Análise Histórica e Estatística
Análise Histórica e Estatística
Análise Histórica e Estatística
Bairro Maracanã +
Aldeia Marak'anà
ANÁLISE HISTÓRICA E ESTATÍSTICA
Juan Molina • Mariana Schwartz • Victor Gabriel Rocha
O BAIRRO
O nome Maracanã vem do
tupi maraka’nã, que
significa papagaio. Recebeu
esse nome por conta de aves
dessa e de outras espécies
que habitavam à beira do
rio.
O bairro faz limite com a
Praça da Bandeira, São
Francisco Xavier, Tijuca e
Vila Isabel na Zona Norte e
Bairro Imperial de São
Cristóvão e Mangueira na
Zona Central Fonte: Google Imagens
ORIGEM DO BAIRRO
Na época da "colonização" portuguesa no
Brasil, a região do bairro Maracanã era um
território pantanoso. Logo, o processo de
edificações e o adensamento populacional
foi feito pelo leito do rio Maracanã.
A partir da segunda metade do século XIX, a
região começa a passar por intensas
transformações. A necessidade de se
expandir a cidade do Rio de Janeiro para
áreas mais afastadas do centro, as fazendas,
os sítios e as chácaras deram lugar a belos
sítios de moradia, que atraíam uma
população de maior poder aquisitivo,
tornando esta área de classe média alta.
ESTÁDIO
Foi inaugurado em 1950, inicialmente com o nome de Estádio Municipal, o Estádio Jornalista Mário Filho (O Estádio do
Maracanã) tendo sido utilizado na Copa do Mundo de Futebol daquele ano. Quando da sua inauguração, a capacidade oficial de
155 mil lugares fez o Maracanã superar o Hampden Park, de Glasgow, e se tornar o maior estádio do mundo na época.
ATUALMENTE
Hoje em dia o bairro Maracanã é configurado por ruas tipicamente residenciais, no entanto contém diversos colégios e empresas.
Apesar de investimentos na infraestrutura, esse é um dos bairros onde mais ocorrem enchentes e alagamantos da cidade. É um
bairro de boa acessibildade aos principais pontos da cidade, várias opções de lazer e entretenimento.
INFRAESTRUTURA
O RIO MARACANÃ
IDH PRAÇA DA
IDH MANGUEIRA BANDEIRA
0,800 0,867
Moradores relatam abandono após copa do mundo. De acordo com dados do ISP, casos 1 lava jatos irregulares
de roubo de celular aumentaram 220% na região. Foram 115 assaltos nos primeiros
2 cracolândia
meses de 2014 e 396 no mesmo período de 2018. Segundo os moradores, a formação de
uma "cracolândia" na região contribuiu para o aumento da criminalidade. 3 assaltos frequentes
TRASPORTE NO
ENTORNO
IMEDIATO
É uma região que
possui uma variedade
de transporte, por
possuir um marco da
cidade do Rio de
Janeiro. Uma área
frequentada por
moradores de todas a
regiões do estado. metrô ônibus
Fonte: Ge
ÁREA DE VEGETAÇÃO
Depois de receber sua ordem de despejo, a Aldeia Maracanã começou a se mobilizar, procurando por apoio de
agências estaduais e federais, bem como de organizações não-governamentais. Na ausência de apoio sustentado,
incluindo da FUNAI, eles recorreram às mídias sociais e à organização coletiva.
No fim, uma parte do grupo chegou a um
acordo com o governo do Estado para
registrar o prédio como patrimônio e
transformá-lo no Centro de Referência
para Culturas Indígenas. A renovação do
prédio se estagnou sob a austeridade pós-
megaeventos, mas o grupo continuou a
pressionar para que acontecesse.
Outro grupo—que se renomeou como Aldeia Rexiste—se
recusou a deixar o prédio abandonado. Os membros do
grupo foram violentamente expulsos em março de
2013, mas continuaram tentando reocupar o prédio
depois disso.
COMO VIVEM OS INDÍGENAS
NA ALDEIA MARACANÃ
Sem água encanada, energia
elétrica ou apoio do governo,
10 famílias indígenas de
diversas etnias, como
Ashaninka, Guajajara,
Kati, Tembé, Apurinã,
Manauara e Kaiowá,
retornaram ao antigo imóvel
no fim de 2016 e mantêm o
local habitável de acordo
com as tradições
ancestrais.
“Aqui não temos água, luz, assistência. Nós recebemos aqui água da chuva, a luz ninguém liga, a fogueira é nossa luz. Também
não temos botijão de gás, fazemos tudo na fogueira. As pessoas do sistema vêm aqui e não entendem como a gente vive assim.
A nossa religião aqui e o cosmos: o Sol, a Lua”
A Aldeia Maracanã é um movimento vivo, é a evidência de que, não importa quantas vezes os povos indígenas sejam destituídos de
suas posses, discriminados, silenciados e invisibilizados, eles encontrarão espaço para resistência, sobrevivência e ressurgência.
E esse espaço também será na cidade.