com
as informações necessárias para a tomada de decisão por parte do gestor. Estas
informações envolvem o processo de diagnóstico, análise de origem/causas de
anomalias, planejamento, métodos e registro histórico das manutenções. Dessa
forma, o gestor, ao se deparar com um conjunto de anomalias ao longo do ciclo de
vida da edificação, pode realizar um planejamento das intervenções com avaliações
técnicas e de custo, que permitem estabelecer graus de prioridades para o processo
de intervenção.
77
Quadro 4 – Síntese dos métodos de Gestão de Instalações e Manutenção apresentados neste trabalho.
(continua)
Autor Método Descrição Limitações
Não especifica como deve ser
Propõe requisitos básicos para o plano com base
Plano de manutenção para edifícios realizado o registro e
Leite (2009) na descrição e listagem de elementos construtivos,
habitacionais armazenamento de informações da
rotinas e periodicidade de inspeções
manutenção
SEM O EMPREGO DO BIM
Quadro 4. Síntese dos métodos de Gestão de Instalações e Manutenção apresentados neste trabalho.
78
(conclusão)
Autor Método Descrição Limitações
Sampaio e
Restrito ao modelo arquitetônico,
Simões (2014) Criação de um aplicativo para inspeção Identificação de manifestações patológicas nos
problemas na integração dos
predial integrado ao modelo virtual 3D sistemas construtivos diretamente no modelo BIM.
formulários de inspeção com o
de edificação. Integração com banco de dados para pesquisa.
modelo BIM.
Sistema de manutenção online
Método voltado para a manutenção preventiva de
Fontes (2014) integrado ao modelo virtual 3D com Não aborda a manutenção de
equipamentos integrados ao modelo BIM.
acesso em dispositivos móveis. sistemas construtivos da edificação.
Motawa e
Necessidade de mais pesquisas para
Almarshad Modelagem de um conhecimento Aprendizagem de procedimentos e métodos de
analisar como a plataforma pode
(2015) integrado da edificação. manutenção já realizados para casos futuros,
estar integrada com os sistemas
integrados ao modelo BIM.
CAFM.
Thabet, Lucas e Modelo virtual 3D integrado com
Não se aplica para o processo de
Johnston (2016) software de programação e de gestão Voltado para a gestão de ativos da edificação.
manutenção de sistemas
de instalações para ser aplicado em
construtivos.
universidades
Hamzah et al. Geração de relatórios, avaliações, diagnóstico e Restrito a os elementos de concreto
(2016) Integração de software BIM com controle de anomalias construtivas em estruturas da edificação, com análise voltada
software de programação. pre-moldadas de concreto. apenas para três manifestações
patológicas nestes elementos.
Necessidade de aprimorar o realismo
Integração de modelos BIM com do ambiente virtual e impossibilidade
Shi et al. (2016) Auxílio na investigação das causas dos danos em
plataforma compartilhada entre dos participantes de manipular os
elementos da edificação e no processo de
múltiplos usuários em tempo real componentes construtivos devido a
comunicação dos intervenientes.
dificuldade na transferência de
dados.
Fonte: Acervo pessoal.
79
3 METODOLOGIA
80
3. METODOLOGIA
3.1. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Neste trabalho será utilizada uma edificação para aplicação do método proposto com
implementação do BIM para a Gestão da Manutenção de edificações. A edificação
selecionada, denominada Centro Tecnológico XII (CT-12), está localizada no Campus
de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES. Possui idade
real de 5 anos e área total construída de 2.469,19 m², distribuídos em pavimento térreo
e primeiro pavimento. O térreo possui salão de entrada, biblioteca, quatro salas de
aula, sanitários masculino e feminino e circulação. O primeiro pavimento possui 8
salas de aula, sanitários masculino, feminino e circulação.
Entretanto, antes da aplicação do BIM 360 Field, foi necessário realizar a exportação
e upload dos modelos da edificação do Revit para o BIM 360 Glue. Este software foi
desenvolvido pela Autodesk para ser utilizado na fase de concepção, análise e
compatibilização dos diferentes projetos da edificação. É uma ferramenta semelhante
ao software Navisworks, da Autodesk, com a vantagem de ser utilizado online pela
equipe de projeto. O BIM 360 Glue permite o acesso ao modelo 3D com revisão de
ferramentas voltadas para a construção, simplificação na navegação de modelos,
medições, integração com o Navisworks e com ferramentas de projeto (AUTODESK,
2017d).
Por outro lado, o BIM 360 Field é um software voltado para o controle de produção e
de qualidade da execução da obra. Possui duas formas de utilização: o BIM 360 Field
Web, com acesso em computadores e notebooks, por meio da internet; e o BIM 360
Field mobile app, acessível em dispositivo móvel iOS, compatível com iPad. O BIM
360 Field combina tecnologia móvel para uso em campo com base na colaboração na
nuvem e registro dos processos de gestão da construção, tais como qualidade,
segurança e comissionamento (AUTODESK, 2017e).
83
Após esta etapa, será catalogada uma relação de manifestações patológicas, defeitos
e falhas que podem ocorrer em diferentes sistemas construtivos ao longo da vida útil
da edificação. Haverá uma seleção de informações para elaboração de uma
documentação para auxiliar o diagnóstico desses problemas tais como:
origem/causas, prognóstico, principais técnicas de recuperação/reparo e normas
técnicas relacionadas. Essas informações serão sistematizadas para facilitar o
processo da gestão. Em seguida, serão realizadas simulações e implantação deste
método de Gestão da Manutenção na edificação objeto da pesquisa, o CT-12. A
Figura 37 mostra um fluxograma das etapas deste trabalho.
Por meio da navegação do modelo do CT-12 no BIM 360 Field mobile app, o gestor
preenche formulários, realiza anotações, comentários, anexa fotografias e pode
acessar toda a biblioteca do BIM 360 Field. Serão analisadas simulações de possíveis
manifestações patológicas, defeitos e falhas que podem existir em diferentes sistemas
construtivos da edificação selecionada para identificar o potencial do método no
auxílio do diagnóstico e resolução destes problemas.
86
4INTEGRAÇÃO
MODELAGEM E
DE
INFORMAÇÕES DA
EDIFICAÇÃO PROTÓTIPO
88
Os modelos foram exportados para o BIM 360 Glue por intermédio de um plugin do
Revit. O BIM 360 Glue disponibiliza uma opção de integração dos diferentes modelos
de uma edificação (função merged models). Entretanto, o modelo integrado não foi
utilizado pois o BIM 360 Field recebe apenas os modelos individuais provenientes do
BIM 360 Glue. A Figura 42 mostra os modelos no BIM 360 Glue.
Após a exportação para o BIM 360 Glue, os modelos foram compartilhados com o BIM
360 Field Web (Figura 43). Entretanto, a navegação nos modelos só é possível no
BIM 360 Field mobile app.
Além dos modelos provenientes do BIM 360 Glue, foram inseridos na biblioteca BIM
360 Field (função library) informações da edificação e outros documentos, por meio
da criação de pastas e subpastas para receber estes arquivos. Estas pastas e
arquivos podem ser visualizados no BIM 360 Field Web e também em dispositivos
móveis (iPad). As seguintes pastas foram criadas neste local:
1 - Catálogo Patologias
Levantamento bibliográfico de várias de manifestações patológicas, defeitos e falhas
que podem ocorrer nos diversos tipos de sistemas construtivos de uma edificação.
Dentre os materiais adicionados nesta pasta, se encontram teses, dissertações, livros,
boletins técnicos, etc. Estes documentos foram agrupados em subpastas para cada
sistema construtivo como ferramenta para auxiliar na identificação e diagnóstico dos
danos.
Por exemplo, a pessoa responsável pela inspeção, ao se deparar com uma
manifestação patológica como expansão das armaduras no concreto armado, pode
pesquisar mais informações deste fenômeno clicando na função library, onde surge
várias pastas, dentre estas, a pasta Catálogo Patologias. Após selecionar esta pasta,
é possível selecionar a subpasta Patologia de Estruturas de Concreto Armado, onde
se encontra os documentos para pesquisa de acordo com a a manifestação patológica
92
Figura 45 - Projetos inseridos na pasta Projetos CT-12 pdf visualizados no BIM 360 Field mobile app.
5 PROPOSTA DO MÉTODO
PARA GESTÃO DA
MANUTENÇÃO COM
EMPREGO DO BIM
96
Com base neste roteiro, o método proposto neste trabalho engloba a tecnologia BIM
como uma tecnologia de suporte para inspeção predial, identificação e resolução de
problemas patológicos com consequente aprimoramento da Gestão de Manutenção
de edificações. Neste método, o técnico responsável realiza a vistoria do local
utilizando um iPad com o aplicativo do BIM 360 Field. Este aplicativo permite a
localização de componentes construtivos e acesso a todos os dados da edificação
previamente lançados na plataforma do BIM 360 Field Web. Além dos documentos
citados no item 4.3, podem ser adicionados na biblioteca o histórico de manutenções,
problemas e danos anteriores e registros dos reparos já realizados. Estes dados
geralmente são necessários para a anamnese da edificação.
Figura 46 - Descrição do método proposto para a Gestão da Manutenção com auxílio do BIM.
GESTÃO DA MANUTENÇÃO
Figura 47 - Relação dos checklists desenvolvidos para cada sistema construtivo da edificação.
Após adição dessas informações, o técnico sincroniza o BIM 360 Field mobile app
com o BIM 360 Field Web, para que ao chegar no escritório, possa analisar as
informações inseridas na vistoria em um computador. Assim, é possível visualizar os
checklists preenchidos em campo e todos os issues criados e preenchidos a partir dos
100
pins adicionados nos objetos do modelo. O item 5.4 deste capítulo aborda a aplicação
destes procedimentos em uma simulação de danos e inspeção predial no CT-12.
Estas informações foram preenchidas na função Equipment do BIM 360 Field. Para
cada tipo de elemento construtivo, denominado equipment pelo software, foram
anexados arquivos com orientações como cuidados de uso, falhas não contempladas
pela garantia, manutenção preventiva e sugestões de manutenção. Além disso, cada
elemento pode ser associado a comentários, checklists, issues e também podem ser
atribuídas tarefas ou rotinas de manutenção, tasks. O APÊNDICE A mostra uma
planilha, resultante da exportação da listagem dos elementos construtivos do BIM 360
Field para o Excel e a Figura 49 indica um exemplo para componentes do sistema
hidrossanitário.
Além da periodicidade das tarefas, o BIM 360 Field permite adicionar informações
personalizadas pelo usuário, tais como custos de mão-de-obra, custo de
equipamento, custo de materiais, custo total, quantidade (área, volume, comprimento)
etc. As tarefas foram salvas em formato de relatórios em formato pdf por meio da
função report e podem ser integralmente visualizadas no APÊNDICE B. Além da
função task, as intervenções, reparos e tarefas de manutenção já realizadas e até
mesmo possíveis imprevistos durante esse processo, podem ser registrados com
base no preenchimento de issues (formulários).
102
Para uma análise geral das condições da edificação, foi utilizado o modelo
arquitetônico (Figura 52). Por meio da navegação nesse modelo no iPad durante a
vistoria local, foram inseridas algumas manifestações patológicas e falhas.
105
(a) (b)
a) adição de pins na circulação do pavimento térreo do CT-12. b) adição de pins na lateral esquerda
da área externa do CT-12.
Fonte: Acervo pessoal.
107
(a) (b)
a) adição de pin em pilar de uma das salas do CT-12. b) informações preenchidas no formulário
(issue) visualizadas após selecionar o pin correspondente.
Fonte: Acervo pessoal.
Além disso, ainda é possível anexar fotografias dos danos (attachments), como pode
ser observado nas Figuras 57 a 59. Estas figuras mostram exemplos de elementos
construtivos do CT-12 com presença de danos onde foram adicionados pins para
preenchimento dos formulários e inserção de fotografias.
108
Figura 57 – Exemplos de associação de pins com fotografias dos danos na lateral esquerda do CT-
12.
Figura 58 – Exemplos de associação de pins com fotografias dos danos na fachada do CT-12
(próximo à entrada).
Figura 59 – Exemplos de associação de pins com fotografias dos danos na fachada do CT-12.
Além disso, da mesma forma que outros comandos do BIM 360 Field, a visualização
dos formulários pode ser personalizada com adição de outras informações, como por
exemplo, relação das causas, profundidade/ extensão dos danos, os diversos custos
envolvidos no processo de recuperação, como custo de mão-de-obra, equipamentos,
material, etc. Os custos são fundamentais para análise dos elementos que devem ser
recuperados primeiro, além dos graus de prioridade já mencionados. Por fim, os
formulários podem ser impressos em relatórios, contendo inclusive os anexos, como
por exemplo, o registro fotográfico indicado nas figuras 57 a 59. O APÊNDICE C
mostra o relatório dos formulários exibidos na Figura 60.
110
Figura 60 - Relação dos issues no BIM 360 Field Web preenchidos por meio de pins inseridos em objetos do modelo 3D.
Abaixo do ícone da função instructions, foram preenchidos alguns issues, onde foram
inseridos os mesmos tipos de informações dos issues inseridos diretamente no
modelo 3D, como exemplificado na Figura 56(b). O APÊNDICE D, além de mostrar o
preenchimento do checklist do sistema estrutural, mostra informações adicionais para
o processo de identificação e diagnóstico das manifestações patológicas associadas
a este sistema construtivo.
Os checklists preenchidos de cada sistema foram atualizados no BIM 360 Field Web,
para posterior análise. A Figura 64 indica essa listagem com simulações das
inspeções. É possível realizar várias inspeções em um mesmo sistema construtivo em
datas distintas. O APÊNDICE E descreve as simulações realizadas para os checklists
apresentados nesta figura, salvos em formato pdf por meio da função report.
114
Figura 64 - Relação dos checklists dos sistemas preenchidos e visualizados no BIM 360 Field Web.
Figura 67 - Visualização de várias edificações gerenciadas pelo administrador da conta do BIM 360.
Para a implantação do BIM, Faroni (2017) propõe a criação de funções como: gestor
geral de BIM, vinculado ao prefeito (Prefeitura Universitária) ou ao reitor (Reitoria), e
gestores BIM vinculados a quatro áreas principais: (1) Projetos e Planejamento, (2)
Construção e Contratos, (3) Fiscalização e Comissionamento e (4) Facilidades. O
gestor BIM de facilidades é um gestor geral responsável pela Gestão de Instalações
da universidade. A autora propõe ainda um gestor BIM de facilidades específico para
cada centro. O centro corresponde a uma unidade, como por exemplo, Centro de
Artes, Centro de Educação, Centro Tecnológico, etc. Este gestor coordena as
seguintes atividades da Gestão de Instalações no centro: proteção à saúde, proteção
a incêndio, segurança, sistemas de manutenção, testes e inspeção e operacional.
Estas atividades se integram ao modelo BIM (as-built BIM).
Quanto aos sistemas CMMS, o software BIM 360 Field, conforme abordado em itens
anteriores, demonstrou várias potencialidades para aplicação como um sistema
computadorizado de gestão da manutenção, uma vez que permite a integração do
modelo virtual 3D com diversos tipos de documentos, especificações e informações
tanto da edificação como informações relacionadas às manifestações patológicas em
elementos construtivos e processos de manutenção.
120
Figura 68.Fluxo de informações para implantação do BIM na Universidade Federal do Espírito Santo.
6 CONCLUSÕES
122
6. CONCLUSÕES
6.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS FRENTE AOS
OBJETIVOS PROPOSTOS
Outra questão a ser considerada é que a implantação do método requer uma mudança
em vários processos da gestão. Antes do emprego de software BIM, é necessária uma
mudança na forma como a manutenção é realizada, pois geralmente ocorre o
predomínio de ações corretivas em detrimento de ações preventivas.
Outro aspecto que pode ser desenvolvido em futuros trabalhos é a aplicação deste
método de forma integrada com orçamento, levantamento de custos e prazos das
intervenções a serem realizadas em elementos construtivos com danos. Além disso,
recomenda-se a aplicação do método em um conjunto de edificações gerenciadas por
um setor de manutenção integrado com a Gestão de Instalações, como por exemplo,
a Universidade Federal do Espírito Santo. Neste caso, o método pode ser aplicado
nas diversas edificações que compõem um centro para analisar as potencialidades e
possíveis dificuldades encontradas no processo de implantação.
125
7 REFERÊNCIAS
126
7 REFERÊNCIAS
ANIL, Engin Burak et al. Deviation analysis method for the assessment of the
quality of the as-is Building Information Models generated from point cloud
data. Automation In Construction, [s.l.], v. 35, p.507-516, nov. 2013.
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<http://www.autodesk.com/products/revit-family/overview>. Acesso em 15 mar.
2017.
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International Archives Of The Photogrammetry, Remote Sensing And Spatial
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CHO, Yong K.; HAM, Youngjib; GOLPAVAR-FARD, Mani. 3D as-is building energy
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HAMZAH, Noraini et al. A CMMS Expert using BIM for IBS Building
Maintenance. Matec Web Of Conferences, [s.l.], v. 66, p.1-10, 2016.
129
ILTER, Deniz; ERGEN, Esin. BIM for building refurbishment and maintenance:
current status and research directions. Structural Survey, [s.l.], v. 33, n. 3, p.228-256,
13 jul. 2015.
LIN, Yu-cheng et al. Development of BIM Execution Plan for BIM Model
Management during the Pre-Operation Phase: A Case Study. Buildings, [s.l.], v. 6,
n. 1, p.1-14, 17 fev. 2016.
SHEN, Weiming; HAO, Qi; XUE, Yunjiao. A loosely coupled system integration
approach for decision support in facility management and
maintenance. Automation In Construction, [s.l.], v. 25, p.41-48, ago. 2012.
THABET, W.; LUCAS, J.; JOHNSTON, S. A Case Study for Improving BIM-FM
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extraction from point clouds of existing buildings for sustainability
applications. Automation In Construction, [s.l.], v. 56, p.1-13, ago. 2015.
APÊNDICE A - LISTA DE
RECURSOS/ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
(EQUIPMENTS)
LISTA DE RECURSOS/ ELEMENTOS CONSTRUTIVOS (EQUIPMENTS)
Prazo de Garantia - Prazo de Garantia - No
Type Description Prazo de Garantia - 6 meses Prazo de Garantia - 1 ano Prazo de Garantia - 2 anos Prazo de Garantia - 3 anos Prazo de Garantia - 5 anos
Fabricante ato da entrega
problemas de vedação e Má aderência do revestimento e
Argamassa/gesso liso argamassa ou gesso liso
funcionamento dos componentes do sistema
quebrados, trincados, soltos, gretados ou desgaste
Azulejo/cerâmica/pastilha riscados, manchados ou excessivo que não por mau
com tonalidade diferente uso
problemas com a instalação
Borrachas, escovas,
ou com o desempenho do
articulações, fechos e roldanas
material
mau desempenho do
Coletores material
material
Coletores serviços problemas com a instalação
Colunas de água fria, Colunas Danos causados devido à
de água quente, tubos de queda serviços problemas com a instalação movimentação ou acomodação da
de esgoto estrutura
Colunas de água fria, Colunas
mau desempenho do
de água quente, tubos de queda material
material
de esgoto
falhas no caimento ou
Contrapiso revestimento final - contrapiso superfícies irregulares destacamento
nivelamento inadequado
amassadas, riscadas ou má fixação, oxidação ou mau
Esquadrias de ferro janelas
manchadas desempenho do material
empolamento, descascamento,
pintura fachada e paredes sujeira ou mal
Externa esfarelamento, alteração de cor
externas acabamento
ou deterioração de acabamento
empolamento, descascamento,
sujeira ou mal
Interna pintura paredes internas esfarelamento, alteração de cor
acabamento
ou deterioração de acabamento
APÊNDICE B - LISTA DE
TAREFAS DE MANUTENÇÃO
PREVENTIVA
CT-12 Task Details
ID 000001
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 10 Oct 2017 5:54 PM Scheduled For 12 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Verificar os ralos e sifões das louças, tanques e pias. Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
Instalações Hidráulicas e de Gás
ID 000002
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:00 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Verificar o diafragma da torre de entrada e a comporta do Task: Manutenção Preventiva
mecanismo de caixa acoplada.
Attached Checklists
ID 000003
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:01 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Verificar gaxeta, anéis o'ring e estanqueidade dos registros de Task: Manutenção Preventiva
gaveta e dos registros de esfera.
Attached Checklists
ID 000004
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:03 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Verificar estanqueidade da válvula de descarga, torneira Task: Manutenção Preventiva
automática e torneira eletrônica
Attached Checklists
ID 000005
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:04 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Verificar anéis o'ring dos registros de pressão, misturador de Task: Manutenção Preventiva
lavatório de bidê.
Attached Checklists
ID 000006
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:05 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Trocar os vedantes (courinhos) das terneiras, misturadores de Task: Manutenção Preventiva
lavatório e de bidê e registros de pressão.
Attached Checklists
ID 000007
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:06 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Repintar paredes internas Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000008
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:07 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Repintar fachada da edificação Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000009
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:08 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Regulagem do freio Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000010
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:09 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Attached Checklists
ID 000011
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:09 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Reapertar parafusos aparentes dos fechos Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000012
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:11 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Attached Checklists
ID 000013
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:14 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Realizar inspeção da cobertura a cada 2 anos. Task: Inspect Work
Attached Checklists
ID 000014
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:15 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Realizar inspeção a cada 5 anos. Task: Inspect Work
Attached Checklists
ID 000015
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:16 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Realizar a inspeção periódica a cada 5 anos. Task: Inspect Work
Attached Checklists
ID 000016
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:19 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Limpeza geral da esquadria. Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000017
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:21 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Limpeza dos orifícios dos trilhos inferiores. Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000018
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:22 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Limpeza da persiana de enrolar. Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000019
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:22 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Limpar os aeradores (bicos removíveis). Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000020
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:23 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Limpar o crivo do chuveiro. Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000021
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:24 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Limpar e verificar regulagem do mecanismo de descarga. Task: Manutenção Preventiva
Attached Checklists
ID 000022
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:25 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Inspecionar os rejuntamentos dos pisos cerâmicos, ralos e peças Task: Manutenção Preventiva
sanitárias
Attached Checklists
ID 000023
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:26 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Inspecionar no ato da entrega e após 3 anos. Task: Inspect Work
Attached Checklists
Sistema estrutural
ID 000024
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:27 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Description Types
Inspecionar a cada 5 anos. Task: Inspect Work
Attached Checklists
ID 000025
Author's Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO Assigned Company UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
Date Created 11 Oct 2017 6:28 PM Scheduled For 13 Oct 2017 9:00 AM
Attached Checklists
APÊNDICE C - FORMULÁRIOS
(ISSUES) RESULTANTES DA
ADIÇÃO DE PINS
4179
APÊNDICE D - EXEMPLO DO
PROCESSO DE
PREENCHIMENTO DO
CHECKLIST DO SISTEMA
ESTRUTURAL NO IPAD
136
Figura D.4. Detalhes do conteúdo da aba Instructions (ao lado de attachments) para
trinca.
140
Figura D.6. Criação de issue dentro da anomalia armadura exposta (item 7).
142
APÊNDICE E - RELATÓRIO
DOS CHECKLISTS
PREENCHIDOS DOS
SISTEMAS CONSTRUTIVOS
CT-12 Checklist Observation List
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
15 Oct 2017 1:08 PM Checklist: Agentes de deterioração das edificações Author: Karine Santos
1 Agente Mecânico - Gravidade <Top level> False N NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
15 Oct 2017 1:07 PM Checklist: Sistema de vedação Author: Karine Santos
1 Fissura <Top level> No N NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Pisos Author: Karine Santos
3 Descolamento <Top level> Yes Y NO
15 Oct 2017 1:04 PM Checklist: Instalações Hidráulicas e de Gás Author: Karine Santos
1 Entupimentos <Top level> Yes Y NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Instalações Hidráulicas e de Gás Author: Karine Santos
9 Insuficiência na oferta de água <Top level> Yes Y NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Esquadrias Author: Karine Santos
10 Infiltração/ vazamentos <Top level> Yes Y NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
15 Oct 2017 12:59 PM Checklist: Instalações Elétricas Author: Karine Santos
1 Lâmpadas queimadas. <Top level> Yes Y NO
15 Oct 2017 12:57 PM Checklist: Revestimentos Argamassados e Pintura Author: Karine Santos
1 Manchas de umidade. <Top level> Yes Y NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Revestimentos Argamassados e Pintura Author: Karine Santos
7 Infiltração de água e formação de <Top level> Yes Y NO
fissuras.
8 Desagregação do revestimento. <Top level> Yes Y NO
7 Armadura Exposta. Expansão da <Top level> Yes Y YES laje inferior do reservatorio
armadura.
8 Deformações <Top level> No N NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Sistema estrutural Author: Karine Santos
10 Eflorescência <Top level> Yes Y NO pilares fachada
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Sistemas de Impermeabilização Author: Karine Santos
2 Falhas no encontro de ralos, tubos ou <Top level> Yes Y NO
outros obstáculos emergentes
3 Rasgamento de mantas asfálticas <Top level> No N NO
pré-fabricadas
4 Represamento da água sob o piso <Top level> Yes Y NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Sistemas da Cobertura Author: Karine Santos
13 Obstrução por sujidades <Top level> Yes Y NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Sistema de vedação Author: Karine Santos
5 Irregularidade geométrica, fora de <Top level> No N NO
prumo/nível
6 Outras <Top level> No N NO
04 Sep 2017 2:28 PM Checklist: Revestimentos Argamassados e Pintura Author: Karine Santos
1 Manchas de umidade. <Top level> Yes Y YES
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Revestimentos Argamassados e Pintura Author: Karine Santos
9 Descascamento da pintura. <Top level> + Y NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Pisos Author: Karine Santos
13 Deterioração por ataque químico. <Top level> Yes Y NO
04 Sep 2017 2:28 PM Checklist: Instalações Hidráulicas e de Gás Author: Karine Santos
1 Entupimentos <Top level> No N NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Instalações Elétricas Author: Karine Santos
8 Quadros com fundo de madeira <Top level> No N NO
Issue
# Observation Location Response Conforms Comments
Created?
Checklist: Esquadrias Author: Karine Santos
7 Vibração <Top level> No N NO