Este documento descreve a declaração de autofalência como uma alternativa para encerrar atividades empresariais diante de dívidas insustentáveis. Apresenta os requisitos para solicitação de autofalência segundo a Lei no 11.101/2005, como demonstrações contábeis e relação de credores e bens. Também discute possíveis questões que podem ser levantadas, como condutas fraudulentas ou abuso de direito.
Este documento descreve a declaração de autofalência como uma alternativa para encerrar atividades empresariais diante de dívidas insustentáveis. Apresenta os requisitos para solicitação de autofalência segundo a Lei no 11.101/2005, como demonstrações contábeis e relação de credores e bens. Também discute possíveis questões que podem ser levantadas, como condutas fraudulentas ou abuso de direito.
Este documento descreve a declaração de autofalência como uma alternativa para encerrar atividades empresariais diante de dívidas insustentáveis. Apresenta os requisitos para solicitação de autofalência segundo a Lei no 11.101/2005, como demonstrações contábeis e relação de credores e bens. Também discute possíveis questões que podem ser levantadas, como condutas fraudulentas ou abuso de direito.
Este documento descreve a declaração de autofalência como uma alternativa para encerrar atividades empresariais diante de dívidas insustentáveis. Apresenta os requisitos para solicitação de autofalência segundo a Lei no 11.101/2005, como demonstrações contábeis e relação de credores e bens. Também discute possíveis questões que podem ser levantadas, como condutas fraudulentas ou abuso de direito.
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PÓS-GRADUAÇÃO EM PERÍCIA ECONÔMICA E FINANCEIRA
JULIANA ASEVEDO ALVES
PLANO DE RECUPERAÇÃO DECLARAÇÃO DE AUTOFALÊNCIA
Santa Maria, RS.
Agosto de 2022. PLANO DE RECUPERAÇÃO: DECLARAÇÃO DE AUTOFALÊNCIA
A Declaração de Autofalência pode ser uma alternativa para o fim das
atividades empresariais, reduzindo os impactos e prejuízos já causados ao empresário, credores e os demais interessados. Considerada um forma mais honrosa ou menos traumática para fazer o fechamento do negócio diante da impossibilidade de renegociação judicial.
A autofalência é aquela que decorre da iniciativa do próprio empresário
que encontra-se em meio a dívidas insustentáveis, que entendendo que a atividade empresarial, não possui viabilidade de fazer renegociação das dívidas, ou a recuperação judicial do negócio quando desenquadrada da legislação. Ainda para corroborar com a conceituação, Mamede (2021) traz seguinte colaboração:
“A Autofalência passa a existir como uma alternativa de
tratamento da crise da empresa, permitindo ao empresário o encerramento de suas atividades com extinção de suas responsabilidades e retorno ao universo empresarial no prazo de 03 (três) anos, trazendo benefícios diante dos credores, do próprio devedor, da economia e toda a sociedade.”
Cabe ressaltar que não é exigido para a declaração da falência, uma
demonstração contábil e matemática de que o patrimônio ativo da sociedade empresária ou do próprio empresário, comprove a insuficiência, descrédito e/ou iliquidez, e sua insolvência total quanto a cobertura das obrigações do respectivo passivo. Para Mamede (2021):
“O documento sobre as causas determinantes da sua
falência relatará a formação da crise econômico-financeira, identificando suas causas primeiras, bem como a sua dinâmica, o seu desenvolvimento, até alcançar o decreto de falência. No pedido de autofalência, o devedor está obrigado a apresentar razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial (artigo 105, caput); são relatórios similares, mas não se confundem, já que tais razões são relatório mais amplo, compreendendo tanto os vetores e a dinâmica da crise econômica financeira, quanto a própria opção pelo requerimento da falência, recusando a possibilidade da recuperação, judicial ou extrajudicial, da empresa. Na jurisdição contenciosa, a apresentação voluntária do relatório não é obrigatória, já que se prevê apresentação quando requerida pelos credores (artigo 104, I, a). O usual é que o próprio Judiciário, ex officio, determine sua apresentação.”
Assim, torna-se extremamente importante trazer os requisitos para a solicitação
da autofalência e dos documentos exigidos, conforme art. 105, da Lei 11.101/2005 conforme segue: I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: (esses documentos são solicitados para que os problemas financeiro- econômicos sejam demonstrados, assim como a falta de perspectivas para a continuidade da sociedade na ação do seu propósito social) a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório do fluxo de caixa; II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; (se houver, para que seja nomeado um administrador judicial que irá vender os bens a fim de maximizar os ativos) IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais; V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária. Apresentados os documentos, um administrador judicial irá verificar a impossibilidade de recuperação e um juiz irá decretar a falência. Parece um processo simples, mas durante o processo será analisada a idoneidade da empresa quanto a real impossibilidade de cumprimento de suas obrigações, e podem ser levantadas as seguintes questões: - um credor, ou a justiça (na análise do administrador), podem identificar movimentações financeiras que possam caracterizar as seguintes condutas, consideradas crimes: Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem. Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Art. 174. Adquirir, receber, usar, ilicitamente, bem que sabe pertencer à massa falida ou influir para que terceiro, de boa-fé, o adquira, receba ou use: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Ou pode ser identificado o abuso de direito, caso haja confusão patrimonial, entre os negócios pessoais dos sócios e os da empresa, ou desvio de finalidade da atividade, ou ainda, caso o administrador judicial constate que a sociedade já havia se dissolvido irregularmente antes do pedido de autofalência (por exemplo, pelo encerramentos das atividades tempos antes, ausência de funcionários ou abandono de imóvel sede da empresa). Para estes casos também é determinada a desconsideração da personalidade jurídica, levando o patrimônio pessoal dos sócios (com exceção dos impenhoráveis, como imóvel único de residência da família) à cumprir as obrigações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005. DISPONÍVEL EM:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm. Acesso e, 01 ago. 2022.
NEGRÃO, Ricardo. Falência e recuperação de empresas: aspectos objetivos da Lei n.