Aplicação Localizada de Defensivos Baseada Na Variabilidade Espacial Das Plantas Daninhas
Aplicação Localizada de Defensivos Baseada Na Variabilidade Espacial Das Plantas Daninhas
Aplicação Localizada de Defensivos Baseada Na Variabilidade Espacial Das Plantas Daninhas
PIRACICABA
Estado de São Paulo – Brasil
Dezembro - 2001
APLICAÇÃO LOCALIZADA DE DEFENSIVOS BASEADA NA
VARIABILIDADE ESPACIAL DAS PLANTAS DANINHAS
PIRACICABA
Estado de São Paulo - Brasil
Dezembro - 2001
AGRADECIMENTOS
Página
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................ix
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................xix
LISTA DE QUADROS ...................................................................................................xv
RESUMO .......................................................................................................................xvi
SUMMARY ................................................................................................................ xviii
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................1
2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................3
2.1 Controle químico das plantas daninhas....................................................................3
2.2 Pulverização agrícola ...............................................................................................4
2.3 Variabilidade espacial das plantas daninhas ............................................................5
2.4 Mapeamento da variabilidade espacial das plantas daninhas ..................................6
2.4.1 Mapeamento de plantas daninhas por amostragens sistemáticas ........................7
2.4.2 Mapeamento de plantas daninhas com auxilio de cartas cartográficas...............9
2.4.3 Mapeamento de plantas daninhas por técnicas de sensoriamento remoto ..........9
2.4.4 Mapeamento de plantas daninhas pelo método linear.......................................11
2.4.5 Mapeamento de plantas daninhas pelo método do contorno das manchas
de ocorrência .....................................................................................................12
2.5 Mapeamento da fertilidade do solo........................................................................12
2.6 Correlação entre mapas de plantas daninhas e atributos do solo ...........................14
2.7 Sistema de Posicionamento Global – GPS ............................................................15
2.8 Geoestatística .........................................................................................................16
2.8.1 O semivariograma .............................................................................................18
2.8.2 Validação cruzada .............................................................................................21
2.8.3 Interpolação por krigagem ................................................................................21
vi
Página
1 Semivariograma experimental e modelo teórico.......................................................19
2 O semivariograma típico e seus componentes. .........................................................20
3 Principais modelos teóricos de semivariogramas. ....................................................20
4 Esquema de um sensor para a aplicação localizada de herbicidas em tempo
real.............................................................................................................................25
5 Componentes principais de um equipamento para aplicação localizada por
injeção direta de defensivos. .....................................................................................28
6 Curva de dose-resposta para uma típica combinação entre o incremento do
herbicida aplicado (%) e o aumento das plantas daninhas controladas (%)..............31
7 Simulação da distância percorrida pelo pulverizador (D1 + D2) do instante em
que houve uma ordem para o início da aplicação (T0) até o instante onde se
observa o equilíbrio da concentração do defensivo em toda a extensão da barra
(T2)............................................................................................................................33
8 Disposição das áreas experimentais. .........................................................................36
9 Ilustração da área experimental onde foi realizado o ensaio para determinação
do tempo de resposta do equipamento para aplicação localizada de defensivos. .....37
10 Ilustrações da área experimental onde foram realizados os mapeamentos de
plantas daninhas, o mapeamento de fertilidade e a aplicação localizada de
defensivos: (a) região onde havia uma maior infestação de plantas daninhas e
(b) região onde havia uma menor infestação de plantas daninhas. ...........................37
11 Vistas lateral (a) e traseira (b) do protótipo do pulverizador automotriz
utilizado neste estudo.. ..............................................................................................39
x
Página
1 Resultados da análise estatística descritiva realizada para os dados da variável
densidade das plantas daninhas (plantas.m-²) para as quatro espécies mapeadas
pelo método das amostragens sistemáticas. ..............................................................62
2 Resultados da análise estatística descritiva realizada para os dados da variável
estágio de desenvolvimento do mapeamento de plantas daninhas pelo método
das amostragens sistemáticas. ...................................................................................63
3 Resultados da análise estatística descritiva realizada para as variáveis do
mapeamento dos atributos da fertilidade do solo. .....................................................65
4 Resultados da análise geoestatística para os dados da variável densidade
(plantas.m-²) para as quatro espécies de plantas daninhas mapeadas pelo
método das amostragens sistemáticas. ......................................................................66
5 Resultados da análise geoestatística realizada para os dados da variável
estágio de desenvolvimento do mapeamento de plantas daninhas pelo método
das amostragens sistemáticas. ...................................................................................67
6 Resultados da análise geoestatística para as variáveis do mapeamento dos
atributos da fertilidade do solo..................................................................................68
7 Comparação entre as metodologias de mapeamento de plantas daninhas
avaliadas neste estudo. ..............................................................................................98
8 Coeficientes de Correlação de Pearson entre as variáveis do mapeamento de
fertilidade do solo e do mapeamento de plantas daninhas. .....................................100
LISTA DE QUADROS
Página
1 Exemplos de grades e de áreas amostrais utilizadas por alguns autores para a
realização de mapeamentos de plantas daninhas por amostragens sistemáticas.........8
2 Nome comum, nome científico e código internacional WSSA (“Weed Science
Society of America”) das espécies de plantas daninhas mapeadas pelos
métodos de mapeamento por amostragens sistemáticas e pelo contorno das
áreas de ocorrência (Lorenzi, 1994)..........................................................................61
APLICAÇÃO LOCALIZADA DE DEFENSIVOS BASEADA NA
VARIABILIDADE ESPACIAL DAS PLANTAS DANINHAS
RESUMO
rápida para o levantamento dos dados em campo e para a elaboração dos mapas
resultantes. Porém, se mostrou uma metodologia subjetiva. Foi possível a criação de um
mapa de prescrição com quatro dosagens diferentes de herbicida baseado na
variabilidade espacial das espécies de plantas daninhas mapeadas. O mapa da aplicação
foi coerente com o mapa de prescrição. As plantas daninhas mapeadas foram controladas
eficientemente. O sistema para aplicação localizada de defensivos permitiu uma
economia de 31,6% de herbicida, quando comparado à aplicação em área total. Não
houve correlação satisfatória entre a variabilidade espacial dos atributos da fertilidade do
solo da área experimental e do estágio de desenvolvimento das espécies de plantas
daninhas mapeadas.
SITE-SPECIFIC CHEMICAL APPLICATION BASED ON THE SPATIAL
VARIABILITY OF WEEDS
SUMMARY
The weeds present spatial variability in the field. This spatial variability
allows the mapping and the control of these plants on a site-specific basis. The purposes
of this work were to develop and to evaluate a method for determination of the time of
response of an equipment for site-specific chemical application, to evaluate the herbicide
efficiency and economy by using this system, to compare two methods for weed
mapping and to analyze the spatial variability correlation between the weed species and
the soil fertility attributes. The evaluated method for time of response determination was
shown to be practical and fast. The time of response of the evaluated system was 28 s. It
was possible to identify and to map six weed species in the field by two different
methods. The method of weed mapping by systematic sampling was shown very low,
less practical and it demanded a larger time to get the final weed map. The method of
weed mapping by weed patch contour was faster than the previous one to get the data in
the field and to get the final weed map. However, this method was shown subjective. A
prescription map with four herbicide application rates was created according to the
spatial variability of weeds. The as-applied map was consistent with the prescription
map. The weeds were controlled efficiently. The system evaluated for site-specific
xix
chemical application allowed 31,6% of herbicide economy, when compared with the
traditional method using a single rate for the whole field. There was not an adequate
correlation between the spatial variability of soil fertility attributes and the stage of
development of weed species.
1 INTRODUÇÃO
edáficos e fatores inerentes a planta. De acordo com os autores, muitos destes fatores
podem ser manejados, como a fertilidade do solo, já outros possuem difícil manejo,
como a intensidade luminosa.
Johnson et al. (1997) citam que a variabilidade espacial das manchas de
plantas daninhas pode ser relativamente estável durante o período de dez anos. Os
autores relatam que esta estabilidade é devido a persistência do banco de sementes das
plantas daninhas no solo e às condições locais, que tendem a ser estáveis ao longo dos
anos e propiciam o desenvolvimento das plantas daninhas já adaptadas. Falhas no
controle de plantas daninhas, entretanto, contribuem para a formação de novas manchas.
Gerhards et al. (1997) e Colbach et al. (2000) estudaram a variabilidade
espacial e temporal de algumas espécies de plantas daninhas em campos agrícolas por
quatro e por cinco anos, respectivamente. Os autores observaram uma persistência das
manchas de plantas daninhas em permanecerem estáveis nos mesmos locais ao longo
dos anos de estudos.
Grade Área
Área amostral Nº
amostral amostrada Autores
(m²) amostras.ha-1
(m) (m².ha-1)
2x2 0,07 2500,00 187,50 Zanin et al. (1998)
3 x 1,5 0,25 2222,22 555,56 Cardina el al. (1997)
3x3 0,25 1111,11 277,78 Eberlein et al. (1998)
6,1 x 6,1 0,10 268,74 26,87 Colbach et al. (2000)
7x7 0,38 204,08 77,55 Gerhards et al. (1997)
7x7 0,20 204,08 40,82 Lindquist et al. (1998)
8x8 0,27 156,25 42,19 Wile & Schweizer (1999)
10 x 10 0,25 100,00 25,00 Heisel et al. (1996a)
12 x 12 0,25 69,44 17,36 Christensen et al. (1999)
12 x 12 0,25 69,44 17,36 Heisel et al. (1997)
15 x 15 0,01 44,44 0,44 Williams el al. (1999)
20 x 20 0,25 25,00 6,25 Heisel et al. (1996b)
20 x 20 0,25 100,00 25,00 Walter et al. (1997)
30 x 30 0,10 11,11 1,11 Nordmeyer et al. (1997)
30 x 30 0,10 11,11 1,11 Clay et al. (1999)
50 x 50 0,40 4,00 1,60 Nordmeyer & Dunker (1999)
Quadro 1 - Exemplos de grades e de áreas amostrais utilizadas por alguns autores para a
realização de mapeamentos de plantas daninhas por amostragens
sistemáticas.
De acordo com Ehlert & Jürschik (1997), os equipamentos mais comuns são
capazes de operar na faixa do espectro visível e infravermelho, sendo possível a
diferenciação entre o solo e as plantas. Antuniassi (1998) e Zwiggelaar (1998) sugerem a
aquisição das imagens por sensores que trabalham nas bandas do visível e do
infravermelho. Lamb & Weedon (1998) realizaram um mapeamento de plantas daninhas
pela aquisição de imagens nas bandas do infravermelho, vermelho, verde e azul, por
câmeras com resolução espacial de 1 m² instalada num avião. Num método semelhante
Broulik et al. (1999), utilizaram uma câmera digital com resolução de 1 m² operando na
banda do infravermelho.
Segundo Christensen et al. (1994) e Lamb & Weedon (1998), a acurácia no
mapeamento depende principalmente da resolução espacial da câmera. Nordmeyer et al.
(1997) verificaram que o mapeamento de plantas daninhas por fotografia aérea somente
se mostrou eficaz quando a densidade populacional das plantas daninhas foi superior a
150 plantas.m-². Também observaram que não foi possível a diferenciação das espécies
de plantas daninhas presentes nas imagens devido a sua baixa resolução espacial.
Stafford & Benlloch (1997), Vrindts & Baerdemaeker (1997) e Pérez et al.
(2000) encontraram dificuldade na diferenciação entre as plantas daninhas e a cultura,
devido a semelhança entre suas assinaturas espectrais. Zwinggelaar (1998) comenta que
a diferenciação entre a plantas e o solo é bastante fácil, pois suas assinaturas espectrais
são distintas. Para a seleção das bandas exatas que devem ser utilizadas, Zwiggelaar
(1998) comenta que esta escolha depende das espécies a serem mapeadas. O autor ainda
relata que as informações geométricas dos alvos de interesse podem ser necessárias para
a distinção entre eles.
A assinatura espectral é a curva característica que cada alvo possui (objeto,
planta, água, solo, etc.) que relaciona a sua refletância para cada região do espectro
eletromagnético.
A difusão da utilização de imagens provenientes de sensores instalados em
plataformas orbitais esbarra na baixa resolução espacial destes sensores para o
mapeamento de plantas daninhas, na baixa repetitibilidade das cenas de interesse e no
alto custo de aquisição destas imagens (Morgan & Ess, 1997).
No entanto, o processo de aquisição de imagens para o mapeamento de
plantas daninhas por sensoriamento remoto é relativamente rápido e é possível a
11
realização do mapeamento em grandes extensões de área (Brown et al., 1991 e Lamb &
Weedon, 1998). Um período maior de tempo é exigido para a análise e classificação
destas imagens em programas de SIG.
variáveis. O potencial econômico desta técnica pode ser atingido pela redução ou
eliminação do herbicida nos locais com baixo teor de matéria orgânica ou nos locais
onde o controle de plantas daninhas não seja um problema histórico.
2.8 Geoestatística
estatística convencional deve ser abandonada e dar lugar a uma estatística relativamente
nova: a Geoestatística” (Vieira, 2000, p.93).
A base da geoestatística vem da Teoria das Variáveis Regionalizadas de
Matheron. Segundo esta teoria, a diferença nos valores de uma dada variável tomados
em dois pontos do campo depende da distância entre eles (Vieira, 1995). Assim, a
diferença entre os valores do atributo tomados em dois pontos mais próximos no espaço
deve ser menor do que a diferença entre os valores tomados em dois pontos mais
distantes. Portanto, cada valor carrega consigo uma forte interferência dos valores de sua
vizinhança, ilustrando a continuidade espacial (Isaaks & Srivastava, 1989).
A geoestatística aplicada à agricultura de precisão tem por objetivos
identificar na aparente desordem entre as amostras uma medida da correlação espacial,
realizar estimativas de valores de locais não amostrados a partir de alguns valores
conhecidos na população (krigagem) e identificar inter-relações de propriedades no
espaço (análises de correlação entre atributos), além de permitir estudar padrões de
amostragem adequados (Vieira, 2000).
Uma etapa fundamental que antecede a análise geoestatística é a realização
de uma criteriosa análise exploratória dos dados. Deve-se verificar a normalidade dos
dados, verificar se há candidatos a dados discrepantes (“outliers”) ou se há a necessidade
da transformação dos dados para a sua normalização (Isaaks & Srivastava, 1989 e
Gonçalves et al., 1999).
Quando se utiliza a ferramenta geoestatística para a análise dos dados,
algumas hipóteses de trabalho são assumidas, principalmente a hipótese intrínseca. Por
esta hipótese, a probabilidade de variação dos valores tomados entre pontos com a
mesma distância de separação é igual, ou seja, a relação da dependência espacial é a
mesma em qualquer posição de h (h é o vetor que separa dois pontos amostrais). É
assumida a estacionaridade dentro do alcance da continuidade espacial. A
estacionaridade de primeira ordem é a esperança do valor de um ponto no espaço ser
igual à média, admitindo-se que a média amostral é igual à média populacional. A
estacionaridade de segunda ordem assume que há uma variação da média, mas a
variância é constante dentro dos limites da continuidade espacial (Vieira, 1995 e Isaaks
& Srivastava, 1989).
18
2.8.1 O semivariograma
sendo:
γ(h) é a semivariância;
z(xi) e z(xi+h) são os pares de valores medidos separados por um vetor h;
N(h) é o número de pares de valores [z(xi)-z(xi+h)] separados pelo vetor h;
z é a variável em estudo.
alguns fatores edáficos. Segundo os autores, a variação das dosagens do herbicida (PRE
ou PPI) pode ser realizada de acordo com a variabilidade espacial de alguns atributos do
solo que foram mapeados previamente e que serviram de base para a elaboração do
mapa de prescrição.
Stafford & Miller (1996) citam algumas vantagens da aplicação localizada
de defensivos baseada no conceito do mapeamento de plantas daninhas, quando
comparada à aplicação localizada de defensivos baseada no conceito do controle em
tempo real:
• tomada de decisão para seleção do herbicida mais apropriado para o
controle das espécies presentes, incluindo a possibilidade da variação de
dosagens;
• tecnicamente existem vários métodos para o mapeamento das plantas
daninhas, podendo ser escolhida a melhor metodologia para um determinado
ciclo da cultura ou condições de manejo;
• há uma maior flexibilidade para a escolha do melhor momento para a
realização do mapeamento, considerando-se a biologia da planta daninha e o
ciclo da cultura;
• há a possibilidade do mapeamento durante os tratos culturais rotineiros;
• há a possibilidade da pulverização de herbicidas PRE ou PPI;
• existe a possibilidade da mudança da estratégia para o controle das
plantas daninhas após a análise do mapeamento realizado;
• é possível a determinação prévia da quantidade exata de defensivo a ser
utilizada.
Vrindts & Baerdemaeker (1997). Para estes autores, dependendo da espécie de planta
daninha que se deseja identificar é necessária a utilização de sensores com elevadas
resoluções espacial e espectral. Um sistema de detecção de plantas daninhas em tempo
real requer a utilização de sensores seguros e de um pulverizador calibrado, que
proporcione uma resposta rápida ao comando de aplicação. Segundo os autores, a
velocidade de aplicação também depende da resolução espacial do equipamento. A
sincronização entre a detecção da planta daninha e a aplicação deve ser assegurada para
diferentes velocidades de aplicação.
Sadjadi (1996) e Scarr et al. (1997) realizaram a identificação de plantas
daninhas através de técnicas de sensoriamento remoto utilizando uma câmera de
infravermelho próximo. Analisando a resposta espectral e a textura da imagem foi
possível identificar a ocorrência e distinguir as espécies de plantas daninhas.
De acordo com Biller et al. (1997), a aplicação localizada baseada no
conceito do controle de plantas daninhas em tempo real pode proporcionar uma
economia de herbicida na ordem de 30 a 70% e com eficiência de 100% no controle,
concordando com Engqvist et al. (1997), que alcançaram uma redução de 90% no
consumo de herbicida.
Para Antuniassi & Gadanha Júnior (2000), uma das principais dificuldades
da utilização desta tecnologia é a necessidade da recalibração constante dos sensores, em
função da variação das características da superfície de aplicação.
Giles et al. (1996), Paice et al. (1996), Antuniassi et al. (1997) e Qiu et al.
(1998) comentam sobre os requisitos técnicos do equipamento ideal para injeção direta
de defensivos, como a acurácia da dose aplicada, a alta resolução espacial do
equipamento, permitir a variação de dosagens e permitir a aplicação de diferentes
formulações de defensivos.
Antuniassi et al. (1997) ainda comentam que os equipamentos para a
aplicação localizada devem fornecer acurácia melhor do que ±5% na dosagem desejada
e operar em faixas de variação de doses em 5:1, concordando com Paice et al. (1996).
Como explanam Qiu et al. (1998), a configuração do sistema de injeção
direta de defensivos deve permitir a manutenção da dosagem proporcional à variação da
velocidade do pulverizador.
Para Paice et al. (1996), a acurácia da dosagem aplicada por equipamentos
que realizam a aplicação localizada de defensivos é provavelmente mais importante que
em equipamentos que realizam a pulverização em área total com dosagem única. A
Figura 6 ilustra a curva de dose-resposta para uma típica combinação entre o incremento
do herbicida aplicado (%) e o aumento das plantas daninhas controladas (%). Pode ser
observado que quando a pulverização é realizada com a dosagem do herbicida próxima a
recomendada para o controle, uma variação da dosagem em 20% em torno da dosagem
ideal (100%) tem um pequeno efeito sobre a variação das plantas daninhas controladas.
No entanto, quando se trabalha com dosagens reduzidas de herbicida, uma pequena
variação da dosagem aplicada promove uma grande variação na porcentagem das plantas
daninhas controladas.
31
T0
D1
T1
D2
T2
D3
T3
Figura 9 - Ilustração da área experimental onde foi realizado o ensaio para determinação
do tempo de resposta do equipamento para aplicação localizada de
defensivos.
(a) (b)
Figura 10 - Ilustrações da área experimental onde foram realizados os mapeamentos de
plantas daninhas, o mapeamento de fertilidade e a aplicação localizada de
defensivos: (a) região onde havia uma maior infestação de plantas daninhas
e (b) região onde havia uma menor infestação de plantas daninhas.
38
(a)
(b)
Figura 11 - Vistas lateral (a) e traseira (b) do protótipo do pulverizador automotriz
utilizado neste estudo.
40
Este protótipo foi fabricado pela Empresa Jacto e foi baseado no modelo de
pulverizador automotriz Uniport 2000. Sobre este pulverizador foi instalado o sistema de
injeção direta de defensivos MidTech TASC 6600.
O pulverizador automotriz possui barras de 21,5 m de comprimento, com
bicos pulverizadores espaçados a 0,50 m. O reservatório de água para calda possui
capacidade para 2000 l. O modelo da bomba principal do pulverizador instalado foi a JP-
150, que possui capacidade de recalque nominal de 2,5 l.s-1 (150 l.min-1) a 540 rpm. A
barra do pulverizador possui altura regulável de 0,5 a 1,8 m por acionamento hidráulico,
todas as operações foram realizadas com a barra a 0,5 m do alvo de interesse. As
aplicações foram realizadas com o motor do pulverizador automotriz sendo acionado na
rotação nominal de 1600 rpm, possibilitando uma estabilidade maior na velocidade do
pulverizador, desejável principalmente para a determinação do tempo de resposta do
sistema para aplicação localizada de defensivos.
O bico pulverizador utilizado foi o 110º-LD-03 de Kematal da Albuz, que
proporciona uma distribuição do jato plano (leque) elíptico e com ângulo de 110º. Estes
bicos foram instalados em porta-bicos com válvula antigotejo.
Para o alinhamento paralelo das aplicações pelo pulverizador foi utilizado
um marcador de linha por espuma Jacto, modelo Mastermark. Os flocos de espuma
foram constituídos pela solução de agente espumante, AG-2, diluído na concentração de
5% em água potável.
(a) (b)
1 3
2
(c) (d)
Figura 12 - Ilustração das bombas peristálticas (a), dos reservatórios de defensivos (b),
do controlador microprocessado (c) e vista geral do sistema eletrônico com
o controlador microporcessado (1), a interface (2) e o computador portátil
(3) (d).
42
3.6 Herbicidas
Almeida, 1998). Para o manejo em plantio direto é recomendada a dosagem de 2,0 l.ha-1
do produto comercial.
No ensaio onde foi realizada a aplicação localizada de defensivos foi
utilizado o herbicida Glyphosate (RoundUp), pois é indicado para o controle das
espécies de plantas daninhas presentes na área experimental. Este herbicida é
recomendado para o controle não seletivo de mono e dicotiledôneas em pós-emergência
de diversas culturas e para o manejo do sistema de plantio direto (Rodrigues & Almeida,
1998). As dosagens recomendadas deste produto comercial podem variar deste 0,5 a 6,0
l.ha-1, dependendo das espécies de plantas daninhas presentes e dos seus estágios de
desenvolvimento.
foi calculado baseando-se no volume de calda (l) para o preenchimento das tubulações
do pulverizador desde o ponto de injeção do defensivo no sistema até as barras, na vazão
de calda planejada (l.ha-1) e na capacidade de campo do pulverizador (ha.s-1).
aplicação (21,5 m). Esta porcentagem da mancha onde houve a ação do herbicida
corresponde, na prática, à porcentagem da barra do pulverizador que estava efetivamente
aplicando o herbicida naquele instante.
Foi elaborado um gráfico ilustrando a eficiência da faixa de deposição de
herbicida a cada segundo, desde o momento no qual a mudança na dose foi solicitada. A
eficiência da faixa de deposição é a razão entre a largura efetiva da barra aplicando
herbicida naquele instante e a largura total da barra do pulverizador.
O tempo de resposta considerado para a aplicação localizada de defensivos
foi aquele correspondente a 95% da eficiência da faixa de deposição, pois foi
considerada a sobreposição de 1 m da faixa de aplicação do herbicida durante a
pulverização, garantindo a não ocorrência de falhas na aplicação devido ao alinhamento
falho do pulverizador.
quando o efeito pepita foi superior a 75% do patamar. Assim, quanto menor esta relação,
menos o efeito pepita está influenciando a dependência espacial dos dados.
após a execução do mapeamento. Este fator é importante pois a população das plantas
daninhas possui um dinamismo quanto ao seu desenvolvimento (estágio de
desenvolvimento e colonização de novas áreas), podendo tornar o mapa de planta
daninha inválido para a criação de um mapa de prescrição a ser utilizado no mesmo ciclo
da cultura.
A grade com células de 20 x 20 metros foi gerada com o auxílio do
programa de SIG SSToolbox. As dimensões desta grade foram definidas em função do
comprimento da barra do pulverizador e da sobreposição planejada durante a aplicação.
A cada célula do mapa de prescrição foi atribuída manualmente uma
dosagem de herbicida, de acordo com as espécies presentes e o estágio de
desenvolvimento de cada planta daninha que ocorria naquela célula. As dosagens do
herbicida Glyphosate foram selecionadas considerando-se a variabilidade espacial das
espécies de plantas daninhas presentes, o estágio de desenvolvimento de cada espécie, a
recomendação do fabricante do herbicida e a recomendação sugerida por Rodrigues &
Almeida (1998).
Após a ação total do herbicida sobre as plantas daninhas, que ocorreu 15 dias
após a aplicação do herbicida, foi possível a realização de um mapeamento das manchas
das plantas daninhas que não foram eficientemente controladas.
Este mapeamento foi realizado percorrendo-se os perímetros das manchas de
plantas daninhas com o sistema de localização conectado ao computador portátil. Este
mapa foi comparado ao mapa de aplicação pela sobreposição dos mesmos. Foi
determinada a área onde não houve um controle eficiente das plantas daninhas.
56
100 100
90 90
Herbicida (% da barra do pulverizador)
Eficiência da Faixa de Deposição de
80 80
70 70
Distância (m)
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (s)
Tempo de Resposta (s) Distância Percorrida (m)
Foi calculado o tempo de resposta para 95% da largura da barra pois foi
considerada a sobreposição de aplicação do herbicida durante a pulverização (0,5 m para
cada lado da barra do pulverizador). Esta sobreposição é necessária para garantir a
ausência de falhas no controle das plantas daninhas decorrentes da inexistência de
paralelismo das faixas de aplicação durante a pulverização.
60
4.2 Análise dos dados obtidos pelas metodologias das amostragens de plantas
daninhas e dos atributos da fertilidade do solo
número menor do que vinte pontos amostrais: amargoso (Digitaria insularis) e buva
(Conyza bonariensis). No entanto, foi possível a obtenção dos mapas destas espécies
utilizando o processo de interpolação pelo inverso do quadrado da distância.
O Quadro 2 dispõe os nomes comuns, os nomes científicos e os seus
respectivos códigos internacionais da “Weed Science Society of America” (WSSA).
Num trabalho onde se considera a ocorrência de plantas daninhas é importante a
caracterização das espécies presentes. Estas mesmas espécies foram utilizadas para a
realização do estudo de correlação da variabilidade espacial dos mapas de plantas
daninhas com os mapas dos atributos da fertilidade do solo. A utilização do código
internacional WSSA permite a identificação de cada espécie por uma sigla composta por
cinco letras, facilitando a execução do mapeamento de plantas daninhas quando há o
envolvimento de muitas espécies, principalmente quando há o envolvimento de espécies
de plantas daninhas do mesmo gênero na classificação botânica.
ponto de vista prático, significa que a média aritmética não foi muito afetada por valores
extremos após a retirada dos dados discrepantes.
Dentre as etapas para a obtenção dos mapas, a análise geoestatística foi a que
mais exigiu tempo na busca do melhor modelo de semivariograma teórico, culminando
na geração do mapa mais fiel à realidade da variabilidade espacial do atributo mapeado
pelo processo de interpolação por krigagem.
(a)
(b)
Figura 57 - Ilustração do controle das plantas daninhas (manchas claras) em duas regiões
da área experimental (a e b).
Figura 58 - Ilustração da área mapeada onde as plantas daninhas não foram controladas
eficientemente.
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