Questões de Direito Falimentar

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VERDADEIRAS:

O sistema falimentar não tem alicerce na insolvência econômica. O pressuposto para a


instauração de processo de falência é a insolvência jurídica, que é caracterizada a partir de
situações objetivamente apontadas pelo ordenamento jurídico.

Nos pedidos de falência, se o devedor não for encontrado em seu estabelecimento será
promovida a citação editalícia independentemente de quaisquer outras diligências.

A Lei de Falências e Recuperação de Empresas prevê expressamente, que, havendo reunião de


credores, a fim de se obter o limite pecuniário mínimo exigido para requerimento da falência
do devedor, aqueles devem ser considerados litisconsortes.

Ao proceder a citação para o pedido de falência, o oficial de justiça está obrigado a procurar o
devedor apenas no próprio estabelecimento empresarial. Se nele não se encontra, nem há
quem o represente, pode até- mesmo se caracterizar ato de falência.

A insolvência é o pressuposto material objetivo da falência. Revela-se pela impotência


patrimonial do agente econômico em satisfazer regularmente a obrigações exigíveis ou pela
adoção de condutas sintomáticas de estado patrimonial deficitário. É a condição de
inviabilidade empresarial ditada por fatores de diversa etiologia e desvelada por
sintomatologia variada.

A frustração da execução individual é demonstrada por uma certidão em que conste que não
houve a satisfação do débito líquido, certo e exigível executado, o depósito dos valores ou a
nomeação de bens suficientes à penhora. Para tanto, no processo de execução, caso não tenha
ocorrido, no prazo de três dias da citação do processo de execução, pagamento ou depósito de
valores, nem o oficial de justiça tenha localizado bens à penhora, imprescindível que o
exequente requeira a intimação do executado para que nomeie bens a serem penhorados na
execução.

A falência incide tanto sobre o empresário, ou sociedade empresária regular, como sobre o
empresário de fato, mas a recuperação só alcança os que exercem a empresa conforme a lei. A
recuperação é instituto decorrente de favor legal conferido pelo órgão judiciário aos que
preenchem os requisitos postos no direito positivo. Como desfrute de outorga jurídico-legal,
submete-se às respectivas condições de exercício.

Em relação à retirada e admissão de sócios em uma sociedade limitada, quando do evento


falimentar, estando totalmente integralizado o capital social o sócio retirante exime-se
totalmente da responsabilidade pelas obrigações junto a terceiros, após a averbação do
respectivo instrumento na Junta Comercial, desde que prove a solvência das obrigações
anteriores à sua retirada e que os credores tenham consentido expressamente ou, ainda, que
esses mesmos credores tenham realizado novação ou continuado a negociar com a sociedade.

A existência de cláusula compromissória não afeta a executividade do título de crédito


inadimplido e não impede a deflagração do procedimento falimentar, fundamentado na
impontualidade injustificada, visto que é de se reconhecer o direito do credor que só pode ser
exercitado mediante provocação estatal, já que o árbitro não possui poderes de natureza
executiva.
A mera decretação da quebra não implica a extinção da personalidade jurídica, isto porquê,
por meio da ação falimentar é instaurado o processo judicial de concurso de credores, no qual
será realizado o ativo e liquidado o passivo, para que, depois de confirmados os requisitos
legais, seja promovida a extinção da personalidade da empresa.

A Lei n. 11.101/2005, que trata da recuperação e falência da empresa, disciplina que é


competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação
judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da
filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.

O abandono do estabelecimento empresarial por parte do empresário individual ou do


representante legal da sociedade devedora importa caracterização de ato de falência. Não há
fundamento para a quebra, contudo, se o empresário ou sociedade empresária constituiu
procurador com poderes e recursos suficientes para responder pelas obrigações sociais.

A sentença que decreta a falência não é meramente declaratória, mas, por dar lugar a um
novo estado jurídico – aquele de falência –, é igualmente constitutiva, posto produzir efeitos
ex nunc e ex tunc que alteram relações jurídicas preexistentes, ou criam novas

É imprescindível a inscrição do distrato social no registro público de empresas mercantis, ainda


que a inatividade da empresa pelo período de um ano, contado do requerimento da falência,
seja comprovada por outros meios.

Estabelecimento principal, para os efeitos da LFF, não é aquele a que os estatutos da


sociedade conferem o título de principal, mas o que forma concretamente o centro vital das
principais atividades profissionais do agente econômico, o núcleo de seus negócios, onde se
densifica a empresa. Assim, o principal estabelecimento é o centro de operações negociais,
sem que, por isso, seja o centro de seus principais interesses

Instrumentos de protesto que não identifiquem a pessoa que recebeu a carta intimatória
pretensamente entregue à devedora, ausente qualquer documento positivador da existência
de real e efetiva intimação, restam visceralmente maculados de irregularidade, não
autorizando o acolhimento da postulação falencial, em face da ausência de pressuposto
essencial à constituição válida e regular da relação processual.

Se no curso da primeira fase do processo falimentar as partes acordam o pagamento


parcelado da dívida, o acordo deve ser homologado, que dará ensejo ao cumprimento da
sentença homologatória nos próprios autos, nos quais, porém, não mais poderá ser decretada
a quebra. 

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