Ponto Dos Concursos Controle Externo em Exercicios TCU 2009
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AULA 01
Ol caros alunos e amigos!
Tudo bem? Espero que sim! Est amos de volt a para o nosso segundo
encont ro Aula 1. Ant es disso, um coment rio. Mencionei na aula inicial
que meu papel mot ivacional seria cumprido mediant e exposio dos
benefcios de se t rabalhar no Tribunal. Pois bem! O mais famoso deles o
recesso. Alm do gozo das frias anuais ( 30 dias a serem marcados em
qualquer poca do ano) , t odo servidor da Casa t em direit o ao recesso, que
acont ece de 17 de dezembro a 16 de j aneiro, anualment e. Na prt ica, so
60 dias de descanso anuais! Excelent e, no? Agora me diga: voc conhece
out ro cargo que oferea isso? Ant es de qualquer coment rio, alert o aos
curiosos que nos Poderes Judicirio e Legislat ivo t ambm h recesso, mas
no so de 30 dias por ano! Port ant o, dediquemo- nos aos est udos, pois o
Tribunal est selecionando as melhores cabeas!
Aps dest inarmos a Aula 0 ao est udo do conceit o de cont role ( part e 0. 1) e
suas classificaes ( part e 0. 2) , ret omaremos a linha exposit iva com t rs
t picos do Capt ulo 0, que t rat am do dever de prest ar cont as, do cont role
ext erno no Brasil e da hist ria do TCU. Em seguida, iniciaremos o Capt ulo 1
( Tribunal de Cont as da Unio: nat ureza, compet ncia e j urisdio) ,
correspondent e ao it em 2 do cont edo programt ico de nossa disciplina.
Preparados? Ao t rabalho!
CAP TULO 0 I NTRODUO ( CONTI NUAO)
0.3 O DEVER DE PRESTAR CONTAS
Prat icament e t odos ns j passamos pela sit uao de administ rar recursos
de t erceiros. I sso pode ocorrer em nossa famlia, quando somos
encarregados de guardar ou zelar por um obj et o de algum parent e. Pode
acont ecer t ambm no mbit o profissional, quando somos responsveis por
gerir recursos inst it ucionais ( financeiros, humanos, mat eriais) para, com
eles, viabilizar det erminado result ado da organizao em que t rabalhamos.
Ao final da j ornada, aquele que delegou a responsabilidade nos chama para
prest armos cont as da gest o dos inst rument os que nos foram confiados.
Exist e a obrigao de apresent ar os result ados e comprovar o que fizemos
com os recursos alheios. Quando se t rat a de valores financeiros ou
pat rimoniais, a coisa t oma propores ainda mais srias. Precisamos cuidar
para que eles no sej am subt rados, e para que t udo fique bem
document ado.
CURSO ON-LINE - CONTROLE EXTERNO TCNICO PARA TCU
PROFESSOR: ANTONIO SARAIVA
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CHAVES, Francisco Eduardo C. Cont role Ext erno da Gest o Pblica. 1 edio. Nit eri: Ed. I mpet us.
2007. p. 6.
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PASCOAL, Valdecir . Direit o Financeiro e Cont role Ext erno. 5 edio. Rio de Janeiro: Elsevier. 2006. p.
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Art . 70. A f i scal i zao cont bi l , f i nancei r a, or ament r i a, oper aci onal e
pat r i moni al da Uni o e das ent idades da administ rao diret a e indiret a,
quant o legalidade, legit imidade, economicidade, aplicao das subvenes e
renncia de receit as, ser ex er ci da pel o Congr esso Naci onal , mediant e
cont r ol e ex t er no, e pelo sist ema de cont role int erno de cada Poder.
O Parlament o exerce o cont role ext erno com o auxlio de uma inst it uio
especializada, o Tribunal de Cont as da Unio, rgo de fiscalizao t cnico-
financeira, que ext rai suas compet ncias diret ament e da Const it uio
Federal de 1988:
Art . 71. O cont role ext erno, a car go do Congr esso Naci onal , ser exercido
com o aux l i o do Tribunal de Cont as da Unio, ao qual compet e: ( . . . )
Prest e at eno s palavras do caput do art . 71. Primeirament e, ele nos diz
que o cont role ext erno est a car go do Congresso Nacional esse rgo ,
port ant o, o t i t ul ar da f uno cont r ol e ex t er no. Depois, que essa
at ividade ser exercida com o aux l i o do TCU, que possui as
compet nci as previst as nos incisos subseqent es.
O Tribunal det m um leque de compet ncias privat ivas t o amplo que o
exerccio do cont role ext erno da gest o rest a muit o mais ligado a ele do que
ao prprio Parlament o. Dessa forma, no de se est ranhar que a Cort e de
Cont as assuma papel- chave no desenrolar do cont role. I sso ocorre em
razo de o rgo ocupar- se apenas dessa at ividade, enquant o o Legislat ivo
mais conhecido pela produo de leis, e menos pela at ividade
fiscalizat ria ( embora as CPI s t enham bast ant e repercusso na imprensa
nacional) .
Essa viso corresponde realidade, porm, t ecnicament e, precisa ser bem
clareada. No devemos j amais confundir quem o t it ular da funo
fiscalizadora, em razo da idia de separao dos Poderes de Mont esquieu,
com o rgo especializado que prest a apoio ao t it ular. Assim, o desenho
j urdico que t emos :
9 Tit ular do Cont role Ext erno federal: Congresso Nacional ( CF art . 70) ;
9 rgo t cnico ( auxiliar especializado) : Tribunal de Cont as da Unio
( CF art . 71) ;
Cada rgo possui compet ncias prprias de cont role e as exerce na exat a
medida do previst o na CF. Todavia, h t ambm prerrogat ivas conj unt as. Ou
sej a, o cont role ext erno federal prev:
9 Funes exercidas isoladament e pelo Congresso Nacional;
9 Funes exercidas isoladament e pelo Tribunal de Cont as da Unio;
9 Funes exercidas em conj unt o pelo CN e pelo TCU.
Como so muit as as at ribuies, as est udaremos em capt ulo especfico,
mais frent e.
O CONTROLE EXTERNO DOS RECURSOS ESTADUAI S, DI STRI TAI S E
MUNI CI PAI S
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Conhecemos como funciona o modelo federal de cont role ext erno. Fica
muit o mais simples, agora, est udarmos a sist emt ica aplicvel aos nveis
est adual, dist rit al e municipal. Bast a aplicarmos a regra da si met r i a,
previst a no art . 75 da CF/ 88:
Art . 75. As normas est abelecidas nest a seo aplicam- se, no que couber,
or gani zao, composi o e f i scal i zao dos Tribunais de Cont as dos
Est ados e do Dist rit o Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Cont as
dos Municpios.
Pargrafo nico. As Const it uies est aduais disporo sobre os Tribunais de
Cont as respect ivos, que sero int egrados por set e Conselheiros.
A seo em que se insere o art . 75 a referent e fiscalizao cont bil,
financeira e orament ria, ou sej a, a que cuida do cont role ext erno t cnico
financeiro, ou cont role ext erno da gest o pblica, como est udamos.
Dessa maneira, se na est rut ura da Unio t emos o TCU, no mbit o de um
est ado- membro t eremos o TCE ( Tribunal ou Conselho de Cont as do
Est ado
4
) , obrigat oriament e int egrado por set e conselheiros. Aqui, uma
observao: t rat a- se de regra diferent e da est abelecida para o TCU, cuj a
composio de nov e Minist ros ( art . 73) .
No mais, as compet ncias dos TCEs devem ser as mesmas est abelecidas
pela CF/ 88 ao TCU, por fora do art . 75. Veremos em capt ulo prprio que
at ribuies so essas.
No caso dos municpios, h um art igo especfico da CF/ 88:
Art . 31. A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legi sl at i vo
Muni ci pal , mediant e cont role ext erno, e pelos sist emas de cont role int erno
do Poder Execut ivo Municipal, na forma da lei.
1 - O cont role ext erno da Cmara Municipal ser exercido com o aux l i o
dos Tr i bunai s de Cont as dos Est ados ou do Muni cpi o ou dos Consel hos
ou Tr i bunai s de Cont as dos Muni cpi os, onde houver.
2 - O parecer prvio, emit ido pelo rgo compet ent e sobre as cont as que o
Prefeit o deve anualment e prest ar, s deixar de prevalecer por deciso de
dois t eros dos membros da Cmara Municipal.
3 - As cont as dos Municpios ficaro, durant e sessent a dias, anualment e,
disposio de qualquer cont ribuint e, para exame e apreciao, o qual poder
quest ionar- lhes a legit imidade, nos t ermos da lei.
4 - vedada a criao de Tribunais, Conselhos ou rgos de Cont as
Municipais.
Repare que o modelo do art . 31 semelhant e ao do art . 70 da CF/ 88,
adequando a est rut ura de cont role, cont udo, esfera municipal. A nica
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Tribunais ou Conselhos de Cont as so expresses sinnimas.
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dist ino reside na previso do cont role int erno municipal apenas para o
Poder Ex ecut i v o, enquant o que em mbit o federal a Const it uio o prev
para os t r s Poderes ( art . 74) .
Esse art igo est abelece um modelo cogent e, ou sej a, de cumpriment o
obrigat rio por part e das Const it uies Est aduais e Leis Orgnicas
Municipais.
Tambm de se not ar que rgo auxiliar de cont role t cnico- financeiro no
mbit o muni ci pal pode ser de t rs t ipos: Tribunal de Cont as do Est ado,
Tribunal de Cont as dos Municpios ou Tribunal de Cont as do Municpio.
9 Tr i bunal de Cont as do Est ado ( TCE) :
rgo est adual de cont role ext erno, via de regra det endo a compet ncia
de fiscalizao dos recursos pblicos est aduais e municipais. Esse TC
fiscaliza as cont as do est ado e de t odos os municpios em seu t errit rio.
Todos os est ados da federao possuem o seu TCE.
Porm, no mesmo est ado pode haver um Tribunal de Cont as do Est ado e
um Tribunal de Cont as dos Municpios. Nesse caso, a j urisdio dividida. O
TCE fica com o poder de fiscalizar os recursos est aduais t o- soment e. E o
TC dos Municpios se encarrega de exercer a fiscalizao sobre os recursos
municipais de t odos os municpios do est ado em que se sit ua.
9 Tr i bunal de Cont as dos Muni cpi os ( TC dos M) :
rgo est adual de cont role ext erno, possuindo a j urisdio sobre a
fiscalizao dos recursos pblicos de t odos os municpios de seu est ado. A
exist ncia de TC dos M no obrigat ria, mas uma faculdade que cada
est ado t em de cri- lo.
Apenas quat ro est ados da federao possuem o seu TC dos M: Bahia, Par,
Cear e Gois. Em t odos os out ros, a fiscalizao municipal realizada por
rgo est adual ( TCE) , esse com compet ncia de cont role sobre as
administ raes est aduais e municipais.
Quando exist e TCE e TC dos M no mesmo est ado, a j urisdio fica dividida
ent re TCE ( Administ rao est adual) e TC dos M ( Administ raes
municipais) .
9 Tr i bunal de Cont as do Muni cpi o ( TCM) :
Algumas municipalidades possuem seus prprios Conselhos de Cont as,
rgos da est rut ura muni ci pal , com compet ncia para fiscalizar os
recursos pblicos do seu pr pr i o muni cpi o. Exist em apenas dois no
Brasil: TCM de So Paulo- SP e TCM do Rio de Janeiro- RJ.
Esses TCMs foram criados ant es da Const it uio de 1988, j que a at ual
Cart a Magna vedou a criao de nov os Conselhos de Cont as Municipais:
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0.5 A HI STRI A DO TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O
Quando se fala em Cont role Ext erno no Brasil, a primeira inst it uio de que
lembramos o Tribunal de Cont as da Unio, por ser o rgo de maior
expresso nessa rea. Falaremos um pouco sobre sua hist ria, pois esse
assunt o cobrado em concursos. Por ser simples, t eceremos apenas
algumas breves palavras a respeit o
9
.
A hist ria do cont role em nosso pas remont a ao perodo colonial. Em 1680,
foram criadas as Junt as das Fazendas das Capit anias e a Junt a da Fazenda
do Rio de Janeiro, j urisdicionadas a Port ugal. Mais adiant e, em 1808, na
administ rao de D. Joo VI , foi const it udo o Errio Rgio e criado o
Conselho da Fazenda, que t inha como at ribuio acompanhar a execuo da
despesa pblica. Com a proclamao da independncia do Brasil, em 1822,
o Errio Rgio foi t ransformado no Tesouro pela Const it uio de 1824,
prevendo- se, ent o, os primeiros orament os e balanos gerais.
Porm, apenas em 1826, nasceu a idia da criao de um Tribunal de
Cont as, quando houve a apresent ao de um proj et o de lei nesse sent ido ao
Senado do I mprio. A propost a, no ent ant o, no prosperou e os gest ores
pblicos permaneceram imunes fiscalizao ext erna e independent e.
As discusses sobre o t ema ainda durariam quase cem anos, ant e a
polarizao dos que defendiam a sua necessidade para quem as cont as
pblicas deviam ser examinadas por um rgo independent e , e aqueles
que o combat iam, por ent enderem que as cont as pblicas poderiam
cont inuar sendo cont roladas pelos mesmos agent es que as realizavam. Em
1831, houve a criao do Tribunal do Tesouro Pblico Nacional, compost o
pelo Minist ro da Fazenda e mais t rs membros, com a finalidade de cont er
os gast os pblicos.
Soment e com a queda do I mprio e as reformas polt ico- administ rat ivas da
j ovem Repblica que, finalment e, o Tribunal de Cont as da Unio se t ornou
realidade. Em 7 de novembro de 1890, por iniciat iva do Minist ro da Fazenda
da poca, Rui Barbosa, o Decret o n 966- A inst it uiu o Tribunal de Cont as da
Unio, nort eado pelos princpios da aut onomia, fiscalizao, j ulgament o,
vigilncia e energia. A Exposio de Mot ivos daquele Decret o nos t raz uma
boa noo do ideal de rgo de cont role ext erno que se t inha naquele
t empo, definio que, ainda hoj e, most ra- se at ual:
( .. . ) um Tribunal de Cont as, corpo de magist rat ura int ermediria
administ rao e legislat ura, que, colocado em posio aut noma, com
at ribuio de reviso e j ulgament o, cercado de garant ias cont ra quaisquer
ameaas, possa exercer as suas funes vit ais ao organismo
const it ucional. . .".
9
A part e inicial do hist rico foi ret irada de
ht t p: / / port al2. t cu.gov.br/ port al/ page/ port al/ TCU/ inst it ucional/ conheca_t cu/ hist oria
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Assim, a Const it uio de 1967, rat ificada pela Emenda Const it ucional n 1,
de 1969, ret irou do Tribunal o exame e o j ulgament o prvio dos at os e dos
cont rat os geradores de despesas, sem prej uzo da compet ncia para
apont ar falhas e irregularidades que, se no sanadas, seriam, ent o, obj et o
de represent ao ao Congresso Nacional.
Eliminou- se ainda o j ulgament o da legalidade de concesses de
aposent adorias, reformas e penses, ficando a cargo do Tribunal, t o-
soment e, a apreciao da legalidade para fins de regist ro. Como inovao,
deu- se incumbncia ao Tribunal para o exerccio de audit oria financeira e
orament ria sobre as cont as das unidades dos t rs poderes da Unio,
inst it uindo, desde ent o, os sist emas de cont role ext erno, a cargo do
Congresso Nacional, com auxilio da Cort e de Cont as, e de cont role int erno
( primeira vez mencionado na CF) , est e exercido pelo Poder Execut ivo e
dest inado a criar condies para um cont role ext erno eficaz.
Finalment e, com a Const it uio de 1988, o Tribunal de Cont as da Unio
t eve a sua j urisdio e compet ncia ampliadas. Recebeu poderes para, no
auxlio ao Congresso Nacional, exercer a fiscalizao cont bil, financeira,
orament ria, operacional e pat rimonial da Unio e das ent idades da
administ rao diret a e indiret a, quant o legalidade, legit imidade e
economicidade e a fiscalizao da aplicao das subvenes e da renncia
de receit as.
I mport ant es inovaes da Cart a de 88 foram: o acrscimo da fiscalizao
operacional ( de desempenho) , no previst a na Cart a Magna pret rit a; a
compet ncia para receber denncias de cidados, associaes, part idos
polt icos e sindicat os, consoant e o art . 74, 2 ; e a ext enso do sist ema de
cont role int erno federal aos t rs Poderes, de forma int egrada ( CF/ 88, art .
74) , pois at a Const it uio de 1967/ 69 s havia previso do mesmo para
Poder Execut ivo ( CF/ 67, art . 71) .
Quant o ao lt imo pont o, vale dest acar que na CF/ 88, no mbit o muni ci pal ,
permaneceu o cont role int erno apenas para o Poder Execut ivo:
Art . 31. A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legislat ivo
Municipal, mediant e cont role ext erno, e pelos si st emas de cont r ol e i nt er no
do Poder Ex ecut i vo Muni ci pal , na forma da lei.
A previso const it ucional para o sist ema de cont role int erno municipal
t o- soment e para o Poder Execut ivo, porm, nada impede que, mesmo
no- previst o, exist a para os out ros Poderes.
Aspect os mai s i mpor t ant es da hi st r i a do TCU:
9 A primeira Const it uio que o previu foi a de 1891, j no perodo
republicano;
9 Desde 1891, o Tribunal sempre t eve previso const it ucional;
9 O TCU j fez part e do Poder Judicirio, na vigncia da CF de 1937;
9 Nas CFs de 1937 e 1946, o TCU det inha compet ncia para a realizao
do regist ro ( cont role prvio) dos at os e cont rat os, que s poderiam
produzir efeit os depois de regist rados pela Cort e de Cont as. Essa
disposio no mais encont ra guarida no ordenament o j urdico at ual.
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9 Na CF/ 88, o sist ema de cont role int erno federal passou a cont emplar
previso para os t rs Poderes. O mesmo sist ema, em nvel municipal,
cont inua com previso apenas para o Poder Execut ivo.
Pessoal, t enho conscincia de que os conceit os int rodut rios do Capt ulo 0
foram ext ensos, mas no seria int eressant e, do pont o de vist a didt ico,
comearmos diret ament e no Capt ulo 1 sem ant es fazermos essa breve
passagem pelos conceit os bsicos. Da forma como procedemos, o cont edo
que est por vir ser de assimilao mais fcil e produt iva, podem apost ar!
CAP TULO 1 TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O NATUREZA,
COMPETNCI A E JURI SDI O
Vamos comear a est udar as normas especificament e relacionadas ao TCU:
Const it uio Federal de 1988, Lei Orgnica e Regiment o I nt erno do
Tribunal.
Deixaremos de abordar os TCEs, TCDF, TCMs e TC dos Ms, pois o foco do
cont edo programt ico o Tribunal de Cont as da Unio. Afinal, l que
vamos t omar posse, no mesmo? De qualquer maneira, em funo da
regra de simet ria dispost a no art . 75 da CF/ 88, quase t udo o que for dit o se
est ende s demais Cort es de Cont as.
Nest e Capt ulo 1, queremos responder aos seguint es quest ionament os:
9 Nat ureza: o que o TCU?
9 Jurisdio: qual o alcance do cont role ext erno realizado pelo TCU?
9 Compet ncias: como o TCU realiza o cont role ext erno?
Vamos t rat ar essas quest es na ordem acima dispost a, para facilit ar o
ent endiment o, ok? Vamos l!
1.1 NATUREZA JUR DI CA DO TCU
O TCU um r go de cont r ol e ex t er no dot ado de pr ev i so
const i t uci onal , com aut onomia administ rat iva e financeira.
A dout rina cost uma cham- lo de r go de per mei o : aquele que age
t ant o em colaborao ao Legislat ivo, quant o com base em compet ncias
prprias. Sit ua- se acima da Administ rao Pblica, por possuir at ribuies
const it ucionais de cont role, mas abaixo do Poder Judicirio, a inst ncia
j ulgadora definit iva em nosso ordenament o j urdico.
O art . 71 da CF/ 88, ao dispor que o cont role ext erno ser exercido pelo
Congresso Nacional, com auxlio do TCU, est a dizer que o t it ular da funo
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cont role ext erno o Congresso. O Tribunal age como rgo de assist ncia
t cnica ao Parlament o.
- Pergunt a: o que significa a expresso auxlio present e no art . 71?
Significa cooperao t cnica, mas isso no quer dizer dependncia do TCU
em relao ao t it ular do cont role. No h qual quer subor di nao ou
r el ao de hi er ar qui a ent r e o Congr esso Naci onal e o TCU. O Tribunal
de Cont as dot ado de compet ncias prprias, privat ivas, que lhe so
out orgadas diret ament e pelo t ext o const it ucional, por isso no pode ser
considerado prepost o do Legislat ivo.
Mesmo nos casos de funes conj unt as, cada rgo at ua conforme suas
compet ncias const it ucionais. Ou sej a, a Cort e de Cont as Federal no deve
obedincia a decises do Congresso Nacional, sej am de ordem polt ica ou
t cnica. O TCU s est obrigado a seguir o que dispe a Const it uio
Federal.
Desse modo, se o Congresso solicit ar informaes sobre uma audit oria do
TCU, esse deve acat ar por respeit o ao art . 71, VI I
10
, da CF/ 88, e no
porque submisso ao Legislat ivo. A cont rrio senso, se o Parlament o
solicit ar alguma ao ou informao do Tribunal sem que haj a previso
const it ucional, ele no est obrigado a at ender.
- Out ra pergunt a: seria o TCU int egrant e do Poder Legislat ivo ou no?
Embora o Tribunal est ej a const it ucionalment e inserido no capt ulo que t rat a
do Poder Legislat ivo, isso no implica, necessariament e, que ele int egre
esse Poder.
A quest o ext remament e cont rovert ida na dout rina, e desde j digo que
no h consenso. Adot aremos a posio de Carlos Ayres Brit t o
11
,
considerada a dominant e para efeit os de concurso pblico, at ualment e.
Recomendo a leit ura do art igo mencionado. Tomarei a liberdade de
t ranscrever passagem um pouco maior, em homenagem preciso e
clareza das palavras:
3. 1 Diga- se mais: alm de no ser rgo do Poder Legislat ivo, o Tribunal de
Cont as da Unio no r go aux i l i ar do Par l ament o Naci onal , naquel e
sent i do de i nf er i or i dade hi er r qui ca ou subal t er ni dade f unci onal .
Como salt a evidncia, preciso medir com a t rena da Const it uio a
est at ura de cert os rgos pblicos para se saber at que pont o eles se pem
como inst it uies aut nomas e o fat o que o TCU desfrut a desse alt aneiro
st at us normat ivo da aut onomia. Donde o acrscimo de idia que est ou a
fazer: quando a Const it uio diz que o Congresso Nacional exercer o
cont role ext erno com o auxlio do Tribunal de Cont as da Unio ( art . 71) ,
10
Art . 71. O cont role ext erno, a cargo do Congresso Nacional, ser exer cido com o auxlio do Tribunal de
Cont as da Unio, ao qual compet e: ( .. .) VI I - prest ar as informaes solicit adas pelo Congresso
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respect ivas Comisses, sobre a fiscalizao
cont bil, financeira, or ament ria, operacional e pat r imonial e sobre result ados de audit orias e inspees
realizadas;
11
BRI TTO, Carlos Ayres. O Regime Const it ucional dos Tr ibunais de Cont as. Revist a Dilogo Jur dico.
Salvador. V. 1, n
o
9, dezembro de 2001.
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t enho como cert o que est a falar de auxlio do mesmo modo como a
Const it uio fala do Minist rio Pblico perant e o Poder Judicirio. Quero dizer:
no se pode exercer a j urisdio seno com a par t i ci pao do Mi ni st r i o
Pbl i co. Seno com a obrigat ria part icipao ou o compulsrio auxlio do
Minist rio Pblico. Uma s funo ( a j urisdicional) , com dois diferenciados
rgos a servi- la. Sem que se possa falar de superioridade de um perant e o
out ro.
3. 2 As proposies se encaixam. No sendo rgo do Poder Legislat ivo,
nenhum Tribunal de Cont as opera no campo da subalt erna auxiliaridade.
Tant o assim que part e das compet ncias que a Magna Lei confere ao Tribunal
de Cont as da Unio nem passa pelo crivo do Congresso Nacional ou de
qualquer das Casas Legislat ivas Federais ( bast ando cit ar os incisos I I I , VI e I X
do art . 71) . O TCU se post a como rgo da pessoa j urdica Unio,
di r et ament e, sem pert encer a nenhum dos t rs Poderes Federais.
Exat ament e como sucede com o Minist rio Pblico, na legenda do art . 128 da
Const it uio, incisos I e I I .
3. 3. Toda essa comparao com o Minist rio Pblico , deveras, apropriada.
Assim como no se pode exercer a j urisdio com o descart e do Parquet ,
t ambm inconcebvel o exerccio da funo est at al de cont role ext erno sem
o necessrio concurso ou o cont ribut o obrigat rio dos Tribunais de Cont as.
Mas esse t ipo de auxiliaridade nada t em de subalt ernidade operacional, vale a
repet io do j uzo. Traduz a co- part icipao inafast vel de um dado Tribunal
de Cont as no exerccio da at uao cont roladora ext erna que prpria de cada
Poder Legislat ivo, no int erior da respect iva pessoa est at al federada.
3. 4. O que se precisa ent ender muit o simples. No mbit o da funo
legislat iva, que a funo mais t pica do Parlament o ou a funo que
emprest a seu nome ao Poder que dela se encarrega, o prest gio que a Lei
Maior confere ao Parlament o mesmo o maior possvel: ele quem d a
lt ima palavra a respeit o de t odo e qualquer at o legislat ivo. Mas no assim
que ocorre no crculo da funo de cont role ext erno, pois algumas at ividades
de cont role nascem e morrem do lado de fora das Casas Legislat ivas. A part ir
da considerao de que as prprias unidades administ rat ivas do Poder
Legislat ivo Federal so fiscalizadas pelo Tribunal de Cont as da Unio ( inciso
I V do art . 71 da CF) . Como poderia, ent o, o Poder administ rat ivament e
fiscalizado sobrepairar sobre o rgo fiscalizant e?
3. 5. Se bem observar o analist a j urdico, o Congresso Nacional, em mat ria
de cont role ext erno, ficou adst rit o ao exerccio das seguint es compet ncias
const it ucionais: a) j ulgar anualment e as cont as prest adas pel o Pr esi dent e
da Repbl i ca e apreciar os relat rios sobre a execuo dos pl anos de
gover no ; b) fiscalizar e cont rolar, diret ament e, ou por qualquer das suas
Casas, os at os do Poder Ex ecut i vo, includos os da admi ni st r ao
i ndi r et a ( incisos I X e X do art . 49 da C. F, sem os caract eres em negrit o) . Do
lado de fora rest aram, ent o, cont as, relat rios e at os que no t m a
prot agoniz- los o Poder Execut ivo, quer por modo diret o, quer indiret o,
exat ament e porque a respect iva compet ncia cont roladora cai sob a alada do
Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) . No do Congresso Nacional,
propriament e.
3. 6. Mas de t odo bvio que o Parlament o Federal, agindo por si ou por
qualquer de suas Casas ou ainda por Comisso especfica, no fica impedido
de sindicar sobre as unidades administ rat ivas, agent es pblicos e at pessoas
privadas que at uem ext ernament e ao Poder Execut ivo. S que, nest as
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22
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12
Cuidado com a sut ileza das palavras! No possvel ir ao Judicirio cont ra deciso do TCU em grau de
recur so, ist o , no mesmo processo. O que se admit e uma nova ao, um novo processo, que at aque
deciso do TCU perant e o Poder Judicir io.
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25
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Tomada de Cont as Especial ( TCE) o procediment o administ rat ivo dest inado a apurar a
responsabilidade daqueles que derem causa a perda, ext ravio ou out ra irregularidade de que r esult e
dano ao err io, mediant e apurao dos fat os, ident ificao dos responsveis e quant if icao do dano. A
TCE inst aurada pela aut oridade administ rat iva responsvel e enviada ao TCU para j ulgament o.
18
Lei n
o
8.987/ 1995, art . 37: Considera- se encampao a ret omada do servio pblico pelo poder
concedent e durant e o prazo da concesso, por mot ivo de int eresse pblico, mediant e lei aut orizat iva
especf ica e aps prvio pagament o da indenizao, com o obj et ivo de garant ir a cont inuidade do servio
concedido.
19 Lei no 8. 987/ 1995, art . 32: O poder concedent e poder int ervir na concesso, com o fim de
assegurar a adequao na prest ao do servio pblico prest ado, bem como o fiel cumpriment o das
normas cont rat uais, regulament ar es e legais pert inent es.
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EXERC CI OS
Pessoal, vou alt erar a forma de organizao dos exerccios. Primeirament e,
vou colocar a list agem complet a deles. S depois, apresent arei os gabarit os
e coment rios. I sso evit a a t ent ao de se conferir a respost a ant es mesmo
do aluno reflet ir sobre a quest o. Vamos prt ica!
QUESTES:
1) ( CESPE/ TCU2004/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) De acordo com a
Const it uio Federal de 1988, a fiscalizao cont bil, orament ria, financeira,
operacional e pat rimonial do municpio ser exercida pelo Legislat ivo municipal,
mediant e cont role ext erno, e pelos sist emas de cont role int erno dos poderes
Execut ivo e Legislat ivo municipais, na forma da lei. Assim, o parecer prvio,
emit ido pelo rgo compet ent e sobre as cont as que o prefeit o deve anualment e
prest ar, s deixar de prevalecer por deciso de dois t eros dos membros da
Cmara Municipal.
2) ( CESPE/ TCU2007/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Qualquer pessoa, fsica
ou j urdica, pblica ou privada, que ut ilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administ re dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou
que, em nome dest a, assuma obrigaes de nat ureza pecuniria est obrigada
const it ucionalment e a prest ar cont as ao TCU.
3) ( CESPE/ TCU2007/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) O TCU t em at ribuies de
nat ureza administ rat iva; porm, quando j ulga as cont as dos gest ores e demais
responsveis por bens e valores pblicos, exerce sua nat ureza j udicant e. Mesmo
assim, no h consenso na dout rina quant o nat ureza do t ribunal.
4) ( CESPE/ TCU2004/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Nos t ermos da
Const it uio Federal de 1988, o TCU pode apreciar cont as de governo de aut arquia
t errit orial e emit ir parecer prvio.
5) ( CESPE/ ME2008/ Admi ni st r ador ) Os j ulgament os do TCU t m nat ureza de
at o administ rat ivo e, port ant o, est o suj eit os ao cont role j udicial.
6) ( CESPE/ HEMOBRAS2008/ Anal i st a de Gest o Cor por at i va
Admi ni st r ador ) As aes civis de ressarciment o ao errio so imprescrit veis.
7) ( CESPE/ I NSS/ 2008/ Anal i st a do Segur o Soci al com For mao em
Di r ei t o) Os municpios com mais de 1 milho de habit ant es podem, por meio de lei
complement ar, criar seus conselhos de cont as.
8) ( CESPE/ OAB/ Ex ame de Or dem 2007. 1) O TCU rgo int egrant e da
est rut ura administ rat iva do Poder Legislat ivo, com compet ncia, ent re out ras, para
aprovar as cont as do president e da Repblica.
9) ( CESPE/ Pr ef . Ri o Br anco 2007/ Cont ador ) O parecer prvio do t ribunal de
cont as do est ado sobre as cont as anuais do prefeit o subsidiar o j ulgament o da
cmara municipal, cuj a deliberao final dever ser t omada por maioria absolut a de
seus membros.
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21) ( CESPE/ Pr ef ei t ur a de Nat al / Pr ocur ador Muni ci pal ) A criao de
t ribunais, conselhos ou rgos de cont as municipais depende de prvia aut orizao
legislat iva municipal.
22) ( CESPE/ PMV2007/ Tcni co Muni ci pal / Audi t or i a) Por fora const it ucional,
cada municpio brasileiro deve inst it uir um t ribunal de cont as municipal.
23) ( CESPE/ PMV2007/ Tcni co Muni ci pal / Audi t or i a) A Cmara Municipal
responsvel pelo cont role ext erno do municpio, cont ando, para t ant o, com o auxlio
do Tribunal de Cont as do est ado, sem prej uzo da exist ncia de sist emas de
cont role int erno.
24) ( CESPE/ Pr ef ei t ur a de Ar acaj u/ Pr ocur ador do Muni cpi o) O Tribunal de
Cont as de Sergipe int egrado por set e conselheiros.
25) ( CESPE/ STF2008/ Tcni co Judi ci r i o/ Admi ni st r at i va) As aut oridades
administ rat ivas suj eit as ao cont role do TCU no se eximem de cumprir as
det erminaes do TCU, sob pena de submet erem- se s sanes cabveis.
26) ( CESPE/ TJAL/ 2008/ Jui z de Di r ei t o Subst i t ut o) Caso o est ado de Alagoas
pret enda criar um t ribunal de cont as dos municpios, embora sej a possvel a sua
criao, esse t ribunal dever ser compost o, conforme smula do STF, por set e
conselheiros, dos quais t rs devem ser escolhidos pela assemblia legislat iva, e
quat ro pelo chefe do Poder Execut ivo est adual, cabendo a est e indicar um ent re
audit ores, out ro ent re membros do MP e os out ros dois sua livre escolha.
27) ( CESPE/ AGU2008/ Adv ogado da Uni o) As decises exaradas pelo TCU,
no exerccio da misso de auxiliar o Congresso Nacional na funo fiscalizadora,
no so imunes reviso j udicial e, quando reconhecem dbit o ou mult a,
const it uem t t ulo execut ivo ext raj udicial, cuj a execuo compet e Advocacia- Geral
da Unio.
28) ( CESPE/ AUGE- MG2008/ Audi t or I nt er no) vedada a criao de t ribunais,
conselhos ou rgos de cont as municipais, salvo no que diz respeit o s capit ais dos
est ados, em que se admit e a exist ncia de t ribunais prprios, que auxiliam as
cmaras municipais no cont role ext erno das cont as pblicas.
29) ( CESPE/ AUGE- MG2008/ Audi t or I nt er no) O parecer prvio do TCE sobre
as cont as dos chefes dos poderes deve ser conclusivo, no obst ant e o j ulgament o
caiba ao Legislat ivo.
30) ( CESPE/ SEFAZ- ES2008/ Consul t or do Ex ecut i vo/ r ea
Fazendr i a/ Admi ni st r ao) Os t ribunais de cont as so rgos auxiliares do
Poder Legislat ivo, mas a eles no t m subordinao hierrquica alguma. A CF d
aut onomia a eles. As cort es de cont as exercem sua funo fiscalizat ria,
acompanhando a execuo orament ria e pat rimonial dos ent es responsveis por
valores pblicos, t endo, ainda, funo de orient ar t ais ent es por meio de suas
inst rues, realizando, assim, seu cont role ext erno.
31) ( CESPE/ TJCE2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Admi ni st r ao) Ent re as funes
precpuas do cont role ext erno, a de j ulgament o se caract eriza como de cart er
j urisdicional, pois, alm de os t ribunais e conselhos de cont as examinarem
t ecnicament e as cont as dos administ radores e demais responsveis, apreciam
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Conforme Just ificat ivas de alt erao e de manut eno de gabarit o , disponvel em
ht t p: / / www. cespe. unb. br/ concursos/ ant igos/ 2007/ OAB2007 1/
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21) I t em er r ado. Nem mesmo com prvia aut orizao legislat iva seria possvel
criar Conselhos ou Tribunais de Cont as como rgo municipal, ant e a vedao da
CF/ 88, art . 31, 4 .
22) I t em er r ado. Ao cont rrio! Desde a CF/ 88, nenhum Municpio poder mais
cri- lo. Cuida- se de vedao const it ucional: CF/ 88, art . 31, 4 .
23) I t em cer t o. Compreenso da CF/ 88, art . 31, caput e 1 .
24) I t em cer t o. exceo do TCU, int egrado por nove membros, t odos os demais
TCs so compost os por 7 Conselheiros ( CF/ 88, art . 75, pargrafo nico) .
25) I t em cer t o. As decises do TCU so vinculant es e obrigam o seu cumpriment o
por part e dos rgos e agent es cont rolados, sob pena de mult a por
descumpriment o de deciso do Tribunal.
26) I t em er r ado. A Smula a que a assert iva se refere a n
o
653 do STF: No
Tribunal de Cont as Est adual, compost o por set e conselheiros, quat r o devem ser
escolhidos pela Assembl i a Legi sl at i va e t r s pelo Chef e do Poder Ex ecut i vo
est adual, cabendo a est e indicar um dent re Audit ores e out ro dent re membros do
Minist rio Pblico, e um t erceiro sua livre escolha. Desse modo, houve inverso
na quest o quant o aos quant it at ivos at ribuveis Assemblia Legislat iva e ao
Governador do Est ado.
27) I t em cer t o. I t em que resume de forma precisa o que est udamos sobre eficcia
e execuo das decises do TCU.
28) I t em er r ado. A vedao cont ida na CF/ 88, art . 31, 4 , absolut a, inclusive
para os Municpios que sej am capit ais.
29) I t em cer t o. O TCE emit e parecer prvio sobre as cont as do Governador do
Est ado e dos Prefeit os dos Municpios de seu t errit rio. O j ulgament o cabe
Assemblia Legislat iva e Cmaras Municipais, respect ivament e.
30) I t em cer t o. A assert iva no considerou errado dizer que os TCs so rgos
auxiliares do Legislat ivo, pois no houve qualquer conot ao de subordinao ou
hierarquia, ao cont rrio, apenas reproduziu- se t ermo previst o na CF/ 88. Corret o
t ambm no que t ange aut onomia do rgo, bem como funes fiscalizat ria e de
orient ao ( informat iva) .
31) I t em er r ado. O TCU no possui compet ncias j urisdicionais, pois essas so
privat ivas do Poder Judicirio. Ao j ulgar as cont as de administ radores e
responsveis, o TCU exerce funo j udicant e. O rest ant e da quest o est corret o.
32) I t em er r ado. O TCU no legit imado para propor int erveno da Unio em
Est ado.
33) I t em cer t o. A vedao const it ucional diz respeit o impossibilidade de criao
de Conselhos ou Tribunais de Cont as de Municpio ( rgo municipal) . A criao de
TC dos Ms ( rgo est adual) no est vedada pela Cart a Magna.
34) I t em cer t o. Envolve a noo do conceit o de dever de prest ar cont as, bem
como da necessria probidade na condut a dos gest ores.
35) I t em er r ado. O nico erro dessa assert iva est em dizer que os at os de
administ rao escapam ao dever de prest ar cont as. j ust ament e o opost o. A
administ rao de verbas pblicas configura gest o de recursos alheios, por isso
deve haver prest ao de cont as. Quant o aos at os de governo, de fat o escapam
prest ao de cont as, pois o cont role ext erno s examina a gest o, e no os at os
polt icos ( ex. indicao de Minist ros de Est ado, produo de Medidas Provisrias
et c. ) .
36) I t em cer t o. A OSCI P est sob j urisdio do TCU porque recebe recursos
pblicos mediant e t ermo de parceria, part icipando da gest o de bens, dinheiros e
valores federais, o que at rai o cont role do TCU por fora do dispost o no RI TCU, art .
5 , I ( LOTCU, art . 5 , I ) .
37) I t em cer t o. Trat a- se da hipt ese de dano causado ao errio por part icular, com
part icipao de agent e pblico. O prej uzo aos cofres pblicos ensej a a inst aurao
de TCE ( t omada de cont as especial) cont ra eles. o caso previst o no RI TCU, art .
5 , I I ( LOTCU, art . 5 , I I ) .
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Caros alunos,
Espero que t enham gost ado da aula e dos exerccios! Est ou abert o a crt icas
e sugest es. Peo desculpas caso alguns erros de digit ao t enham
escapado!
Desej o bons est udos a t odos! Fora, pois concurso pblico uma bat alha
que se vence com persist ncia e disciplina!
Ant onio Saraiva
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1
AULA 02
Caros alunos e amigos.
Como vai a rotina de estudos? Espero que bem. O dia da prova est
chegando, e quem conseguir manter um ritmo de estudos com qualidade,
porm sem desgaste excessivo, ter um diferencial bom na hora de prova:
contedo e calma. Sei que falar fcil, difcil fazer, no mesmo? Mas
tente manter a tranqilidade na medida do possvel.
Hoje o nosso terceiro encontro Aula 2. Para motiv-los, vamos conhecer
mais uma vantagem em ser servidor do TCU: o banco de horas. Embora o
edital diga que a carga horria no Tribunal seja de 40h semanais, o rgo
regulamentou internamente o horrio corrido (7h dirias, ou 35h
semanais), que pode ser cumprido mediante sistema de banco de horas.
Isso significa que no h horrio de trabalho pr-estabelecido. Em regra (na
maioria dos setores), voc pode escolher a hora de entrada e sada. Seja de
8h s 15h, de 10h s 17h, ou ento de 13h s 20h - como voc preferir,
desde que previamente acordado com a chefia. Alm disso, possvel
acumular saldo de horas e convert-las em dias de folga. Porm, isso tem
algumas restries, claro. Voc vai conhecer tudo isso direitinho quando
chegar ao TCU!
Vistos os conceitos introdutrios nas Aulas 0 e 1, bem como a natureza e a
jurisdio do Tribunal, vamos passar Aula 2. Daremos continuidade ao
Captulo 1, pois faltou estudarmos as competncias do TCU.
O controle externo da gesto pblica, incluindo as competncias do
Tribunal, est desenhado nos arts. 70 a 75 da Constituio Federal. Esses
dispositivos so a espinha dorsal do sistema de controle brasileiro. Dessa
forma, como imprescindvel o entendimento amplo desse assunto, no
apenas das competncias, vamos v-lo por inteiro, ok?
Dessa maneira, a aula de hoje ser destinada ao estudo do controle externo
tcnico-financeiro na CF/88, o que inclui as competncias constitucionais da
Casa de Contas Federal. Alm dessas, normas infraconstitucionais
estabelecem outras atribuies ao TCU, o que ser visto na prxima aula.
Mos obra!
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CAP TULO 1 TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O NATUREZA,
COMPETNCI A E JURI SDI O ( CONTI NUAO)
1. 3 COMPETNCI AS DO TCU ( MODELO CONSTI TUCI ONAL)
O sistema de controle externo federal est previsto na CF/88, da seguinte
forma:
9 Art. 70: estabelece a titularidade do controle (caput ) e o dever de
prestar contas (pargrafo nico);
9 Arts. 71 e 72: estatuem competncias do TCU;
9 Art. 73: dispe sobre a composio e organizao do TCU;
9 Art. 74: prev as finalidades do controle interno e sua relao com o
controle externo;
9 Art. 75: estende as regras do controle externo federal aos estados,
DF e municpios.
Abr angnci a e escopo do cont r ol e ex t er no
Art . 70. A fiscalizao cont bil, financeira, orament ria, operacional e
pat rimonial da Unio e das ent idades da administ rao diret a e indiret a,
quant o legalidade, legit imidade, economicidade, aplicao das subvenes e
renncia de receit as, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediant e
cont role ext erno, e pelo sist ema de cont role int erno de cada Poder.
A expresso fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e
patrimonial sinnima de controle da gesto pblica, isto , de controle de
cunho tcnico-financeiro. Cuida-se de verificaes de
conformidade/legalidade dos lanamentos contbeis, execuo do
oramento pblico, gesto financeira, guarda e administrao patrimonial.
Segundo esse dispositivo, o controle da gesto pblica alcana a
administrao direta (rgos) e indireta (autarquias, fundaes, empresas
pblicas e sociedades de economia mista). Embora o caput s se refira
Administrao Pblica Federal, a norma deve ser interpretada em conjunto
com o pargrafo nico, o qual nos informa que a fiscalizao tambm
alcana outras pessoas fsicas e jurdicas que exeram gesto de recursos
pblicos federais.
J vimos na ltima aula os detalhes da parte final do dispositivo, qual seja,
que a titularidade do controle externo pertence ao Congresso Nacional, e
no ao TCU. Ademais, a fiscalizao de natureza COFOP tambm
exercida pelo sistema de controle interno de cada Poder. A diferena que
a fiscalizao COFOP pelo Congresso Nacional um controle externo, e a
fiscalizao COFOP pelo sistema de controle interno um controle
administrativo.
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3
Di ca: para facilitar a memorizao, utilize o mnemnico Fiscalizao
COFOP
1
quant o LLEAR
2
Congresso Nacional mediant e cont role
ext erno + cont role int erno de cada Poder, em que cada letra grifada
corresponde aos enfoques ou parmetros de controle a seguir
comentados.
Controle Externo (CN com auxlio do TCU)
Fiscalizao COFOP
Controle Interno de cada Poder
Os adjetivos (contbil, oramentria, financeira, operacional e patrimonial)
representam os enf oques da fiscalizao:
a) Cont bi l : consiste na checagem dos registros, documentos e
demonstraes financeiras dos rgos e entidades da Administrao,
para verificar se refletem os resultados e as variaes econmico-
financeiras do patrimnio, bem como se foram produzidos conforme
as normas aplicveis. No caso brasileiro, a fiscalizao contbil
facilitada em funo de o Siafi (sistema informatizado de
administrao financeira federal) possuir elevado grau de
automatizao e segurana. Exemplo: auditoria nas demonstraes
contbeis das empresas estatais;
b) Fi nancei r a: diz respeito ao controle das receitas auferidas e
despesas realizadas no exerccio frente gesto do fluxo de caixa e
observncia do regime de caixa nico, por exemplo. Exemplos:
anlise da conciliao bancria da movimentao financeira de um
convnio, verificao do respeito ao uso da Conta nica do Governo
Federal na execuo do oramento;
c) Or ament r i a: refere-se ao controle da execuo oramentria, ou
seja, ao respeito s etapas de empenho, liquidao e pagamento da
despesa, bem como do lanamento, arrecadao e recolhimento da
receita pblica. Alm disso, verifica-se o cumprimento das vedaes
oramentrias do art. 167 da CF/88, o respeito Lei de
Responsabilidade Fiscal, Lei de Diretrizes Oramentrias, dentre
outras normas da rea de oramento. Exemplo: auditoria nas
despesas de pessoal do Poder Executivo, para verificar a observncia
aos limites da LRF;
d) Oper aci onal : verificam-se os procedimentos e mtodos de trabalho
utilizados pela Administrao e o atingimento das metas e resultados
em relao aos recursos utilizados. Trata-se de avaliar a
or gani zao e o desempenho dos programas, atividades e projetos
a cargo dos rgos pblicos. Pressupe uma abordagem da
ef et i v i dade da ao do Estado (impacto sobre a populao).
1
COFOP o mnemnico tradicional para se guardar os termos cont bil, orament ria, financeir a,
operacional e pat rimonial.
2
LLEAR = idem, quanto legalidade, legit imidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia
de receit as.
e
Mais
econ
corre
quai
a
b
CURSO O
Exempl
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CURSO ON-LINE - CONTROLE EXTERNO TCNICO PARA TCU
PROFESSOR: ANTONIO SARAIVA
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7
Exemplo: suponha que o governo federal construa estradas ao custo de
R$50.000/km (isso o custo por unidade de produto). O governo
estadual capaz de construir estradas, nas mesmas condies e
especificaes, por R$45.000/km. Nesse caso, em se tratando de
pr odut os, o governo estadual mais ef i ci ent e que o federal.
Nesse cenrio, suponha ainda que o governo federal compre sacos de
cimento a R$10, enquanto o estadual adquire a mesma matria-prima
por R$12. Perceba que agora estamos falando de i nsumos, ento, no
que se refere ao insumo cimento, a Unio mais econmi ca que o
Estado. Outros exemplos de custo por unidade de produto: R$/m
2
de
construo, R$/criana vacinada, R$/pessoa treinada etc.
Ou seja, economicidade e eficincia so conceitos distintos e
independentes!
c) Ef et i v i dade: relao entre os resultados de uma interveno ou
programa de governo, em termos de efeitos reais sobre a populao-
alvo (impactos observados) e os efeitos pretendidos (impactos
esperados).
Exemplo: o programa de vacinao infantil (citado na letra a acima)
tinha como meta fsica vacinar 10.000 crianas contra a molstia X. O
Ministrio conseguiu vacinar 10.500, ou seja, alm da meta prevista.
Porm, verificou-se que a incidncia da doena e as mortes dela
decorrentes aumentaram, mesmo dentre as crianas vacinadas. Ou seja,
apesar de vacinadas as crianas, no houve resultado concr et o naquela
realidade social, o que permite concluir que o programa no teve
efetividade, embora tenha sido eficaz.
Para completar, trago novamente conceitos da Instruo Normativa n
o
01/2001, da Secretaria Federal de Controle Interno (a norma no conceitua
efetividade):
9 Eficcia: o grau de atingimento das metas fixadas para um determinado objeto de
uma ao em relao ao previsto, em um determinado perodo.
9 Eficincia: a medida da relao entre os recursos efetivamente utilizados para a
realizao de uma meta, frente a padres estabelecidos. Mede, ento, a utilizao
dos recursos de que a unidade ou entidade dispe para realizar um conjunto de
aes e operaes que visam atingir um propsito de trabalho previamente
programado. A eficincia est associada ao uso dos recursos disponveis em
relao aos produtos e servios finais elaborados.
Economi ci dade vs. Ef i ci nci a
Muitssimo cuidado para no confundir esses dois parmetros. Esse um
peguinha clssico em provas. Como visto, eficincia relaciona-se
melhor relao entre cust os e pr odut os (custo por unidade do produto
gerado pela ao de governo). J a economicidade representa a relao
entre cust os e i nsumos (custo dos insumos utilizados) o que gera
uma anlise separada para cada insumo utilizado.
Exemplo prtico: O municpio de Imunizpolis realizou um programa de
vacinao com o objetivo de imunizar mil crianas contra gripe em 2
semanas e, para isso, convocou todos os servidores dos postos de sade
CURSO ON-LINE - CONTROLE EXTERNO TCNICO PARA TCU
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8
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9
4
O conceito de estatal dependente oriundo da Lei de Responsabilidade Fiscal, art. 2, inciso III, qual
seja: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excludos, no ltimo caso, aqueles
provenientes de aumento de participao acionria. Para o alcance do controle externo, o que importa
haver recursos pblicos federais envolvidos, no sendo relevante a classificao em dependente ou no-
dependente.
5
Todos os conselhos esto submetidos ao controle do TCU, exceto a Ordem dos Advogados do Brasil-
OAB, em razo de complexa jurisprudncia. Por se tratar de tema controverso, no compensa o tempo e
espao de debate. Objetivamente, guarde apenas que a OAB no se sujeita ao controle externo do
Tribunal de Contas da Unio.
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10
Consel hos Pr of i ssi onai s
So entidades de direito pblico, criadas por lei, de natureza autrquica,
para fiscalizar o exerccio de determinadas profisses. So entes ligados
ao Estado. Exemplo: Conselho Federal de Medicina, Conselho Regional de
Contabilidade, Conselho Federal de Farmcia etc.
Tanto os Conselhos Federais quanto os Regionais so, todos, entidades
f eder ai s. O que muda a amplitude da jurisdio: os primeiros
fiscalizam em mbito nacional, os segundos, no domnio estadual. Assim,
os Conselhos Regionais no so entes estaduais, e sim federais, mas com
esfera de atuao restrita ao territrio de um estado.
Ademais, consoante a Instruo Normativa/TCU n
o
57/2008, as entidades
de fiscalizao do exerccio profissional esto di spensadas da
apresentao da prestao de contas anual ao TCU. Em outras palavras,
no esto obrigadas a prestar contas de forma rotineira, peridica.
Porm, isso no quer dizer que inexista controle! A jurisdio do TCU
est presente, mas no exercida mediante prestao/tomada de
contas. O Tribunal acompanha a gesto desses entes por meio de outros
instrumentos, como auditorias, inspees, denncias, representaes etc.
Compet nci as do TCU
A partir de agora, comearemos o estudo das competncias constitucionais
do TCU. Ou seja, poderes, atribuies ou autorizaes conferidas
diretamente pela CF/88 ao Tribunal para o desempenho de sua funo.
Art . 71. O cont role ext erno, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido
com o auxlio do Tribunal de Cont as da Unio, ao qual compet e:
O caput do art. 71 encabea o rol de competncias constitucionais do
Tribunal de Contas da Unio. A partir de sua leitura, confirmamos (mais
uma vez!) que o titular da funo controle externo o Congresso Nacional,
que o exerce com o auxlio do TCU (rgo independente, tribunal
administrativo). A expresso auxlio, todavia, no pressupe dependncia
ou subordinao. O que ela indica cooperao, coordenao, atuao em
conjunto. Cada rgo (TCU e Congresso) deve pautar suas aes pelas
competncias constitucionais que lhe so outorgadas.
Apr eci ao das cont as anuai s do Pr esi dent e da Repbl i ca
I - apr eci ar as cont as prest adas anualment e pelo President e da Repblica,
mediant e par ecer pr vi o que dever ser elaborado em sessent a dias a
cont ar de seu recebiment o;
Essa competncia deve ser analisada de forma conjunta com outros
dispositivos da prpria CF/88 (grifamos):
Art . 84. Compet e privat ivament e ao President e da Repblica:
XXI V - pr est ar , anual ment e, ao Congr esso Naci onal , dent ro de sessent a
dias aps a abert ura da sesso legislat iva, as cont as referent es ao exerccio
ant erior;
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11
Combinado com:
Art . 166. Os proj et os de lei relat ivos ao plano plurianual, s diret rizes
orament rias, ao orament o anual e aos crdit os adicionais sero apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regiment o comum.
1 - Caber a uma Comi sso mi st a per manent e de Senador es e
Deput ados:
I - examinar e emi t i r par ecer sobre os proj et os referidos nest e art igo e
sobr e as cont as apr esent adas anual ment e pel o Pr esi dent e da
Repbl i ca;
Combinado com:
Art . 49. da compet ncia exclusiva do Congresso Nacional:
I X - j ul gar anualment e as cont as prest adas pelo President e da Repblica e
apreciar os relat rios sobre a execuo dos planos de governo;
Conjugando os normativos, chegamos seguinte sntese:
9 Por fora constitucional, e em respeito aos princpios republicano e
democrtico, o Presidente da Repblica obrigado a prestar contas
anualmente (CF/88, art. 84, XXIV). As contas so prestadas ao
Congr esso Naci onal , necessariamente dentro do prazo de
sessent a di as a cont ar da aber t ur a da sesso l egi sl at i v a
6
.
9 Recebidas as contas pelo Congresso Nacional, esse deve encaminh-
las ao Tribunal de Contas da Unio. No h pr azo
constitucionalmente definido para essa ao.
9 Recebidas as contas pelo TCU, esse deve apreci-las e emitir opinio
concl usi v a na forma de um par ecer pr v i o, que deve ser emitido
no prazo de sessent a di as a cont ar do r ecebi ment o (CF/88, art.
71, I).
9 Cumprida a competncia do TCU, as contas sero restitudas ao
Congresso Nacional. L chegando, sero encaminhadas para a
Comisso Mista de Deputados e Senadores
7
, que examinar a
prestao de contas e, com base no par ecer pr v i o do TCU, sobre
elas emitir par ecer (art. 166, 1, I). Esse parecer ter a forma
de projeto de decreto legislativo
8
.
9 Com base no parecer da Comisso Mista de Oramento, que tem a
forma de projeto de decreto legislativo, o Plenrio do Congresso
Nacional (ou seja, contendo senadores e deputados em um mesmo
colegiado) j ul gar as contas do Presidente da Repblica (CF/88 art.
49, IX).
6
Conforme o art. 57 da CF/88, com redao dada pela EC n
o
50/2008, a sesso legislativa tem incio em
2 de fevereiro de cada ano, salvo se recair em sbado, domingo ou feriado, quando ser
automaticamente transferida para o dia til subseqente.
7
Essa comisso comumente chamada de CMO Comisso Mista de Oramento.
8
A competncia de julgamento ex cl usi va do Congresso, e as competncias exclusivas do art. 49 so
exercidas por meio de decreto legislativo.
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14
9
Trata-se do caso das tomadas de contas especiais (TCE), instauradas em funo de um dano ao errio
causado mediante participao de agente pblico. Esse procedimento objetiva a apurao dos fatos,
identificao dos responsveis e quantificao do dano. O objetivo ltimo da TCE promover o
ressarcimento dos cofres pblicos. Veremos o assunto mais adiante.
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10
Por simetria:
Nvel federal: Tribunal de Contas da Unio emite parecer prvio Congresso Nacional julga.
Nvel estadual: Tribunal de Contas do Estado emite parecer prvio Assemblia Legislativa julga.
Nvel distrital: Tribunal de Contas do DF emite parecer prvio Cmara Legislativa do DF julga.
Nvel municipal: Tribunal de Contas do Estado, do Municpio ou dos Municpios emite parecer prvio
Cmara Municipal julga.
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( MS 25. 092)
MANDADO DE SEGURANA - ATO DO TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O -
ATRI BUI O DO RGO - CONSULTOR JUR DI CO - SUSTENTAO DA
TRI BUNA. Versando o mandado de segurana ausncia de at ribuio do
Tribunal de Cont as da Unio, cabvel a sust ent ao da t ribuna pelo consult or
j urdico do rgo. MANDADO DE SEGURANA - ATO DO TRI BUNAL DE
CONTAS DA UNI O - CHAMAMENTO AO PROCESSO DAS MESAS DA CMARA
DOS DEPUTADOS E DO SENADO - I NADEQUAO. A previso do art igo 49 da
Const it uio Federal - de cumprir ao Congresso Nacional fiscalizar e cont rolar,
diret ament e ou por qualquer de suas Casas, os at os do Poder Execut ivo,
includos os da administ rao indiret a - no at rai a part icipao do Poder
Legislat ivo na relao processual de mandado de segurana impet rado cont ra
deciso do Tribunal de Cont as da Unio. SOCI EDADE DE ECONOMI A MI STA -
TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O - FI SCALI ZAO. Ao Tribunal de Cont as da
Unio incumbe at uar relat ivament e gest o de sociedades de economia
mist a. Nova int eligncia conferida ao inciso I I do art igo 71 da Const it uio
Federal, ficando superada a j urisprudncia que veio a ser firmada com o
j ulgament o dos Mandados de Segurana n s 23. 627- 2/ DF e 23. 875- 5/ DF.
A respeito do tema, diversas questes de concurso insistem em afirmar que
as estatais no estariam sujeitas ao controle do TCU. Essa posio, como
visto, j est superada, ok?
Apr eci ao de at os suj ei t os a r egi st r o
I I I - apr eci ar , para fins de r egi st r o, a l egal i dade dos at os de admisso de
pessoal, a qualquer t t ulo, na administ rao diret a e indiret a, includas as
fundaes inst it udas e mant idas pelo Poder Pblico, ex cet uadas as
nomeaes par a car go de pr ovi ment o em comi sso, bem como a das
concesses de aposent adorias, reformas e penses, r essal vadas as
mel hor i as post er i or es que no al t er em o f undament o l egal do at o
concessr i o;
O primeiro ponto de destaque que esse tipo de ao fiscalizatria
realizado sem a participao do Congresso Nacional (CN), ou seja, trata-se
de competncia que se exaure na rbita da Corte de Contas.
Vocs devem ter achado a redao constitucional um pouco confusa, no
mesmo? Eu tambm acho! O melhor fazermos uma diviso didtica.
Vamos comear com as admi sses:
Todos os atos de admisso so apreciados para fins de registro pelo
TCU, no importando se para cargos efetivos (civis ou militares),
empregos pblicos (inclusive das estatais) ou funes temporrias.
esse o sentido da redao constitucional ao usar a expresso a
qualquer ttulo;
A ni ca exceo regra acima a nomeao para cargos
comissionados (em qualquer entidade ou rgo).
A ressalva constitucional, quanto s admisses para cargos em comisso,
s se aplica apreciao da l egal i dade par a f i ns de r egi st r o. Assim, as
admisses em comisso no esto fora do alcance da jurisdio do TCU!
Nada impede que o Tribunal avalie a legalidade par a out r os f i ns quando
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Importante nesse momento trazermos baila a Smula Vinculante n
o
3
(SV3) do Supremo Tribunal Federal:
Nos processos perant e o Tribunal de Cont as da Unio asseguram-
se o cont radit rio e a ampla defesa quando da deciso puder
result ar anulao ou revogao de at o administ rat ivo que
beneficie o int eressado, excet uada a apreciao da legalidade do
at o de concesso inicial de aposent adoria, reforma e penso.
Vamos interpretar o verbete em duas etapas:
A regra que, nos processos em curso no TCU, o interessado (pessoa
que pode ter seus direitos afetados) ter direito ao contraditrio e
ampla defesa sempre que a deciso do Tribunal puder resultar em
anulao ou revogao de ato administrativo que lhe beneficie;
A nica exceo quanto aos processos de apreciao de legalidade,
para fins de registro, dos atos iniciais de aposentadoria, reforma e
penso, em que tais prerrogativas no so obrigatrias;
Inicialmente destinado apenas aos acusados, o direito ampla defesa
passou a ser aplicvel tambm aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral pela Carta de 1988 (art. 5, LV).
Com a evoluo social e poltica, esse direito individual passou a ser
necessrio tambm no campo do processo administrativo, mas sempre
subordinado existncia de uma acusao ou lide, conforme a CF/88.
Ocorre que, nos atos sujeitos a registro, no h lide, tampouco acusados
12
.
A sistemtica do art. 71, III, diferente. A relao jurdica se d entre a
Administrao e o TCU, sem envolver a pessoa cujo ato de admisso ou
aposentadoria est sendo avaliado (o interessado, citado na SV3). A Corte
de Contas, grosso modo, avalia se um ato emitido pelo gestor est
conforme a lei. A recusa em conceder o registro significa que o ato
administrativo, tal qual fora editado, ilegal. Estando desconforme com a
lei, no poder continuar produzindo efeitos, por isso nega-se o registro.
Desse modo, a apreciao do TCU no quer dizer que o beneficirio no ter
direito a uma aposentadoria, por exemplo. O TCU, ao negar o registro,
informa que o ato administrativo que concedeu a aposentadoria est eivado
de algum vcio que o torna ilegal. Porm, caso a Administrao reveja o ato,
corrigindo-o, e depois o submeta nova apreciao do TCU, este poder ser
aceito e considerado legal.
Agora, voc poderia perguntar: se os atos de admisso esto previstos no
mesmo inciso da CF e seguem o mesmo rito das aposentadorias, por qual
motivo no foram tambm ressalvados pela SV3? Hora da reviso de
Constitucional! Sabemos que a smula vinculante adotada aps reiteradas
decises sobre matria constitucional, tendo por objetivo a validade, a
12
Pode-se dizer que nos outros tipos de processo no TCU (ex. de contas ou de auditoria), os gestores
podem ser acusados da prtica de uma irregularidade. No o caso dos processos de atos sujeitos a
registro, pois o beneficirio do ato aposentatrio no acusado de nada. Quem praticou o ato foi o
administrador, portanto no aplicvel o art. 5, LV, da CF/88, em relao aos beneficirios.
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13
Decreto n 6.170/2008, art. 1, 1, I.
14
CF/ 88, Art . 211. A Unio, os Est ados, o Dist rit o Federal e os Municpios organizaro em regime de
colaborao seus sist emas de ensino.
1 A Unio organizar o sist ema federal de ensino e o dos Territ rios, financiar as inst it uies de ensino
pblicas feder ais e exer cer, em mat ria educacional, funo redist ribut iva e suplet iva, de forma a
garant ir equalizao de oport unidades educacionais e padro mnimo de qualidade do ensino mediant e
assi st nci a t cni ca e f i nancei r a aos Est ados, ao Di st r i t o Feder al e aos Muni cpi os.
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26
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28
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R: ANTON
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29
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30
16
CF/88, Art. 52. Compete privativamente ao Senado Feder al :
III - apr ovar previamente, por voto secreto, aps argio pblica, a escolha de:
b) Ministros do Tribunal de Contas da Unio i ndi cados pel o Pr esi dent e da Repbl i ca;
17
O TCU possui, atualmente, quat r o Auditores.
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III, b)
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art. 84, XV
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art. 84, XV
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33
I I I - exercer o cont role das operaes de crdit o, avais e garant ias, bem
como dos direit os e haveres da Unio;
I V - apoiar o cont role ext erno no exerccio de sua misso inst it ucional.
Ao usar a expresso de forma integrada, o constituinte no quis
estabelecer um nico rgo de controle para os trs Poderes. O sentido
outro. O que se impe a necessidade de cada rgo de controle interno
(um de cada Poder) trabalhe de forma integrada com os demais, prestando
auxlio entre si e ao controle externo.
Na prtica, temos a Controladoria-Geral da Unio como rgo central do
sistema de controle interno do Poder Executivo Federal. No Poder
Legislativo, existe tambm um rgo equivalente, bem como um em cada
um dos Tribunais autnomos do Poder Judicirio Federal (STF, STJ, STM,
TST, TSE, TJDFT). O Ministrio Pblico da Unio e o prprio Tribunal de
Contas da Unio, embora no sejam Poderes constitucionalmente
delineados, atuam com independncia e possuem seus prprios sistemas de
controle interno, com as mesmas atribuies dos incisos do art. 74.
No que tange s finalidades dos sistemas de controle interno, para facilitar
a nossa memorizao, podemos melhor dividi-las assim:
9 avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA;
9 avaliar a execuo dos programas de governo;
9 avaliar a execuo dos oramentos da Unio (fiscal, da seguridade
social e de investimentos);
9 comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e
eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos
rgos e entidades da administrao federal,
9 comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e
eficincia, da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito
privado;
9 exercer o controle das operaes de crdito, avais, garantias, direitos
e haveres da Unio;
9 apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.
Nessa realidade do controle administrativo, o rgo com maior expresso
a Controladoria-Geral da Unio, por ser o controlador interno do Executivo,
maior Poder em termos de recursos geridos, atos realizados, servidores
ativos e, notadamente, de impactos sobre a sociedade afinal, so os
Ministrios que tocam os programas de governo e materializam a ao do
Estado brasileiro sobre a sociedade. Por isso, os procedimentos da CGU
costumam ser objeto de cobrana em prova de concurso, a depender o
enfoque e do edital. A norma bsica a respeito, no caso, a Instruo
Normativa n
o
01/2001, da Secretaria Federal de Controle Interno
19
(IN/SFC
n
o
01), sendo que a SFC uma diviso da prpria CGU.
Quanto a esse normativo, confiro destaque atribuio do controle interno
de emitir sua opinio, por meio de cer t i f i cado, par ecer e r el at r i o, em
19
Disponvelemhttp://www.cgu.gov.br/Legislacao/Arquivos/InstrucoesNormativas/IN01 06abr2001.pdf
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37
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Pela LOTCU, art. 77, eles seriam em nmero trs, porm a Lei n
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11.358/2008 acresceu mais um
cargo ao quadro de auditores recentemente, sem que tenha havido qualquer retificao expressa na lei
ou no regimento. Por esse motivo, onde se l trs auditores na LOTCU e RITCU, deve-se entender
quatro auditores.
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38
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10) ( CESPE/ MCT2008/ Anal i st a em C&T Juni or - B8) Sem prej uzo do
at endiment o aos princpios da legalidade e da eficincia, a economicidade t ambm
se insere ent re os princpios do cont role na administ rao pblica: o exame da
despesa a um cust o adequado, o menor possvel, deve est ar associado obt eno
de um result ado que at enda sat isfat oriament e colet ividade.
11) ( CESPE/ MCT2008/ Anal i st a em C&T Juni or - B20) A avaliao de impact o
refere- se avaliao do nvel de t ransformao a que o programa se prope.
Expressa o grau em que os obj et ivos do programa foram alcanados.
12) ( CESPE/ MPOG2008/ Anal i st a de I nf r a- Est r ut ur a/ Recur sos Hdr i cos)
A aplicao de verbas repassadas aos est ados pela Unio, mediant e convnio para
a realizao de at ividades ligadas alfabet izao de adult os, est suj eit a
fiscalizao do Tribunal de Cont as da Unio.
13) ( CESPE/ MRE2008/ Assi st ent e de Chancel ar i a/ Pr ova do Cur so de
Pr epar ao) at ribuio legal do cont role ext erno apoiar o cont role int erno no
exerccio de sua misso inst it ucional.
14) ( CESPE/ MS- PS2008/ Pl anej ament o Or ament r i o, Cont r ol e e
Pr est ao de Cont as) A diferena ent re a definio legal de prest ao de cont as e
de t omada de cont as que, no primeiro caso, as informaes necessrias
avaliao do cont role ext erno so fornecidas volunt ariament e pelos respect ivos
gest ores, enquant o, no caso da t omada de cont as, as informaes so obt idas
diret ament e pelo TCU.
15) ( CESPE/ MS- PVS2008/ Pr ova de Conheci ment os Bsi cos) Eficcia na
rea pblica afere em que medida os result ados de uma ao t razem benefcio
populao.
16) ( CESPE/ DFTRANS2008/ Anal i st a de Tr anspor t es
Ur banos/ Admi ni st r ador ) As at ividades de cont role ext erno envolvem a
fiscalizao cont bil, financeira, pat rimonial e operacional da administ rao pblica,
buscando analisar a legalidade, a legit imidade e a economicidade dos at os
prat icados.
17) ( CESPE/ TDFT/ 2007/ Anal i st a Judi ci r i o- Ex ecuo De Mandados) O
Conselho Nacional de Just ia t em nat ureza merament e administ rat iva e configura
rgo de cont role ext erno do Poder Judicirio.
18) ( CESPE/ TDFT/ 2007/ Anal i st a Judi ci r i o Cont r ol e I nt er no) O
cont role da at ividade administ rat iva e financeira do Poder Judicirio de
compet ncia do Conselho Nacional de Just ia, com excluso, em qualquer hipt ese,
da compet ncia do respect ivo t ribunal de cont as.
19) ( CESPE/ TJPI / 2008/ Jui z) Compet e ao STJ j ulgar habeas corpus no qual
figure como pacient e conselheiro do Tribunal de Cont as do Est ado do Piau.
20) ( CESPE/ TST/ 2007/ Anal i st a Judi ci r i o Cont abi l i dade) O Tribunal de
Cont as da Unio compet ent e para realizar audit oria de nat ureza operacional em
qualquer unidade administ rat iva do Poder Judicirio, por iniciat iva de comisso
t cnica da Cmara dos Deput ados ou do Senado Federal.
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21) ( CESPE/ TST/ 2007/ Anal i st a Judi ci r i o Cont abi l i dade) As cont as
nacionais das empresas supranacionais est o suj eit as ao cont role governament al,
mesmo quando a part icipao brasileira minorit ria.
22) ( CESPE/ AUGE- MG2008/ Audi t or I nt er no) Compet e ao TCU a fiscalizao
cont bil, financeira, orament ria, operacional e pat rimonial da Unio, dos est ados,
do Dist rit o Federal e dos municpios.
23) ( CESPE/ TCU2007/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) O TCU pode, no
exerccio de suas at ribuies, apreciar a const it ucionalidade das leis e dos at os do
poder pblico.
24) ( CESPE/ TCU2007/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Considere que uma lei
federal dispense concurso pblico para o proviment o do cargo de consult or
legislat ivo do Senado. Nesse caso, quando o TCU for apreciar essas nomeaes,
deixar de aplicar a lei, j ulgando com fundament o na Const it uio Federal. Esse
cont role feit o pelo t ribunal denominado cont role abst rat o da const it ucionalidade.
25) ( CESPE/ TRE- GO2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Cont abi l i dade) A prest ao
de cont as o processo de cont as relat ivo avaliao da gest o dos responsveis
por unidades j urisdicionadas da administ rao federal indiret a e por aquelas no
classificadas como int egrant es da administ rao federal diret a.
26) ( CESPE/ TRE- GO2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Cont abi l i dade) A t omada de
cont as o processo de cont as relat ivo avaliao da gest o dos responsveis por
unidades j urisdicionadas feit o por iniciat iva dos rgos de cont role int erno ou
ext erno.
27) ( CESPE/ TRE- GO2008/ Tcni co Judi ci r i o/ Admi ni st r at i va) As ent idades
da administ rao indiret a no so fiscalizadas pelos t ribunais de cont as.
28) ( CESPE/ ANATEL2009/ Especi al i st a em Regul ao/ Ci nci as
Cont bei s) Em caso de irregularidade de cont as, o Tribunal de Cont as da Unio,
em sua funo sancionadora, pode aplicar ao agent e pblico responsvel mult a
correspondent e ao dobro do dano provocado ao errio.
29) ( CESPE/ TJCE2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Admi ni st r ao) Ao conferir
maior abrangncia fiscalizao exercida pelo Poder Legislat ivo, com o auxlio dos
t ribunais e conselhos de cont as, a CF int roduziu dois import ant es t ipos de
cont roles: o da legit imidade e o da economicidade. Nest e lt imo caso, d- se nfase
ao modo mais econmico, mais racional de ut ilizao dos recursos, combinao
t ima dos meios, dos fat ores de produo dos bens e servios. , pois, relevant e
est abelecer e verificar uma adequada ou a mais adequada relao cust o- benefcio.
30) ( CESPE/ TJCE2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Admi ni st r ao) O Tribunal de
Cont as da Unio poder sust ar a assinat ura de um cont rat o irregular e, no caso de
licit ao, comunicar a irregularidade ao Congresso Nacional, ao qual caber adot ar
as providncias necessrias salvaguarda do int eresse pblico.
31) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Apenas um dos
Minist ros do TCU pode ser livrement e escolhido pelo president e da Repblica ent re
os cidados brasileiros que preencham os requisit os const it ucionalment e
est abelecidos para o exerccio desse cargo.
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7) Item cer t o. Assertiva que menciona o art. 74, I, da CF/88, que trata das
finalidades do sistema de controle interno nos trs Poderes.
8) Item cer t o. Mais uma questo que exige conhecimento das finalidades do
sistema de controle interno. Agora, menciona-se o art. 74, II, da CF/88.
Recomendamos ao aluno conhecer bem os incisos I a IV desse artigo, pois so
muito cobrados em prova!
9) Item er r ado. Para descobrir a competncia para julgamento de mandado de
segurana (MS), a primeira pergunta que se deve fazer : a qual tribunal de contas
a questo se refere? No possvel sabermos. Porm, isso no prejudica a questo.
No caso do TCU, o foro competente para julgamento de MS o STF (CF/88, art.
102 I, d) . No caso de TCEs, o foro o Tribunal de Justia do respectivo estado.
Assim, o STJ no competente para julgar MS contra qualquer TC, o que torna a
assertiva errada. No caso, a competncia do STJ seria para julgamento de habeas
corpus, crimes comuns e crimes de responsabilidade dos Conselheiros dos TCEs e
TCDF (CF/88, art. 105, I, a).
10) Item cer t o. A economicidade um parmetro de controle previsto no caput do
art. 70 da CF/88. Corresponde ao esforo de obteno dos menores custos dos
insumos, sem prejuzo da qualidade e dos resultados, o que corresponde ao
enunciado do item. A expresso deve est ar associado obt eno de um result ado
que at enda sat isfat oriament e colet ividade se refere necessria manuteno do
padro de qualidade.
11) Item er r ado. A avaliao de impacto (efetividade) realmente se refere
avaliao do nvel de transformao da realidade a que o programa se props.
Porm, no expressa o grau em que os objetivos do programa foram alcanados,
pois atingimento de objetivos (metas fsicas) corresponde ao conceito de eficcia.
12) Item cer t o. A fiscalizao do Tribunal sobre a aplicao desses repasses se d
por fora do art. 71, VI, da CF/88, uma vez que os convnios so espcie de
transferncia voluntria de recursos federais.
13) Item er r ado. atribuio constitucional (e no legal) do controle interno
apoiar o externo (o contrrio da questo, portanto) no exerccio de sua misso
institucional. CF/88, art. 74, IV.
14) Item er r ado. No essa a distino entre os conceitos de tomada e prestao
de contas. A diferena que a primeira (tomada) refere-se avaliao da gesto
dos responsveis por unidades da administrao federal di r et a (rgos), enquanto
a segunda (prestao) relaciona-se avaliao da gesto dos responsveis por
unidades da administrao federal i ndi r et a (entidades) e por aquelas no
classificadas como integrantes da administrao federal direta.
15) Item er r ado. A questo misturou os conceitos de eficcia e eficincia. Eficcia
refere-se ao atingimento de metas fsicas. A medio do benefcio populao
(impacto) relaciona-se efetividade.
16) Item cer t o. Interpretao do caput do art. 70 da CF/88.
17) Item er r ado. O CNJ tem natureza administrativa, pois rgo do Judicirio
desprovido de poderes jurisdicionais. Porm, no rgo de controle externo. O
CNJ rgo de controle i nt er no do Poder Judicirio.
18) Item er r ado. O controle da atividade administrativa e financeira do Poder
Judicirio de competncia do Conselho Nacional de Justia, sem que isso
signifique qualquer prejuzo competncia do respectivo tribunal de contas (CF/88,
art. 103-B, 4, II).
19) Item er r ado. competncia do STJ o julgamento de habeas corpus quando o
paciente for Conselheiro de TCE (CF/88, art. 105, I, a e c).
20) Item cer t o. Compreenso do art. 71, IV, da CF/88.
21) Item cer t o. Trata-se da competncia prevista no art. 71, V, da CF/88, a qual
no especifica a composio acionria da Unio, bastando participao direta ou
indireta, mesmo que minoritria.
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1
AULA 03
Caros amigos concurseiros,
Vamos dar incio ao quarto encontro de nosso curso (Aula 3), em
continuidade ao estudo de Controle Externo. Veremos hoje as competncias
infraconstitucionais do TCU (conforme Lei Orgnica e Regimento Interno),
ainda no captulo 1. No nos furtaremos de aprofundar bastante no tema
competncias, pois matria extremamente importante para fins de
concurso pblico. Estudaremos ainda um tpico extra que foi prometido
na ltima aula (devido processo legal no TCU) e, em seguida, o Captulo 2
(Organizao e funcionamento do TCU).
Para comear a conversa, falemos de coisas agradveis: motivao! Voc
sabia que o TCU possui berrio? Isso mesmo! As servidoras que tiverem
filhos pequenos podem deix-los aos cuidados de babs especialmente
treinadas durante o expediente. Alm disso, possvel acompanhar os
filhotes ao longo do dia, por meio de cmeras! Os servidores tambm tm
direito ao benefcio, desde que haja vagas, pois a preferncia para as
mes servidoras. Legal, no ? Esse um exemplo da preocupao do
rgo com a qualidade de vida de seus servidores.
A ttulo de informao, foi publicada a Lei n
o
11.950, de 17 de junho de
2009, que reestrutura a carreira de controle externo do Tribunal. O cargo
de nvel mdio passa a ser chamado de Tcnico Federal de Controle
Externo. Alm disso, foi concedido um incremento remuneratrio
categoria da ordem de 15 a 40%, dependendo da classe e padro na
carreira. Os aprovados neste certame j tomaro posse com o contracheque
turbinado! Mais um motivo para capricharmos nos estudos!
Portanto, vamos comear, pois o tempo urge!
CAP TULO 1 TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O NATUREZA,
COMPETNCI A E JURI SDI O ( CONTI NUAO)
COMPETNCI AS I NFRACONSTI TUCI ONAI S DO TCU
Os incisos do art. 1 do RITCU arrolam as compet nci as da Corte de
Contas. Estamos diante de competncias i nf r aconst i t uci onai s do Tribunal.
Uma parte delas simples transcrio do previsto nos arts. 71, 72 e 161 da
CF/88, j estudados em aula anterior.
Como vocs j conhecem as competncias constitucionais, vamos percorrer
a lista de competncias infraconstitucionais, informando quando se trata de
competncia que simples reproduo de norma constitucional. Farei os
comentrios pertinentes aps citar cada uma.
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3
V auditar, por solicitao da comisso mista permanente de senadores e
deputados referida no 1 do art. 166 da Constituio Federal, ou de
comisso tcnica de qualquer das casas do Congresso Nacional, projetos e
programas autorizados na lei oramentria anual, avaliando os seus
resultados quanto eficcia, eficincia, efetividade e economicidade;
Essa competncia no encontra previso constitucional expressa. Ela
decorrente da funo de examinar e emitir parecer sobre os planos e
programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituio e
exercer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria, sob
responsabilidade da Comisso Mista de Oramento, conforme CF/88, art.
166, II. Dessa maneira, para exercer essa atribuio, a CMO est
autorizada a solicitar ao TCU auditorias sobre o tema. No s ela, mas
tambm qualquer comisso t cni ca das casas do Congresso Nacional
(Cmara ou Senado) legitimada para tanto.
VI apreciar as Contas do Governo da Repblica, nos termos dos arts. 221 a
229;
Competncia prevista na CF/88, art. 71, I (Contas do Presidente da
Repblica). O tema Contas do Gov er no da Repblica, por sua vez, um
pouco mais abrangente. Abriremos tpico especfico adiante.
VII acompanhar a arrecadao da receita a cargo da Unio, das entidades
da administrao indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e
mantidas pelo poder pblico federal, e das demais instituies sob sua
jurisdio, mediante fiscalizaes, ou por meio de demonstrativos prprios, na
forma estabelecida no art. 256;
Competncia no prevista na Constituio. O TCU deve acompanhar a
arrecadao a cargo da Unio, no apenas sob responsabilidade da Receita
Federal do Brasil, mas tambm das entidades da administrao indireta que
arrecadam receitas prprias.
Esse trabalho abrange todas as etapas da receita e se processa mediante
fiscalizao, por meio de levantamentos, auditorias, inspees,
acompanhamentos ou monitoramentos, incluindo a anlise de
demonstrativos prprios, com a identificao dos respectivos responsveis
pela arrecadao. Quando feito por meio do instrumento de fiscalizao
acompanhamento, um tpico exemplo de controle concomitante.
VIII apreciar, para fins de registro, na forma estabelecida nos arts. 259 a
263, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na
administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas
pelo poder pblico federal, excetuadas as nomeaes para cargo de
provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias,
reformas e penses a servidores pblicos civis e militares federais ou a seus
beneficirios, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o
fundamento legal do ato concessrio;
Competncia prevista na CF/88, art. 71, III. Tambm h comentrios
adicionais a serem feitos em tpico especial, adiante no nosso curso.
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5
XI efetuar, observada a legislao pertinente, e nos termos do art. 291, o
clculo das quotas dos recursos provenientes do produto da arrecadao do
Imposto sobre Produtos Industrializados destinadas aos estados e ao Distrito
Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportaes de produtos
industrializados, de que tratam o inciso II do art. 159 e o pargrafo nico do
art. 161 da Constituio Federal;
Competncia prevista na CF/88, art. 161, pargrafo nico. O Fundo do IPI
Exportao mais uma transferncia constitucional aos estados, DF e
municpios, alm do FPM e FPE.
XII emitir, nos termos do 2 do art. 33 da Constituio Federal, parecer
prvio sobre as contas do governo de territrio federal, no prazo de sessenta
dias, a contar de seu recebimento, conforme previsto no art. 196;
Competncia prevista na CF/88, art. 33, 2.
XIII fiscalizar, no mbito de suas atribuies, o cumprimento, por parte dos
rgos e entidades da Unio, das normas da Lei Complementar n 101, de 4
de maio de 2000 Lei de Responsabilidade Fiscal, nos termos do inciso I do
art. 258;
Competncia no prevista na Constituio. Trata-se de uma atribuio
imposta ao TCU por fora de lei. Conforme o disposto no art. 59 da Lei de
Responsabilidade Fiscal - LRF
4
, o Poder Legislativo, diretamente ou com
auxlio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada
Poder e do Ministrio Pblico, fiscalizaro o cumprimento de suas normas,
com nfase no que se refere a:
9 atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes
oramentrias;
9 limites e condies para realizao de operaes de crdito e inscrio
em Restos a Pagar;
9 medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao
respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23 da LRF;
9 providncias tomadas, conforme o disposto no art. 31 da LRF, para
reconduo dos montantes das dvidas consolidada e mobiliria aos
respectivos limites;
9 destinao de recursos obtidos com a alienao de ativos, tendo em
vista as restries constitucionais e da LRF;
9 cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais,
quando houver (algumas regras a esse respeito esto na CF/88, arts.
29, VI e VII, e 29-A).
As competncias fiscalizatrias acima so genricas e podem ser
desempenhadas pelo Poder Legislativo, Tribunal de Contas e sistema de
controle interno, simultaneamente. Porm, alm dessas, a LRF prev
competncias concretas e bem definidas, privativas das Cortes de Contas.
4
Lei Complementar n
o
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131/ 2009.
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6
5
Embora o nome do normativo seja Lei de Crimes Fiscais, a parte que cabe ao TCU julgar no so
crimes, mas infraes administrativas, conforme letra da prpria lei.
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9
XXIII fiscalizar as declaraes de bens e rendas apresentadas pelas
autoridades e servidores pblicos, de acordo com o inciso III do art. 258;
Essa competncia no est prevista na Constituio. Ela serve para
possibilitar a apurao de eventuais indcios de enriquecimento ilcito de
agentes pblicos, com aumento patrimonial incompatvel com a renda, o
que configura indcio de corrupo ou desvio de recursos.
XXIV decidir sobre denncia que lhe seja encaminhada por qualquer
cidado, partido poltico, associao ou sindicato, na forma prevista nos arts.
234 a 236, bem como sobre representaes em geral, consoante o art. 237;
Competncia prevista na CF/88, art. 74, 2, no que tange s denncias. A
representao, por sua vez, um instituto equivalente, no-previsto na
CF/88, mas tambm destinado a levar ilegalidades e irregularidades ao
conhecimento do TCU.
A diferena que, enquanto a denncia provm da sociedade (cidado,
partido poltico, associao ou sindicato), a representao oriunda de
agentes ou autoridades pblicas, quando tm notcia de irregularidades em
decor r nci a do car go ocupado. O art. 237 do RITCU estabelece o
regramento para as representaes sem gera, assunto que ser visto no
captulo 3 do curso, na prxima aula.
XXV decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade
competente, a respeito de dvida suscitada na aplicao de dispositivos legais
e regulamentares concernentes a matria de sua competncia, na forma
estabelecida nos arts. 264 e 265;
Essa competncia no est prevista na Constituio. Veremos todos os
detalhes em tpico especial, mais adiante.
XXVI decidir sobre representaes relativas a licitaes e contratos
administrativos e ao descumprimento da obrigatoriedade de que as cmaras
municipais, os partidos polticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades
empresariais sejam notificados da liberao de recursos federais para os
respectivos municpios, nos termos da legislao vigente;
Quanto ao primeiro ponto, o art. 113 da Lei n
o
8.666/1993 (Lei de
Licitaes e Contratos) impe ao TCU uma competncia especificamente
relacionada ao controle da regularidade de procedimentos licitatrios:
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais
instrumentos regidos por esta Lei ser feito pelo Tribunal de Contas
competente, na forma da legislao pertinente, ficando os rgos
interessados da Administrao responsveis pela demonstrao da legalidade
e regularidade da despesa e execuo, nos termos da Constituio e sem
prejuzo do sistema de controle interno nela previsto.
1
o
Qualquer licitante, contratado ou pessoa fsica ou jurdica poder
r epr esent ar ao Tr i bunal de Cont as ou aos rgos integrantes do sistema
de controle interno contra irregularidades na aplicao desta Lei, para os fins
do disposto neste artigo.
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10
6
Institui normas gerais sobre desporto.
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11
7
Dispe sobre a organizao, as atribuies e o estatuto do Ministrio Pblico da Unio. O Ministrio
Pblico junto ao Tribunal de Contas da Unio no se confunde com o MPU e regulado por lei ordinria
(Lei n
o
8.443/1992).
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12
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9
No caso, por ser tribunal independente do Poder Judicirio e rgo federal mantido pela Unio;
10
O TCU tambm presta contas polticas, porque rgo independente e, mesmo sendo o rgo de
controle, deve contas de sua atuao sociedade.
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11
De todos os estados da federao brasileira, apenas quatro possuem TC dos Ms. De todos os mais de
cinco mil municpios, apenas dois (Rio de Janeiro e So Paulo) possuem TCM, uma vez que foram criados
antes da vedao constitucional do art. 31, 4.
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19
Assim, os trechos tachados (destaquei dessa forma para ficar bem claro)
no esto sendo aplicados desde a emisso da cautelar, em agosto de
2007.
Ento, como fica?
1- Os 1, 2 e 3 do art. 56 continuam valendo.
2- Com a sustao da eficcia do caput do art. 56, restou temporariamente
suspensa a regra de que as contas do Presidente devem ser acompanhadas
das dos demais Chefes de Poder e rgo, bem como que o TCU deve emitir
um parecer prvio para cada um. Dessa forma, aparentemente voltamos
para a situao de o TCU deve emitir um nico parecer prvio, apenas para
as contas do Presidente da Repblica.
3-Todas as normas do art. 57 esto sem aplicao. Questo de prova
cobrando a literalidade deve ser tida como errada.
Estamos vivendo um pequeno perodo de confuso jurdica. Essa celeuma
ainda no est solucionada, porque no se sabe ao certo como proceder, j
que falta uma orientao aos Poderes e ao TCU. Na prtica, o que tem sido
feito : recepcionar as contas de todos, porm o parecer prvio s se refere
s contas do Poder Executivo (Presidente da Repblica):
Registro, por importante, que nada obstante tenha o Supremo Tribunal Federal
concedido medida cautelar, publicada do Dirio da Justia de 21/8/2007, na
Ao Direta de Inconstitucionalidade ADIN n 2.238-5, suspendendo a
eficcia do caput do art. 56 e do art. 57 da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar n 101, de 2000), no se alterou a estrutura do relatrio sobre
as contas do governo da Repblica, haja vista que continua contemplando a
gesto e o desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio e do
Ministrio Pblico da Unio.
Relembro, todavia, que, em face do aludido provimento judicial, o par ecer
pr vi o ex cl usi vo par a o Chef e do Poder Ex ecut i vo, cuj as cont as ser o
j ul gadas post er i or ment e pel o Congr esso Naci onal . Apesar disso, continua
o Tribunal de Contas da Unio apto a apreciar, em processo especfico, o
cumprimento, por parte dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, das
disposies da Lei de Responsabilidade Fiscal.
12
Desse modo, as contas so da Unio (todos os Poderes), mas somente as
contas do Presidente da Repblica tm recebido par ecer pr vi o (um s).
E como fica em concurso pblico? Esse ponto delicado! Eu tenho
acompanhado as questes do Cespe sobre esse assunto, e na maioria delas
a banca tem desconsiderado a medida cautelar do STF, aplicando a regra
antiga (mltiplos pareceres prvios). Em uma questo, pelo menos, a banca
admitiu a existncia do referido provimento cautelar do Supremo Tribunal:
( CESPE/ TCU2008/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no/ Audi t or i a
Gov er nament al ) Caso, ao se manifestar sobre as contas dos presidentes do
Senado Federal e da Cmara dos Deputados relativas a determinado
exerccio, o TCU tenha emitido relatrio com a informao de que essas
12
Trecho de apresentao do Relatrio do TCU sobre as contas de governo de 2008 (junho/2009):
http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/contas/contas governo/contas 08/CG20
08_A.htm
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21
13
Nos processos perante o Tribunal de Contas da Unio asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa
quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o
interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma
e penso.
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23
Sobre no produzir coisa julgada administrativa, vale ressaltar outro detalhe
muito importante: depois que o Tribunal prolata uma deciso tradicional
(ex. julgamento de prestao de contas), ela s pode ser modificada
mediante a interposio de recursos (de reconsiderao, de reexame, ou
reviso
14
). Porm, no caso dos atos sujeitos a registro, por no fazerem
coisa julgada administrativa, a Corte de Contas no depende de os
legitimados
15
interporem recurso para rever o julgado, podendo faz-lo de
ofcio.
Maior a flexibilidade, portanto, nesses casos apreciao de atos sujeitos a
registro. Em outras palavras, a no-produo de coisa julgada afasta a
necessidade de interposio de recurso para reviso da deciso.
A propsito, quais so as conseqncias da negativa de registro de um ato
de admisso, aposentadoria, reforma ou penso? So duas as
possibilidades, a depender se so de admisso ou de aposentadorias.
Quando o Tribunal considerar ilegal ato de admi sso de pessoal, o rgo
emissor dever adotar as medidas regularizadoras cabveis, fazendo cessar
todo e qualquer pagamento decorrente do ato impugnado. O responsvel
que injustificadamente deixar de adotar as medidas, no prazo de quinze
dias, contados da cincia da deciso do TCU, ficar sujeito a mul t a e ao
r essar ci ment o das quantias pagas aps essa data.
Em forma de esquema:
Quando o ato de concesso de aposent ador i a, r ef or ma ou penso for
considerado ilegal, o rgo de origem far cessar o pagamento dos
proventos ou benefcios no prazo de quinze dias, contados da cincia da
deciso do Tribunal, sob pena de r esponsabi l i dade sol i dr i a da
autoridade administrativa omissa.
14
As outras espcies recursais previstas (embargos de declarao e agravo) no objetivam alterar uma
deciso do Tribunal. O primeiro destina-se a esclarecer obscuridade, contradio ou omisso em
acrdo, isto , clarear a interpretao de uma deciso. O agravo tem como objetivo atacar despacho
deci sr i o do Ministro Relator ou medida cautelar, e no uma deciso definitiva da Corte. Veremos
oportunamente.
15
Os legitimados, em regra, so apenas as partes ou o Ministrio Pblico junto ao TCU.
Emcasodeno
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administrativaomissa.
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decorrentes.Oprazopara
cumprimentode15diasa
contardacincia.
TCUconsiderailegalum
atodeaposentadoria,
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24
16
O Supremo o foro constitucionalmente designado para julgar mandados de segurana contra os atos
da Corte de Contas (art. 102, I, d).
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25
Ato Composto 2 2
Em regra, o ato complexo no se aperfeioa e no est apto a gerar direitos
e obrigaes enquanto no manifestadas as duas distintas vontades
indispensveis sua formao. O ato composto, numa linha semelhante,
depende do ato acessrio que d eficcia ao principal. Ou seja, pela
doutrina, nenhuma das duas espcies de ato produz efeitos antes da
emisso da segunda vontade.
Pois bem, caros concurseiros. Embora na acepo doutrinria clssica o ato
de aposentadoria ou de admisso se amolde mais a um ato composto (o
registro do TCU pareceria uma aprovao do ato originrio), pacfico na
jurisprudncia do Supremo Tribunal que se trata de at o compl ex o (um
ato, duas vontades). Veja como a Corte Suprema decidiu (grifamos):
EMENTA: MANDADO DE SEGURANA. COORDENADOR GERAL DE
RECURSOS HUMANOS DA ABIN. EXECUTOR DE ATO ADMINISTRATIVO
DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
PROSSEGUIMENTO DO FEITO QUANTO AO PRESIDENTE DA PRIMEIRA
CMARA DO TCU. DECADNCIA ADMINISTRATIVA. INOCORRNCIA.
CUMULAO DE PROVENTOS DA RESERVA MILITAR
O ato de aposentadoria configura at o admi ni st r at i vo compl ex o,
aperfeioando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas.
Submet i do condi o r esol ut i va, no se oper am os ef ei t os da
decadnci a ant es da vont ade f i nal da Admi ni st r ao. (MS 24.997,
Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 2-2-05, DJ de 1-4-05). No mesmo
sentido: RE 195.861, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 26-8-97,
DJ de 17-10-97.
Perceba que se trata de uma espcie de ato complexo bastante especfico.
Alguns doutrinadores discordam, porm o melhor a fazer adotar o
posicionamento do Supremo, pois a nossa finalidade aqui ser aprovado no
concurso, certo?
Ao contrrio de um ato complexo conforme a doutrina, o ato sujeito a
registro opera seus efeitos desde a edio da vontade inicial e fica
submetido condio resolutiva
17
. No depende da segunda vontade (do
TCU) para que produza efeitos imediatos.
Porm, antes de havida a apreciao do Tribunal de Contas, o ato est
imperfeito, j que no cumpriu todas as etapas necessrias sua formao.
Em outras palavras, o beneficirio j percebe os valores pecunirios
referentes ao cargo ocupado ou aposentadoria, mas depende de uma
apreciao ulterior do TCU quanto legalidade (a condio resolutiva), cujo
exame determinar, em definitivo, a continuidade ou interrupo dos
pagamentos e demais consequncias jurdicas.
Outro dois julgados na mesma linha do anterior (grifamos):
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PENSO. TCU:
JULGAMENTO DA LEGALIDADE: CONTRADITRIO. DECADNCIA.
17
aquela que subordina a extino de um direito adquirido ocorrncia de determinado evento.
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18
Art. 54. O direito da Administrao de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favorveis para os destinatrios decai em ci nco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada m-f.
1
o
No caso de efeitos patrimoniais contnuos, o prazo de decadncia contar-se- da percepo do
primeiro pagamento.
2
o
Considera-se exerccio do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que
importe impugnao validade do ato.
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30
Para fechar, dem uma olhada no Anexo, ao final da aula. Fiz constar dele
os principais pontos desse assunto, na forma de um quadro, para facilitar a
consulta e o estudo.
CONSULTA
O TCU competente para decidir sobre consulta que lhe seja formulada por
autoridade competente, a respeito de dvida suscitada na aplicao de
dispositivos legais e regulamentares concernentes a matria de sua
competncia, na forma estabelecida nos arts. 264 e 265 do Regimento
Interno (LOTCU, art. 1, XVII).
A consulta um questionamento feito por determinada autoridade
legitimada, isto , uma dvida suscitada na aplicao de dispositivos legais
e regulamentares concernentes matria de competncia do Tribunal
(controle tcnico-financeiro). Em simples palavras, a autoridade dirige-se ao
TCU para solicitar um posicionamento acerca da correta interpretao, em
t ese, de dispositivos legais e regulamentares de natureza contbil,
financeira, oramentria, patrimonial e operacional.
Alguns legitimados (consulentes) podem dirigir consulta ao Tribunal, sem
necessidade de comprovar pertinncia temtica:
9 Presidente da Repblica;
9 Presidente do Senado Federal;
9 Presidente da Cmara dos Deputados;
9 Presidente do Supremo Tribunal Federal;
9 Procurador-Geral da Repblica;
9 Advogado-Geral da Unio;
Os demais consulentes precisam demonstrar a per t i nnci a t emt i ca da
consulta s respectivas reas de atribuio das instituies que
representam:
9 Presidente de comisso do Congresso Nacional ou de suas casas;
9 Presidentes de tribunais superiores;
9 Ministros de Estado ou autoridades do Poder Executivo federal de nvel
hierrquico equivalente;
9 Comandantes das Foras Armadas.
As consultas devem conter a indicao precisa do seu objeto, ser
formuladas articuladamente e instrudas, sempre que possvel, com parecer
do rgo de assistncia tcnica ou jurdica da autoridade consulente. As
consultas devem ser apreciadas necessariamente pelo Pl enr i o do TCU
(RITCU, art. 15, I, o).
A resposta consulta tem car t er nor mat i v o e constitui pr ej ul gament o
da t ese, mas no do f at o ou caso concr et o. Consulta que no atenda
aos requisitos do RITCU ou verse apenas sobre caso concreto no dever
sequer ser conhecida, devendo o processo ser arquivado aps comunicao
autoridade que formulou a consulta (consulente).
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19
Esse recurso no objetiva modificar uma deciso do Tribunal, mas apenas esclarecer obscuridade,
omisso ou contradio em acrdo.
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20
Interessado todo aquele que tenha razo legtima para intervir no processo, ou seja, tenha sua
esfera de direitos atingida por deciso do TCU.
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Aplicao subsidiria aquela feita quando a lei especfica silencia sobre determinada questo. Na
ausncia de regra na lei especfica, busca-se subsidiariamente alguma outra que disponha sobre assunto
semelhante.
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CAP TULO 2 ORGANI ZAO E FUNCI ONAMENTO DO TCU
Esse assunto est previsto nos seguintes diplomas normativos:
Tt ul o LOTCU RI TCU
I t em do
capt ul o
Organizao Ttulo III (arts. 62 ao 89) Ttulo II (arts. 6 ao 66) 2.1
Funcionamento -
Ttulos III (arts. 67 a 91) e
IV (art. 92 a 143)
2.2
Daremos preferncia ao estudo do RITCU, por ser mais detalhado que a
LOTCU. Estudaremos o item 2.1 hoje, enquanto o 2.2 ser objeto da
prxima aula.
Preliminarmente, saliento que esse captulo envolve as regrinhas de
organizao e competncias do Tribunal, o que exige certa pacincia do
aluno, pela quantidade de detalhes envolvidos. Inevitavelmente, cairemos
na situao de transcrevermos parte das normas envolvidas. Alm disso,
em alguns momentos o aluno ter de recorrer, infelizmente, decoreba.
Veremos os principais dispositivos a respeito, mas no todos, haja vista a
necessria objetividade deste curso online. A abordagem de todos os
detalhes demandaria mais de uma aula inteira, o que no vivel, em
razo do tempo e contedos a serem vistos at a prova.
Nessa linha, estudaremos os dispositivos com maior probabilidade de cair
no concurso. Nada obstante, recomendamos aos alunos a complementao
destes trechos mediante leitura atenta do Regimento Interno.
2. 1 - TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O ORGANI ZAO
Conforme a Constituio Federal, o Tribunal de Contas da Unio tem sede
no Distrito Federal (e no em Braslia!) e compe-se de nove ministros. Ao
dizermos que o Tribunal formado por nove ministros, significa que so
nove os titulares de assentos no Plenrio da Corte.
Conseqentemente, os Auditores e membros do Ministrio Pblico junto ao
TCU no compem o Tribunal. Os Auditores porque so ministros
substitutos, e no titulares, e os membros do MPjTCU porque no so
membros do colegiado julgador, apenas fiscais da lei
22
.
So considerados rgos do Tribunal, formalmente e de acordo com a
LOTCU e RITCU, apenas o Pl enr i o, a Pr i mei r a e a Segunda Cmar as, o
22
Dentre outras atribuies, a serem vistas logo adiante.
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23
LIMA, Luiz Henrique. Controle Externo. Rio de Janeiro: Ed. Campus Elsevier, 2007.
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24
J que, por fora do art. 96 da CF/88, extensvel ao Tribunal de Contas da Unio, ele tem competncia
de se auto-organizar e administrar, o que inclui iniciativa de leis sobre sua organizao.
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25
RITCU:
Art. 28 - Compete ao Presidente:
X - proferir voto de desempate em processo submetido ao Plenrio;
26
O MP comum e seus ramos esto desenhados na CF/88, art. 128. Da sua leitura, nota-se que o MP
junto ao TCU no foi includo.
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O MPjTCU tem por misso ser o guardio da lei e fiscal de sua execuo
(em latim: custus legis). As competncias a cargo do MPjTCU so atribudas
ao Procurador-Geral, pois o seu Chefe, mas podem ser exercidas por
qualquer dos membros da carreira (subprocuradores-gerais e
procuradores), mediante delegao do procurador-geral:
9 Promover a defesa da ordem jurdica, requerendo, perante o Tribunal, as
medidas de interesse da Justia, da Administrao e do errio;
9 Comparecer s sesses do Tribunal;
9 Di zer de di r ei t o, or al ment e ou por escr i t o, em t odos os assunt os
suj ei t os deci so do Tr i bunal , sendo obr i gat r i a sua audi nci a
nos pr ocessos de t omada ou pr est ao de cont as, nos
concer nent es aos at os de admi sso de pessoal e de concesso de
aposent ador i a, r ef or ma e penso, bem como nos i nci dent es de
uni f or mi zao de j ur i spr udnci a e nos r ecur sos, ex cet o embar gos
de decl ar ao e pedi do de r eex ame em pr ocesso de f i scal i zao
de at os e cont r at os;
9 Interpor os recursos permitidos em lei ou previstos neste Regimento;
9 Promover junto Advocacia-Geral da Unio ou, conforme o caso, perante
os dirigentes das entidades jurisdicionadas do Tribunal, a cobrana
judicial da dvida decorrente das decises do Tribunal e a solicitao de
arresto dos bens dos responsveis julgados em dbito, remetendo-lhes a
documentao e instrues necessrias;
9 Requerer ao Tribunal o afastamento temporrio do responsvel (medida
cautelar) e, ao relator, a adoo das providncias consideradas
necessrias ao saneamento dos autos (diligncias);
9 Requisitar ao Presidente o apoio administrativo e de pessoal da
Secretaria do Tribunal necessrios ao desempenho da misso do
Ministrio Pblico;
9 Elaborar relatrio anual contendo o andamento dos processos de
execuo dos acrdos do Tribunal e a resenha das atividades especficas
a cargo do Ministrio Pblico, relativas ao exerccio encerrado.
Na oportunidade em que emitir seu parecer, o Ministrio Pblico, mesmo
que suscite questo preliminar (algum problema processual ou formal, por
exemplo), manifestar-se- tambm quanto ao mrito, ante a eventualidade
daquela no ser acolhida. Funciona junto a cada cmara um representante
do Ministrio Pblico, bem como junto ao Plenrio.
De certo, a competncia do parquet especializado mais explorada em
provas de concurso pblico a terceira da lista, por isso grifamos em
negrito. Em resumo, o MPjTCU deve se manifestar, seja oralmente, seja
por escrito, em todos os assuntos sujeitos deciso do Tribunal. Isso
acontece nas sesses, onde seus membros esto sempre presentes,
fiscalizando a defesa da lei e da ordem jurdica.
obrigatria, porm, a audincia prvia, na forma document al , antes
do julgamento, nos processos de:
9 tomada ou prestao de contas;
9 atos de admisso de pessoal e de concesso de aposentadoria,
reforma e penso;
9 incidentes de uniformizao de jurisprudncia;
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12) ( CESPE/ TJSE/ 2008/ Jui z) O TC, dentro do poder geral de cautela, tem
competncia para determinar a quebra de sigilo bancrio do administrador pblico
ordenador de despesa.
13) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as - adapt ada) Compete ao
TCU efetuar o clculo das quotas referentes ao Fundo de Participao dos
Municpios e, tambm, efetuar o controle externo da aplicao dos recursos do
mencionado fundo.
14) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) A aposentadoria do
servidor pblico pode ser corretamente classificada como ato administrativo
complexo, pois se forma pela manifestao de vontade de rgos administrativos
diferentes, em concurso, para a formao de um ato nico, somente se
aperfeioando com o registro pelo tribunal de contas competente.
15) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) Ao agente pblico que
deixar de expedir ato determinando a limitao de empenho e movimentao
financeira ser aplicvel multa no valor de 40% de seus vencimentos anuais.
Em um trabalho de auditoria, os tcnicos do TCM/GO verificaram que uma empresa
pblica, recm-criada por um municpio goiano para explorao de atividade
econmica, estava admitindo como empregados somente os parentes do presidente
da empresa, sem a realizao de prvio concurso pblico.
16) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) Considerando que os
empregados da empresa mencionada so submetidos ao regime da CLT, os atos de
admisso desses empregados no esto sujeitos a registro pelo TCM/GO, mas
somente a outras modalidades de controle externo.
17) ( CESPE/ TCU2008/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no/ Audi t or i a
Gover nament al ) Na sua misso de apreciao das contas anuais dos dirigentes da
Repblica, o TCU emitir parecer prvio especfico para cada Poder, inclusive para o
Ministrio Pblico Federal, impreterivelmente at a data do recesso subseqente ao
do recebimento dessas contas.
18) ( CESPE/ TCU2008/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no/ Audi t or i a
Gover nament al ) Caso, ao se manifestar sobre as contas dos presidentes do
Senado Federal e da Cmara dos Deputados relativas a determinado exerccio, o
TCU tenha emitido relatrio com a informao de que essas contas estavam em
condies de ser julgadas, juntamente com as do presidente da Repblica, nessa
situao, a Corte deveria ter emitido parecer conclusivo, destacadamente, para
cada um dos respectivos presidentes.
19) ( CESPE/ STF2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Admi ni st r at i va) As contas do
Poder Judicirio sero apresentadas, no mbito da Unio, pelos presidentes do STF
e dos tribunais superiores, que, por sua vez, consolidaro as contas dos respectivos
tribunais.
20) ( CESPE/ MS- PS2008/ Pl anej ament o Or ament r i o, Cont r ol e e
Pr est ao de Cont as) Se o responsvel pelas contas de um rgo sonegar
informaes ou documentos fiscalizao do TCU, inviabilizando o julgamento, as
contas sero consideradas iliquidveis, e o tribunal ordenar o seu trancamento at
a obteno dos esclarecimentos necessrios instruo e concluso do processo.
21) ( CESPE/ STF2008/ Tcni co Judi ci r i o/ Admi ni st r at i va) Como o TCU no
tem poder para anular ou sustar contratos administrativos, no detm tambm
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30) ( CESPE/ TCU20047/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Apenas um dos
ministros do TCU pode ser livremente escolhido pelo presidente da Repblica entre
os cidados brasileiros que preencham os requisitos constitucionalmente
estabelecidos para o exerccio desse cargo.
31) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Foi publicado um
acrdo do TCU que decidiu definitivamente o mrito de um processo em que,
apesar de ser regimentalmente exigida, no houve manifestao do Ministrio
Pblico junto ao TCU. Nessa situao, o processo ser nulo a partir do momento em
que o Ministrio Pblico se manifestar, e no poder ser convalidado, ainda que o
Ministrio Pblico junto ao TCU posteriormente manifeste sua anuncia aos atos
praticados no curso do processo.
32) ( CESPE/ MPj TCU2003/ Pr ocur ador ) De acordo com o Regimento Interno
do TCU, o MP no tribunal dever ter um representante funcionando perante cada
cmara do rgo; a lista trplice de membros do MP/TCU para o cargo de Ministro
dever ser composta pelo Plenrio do tribunal; o membro do MP poder propor
cmara que afete ao Plenrio o julgamento de certas matrias, quando a relevncia
delas o recomendar; o membro do MP dever manifestar-se quanto ao mrito das
questes que analisar, ainda quando suscite preliminar.
33) ( CESPE/ TCU1998/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) O TCU compe-se de
nove Ministros e trs auditores.
34) ( CESPE/ TCU1998/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Um quinto dos
Ministros ser escolhido entre membros do Ministrio Pblico que atuem junto ao
TCU e advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil, conforme critrios
especificados na Lei Orgnica do TCU.
35) ( CESPE/ TCU1998/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Incumbe ao
Procurador-Geral da Repblica a indicao de procuradores da Repblica para
atuarem junto ao TCU.
36) ( CESPE/ TCU1998/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Os Ministros do TCU e
seus auditores, estes quando em substituio a Ministros, tero as mesmas
garantias e os mesmos impedimentos dos Ministros do Superior Tribunal de Justia
(STJ).
37) ( CESPE/ TCU1998/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Ainda que no esteja
em substituio, o Auditor atua permanentemente junto ao Plenrio.
38) ( CESPE/ TRT 1 REGI O/ 2008/ Tcni co Judi ci r i o - Admi ni st r at i va)
Compete ao Ministrio Pblico junto ao TCU o oferecimento de denncia relativa a
crime cometido contra a administrao pblica, assim como a ao de improbidade
administrativa.
39) ( CESPE/ OAB/ Ex ame de Or dem 2007. 1) Integra o Ministrio Pblico da
Unio o Ministrio Pblico do Tribunal de Contas da Unio (TCU).
40) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) Est de acordo com a CF a
norma que confere autonomia administrativa e financeira ao Ministrio Pblico
especial que atuar junto ao referido TCM, pois, segundo jurisprudncia do STF,
esse Ministrio Pblico especial dotado de autonomia funcional, como sucede ao
Ministrio Pblico comum.
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41) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) O Ministrio Pblico
especial que atua perante os tribunais de contas qualifica-se como rgo de
extrao constitucional, pois a sua existncia jurdica resulta de expressa previso
normativa constante da CF, sendo indiferente, para efeito de sua configurao
jurdico-institucional, a circunstncia de no constar do rol inscrito na CF, nos
dispositivos em que se define a estrutura orgnica do Ministrio Pblico comum.
42) ( CESPE/ TCDF2002/ Pr ocur ador ) A Constituio da Repblica assegura
aos membros do Ministrio Pblico junto a Tribunal de Contas os mesmos direitos e
vedaes dos membros do Ministrio Pblico comum.
43) ( CESPE/ TCDF2002/ Pr ocur ador ) Caso o conselheiro que tenha sido
indicado em vaga de auditor venha a se aposentar, a escolha do novo conselheiro
dever, obrigatoriamente, recair entre os auditores, conforme entendimento
firmado pelo STF.
GABARI TOS E COMENTRI OS:
1) Item er r ado. De fato, o TCU pode apreciar as contas prestadas pelo presidente
do Supremo Tribunal Federal, mediante parecer prvio, conforme dispe a LRF, art.
56, caput (que est com eficcia suspensa!) e respectivo 1, I. No entanto, as
contas do STF no consolidam as contas de outros tribunais como a questo quis
dizer. No h tribunal vinculado ao STF. Em verdade, so as contas dos tribunais
superiores (STJ, TST, STM e TSE) que consolidam as dos respectivos tribunais que
lhe so vinculados (ex. TRT, vinculado ao TST). Outro erro afirmar que existe
recurso, inclusive patrimonial, quanto adequao da deciso. Primeiramente, no
h previso legal de recurso contra parecer prvio emitido pelo TCU. Depois, no
existe a figura do recurso patrimonial (a banca inventou esse termo para
confundir o candidato).
2) Item anul ado. A questo possui impreciso terminolgica no prprio caso
hipottico, pois no compete ao TCU anular ato de concesso de aposentadoria.
Como visto em aula, no dado ao Tribunal retificar ou sanear atos
administrativos, pois essa competncia da Administrao. Na espcie, ao TCU s
cabe negar o registro e determinar Administrao as correes cabveis. Porm,
est correta a afirmao de que cabe ao rgo de origem suspender os pagamentos
(RITCU, art. 262). Por fim, antes da apreciao do ato pelo TCU, no cabe
contraditrio e ampla defesa ao beneficirio (Smula Vinculante n
o
3, parte final).
Aps sua negativa, essas garantias devem ser observadas. Quanto a esse ponto, a
questo ambgua, no sendo possvel afirmar que a parte final refere-se ao
momento anterior ou posterior apreciao do TCU para fins de registro. Mais um
motivo para anulao, portanto.
3) Item er r ado. Todos os atos de admisso, a qual quer t t ul o (cargo efetivo
civil ou militar, t empor r i o, empregado pblico etc.) esto sujeitos a registro
perante o TCU. A nica exceo a admisso em cargo em comisso, o que no
o caso da questo.
4) Item er r ado. O erro desta questo muito sutil! Ateno, portanto! O TCU no
efetua o clculo das quot as dos t r i but os f eder ai s a ser em r epassadas (isto ,
o percentual de cada tributo que deve ser repassado) ao fundo de participao dos
municpios e ao fundo de participao dos estados e do Distrito Federal, pois a
prpria CF/88 j estabelece isso em seu art. 159. O que o TCU faz o clculo das
quot as de par t i ci pao que cada municpio e cada estado faro jus em relao ao
total desses fundos. Em outras palavras, o Tribunal no define os percentuais de
tributos que vo alimentar os fundos constitucionais, mas sim parcela do total do
fundo (a participao) que cabe a cada unidade federativa receber.
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ao Plenrio, que delibera e firma os nomes dos indicados (RITCU, art. 15, IX).
Veremos na prxima aula, quanto ao funcionamento do Tribunal, que em sesses
de cmara possvel que um membro do MPjTCU sugira ao colegiado que
determinado assunto seja afetado ao Plenrio, quando relevante (RITCU, art. 17,
1). Na oportunidade em que emitir seu parecer, o Ministrio Pblico, mesmo que
suscite questo preliminar, manifestar-se- tambm quanto ao mrito, ante a
eventualidade daquela no ser acolhida (RITCU, art. 62, 2).
33) Item er r ado. O TCU compe-e de nove Ministros titulares, apenas (CF/88, art.
73, caput). Embora os Auditores funcionem junto ao Tribunal, no so titulares,
mas substitutos de Ministros. Ademais, atualmente so quatro Auditores, e no
mais trs.
34) Item er r ado. No h previso de indicao de advogados pela OAB para a
vaga de Ministro do TCU. Alm disso, apenas 1/9 dos Ministros (uma vaga)
proveniente de escolha, pelo Presidente da Repblica, dentre membros do MPjTCU.
35) Item er r ado. Procurador da Repblica faz parte do Ministrio Pblico da Unio.
Como visto em aula, o MPjTCU no se confunde com o Ministrio Pblico comum,
possuindo carreira, regras e funcionamento prprios. Nessa linha, est errado
afirmar que Procuradores da Repblica atuaro junto ao TCU, eis que apenas
membros do prprio MPjTCU podem faz-lo. Alm disso, no cabe ao Procurador-
Geral da Repblica qualquer indicao nesse sentido. O Procurador-Geral junto ao
MPjTCU nomeado pelo Presidente da Repblica (RITCU, art. 58, 1).
36) Item cer t o. Os Ministros do Tribunal de Contas da Unio tm as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do
Superior Tribunal de Justia (CF/88, art. 73, 3). O Auditor, por sua vez, quando
em substituio a Ministro, ter as mesmas garantias e impedimentos do titular
(CF/88, art. 73, 4).
37) Item cer t o. Questo baseada na norma do RITCU, art. 55, III. Trata-se da
atuao do Auditor sem estar em substituio a Ministro: instruir e relatar
processos com proposta de deciso, porm sem direito a voto.
38) Item er r ado. Essas competncias no esto dentre aquelas arroladas para o
MPjTCU no Regimento Interno ou Lei Orgnica. Em verdade, as competncias
citadas so do Ministrio Pblico comum, ligadas rea penal e civil. O MPjTCU
atua como fiscal da lei nos processos de controle externo da Administrao, de
competncia do TCU.
39) Item er r ado. O MPjTCU no integrante do MPU, pois no est arrolado como
um de seus ramos no art. 128 da CF/88. O MPjTCU um parquet especializado,
que no se confunde com o Ministrio Pblico comum, conforme jurisprudncia e
doutrina.
40) Item er r ado. Essa questo cobra conhecimentos da Adin 160 do STF, cujo
julgado elucida o item: O Ministrio Pblico especial junto aos Tribunais de Contas.
No l he conf er e, a Const i t ui o Feder al , aut onomi a admi ni st r at i va.
Precedente: ADI 789. Tambm em sua organizao, ou estruturalmente, no el e
dot ado de aut onomi a f unci onal ( como sucede ao Mi ni st r i o Pbl i co
comum) , pertencendo, individualmente, a seus membros, essa prerrogativa, nela
compreendida a plena independncia de atuao perante os poderes do Estado, a
comear pela Corte junto qual oficiam (CF, arts. 75 e 130)." (ADI 160, Rel. Min.
Octavio Gallotti, julgamento em 23-4-98, DJ de 20-11-98)
41) Item cer t o. O Ministrio Pblico junto aos Tribunais de Contas esto
expressamente previstos nos arts. 130 e 73, 2, I, da CF/88. De fato, no
constam do art. 128 da Constituio (estrutura do Ministrio Pblico comum), mas
isso s vem a confirmar que se trata de um parquet especializado. Conforme
julgado do STF citado em aula, no se reveste de legitimidade constitucional a
participao do Ministrio Pblico comum perante os Tribunais de Contas dos
Estados, pois essa participao e atuao acham-se constitucionalmente reservadas
aos membros integrantes do Ministrio Pblico especial, a que se refere a prpria
Lei Fundamental da Repblica (art. 130).
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42) Item cer t o. Conforme o art. 130 da CF/88, os membros do Ministrio Pblico
junto aos Tribunais de Contas gozam dos mesmos direitos, vedaes e forma de
investidura dos membros do Ministrio Pblico comum.
43)
Item cer t o. A vinculao de vagas de Ministro do TCU (o que se aplica por
analogia aos TCEs, TCMs e TC dos Ms) foi firmada no seguinte julgado do STF:
Tribunal de Contas da Unio. Composio. Vinculao de vagas. Inteligncia e
aplicao do artigo 73, 2, incisos I e II da Constituio Federal. Deferimento
cautelar. O Tribunal de Contas da Unio composto por 9 Ministros, sendo dois
teros escolhidos pelo Congresso Nacional e um tero pelo Presidente da Repblica
(CF, artigo 73, 2, incisos I e II) . O pr eenchi ment o de suas v agas obedece
ao cr i t r i o de or i gem de cada um dos Mi ni st r os, v i ncul ando- se cada uma
del as r espect i va cat egor i a a que per t encem. A Constituio Federal ao
estabelecer indicao mista para a composio do Tribunal de Contas da Unio no
autoriza adoo de regra distinta da que instituiu. Inteligncia e aplicao do artigo
73, 2, incisos I e II da Carta Federal. Composio e escolha: inexistncia de
diferena conceitual entre os vocbulos, que traduzem, no contexto, o mesmo
significado jurdico. Suspenso da vigncia do inciso III do artigo 105 da Lei n.
8.443, de 16 de julho de 1992, e do inciso III do artigo 280 do RITCU. (ADI 2.117-
MC, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 3-5-00, DJ de 7-11-03.
ANEXO: Quadr o- r esumo sobr e at os suj ei t os a r egi st r o
Pessoal, o quadro abaixo resume, de forma esquematizada, os principais
pontos vistos em aula sobre atos sujeitos a registro. A linha central da
tabela representa o momento de apreciao da legalidade, para fins de
registro, do ato de admisso, aposentadoria e penso. Dessa forma, a
coluna esquerda traz a situao que se configura aps a emisso do ato
inicial, mas antes do registro, enquanto a da direita, o que ocorre aps o
registro (ou no) do ato pelo Tribunal. Como o tema pode gerar muitas
dvidas, estou disposio para esclarecimentos no frum.
ANTES DEPOI S
1- No se sujeita decadncia
administrativa do art. 54 da Lei n.
9.784/99, pois ato complexo.
1-Consuma-se o ato complexo, passando
a comear a contagem de tempo para
a decadncia quinquenal (aplicao da
Lei n
o
9.784/99 apenas aps o
julgamento).
2- No cabe contraditrio ou ampla
defesa (exceo da SV3 + RITCU
art. 263 + CF art. 5, LV).
2-Em at 5 anos do julgamento, o TCU
pode rever o registro de ofcio. No faz
coisa julgada administrativa. Prescinde
de Recurso de Reviso do MPjTCU ou
das partes, mas deve haver oitiva do
parquet.
Moment o da
apr eci ao da
l egal i dade, par a
f i ns de r egi st r o,
pel o TCU
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1
AULA 04
Ol amigos alunos!
Tudo bem? Est amos chegando pert o do final do curso, bem como da prova.
Recomendo sangue frio nesses moment os. Para comear, nada melhor do
que mot ivao!
O TCU considerado um rgo de excelncia na Administ rao Pblica
federal, no s pelos result ados que produz, mas pelo elevado nvel t cnico
de seus quadros. O fat or humano ( clima organizacional) t imo, sendo
sempre elogiado pelos servidores da casa. Dificilment e vocs encont raro
pessoas rabugent as por l! No mais, h programas de incent ivo ao
aprendizado cont nuo pessoal e profissional, mediant e concesso de bolsas
de est udo parciais e int egrais para ps- graduao e mest rado, bolsas para
cursos de idiomas, cursos peridicos de aperfeioament o ( so t ant os, que
nem possvel fazer t odos! ) et c. Cert ament e, voc no ficar sem
oport unidades de cresciment o e aperfeioament o no Tribunal, se esse o
seu desej o!
Bem, no percamos t empo! Vamos dar cont inuidade ao capt ulo 2
Organizao e Funcionament o do TCU. Logo aps, veremos o capt ulo 3 e
iniciaremos o 4. Aos t rabalhos!
2.2 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO FUNCIONAMENTO
Todas informaes sobre o funcionament o do TCU t ero como base o
Regiment o I nt erno.
Deliberaes
As deliberaes do TCU t m a forma de inst ruo normat iva, resoluo,
deciso normat iva, parecer ou acrdo. Os quat ro primeiros so espcies
deliberat ivas de compet ncia do Plenrio, enquant o o acrdo pode ser
proferido pelo Plenrio ou por cmara.
A inst ruo normat iva, a resoluo e a deciso normat iva so atos
normativos, por meio dos quais o Tribunal regula suas prprias at ividades
e a organizao dos processos que lhe so submet idos pelos rgos e
ent idades j urisdicionadas, exercendo a funo normat iva previst a no art . 3
da LOTCU.
Art . 3 Ao Tribunal de Cont as da Unio, no mbit o de sua compet ncia e
j urisdio, assist e o poder regulament ar, podendo, em conseqncia, expedir
at os e inst rues normat ivas sobre mat ria de suas at ribuies e sobre a
organizao dos processos que lhe devam ser submet idos, obrigando ao seu
cumpriment o, sob pena de responsabilidade.
O parecer e o acrdo so atos deliberativos, mediant e os quais o
Tribunal exerce suas compet ncias finalst icas de cont role ext erno. Por meio
de p
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Vej a
1. i
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3
1
O Relat or pode ser Minist r o ( excet o o Pr esident e) ou Audit or, e presidir a inst ruo do processo,
det er minando, mediant e despacho, de ofcio ou por provocao da unidade de inst r uo ou do Minist rio
Pblico j unt o ao Tribunal, o sobrest ament o do j ulgament o ou da apr eciao, a cit ao, a audincia dos
responsveis, ou out ras providncias consideradas necessrias ao saneament o dos aut os. Em out ras
palavras, o Relat or o Minist ro ou Audit or encarregado de conduzir o processo, prat icando os at os
processuais mais impor t ant es, a cargo do Tribunal, para que esse at inj a a fase de deciso.
2
A colet nea de Smulas do Tribunal pode ser conhecida em:
ht t p: / / por t al2. t cu. gov. br / port al/ page/ por t al/ TCU/ j urisprudencia/ sumulas
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Art . 85. A Smula da Jurisprudncia const it uir- se- de princpios ou
enunciados, resumindo t eses, solues, precedent es e ent endiment os,
adot ados reit eradament e pelo Tribunal, ao deliberar sobre assunt os ou
mat rias de sua j urisdio e compet ncia.
Na organizao gradat iva da Smula, a cargo da unidade responsvel pelo
secret ariado das sesses do Tribunal, ser adot ada numerao de
referncia para os enunciados ( numerao seqencial) , aos quais seguir- se-
a meno dos disposit ivos legais e dos j ulgados em que se fundament am.
Poder ser includo, revist o, revogado ou rest abelecido, na Smula,
qualquer enunciado, mediant e aprovao pela maioria absoluta dos
Minist ros de proj et o especfico de enunciado de Smula. I sso porque os
ent endiment os da Cort e mudam conforme o t empo. Dessa maneira, um
enunciado que se t orne obsolet o, ult rapassado, pode ser revist o por meio
de deliberao por maioria absolut a dos membros do Tribunal.
Ficaro vagos, com not a de cancelament o, os nmeros dos enunciados que
o Tribunal revogar, conservando os mesmos nmeros os que forem apenas
modificados, fazendo- se a ressalva correspondent e. Dessa forma, os
nmeros de enunciados revogados no podem ser reaproveit ados, para
evit ar event ual confuso.
A Smula e suas alt eraes sero publicadas no Dirio Oficial da Unio e no
Bolet im do Tribunal de Cont as da Unio. A cit ao da Smula ser feit a pelo
nmero correspondent e ao seu enunciado e dispensar, perant e o Tribunal,
a indicao de j ulgados no mesmo sent ido.
Incidente de Uniformizao de Jurisprudncia
Como vist o, a j urisprudncia se compe de um conj unt o reit erado de
decises do Tribunal, sobre um t ema, no mesmo sent ido. Ocorre que o
ent endiment o da Cort e nem sempre uniforme, podendo variar conforme o
caso concret o, o moment o hist rico, social, polt ico, bem como com o
passar do t empo. Alis, o prprio ordenament o legal se modifica
gradat ivament e, o que gera mudanas nos j uzos.
Dessa forma, pode ocorrer de o conj unt o de j ulgados do Tribunal divergir.
Para que isso no prej udique det erminado j ulgament o, exist e o mecanismo
do incident e de uniformizao de j urisprudncia.
Assim, no curso do processo podem ser suscit adas divergncias ent re
deliberaes ant eriores da Cort e, com impact o sobre um det erminado
processo que est ej a sendo j ulgado. Nessas sit uaes, poder o colegiado
( Plenrio ou cmara, onde est iver sendo apreciado o processo) , por
sugest o de Minist ro, Audit or ou represent ant e do Minist rio Pblico, decidir
pela apreciao preliminar da cont rovrsia, formando anexo aos aut os
principais, ret irando a mat ria de paut a.
O problema da divergncia j urisprudencial passar a ser analisado de forma
separada, preliminarment e ao exame do mrit o do processo. Nessa fase, se
o re
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Repa
cm
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Conforme o RI TCU, alm das hipt eses de sesses ext raordinrias pblicas
( acima cit adas) , o Plenrio poder realizar sesses extraordinrias de
carter reservado para:
a) t rat ar de assunt os de nat ureza administ rat iva int erna;
b) quando a preservao de direit os individuais e o int eresse pblico o
exigirem;
c) para j ulgar ou apreciar os processos que derem ent rada ou se formarem
no Tribunal com chancela de sigiloso.
Quando se t rat ar de j ulgament o ou apreciao de processo em sesso de
cart er reservado ( casos b e c acima) , as part es t ero acesso Sala das
Sesses ao iniciar- se a apresent ao do relat rio e dela devero ausent ar-
se ao ser concludo o j ulgament o.
Not e que nas sesses ext raordinrias de cart er reservado podem ser
j ulgados diversos processos, de vrios responsveis. Assim, se, em algum
deles, as part es desej arem t er acesso sesso de j ulgament o, podero
faz- lo, mas unicament e quando for apreciado o seu processo, devendo
ausent ar- se quando chegar o moment o de o colegiado deliberar sobre
processos diversos, em que no sej am part e.
As sesses reservadas so sempre ext raordinrias. No exist e a figura da
sesso ordinria de cart er reservado, pois a regra que as sesses dos
t ribunais sej am pblicas, j ust ificando- se as de cart er reservado apenas em
casos excepcionais.
As sesses ext raordinrias de cart er reservado sero realizadas
exclusivament e com a presena dos Minist ros, Audit ores, represent ant e do
Minist rio Pblico j unt o ao TCU e de servidores da unidade responsvel pelo
secret ariado do Plenrio aut orizados pelo President e, ressalvada a hipt ese
de acesso, pelas part es, ao seu j ulgament o.
O Regiment o veda que os proj et os referent es a at os normat ivos que afet em
os j urisdicionados sej am apreciados de forma reservada. Esses assunt os
precisam ser necessariament e apreciados em sesso pblica.
Em caso de empat e em deliberaes, caber ao President e do Tribunal ou
ao minist ro que est iver na Presidncia do Plenrio proferir vot o de
desempat e. Caso no se j ulgue habilit ado a proferir o vot o de desempat e,
dever faz- lo, preferencialment e, na primeira sesso a que comparecer.
Se o President e ou o Minist ro que est iver na Presidncia do Plenrio declarar
impediment o no moment o do desempat e, a vot ao ser reiniciada com a
convocao de um audit or present e sesso, apenas para esse fim,
observada a ordem de ant igidade no cargo. No sendo possvel convocar
um audit or para a mesma sesso, o processo ser includo em paut a para
apreciao em nova dat a, reiniciando- se a vot ao.
Sesses das cmaras
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4
o caso das Cmaras Municipais, em decorrncia da Lei n
o
9.452/ 1999, como veremos j j .
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A represent ao mot iva a realizao de t rabalho de fiscalizao acerca da
irregularidade ou ilegalidade levada a conheciment o do Tribunal. Em caso
de pert inncia, deve- se inst aurar inspeo para apurar os fat os, levant ar
as irregularidades e at ribuir responsabilidades.
Da represent ao poder result ar, por exemplo: expedio de
det erminaes ou recomendaes, audincia de responsvel para
apresent ao de defesa, aplicao de mult a, sust ao de at o administ rat ivo,
comunicao ao Congresso Nacional para sust ao de cont rat o, converso
em TCE, se verificada a ocorrncia de desfalque, desvio de bens ou out ra
irregularidade de que result e dano ao errio et c.
Instrumentos de Fiscalizao
So inst rument os de fiscalizao do Tribunal, t ant o as exercidas por
iniciat iva prpria, quant o as oriundas de solicit ao do Congresso Nacional:
9 Audit oria
9 Monit orament o
9 Acompanhament o
9 Levant ament o
9 I nspeo
Os t rs primeiros ( audit orias, acompanhament os e monit orament os) devem
obedecer a plano de fiscalizao elaborado pela Presidncia do Tribunal e
aprovado pelo Plenrio em sesso de cart er reservado. Ou sej a,
impossvel que um Minist ro, isoladament e, decida pela realizao de
audit orias, acompanhament os e inspees, devendo a propost a ser
aprovada pelo Plenrio, mediant e incluso no plano de fiscalizao.
A periodicidade do referido plano, bem como os crit rios e procediment os
para sua elaborao, sero est abelecidos em at o prprio do Tribunal. A
periodicidade do Plano de Fiscalizao , at ualment e, anual.
De forma diferent e, os levant ament os e inspees podem ser realizados por
deciso do Plenrio, da cmara, do relat or ou do President e ( apenas na
hipt ese na hipt ese de afast ament o legal do relat or, quando no houver
subst it ut o) , independentemente de programao, observada a
disponibilidade dos recursos humanos e mat eriais necessrios.
Assim, enquant o audit orias, acompanhament os e monit orament os ( AMA )
s podem ser realizados aps incluso no plano de fiscalizao e aprovao
pelo Plenrio, os levant ament os e inspees ( LI ) podem ser realizados por
deciso do colegiado ou mesmo de Minist ro ou President e do Tribunal, sem
necessidade de aprovao por part e dos demais int egrant es do corpo
j ulgador.
Podem ser obj et o de fiscalizao do Tribunal: at os e fat os administ rat ivos
5
,
cont rat os, despesas, receit as, t ransferncias legais e volunt rias, convnios,
5
Fatos administrativos so acont eciment os que produzem efeit os sobre a administ rao
independent ement e da vont ade humana ( ex. mor t e de servidor, desabament o de imvel pblico,
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det er iorao de bem mvel et c. ) . Atos administrativos so declaraes ou manifest aes do Est ado ou
de quem o represent e, que produz efeit os j urdicos expressament e previst os.
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9 esclarecer dvidas;
9 apurar denncias ou represent aes quant o
legalidade, legit imidade e economicidade de fat os da
administ rao e de at os administ rat ivos prat icados por
qualquer responsvel suj eit o sua j urisdio.
Tant o na Audit oria quant o na I nspeo as equipes do Tribunal vo at os
rgos e ent idades fiscalizados, com a diferena de que, no primeiro
inst rument o, a verificao mais aprofundada, enquant o no segundo o
t rabalho mais pont ual e especfico ( suprir omisses e lacunas e esclarecer
dvidas) .
primeira vist a, o Levant ament o poderia se assemelhar I nspeo, mas os
inst rument os diferem na medida em que o primeiro sempre prvio a uma
post erior at uao do Tribunal, e t em por cart er exat ament e levant ar dados
necessrios a t rabalhos fut uros ( conhecer a organizao e funcionament o,
ident ificar obj et os e avaliar a viabilidade de se realizar out ras fiscalizaes) .
A forma de realizao do acompanhament o t ambm especificada no
RI TCU:
Art . 242. As at ividades dos rgos e ent idades j urisdicionadas ao Tribunal
sero acompanhadas de forma selet iva e concomit ant e, mediant e informaes
obt idas:
I pela publicao no Dirio Oficial da Unio e mediant e consult a a sist emas
informat izados adot ados pela administ rao pblica federal:
a) da lei relat iva ao plano plurianual, da lei de diret rizes orament rias, da lei
orament ria anual e da abert ura de crdit os adicionais;
b) dos edit ais de licit ao, dos ext rat os de cont rat os e de convnios, acordos,
aj ust es, t ermos de parceria ou out ros inst rument os congneres, bem como
dos at os referidos no art . 259;
I I por meio de expedient es e document os solicit ados pelo Tribunal ou
colocados sua disposio;
I I I por meio de visit as t cnicas ou part icipaes em event os promovidos por
rgos e ent idades da administ rao pblica.
Execuo das fiscalizaes
Para execuo dos t rabalhos de cont role ext erno, o Tribunal deve t er livre
acesso aos document os, sist emas e dados da Administ rao Pblica.
Nenhum processo, document o ou informao poder ser sonegado ao
Tribunal em suas inspees ou audit orias, sob qualquer pret ext o.
Os servidores do TCU, alis, devem t er livre ingresso em rgos e ent idades
suj eit os j urisdio do Tribunal, acesso a t odos os processos, document os
e informaes necessrios realizao de seu t rabalho, mesmo a sist emas
elet rnicos de processament o de dados, que no podero ser sonegados,
sob qualquer pret ext o, bem como compet ncia para requerer, por escrit o,
aos responsveis pelos rgos e ent idades, os document os e informaes
desej ados, fixando prazo razovel para at endiment o.
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16
6
Grosso modo, t rat a- se de espcie de j unt ada de um processo a out ro.
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18
Com
Com
Dess
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20
8
Essa palavra parece est ar equivocada na Lei Orgnica. A melhor int erpret ao deve ser mediant e
ut ilizao do t ermo alm de ou afora .
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24
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25
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26
10
CF/ 88, ar t . 70, pargrafo nico.
11
LOTCU, ar t s. 6 e 7 .
12
Art . 93. Quem quer que ut ilize dinheiros pblicos t er de j ust ificar seu bom e regular emprgo na
conformidade das leis, regulament os e nor mas emanadas das aut or idades administ rat ivas compet ent es.
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27
cont as e dano ao errio, a qual, nat uralment e, admit e prova em cont rrio
( presuno j uris t ant um) . Diant e disso, o responsvel dever ser cit ado
para apresent ar defesa, modalidade de chamament o ao processo em caso
de dbit o ao errio.
Uma vez cit ado pela omisso, pode ser que o responsvel apresent e a
prest ao de cont as ou no ( ele pode fazer defesa em out ro sent ido) . A
apresent ao de prest ao de cont as post erior no elidir a
irregularidade, podendo o dbit o ser afast ado caso a document ao
apresent ada est ej a de acordo com as normas legais e regulament ares e
demonst re a boa e regular aplicao dos recursos.
Vou explicar com out ras palavras para reforar. A omisso na prest ao de
cont as significa descumpriment o norma e implica a presuno relat iva de
dano ao errio. Cit ado para se defender, se o responsvel apresent ar a
prest ao de cont as, ele pode se livrar da imput ao de dbit o, caso a
document ao comprove a boa e regular aplicao dos recursos. Porm,
no elidir a irregularidade
2. Responsabilidade solidria:
Nas sit uaes previst as em b ( prt ica de at o de gest o ilegal, ilegt imo ou
ant ieconmico, ou infrao a norma legal ou regulament ar de nat ureza
cont bil, financeira, orament ria, operacional ou pat rimonial) , c ( dano ao
errio decorrent e de at o de gest o ilegt imo ou ant ieconmico) e d
( desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores pblicos) , o Tribunal, ao
j ulgar irregulares as cont as, fixar a responsabilidade solidria: do
agent e pblico que prat icou o at o irregular e do t erceiro que, como
cont rat ant e ou part e int eressada na prt ica do mesmo at o, de qualquer
modo haja concorrido para o cometimento do dano apurado.
Nesse caso, a j urisdio do Tribunal pode alcanar o t erceiro ( part icular,
sem vnculo com a Administ rao) no caso de esse, como part e int eressada
na prt ica do mesmo at o, haj a concorrido para o comet iment o do dano
apurado.
Assim, suponha que um servidor pblico t enha combinado com um analist a
de informt ica ( sem vnculo com a Administ rao) para que, por meio do
comput ador da repart io, pudessem quebrar mecanismos de segurana
dos sist emas e, assim, conseguir desviar recursos do Tesouro para suas
cont as corrent es part iculares. Nessa sit uao, configurado o desfalque de
recursos pblicos, ambos podem ser condenados a devolver o valor t ot al
desviado, em solidariedade, corrigido e at ualizado monet ariament e.
O t erceiro deve, necessariament e, agir em conluio com a agent e pblico
para que se possa alcan- lo. Devemos lembrar os alunos que dano ao
errio causado por part icular sem vnculo pblico, ou conluio com agent e da
Administ rao, deve ser resolvido na esfera civil, mediant e ao de
ressarciment o. o caso do part icular que colide com veculo oficial, ou
ent
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29
Apenas como conseqncia, o responsvel pelo cont role int erno pode ser
alcanado em solidariedade.
Assim, se o represent ant e do cont role int erno se omit ir em comunicar ao
Tribunal uma ilegalidade, mas essa depois for descaract erizada pelo TCU,
no possvel apen- lo.
Logicament e, a responsabilidade solidria do agent e do cont role int erno s
t em lugar em relao a at os que provoquem dbit o ao errio, uma vez que
a mult a sempre de cart er pessoal, no podendo ser imput ada em
responsabilidade solidria. Em out ras palavras, o responsvel pelo cont role
int erno s poder ser condenado em solidariedade por prej uzo ao errio em
processo de cont as quando os responsveis diret os por essas cont as forem
j ulgados em dbito. Assim, a condenao do agent e de cont role int erno
pressupe a condenao do responsvel diret o envolvido na irregularidade
ou ilegalidade, solidariament e.
3. Remessa de document ao ao Minist rio Pblico:
Nos casos de dano ao errio decorrent e de at o de gest o ilegt imo ou
ant ieconmico ou desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores
pblicos, o Tribunal, aps o j ulgament o, det erminar a remessa de cpia da
document ao pert inent e ao Minist rio Pblico da Unio, para aj uizament o
das aes cabveis, uma vez que pode rest ar configurado crime.
Como opo, o TCU ainda pode decidir sobre essa mesma providncia
t ambm nas hipt eses de omisso no dever de prest ar cont as e prt ica de
at o de gest o ilegal, ilegt imo ou ant ieconmico, ou infrao a norma legal
ou regulament ar de nat ureza cont bil, financeira, orament ria, operacional
ou pat rimonial.
4. Aplicao de mult a:
Quando j ulgar as cont as irregulares:
9 havendo dbit o, o Tribunal condenar o responsvel ao pagament o da
dvida at ualizada monet ariament e, acrescida dos j uros de mora devidos,
podendo, ainda, aplicar- lhe mult a de at cem por cent o do valor
at ualizado do dano causado ao errio, conforme est abelecido no art . 57
da LOTCU;
9 No havendo dbit o, mas evidenciada omisso no dever de prest ar
cont as, prt ica de at o de gest o ilegal, ilegt imo ou ant ieconmico, ou
infrao a norma legal ou regulament ar de nat ureza cont bil, financeira,
orament ria, operacional ou pat rimonial, ou dano ao errio decorrent e
de at o de gest o ilegt imo ou ant ieconmico, o Tribunal aplicar ao
responsvel a mult a previst a no inciso I do art . 268 do RI TCU ( cont as
j ulgadas irregulares, sem dbit o) .
5. Fat o impedit ivo:
Nos t ermos do Regiment o I nt erno:
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13
Para o caso de servidores est at ut r ios, aplica- se a Lei n
o
8.112/ 1990:
Art . 46 As r eposies e indenizaes ao er rio, at ualizadas at 30 de j unho de 1994, sero previament e
comunicadas ao servidor at ivo, aposent ado ou ao pensionist a, para pagament o, no prazo mximo de
t rint a dias, podendo ser parceladas, a pedido do int eressado.
( . .. )
1
o
O valor de cada parcela no poder ser inferior ao correspondent e a dez por cent o da
remunerao, provent o ou penso.
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TCE deve part ir da iniciat iva de um agent e pblico int erno ao rgo ou
ent idade, no exerccio do poder de aut o- t ut ela.
Ant es de inst aurar a TCE, porm, a aut oridade deve t omar as medidas
int ernas com vist as obt eno do ressarciment o. A aut oridade s deve
efet ivament e iniciar a Tomada de Cont as Especial se verificada a
impossibilidade de resoluo amigvel da quest o, ist o , aps o
esgotamento das vias administrativas.
Por out ro lado, na ocorrncia de perda, ext ravio ou out ra irregularidade sem
que se caract erize a m- f de quem lhe deu causa, se o dano for
imediat ament e ressarcido, a aut oridade administ rat iva compet ent e dever,
em sua t omada ou prest ao de cont as ordinria, comunicar o fat o ao
Tribunal, ficando dispensada desde logo a inst aurao de t omada de cont as
especial.
1 No providenciado o dispost o no caput , o Tribunal det er mi nar a
i nst aur ao de t omada de cont as especial, fixando prazo para cumpriment o
dessa deciso.
A aut oridade administ rat iva dispe de 180 dias para inst aurao da TCE,
findo o qual, se no inst aurado o procediment o, o Tribunal deve
determinar para que ela o faa, mas no pode inst aurar por cont a prpria.
No se confunda! A TCE no deve ser inst aurada pelo cont role int erno,
t ampouco pelo TCU. A compet ncia para instaurao ( aut uao de
processo administ rat ivo especfico) sempre da aut oridade
administ rat iva compet ent e.
O cont role int erno no compet ent e para inst aurar TCE, apenas para
recomendar aut oridade compet ent e sua inst aurao, pois o cont role
que efet ua merament e opinat ivo.
O TCU, por sua vez, no inst aura ( em sent ido est rit o) uma TCE. As
providncias que ele t oma so de nat ureza dist int a:
a) O Tribunal pode converter em TCE processo de fiscalizao de at os
e cont rat os, se no seu curso ficar configurada a ocorrncia de
desfalque, desvio de bens ou out ra irregularidade de que result e dano
ao errio, nos t ermos do RI TCU, art . 252. de se not ar que, nesse
caso, no houve aut uao de processo especfico ( abert ura,
inst aurao) , mas simplesment e converso de modalidade de
processo ant eriorment e exist ent e.
b) O Tribunal pode determinar autoridade administrativa que ela
instaure TCE, em caso de omisso ( RI TCU, art . 197, 1 ) .
No obst ant e a compet ncia para inst aurao da TCE sej a da aut oridade
administ rat iva, soment e o TCU compet ent e para j ulg- la, por fora da
part e final do art . 71, I I , da CF/ 88:
I I - j ulgar ( . . . ) daqueles que derem causa a perda, ext ravio ou out ra irregularidade
de que result e prej uzo ao errio pblico.
Assim sendo, esgot adas t odas as medidas ao alcance da aut oridade
administ rat iva visando apurao dos fat os irregulares, perfeit a
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Nas TCEs originrias de converso pelo Tribunal de Cont as, no h fase int er na.
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Ou dos responsveis, se mais de um, podendo haver condenao em solidariedade, t ambm.
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Grande abrao,
Ant onio Saraiva
EXERCCIOS
1) ( CESPE/ TCU2007/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Apenas um dos
minist ros do TCU pode ser livrement e escolhido pelo president e da Repblica ent re
os cidados brasileiros que preencham os requisit os const it ucionalment e
est abelecidos para o exerccio desse cargo.
2) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Se o Plenrio decidir
alt erar a compet ncia das cmaras, essa deliberao dever t er a forma de uma
resoluo.
3) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) O proj et o de enunciado
de uma smula deve ser aprovado por maioria qualificada de dois t eros dos
membros int egrant es do rgo compet ent e para deliberar acerca da mat ria
sumulada.
4) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Se um rgo do TCU
t omar deciso incompat vel com uma smula ant eriorment e enunciada, essa
smula ser considerada t acit ament e revogada.
5) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) vedado ao plenrio
do TCU realizar sesses ordinrias de cart er reservado.
6) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) O recesso que ocorre
no perodo de 17 de dezembro a 16 de j aneiro no causa a int errupo dos prazos
para a int erposio de recurso cont ra decises em processos de t omada de cont as.
7) ( CESPE/ TRF5- 2007/ Jui z) Compet e ao t ribunal de cont as realizar por
iniciat iva prpria, e no, por requisio de qualquer das casas do Congresso
Nacional ou de comisso parlament ar de inqurit o, inspees e audit orias de
nat ureza cont bil e financeira, orament ria, operacional e pat rimonial em qualquer
das at ividades administ rat ivas dos t rs poderes.
8) ( CESPE/ TRT9- 2007/ Anal i st a Judi ci r i o/ Engenhar i a Ci vi l ) Compet e ao
Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) fiscalizar a aplicao de recursos pblicos
repassados pela Unio mediant e convnio aos est ados, ao Dist rit o Federal ou a
municpio.
Considere que t enha sido formulada denncia ao TCM/ GO, cont ra cert o gest or
pblico. Em face dessas consideraes, j ulgue os it ens abaixo acerca do
procediment o da denncia.
9) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) Ao formular a denncia, o
denunciant e no precisa se ident ificar formalment e.
10) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) vedado o t rat ament o
sigiloso s denncias formuladas ao TCM/ GO.
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qualquer cidado part e legt ima para, nos t ermos legais, denunciar
irregularidades ou ilegalidades j unt o aos respect ivos t ribunais de cont as.
22) ( CESPE/ STF/ 2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Judi ci r i a) Cabe ao TCU apurar,
por meio de t omada de cont as especial, a responsabilidade do responsvel por
convnio, inclusive com a possibilidade de aplicao de pena pecuniria, que servir
como t t ulo execut ivo ext raj udicial.
23) ( CESPE/ TRT- 5 REGI O/ 2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Admi ni st r at i va) As
cont as dos responsveis por recursos pblicos no TRT da 5. Regio so j ulgadas
pelo TCU.
24) ( CESPE/ SEFAZ- ES2008/ Consul t or do Ex ecut i vo/ r ea
Fazendr i a/ Admi ni st r ao) No que t ange ao cont role ext erno a post eriori, se
evidenciadas impropriedade ou qualquer out ra falt a de nat ureza formal de que no
result e dano ao errio, as cont as sero consideradas irregulares, preservados os
direit os do ordenador audit ado de ampla defesa e cont radit rio.
25) ( CESPE/ TRE- GO2008/ Anal i st a Judi ci r i o/ Cont abi l i dade) A prest ao
de cont as o processo de cont as relat ivo avaliao da gest o dos responsveis
por unidades j urisdicionadas da administ rao federal indiret a e por aquelas no
classificadas como int egrant es da administ rao federal diret a.
26) ( CESPE/ ANATEL2009/ Anal i st a/ Admi ni st r ao) O TCU poder,
mediant e novos element os, aut orizar o desarquivament o e det erminar que se
ult ime a prest ao ou t omada de cont as no caso das decises definit ivas, desde
que nos cinco anos subsequent es publicao dessa deciso.
27) ( CESPE/ TCU2004/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Se um Minist ro do
TCU desej ar que a rea t cnica realize alguma audit oria, dever enviar sua
solicit ao ao president e do Tribunal, ao qual, ent o, caber det erminar a
realizao do t rabalho.
28) ( CESPE/ TCE- RN2002/ Pr ocur ador ) No decorrer de inspeo ou audit oria,
verificada a ocorrncia de alcance ou desvio de dinheiro, bens ou valores pblicos,
ou out ra irregularidade de que result e dano ao errio, o TCE/ RN, vist a de
propost a do relat or, ordenar, desde logo, a converso do processo em t omada de
cont as especial.
29) ( CESPE/ TCU2007/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Considere a seguint e
sit uao hipot t ica. No processo de fiscalizao para apurao da denncia de
desvio de recursos da Unio repassados prefeit ura do municpio X para a
elaborao de cart ilha cont ra o uso de drogas, const at ou- se que a prefeit ura
ant ecipou o pagament o empresa cont rat ada sem que t ivesse havido a execuo
do servio. O TCU det erminou a converso da fiscalizao em t omada de cont as
especial e cit ou os responsveis, que alegaram defesa sem recolher o dbit o. O
TCU no acat ou a defesa, nem reconheceu boa- f e j ulgou as cont as do convnio
irregulares pelo fat o de t er havido prt ica de at o de gest o ilegal, que causou danos
ao errio. Nessa sit uao, o TCU dever responsabilizar solidariament e o agent e
pblico e o t erceiro que concorreu com o comet iment o do dano, podendo aplicar
mult a de at 100% do valor at ualizado do dano causado ao errio, e, mesmo que
haj a o pagament o int egral do dbit o e( ou) da mult a, persist ir o j ulgament o quant o
irregularidade das cont as.
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observar, nesse caso, o prazo de cinco anos aps a publicao dessa deciso
( RI TCU, art . 208, 2 ) .
27)
I t em errado. A realizao de audit orias, acompanhament os e monit orament os
depende de aprovao, pelo Plenrio, de plano de fiscalizao. Dessa maneira, se
um Minist ro do TCU desej ar a realizao de alguma audit oria, dever enviar sua
solicit ao ao President e do Tribunal. Esse, por at o prprio, no poder det erminar
a realizao do t rabalho. O procediment o corret o propor ao Plenrio a aprovao
de incluso do procediment o no plano de fiscalizao.
28)
I t em certo. No decorrer de inspeo ou audit oria, verificada a ocorrncia de
alcance ou desvio de dinheiro, bens ou valores pblicos, ou out ra irregularidade de
que result e dano ao errio, o TCU ( t razendo o exerccio para a realidade do nosso
concurso) , vist a de propost a do relat or, ordenar, desde logo, a converso do
processo em t omada de cont as especial ( RI TCU, art . 252) .
29)
I t em certo. A denncia deve ser apurada por meio do inst rument o de
fiscalizao denominado inspeo ( RI TCU, art . 240) . A j urisdio do TCU pode
alcanar os recursos repassados a municpio por fora de convnio. No caso de se
verificar desfalque ou desvio de recursos ( no execuo do servio) , o Tribunal
poder det erminar a converso do processo em TCE ( RI TCU, art . 252) . A
condenao em dbit o pode ser do responsvel e do t erceiro que, como cont rat ant e
ou part e int eressada na prt ica do mesmo at o, de qualquer modo haj a concorrido
para o comet iment o do dano apurado ( RI TCU, art . 209, 4 ) . Como sanes,
possvel imput ar mult a de at 100% do valor at ualizado do dbit o ( RI TCU, art .
267) , sendo que o pagament o int egral da mult a ou do dbit o no modifica o mrit o
do j ulgament o quant o irregularidade ( RI TCU, art . 218) .
30)
I t em errado. A assert iva explora o valor de alada para TCE. Se o valor do
dano for superior a esse mont ant e, a TCE deve ser imediat ament e encaminhada ao
TCU para fins de j ulgament o ( RI TCU, art . 199) . Se for inferior, dever ser anexada
ao processo da respect iva t omada ou prest ao de cont as ordinria do
administ rador ou ordenador de despesa, para j ulgament o em conj unt o, aps o final
do exerccio ( RI TCU, art . 199, 4 ) .
31)
I t em errado. A deciso t erminat iva reput ada como t al no moment o em que
se consideram iliquidveis as cont as, com post erior t rancament o das cont as e
arquivament o do processo. O prazo de cinco anos para reabert ura das cont as,
vist a de novos element os considerados suficient es para avaliar o mrit o dos at os de
gest o.
32)
I t em certo. Temos vrios t ipos de irregularidade. Na acepo da LOTCU, t emos
o dano provocado por desfalque ou desvio de valores, a prt ica de at os ilegais e a
omisso no dever de prest ar cont as. Alm desses, h t ambm o dano provocado
por at o ant ieconmico ou a prt ica de at o de gest o ant ieconmico ( nesse caso,
sem dano) . Bast a uma ocorrncia dessas para que as cont as possam ser j ulgadas
irregulares ( LOTCU, art . 16, I I I , c/ c RI TCU, art . 209) .
33)
I t em certo. A fiscalizao do TCU compreende os at os de que result e receit a
ou despesa ( RI TCU, art . 249) . Alm disso, cont empla a arrecadao da receit a
( RI TCU, art . 256) e as renncias de receit a, bem como o real benefcio
socioeconmico delas ( RI TCU, art . 257) .
34)
I t em errado. Quando o cust o da cobrana for superior ao valor do
ressarciment o devido por um agent e pblico, em razo de irregularidade prat icada,
o TCU no poder cancelar o dbit o, mas o respect ivo processo poder ser
arquivado. Perceba que a quest o t rocou o cancelament o do dbit o com o
arquivament o do processo ( RI TCU, art . 213) .
35)
I t em errado. Ao cont rrio. O pagament o int egral e t empest ivo de mult a
impost a ao agent e pblico no caso de cont as j ulgadas irregulares no modifica o
j ulgament o quant o irregularidade das cont as ( RI TCU, art . 218, pargrafo nico) .
36)
I t em certo. Em caso fort uit o ou de fora maior, como o caso de inundaes,
fat o comprovadament e alheio vont ade do responsvel, que t ornar mat erialment e
impossvel o j ulgament o de mrit o, a providncia adequada , em sede de deciso
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t erminat iva, ordenar o t rancament o das cont as, considerando- as iliquidveis. Pode,
t ambm, j ulgar o mrit o das cont as, cinco anos depois, caso est ej am present es os
requisit os legais aplicveis ( RI TCU, art . 211) .
37)
I t em certo. O TCU realment e no t em compet ncia para inst aurar TCE ( aut uar
processo novo, especfico) . Sua compet ncia limit a- se a det erminar aut oridade
compet ent e que a inst aure, ou ent o convert er processo de fiscalizao
previament e exist ent e em t omada de cont as especial ( RI TCU, art . 252) .
38)
I t em certo. Afora a execuo da dvida no Poder Judicirio, o TCU pode
det erminar o descont o int egral ou parcelado da dvida nos venciment os, subsdio,
salrio ou provent os do responsvel ( RI TCU, art . 219, I ) .
39)
I t em errado. Nas t omadas ou prest aes de cont as ordinrias, devem ser
includos t odos os recursos, orament rios e extra-oramentrios, ut ilizados,
arrecadados, guardados ou geridos pela unidade ou ent idade ou pelos quais ela
responda ( RI TCU, art . 189, pargrafo nico) .
40)
I t em errado. A inst aurao do procediment o administ rat ivo disciplinar ( PAD) ,
nessa sit uao, obj et iva apurar desvios condut a funcional do agent e, ist o ,
decorrent e do exerccio do cargo. Para recompor o errio, faz- se ainda necessrio
inst aurar a TCE ( RI TCU, art . 197) .
41)
I t em certo. Vide explicaes da quest o 50, acima.
42)
I t em certo. Todas as decises definit ivas e t erminat ivas precisam ser
publicadas. As preliminares, porm, podem ou no ser publicadas, crit rio do
relat or ( RI TCU, art . 203) .
43)
I t em certo. Pode o TCU const it uir t t ulo execut ivo cont ra empresa privada
( deciso que imput a dbit o ou mult a) , caso ela sej a cont rat ada e haj a, de qualquer
modo, concorrido para o comet iment o de dano ao errio ( RI TCU, art . 209, 4 , I I ) .
44)
I t em certo. possvel ao TCU t omar cont as de sociedade comercial
est rangeira, caso ela, como cont rat ant e ou part e int eressada na prt ica de
det erminado at o, haj a, de qualquer modo, concorrido para o comet iment o de dano
ao errio ( RI TCU, art . 209, 4 , I I ) .
45)
I t em errado. No caso de sonegao, o Tribunal assinar prazo para
apresent ao dos document os, informaes e esclareciment os j ulgados
necessrios, comunicando o fat o ao Minist ro de Est ado supervisor da rea ou
aut oridade de nvel hierrquico equivalent e, para as medidas cabveis ( LOTCU, art .
42) . A no- apresent ao no prazo det erminado ensej ar aplicao de mult a ao
responsvel. No se j ulga cont as iliquidveis simplesment e porque o responsvel
sonegou document os, pois, se assim o fosse, bast aria o gest or esconder t oda a
papelada para se esquivar da punio por irregularidades comet idas. A hipt ese de
j ulgament o de cont as como iliquidveis, com t rancament o, ocorre quando, por caso
fort uit o ou fora maior, comprovadament e alheio vont ade do responsvel, for
impossvel j ulgar o mrit o. Veremos os t ipos de j ulgament o de cont as em aula
fut ura.
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AULA 05
Ol amigos concurseiros!
Chegamos ao nosso lt imo encont ro. O volume de cont edo t em sido
grande, mas sei que a vont ade de aprovao de vocs muit o maior, por
isso o esforo vlido. Passar em um cert ame concorrido com o do TCU
exige muit a dedicao, privao, fora de vont ade, garra! J passei por
esses moment os, e sei que a vspera da prova crt ica. Para aplacar o
cansao, eu s pensava uma coisa: agora s ladeira abaixo, para quem
j bat alhou t ant o, s falt a mais um pouquinho ( rsrsrs) . Por isso, no se
deixei abat er nessa ret a final!
Para fecharmos a srie mot ivao com chave de ouro, falemos de um
assunt o que int eressa a t odos: remunerao! Com a publicao da Lei n
o
11. 950/ 2008, que reest rut urou a carreira de cont role ext erno do TCU, a
remunerao inicial do cargo de Tcnico Federal de Cont role Ext erno, ant igo
Tcnico de Cont role Ext erno, passar a ser de aproximadament e R$ 7. 500
( et apa j ulho/ 2009 do plano) e R$ 8. 300 ( et apa j ulho/ 2010 do plano) . Nada
mal, no ? Ressalt o que os valores indicados em edit al no cont m t odas
as parcelas da remunerao, por isso os nmeros que passei so maiores
que os divulgados para o concurso.
Assim, para viabilizarmos o seu prximo cont racheque, vamos encerrar o
est udo do Capt ulo 4, vendo as seguint es deliberaes do TCU: sanes e
medidas caut elares. Em seguida, est udaremos os recursos. Por fim,
percorreremos o Capt ulo 5 Processo no TCU.
Aproveit o para avis- los de que vou responder a t odas as pergunt as
acumuladas no frum. No pude faz- lo por enquant o em virt ude do t empo
que consumi na confeco das lt imas aulas. Todas as pergunt as sero
respondidas com a devida ant ecedncia, no comeo dessa semana, para
que nenhuma dvida fique sem respost a at a prova, ok? Fiquem
t ranqilos!
CAP TULO 4 DELI BERAES E RECURSOS ( LEI ORGNI CA E
REGI MENTO I NTERNO DO TCU) - CONTI NUAO
4.2 SANES
A possibilidade de o TCU aplicar sanes deriva da Const it uio Federal:
Art . 71. O cont role ext erno, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido
com o auxlio do Tribunal de Cont as da Unio, ao qual compet e:
VI I I - apl i car aos r esponsvei s, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de cont as, as sanes pr evi st as em l ei , que est abelecer,
ent re out ras cominaes, mult a proporcional ao dano causado ao errio;
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2
Como de praxe em nosso ordenament o j urdico, ningum obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa seno em virt ude de lei ( CF/ 88, art . 5 , I I ) ,
ou sej a, soment e um diploma legal aprovado pelo Poder Legislat ivo pode
conceder direit os e impor rest ries e/ ou sanes a algum.
Em obedincia aos art s. 5 , I I , e 71, VI I I , da CF/ 88, foi edit ada a Lei
Orgnica do Tribunal de Cont as da Unio, prevendo as referidas sanes. O
Regiment o I nt erno faz o det alhament o, est abelecendo as regras
procediment ais. Seno vej amos:
9 Mult a proporcional ao dbit o causado ao errio ( LOTCU, art . 57, c/ c
RI TCU, art . 267) ;
9 Mult a por irregularidade( s) ( LOTCU, art . 58, c/ c RI TCU, art . 268) ;
9 I nabilit ao de responsvel para exerccio de funo de confiana ou
cargo em comisso ( LOTCU, art . 60, c/ c RI TCU, art . 270) ;
9 Declarao de inidoneidade do licit ant e fraudador ( LOTCU, art . 46, c/ c
RI TCU, art . 271) .
Alm dessas penalidades, a Lei de Crimes Fiscais ( Lei n
o
10. 028/ 2000)
est abelece uma t erceira hipt ese de mult a.
Em forma esquemt ica, t emos:
Mul t a pr opor ci onal ao dano causado ao er r i o ( LOTCU, ar t . 57)
J vimos que apenas em processos de cont as ( t omada ou prest ao de
cont as, inclusive TCE) pode haver condenao em dbit o do responsvel.
Nesse caso, quando da deciso ( que dever ser irregular com dbit o) , o
Tribunal poder aplicar- lhe mult a de at 100% do valor at ual i zado do
dano causado ao errio.
O primeiro pont o de dest aque que essa mult a no de aplicao
obrigat ria. Conforme a redao negrit ada acima, o Tribunal poder aplic-
la ou no. Como a mult a uma sano, uma reprimenda, preciso
ponderar a boa- f ou m- f do responsvel em sua condut a. Diferent e o
caso do dbit o, que no uma sano, mas apenas um ressarciment o, um
ret orno ao st at us quo ant erior, que independe de dolo ou culpa.
Sanes
Multa
Multadoart.57
Multadoart.58
MultadaLeide
CrimesFiscais
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Inidoneidade
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4
A aplicao dessa espcie de mult a opt at i va ( O Tribunal poder aplicar
mult a. . . ) e possui um v al or mx i mo, que o previst o no caput e
at ualizado na forma do 2 , ou sej a, por meio de port aria da Presidncia
do Tribunal, t endo por base ndice de variao acumulada relat ivo
at ualizao de crdit os t ribut rios da Unio. At ualment e, esse valor de
R$34. 825, 94.
A gradao das mult as est est abelecida no art . 268 do Regiment o I nt erno,
de modo que os at os mencionados no ensej aro, necessariament e, a
aplicao de mult a no valor mximo, j que a sano depende da gravidade
de cada at o prat icado pelo responsvel.
Vej amos as hipt eses:
I - cont as j ulgadas irregulares de que no result e dbit o, nos t ermos do
pargrafo nico do art . 19 dest a lei;
I I - at o prat icado com grave infrao norma legal ou regulament ar de
nat ureza cont bil, financeira, orament ria, operacional e pat rimonial;
I I I - at o de gest o ilegt imo ou ant ieconmico de que result e inj ust ificado
dano ao errio;
Os fat os ensej adores de mult a previst os nos incisos I a I I I configuram
sano por at o de gest o irregular. No primeiro caso, sano por cont as
irregulares de que no result e dbit o aplicvel soment e em processo de
cont as, port ant o. No segundo, at o prat icado com grave infrao norma
legal ou regulament ar de nat ureza cont bil, financeira, orament ria,
operacional e pat rimonial apurvel em qualquer t ipo de processo. Por fim,
na t erceira hipt ese, at o de gest o ilegt imo ou at o ant ieconmico de que
result e inj ust ificado dano
1
ao errio, t ambm passvel de verificao em
sede de cont as, fiscalizao, denncia et c.
Exemplo de at o ilegt imo: dispensa indevida de licit ao, uma vez que fere
a lei e a moralidade. Exemplo de at o ant ieconmico: o gest or responsvel
pela manut eno da frot a de veculos oficiais de uma repart io no realiza
a manut eno prevent iva dos aut omveis, que se det erioram e, em alguns
casos, ficam impedidos de rodar. cert o que h um at o ant ieconmico, pois
a manut eno, se feit a corret ament e, implicaria menores gast os do que os
reparos dos aut omveis. Alm disso, as viat uras paradas ficam sem
servent ia, o que pode prej udicar os t rabalhos da Administ rao. H dano ao
errio, porm de difcil mensurao.
Cont inuemos com as hipt eses de mult a:
I V - no at endiment o, no prazo fixado, sem causa j ust ificada, a diligncia do
Relat or ou a deciso do Tribunal;
V - obst ruo ao livre exerccio das inspees e audit orias det erminadas;
1
Repare que no h dbit o , apenas dano , uma vez que no foi possvel quant ificar o prej uzo ( j
explicamos a dist ino ent r e dbit o e dano na aula ant erior) . Quando o dano no for quant ificvel, no
possvel aplicar a mult a do ar t . 57, mas pode haver aplicao da mult a do art . 58.
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5
VI - sonegao de processo, document o ou informao, em inspees ou
audit orias realizadas pelo Tribunal;
VI I - reincidncia no descumpriment o de det erminao do Tribunal.
1 Ficar suj eit o mult a previst a no caput dest e art igo aquele que deixar
de dar cumpriment o deciso do Tribunal, salvo mot ivo j ust ificado.
As hipt eses cont idas nos incisos I V a VI I no decorrem de at os de gest o
propriament e dit os, mas de at os t endent es a prej udicar a j urisdio e fora
vinculant e das decises do Tribunal de Cont as. So chamadas, pela
dout rina, de mult as- coero , uma vez que a finalidade no reprimir at os
de gest o irregulares, mas coagir os j urisdicionados a acat arem as decises
do Tribunal.
Elas so comument e aplicadas em processos de fiscalizao, mas possvel
sua aplicao, excepcionalment e, em processos de cont as. Alm disso, as
mult as aplicadas com fundament o nos incisos I V a VI I prescindem de prvia
audincia ( ampla defesa e cont radit rio) dos responsveis, desde que a
possibilidade de sua aplicao const e da comunicao do despacho ou da
deciso descumprida ou do ofcio de apresent ao da equipe de fiscalizao.
Nos casos em que ficar demonst rada a inadequao da mult a aplicada com
fundament o nos incisos I V, V, VI ou VI I , o Tribunal poder rev- la, de
ofcio, diminuindo seu valor ou t ornando- a sem efeit o.
O valor decorrent e de mul t a aplicada pelo Tribunal, quando pago aps o
seu venciment o, ser at ualizado monet ariament e na dat a do efet ivo
pagament o. O dbi t o, por sua vez, sofrer at ualizao monet ria e, alm
disso, incidncia de j uros de mora.
Mul t a por i nf r ao admi ni st r at i v a cont r a as l ei s de f i nanas pbl i cas
( Lei n
o
10.028/ 2000)
A Lei n
o
10. 028/ 2000 ( Lei de Crimes Fiscais) est abelece a possibilidade de o
TCU aplicar sano por infraes administ rat ivas cont ra as leis de finanas
pblicas. A mult a de, pr eci sament e, 30% dos v enci ment os anuai s do
agent e responsvel.
So quat r o as infraes punveis com essa mult a:
Art . 5
o
Const it ui infrao administ rat iva cont ra as leis de finanas pblicas:
I deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislat ivo e ao Tribunal de
Cont as o relat rio de gest o fiscal, nos prazos e condies est abelecidos em
lei;
I I propor lei de diret rizes orament rias anual que no cont enha as met as
fiscais na forma da lei;
I I I deixar de expedir at o det erminando limit ao de empenho e
moviment ao financeira, nos casos e condies est abelecidos em lei;
I V deixar de ordenar ou de promover, na forma e nos prazos da lei, a
execuo de medida para a reduo do mont ant e da despesa t ot al com
pessoal que houver excedido a repart io por Poder do limit e mximo.
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6
A compet ncia para processar e j ulgar infrao a que se refere est e art igo
do Tribunal de Cont as a que compet ir a fiscalizao cont bil, financeira e
orament ria da pessoa j urdica de direit o pblico envolvida. Assim, se a
infrao administ rat iva cont ra as leis de finanas pblicas for comet ida na
esfera da Unio, compet ir ao TCU processar e j ulgar o feit o. Se for no
mbit o do Est ado, caber ao respect ivo TCE, e assim por diant e.
Embora a lei t rat e de crimes fiscais, o art . 5 , que imput a uma compet ncia
ao TCU, no elenca crimes, mas i nf r aes admi ni st r at i v as, sendo, por
isso, processadas e j ulgadas na esfera administ rat iva, e no no Poder
Judicirio.
I nabi l i t ao de r esponsv el par a o ex er cci o de f uno de conf i ana
ou car go em comi sso ( LOTCU, ar t . 60 c/ c RI TCU, ar t . 270)
Sempre que o Tribunal, por maioria absolut a de seus membros, considerar
grave a infrao comet ida, o responsvel ser declarado inabilit ado, por um
perodo que variar de cinco a oit o anos, para o exerccio de cargo em
comisso ou funo de confiana no mbit o da Administ rao Pblica
Federal.
O Tribunal deliberar primeirament e sobre a gravidade da infrao. Se
considerada grave, por maioria absolut a de seus membros, decidir ent o
sobre o perodo de inabilit ao a que ficar suj eit o o responsvel.
Consideraes import ant es:
9 A infrao comet ida pelo responsvel deve ser considerada gr av e, por
deliberao da mai or i a absol ut a dos membros do TCU;
9 Soment e o Pl enr i o pode aplic- la ( RI TCU, art . 15, I , i ) ;
9 O prazo para vigncia pode variar de ci nco a oi t o anos;
9 Essa sano no impede que o responsvel t ome posse ou exera cargo
ou emprego pblico. A inabilit ao soment e para car go em comi sso
e f uno de conf i ana;
9 A sano s t em incidncia sobre cargos e funes da Administ rao
Pblica Feder al .
Aplicada a sano, o Tribunal comunicar a deciso ao responsvel, bem
como aut oridade compet ent e para cumpriment o dessa medida, a quem
cabe afast ar o responsvel de event ual funo de confiana ou cargo em
comisso que est ej a ocupando.
Decl ar ao de I ni donei dade do l i ci t ant e f r audador
Verificada a ocorrncia de f r aude compr ov ada a l i ci t ao, o Plenrio
declarar a inidoneidade do licit ant e fraudador para part icipar, por at cinco
anos, de licit ao na administ rao pblica federal.
Consideraes import ant es:
9 A sano aplicada ao licit ant e fraudador, em geral uma pessoa j urdica
privada;
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4. 3 MEDI DAS CAUTELARES
As medidas caut elares no const it uem sano e no j ulgam o mrit o do
processo. Trat a- se de uma medida preliminar, prevent iva, adot ada em caso
de urgncia e risco de ineficcia da deciso de mrit o, com o obj et ivo de
evit ar leses a direit os ou ao errio.
Com efeit o, as medidas caut elares t ambm obj et ivam garant ir o pleno
exerccio da funo de cont role ext erno, a efet ividade e a ut ilidade das
decises do Tribunal, e podem ser adot adas no incio, ao longo ou ao final
do processo.
Exemplo: suponha que um cont rat o t enha sido assinado e execut ado por
um rgo pblico federal. Dois dias ant es do pagament o, o TCU recebe a
informao de que o servio no fora execut ado e o aj ust e cont ivera
gravssimas irregulares. Como medida caut elar ( de caut ela , digamos
assim. . . ) , o Tribunal pode det erminar imediat ament e a suspenso do at o de
pagament o do cont rat o, at que se examine o mrit o, j que o
ressarciment o pode ser muit o cust oso e demorado. Muit o mais int eressant e,
nesse caso, que se evit e um pagament o indevido ant es que ele ocorra. Ao
final, se por acaso ficar provado que o pagament o era devido, ele poder
ser execut ado, com a cert eza de sua regularidade.
As medidas caut elares so de quat ro espcies:
9 Afast ament o t emporrio do responsvel ( LOTCU, art . 44, caput , c/ c
RI TCU, art . 273) ;
9 Decret ao da indisponibilidade de bens do responsvel ( LOTCU, art . 44,
2 , c/ c RI TCU, art . 274) ;
9 Solicit ao de arrest o de responsveis j ulgados em dbit o ( LOTCU, art .
61 c/ c RI TCU, art . 275) ;
9 Suspenso de at o ou de procediment o impugnado ( RI TCU, art . 276) .
Em forma esquemt ica:
De incio, cumpre ressalt ar que, por fora do art . 15, I , i , a adoo de
medidas caut elares da compet nci a pr i v at i v a do Pl enr i o do Tribunal
de Cont as da Unio, mediant e provocao de Minist ro, Audit or, membro do
MPj TCU, unidade t cnica, equipe de fiscalizao do Tribunal, ou, ainda, do
Medidas
Cautelares
(emregra:Plenrio)
SuspensodeAtoou
Procedimento
IndisponibilidadedosBens
AfastamentoTemporriodo
Responsvel
Solicitaodearrestodosbens
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prprio Plenrio ( de ofcio) . Ou sej a, as cmaras ( 1 e 2 ) no podem
deliberar sobre medida caut elar.
Dent re as quat ro espcies de caut elar, apenas no caso da suspenso de at o
ou procediment o ( RI TCU, art . 276) a medida poder ser adot ada
diret ament e pelo Rel at or ou, na sua ausncia, no havendo subst it ut o,
pelo Pr esi dent e do Tribunal ( RI TCU, art . 28, XVI ) , mediant e despacho
singular, ficando a manut eno da medida suj eit a deliberao do Plenrio
( rat ificao) na primeira sesso subseqent e.
Af ast ament o t empor r i o do r esponsv el
No incio ou no curso de qualquer apurao, o Plenrio, de ofcio, por
sugest o de unidade t cnica ou de equipe de fiscalizao ou a requeriment o
do Minist rio Pblico, det erminar, caut elarment e, o afast ament o
t emporrio do responsvel, se exist irem indcios suficient es de que ele,
prosseguindo no exerccio de suas funes, possa:
a) ret ardar ou dificult ar a realizao de audit oria ou inspeo;
b) causar novos danos ao errio; ou
c) inviabilizar o seu ressarciment o.
Trat a- se daqueles casos em que o responsvel age deliberadament e com a
int eno de dificult ar a at uao do Tribunal, sej a sonegando ou ext raviando
document os, sej a causando novos danos ao errio, falsificando provas et c.
Em sit uaes com essa, a manut eno do responsvel no exerccio das suas
funes pblicas pode const it uir srio obst culo ao sucesso do cont role.
por isso que o Tribunal t em poderes para afast - lo t emporariament e de
suas at ividades. No cust a nada relembrar que no se t rat a de sano, ou
punio, mas de medida caut elar, preliminar, para assegurar o sucesso da
at ividade de cont role.
O afast ament o durar o t empo necessrio para a apurao dos fat os. A
aut oridade administ rat iva imediat ament e superior responsvel pela
adoo das providncias necessrias ao afast ament o do responsvel, dent ro
do prazo det erminado pelo Plenrio, sob pena de r esponsabi l i dade
sol i dr i a em relao aos dbit os que forem apurados.
Det alhe: essa caut elar s pode ser aplicada em relao a administ radores
pblicos. O TCU no compet ent e para promover o afast ament o de
dirigent es de sociedades civis ( ex. OS ou OSCI P que receba recursos
pblicos por meio de cont rat o de gest o ou t ermo de parceria,
respect ivament e, ou empresa) , ant e o ent endiment o do Supremo Tribunal
Federal:
TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O - AUDI TORI A E I NSPEO - AFASTAMENTO
DE DI RI GENTE - SOCI EDADE CI VI L. A nor ma i nser t a no ar t i go 44 da Lei
n. 8.443, de 16 de j ul ho de 1992, no se apl i ca s soci edades ci vi s.
Pr essupe o ex er cci o de f uno pbl i ca e o f at o de a pessoa j ur di ca
est ar i nt egr ada a Admi ni st r ao. O simples recebiment o de subveno
pblica, como ocorre relat ivament e a Cruz Vermelha - alnea "e" do art igo 33
do Est at ut o aprovado mediant e o Decret o n. 76. 077/ 75 e Lei n. 6. 905/ 81, no
respalda o afast ament o de qualquer dos seus dirigent es, sem que ist o possa
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10
implicar prej uzo da at uao fiscalizadora do Tribunal de Cont as da Unio
quant o ao emprego de verbas publicas e correspondent e prest ao de cont as.
Redao do acrdo em 3 de abril de 1995 em face do recebiment o dos aut os
apenas em 30 de maro imediat ament e ant erior. ( MS 23. 616)
Decr et ao da i ndi sponi bi l i dade de bens do r esponsv el
Caso o Tribunal verifique risco de inviabilizao do ressarciment o de danos
ainda em apurao, poder decret ar, por prazo no superior a um ano, a
indisponibilidade de bens do responsvel, t ant os quant os considerados
bast ant es para garant ir o ressarciment o em t ela.
A indisponibilidade pode ser definida como uma rest rio ao poder do
responsvel de dispor dos bens, o que impede sua alienao ( venda, por
exemplo) ou onerao ( ser dado em garant ia, por exemplo) .
A decret ao de indisponibilidade pode ocorrer no incio ou no curso do
processo de apurao, compet indo ao Plenrio declar- la, de ofcio ou por
sugest o de unidade t cnica ou equipe de fiscalizao, ou ainda a
requeriment o do MPj TCU.
O prazo no pode ser superior a um ano, mas possvel que a caut elar sej a
cont inuament e renovada, mediant e nova deliberao, enquant o durar o
procediment o de apurao.
Sol i ci t ao de ar r est o de bens de r esponsv ei s j ul gados em dbi t o
O Pl enr i o do Tribunal poder solicit ar, por i nt er mdi o do Mi ni st r i o
Pbl i co j unt o ao Tr i bunal , Advocacia- Geral da Unio ou, conforme o
caso, aos dirigent es das ent idades que lhe sej am j urisdicionadas, as
medidas necessrias ao arrest o dos bens dos responsveis j ul gados em
dbi t o, devendo ser ouvido quant o liberao dos bens arrest ados e sua
rest it uio.
O arrest o uma medida que consist e na apreenso j udicial dos bens do
devedor necessrios para garant ir o pagament o da dvida. Essa dvida deve
ser lquida e cert a. Considerando que as decises do TCU que imput em
dbit o ou mult a de fat o t ornam a dvida lquida e cert a, possvel a adoo
dessa medida a part ir de acrdos do Tribunal.
Primeirament e, preciso ressalt ar que j deve t er havido o j ulgament o em
dbit o do responsvel, aps deciso definit iva. Em casos assim, compet e ao
errio- credor execut ar a deciso, post ulando no Poder Judicirio o
pagament o dos valores. sabido, porm, que essa ao de execuo um
pouco demorada. Nesse nt erim, se houver suspeit a de que o responsvel
possa est ar dilapidando seu pat rimnio para frust rar a execuo j udicial, o
Tribunal pode solicit ar, por int ermdio do MPj TCU, que a Advocacia- Geral da
Unio ( AGU) promova, j unt o ao Poder Judicirio, as medidas necessrias ao
arrest o dos bens de responsveis j ulgados em dbit o.
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Caso a condenao do Tribunal t enha sido em favor de alguma sociedade de
economia mist a ou empresa pblica, em nome das quais a AGU no at ua, a
solicit ao ser feit a, por meio do MPj TCU, aos dirigent es das respect ivas
ent idades, que adot aro as medidas int ernas com vist as ao ingresso em
j uzo, com pedido de arrest o dos bens dos responsveis.
Essa caut elar configura medida prevent iva, para assegurar a efet ividade e
ut ilidade da deciso do Tribunal. Porm, nem sempre ela se faz necessria.
Se o responsvel recolher t empest ivament e os valores, ou ent o for agent e
pblico ligado Administ rao ( quando ent o se faz possvel o descont o
diret o do dbit o em folha
3
) , a caut elar se t orna desnecessria.
Em segundo lugar, o arrest o de bens medida que s pode ser levada a
efeit o pelo Poder Judicirio. Por isso, o TCU no pode faz- la por si prprio.
A medida caut elar, port ant o, apenas uma sol i ci t ao de ar r est o. Alm
disso, deve ser feit a por meio do MPj TCU, pois as medidas necessrias
execuo j udicial das dvidas deve ser feit a com part icipao do parquet
especializado ( LOTCU, art . 81, I I I c/ c RI TCU, art . 62, V) .
O arrest o decret ado pelo Poder Judicirio, pois t em nat ureza j udicial.
Porm, uma vez concedida a medida, o TCU deve ser ouvido quant o
liberao dos bens arrest ados e sua rest it uio.
No se esquea que o procediment o feit o da seguint e forma:
Plenrio do TCU Minist rio Pblico j unt o ao TCU Advocacia- Geral
da Unio ou dirigent es de ent idades Poder Judicirio
Di f er enas ent r e i ndi sponi bi l i dade e ar r est o
9 A indisponibilidade medida administ rat iva, adot ada diret ament e pelo
TCU, enquant o o arrest o t em nat ureza j udicial o TCU apenas solicit a
AGU, por meio do MPj TCU;
9 A indisponibilidade pode ser decret ada em qualquer moment o do
processo ( no incio, no curso ou ao seu final) , enquant o a solicit ao de
arrest o exige que o responsvel j t enha sido j ulgado em dbit o;
9 A indisponibilidade decret ada por prazo no superior a um ano,
enquant o o arrest o concedido pelo Judicirio no t em prazo
previament e definido.
Suspenso de at o ou de pr ocedi ment o i mpugnado
O Plenrio, o relat or, ou o President e ( na hipt ese de ausncia do relat or,
sem subst it ut o) , em caso de urgncia, de fundado receio de grave leso ao
errio ou a direit o alheio ou de risco de ineficcia da deciso de mrit o,
poder, de ofcio ou mediant e provocao, adot ar medida caut elar, com ou
sem a prvia oit iva da part e, det erminando a suspenso do at o ou do
3
Nos t ermos do RI TCU, art . 219, I , bem como ( no caso de servidores est at ut r ios) da Lei n
o
8. 112/ 90,
art . 46.
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procediment o impugnado, at que o Tribunal decida sobre o mrit o da
quest o suscit ada.
Se a medida t iver sido t omada por despacho do relat or ou do President e, ou
sej a, monocrat icament e, ser submet ida ao Plenrio na primeira sesso
subseqent e, uma vez que esse o rgo det ent or da compet ncia
privat iva para expedio de medidas caut elares.
A suspenso de at o ou procediment o pode ser adot ada com ou sem a
pr v i a oit iva ( exerccio de defesa do at o impugnado) do responsvel:
9 Se o Plenrio, o President e ou o relat or ent ender que ant es de ser
adot ada a medida caut elar deva o responsvel ser ouvido, o prazo para a
respost a ser de at cinco di as t ei s;
9 Caso o Plenrio, o President e ou o relat or ent ender que no h t empo
hbil para promover a oit iva prvia do responsvel, expedir a medida
caut elar e det erminar oit iva post erior da part e, para que se pronuncie
em at quinze di as.
Observe que j amais haver suspenso caut elar de at o ou procediment o sem
que o responsvel t enha a oport unidade de defender o at o inquinado. A
diferena que ela poder ser prvia ou post erior, mas sempre ocorrer.
Em ambas as hipt eses, as devidas not ificaes e demais comunicaes do
Tribunal e, quando for o caso, a respost a do responsvel ou int eressado,
podero ser encaminhadas por t elegrama, fac- smile ou out ro meio
elet rnico, sempre com confirmao de recebiment o, com post erior
remessa do original, no prazo de at cinco dias, iniciando- se a cont agem do
prazo para respost a de oit iva a part ir da mencionada confirmao do
recebiment o.
A medida caut elar perdurar at que o Tribunal decida sobre o mrit o da
quest o, ou ent o at que o at o ou procediment o sej a revogado ou anulado
pela aut oridade administ rat iva responsvel ( nest e caso, a caut elar perde o
obj et o) . Nada obst ant e, a medida caut elar de suspenso de at o ou
procediment o pode ser revist a de of ci o por quem a t iver adot ado, se
ent ender que no mais cabvel.
Abaixo, um quadro- resumo para facilit ar o seu est udo:
CAUTELAR
COMPETNCI A PARA
ADOO
Obser v aes
Suspenso de At o
ou Pr ocedi ment o*
( a) Pl enr i o;
( b) Rel at or ou Pr esi dent e
( esse em caso de afast ament o
do Relat or , se no houver
subst it ut o) . O despacho ser
submet i do ao Pl enr i o na
pr i mei r a sesso
subseqent e ( para
r at i f i cao) .
- Com ou sem a prvia oit iva da
part e:
( a) com pr v i a oi t i va: assina prazo
de 5 dias t ei s para respost a;
( b) sem pr v i a oi t i va: a deciso
t ambm det er minar a oit iva a
post er iori em 15 dias cor r i dos.
- Pode ser r ev i st a de of ci o por
quem a t iver adot ado.
Det er mi nao de
Af ast ament o
Tempor r i o do
Responsvel
- Pode det er mi nar de of ci o, por
sugest o de unidade t cnica ou
equipe de f iscalizao ou a
r equer i ment o do MPj TCU.
- No h perodo mximo.
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PLENRI O
( compet ncia originria,
conforme RI TCU, art . 15, I ,
i )
- Responsabi l i dade sol i dr i a da
aut or i dade super i or que,
ci ent i f i cada, dei x ar de cumpr i r .
Decr et ao de
I ndi sponi bi l i dade
dos Bens
- Pode decr et ar de of ci o, por
sugest o de unidade t cnica ou
equipe de f iscalizao ou a
r equer i ment o do MPj TCU.
- Prazo mx i mo 1 ano, renovvel
sucessivament e;
- Para acaut elar o ressarciment o de
dano ai nda em apur ao;
- da compet ncia prpr ia do TCU,
com nat ur eza administ rat iva.
Sol i ci t ao de
Ar r est o dos Bens
- O Plenr io sol i ci t a, por
i nt er mdi o do MPj TCU, AGU ou
s ent idades j urisdicionadas. O
MPj TCU o i nt er l ocut or do TCU
com a AGU;
- J houv e j ul gament o def i ni t i vo
( das cont as) em dbi t o = o dano
j f oi apur ado.
- O Judicir io, ant es de liberar ou
rest it uir os bens, deve ouvir o
Pl enr i o do TCU;
- A caut elar pode ser dispensada se o
responsvel quit ar t empest ivament e
ou ser for ser v i dor ou empr egado
pbl i co, quando haver o descont o
em f ol ha;
- Sem prazo definido.
- da compet ncia do Judi ci r i o,
com nat ur eza j udicial.
* Das medidas caut elares, conforme RI TCU, apenas cont r a a sust ao ( art . 276) pode haver
int erposio de recurso: agr av o, no pr azo de ci nco di as, sem ef ei t o suspensi v o, sal v o se o
Rel at or o conceder . Ver emos esse det alhe abaixo, quando formos est udar os recur sos.
4. 4 - RECURSOS
Os processos perant e o TCU admit em cinco t ipos de recurso:
9 Recurso de Reconsiderao
9 Pedido de Reexame;
9 Recurso de Reviso;
9 Agravo; e
9 Embargo de Declarao;
No caso dos t rs primeiros ( reconsiderao, reexame e reviso) , o
President e promove o sort eio de novo relat or para apreci- los, dent re os
Minist ros que no foram relat ores do processo recorrido, como forma de
garant ir a imparcialidade na apreciao recursal. I sso no se aplica ao
embargo e ao agravo, pelas prprias caract erst icas deles, como veremos.
O cabiment o de recursos amplo do TCU, como forma de homenagem
ampla defesa dos envolvidos. No ent ant o, cert as decises do Tribunal so
i r r ecor r vei s, por no comport arem prej uzo sit uao de quem part e no
processo, a saber:
9 Converso de processo de fiscalizao em t omada de cont as especial;
9 Det erminao aut oridade administ rat iva para inst aurao de t omada de
cont as especial;
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9 Det erminao para a realizao de cit ao, audincia, diligncia, inspeo
ou audit oria;
9 Deciso em sede de Consult a nesse caso, admit e- se apenas o embargo
de declarao, pois no obj et iva alt erar a deciso recorrida, apenas
esclarecer obscuridade, omisso ou cont radio no acrdo.
A int erposio de recurso, ainda que venha a no ser conhecido, gera
precluso consumat iva. A precluso consumat iva um fenmeno segundo o
qual a prt ica de uma faculdade processual pela part e impede que ela
venha a prat icar o mesmo at o post eriorment e. Assim, a int erposio de
recurso de reconsiderao uma vez impede que a part e int erponha a
mesma espcie recursal out ra vez.
Excet o nos embargos de declarao, no agravo e no pedido de reexame em
processo de fiscalizao de at o ou cont rat o, obrigat ria a audincia
( manifest ao por escrit o) do Minist rio Pblico em t odos os recursos, ainda
que o recorrent e t enha sido ele prprio
4
.
Caso haj a mais de um responsvel pelo mesmo fat o, o recurso apresent ado
por um deles aproveit ar a t odos, mesmo quele que houver sido j ulgado
revelia
5
, no que concerne s circunst ncias obj et ivas, no aproveit ando no
t ocant e aos fundament os de nat ureza exclusivament e pessoal.
Para explicar esse pont o, vamos dar um exemplo. Considere que Joaquim e
Manoel, gest ores est aduais, t enham prat icado irregularidades na gest o de
R$ 100. 000, 00 repassados pela Unio ao est ado mediant e convnio, com o
obj et ivo de const ruir um post o de sade. Por esse mot ivo, o TCU pret ende
conden- los em dbit o pelo valor mencionado, solidariament e. Cit ado, o
primeiro alegou que apenas R$ 50. 000, 00 seriam verbas federais, e os
out ros R$ 50. 000, 00 seriam est aduais, uma vez que os valores repassados
pela Unio no t eriam sido t ot alment e ut ilizados e est ariam deposit ados em
cont a corrent e. O segundo no respondeu a qualquer comunicao do
Tribunal. Nessa sit uao, os argument os apresent ados por Joaquim sero
aproveit ados na defesa de Manoel, mesmo revel, j que no se referem a
circunst ncias pessoais, mas sim obj et ivas, que se aplicam de for ma
indist int a defesa dos dois. O que no se aproveit a da defesa de um para o
out ro so quest es est rit ament e pessoais, t ais como: ausncia de culpa
pessoal, no t er prat icado det erminado at o et c.
Ant es de adent rarmos o est udo das espcies recursais em si, import ant e
frisarmos dois princpios que regem os recursos no TCU:
9 Princpio da fungibilidade recursal: caso um recorrent e int erponha pea
sob a denominao de recurso de reviso, mas esse t iver cont edo de
pedido de reexame, por exemplo, dever ser aproveit ado como pedido de
reexame, no obst ant e o equvoco de nomenclat ura, desde que
preenchidos os demais requisit os. Ainda, se o recorrent e apresent ar uma
4
que o MPj TCU t ambm compet ent e para int erpor recur sos, fora as pr prias part es.
5
A revelia a sit uao em que se encont ra a part e que, cit ada, no responde ao Tribunal para se
defender. Nesse caso, o processo t em seguiment o sem que o r evel sej a cient ificado dos demais at os
processuais, ou sej a, corre sua revelia.
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pea inominada, o Tribunal t ent ar enquadr- la em uma das cinco
formas de recursos previst as no TCU.
9 Princpio da non reformat io in pej us, ou proibio reforma em prej uzo
do recorrent e: deciso em sede de recurso no pode colocar o recorrent e
em sit uao mais grave do que aquela que vigorava ant es do recurso. O
recorrent e t em, port ant o, a garant ia de que a int erposio de recurso no
piorar a sua sit uao, desde que ele prprio t enha sido o aut or do
recurso. Porm, se o recorrent e por o MPj TCU, o recurso poder piorar a
sit uao da part e. Ou, se for int erpost o por uma part e, no poder
agravar a sua sit uao, mas poder piorar a sit uao de out r o
responsvel no mesmo processo.
Em decorrncia da non reformat io in pej us ser aplicvel soment e em
relao ao prprio recorrent e, mas no em relao s demais part es no
processo, nos recursos int erpost os pelo Minist rio Pblico necessria a
inst aurao do cont radit rio, mediant e concesso de oport unidade para
ofereciment o de cont ra- razes recursais, quando se t rat ar de recurso
t endent e a agravar a sit uao do responsvel.
De forma semelhant e, havendo part es com int eresses opost os, a
int erposio de recurso por uma delas ensej a out ra a apresent ao de
cont ra- razes, no mesmo prazo dado ao recurso.
I mport ant e relembrar que as decises do TCU so recorrveis apenas
perant e ele mesmo. No h previso de segunda inst ncia cont ra deciso
do Tribunal. Alm disso, repise- se, no h como se recorrer ao Tribunal
de Cont as da Unio cont ra deciso de Tribunal de Cont as de Est ado, j
que os TCs no se relacionam em hierarquia. Ao cont rrio, cada um at ua
no limit e da sua j urisdio ( origem dos recursos) .
Mesmo no caso de a part e provocar o Poder Judicirio, essa provocao
no t er nat ureza de recurso, mas sim de ao aut noma, diversa do
processo que corre no Tribunal de Cont as da Unio. o caso de
int erposio de mandado de segurana no STF cont ra deciso do TCU
( out ra ao, out ro inst rument o) .
Recur so de Reconsi der ao
O recurso de reconsiderao t em por finalidade at acar deci so def i ni t i v a
em processo de pr est ao ou t omada de cont as, i ncl usi v e t omada de
cont as especi al ist o , quando as cont as so j ulgadas regulares,
regulares com ressalvas ou irregulares. Ele t em efeit o suspensi v o
6
, ou
sej a, a deciso recorrida no produz efeit os enquant o o recurso no for
apreciado. Em decorrncia, o gest or no est obrigado a cumpri- la
enquant o o Tribunal no decidir o recurso.
Se o recurso versar sobre it em especfico do acrdo, os demais it ens no
recorridos no sofrem o efeit o suspensivo, caso em que dever ser
6
Durant e o t empo em que o recurso est iver sendo apr eciado, a deciso no produz efeit os. Ocor re
suspenso do prazo, ou sej a, aps a deciso do recur so, a cont agem do prazo para o pagament o de
mult a/ dbit o ou cumpr iment o de det erminao no r ecomea do zero, mas sim de onde parou, correndo
pelo t empo que lhe rest ava at ant es da int erposio do recur so.
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const it udo processo apart ado para prosseguiment o da execuo das
decises.
O recurso de reconsiderao deve ser apreciado pelo colegiado que houver
proferido a deciso originria ( Plenrio, 1 ou 2 cmara) , podendo ser
formulado uma s vez e por escrit o, pela part e ou pelo Minist rio Pblico
j unt o ao Tribunal, dent ro do prazo de 15 di as.
O recurso int erpost o fora desse prazo no ser conhecido, salvo em razo
da supervenincia de fat os novos e dent ro do perodo de um ano, cont ado
do t rmino do prazo de 15 dias para int erposio do recurso de
reconsiderao t radicional , caso em que no t er efeit o suspensivo. Ou
sej a, t emos duas sit uaes para o recurso de reconsiderao: na primeira, o
recurso pode ser int erpost o em 15 dias, visa a at acar a deciso, sem fat os
novos, com efeit o suspensivo; na segunda, o recurso pode ser int erpost o no
prazo de um ano aps o t rmino do prazo originrio de 15 dias, visa a
at acar a deciso, com fat os novos, sem efeit o suspensivo.
Em resumo:
9 Obj et iva at acar deciso def i ni t i v a em pr ocesso de cont as ( t omada ou
prest ao de cont as, mesmo especial) ;
9 Deve ser apreciado pelo colegiado que proferiu a deciso recorrida;
9 Ter efeit o suspensi v o;
9 O prazo para int erposio de 15 di as;
9 Pode ser formulado uma s vez e por escrit o, pela part e ou pelo
Minist rio Pblico j unt o ao Tribunal;
9 Pode ser int erpost o em at um ano aps os 15 dias de prazo original,
desde que fundado em fat os novos, sit uao em que no t er efeit o
suspensivo;
Pedi do de Reex ame
O pedido de reexame obj et iva at acar deci so de mr i t o proferida em
processo de at o suj ei t o a r egi st r o ( em caso de recusa de regist ro, por
exemplo) e de f i scal i zao de at os e cont r at os administ rat ivos ( como as
audit orias, inspees et c. ) . No que concerne s caract erst icas dessa
espcie recursal, o Regiment o I nt erno manda aplicarmos as mesmas
disposies do recurso de reconsiderao. Seno, vej amos.
Ele t ambm t em efeit o suspensi v o, donde conclumos que a deciso
recorrida no produz efeit os enquant o o recurso no for apreciado. Porm,
se o recurso versar sobre it em especfico do acrdo, os demais it ens no
recorridos no sofrem o efeit o suspensivo, caso em que dever ser
const it udo processo apart ado para prosseguiment o da execuo das
decises.
O recurso de reconsiderao deve ser apreciado pelo colegiado que houver
proferido a deciso originria ( Plenrio, 1 ou 2 cmara) , podendo ser
formulado uma s vez e por escrit o, pela part e ou pelo Minist rio Pblico
j unt o ao Tribunal, dent ro do prazo de 15 dias.
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O recurso int erpost o fora desse prazo no ser conhecido, salvo em razo
da supervenincia de fat os novos e dent ro do perodo de um ano, cont ado
do t rmino do prazo de 15 dias para int erposio do recurso de
reconsiderao t radicional , caso em que no t er efeit o suspensivo.
O pedido de reexame irmo gmeo do recurso de reconsiderao. A
nica diferena que o primeiro at aca deciso de mrit o em processo de
fiscalizao ( at os suj eit os a regist ro ou de at os ou cont rat os) , enquant o o
segundo incide sobre deciso definit iva em processo de cont as.
Em resumo:
9 Obj et iva at acar deciso de mrit o proferida em processo de at os
suj ei t os a r egi st r o e f i scal i zao de at os e cont r at os;
9 Deve ser apreciado pelo colegiado que proferiu a deciso recorrida;
9 Ter efeit o suspensi v o;
9 O prazo para int erposio de 15 di as;
9 Pode ser formulado uma s vez e por escrit o, pela part e ou pelo
Minist rio Pblico j unt o ao Tribunal;
9 Pode ser int erpost o em at um ano aps os 15 dias de prazo original,
desde que fundado em fat os novos, sit uao em que no t er efeit o
suspensivo;
Recur so de Rev i so
Essa espcie dest ina- se a at acar deciso def i ni t i v a em processo de
t omada de cont as especi al , mesmo especi al , e t em nat ureza similar
da ao rescisria do processo civil, sem efeit o suspensivo.
O recurso de reviso dever sempre ser apreciado pelo Pl enr i o, mesmo
que a deciso recorrida t enha sido proferida por cmara, ant e a
compet ncia exclusiva desse colegiado para apreciao da reviso ( RI TCU,
art . 15, I I I ) .
Esse recurso pode ser manej ado uma s vez e por escrit o pela part e, seus
sucessores
7
, ou pelo Minist rio Pblico j unt o ao Tribunal, dent ro do prazo de
ci nco anos. Para sua admissibilidade, deve est ar calcado em fat os
especficos:
9 erro de clculo nas cont as;
9 falsidade ou insuficincia de document os em que se t enha fundament ado
o acrdo recorrido;
9 supervenincia de document os novos com eficcia sobre a prova
produzida.
O acrdo que der proviment o a recurso de reviso ensej ar a correo de
t odo e qualquer erro ou engano apurado.
Out ra coisa: voc se lembra do fat o impedit ivo, vist o em aula pret rit a?
Vamos relembrar. Uma vez j ulgadas as cont as, a deciso definit iva impede
7
Repar e que est e o nico r ecurso que pode ser int erpost o pelos sucessores do responsvel, haj a vist a
o prazo mais elast ecido ( cinco anos) .
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que ao responsvel sej a imput ado dbit o ou mult a em out ros processos nos
quais const e como responsvel, referent es a at os de gest o do mesmo
exerccio. a coisa j ulgada administ rat iva. Porm, caso surj am fat os novos,
as cont as podem ser reabert as, desde que o MPj TCU int erponha o devido. . .
r ecur so de r ev i so ( RI TCU, art . 206) ! Pois ent o!
Nesse caso, em face de indcios de element os event ualment e no
examinados pelo Tribunal, referent es a at os de gest o cont idos em cont as
j j ulgadas, o Minist rio Pblico poder int erpor recurso de reviso,
compreendendo o pedido de reabert ura das cont as e o pedido de mrit o.
Admit ido o pedido de reabert ura das cont as pelo relat or sort eado para o
recurso de reviso, est e ordenar, por despacho, sua inst ruo pela unidade
t cnica compet ent e e a conseguint e inst aurao de cont radit rio ( audincia
e cit ao) , se apurados element os que conduzam ao agravament o da
sit uao do responsvel ou incluso de novos responsveis.
A inst ruo do recurso de reviso abrange nova anlise de t odos os
element os const ant es dos aut os. A int erposio de recurso de reviso pelo
Minist rio Pblico dar- se- em pet io aut noma para cada processo de
cont as a ser reabert o. Se ele desej ar reabrir mais de um processo de
cont as, dever int erpor um recurso de reviso para cada um.
Se os element os que deram ensej o ao recurso de reviso referirem- se a
mais de um exerccio, os respect ivos processos sero conduzidos por um
nico relat or, sort eado para o recurso.
Em resumo:
9 Obj et iva at acar deci so def i ni t i v a em pr ocesso de cont as ( t omada ou
prest ao de cont as, mesmo especial) ;
9 Deve ser apreciado pelo Pl enr i o;
9 No t em efeit o suspensivo;
9 O prazo para int erposio de 5 anos, a cont ar da publicao da
deciso definit iva recorrida no Dirio Oficial da Unio;
9 Deve est ar fundado em erro de clculo nas cont as, falsidade ou
insuficincia de document os em que se t enha fundament ado o acrdo
recorrido, ou supervenincia de document os novos com eficcia sobre a
prova produzida;
9 Pode ser int erpost o pelo MPj TCU para reabert ura de cont as, pela part e ou
seus sucessores.
Agr avo
O agravo no dest inado ao at aque de deciso de rgo colegiado do
Tribunal ( Plenrio ou cmara) , mas de despacho deci sr i o de Mi ni st r o,
desfavorvel part e ou que adot e a medida caut elar de suspenso de at o
ou procediment o. Esses despachos podem t er sido adot ados pelo President e
do Tribunal, por president e de cmara ou pelo relat or do respect ivo
processo.
O pr
exam
do T
refo
com
Em
t er
est a
do
j ulga
mem
Se o
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vot o
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subs
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Presi
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minado po
Tribunal, o
rmar o se
pet ent e p
out ras pa
oport unid
r provido
colegiado
ament o) ,
mbros.
o despach
ara, o j ulg
o do presi
pacho reco
st it ut o far
giado, com
gravo no
Tribunal,
er ser co
bar gos de
oso esse
dificao d
hos de ac
t r adi o.
t o de uma
embargos
ponsvel
t ro do pra
eliberao
ferida a de
embargos
rdo emba
iment o. Se
s no reco
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bre- se que
elar que po
dent e do T
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ser const it udo processo apart ado para prosseguiment o da execuo das
decises.
O pont o int eressant e que o embargo capaz de suspender os prazos para
os demais recursos, inclusive. uma quest o de lgica. Se um det erminado
t recho no pode ser bem compreendido, fazer correr o prazo para os
demais recursos ( que realment e obj et ivam reformar a deciso) implicaria
prej uzo part e. Assim, os embargos t m efeit o suspensivo, inclusive em
relao aos prazos para int erposio das demais espcies recursais.
Para facilit ar a consult a aos recursos, compilamos as informaes mais
import ant es no quadro abaixo. A t abela legal porque permit e vermos
nit idament e as diferenas ent re as espcies recursais.
Recur so Pr azo Cont r a Ef ei t o
8
Compet nci a
Reconsi der ao
15 dias ou
1 ano
9
Deciso def i ni t i va em
processo de t omada ou
prest ao de cont as.
Suspensivo
( o int empest ivo
no- suspensivo)
Colegiado que
proferiu a deciso.
Revi so
5 anos da
publ i cao
do acr do
no DOU.
Deciso def i ni t i va em
processo de t omada ou
prest ao de cont as.
No- suspensivo Pl enr i o
Reex ame
15 dias ou
1 ano
8
Deciso de mr i t o em
fiscalizao de at os e
cont rat os e at os
suj eit os a regist ro.
Suspensivo
( o int empest ivo
no- suspensivo)
Colegiado que
proferiu a deciso.
Embar gos de
Decl ar ao
10 dias
Acr do ( em caso de
OCO : omisso,
cont radio ou
obscur idade)
Suspensivo
quant o aos i t ens
embar gados;
suspende inclusive
os prazos dos
demais recur sos.
Colegiado que
proferiu a deciso.
Agr avo 5 dias
Despacho decisrio
desf avor v el
par t e. Das medidas
caut elares, s cabe
agravo cont ra sust ao
de at o ou
procediment o ( RI TCU
art . 276)
Em regra: no-
suspensivo. Pode
ser suspensivo
crit rio do Relat or.
O President e do
Tribunal, o
president e de
cmara ou o
relat or poder
r ef or mar o seu
despacho ou
submet er o f ei t o
apr eci ao do
col egi ado
compet ent e.
CAP TULO 5 PROCESSO EM GERAL
( LEI ORGNI CA E REGI MENTO I NTERNO DO TCU)
8
Conforme a let ra fria do RI / TCU, no h i nt er r upo, apenas suspenso. Em caso de int errupo, o
prazo recomearia a cont ar do zero. No caso de suspenso, o prazo cont inua a correr de onde par ou.
No h int errupo de prazos no TCU.
9
O prazo de 1 ano para pedido de reexame e recur so de reconsiderao int empest ivos comea a cont ar
depoi s de esgot ado o pr azo i ni ci al de 15 di as. Ou sej a, no t ot al as part es dispem de at 1 ano e 15
dias para int er por esses recursos, desde que, em cada caso, sej am sat isfeit as as condies recursais.
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Esse t pico do edit al de ext rema import ncia para o concurso de Tcnico.
Sugiro darem especi al at eno a ele. Primeiro, porque no est eve previst o
expressament e em concursos ant eriores, mas passou a est ar agora. Depois,
porque foi ret ificado aps a publicao do edit al, o que most ra a int eno da
banca em passar o corret o ent endiment o acerca do t ema para os
candidat os. Por t udo isso, vamos dest rinch- lo ao mximo nest e capt ulo.
Em verdade, no so muit os os disposit ivos que regem o t ema: RI TCU,
art s. 144 a 187. Recomendo a leit ura desses art igos.
O processo nada mais do que um conj unt o de peas que document am o
exerccio da at ividade do TCU. o meio fsico no qual ficam regist rados os
dados necessrios t omada de deciso do Tribunal, compreendendo vrios
passos, desde a aut uao e preparao da informao, at o j ulgament o,
recursos e, por fim, arquivament o.
Os processos se classificam em t ipos, t ais como: cont as ( inclui TCE) ;
fiscalizao ( audit oria, inspeo, levant ament o et c. ) ; at os de pessoal
( admisses, aposent adorias, reformas e penses suj eit as a regist ro) ;
denncia; consult a, represent ao, et c.
Et apas do pr ocesso
O processo no TCU dividido em quat ro et apas:
9 inst ruo;
9 parecer do Minist rio Pblico;
9 j ulgament o;
9 recursos.
So et apas obrigat rias em t odo processo no TCU a inst ruo e o
j ulgament o.
A et apa de inst ruo realizada pelos servidores do TCU, mediant e a
realizao dos exames t cnicos preliminares formao de opinio por
part e dos Minist ros. Assim, os servidores examinam as peas, colhem novos
document os e formam as primeiras concluses acerca dos casos concret os
cont idos nos processos. Na et apa da inst ruo, vedado aos servidores do
Tribunal manifest ar, por qualquer meio de comunicao, opinio sobre
processo pendent e de j ulgament o, seu ou de out rem, ou emit ir j uzo
depreciat ivo sobre despachos, vot os ou sent enas de rgos j udiciais,
ressalvada a crt ica nos aut os e em obras t cnicas ou no exerccio de
magist rio. Considera- se t erminada a et apa de inst ruo do processo no
moment o em que o t it ular da unidade t cnica ( Secret rio de Cont role
Ext erno) emit ir seu parecer conclusivo.
A manifest ao formal do MPj TCU nos processos feit a sob a forma de um
parecer ( segunda et apa) , sendo obrigat ria nos processos de t omada ou
prest ao de cont as, nos concernent es aos at os de admisso de pessoal e
de concesso de aposent adoria, reforma e penso, bem como nos
incident es de uniformizao de j urisprudncia e nos recursos. O parecer do
MPj TCU no obrigat rio no caso dos seguint es recursos: embargos de
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declarao, agravo e pedido de reexame em processo de fiscalizao de
at os e cont rat os ( RI TCU, art . 62, I I I c/ c art . 280) .
Quant o t erceira et apa, no caso de at os suj eit os a regist ro e processos de
fiscalizao, o t ermo mais adequado para a deciso do Tribunal
apreciao , no sendo corret o dizer que o TCU os j ulga ( no sent ido est rit o
do t ermo) .
Nat uralment e, a quart a et apa ( recursal) s ocorrer se houver int erposio
de recursos.
O Minist ro relat or presidir a inst ruo do processo, ist o , dirigir os
t rabalhos relat ivos soluo dos casos concret os document ados nos
processos, det erminando, mediant e despacho, de ofcio ou por provocao
da unidade de inst ruo ou do Minist rio Pblico j unt o ao Tribunal, o
sobrest ament o do j ulgament o ou da apreciao, a cit ao, a audincia dos
responsveis, ou out ras providncias consideradas necessrias ao
saneament o dos aut os.
O relat or poder, mediant e port aria, delegar compet ncia a t it ular de
unidade t cnica ( Secret rio de Cont role Ext erno) , para realizao de
cit ao, audincia, diligncia e out ras providncias necessrias ao
saneament o do processo. Essa delegao de compet ncia, no caso de
cit ao e audincia, poder, a crit rio do relat or, t er seu alcance rest ringido
a det erminados responsveis ou a valores indicados no inst rument o de
delegao.
Trat a- se de um mecanismo de desafogament o do relat or, que pode delegar
para aut oridades hierarquicament e inferiores do Tribunal, no caso os
t it ulares de unidade t cnica, a realizao das et apas preliminares do
processo, cuj o melhor exemplo a chamada do responsvel para defesa em
sede de audincia ou cit ao. Repare que, dent re as medidas a cargo do
relat or, t odas podem ser delegadas, excet o o sobr est ament o
10
.
O t it ular de unidade t cnica poder t ambm delegar compet ncia, de forma
irrest rit a ou no, aos diret ores de diviso, para encaminhament o dos aut os
aps inst ruo ( opinio do servidor que analisou o caso) e parecer.
Os at os relat ivos a despesas de nat ureza reservada legalment e aut orizadas
t ero t ramit ao sigilosa. Lembrando que nenhum pret ext o ( nem mesmo
sigilo da despesa por quest es de segurana nacional, por exemplo) pode
impedir o exerccio do cont role ext erno. A diferena que a t ramit ao no
ser pblica.
Consideram- se ur gent es, e nessa qualidade t ero t r ami t ao
pr ef er enci al , os papis e processos referent es a:
10
Suspenso do j ulgament o ou apreciao de um processo em razo de sur giment o de mat ria ou fat o
que obst e seu regular prosseguiment o, sem prej uzo da cont inuidade de sua inst ruo, no que for
possvel.
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9 solicit ao de realizao de audit orias e inspees formulada pelo
Congresso Nacional, por qualquer de suas casas ou pelas respect ivas
comisses;
9 solicit ao de informaes e requisio de result ados de audit orias e
inspees, bem assim de pronunciament o conclusivo, a ser emit ido no
prazo de t rint a dias do recebiment o, nos t ermos dos incisos I I I , I V e V do
art . 1 do RI TCU;
9 pedido de informao para inst ruo de mandado de segurana ou out ro
feit o j udicial;
9 consult a que, pela sua nat ureza, exij a imediat a soluo, a crit rio do
relat or;
9 denncia ou represent ao que indique a ocorrncia de fat o grave, a
crit rio do relat or;
9 medidas caut elares;
9 caso em que o ret ardament o possa represent ar significat ivo dano ao
errio;
9 recursos que t enham efeit o suspensivo;
9 out ros assunt os que, a crit rio do Plenrio ou do President e, sej am
ent endidos como urgent es.
I sso significa que, diant e de dois ou mais processos a dar t rat ament o
( inst ruo) , os servidores e Minist ros devem opt ar pelos de nat ureza
urgent e, de t ramit ao preferencial.
Par t es do pr ocesso
O processo no TCU t em como part es: o responsvel e o int eressado.
O RI TCU nos diz que responsvel aquele assim qualificado, nos t ermos da
Const it uio Federal, da Lei Orgnica do Tribunal de Cont as da Unio e
respect iva legislao aplicvel. Ou sej a, responsvel aquele que a lei diz
que ser responsvel . Curioso, no? Enfim, na prt ica, responsvel , em
regra, t odo aquele que de alguma forma realiza gest o de recursos
pblicos, ist o , gere, guarda, arrecada, ut iliza e administ ra valores
federais, ou ent o assume obrigaes de nat ureza pecuniria ( agent e que
age em nome da Unio quando essa fornece a garant ia de um emprst imo
para um est ado federado, por exemplo) .
J o int eressado aquele que, em qualquer et apa do processo, t enha
reconhecida, pelo relat or ou pelo Tribunal, razo legt ima para int ervir no
processo. I sso significa que o int eressado no aparece, de pront o, no
processo, por fora da lei. O int eressado precisa t er sua esfera de direit os
at ingida para que, mediant e pedido de ingresso, passe a ser part e do
processo e, com isso, dispor de t odas as faculdades processuais disponveis
a quem sej a part e, como int erpor recursos, apresent ar element os adicionais
et c.
As part es podem prat icar os at os processuais diret ament e ou por
int ermdio de procurador regularment e const it udo, ai nda que no sej a
adv ogado. I mport ant e esse pont o! O responsvel pode prat icar at os por si
prprio. Pode t ambm prat icar at os por int ermdio de seu procurador no-
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advogado. Ou, ent o, por meio de procurador advogado. Sendo o processo
do TCU um processo administ rat ivo, no obrigat ria a part icipao de
advogado no feit o.
Const at ado vcio na represent ao da part e ( uma falsa procurao, por
exemplo) , o relat or fixar prazo de dez dias para que o responsvel ou
int eressado promova a regularizao, sob pena de serem t idos como
inexist ent es os at os prat icados pelo procurador.
Porm, mesmo no caso de at os prat icados por procurador no regularment e
const it udo, caso esse t enha j unt ado document os que efet ivament e
cont ribuam na busca da verdade mat erial ( descobert a dos fat os que
realment e ocorreram, mesmo que no regist rados no processo) , esses
podem ser levados em considerao.
I ngr esso de i nt er essado
Como vist o h pouco, o int eressado no surge como part e do processo por
mera disposio legal. Ele precisa demonst rar perant e o relat or, que preside
o processo, razo legt ima para int ervir no feit o.
A habilit ao de int eressado em processo ser efet ivada mediant e o
deferiment o, pelo relat or, de pedido de ingresso formulado por escrit o e
devidament e fundament ado. O int eressado dever demonst rar em seu
pedido, de forma clara e obj et iva, razo legt ima para int ervir no processo.
O relat or indeferir o pedido que no preencher esses requisit os.
facult ado ao int eressado, na mesma oport unidade em que solicit ar sua
habilit ao em processo, requerer a j unt ada de document os e manifest ar a
int eno de exercit ar alguma faculdade processual. Ou sej a, o int eressado
no precisa esperar o deferiment o, pelo Relat or, do pedido de ingresso para
s depois apresent ar document os ou solicit ar algum direit o como part e
processual. Pode fazer isso desde j , j unt o do pedido.
Ao deferir o ingresso de int eressado no processo, o relat or fixar prazo de
at quinze dias, cont ado da cincia do requerent e, para o exerccio das
prerrogat ivas processuais previst as nest e Regiment o, caso o int eressado j
no as t enha exercido.
O pedido de habilit ao pode ocorrer em dois moment os do processo: ( a)
desde a sua const it uio ( aut uao) at ant es da incluso do mesmo em
paut a que o moment o em que o processo agendado para ser j ulgado
em det erminado dia; ( b) depois do j ulgament o, na fase recursal.
Port ant o, o pedido de habilit ao ser indeferido quando formulado aps a
incluso do processo em paut a. Quando o ingresso de int eressado ocorrer j
na fase de recurso, cabe ao int eressado demonst rar, na pea recursal, em
preliminar, o seu int eresse em int ervir no processo. Ou sej a, mesmo uma
pessoa no habilit ada como part e pode t ent ar int erpor um recurso, desde
que, na pea recursal, demonst re razo legt ima ou int eresse para int ervir.
Quando isso ocorrer, a quest o ser avaliada pelo relat or e, na seqncia,
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indeferida ou no. Sendo deferido o ingresso, o recurso passar a ser
examinado.
Di st r i bui o
Os processos do TCU, ao chegarem
11
ou se formarem
12
, devem ser
relat ados por Minist ros ou Audit ores. Para isso, feit o um procediment o de
dist ribuio, segundo os princpios da publ i ci dade, da al t er nat i v i dade e
do sor t ei o.
A dist ribuio um at o pblico, feit o mediant e sort eio. Alm disso, no que
t oca aos processos originrios das unidades administ rat ivas dos Poderes
Legislat ivo, Execut ivo e Judicirio, das ent idades da administ rao indiret a,
includas as fundaes inst it udas e mant idas pelo poder pblico federal, e
de out ras unidades que, por det erminao normat iva, est ej am suj eit as
j urisdio do Tribunal, eles sero agrupadas em list as de unidades
j urisdicionadas.
Exist e uma list a para cada Minist ro ou Audit or ( num t ot al de 12, sendo 8
Minist ros, j que o President e no vot a, e 4 Audit ores) , que passa a
congregar um conj unt o de rgos ou ent idades suj eit os j urisdio do
Tribunal. So essas as list as que est o suj eit as alt ernncia peridica
dent re os Minist ros ( princpio da alt ernat ividade) .
As list as sero organizadas sob a coordenao do President e e, depois de
aprovadas pelo Plenrio, publicadas no Bolet im do Tribunal de Cont as da
Unio.
Os processos concernent es a recursos federais repassados por fora de lei
ou mediant e convnio, acordo, aj ust e ou out ros inst rument os congneres,
bem como os rgos e ent idades governament ais dos est ados, do Dist rit o
Federal e dos municpios equiparam- se s unidades j urisdicionadas e sero
includos nas cit adas list as.
Aplica- se ainda o mesmo crit rio de list as quant o aos processos referent es a
recursos federais t ransferidos a ent idade privada ( ex. convnio para uma
ONG) ou pessoa fsica domiciliada ( ex. concesso de bolsa de est udos do
CNPq) , por ocasio da const it uio do processo, na rea do respect ivo
est ado ou Dist rit o Federal.
Na primeira sesso ordinria do Plenrio do ms de j ulho, nos anos pares, o
President e sor t ear , para vigncia a part ir do primeiro dia do ano
subseqent e, ent re os Minist ros e os Audit ores, o relat or de cada list a de
unidades j urisdicionadas, ao qual sero dist ribudos t odos os processos, de
qualquer classe de assunt o, que derem ent rada ou se formarem no Tribunal
ao longo do binio, originrios dos rgos e ent idades cont idos em cada
list a.
11
Quando so de origem ext erna, a exemplo das repr esent aes, denncias, consult as, TCEs e as
t omadas e prest aes de cont as anuais.
12
Quando so de origem int er na, a exemplo dos processos de fiscalizao por iniciat iva prpria.
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26
Em observncia ao princpio da alt ernat ividade, o Minist ro ou o Audit or no
poder ser cont emplado com a mesma list a no binio subseqent e.
A composio das list as no poder ser alt erada durant e o binio de
vigncia do sort eio, excet o nas hipt eses de:
9 criao, fuso, incorporao, ciso, desest at izao, desmembrament o,
ext ino ou alt erao de vinculao organizacional ou sist mica de
unidades j urisdicionadas;
9 impediment o do relat or, at inent e a det erminado rgo ou ent idade;
9 consolidao de processos de prest ao ou de t omada de cont as,
det erminada pelo Tribunal como medida de racionalizao administ rat iva;
9 criao, desmembrament o ou fuso de est ado ou t errit rio federal.
Como o President e do TCU no relat a processos, ele no cont emplado
com uma list a de unidades j urisdicionadas. Porm, no caso de
encerrament o de mandat o, ele receber as list as e os processos
ant eriorment e sort eados para seu sucessor.
Na hipt ese de o Minist ro relat or deixar o Tribunal, as list as e os processos
que lhe cabiam por sort eio sero redist ribudas quele que o suceder no
cargo.
Quant o aos processos no const ant es de list as, o President e sort ear, ent re
os minist ros, o relat or de cada processo referent e a:
9 recursos de reconsiderao e de reviso e pedido de reexame int erpost os
s deliberaes das cmaras ou do Plenrio
13
;
9 audit orias a serem coordenadas diret ament e por minist ros, com a sua
part icipao na execuo
9 proj et os de at os normat ivos;
9 out ros assunt os que no ensej em a dist ribuio segundo os crit rios de
list as de unidades j urisdicionadas.
No part icipar do sort eio o minist ro que t iver proferido o vot o condut or do
acrdo obj et o dos recursos previst os no primeiro it em da relao acima,
observadas as compet ncias do Plenrio e das cmaras.
Alm disso, primeira sesso ordinria do Plenrio do ms de j ulho, o
President e sort ear, ent re os minist ros, o relat or das Cont as do Governo da
Repblica, relat ivas ao exerccio subseqent e, a serem apreciadas pelo
Tribunal.
No caso de impediment o do minist ro sort eado, ou se ocorrer a
impossibilidade do desempenho dessas funes, reconhecida pelo Plenrio,
ser realizado novo sort eio.
Os nomes dos relat ores sort eados sero excludos dos sort eios seguint es
at que t odos os demais minist ros t enham sido cont emplados em iguais
13
Embargos de declarao e agravos so relat ados pelo Minist ro que j era relat or do processo cont ra o
qual houve int erposio de r ecur so. Os r ecursos cit ados acima so obj et o de novo sort eio.
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27
condies. Em observncia ao princpio da alt ernat ividade, o minist ro por
lt imo sort eado no ser includo no sort eio seguint e.
Apr esent ao de al egaes de def esa, de r azes de j ust i f i cat i v a e de
document os nov os
As alegaes de defesa e as razes de j ust ificat iva sero admit idas dent ro
do prazo det erminado na cit ao ou na audincia, respect ivament e.
Alm disso, desde a const it uio do processo at o t rmino da et apa de
inst ruo, facult ada part e a j unt ada de document os novos, at o final da
et apa de inst ruo do processo ( emisso do parecer conclusivo do t it ular da
unidade t cnica) .
No mais, a part e t em o direit o de dist ribuir, aps a incluso do processo em
paut a, memorial
14
aos Minist ros, Audit ores e ao represent ant e do Minist rio
Pblico.
Havendo mais de um responsvel pelo mesmo fat o, a defesa apresent ada
por um deles aproveit ar a t odos, mesmo ao revel, no que concerne s
circunst ncias obj et ivas, mas no aproveit ar no t ocant e aos fundament os
de nat ureza exclusivament e pessoal. Quant o a esse pont o, revej a o
exemplo do caso de Joaquim e Manoel j dado nest a aula ( pgina 14) .
Pr ovas
As provas que a part e quiser produzir perant e o Tribunal devem sempre ser
apresent adas de f or ma document al , mesmo as declaraes pessoais de
t erceiros. No TCU, no se admit e provas mediant e depoiment o de
t est emunhas ou qualquer out ro que no sej a document al ( em papel ou
meio elet rnico) . Tambm no possvel que a part e solicit e ao Tribunal a
realizao de percias, uma vez que a responsabilidade em provar a
regularidade dos os at os de gest o do responsvel ( o nus da prova do
gest or, e no do TCU) . So ainda inadmissveis no processo provas obt idas
por meios ilcit os.
Pedi do de v i st a e de cpi a dos aut os
As part es ( apenas elas) podero pedir vist a ou cpia de pea do processo,
mediant e solicit ao dirigida ao relat or.
J aos advogados assegurada a obt eno de vist a ou cpia de pea de
qualquer processo no sigiloso, mesmo que no sej a relat ivo part e que
represent a, desde que demonst rem semelhana de mat ria e necessidade
at ual em face do processo em que est ej am at uando.
14
Memorial uma exposio escr it a, dirigida a aut or idade pblica, na qual se pleit eia alguma coisa.
I ndicat ivo por escr it o feit o nos moldes de relat rio, em que se mencionam e descrevem os fat os
relat ivos a uma diligncia ou a uma percia. No caso do TCU, podemos ent ender como um document o
dirigido aos Minist ros, j na et apa de j ulgament o, mencionando e, event ualment e, most rando
fundament os de fat o e de direit o que t ent em comprovar o pont o de vist a da part e ( e de repent e,
modificar um j ulgament o) .
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28
Na ausncia ou impediment o por mot ivo de licena, frias, recesso do
Tribunal ou out ro afast ament o legal do relat or ou do seu subst it ut o, e no
havendo delegao de compet ncia ao t it ular de unidade t cnica ou aos
diret ores de diviso, caber ao President e do Tribunal decidir sobre os
pedidos.
Podero ser indeferidos os pedidos de vist a e cpia se exist ir mot ivo j ust o
ou, est ando no dia de j ulgament o do processo, no houver t empo suficient e
para a concesso de vist a ou ext rao de cpias. No caso de processo
encerrado, excet o por apensament o a processo em abert o, caber
Presidncia do Tribunal decidir sobre os pedidos.
O relat or, mediant e port aria, poder delegar compet ncia aos t it ulares das
unidades t cnicas e ao chefe de seu gabinet e, bem como aos dos membros
do Minist rio Pblico, para aut orizao de pedido de vist a e de forneciment o
de cpia de processo.
Do despacho que indeferir pedido de vist a ou cpia de pea de processo
cabe agravo.
O despacho que deferir o pedido de vist a indicar o local onde os aut os
podero ser examinados, sendo que a part e dever apresent ar
comprovant e do recolhiment o da import ncia correspondent e ao
ressarciment o dos cust os das fot ocpias. O pagament o ser dispensado nas
solicit aes de int eresse de rgo ou ent idade da administ rao pblica
federal, est adual ou municipal.
As part es no podero ret irar processo das dependncias do Tribunal. Os
advogados regularment e const it udos, porm, podero fazer essa ret irada,
pelo prazo de cinco dias, sob a sua responsabilidade, na forma e nas
condies definidas em at o normat ivo.
Se o processo, ret irado das dependncias do Tribunal, no for devolvido
dent ro do prazo prescrit o de cinco dias, o relat or det erminar a
reconst it uio das peas que ent ender necessrias ao j ulgament o, que em
caso de revelia da part e poder t er por fundament o exclusivament e as
concluses da unidade t cnica.
Poder ser fornecida cpia de processo, j ulgado ou no, mesmo de nat ureza
sigilosa, ressalvados os document os e informaes prot egidos por sigilo
fiscal, bancrio, comercial ou out ros previst os em lei, a dirigent e de rgo
ou ent idade que comprove, de forma obj et iva, a necessidade das
informaes para defesa do rgo ou ent idade federal, est adual ou
municipal que represent e.
Const ar regist ro do cart er reservado das informaes em cada cpia de
processo de nat ureza sigilosa a ser fornecida. No ser concedida vist a ou
fornecida cpia de peas da et apa de inst ruo ant es do seu t rmino ( ist o ,
quando o t it ular da unidade t cnica emit e o seu parecer conclusivo) .
Sust ent ao Or al
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No j ulgament o ou apreciao de processo, as part es podero produzir
sust ent ao oral, aps a apresent ao, ainda que resumida, do relat rio e
ant es do vot o do relat or, pessoalment e ou por procurador devidament e
const it udo, desde que a t enham requerido ao President e do respect ivo
colegiado ( Plenrio, 1 ou 2 cmara) at quat ro horas ant es do incio da
sesso.
Se houver solicit ao da part e int eressada na sust ent ao oral, poder o
relat or aut oriz- la a obt er cpia do relat rio, ant es da sesso, fat o que
dispensar a sua apresent ao por ocasio do j ulgament o. facult ado a
part e dispensar a obt eno dessa cpia de relat rio.
Aps o pronunciament o, se houver, do represent ant e do Minist rio Pblico,
a part e ou seu procurador falar uma nica vez e sem ser int errompida,
pelo prazo de dez minut os. O President e do colegiado, ant e a maior
complexidade da mat ria, pode prorrogar o t empo por at igual perodo, se
previament e requerido.
No caso de um procurador de mais de uma part e, aplica- se o mesmo prazo
de dez minut os. Havendo mais de uma part e com procuradores diferent es,
esse prazo ser duplicado ( vint e minut os, port ant o) e dividido em fraes
iguais ent re est es. Exemplo: se t rs part es solicit arem sust ent ao oral, o
prazo para cada uma falar ser de 6 minut os e 40 segundos ( 20 minut os
divididos por t rs) .
Se no mesmo processo houver int eresses opost os, observar- se- ,
relat ivament e a cada part e, os mesmos prazos.
Quando se t rat ar de j ulgament o ou apreciao de processo em sesso de
cart er reservado, as part es t ero acesso Sala das Sesses ao iniciar- se a
apresent ao do relat rio e dela devero ausent ar- se ao ser concludo o
j ulgament o. J explicamos isso na aula que t rat ou do funcionament o do
Tribunal. O acesso sesso ser feit o quando for apreciado o processo em
que a pessoa for part e, e depois ela deve se ausent ar.
Durant e a discusso e o j ulgament o, por solicit ao de Minist ro, Audit or ou
represent ant e do Minist rio Pblico, poder ser concedida a palavra part e
ou a seu procurador para est rit o esclareciment o de mat ria de fat o ( acerca
dos fat os ocorridos) . Assim, nessa fase, no possvel part e esclarecer
mat ria de direit o ( at inent e legislao aplicvel ao caso) .
At eno! O inst it ut o da sust ent ao oral serve como inst rument o de
ex posi o das quest es de fat o ( os fat os ocorridos) e de direit o ( o
enquadrament o legal da irregularidade, por exemplo) relacionadas ao
processo. Trat a- se de uma lt ima t ent at iva da part e em refut ar os
argument os produzidos pela unidade t cnica do Tribunal, pelo MPj TCU ou
pelo relat or. Dessa maneira, a sust ent ao oral no inst rument o
dest inado a levant ar element os novos ou promover a discusso de
pont os do processo ent re as part es. A sust ent ao oral dest inada aos
membros do colegiado, e no s out ras part es.
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Ar qui v ament o de pr ocesso
O Tribunal e, excepcionalment e, o relat or podem det erminar o
arquivament o do processo nas seguint es sit uaes:
9 quando for ordenado o t rancament o das cont as em deciso t erminat iva;
9 quando ausent es os pressupost os de const it uio ou de desenvolviment o
vlido e regular do processo, nos t ermos do art . 212
15
;
9 nos casos previst os nos art s. 213
16
, 235
17
, pargrafo nico, 263
18
e
265
19
;
9 quando t enha o processo cumprido o obj et ivo para o qual foi const it udo.
Nos processos em que sej a cabvel a int erposio de recurso nas sit uaes
de mdio ou longo prazo ( recurso de reconsiderao e pedido de reexame
int empest ivos cabvel pelo prazo de 1 ano, bem como recurso de reviso
possvel de ser int erpost o pelo prazo de 5 anos) , a guarda,
gerenciament o, preservao e consult a dos aut os ser de, no mnimo, sei s
anos, a cont ar do t rnsit o em j ulgado.
Nul i dades
20
Em t ermos conceit uais, nulidade um defeit o j urdico que t orna sem valor
ou pode invalidar o at o ou o processo no t odo ou em part e, decorrent e da
inobservncia de exigncias ou de formas legais, o que dest it ui o at o de
validade ( nulidade absolut a) ou possibilit a invalid- lo ( nulidade relat iva) .
No caso dos processos perant e o TCU, nenhum at o ser declarado nulo se
do vcio no result ar prej uzo para a part e, para o errio, para a apurao
dos fat os pelo Tribunal ou para a deliberao adot ada. Com isso,
homenageia- se a economia e a racionalidade processuais, ist o , s se
declara a nulidade se, caso isso no sej a feit o, houver algum prej uzo.
Quando puder decidir do mrit o a favor da part e a quem aproveit aria a
declarao de nulidade, o Tribunal no a pronunciar nem mandar repet ir
o at o ou suprir- lhe a falt a. Assim, suponha que a part e alegue alguma
nulidade ou defeit o formal em algum at o do processo, com o obj et ivo de
anul- lo. O Tribunal, porm, j est inclinado a j ulgar o feit o a favor dela.
bvio que se t orna mais int eressant e proferir desde logo a deciso favorvel
15
O Tribunal det er minar o arquivament o do processo de prest ao ou de t omada cont as, mesmo
especial, sem j ulgament o do mrit o, quando verificar a ausncia de pressupost os de const it uio e de
desenvolviment o vlido e regular do processo.
16
A t t ulo de r acionalizao administ rat iva e economia processual, e com o obj et ivo de evit ar que o
cust o da cobrana sej a super ior ao valor do ressarciment o, o Tr ibunal poder det er minar, desde logo,
nos t ermos de at o normat ivo, o arquivament o de processo [ de t omada ou prest ao de cont as, inclusive
especial] , sem cancelament o do dbit o, a cuj o pagament o cont inuar obrigado o devedor, para que lhe
possa ser dada quit ao.
17
O relat or ou o Tribunal no conhecer de denncia que no observe os requisit os e formalidades
prescr it os no caput , devendo o respect ivo processo ser ar quivado aps comunicao ao denunciant e.
18
O relat or ou o Tribunal no conhecer de requeriment o que lhe sej a dir et ament e dirigido por
int eressado na obt eno dos benefcios de que t rat a est e capt ulo [ at os suj eit os a regist ro] , devendo a
solicit ao ser arquivada aps comunicao ao requerent e.
19
O relat or ou o Tribunal no conhecer de consult a que no at enda aos requisit os do ar t igo ant er ior ou
verse apenas sobre caso concret o, devendo o processo ser arquivado aps comunicao ao consulent e.
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part e do que declarar a nulidade de um at o pret rit o, refazer esse at o e
t odos os seus subseqent es, para ent o ser proferida nova deciso, o que
at inge a mesma finalidade de modo muit o mais demorado e cust oso.
No se t rat ando de nulidade absolut a ( defeit o insanvel) , considerar- se-
vlido o at o que, prat icado de out ra forma, t iver at ingido o seu fim. Ou
sej a, se o at o cont iver defeit o, mas at ingir sua finalidade, ser considerado
vlido.
A part e no poder argir nulidade a que haj a dado causa ou para a qual
t enha, de qualquer modo, concorrido. Ou sej a, no se pode alegar algum
defeit o em um at o para anul- lo, se essa part e houver sido responsvel por
essa nulidade. Trat a- se, obviament e, de uma condut a de m- f, por isso o
Tribunal no declara nulidade nessas sit uaes.
A nulidade do at o, uma vez declarada, causar a dos at os subseqent es que
dele dependam ou sej am conseqncia. A nulidade de uma part e do at o,
porm, no prej udicar as out ras que dela sej am independent es.
O relat or ou o Tribunal, ao pronunciar a nulidade, declarar os at os a que
ela se est ende, ordenando as providncias necessrias, a fim de que sej am
refeit os ou ret ificados, ressalvado o fat o de que nenhum at o ser declarado
nulo se do vcio no result ar prej uzo para a part e, para o errio, para a
apurao dos fat os pelo Tribunal ou para a deliberao adot ada.
No caso de nulidade declarada na fase recursal, compet e:
9 ao relat or do recurso declarar os at os a que ela se est ende;
9 ao Minist ro ou Audit or, sob cuj a relat oria o at o declarado nulo foi
prat icado, ou ao seu sucessor, ordenar as providncias necessrias para
a repet io ou ret ificao do at o.
Event ual incompet ncia do relat or no causa de nulidade dos at os por ele
prat icados.
Nos processos em que deva int ervir formalment e ( no so t odos, lembra-
se?) a falt a de manifest ao do Minist rio Pblico implica a nulidade do
processo soment e a par t i r do moment o em que esse rgo deveria t er- se
pronunciado e no o fez.
Nesse caso, a manifest ao post erior do Minist rio Pblico sana a nulidade
do processo, se ocorrer ant es da deci so def i ni t i v a de mr i t o do
Tr i bunal , nas hipt eses em que expressament e anuir aos at os prat icados
ant eriorment e ao seu pronunciament o.
Comuni caes
A cit ao, a audincia ou a not ificao, bem como a comunicao de
diligncia ( requisio de document os) , devem ser feit as:
9 mediant e cincia da part e, efet ivada por servidor designado, por meio
elet rnico, fax, t elegrama ou qualquer out ra forma, desde que fique
confirmada inequivocament e a ent rega da comunicao ao dest inat rio;
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9 mediant e cart a regist rada, com aviso de recebiment o que comprove a
ent rega no endereo do dest inat rio;
9 por edit al publicado no Dirio Oficial da Unio, quando o seu dest inat rio
no for localizado.
A cit ao, a audincia, a comunicao de diligncia ou a not ificao
det erminada, conforme o caso, pelo relat or, pelas cmaras ou pelo Plenrio,
ser expedida pela unidade t cnica compet ent e da Secret aria do Tribunal.
No caso de adoo de medida caut elar pelo Tribunal ou relat or, as
comunicaes podero ser efet ivadas pelo meio mais clere possvel, dent re
as seguint es opes: cincia da part e, efet ivada por servidor designado, por
meio elet rnico, fax, t elegrama ou qualquer out ra forma, desde que fique
confirmada inequivocament e a ent rega da comunicao ao dest inat rio.
As not ificaes ao responsvel para pagament o de dbit o ou de mult a
soment e sero efet ivadas por meio de car t a r egi st r ada, com aviso de
recebiment o, ou por edi t al , devendo ser acompanhadas de cpia do
document o de arrecadao do valor da condenao, devidament e
preenchido com dados que no sofrero modificaes at a dat a indicada, a
exemplo de banco, cont a corrent e, CPF do responsvel et c.
Supre a falt a da cit ao ou da audincia o compareciment o espont neo do
responsvel ao processo, prat icando qualquer at o, desde que havido aps a
det erminao de realizao de diligncia ou cit ao. Suponha que o
Tribunal, por algum mot ivo, se esquece de cit ar um responsvel. I sso seria
mot ivo para nulidade do processo a part ir do pont o em que deveria t er sido
feit a a cit ao e no foi, por lhe falt ar um element o indispensvel ( defesa) .
Algum t empo depois, esse responsvel se dirige pessoalment e a uma
unidade do TCU e apresent a document os de defesa, com provas, por
exemplo. Nessa sit uao, est resolvida a falt a de cit ao, no sendo mais
possvel se falar em nulidade.
Cer t i des e pr est ao de i nf or maes
As cert ides ou informaes requeridas ao Tribunal por pessoa fsica ou
j urdica, para defesa de seus direit os ou esclareciment os de int eresse
part icular, colet ivo ou geral, sero expedidas pela Presidncia, ou pelos
dirigent es das unidades t cnicas, mediant e delegao, no prazo mximo de
quinze dias a cont ar da aut uao do requeriment o.
Os requeriment os sero inst rudos em cart er pr i or i t r i o pelas unidades
compet ent es, considerando os j ulgados do Tribunal, o cadast ro de
responsveis por cont as j ulgadas irregulares, bem como out ras font es
subsidirias, encaminhando- os Presidncia acompanhados de minut a de
cert ido.
Quando se t rat ar de mat ria cuj o sigilo sej a considerado pelo Tribunal como
imprescindvel segurana da sociedade e do Est ado, ou quando a defesa
da int imidade e o int eresse social o exigirem, o requerent e ser informado
sobre a impossibilidade de at endiment o da solicit ao.
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Em caso de denncia em t ramit ao no Tribunal, o seu aut or ( denunciant e)
poder requerer ao Tribunal, mediant e expedient e dirigido ao President e,
cert ido dos despachos e dos fat os apurados, a qual dever ser fornecida
no prazo mximo de quinze dias, a cont ar da dat a da ent rada do pedido,
desde que o respect ivo processo de apurao t enha sido concludo ou
arquivado.
Decorrido o prazo de novent a dias, a cont ar da dat a em que a denncia deu
ent rada no Tribunal, ser obrigat oriament e fornecida a cert ido de que t rat a
est e art igo, ainda que no est ej am concludas as apuraes.
Ao expedir essa cert ido, dever o denunciant e ser alert ado, se for o caso,
de que o respect ivo processo t ramit a em cart er sigiloso ou que o Tribunal
decidiu mant er o sigilo quant o ao obj et o e aut oria da denncia.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Pessoal,
Enfim chegamos ao final dest e curso! Cert ament e no foi pouco o t empo
dispendido por t odos ns nesse proj et o de aprovao no TCU2009, nem por
mim ( professor) , muit o menos por vocs ( alunos) !
De t oda forma, espero sincerament e que o curso t enha produzido o efeit o
esperado: aprender Cont role Ext erno em poucas semanas, dist ncia, com
profundidade, mas de forma obj et iva, com t eoria e um pouco de prt ica
( exerccios) . No foi moleza, n? Cert ament e, no! Ainda mais quando
out ras mat rias est o em j ogo: Direit o Administ rat ivo, Const it ucional,
I nformt ica, Port ugus, Orament o et c. et c.
Fica parecendo que o concurso para pessoas acima da mdia humana.
Mas no . Quem passa gent e normal, pode acredit ar! Depois de j t er
vivenciado essa et apa de vida pela qual vocs est o passando, posso
afirmar cat egoricament e que v al e a pena, gent e! Vale as noit es mal
dormidas, vale o t empo dist ant e da famlia e do convvio social, vale as
frias perdidas, vale o est resse, a ansiedade, o dinheiro invest ido, o
cansao ment al e fsico. Tudo vale a pena, quando o seu proj et o melhorar
de vida, oferecer segurana para voc e sua famlia, ser aprovado num
concurso em igualdade de oport unidades, onde t udo o que voc precisa
fazer para passar est udar. O procediment o proj et ado para ser
isonmico, para que os melhores venam com base no conheciment o
t cnico. por isso que o concurso pblico uma disput a bacana! No
depende de indicao, no depende do humor de quem t e cont rat a, no
depende de beleza fsica, de simpat ia ou de uma boa roupa no dia da
ent revist a, nada disso! Depende de voc! Depende da sua capacidade, e
isso a gent e obt m assim, est udando!
Enfim, no vou me alongar. S queria passar um pouco de energia posit iva
nessa ret a final. Para finalizar, vamos fechar com os t radicionais exerccios
de fixao. Devo alert ar que so poucas as quest es de concurso que
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t rat am especificament e de sanes, caut elares, recursos e processo no TCU,
por isso a list agem de hoj e ficou mais reduzida.
Nos vemos no Tribunal de Cont as da Unio! Torcerei por t odos vocs! Alm
disso, muit o obrigado pela confiana!
Fort e abrao,
Ant onio Saraiva
EXERC CI OS
1) ( CESPE/ I EMA2007/ Anal i st a/ Ci nci as Cont bei s) Em relao aos
edit ais de licit ao, comprovada a ocorrncia de fraude, caber ao TCU propor ao
rgo int eressado que declare a inidoneidade do licit ant e fraudador pelo prazo
necessrio regularizao da sit uao.
A empresa Z Engenharia e Const rues Lt da. encaminhou represent ao ao
TCM/ GO apont ando irregularidades no edit al da Concorrncia n. 1/ 2007,
inst aurada pela prefeit ura de um municpio goiano, cuj o obj et o era a cont rat ao de
empresa de engenharia para execuo indiret a, no regime de empreit ada por preo
global, das obras e servios de const ruo de uma creche municipal, com recursos
do Fundo de Part icipao dos Municpios. No document o prot ocolizado no t ribunal, a
represent ant e requereu a concesso de medida caut elar para a suspenso do
cert ame licit at rio referido e a ant ecipao de t ut ela para anular o mencionado
edit al, ant e a ausncia de proj et o bsico.
2) ( CESPE/ TCMGO2007/ Pr ocur ador de Cont as) O TCM/ GO pode adot ar a
medida caut elar pleit eada pelo represent ant e, pois, de acordo com o dispost o na
sua Lei Orgnica, o t ribunal pleno ou o relat or, em caso de urgncia, de fundado
receio de grave leso ao errio ou a direit o alheio, ou de risco de ineficcia da
deciso de mrit o, pode, de ofcio ou mediant e provocao, adot ar medida caut elar,
com ou sem a prvia oit iva da part e, det erminando, ent re out ras providncias, a
suspenso do at o ou do procediment o impugnado, at que o t ribunal decida sobre o
mrit o da quest o suscit ada.
3) ( CESPE/ Pr ef ei t ur a de Ar acaj u/ Pr ocur ador do Muni cpi o) O TCU pode
suspender caut elarment e procediment o licit at rio em andament o e que no
observou preceit os legais.
4) ( CESPE/ SGAAC2007/ Per i t o Cr i mi nal / Engenhar i a Ci vi l ) O Tribunal de
Cont as do Acre pode, caut elarment e, det erminar a quebra de sigilo bancrio do
administ rador pblico que t enha o dever de prest ar cont as pela ut ilizao de
recursos pblicos est aduais.
5) ( CESPE/ ANATEL2009/ Anal i st a/ Ci nci as Cont bei s) O processo de
exame e j ulgament o de t omadas e prest aes de cont as anuais a expresso
mxima do poder cont rolador do Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) , o que lhe
permit e fazer det erminaes e impor sanes, que no so recorrveis, no que diz
respeit o ao mrit o, seno ao prprio TCU.
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6) ( CESPE/ ANATEL2009/ Especi al i st a em Regul ao/ Ci nci as
Cont bei s) Em caso de irregularidade de cont as, o Tribunal de Cont as da Unio,
em sua funo sancionadora, pode aplicar ao agent e pblico responsvel mult a
correspondent e ao dobro do dano provocado ao errio.
7) ( CESPE/ TCU2003/ Pr ocur ador ) Considere a seguint e sit uao hipot t ica.
Ao realizar a t omada de cont as especial ( TCE) relat iva a uma sociedade civil,
pessoa j urdica privada, beneficiria de recursos pblicos, o TCU verificou que
Pedro, president e dessa sociedade civil, opunha obst culos indevidos ao
desenvolviment o dos t rabalhos. O MP/ TCU ent o requereu ao t ribunal o
afast ament o de Pedro, o que foi deferido. Nessa sit uao, a medida de afast ament o
de Pedro no est j uridicament e amparada pela Lei Orgnica do TCU.
8) ( CESPE/ TCU2003/ Pr ocur ador ) O gest or de recursos pblicos que haj a
deixado o cargo no mais poder sofrer sano aplicvel pelo TCU, embora possa
ser responsabilizado nas esferas civil e penal, se for o caso.
9) ( CESPE/ TCU2007/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Considere a seguint e
sit uao hipot t ica. Empresa responsvel pela const ruo de um gasodut o ent re a
Bolvia e o Brasil, em seu processo de prest ao de cont as, relat ivas ao exerccio de
2002, t eve acrdo proferido pelo TCU, que j ulgou as cont as regulares com
ressalvas, dando quit ao aos responsveis. Da deciso definit iva, por comport ar
recurso de reconsiderao, com efeit o suspensivo, o Minist rio Pblico j unt o ao TCU
pret ende recorrer, por ent ender ser caso de cont as j ulgadas irregulares. Nessa
sit uao, compet e ao procurador int erpor o recurso, para que out ro colegiado
aprecie a deciso recorrida, negando- lhe ou no proviment o.
10) ( CESPE/ TCU2007/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Considere a seguint e
sit uao hipot t ica. No processo de fiscalizao para apurao da denncia de
desvio de recursos da Unio repassados prefeit ura do municpio X para a
elaborao de cart ilha cont ra o uso de drogas, const at ou- se que a prefeit ura
ant ecipou o pagament o empresa cont rat ada sem que t ivesse havido a execuo
do servio. O TCU det erminou a converso da fiscalizao em t omada de cont as
especial e cit ou os responsveis, que alegaram defesa sem recolher o dbit o. O
TCU no acat ou a defesa, nem reconheceu boa- f e j ulgou as cont as do convnio
irregulares pelo fat o de t er havido prt ica de at o de gest o ilegal, que causou danos
ao errio. Nessa sit uao, o TCU dever responsabilizar solidariament e o agent e
pblico e o t erceiro que concorreu com o comet iment o do dano, podendo aplicar
mult a de at 100% do valor at ualizado do dano causado ao errio, e, mesmo que
haj a o pagament o int egral do dbit o e( ou) da mult a, persist ir o j ulgament o quant o
irregularidade das cont as.
11) ( CESPE/ TCU2005/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Comprovada fraude a
licit ao, o TCU deve declarar a inidoneidade do licit ant e fraudador, que ficar
impossibilit ado de part icipar de licit ao por at 5 anos. Essa sano, cuj a
imposio cabe ao plenrio do Tribunal, abrange apenas licit aes da administ rao
pblica federal.
12) ( CESPE/ TCU2004/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Um dos efeit os
possveis das decises dos t ribunais de cont as a inelegibilidade do gest or pblico
que t iver suas cont as rej eit adas por irregularidade insanvel e por deciso
irrecorrvel do rgo compet ent e. Para a eficcia desse j ulgament o, no que t ange
inelegibilidade, a deciso da cort e de cont as no precisa ser homologada pela
j ust ia eleit oral.
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Em out ubro de 1998, o TCDF const at ou superfat urament o na execuo de cont rat o
firmado por rgo da administ rao diret a do DF, e, em razo disso, j ulgou as
cont as do responsvel irregulares, aplicando- lhe mult a, e condenando- o em dbit o
solidariament e com a empresa beneficiria do sobrepreo. Em face da sit uao
hipot t ica apresent ada acima, j ulgue os it ens subseqent es.
13) ( CESPE/ TCDF2002/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Se, em set embro de
2001, um procurador do MP/ TCDF, ao examinar audit oria realizada naquela mesma
ent idade, descobrisse fat o que no t ivesse sido considerado por ocasio do
j ulgament o da irregularidade das cont as e que pudesse result ar no acolhiment o da
defesa do administ rador, nesse caso, deveria o procurador ent rar com recurso de
reviso da deciso condenat ria, no obst ant e as cont as t erem sido j ulgadas h
quase t rs anos.
14) ( CESPE/ TCDF2002/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) A int erposio
t empest iva do recurso de reviso cont ra a deciso condenat ria no t eria efeit o
suspensivo.
15) ( CESPE/ TCDF2002/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Relat ivament e ao
dbit o apurado, ser imprescrit vel a ao de ressarciment o a ser propost a cont ra o
agent e pblico.
16) ( CESPE/ TCDF2002/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) No obst ant e a
solidariedade pelo dbit o, a empresa que se beneficiou do superfat urament o no
poder ser compelida a pagar a mult a aplicada ao administ rador pblico.
17) ( CESPE/ TCE- AC2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Considere que
det erminado responsvel por recursos pblicos t enha sido condenado a devolver
aos cofres do Est ado o valor de R$50. 000,00. Ele no concordou com a pena e, no
sext o dia aps a sua condenao, int erps recurso de reconsiderao cont ra a
deciso. Nesse caso, o efeit o gerado pelo recurso o suspensivo, o que significa
afirmar que , se o pedido de reconsiderao for negado, a cont agem do prazo para
o referido pagament o recomea do zero, a part ir da deciso recorrida.
Ao j ulgar um processo de t omada de cont as, o TCU condenou um administ rador
pblico solidariament e com uma empresa part icular rest it uio de det erminada
quant ia aos cofres pblicos. O administ rador era ocupant e de cargo efet ivo e
int egrant e dos quadros de um rgo do Poder Execut ivo federal. No processo, ficou
comprovado o conluio do administ rador e dos represent ant es da empresa para
fraudar a licit ao e desviar dinheiro pblico. No decorrer do processo, o
administ rador foi cit ado e not ificado por meio de edit al, uma vez que no t inha
domiclio cert o. Havia, out rossim, nos aut os, informao de que o administ rador
havia t ent ado alienar os bens que possua.
18) ( CESPE/ TCU2006/ Audi t or ) Na hipt ese em apreo, o TCU poder, por
int ermdio do Minist rio Pblico, solicit ar Advocacia- Geral da Unio as
providncias necessrias ao arrest o dos bens dos responsveis. Essa medida de
compet ncia do Plenrio do TCU, soment e podendo ser adot ada por maioria
absolut a de seus membros. Adot ada a medida, o TCU deve ser ouvido quant o
liberao dos bens arrest ados e sua rest it uio.
19) ( CESPE/ TCU2006/ Audi t or ) De acordo com o RI / TCU, se esse t ribunal,
por maioria absolut a de seus membros, considerar grave a infrao comet ida, o
administ rador pblico mencionado ficar inabilit ado, por um perodo que variar de
cinco a oit o anos, para o exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana no
mbit o da administ rao pblica federal.
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20) ( CESPE/ TCU2005/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Considere a seguint e
sit uao hipot t ica. Assegurada a ampla defesa, o TCU j ulgou irregulares as cont as
de Bent o, imput ou- lhe dbit o no valor de R$ 100 mil e aplicou- lhe mult a
proporcional ao dbit o no valor de R$ 10 mil. Pouco t empo depois, Bent o, nico
responsvel, faleceu. Nessa sit uao, os valores correspondent es mult a no mais
devero ser cobrados, embora a quant ia relat iva ao dbit o ainda possa ser cobrada,
de modo a se promover o ressarciment o int egral do dano.
21) ( ESAF/ TCU2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Considerando os
recursos das decises do TCU, previst os na Lei no 8. 443/ 92 e no Regiment o I nt erno
do Tribunal, assinale a opo que indica a corret a relao ent re as colunas:
( 1) Embargos de Declarao
( 2) Recurso de Reviso
( 3) Recurso de Reconsiderao
( 4) Agravo
( 5) Pedido de Reexame
( ) Correo de obscuridade, omisso ou cont radio em deciso.
( ) Despacho decisrio do President e do TCU.
( ) Deciso de mrit o em processo de fiscalizao de at os e cont rat os.
( ) Deciso definit iva em processo de prest ao de cont as, com efeit o
suspensivo.
( ) Deciso definit iva em processo de prest ao de cont as, sem efeit o
suspensivo.
a) 4 1 5 3 2
b) 1 4 5 2 3
c) 4 1 2 3 5
d) 1 4 5 3 2
e) 1 4 2 3 5
22) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) Qualquer
part e poder argir nulidade a que haj a dado causa ou para a qual t enha, de
qualquer modo, concorrido, excet o quant o t al nulidade implicar culpa a t erceiros.
23) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) Quando
puder decidir do mrit o a favor da part e a quem aproveit aria a declarao de
nulidade, o Tribunal no a pronunciar nem mandar repet ir o at o ou suprir- lhe a
falt a.
24) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) No se
t rat ando de nulidade absolut a, considerar- se- vlido o at o que, prat icado de out ra
forma, t iver at ingido o seu fim.
25) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) Nenhum at o
ser declarado nulo se do vcio no result ar prej uzo para a part e, para o errio,
para a apurao dos fat os pelo Tribunal ou para a deliberao adot ada.
26) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) A nulidade
do at o, uma vez declarada, causar a dos at os subseqent es que dele dependam
ou sej am conseqncia.
27) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) So part es
no processo no mbit o do TCU o responsvel e o int eressado.
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28) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) I nt eressado
aquele que, em qualquer et apa do processo, t enha reconhecida, pelo relat or ou
pelo Tribunal, razo legt ima para int ervir no processo.
29) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) A habilit ao
de int eressado em processo ser efet ivada mediant e o deferiment o, pelo relat or, de
pedido de ingresso formulado por escrit o e devidament e fundament ado.
30) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) Const at ado
vcio na represent ao da part e, o relat or fixar prazo de dez dias para que o
responsvel ou int eressado promova a regularizao, sob pena de serem t idos
como inexist ent es os at os prat icados pelo procurador.
31) ( ESAF/ ACE2006/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- adapt ada) As part es
podem prat icar os at os processuais diret ament e ou por int ermdio de procurador
regularment e const it udo, ou sej a, advogado com regist ro na Ordem dos Advogados
do Brasil OAB, port ador de inst rument o de procurao hbil para at uar no
processo.
32) ( CESPE/ TCU2004/ Tcni co de Cont r ol e Ex t er no) Durant e a et apa de
inst ruo de um processo no TCU, uma das part es solicit ou a oit iva de duas
t est emunhas, argument ando que esses depoiment os seriam de fundament al
import ncia para o deslinde do processo. Nessa sit uao, o pedido de oit iva das
t est emunhas deve ser indeferido.
33) ( CESPE/ ACE2004/ Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no) Considere a seguint e
sit uao hipot t ica. Em um processo a ser j ulgado pelo TCU, quat ro
administ radores pblicos t inham seus at os apurados ant e a possibilidade de t erem
causado dano ao errio, na gest o de ent e pblico. A defesa de cada um deles,
porm, at ribua aos demais a responsabilidade pelos at os lesivos. Aproximando- se
a dat a previst a para o j ulgament o do processo, t odos os gest ores manifest aram,
por meio do respect ivo advogado, a int eno de realizar sust ent ao oral. Nessa
sit uao, seria admissvel a sust ent ao oral, cuj o prazo seria o previst o no RI TCU,
mult iplicado por dois e, em seguida, dividido igualment e por t odos os int eressados.
GABARI TOS E COMENTRI OS:
1) I t em er r ado. Em relao a licit aes, em caso de fraude, o TCU possui
compet ncia prpria e privat iva para declarar, ele prprio, a inidoneidade do
licit ant e fraudador para part icipar de cert ames da administ rao pblica federal
pelo perodo de at cinco anos ( RI TCU, art . 271) . Por isso, no necessrio propor
ao rgo int eressado ( aquele que promove a licit ao) para que o faa. A
compet ncia do rgo para declarar inidneo um licit ant e em caso de inexecuo
t ot al ou parcial de cont rat o, compet ncia da Lei n
o
8. 666/ 1993, que no se
confunde com a do TCU.
2) I t em cer t o. A quest o foi aplicada no concurso para o TCM/ GO, mas podemos
t raz- la por analogia para o TCU. Em caso de at o ou procediment o irregular, o TCU
possui compet ncia para expedir a medida caut elar pleit eada pelo represent ant e,
qual sej a, a de suspenso do procediment o licit at rio. O fundament o para isso
mesmo a urgncia, fundado receio de grave leso ao errio ou a direit o alheio, ou
de risco de ineficcia da deciso de mrit o. A medida pode ser adot ada mediant e
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provocao de licit ant e, em represent ao, e pode ser feit a com ou sem a prvia
oit iva da part e ( RI TCU, art . 276) .
3) I t em cer t o. Trat a- se da compet ncia de suspenso caut elar de at o ou
procediment o eivado de ilegalidade ou irregularidade ( RI TCU, art . 276) .
4) I t em er r ado. A quebra de sigilo bancrio no uma espcie de medida
caut elar previst a para o TCU ( nem para o TCE do Acre) . Alis, nenhum Tribunal de
Cont as t em compet ncia prpria para quebrar sigilo bancrio em nenhuma
hipt ese, nem mesmo em deciso definit iva.
5) I t em cer t o. As decises do TCU so recorrveis apenas perant e ele mesmo.
No h previso de segunda inst ncia ( que aprecie recurso) cont ra deciso do
Tribunal.
6) I t em er r ado. No h previso legal para aplicao de mult a correspondent e ao
dobro do dano causado ao errio. A mult a previst a ( RI TCU, art . 267 c/ c LOTCU, art .
57) de at 100% do dano, ou sej a, a mult a ser de no mximo uma v ez o valor
do dano at ualizado.
7) I t em cer t o. A medida de afast ament o de Pedro est previst a na Lei Orgnica
do TCU, mas, segundo j urisprudncia, essa lei no ampara o afast ament o
t emporrio de responsvel de sociedade civil. Conforme o Supremo Tribunal
Federal, essa medida alcana apenas rgos e ent idades da Administ rao Pblica -
vide j ulgado cit ado em aula ( MS 23. 616) .
8) I t em er r ado. Embora no t enhamos abordado esse pont o em aula, vale
regist rar que a aplicao de sanes pelo TCU no prej udicada pelo fat o de o
gest or haver deixado o cargo. I sso no impede a at uao do Tribunal, sej a
imput ao de dbit o, sej a de mult a, j ulgament o das cont as, indisponibilidade dos
bens et c. Tambm cabe responsabilizao civil e penal, que so independent es do
processo do TCU.
9) I t em er r ado. De fat o, compet e ao MPj TCU, na figura do procurador, int erpor
os recursos previst os em lei. O recurso de reconsiderao, porm, dever sempre
ser apreciado pelo colegiado que houver proferido a deciso recorrida. O mesmo se
aplica ao pedido de reexame, agravo e embargo de declarao ( RI TCU, art . 17, VI I
e 1 ) . Apenas o recurso de reviso que pode ser apreciado por colegiado diverso
do j ulgador do feit o, pois da compet ncia exclusiva do Plenrio, mesmo que a
deciso originria sej a de cmara ( RI TCU, art . 15, I I I ) .
10) I t em cer t o. Nessa sit uao hipot t ica, uma sano possvel a mult a de at
100% do valor at ualizado do dbit o. O pagament o int egral do dbit o ou da mult a
no modifica o mrit o do j ulgament o quant o irregularidade ( RI TCU, art . 218,
pargrafo nico) .
11) I t em cer t o. Ent endiment o do RI TCU, art . 271.
12) I t em anul ado ( no gabarit o preliminar foi dado como cert o) . A quest o foi
anulada por ambigidade . De fat o, um efeit o possvel ( lat o senso) das decises
dos t ribunais de cont as a inelegibilidade do gest or que t iver cont as j ulgadas
irregulares. A dubiedade da assert iva reside em afirmar que a eficcia desse
j ulgament o no dependeria, no que t ange inelegibilidade, de homologao pela
j ust ia eleit oral. Em verdade, a j ust ia eleit oral no homologa ( confirmar,
rat ificar) decises de processos de cont as, t ransformando- as em inelegibilidade, da
a confuso. O ent endiment o corret o que a list a de responsveis com cont as
j ulgadas irregulares base para aplicao de uma sano pela j ust ia eleit oral, o
que no configura homologao da deciso do t ribunal de cont as, mas apenas uma
implicao decorrent e da lei eleit oral. A quest o realment e est confusa, mas
import a saber que o TCU no aplica a sano de inelegibilidade, apenas elabora a
list agem dos responsveis por cont as j ulgadas irregulares.
13) I t em cer t o. De dezembro de 1998 a set embro de 2001 t ranscorreram menos
de cinco anos. Fat o novo com eficcia sobre a prova produzida, que pudesse
result ar no acolhiment o da defesa do administ rador, pode ser considerado
fundament o para recurso de reviso, sendo que o procurador, em nome do MP
j unt o ao TCDF, t em compet ncia para int erpor os recursos previst os em lei. Esse
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recurso t em j ust ament e o obj et ivo de reabrir as cont as j j ulgadas, para apreciao
de element o novo, no cont emplado na deciso originria.
14) I t em cer t o. O recurso de reviso no t em efeit o suspensivo ( RI TCU, art . 288) .
15) I t em cer t o. As aes de ressarciment o de dbit os ao errio so imprescrit veis
( CF/ 88, art . 37, 5 - part e final) .
16) I t em cer t o. O dbit o pode ser imput ado em solidariedade ent re o responsvel
e o t erceiro que t enha concorrido para a prt ica ou se beneficiado do at o. A mult a,
porm, sempre personalssima, individual. A empresa no pode ser compelida a
pagar a mult a do responsvel.
17) I t em er r ado. O prazo para int erposio de recurso de reconsiderao de
quinze dias, ent o o responsvel o fez dent ro do previst o. O efeit o suspensivo, o
que quer dizer que, se o pedido de reconsiderao for negado, a cont agem do
prazo para o referido pagament o no recomea do zero. Em verdade, o prazo ficou
suspenso, sendo que depois do j ulgament o do recurso ele ser ret omado pelo
prazo que lhe rest ava.
18) I t em er r ado. A quest o est t oda cert a, salvo quant o exigncia de maioria
absolut a para decret ao de indisponibilidade dos bens dos responsveis. No h
essa exigncia no Regiment o ou na Lei Orgnica ( LOTCU, art . 61, e RI TCU, art .
274) .
19) I t em cer t o. Ent endiment o do RI TCU, art . 270.
20) I t em cer t o. J vimos essa quest o em out ra aula. A j urisdio do Tribunal
alcana os sucessores dos responsveis at o limit e do pat rimnio t ransferido, para
efeit o de ressarciment o ao errio ( debit o imput ado) . A mult a, porm, deixa de ser
cobrada caso esse falea, pois t em cart er de punio personalssima.
21) Let ra D . Para achar a respost a, bast a cot ej ar o que est em cada alt ernat iva
com aquilo que vimos em sala sobre cada recurso. Agravo at aca despacho decisrio
de Minist ro ou President e. Embargos at acam obscuridade, omisso ou cont radio
em deciso. Pedido de reexame o recurso cont ra fiscalizao de at o ou cont rat o.
No que t ange ao recurso de reviso e ao de reconsiderao, ambos vo cont ra
deciso em processo de cont as, havendo essa dist ino quant o ao efeit o
suspensivo. A opo que cont m a ordem corret a a d .
22) I t em er r ado. Ao cont rrio! A part e no poder argir nulidade a que haj a dado
causa ou para a qual t enha, de qualquer modo, concorrido ( RI TCU, art . 173) , pois
isso condut a de m- f.
23) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 171, pargrafo nico.
24) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 172, caput .
25) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 171, caput .
26) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 175, caput .
27) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 144, caput .
28) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 144, 2 . A quest o, por ser mera
t ranscrio de art igo do Regiment o, infelizment e ignorou out ro disposit ivo, qual
sej a, 5 do art . 146, segundo o pedido de habilit ao de que t rat a est e art igo
ser indeferido quando formulado aps a incluso do processo em paut a. Logo, no
seria em qualquer et apa que o int eressado poderia ingressar, mas foi dado como
corret o, por ser lit eralidade do art . 144, 2 , do RI TCU.
29) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 146, caput .
30) I t em cer t o. Transcrio do RI TCU, art . 145, 1 .
31) I t em er r ado. As part es podem prat icar os at os processuais diret ament e ou por
int ermdio de procurador regularment e const it udo, advogado ou no ( RI TCU, art .
145, caput )
32) I t em cer t o. O pedido deve ser indeferido porque, no TCU, depoiment os no
so aceit os como provas. As provas que a part e quiser produzir perant e o Tribunal
devem sempre ser apresent adas de f or ma document al , mesmo as decl ar aes
pessoai s de t er cei r os ( RI TCU, art . 162) .
33) I t em er r ado. Quest o ext remament e complicada e sut il. O erro o seguint e.
Ela nos diz que na sust ent ao oral a defesa de cada uma das part es desej ava
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at ribuir aos demais a responsabilidade pelos at os lesivos. De acordo com a
dout rina, o inst it ut o da sust ent ao oral, porm, no se prest a a esse t ipo de
discusso ent re as part es. A sust ent ao oral um inst rument o de defesa que
permit e ao responsvel rediscut ir t odas as quest es de f at o e de di r ei t o,
diret ament e no colegiado, no moment o do j ulgament o, oport unidade em que
poder r ef ut ar os ar gument os pr oduzi dos pel a uni dade t cni ca, pel o
Mi ni st r i o Pbl i co ou pel o r el at or , o que no o caso hipot t ico da quest o.
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AULA EXTRA
Ol amigos concurseiros!
At endendo a pedidos, elaborei uma aula ext ra com um pequeno simulado de quinze
quest es de Cont role Ext erno, mist urando conheciment os de t odas as aulas de nosso
curso. Respondam as assert ivas como se na prova est ivessem, deixando em branco
se for o caso, e apurem a not a lquida ( descont ados event uais erros) para fins de
avaliao. Ao final, confiram os gabarit os e os coment rios.
A propsit o, a aula ext ra de hoj e t ambm t raz algumas di cas par a a pr ov a
di scur si v a, por isso no deixem de olhar mais adiant e o que t rouxemos para vocs.
SI MULADO DE CONTROLE EXTERNO
Acerca do regime const it ucional do Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) , j ulgue os
it ens a seguir:
1) O Tribunal de Cont as da Unio considerado rgo de cont role ext erno,
independent e, auxiliar do Poder Legislat ivo, porm no int egrant e desse Poder.
Trat a- se de inst it uio de fundo const it ucional, que possui aut onomia administ rat iva
e financeira. Nessa linha, o TCU compet ent e para emit ir pronunciament o
conclusivo acerca de despesas no aut orizadas no orament o, a exemplo de
invest iment os no programados e subsdios no aprovados, em at endiment o
Comisso Mist a de Orament o do Congresso Nacional, desde que os esclareciment os
devidos no t enham sido prest ados pela aut oridade administ rat iva responsvel no
prazo const it ucional, ou considerados insuficient es.
2) Trs dos nove Minist ros do TCU devem ser escolhidos pelo President e da
Repblica e aprovados pelo Senado Federal, sendo dois alt ernat ivament e dent re
audit ores e membros do Minist rio Pblico j unt o ao Tribunal, indicados em list a
t rplice, segundo crit rios de ant igidade e mereciment o. Aps indicao, a
nomeao cabe, t ambm, ao President e da Repblica, mas quem lhes d posse o
President e do TCU.
3) A Cart a de 1988 concedeu eficcia de t t ulo execut ivo ext raj udicial s decises
do Tribunal de Cont as da Unio de que result e imput ao de dbit o ou mult a. I sso
significa que, logo aps a publicao do acrdo condenat rio, o TCU pode post ular a
cobrana da mult a ou do dbit o diret ament e no Poder Judicirio, procediment o que
dispensa a inscrio em dvida at iva.
4) Ao se deparar com ilegalidade em at o administ rat ivo, o TCU deve assinar
prazo para que o rgo ou ent idade adot e as providncias necessrias ao exat o
cumpriment o da lei. Findo o prazo, se no at endido, o Tribunal pode sust ar a
execuo do at o impugnado ou, alt ernat ivament e, anul- lo, de ofcio.
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No que se refere at ividade de cont role ext erno do TCU, consoant e j urisprudncia e
disposies de sua Lei Orgnica e Regiment o I nt erno, j ulgue os it ens a seguir:
5) O TCU, no exerccio de suas at ribuies, pode apreciar a const it ucionalidade
de leis e at os normat ivos do Poder Pblico. Para isso, preciso que o President e do
Tribunal vot e.
6) A at ividade de cont role ext erno do TCU pode ser empreendida sob diversas
formas, dent re as quais se dest acam o j ulgament o de cont as e o exerccio da
fiscalizao cont bil, orament ria, financeira, operacional e pat rimonial. A primeira
configura cont role peridico e obrigat rio, ant e o dever de prest ar cont as impost o
pela Const it uio Federal a t odos que lidem com recursos pblicos. A segunda
configura at ividade inst rument al ao j ulgament o de cont as, sendo que em sede de
audit oria lcit o o Tribunal expedir det erminaes corret ivas, aplicar mult as e
condenar em dbit o os responsveis envolvidos.
Alfredo servidor pblico federal do Minist rio A desde 2008, aprovado em concurso
pblico de provas e t t ulos, sendo que at ualment e ocupa funo de confiana na qual
responsvel pela execuo financeira do referido rgo. Em 2007, ele ocupou a
funo de president e de comisso de licit ao no Minist rio B, onde era ent o lot ado.
Considerando a sit uao hipot t ica acima apresent ada, j ulgue os it ens seguint es:
7) Caso o Tribunal, em sede de inspeo, apure que Alfredo t enha comet ido
irregularidades na conduo de cert ame licit at rio no Minist rio B, decorrent e do
descumpriment o da Lei de Licit aes, deve convoc- lo para apresent ar razes de
j ust ificat iva em sede de audincia, moment o em que a ele ser ofert ada a
oport unidade de exercer o cont radit rio e a ampla defesa. Aps esse
procediment o, o Tribunal pode aplicar a sano de inabilit ao para o exerccio de
cargo em comisso ou funo de confiana, o que provocaria o afast ament o da
funo que Alfredo ocupa at ualment e no Minist rio A, mesmo que, nesse rgo, a
funo exercida sej a out ra que no a de president e de comisso de licit ao.
8) Se na fiscalizao rest ar configurada ainda a ocorrncia de desfalque, desvio de
bens ou out ra irregularidade de que result e dano ao errio, o Tribunal ordenar,
desde logo, a converso do processo em t omada de cont as especial.
9) Suponha que Alfredo t enha se aposent ado em maio de 2009 com provent os
proporcionais ao t empo de cont ribuio. Nesse caso, o at o em t ela provocar a
compet ncia do TCU de apreciar, para fins de regist ro, a legalidade do at o
aposent at rio, sit uao em que o int eressado no t er oport unidade de exercer o
cont radit rio e a ampla defesa, consoant e ent endiment o do Supremo Tribunal
Federal. Na espcie, o TCU dispor de at cinco anos para conceder o regist ro,
sob pena de decadncia.
10) Suponha que Alfredo t enha sido responsvel, no Minist rio A, pela firmat ura de
convnio com det erminado municpio. Post eriorment e, verificou- se que Alfredo e
o Prefeit o desviaram os recursos da Unio para fins part iculares. Nessa sit uao,
a j urisdio do TCU alcana os valores federais t ransferidos referida
municipalidade, podendo haver, inclusive, a inst aurao de t omada de cont as
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especial e condenao em dbit o de Alfredo solidariament e com o Prefeit o,
mesmo que esse lt imo no sej a agent e federal. Cont ra essa deciso do Tribunal
cabvel recurso de reconsiderao.
Acerca da organizao, funcionament o, deliberaes, recursos e processo no TCU,
j ulgue os it ens a seguir:
11) O Plenrio do Tribunal poder realizar sesses ext raordinrias de cart er
reservado para t rat ar de assunt os de nat ureza administ rat iva int erna, inclusive
proj et os referent es a at os normat ivos que afet em os j urisdicionados, ou quando a
preservao de direit os individuais e o int eresse pblico o exigirem, bem como
para j ulgar ou apreciar os processos que derem ent rada ou se formarem no
Tribunal com chancela de sigiloso.
12) O qurum para abert ura de sesso do Plenrio , em regra, de cinco Minist ros ou
audit ores convocados, inclusive o President e. No caso das cmaras, deve ser de
t rs Minist ros ou audit ores convocados, exclusive o President e da cmara.
13) Qualquer alt erao do Regiment o I nt erno do Tribunal dever t er a forma de
resoluo e ser aprovada por maioria absolut a do Plenrio.
14) Considere que Joaquim e Manoel, gest ores est aduais, prat icaram irregularidades
na gest o de R$ 100. 000, 00 repassados pela Unio ao est ado mediant e convnio,
com o obj et ivo de const ruir um post o de sade. Por esse mot ivo, o TCU pret ende
conden- los em dbit o pelo valor mencionado, solidariament e. Cit ado, o primeiro
alegou que apenas R$ 50. 000, 00 seriam verbas federais, e os out ros R$
50. 000, 00 seriam est aduais, uma vez que os valores repassados pela Unio no
t eriam sido t ot alment e ut ilizados e est ariam deposit ados em cont a corrent e. O
segundo no respondeu a qualquer comunicao do Tribunal. Nessa sit uao, os
argument os apresent ados por Joaquim sero aproveit ados na defesa de Manoel,
mesmo revel.
15) O ingresso de int eressado no processo do TCU pode ocorrer at a incluso do
mesmo em paut a, ou ent o na fase recursal. Na segunda circunst ncia, pode
acont ecer de o recorrent e ut ilizar uma mesma pea processual para demonst rar
seu int eresse em int ervir no processo e, t ambm, int erpor o recurso.
GABARI TO E COMENTRI OS
1. Gabar i t o: CERTO. Coment rios: A quest o consolida ent endiment os dout rinrios.
De fat o, o TCU rgo de cont role ext erno ( Lei n
o
8. 443/ 1992, art . 1 ) ,
independent e, pois ext rai suas compet ncias diret ament e da Const it uio Federal
( fundo const it ucional ) , e auxiliar do Poder Legislat ivo ( CF/ 88, art . 71, caput ) .
Quant o a int egrar ou no o Poder Legislat ivo, a banca Cespe t em reit eradament e se
posicionado no sent ido de que o TCU no faz part e desse Poder ( concursos:
HEMOBRAS2008/ Analist a de Gest o Corporat iva - Administ rador; TJTO2007/ Juiz;
OAB/ Exame de Ordem 2007. 1) . A aut onomia administ rat iva e financeira concedida
pelo caput do art . 73 da CF/ 88, que est ende ao TCU as at ribuies previst as em seu
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art . 96. Ao final, a assert iva aborda precisament e a compet ncia exercida pelo TCU
em auxlio Comisso previst a no art . 166, 1 ( CF/ 88, art . 72 e pargrafos) .
2. Gabar i t o: ERRADO. Coment r i os: A assert iva t rat a da composio do Tribunal
de Cont as da Unio. Dos nove Minist ros, t rs so indicados pelo President e da
Repblica ( CF/ 88, art . 73, 2 , I ) e seis pelo Congresso Nacional ( CF/ 88, art . 73,
2 , I I ) . O t ero que cabe ao Chefe do Poder Execut ivo indicar carece de aprovao
do Senado Federal, sendo que dois devem ser escolhidos alt ernadament e dent re
audit ores e membros do Minist rio Pblico j unt o ao Tribunal, indicados em list a
t rplice pelo Tribunal, segundo os crit rios de ant igidade e mereciment o. Est
errado, port ant o, o t ermo alt ernat ivament e ut ilizado na quest o, por dar a
ent ender que o President e da Repblica sempre poderia opt ar ent re as alt ernat ivas
audit or e membro do MP j unt o ao Tribunal. A Const it uio dispe que essa escolha
ser de forma alt ernada, ou sej a, cada uma das duas vagas deve ser provida por
indicados provenient es dessas cat egorias funcionais, respect ivament e. No mais, est
corret o afirmar que a nomeao cabe ao President e da Repblica ( CF/ 88, art . 84,
XV) e a posse ao President e do TCU ( RI TCU, art . 28, XXI ) .
3. Gabar i t o: ERRADO. Coment r i os: De fat o a Const it uio Federal concedeu
eficcia de t t ulo execut ivo ( ext raj udicial) s decises do TCU que imput em dbit o ou
mult a ( CF/ 88, art . 71, 3 ) . No ent ant o, a quest o possui erro ao afirmar que o TCU
poder post ular a cobrana da mult a ou do dbit o diret ament e no Poder Judicirio,
pois o Tribunal no possui compet ncia para execut ar suas prprias decises. A
compet ncia para execuo dos acrdos condenat rios prolat ados no do prprio
Tribunal, mas do errio credor, por meio da Advocacia- Geral da Unzo ( se a
condenao for em favor da administ rao diret a, aut rquica ou fundacional, por ser
esse o rgo que represent a a Unio j udicial e ext raj udicialment e) ou dos rgos
j urdicos das est at ais ( se a condenao for em favor de sociedade de economia mist a
ou empresa pblica) . Por fim, est corret a a afirmao de que a execuo das
decises do TCU dispensa a inscrio dos valores em dvida at iva, porque o prprio
acrdo condenat rio j t orna a dvida lquida e cert a ( RI TCU, art . 215) .
4. Gabar i t o: ERRADO. Coment r i os: Ao se deparar com ilegalidade em at o
administ rat ivo, o TCU deve assinar prazo para que o rgo ou ent idade adot e as
providncias necessrias ao exat o cumpriment o da lei ( CF, art . 71, I X) . Findo o
prazo, se no at endido, pode sust ar a execuo do at o impugnado ( CF, art . 71, X) ,
mas no dado ao TCU anul- lo, pois anular at os administ rat ivos da compet ncia
privat iva da Administ rao e do Poder Judicirio.
5. Gabar i t o: CERTO. Coment r i os: A compet ncia do Tribunal de Cont as da Unio
para apreciar a const it ucionalidade est consagrada na Smula n
o
347 do Supremo
Tribunal Federal, nos seguint es t ermos: O Tribunal de Cont as, no exerccio de suas
at ribuies, pode apreciar a const it ucionalidade das leis e dos at os do poder pblico .
Para a t omada de deciso dessa nat ureza, necessrio que o President e do Tribunal
vot e ( RI TCU, art . 28, X) , sit uao especial, uma vez que, em regra, o President e no
relat a ou vot a no TCU. As principais excees a essa regra est o dispost as nos
incisos I X a XI I do art . 28 do RI TCU.
6. Gabar i t o: ERRADO. Coment r i os: Consoant e diviso do Regiment o I nt erno do
TCU, a at ividade de cont role ext erno ( Tt ulo VI ) se realiza sob as formas de:
Julgament o de Cont as ( Capt ulo I ) , Apreciao das Cont as do Governo da Repblica
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( Capt ulo I I ) , Fiscalizao ( Capt ulo I I I ) , Apreciao de At os Suj eit os a Regist ro
( Capt ulo I V) e Respost a a Consult a ( Capt ulo V) . A fiscalizao considerada
at ividade inst rument al, pois inst rui o j ulgament o das cont as ( RI TCU, art . 249) . Em
audit oria, espcie de fiscalizao, possvel expedir det erminaes corret ivas
( RI TCU, art . 250, I I ) e aplicar mult as ( RI TCU, art . 250, 2 e 5 , art . 251, 1 ,
I I I ) . At esse pont o a quest o est corret a, mas h erro ao afirmar que em
fiscalizao possvel condenar em dbit o os responsveis envolvidos. Esse t ipo de
condenao s possvel em sede de processo de cont as. por isso que a norma
dispe que, diant e de hipt ese de dano ao errio, preciso convert er o processo de
fiscalizao em t omada de cont as especial ( RI TCU, art . 252) .
7. Gabar i t o: CERTO. Coment r i os: A inspeo inst rument o de fiscalizao que
pode ser ut ilizado pelo TCU para esclarecer dvidas quant o legalidade,
legit imidade e economicidade de fat os da administ rao e de at os administ rat ivos
prat icados por qualquer responsvel suj eit o sua j urisdio, ou sej a, t ipo de
fiscalizao cabvel para a verificao da observncia da Lei de Licit aes no mbit o
da Administ rao Pblica ( RI TCU, art . 240) . Quando verificada a ocorrncia de
irregularidades decorrent es de at o ilegal, ilegt imo ou ant ieconmico, bem como
infrao a norma legal ou regulament ar de nat ureza cont bil, financeira,
orament ria ou pat rimonial, o Tribunal deve det erminar a audincia do responsvel
para, no prazo de quinze dias, apresent ar defesa, que t em a denominao de razes
de j ust ificat iva ( RI TCU, art . 250, I V) . nessa et apa processual que o gest or pode
exercer o cont radit rio e a ampla defesa. Uma das sanes possveis de serem
aplicadas pelo Tribunal a inabilit ao para o exerccio de funo de confiana ou
cargo em comisso, por perodo que variar de cinco a oit o anos, o que t er o
condo de impedir que o responsvel ocupe qualquer posio dessa nat ureza,
mesmo que de at ribuies diversas, em qualquer rgo ou ent idade da
Administ rao Pblica federal, no apenas naquela em que prat icou irregularidades,
desde que at endidos os requisit os do Regiment o I nt erno: deliberao por maioria
absolut a e j uzo de valor acerca da gravidade da infrao ( RI TCU, art . 270) .
8. Gabar i t o: CERTO. Coment r i os: Se, no curso de fiscalizao, rest ar configurada
a ocorrncia de desfalque, desvio de bens ou out ra irregularidade de que result e
dano ao errio, o Tribunal ordenar, desde logo, a converso do processo em
t omada de cont as especial ( TCE) . Essa medida processual se faz necessria porque
soment e em processo de cont as possvel apurar dbit o ao errio, promover a
cit ao do responsvel e conden- lo ao ressarciment o. Em fiscalizao isso no
possvel. No mais, a TCE o procediment o adequado para apurao dos fat os,
ident ificao dos responsveis e quant ificao do dano ( RI TCU, art . 197) .
9. Gabar i t o: ERRADO. Coment r i os: Consoant e a Const it uio Federal, art . 71, I I I ,
o TCU compet ent e para apreciar, para fins de regist ro, a legalidade dos at os de
admisso de pessoal, a qualquer t t ulo, na administ rao diret a e indiret a, includas
as fundaes inst it udas e mant idas pelo Poder Pblico, excet uadas as nomeaes
para cargo de proviment o em comisso, bem como a das concesses de
aposent adorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias post eriores que no
alt erem o fundament o legal do at o concessrio. Nenhum at o aposent at rio de
servidor pblico escapa ao crivo da Cort e de Cont as. Essa sit uao ( apreciao da
legalidade do at o de concesso inicial de aposent adoria, reforma e penso) a nica
em que o int eressado no t em assegurado o cont radit rio e a ampla defesa, ist o ,
t rat a- se de uma exceo regra geral, segundo a qual t odos os processos perant e o
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TCU devem respeit o a esses direit os fundament ais ( Smula Vinculant e n
o
3, do
Supremo Tribunal Federal) . At esse pont o a quest o est corret a, porm incorre em
erro ao dizer que o TCU dispe de cinco anos ( prazo decadencial) para exercer essa
compet ncia. Reit erada j urisprudncia do STF confirma que o Tribunal no t em prazo
para conceder o regist ro, pois o at o de concesso de aposent adoria considerado
at o complexo, que soment e se aperfeioa aps a manifest ao de vont ade das duas
part es envolvidas ( Administ rao e TCU) . No est ando perfeit o e acabado ant es da
apreciao do TCU, no cabe aplicao do prazo de decadncia ent re a emisso do
at o inicial e a apreciao da legalidade efet ivada pelo Tribunal de Cont as.
10. Gabar i t o: CERTO. Coment r i os: A j urisdio do TCU alcana quaisquer
recursos repassados pela Unio mediant e convnio, acordo, aj ust e ou out ros
inst rument os congneres, a Est ado, ao Dist rit o Federal ou a Municpio ( CF, art . 71,
VI ) . Sempre que, no exerccio dessa at ribuio, o Tribunal se deparar com desvio de
recursos, dever det erminar Administ rao a inst aurao de t omada de cont as
especial, ou convert er o procediment o de fiscalizao em t omada de cont as especial,
pois o desvio de recursos ou desfalque de bens, dinheiros e valores pblicos federais
configura hipt ese de dano ao errio, ensej adora de TCE ( RI TCU, art . 197) . Nesse
caso, quando do j ulgament o da t omada de cont as especial, o Tribunal pode fixar a
responsabilidade solidria do agent e pblico que prat icou o at o irregular ( Alfredo) e
do t erceiro que, como cont rat ant e ou part e int eressada na prt ica do mesmo at o
( Prefeit o) , de qualquer modo haj a concorrido para o comet iment o do dano apurado
( RI TCU, art . 209, 4 , I e I I ) . No import a o fat o de o Prefeit o no ser agent e
pblico federal, pois ele era responsvel pela gest o de recursos pblicos federais
em razo da pact uao do convnio com a Unio. Por fim, o recurso de
reconsiderao a espcie apropriada para at acar deciso em processo de t omada
ou prest ao de cont as ( processos de cont as) , classificao na qual a TCE se insere
( RI TCU, art . 285) .
11. Gabar i t o: ERRADO. Coment r i os: A quest o acert a quant o compet ncia do
Plenrio do TCU em realizar sesses ext raordinrias de cart er reservado ( RI TCU,
art . 97) . H erro, porm, ao dizer que nessa sit uao podero ser apreciados
proj et os de at os normat ivos que afet em os j urisdicionados, uma vez que a prpria
norma excet ua esse caso, afirmando que devem ser apreciados em sesso pblica
( RI TCU, art . 97, 2 ) . Os demais processos cit ados podem ser apreciados em
sesso de cart er reservado: assunt os de nat ureza administ rat iva int erna, processos
que caream de preservao de direit os individuais e int eresse pblico e processos
que derem ent rada ou se formarem no Tribunal com chancela de sigiloso.
12. Gabar i t o: ERRADO. Coment r i os: As sesses do Plenrio, ordinrias e
ext raordinrias, soment e podero ser abert as com o qurum de cinco minist ros ou
audit ores convocados, exclusive o President e, em regra ( RI TCU, art . 93) . As sesses
das cmaras, ordinrias e ext raordinrias, soment e podero ser abert as com o
qurum de t rs minist ros ou audit ores convocados, inclusive o respect ivo President e
( RI TCU, art . 134) . A quest o est errada porque invert eu os t ermos exclusive e
inclusive em relao ao qurum mnimo regiment al do Plenrio e das cmaras.
13. Gabar i t o: CERTO. Coment r i os: A resoluo o format o de deliberao
adot ado pelo Tribunal para t rat ar de aprovao do Regiment o I nt erno, de at o
definidor da est rut ura, at ribuies e funcionament o do Tribunal, das unidades de sua
Secret aria e demais servios auxiliares, e de out ras mat rias de nat ureza
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administ rat iva int erna que, a crit rio do Tribunal, devam revest ir- se dessa forma
( RI TCU, art . 67, I I ) . A alt erao do Regiment o I nt erno do Tribunal soment e poder
ocorrer mediant e aprovao, pela maioria absolut a de seus minist ros, de proj et o de
resoluo ( RI TCU, art . 72) , sendo que mat ria regiment al da compet ncia privat iva
do Plenrio do Tribunal, no podendo ser aprovada por deliberao de cmara.
( RI TCU, art . 15, I , q ) .
14. Gabar i t o: CERTO. Coment r i os: O Regiment o I nt erno dispe que, havendo
mais de um responsvel pelo mesmo fat o, a defesa apresent ada por um deles
aproveit ar a t odos, mesmo ao revel, no que concerne s circunst ncias obj et ivas,
mas no aproveit ar no t ocant e aos fundament os de nat ureza exclusivament e
pessoal ( RI TCU, art . 161) . No caso hipot t ico, a defesa apresent ada por Joaquim se
refere a circunst ncia obj et iva, relacionada sit uao concret a, aos fat os ocorridos,
e no a uma condut a pessoal, especfica, de um ou out ro agent e. Desse modo, o que
for apurado pelo Tribunal aproveit ar a t odos os responsveis, mesmo ao revel, no
caso, Manoel.
15. Gabar i t o: CERTO. Coment r i os: A assert iva mescla cont edo de dois t rechos
do Regiment o I nt erno. A habilit ao de int eressado em processo ser efet ivada
mediant e o deferiment o, pelo relat or, de pedido de ingresso formulado por escrit o e
devidament e fundament ado ( RI TCU, art . 146) . Esse pedido de habilit ao ser
indeferido quando formulado aps a incluso do processo em paut a, ou sej a, dever
ser feit o ant es dessa et apa processual ( RI TCU, art . 146, 5 ) , ou, alt ernat ivament e,
na fase de recurso ( RI TCU, art . 146, 6 ) . Nesse segundo caso, cabe ao int eressado
demonst rar, na pea recursal, em preliminar, o seu int eresse em int ervir no
processo, nos t ermos do 1 do art . 146 ( RI TCU, art . 282) , o que significa afirmar
que a pea recursal ser ut ilizada, t ambm, para ofereciment o de razes de
int eresse para int ervir no processo como int eressado.
PROVA DI SCURSI VA
Caros amigos,
Sei que a prova discursiva amedront a muit os. No h, porm, muit o a t emer em
relao prova P3 especificament e, que cont er apenas uma quest o de 10 linhas
referent e part e de conheciment os bsicos. Tendo em cont a que nunca houve um
concurso do TCU sem uma quest o discursiva acerca de Cont role Ext erno, com
grande probabilidade a prova de vocs t ambm t rar uma quest o da nossa mat ria.
Esse o meu palpit e. Out ra fort e hipt ese que quest o da prova P3 mescle
conheciment os de Direit o Const it ucional e Cont role Ext erno.
Pensando nisso, reuni algumas quest es recent es do Cespe no primeiro grupo de
discursivas sugeridas. Nem t odas so de 10 linhas, pois o t amanho da respost a
variava em funo da prova em que era aplicada. No segundo, elaborei quase t odas
as quest es mist urando exat ament e os conheciment os de Cont role Ext erno e
Const it ucional, considerando o cont edo programt ico dessa disciplina, para serem
respondidas em 10 linhas. Na sequncia, vocs podero ver as propost as de soluo,
o que t ambm serve como reviso da mat ria.
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Ant es de comearmos, vamos ver algumas regras/ dicas para provas discursivas do
Cespe!
A) A prova discursiva de vocs chamada de quest o, e no de redao. Alm
disso, o espao para respost a muit o curt o: 10 linhas. Levando isso em
considerao, no h necessidade de se elaborar uma est rut ura padro de
redao ( int roduo, desenvolviment o e concluso) . Bast a o candidat o
responder obj et ivament e s quest es formuladas;
B) O Cespe t em o hbit o de apresent ar um t ema e sobre ele fazer vrios
quest ionament os, na forma de t picos. Por isso, v oc pr eci sa abor dar t odos
el es necessar i ament e, na ex at a or dem pr opost a pel o ex ami nador .
Cada t pico corresponde a uma pont uao. Se voc deixar de falar sobre um
deles, aut omat icament e deixa de pont uar naquela part e. Tambm preciso
seguir a ordem, porque o examinador, ao corrigir, t er um espelho com os
mesmos it ens, na mesma ordem. Se voc facilit ar a vida de quem for corrigir
a sua redao, t ambm t er a sua facilit ada, pode apost ar! No caia na
t ent ao de invert er a ordem;
C) El abor e um par gr af o par a cada t pi co. I sso aj uda a organizar as suas
idias e deixar bem claro para o examinador onde est a respost a de cada
it em quest ionado. No coloque a respost a para dois it ens em um s pargrafo.
I sso no aconselhvel, porque a mist ura de idias pode fazer que o
examinador no ident ifique direit o a respost a a cada quest ionament o
suscit ado;
D) Na hora de responder cada quest ionament o cont ido nos t picos da quest o,
use a est rat gia do t pi co f r asal . O t pico frasal ( TF) nada mais do que
usar as mesmas palavras do examinador, em forma de afirmao, e no de
pergunt a. Exemplo de quest ionament o de prova e respect ivo t pico frasal:
- H possibilidade da apreciao do at o de admisso de pessoal pela administ rao e
pelo Poder Judicirio?
- TF: Exist e possibilidade da apreciao do at o de admisso de pessoal pela
administ rao e pelo Poder Judicirio, mediant e ( ... ) ; ou ent o No exist e
possibilidade da apreciao do at o ( . . . )
Nat uralment e, voc no precisa usar as exat as palavras da quest o, mas
quant o mais prximo ficar, melhor. I sso porque o examinador t er a cert eza
de que ident ificou a respost a quest o. Como no h penalizao por usar as
palavras da banca, nada mais aconselhvel do que deixar bem evident e para a
pessoa que for corrigir que voc t ocou precisament e naquele assunt o e
ofereceu a respost a adequada.
Vamos s quest es. Nas propost as de soluo, usei essas dicas preciosas. Repare
que t odos os t picos foram respondidos, na ordem, usando t picos frasais ( com
pequenas modificaes de est ilo) , que foram sublinhados para que voc possa
perceber onde est o. Alguns enunciados t ambm forma sublinhados para chamar a
sua at eno para pont os import ant es ( dicas nos enunciados, por exemplo) .
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Vocs ainda vo reparar que alguns casos hipot t icos so repet idos em relao ao
simulado. No h problema. Nessa part e com dicas para discursiva, a finalidade no
pegar ningum, mas most rar formas int eressant es de se responder s quest es.
Por isso, fizemos uso de casos hipot t icos semelhant es para facilit ar a compreenso.
Bons est udos!
Quest es do CESPE
1) ( Tcni co de Cont r ol e Ex t er no/ TCU/ 2007)
Ent re os at os da administ rao pblica relat ivos despesa, est o aqueles relacionados
com a invest idura em cargo ou emprego pblico, sobre o que a Const it uio at ribuiu
compet ncia especfica ao Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) . Dissert e, de forma sucint a,
acerca dessa compet ncia do TCU definida pela Const it uio quant o aos at os de admisso
de pessoal, enfocando, necessariament e, os seguint es quest ionament os:
Que at os est o subordinados funo fiscalizat ria do TCU relat ivament e admisso
de pessoal?
Qual a abrangncia da at uao do TCU, no que t ange aos rgos da Administ rao
diret a e indiret a federal, nos proviment os de cargos efet ivos e em comisso?
H possibilidade da apreciao do at o de admisso de pessoal pela administ rao e
pelo Poder Judicirio?
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
A funo fiscalizat ria do Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) , no que t oca apreciao
da legalidade para fins de regist ro, engloba t odos os at os de admisso da administ rao
pblica federal, a qualquer t t ulo, excet uadas apenas as nomeaes para cargos em
comisso.
O Tribunal possui j urisdio abrangent e para efet uar esse exame de legalidade dos
at os de admisso, compreendendo os cargos efet ivos da administ rao diret a, aut rquica
e fundacional, bem como das empresas pblicas e sociedades de economia mist a. Os
cargos comisso foram ressalvados dessa compet ncia de cont role do TCU.
Exist e a possibilidade de apreciao da legalidade de at o de admisso pela prpria
administ rao, mediant e cont role int erno, em decorrncia da aut ot ut ela, e pelo Poder
Judicirio, ant e a inafast abilidade de j urisdio vigent e em nosso ordenament o.
2) ( Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- Audi t or i a Gover nament al / TCU/ 2008)
Maria, servidora pblica federal, requereu a concesso do benefcio de aposent adoria pelo
regime prprio, o qual lhe foi concedido por fora da Port aria n. X, de 5 de maro de
2003, pela aut oridade compet ent e do rgo no qual est ava lot ada. Remet ido o processo
administ rat ivo para o Tribunal de Cont as da Unio, est e, sem int imar Maria a se
manifest ar, ent endeu que ela no preenchia os requisit os para aposent ar- se, pelo que
negou o regist ro e det erminou ao rgo, em 6 de maio de 2008, o ret orno de Maria ao
servio.
Com base nessa sit uao hipot t ica, responda, de forma fundament ada, s indagaes a
seguir:
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Houve nulidade na deciso proferida pelo TCU diant e da inexist ncia de int imao para
se promover a defesa de Maria?
Qual seria o rgo j udicial compet ent e para j ulgar event ual mandado de segurana a
ser impet rado por Maria?
H prazo decadencial para que a administ rao anule o at o cont ido na Port aria n. X?
Pr opost a de sol uo par a 20 l i nhas:
Apreciar a legalidade das concesses de aposent adorias, reformas e penses, para fins
de regist ro, compet ncia const it ucional do Tribunal de Cont as da Unio TCU. Segundo
a Smula Vinculant e n
o
3, nos processos perant e o Tribunal asseguram- se o cont radit rio
e ampla defesa, excet o nos casos de at o concessrio inicial de aposent ao.
O caso de Maria enquadra- se de forma precisa na exceo do verbet e vinculant e do
Supremo Tribunal Federal, pois at o inicial de aposent ao. Nesse sent ido, no houve
nulidade na deciso do TCU. Embora essa sej a a regra geral, a Cort e Suprema j decidiu,
em um caso concret o, que rest a prej udicada a segurana j urdica quando a Cort e de
Cont as demora mais de cinco anos sem a devida apreciao para regist ro. Na espcie,
det erminou que o beneficirio fosse int imado, ant es da apreciao pelo TCU, para exercer
a ampla defesa e o cont radit rio e part icipar da relao processual.
O rgo j udicial compet ent e para processar e j ulgar event ual mandado de segurana
cont ra a deciso do TCU o Supremo Tribunal Federal, conforme previso const it ucional
( art . 102, I , d) .
Na espcie, no h prazo decadencial para anulao do cont ido na Port aria n
o
X, pois o
at o complexo, que s se t orna perfeit o e acabado aps manifest ao de vont ade do TCU.
O prazo decadencial de cinco anos previst o no art . 54 da Lei n
o
9. 784/ 99 comea a
t ranscorrer soment e aps o regist ro, pela Cort e de Cont as, do at o concessrio.
3) ( Pr ocur ador do Est ado da Par aba/ PGE- PB/ 2008)
Maria, ent o servidora do est ado da Paraba, requereu a sua aposent adoria no regime
prprio de previdncia social, o que lhe foi concedido, e passou a receber os respect ivos
provent os. Quando do regist ro dessa aposent adoria pelo Tribunal de Cont as do Est ado
( TCE) , 4 anos depois, verificou- se indevido o recebiment o de cert a parcela remunerat ria,
mot ivo pelo qual o TCE det erminou o imediat o cancelament o e rest it uio dessa parcela,
por meio de descont o nos provent os fut uros da servidora aposent ada. Recebida a deciso
do TCE, o secret rio de Est ado da Administ rao consult ou a Procuradoria do Est ado para
que est a o informasse da ( im) possibilidade de imediat o cancelament o ou descont o da
referida parcela nos provent os de Maria.
Considerando a sit uao hipot t ica acima, redij a, na qualidade de procurador do est ado da
Paraba, um pronunciament o ( no necessria a elaborao de parecer) acerca da
informao solicit ada pelo secret rio de Est ado da Administ rao, com os argument os
j urdicos const it ucionais pert inent es, abordando os seguint es aspect os:
legalidade do descont o imediat o;
relao com a Smula vinculant e n
o
3 do STF, que dispensa o cont radit rio e a ampla
defesa para a anlise do at o de aposent adoria;
parcelas recebidas de boa- f pelos servidores pblicos.
Pr opost a de sol uo par a 20 l i nhas ( anal ogi a ao TCU) :
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Trat a- se de caso de apreciao da legalidade, para fins de regist ro, de at o de
aposent adoria pelo Tribunal de Cont as da Unio TCU, decorridos quat ro anos da
concesso originria. Na oport unidade, det erminou- se a supresso de parcela dos
provent os da servidora inat iva e a rest it uio, por meio de descont o em folha de
pagament o, das quant ias ant eriorment e recebidas.
Em regra, a ordem para rest it uio dos valores pret rit os, por meio de descont o
imediat o, ilegal, porque a servidora no foi pessoalment e responsvel pelos pagament os
indevidos. No caso, a responsabilidade recairia sobre o gest or que incidiu em erro, e, para
fins de ressarciment o, cont ra ele cabe t omada de cont as especial, se rest ar comprovado
procediment o doloso ou culposo na concesso do benefcio sem fundament o legal
1
. Por
out ro lado, revest e- se de legalidade a det erminao para que se faa cessar os
pagament os fut uros das parcelas impugnadas, a part ir do conheciment o da deciso por
part e do rgo
2
.
A sit uao em exame dispensa a ampla defesa e o cont radit rio, consoant e a Smula
Vinculant e n
o
3 do Supremo Tribunal Federal. Por se t rat ar de apreciao inicial, enquadra-
se na exceo do verbet e, uma vez que o vnculo est abelecido no processo ent re a
Administ rao e o TCU. Cabe a est e avaliar a regularidade de at o administ rat ivo daquela,
no se cuidando de acusao ou lide em que a servidora aposent ada sej a part e.
Por fim, as parcelas recebidas de boa- f por servidores aposent ados prescindem de
devoluo aos cofres pblicos, em regra, conforme Smula n
o
106 do TCU. O
ressarciment o s seria cabvel, por exemplo, em caso de m- f da int eressada, a ser
aferida na sit uao concret a.
4) ( Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- Di r ei t o/ TCE- TO/ 2008)
2. O TRI BUNAL DE CONTAS DA UNI O COMO RGO NO I NTEGRANTE DO
CONGRESSO NACI ONAL
2. 1. Feit a a ressalva, comeo por dizer que o Tribunal de Cont as da Unio no rgo
do Congresso Nacional, no rgo do Poder Legislat ivo. Quem assim me aut oriza a
falar a Const it uio Federal, com t odas as let ras do seu art . 44, lit t eris: "O Poder
Legislat ivo exercido pelo Congresso Nacional, que se compe da Cmara dos
Deput ados e do Senado Federal" ( negrit o part e) . Logo, o parlament o brasileiro no se
compe do Tribunal de Cont as da Unio. Da sua est rut ura orgnica ou formal deixa de
fazer part e a Cort e Federal de Cont as e o mesmo de se dizer para a dualidade Poder
Legislat ivo/ Tribunal de Cont as, no mbit o das demais pessoas est at ais de base
t errit orial e nat ureza federada.
Carlos Ayres Brit t o. O regime const it ucional dos t ribunais de cont as. I n: Dilogo
Jurdico. Salvador, CAJ - Cent ro de At ualizao Jurdica, v. I , n. 9, dez. / 2001.
I nt er net : < www. dir eit opublico. com. br> ( com adapt aes) .
Tendo como referncia o t ext o acima, faa o que se pede a seguir:
apont e a( s) at ribuio( es) do Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) que no denot a( m)
subordinao alguma ou auxlio ao Congresso Nacional;
apont e a( s) at ribuio( es) do TCU que denot a( m) auxlio ao Poder Legislat ivo.
Pr opost a de sol uo par a 15 l i nhas:
1
RI TCU, art . 261, 2
o
.
2
RI TCU, art . 261, caput .
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O Tribunal de Cont as da Unio TCU, rgo de cont role ext erno de ext rao
const it ucional, possui at ribuies que no denot am subordinao ou auxlio ao Congresso,
a saber: j ulgament o das cont as dos responsveis por bens, dinheiros e valores pblicos
federais; apreciao da legalidade, para fins de regist ro, dos at os de admisso e
aposent adoria; realizao de inspees e audit orias por iniciat iva prpria; e fiscalizao
das t ransferncias volunt rias.
Por out ro lado, o Tribunal t ambm desempenha compet ncias de cont role ext erno em
auxlio ao Congresso Nacional, a exemplo de: emisso de parecer prvio sobre as cont as
anuais do President e da Repblica; realizao de inspees e audit orias mediant e
solicit ao do Poder Legislat ivo; prest ao de informaes solicit adas pelo Congresso;
sust ao de cont rat os administ rat ivos; e parecer sobre despesas no aut orizadas, previst o
no art . 72 da Cart a Magna.
5) ( Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no- Audi t or i a Gover nament al / TCU/ 2008)
Leia o t ext o abaixo, que se refere ao Tribunal de Cont as de Port ugal.
A Const it uio da Repblica Port uguesa de 1976 incluiu o Tribunal de Cont as no elenco
dos Tribunais, qualificando- o como rgo de soberania a par do president e da
Repblica, da Assemblia da Repblica e do governo.
Definido como verdadeiro t ribunal, a ele se aplicam os princpios gerais
const it ucionalment e est abelecidos para os t ribunais, dos quais se dest acam:
- O princpio da independncia e da exclusiva suj eio lei;
- O direit o coadj uvao das out ras ent idades;
- Os princpios da fundament ao, da obrigat oriedade e da prevalncia das decises;
- O princpio da publicidade.
Garant ia essencial da independncia do Tribunal de Cont as a independncia do seu
president e e de seus j uzes, que por isso est necessariament e abrangida pela prot eo
const it ucional daquela.
O princpio da independncia dos j uzes det ermina no apenas a sua inamovibilidade e
irresponsabilidade, mas, igualment e, a sua liberdade perant e quaisquer ordens e
inst rues das demais aut oridades e, bem assim, a definio de um regime adequado
de designao, com garant ias de iseno e imparcialidade que evit em o preenchiment o
do quadro da magist rat ura dest e t ribunal, t al como dos rest ant es, de acordo com os
int eresses do governo ou da administ rao.
Definido como "o rgo supremo de fiscalizao da legalidade das despesas pblicas e
de j ulgament o das cont as que a lei mandar submet er- lhe", o legislador const it uint e
elegeu o Tribunal de Cont as cat egoria de t ribunal especializado, de nat ureza
financeira, profundament e diferent e das demais cat egorias de t ribunais em mat ria de
compet ncias.
Na verdade, a Const it uio reala que o Tribunal de Cont as no t em apenas funes
j urisdicionais mas igualment e funes de out ra nat ureza, nomeadament e "dar parecer
sobre a Cont a Geral do Est ado".
Alm do mais, a sua compet ncia const it ucionalment e fixada pode ser ampliada por via
de lei, dispondo expressament e a Const it uio nest e sent ido. Em concluso, o Tribunal
de Cont as , est rut ural e funcionalment e, um t ribunal, mais propriament e, um t ribunal
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financeiro, um rgo de soberania, um rgo const it ucional do Est ado, independent e,
no inserido na administ rao pblica, em part icular, no Est ado/ Administ rao.
O t ribunal de cont as na at ualidade. I nt er net : < www. t cont as. pt > ( com adapt aes) .
Considerando que o t ext o acima t em cart er unicament e mot ivador, discorra, de forma
fundament ada e de acordo com a Const it uio Federal brasileira, sobre os seguint es
aspect os:
nat ureza j urdica do TCU;
relao ent re o TCU e o Poder Legislat ivo;
event ual vinculao hierrquica da Cort e de Cont as com o Congresso Nacional.
Pr opost a de sol uo par a 20 l i nhas:
O Tribunal de Cont as da Unio TCU rgo de nat ureza j urdica polt ico
administ rat iva, de previso const it ucional, encarregado de auxiliar o Congresso Nacional
CN no exerccio do cont role ext erno. O Tribunal no int egra o Poder Judicirio, carece de
compet ncias j urisdicionais e suas decises no fazem coisa j ulgada na acepo
t radicional.
A relao ent re o TCU e o Poder Legislat ivo deve ocorrer nos exat os moldes da
Const it uio Federal, em uma circunst ncia de harmonia, independncia funcional e
cooperao no desempenho do cont role t cnico- financeiro. No h, port ant o, subordinao
t cnica ou polt ica da Casa de Cont as em relao ao Parlament o. Ent ende- se que a Cort e
de Cont as Federal no faz part e do Poder Legislat ivo, pois a Cart a Magna prev como
int egrant es de sua est rut ura apenas as Casas Legislat ivas: Cmara dos Deput ados e
Senado Federal.
No se pode afirmar que exist a vinculao hierrquica ent re o TCU e o Congresso. A
at uao do Tribunal em at endiment o s demandas legislat ivas de cont role no ocorre por
hierarquia, mas por expressa previso const it ucional nesse sent ido. Enquant o o CN realiza
o cont role polt ico da Administ rao, o Tribunal prov o apoio t cnico para essa finalidade,
sem prej uzo das compet ncias privat ivas da prpria Cort e de Cont as.
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
O Tribunal de Cont as da Unio TCU rgo de nat ureza j urdica polt ico
administ rat iva, de previso const it ucional, encarregado de auxiliar o Congresso Nacional
CN no exerccio do cont role ext erno.
A relao ent re o TCU e o Poder Legislat ivo deve ocorrer nos exat os moldes da
Const it uio Federal, em uma circunst ncia de harmonia, independncia funcional e
cooperao no desempenho do cont role t cnico- financeiro.
Desse modo, no se pode afirmar que exist a vinculao hierrquica ent re o TCU e o
Congresso. A at uao do Tribunal em at endiment o s demandas legislat ivas de cont role
no ocorre por hierarquia, mas por expressa previso const it ucional nesse sent ido.
6) ( Anal i st a de Cont r ol e Ex t er no/ TCU/ 2004)
Redij a um t ext o dissert at ivo a respeit o do j ulgament o das cont as no Tribunal de Cont as da
Unio ( TCU) , abordando, necessariament e, os seguint es aspect os:
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espcies de decises nas prest aes e t omadas de cont as;
conseqncias do reconheciment o de m- f do responsvel pelos recursos pblicos;
concluses possveis do TCU acerca das cont as.
Pr opost a de sol uo par a at 60 l i nhas ( anal ogi a ao TCU) :
O Tribunal de Cont as da Unio TCU o rgo compet ent e, consoant e a Const it uio
Federal de 1988, para j ulgar as cont as dos administ radores e demais responsveis por
bens e valores pblicos, e as daqueles que derem causa a perda, ext ravio ou out ra
irregularidade de que result e prej uzo ao errio. Essa disposio decorre do princpio
republicano, segundo o qual t odo gest or de recursos pblicos deve prest ar cont as de sua
boa e regular aplicao, pois o pat rimnio pblico pert ence, em lt ima inst ncia,
sociedade.
Quando do j ulgament o das referidas cont as, o TCU pode adot ar t rs espcies de
decises: preliminar, definit iva ou t erminat iva. A primeira ocorre quando o relat or ou o
Tribunal resolve sobrest ar o j ulgament o, realizar cit ao, audincia, diligncia ou rej eit ar
as alegaes de defesa, com fixao de novo e improrrogvel prazo para quit ao de
dbit o j apurado. Definit iva a deciso que j ulga as cont as regulares, regulares com
ressalva ou irregulares. E t erminat iva a espcie decisria que considera as cont as
iliquidveis e ordena seu t rancament o, quando, caso fort uit o ou fora maior, no for
possvel apreciar o mrit o.
Est previst o no Regiment o I nt erno do TCU um procediment o especfico na apreciao
das cont as no que diz respeit o exist ncia de boa ou m- f. Aps a cit ao, quando o
responsvel apresent ar alegaes de defesa, se ficar configurada a boa- f, e no houver
out ra irregularidade na gest o, o Tribunal proferir um acrdo. Nesse expedient e, fixar-
se- novo e improrrogvel prazo para recolhiment o do dbit o at ualizado, o que, se vier a
ocorrer, sanear o processo e implicar j ulgament o pela regularidade com ressalvas.
Desse modo, a cont rrio senso, se na respost a cit ao for reconhecida a m- f do
responsvel pelos recursos pblicos, o Tribunal proferir j ulgament o definit ivo de mrit o
pela irregularidade das cont as. Em consequncia, poder haver det erminao de
ressarciment o, aplicao de mult a proporcional ao dbit o e inabilit ao para o exerccio de
funo de confiana ou cargo em comisso na Administ rao Federal, de cinco a oit o anos,
se considerada grave a infrao.
As concluses possveis sobre as cont as em sede de deciso definit iva so:
regularidade, regularidade com ressalvas ou irregularidade. A primeira ocorre quando as
cont as reflet em a exat ido dos demonst rat ivos cont beis, a legalidade, legit imidade e a
economicidade dos at os de gest o. A aposio de ressalva s cont as se d no caso de
impropriedade ou out ra falha de nat ureza formal de que no result e dano ao errio. E a
irregularidade decorre de sit uaes como: omisso no dever de prest ar cont as, dbit o ao
errio, at o ilegt imo, ilegal ou ant ieconmico, infrao norma legal regulament ar de
nat ureza cont bil, orament ria, financeira, operacional e pat rimonial e desfalque ou
desvio de bens, dinheiros e valores pblicos.
Pelo expost o, rat ifica- se a import ncia do j ulgament o de cont as dos gest ores pblicos
como forma de cumprir com o princpio republicano e o da prest ao de cont as e, em
decorrncia, possibilit ar a responsabilizao dos responsveis, correo dos procediment os
e aprimorament o da gest o pblica.
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Quest es Di scur si v as Pr opost as
3
1) ( Pr ocur ador / TCE- RJ/ 2005) Podem os Est ados- membros da Federao dispensar em
seus est at ut os const it ucionais a prest ao de cont as da Administ rao Pblica diret a e
indiret a? Fundament e suas respost as com base nos disposit ivos const it ucionais
pert inent es.
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
Os Est ados- membros da Federao no podem dispensar, mediant e normas locais, a
obrigat oriedade de prest ao de cont as da Administ rao, a cargo dos gest ores pblicos
que arrecadam, gerenciam, administ ram, guardam e ut ilizam recursos pblicos, sob pena
de inconst it ucionalidade.
A um, porque a prest ao de cont as princpio const it ucional sensvel, ou sej a, uma
vez descumprido, j ust ifica a int erveno da Unio no Est ado
4
, ou do Est ado no Municpio
5
.
A dois, porque o dever de prest ar cont as est insculpido const it ucionalment e como
obrigao de t odo aquele que lide com recursos pblicos, em decorrncia do princpio
republicano, consoant e art . 70, pargrafo nico, da Cart a Polt ica, aplicvel por simet ria
aos ent es subnacionais por fora do art . 75.
2) Considere os seguint es disposit ivos const it ucionais:
Art . 37. A administ rao pblica diret a e indiret a de qualquer dos Poderes da Unio,
dos Est ados, do Dist rit o Federal e dos Municpios obedecer aos princpios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, t ambm, ao
seguint e:
Art . 70. A fiscalizao cont bil, financeira, orament ria, operacional e pat rimonial da
Unio e das ent idades da administ rao diret a e indiret a, quant o legalidade,
legit imidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receit as, ser
exercida pelo Congresso Nacional, mediant e cont role ext erno, e pelo sist ema de
cont role int erno de cada Poder.
Com base no expost o, conceit ue os princpios aplicveis gest o e ao cont role da
administ rao pblica brasileira.
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
A conceit uao dos princpios const it ucionais aplicveis gest o e ao cont role
compreende: a legalidade, como sendo o respeit o est rit o ao imprio da lei, ou sej a, o
administ rador pblico s pode fazer o que ela lhe aut oriza; a impessoalidade a busca do
int eresse pblico, ou a no vinculao da at uao administ rava imagem de seus
represent ant es; a moralidade a necessidade de at uao t ica do agent e pblico; a
publicidade consist e na obrigat oriedade de publicao oficial dos at os administ rat ivos para
que possam produzir efeit os ext ernos; e, a eficincia o melhor uso dos recursos para
at ingiment o dos obj et ivos desej ados.
3
Essas quest es so de out ras bancas ou ent o elaboradas pelo professor. Todas foram criadas para
serem respondidas em 10 linhas.
4
CF/ 88, art . 34, VI I , d.
5
CF/ 88, art . 35, I I .
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Alm desses, a legit imidade, previst a no art . 70, envolve o cumpriment o da lei e,
adicionalment e, do int eresse pblico e da moralidade. A economicidade, por sua vez, seria
a necessidade de minimizao dos cust os sem prej uzo da qualidade.
3) Tendo em cont a o papel const it ucional dos Tribunais de Cont as frent e aos princpios
republicano e federat ivo, argument e sobre a relao ent re esses princpios e o modelo
brasileiro de cont role ext erno.
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
O cont role ext erno da Administ rao um corolrio do princpio republicano, segundo
o qual o Est ado a coisa pblica ( res publica) e, por isso, quem est iver exercendo suas
funes, em nome do povo, deve cont as de sua at uao. O cont role t cnicofinanceiro
obj et iva, port ant o, concret izar a funo fiscalizat ria a cargo do Poder Legislat ivo, por
meio da anlise das prest aes de cont as e do exerccio do cont role dos at os de quem
est ej a na gest o do pat rimnio pblico.
Nada obst ant e, o modelo brasileiro de cont role ext erno cont m pot encial afront a ao
princpio federat ivo, na medida em que est at ui a possibilidade de um rgo est adual
( Tribunal de Cont as do Est ado) fiscalizar o pat rimnio e j ulgar cont as relat ivas a rgos e
agent es municipais.
4) A est rut ura administ rat iva federal abrange a administ rao diret a ( Unio) e
administ rao indiret a ( aut arquias, fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedades de
economia mist a) . Temos t ambm os chamados ent es paraest at ais, que, embora no
int egrem a est rut ura formal da administ rao, prest am relevant es servios de int eresse
pblico, a exemplo dos servios sociais aut nomos, das organizaes sociais e das
organizaes da sociedade civil de int eresse pblico.
Nessa linha, coment e acerca da possibilidade de exerccio do cont role ext erno do Tribunal
de Cont as da Unio sobre os t rs Poderes da Unio, administ rao indiret a e ent es
paraest at ais, apont ando os disposit ivos const it ucionais pert inent es.
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
A at ividade de cont role ext erno do Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) , em acepo
subj et iva, compreende a fiscalizao financeira da Administ rao Pblica federal, diret a e
indiret a, o que inclui as empresas est at ais, em decorrncia do escopo conferido pelo art .
70, caput , da Cart a Maior.
Em concepo obj et iva, a j urisdio do TCU alcana os recursos pblicos federais,
independent ement e de quem os est ej a gerindo. Port ant o, o cont role do Tribunal pode
alcanar inclusive os ent es paraest at ais servios sociais aut nomos, organizaes sociais
e organizaes da sociedade civil de int eresse pblico, em face do cont ido no art . 70,
pargrafo nico, da Const it uio Federal.
5) Considere a seguint e sit uao hipot t ica.
Tcio administ rador pblico federal. Teobaldo servidor da mesma ent idade em que Tcio
gest or, t endo recebido grat ificaes indevidas em seu cont racheque. Esse, mesmo cient e
da sit uao, no se manifest ou perant e a administ rao, ant e a presuno de legit imidade
dos at os administ rat ivos.
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Em sede de t omada de cont as, Tcio foi responsabilizado pela prt ica de at os de gest o
irregulares que causaram dano ao errio. Nesse mesmo processo, o Tribunal de Cont as da
Unio ( TCU) t ambm det erminou a Tcio que providenciasse a glosa da parcela indevida do
cont racheque de Teobaldo.
Considerando os disposit ivos const it ucionais e a j urisprudncia do Supremo Tribunal
Federal, dissert e, de forma sucint a, acerca dos seguint es pont os:
Teobaldo t em direit o a exercer seu direit o fundament al ampla defesa e ao
cont radit rio?
Teobaldo, se ent ender que a deciso do TCU feriu direit o lquido e cert o seu, t em
direit o a fazer uso da garant ia const it ucional correspondent e?
De que forma a inafast abilidade de j urisdio se aplica deciso do TCU referent e a
Tcio?
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
Teobaldo t em direit o a exercer o cont radit rio e a ampla defesa, uma vez que o at o
inquinado pelo Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) no at o de apreciao inicial de
aposent adoria suj eit a a regist ro, nica hipt ese em que esses direit os no seriam
assegurados, conforme Smula Vinculant e n
o
3 do Supremo Tribunal Federal
6
.
Se Teobaldo ent ender que direit o lquido e cert o seu fora violado, pode impet rar
mandado de segurana perant e o Supremo Tribunal Federal, foro const it ucionalment e
designado para processar e j ulgar essas aes cont ra at os da Cort e de Cont as Federal
7
.
E, como as decises do TCU no so imunes ao cont role j udicial, Tcio t ambm
possui o direit o de provocar o Poder Judicirio a qualquer moment o, o qual poder cassar
a deciso do TCU, se cont rria legalidade, mas no poder reform- la.
6) Considere a seguint e sit uao hipot t ica.
Alfredo servidor pblico federal do Minist rio A desde 2008, aprovado em concurso
pblico de provas e t t ulos, sendo que at ualment e ocupa funo de confiana na qual
responsvel pela execuo financeira do referido rgo. Em 2007, ele ocupou a funo de
president e de comisso de licit ao no Minist rio B, onde era ent o lot ado. O Tribunal de
Cont as da Unio, em sede de audit oria, apurou que Alfredo comet eu irregularidades na
conduo de cert ame licit at rio no Minist rio B, decorrent e do descumpriment o da Lei de
Licit aes.
Aps o devido processo legal, respeit ados os princpios do cont radit rio e da ampla defesa,
o Tribunal decidiu que a infrao comet ida por Alfredo foi grave. Nessa linha, qual a
sano aplicvel, o rgo compet ent e do Tribunal para decidir e os efeit os prt icos?
Alm da penalidade acima referida, Alfredo foi mult ado. Qual o recurso cabvel cont ra
essa deciso? Qual a providncia a ser t omada caso, na audit oria, sej a configurada a
ocorrncia de desfalque, desvio de bens ou out ra irregularidade de que result e dano ao
errio?
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
6
Nos processos perant e o Tribunal de Cont as da Unio asseguram- se o cont radit rio e a ampla defesa
quando da deciso puder result ar anulao ou revogao de at o administ rat ivo que beneficie o
int eressado, excet uada a apreciao da legalidade do at o de concesso inicial de aposent adoria,
reforma e penso.
7
CF/ 88, ar t . 102, I , d .
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Sempre que o Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) considerar grave a infrao
comet ida, por maioria absolut a, aplicar a sano de inabilit ao para o exerccio de
funo de confiana ou cargo em comisso, de cinco a oit o anos, na administ rao pblica
federal
8
. Apenas o Plenrio do TCU pode decidir a esse respeit o
9
, devendo o servidor ser
afast ado da funo de confiana que at ualment e ocupa no Minist rio A.
Em caso de aplicao de mult a a Alfredo, o recurso cabvel cont ra essa deciso o
pedido de reexame
10
, que t enciona at acar deciso de mrit o em processo de fiscalizao
de at os e cont rat os. Se configurada a ocorrncia de desfalque, desvio de bens ou out ra
irregularidade de que result e dano ao errio, o Tribunal deve providenciar a converso da
fiscalizao em t omada de cont as especial
11
.
7) Considere que Joaquim e Manoel, gest ores pblicos est aduais, prat icaram
irregularidades na gest o de R$ 100. 000, 00 repassados pela Unio ao est ado mediant e
convnio, com o obj et ivo de const ruir um post o de sade. Por esse mot ivo, o Tribunal de
Cont as da Unio ( TCU) pret ende conden- los em dbit o pelo valor mencionado,
solidariament e. Cit ado, o primeiro alegou que apenas R$ 50. 000, 00 seriam verbas
federais, e os out ros R$ 50. 000, 00 seriam est aduais, uma vez que os valores repassados
pela Unio no t eriam sido t ot alment e ut ilizados e est ariam deposit ados em cont a
corrent e. O segundo no respondeu a qualquer comunicao do Tribunal.
Nessa sit uao hipot t ica, o Tribunal de Cont as da Unio t eria compet ncia para j ulgar
event ual t omada de cont as especial cont ra Joaquim e Manoel? Qual a nat ureza desse
processo e qual seria o rgo compet ent e para inst aur- la?
Ainda com base na sit uao hipot t ica, a defesa apresent ada por Joaquim pode ser
ut ilizada na defesa de Manoel, mesmo revel? Just ifique.
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
O Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) possui compet ncia para j ulgar a t omada de
cont as especial em coment o, pois sua j urisdio alcana os responsveis pela aplicao de
quaisquer recursos repassados pela Unio a est ado mediant e t ransferncias volunt rias
12
.
Trat a- se de procediment o administ rat ivo, sendo da aut oridade administ rat iva do rgo
concedent e a compet ncia para inst aurao.
A defesa apresent ada por Joaquim pode ser ut ilizada em favor de Manoel, pois os
argument os apresent ados por um responsvel aproveit am aos demais, mesmo ao revel,
no que concerne s circunst ncias obj et ivas. A defesa de out rem s no aproveit ar no
t ocant e aos fundament os de nat ureza exclusivament e pessoal
13
.
8) Considere o seguint e acrdo do Supremo Tribunal Federal ( adapt ado) :
"Servidor pblico. Funcionrio. Aposent adoria. Cumulao de grat ificaes. Anulao
pelo Tribunal de Cont as da Unio - TCU. I nadmissibilidade. At o j ulgado legal pelo TCU
h mais de cinco ( 5) anos. Anulao do j ulgament o. I nadmissibilidade. Consumao
reconhecida. Ofensa a direit o lquido e cert o. Respeit o ao princpio da confiana e
segurana j urdica. Cassao do acrdo. Segurana concedida para esse fim. Aplicao
8
RI TCU, art . 270.
9
RI TCU, art . 15, I , i .
10
RI TCU, art . 286.
11
RI TCU, art . 252.
12
LOTCU, ar t . 5 , VI I .
13
RI TCU, art . 161.
CURSO ON-LINE - CONTROLE EXTERNO TCNICO PARA TCU
PROFESSOR: ANTONIO SARAIVA
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do art . 5 , inc. LV, da CF. No pode o Tribunal de Cont as da Unio, sob fundament o ou
pret ext o algum, anular aposent adoria que j ulgou legal h mais de 5 ( cinco) anos." ( MS
25. 963, Rel. Min. Cezar Peluso, j ulgament o em 23- 10- 08, DJE de 21- 11- 08)
A respeit o dessa t emt ica, dissert e resumidament e sobre os seguint es pont os:
Por que o Tribunal de Cont as da Unio no pde anular esse at o de aposent adoria?
Ant es da concesso do regist ro, cabvel ampla defesa e cont radit rio ao beneficirio?
A deciso de concesso de regist ro de aposent adoria faz coisa j ulgada?
Pr opost a de sol uo par a 10 l i nhas:
O Tribunal de Cont as da Unio ( TCU) no pde anular o at o de aposent adoria porque,
na espcie, ocorreu a decadncia administ rat iva, t endo em vist a que a aposent ao j
havia sido apreciada e regist rada como legal h mais de cinco anos.
Em regra, no cabe cont radit rio e ampla defesa ant es do regist ro, pelo TCU, de at o
de concesso inicial de aposent adoria, reforma ou penso, em razo da exceo cont ida
na Smula Vinculant e n
o
3 do Supremo Tribunal Federal. Porm, se a Cort e de Cont as
deixar t ranscorrer mais de cinco anos sem a devida apreciao, passa a ser necessrio
ouvir os int eressados no processo.
A deciso de concesso de regist ro de aposent adoria no faz coisa j ulgada
administ rat iva, podendo ser revist a de ofcio pelo TCU no prazo de cinco anos.