Cartilha Pacto Envelhecimento

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PACTO NACIONAL DE

IMPLEMENTAÇÃO DOS
DIREITOS DA PESSOA
IDOSA- PNDPI
COMPROMISSO DA DÉCADA DO
ENVELHECIMENTO 2020 - 2030
Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Pacto Nacional de Implementação dos


Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Compromisso da Década do Envelhecimento 2020 -


2030

Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade,


assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a
dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos
civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na
Constituição e nas leis. (Estatuto do Idoso)

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Presidente da República Federativa do Brasil

Jair Messias Bolsonaro

Ministra de Estado da Mulher, da Família e


dos Direitos Humanos

Damares Regina Alves

Secretário Nacional de Promoção e Defesa


dos Direitos da Pessoa Idosa

Antônio Costa

Projeto Grá�
o e Diagramação

ASCOM / MMFDH

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Projeto:

Pacto Nacional de Implementação


dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Compromisso da Década do Envelhecimento 2020 - 2030

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

SIGNATÁRIOS

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

Distrito Federal

Estados

Municípios

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Sumário

MENSAGEM DA MINISTRA...........................................................................................................8
MENSAGEM DO SECRETÁRIO.....................................................................................................9
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................12
CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................................15
Considerações sobre a implementação da política
da pessoa idosa em nível local ...............................................................................................15
Marco Legal das Políticas para o Idoso no Brasil..........................................................17
Estatuto do Idoso o Alicerce do Pacto.................................................................................18
O Papel do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa................................19
Quantidade de Municípios por Região: 5.570 ................................................................17
Dados dos estados e municípios cadastrados ano 2020.........................................22
Dados dos estados e municípios cadastrados ano 2020.........................................23
OBJETIVO GERAL.............................................................................................................................27
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...........................................................................................................27
EIXOS E DIRETRIZES ESTRUTURANTES...............................................................................27
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................41

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

MENSAGEM DA MINISTRA

Vamos fazer um pacto para cuidar dos idosos do Brasil?


A competência para cuidar do idoso em nossa Nação é concorrente:
isso significa que tanto a União como Estados, Municípios e Distrito Federal
podem e devem estabelecer políticas de defesa dos direitos da pessoa
idosa. Entretanto, também é preciso sinergia, trabalhar em conjunto: uma
política nacional de atendimento aos direitos da população idosa terá muito
mais eficácia se contar com a colaboração e o apoio de Estados e Municípios.
A expectativa de vida dos brasileiros tem aumentado de ano para
ano. Conforme pesquisa realizada em julho de 2018 pelo IBGE, a previsão
é de que, até o ano de 2060, o percentual de pessoas com mais de 65
anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%, o que demanda políticas públicas
sistêmicas e transversais, para assegurar o respeito e cumprimento dos
direitos dos idosos no Brasil.
Esses fatos mostram como se faz necessário um pacto do Governo
Federal com os Estados, Municípios e Distrito Federal para garantir os direitos
do idoso. Nosso objetivo é estimular a criação de conselhos da pessoa
idosa, reativar os conselhos já criados que estejam inativos e capacitar os
conselheiros, a fim de dar todo o suporte na proteção e defesa dos direitos
da população idosa.
Trata-se de assegurar ao idoso todos os seus direitos humanos:
proteção integral, participação na comunidade, dignidade, respeito, bem-
estar e a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade religiosa,
à convivência familiar e à segurança, colocando a pessoa idosa a salvo de
qualquer espécie de violência.
Nossos idosos precisam de todos nós! Por isso estou convidando os
gestores estaduais, municipais e distritais para aderir ao Pacto Nacional de
Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa. Vamos cuidar dos vovôs de
hoje porque amanhã será a nossa vez. Com o esforço conjunto do Governo
Federal, dos Estados e dos Municípios vamos obter uma resposta mais
efetiva na proteção e defesa dos idosos da nossa Nação!

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

MENSAGEM DO SECRETÁRIO

Após o clamor da Organização Mundial de Saúde, nos anos 2000,


momento em que foi enfatizado o aumento do envelhecimento do ser
humano em todo o mundo, percebeu-se o início iminente de vivência da
chamada Terceira Onda. Isso, como dantes mencionado, ocorreu em todo o
mundo, e, desta feita, o Brasil já estava inserido em tal situação.
Por intermédio de dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, notou-se que tais dados já indicam tanto o aumento da
população idosa no País, bem como a sua expectativa de vida. Por esta razão,
nota-se a necessidade de o Brasil aparelhar, de forma efetiva, seus agentes
públicos, a sociedade civil e os demais segmentos relacionados à questão da
pessoa idosa, para responder de forma determinante e satisfatória ao grande
desafio do envelhecer brasileiro. Cabe destacar que o trabalho deve abranger
as esferas Federal, Estadual e Municipal, a fim de que se obtenha um resultado
adequado às demandas que envolvem as pessoas idosas no País.
Além dos dados anteriormente coletados, o ano de 2020 se mostrou
atípico para todos, devido ao surgimento da pandemia da COVID-19, que
fragilizou, consideravelmente, a população vulnerável de todo o mundo,
tanto nos países desenvolvidos quanto nos países emergentes.
Mediante diagnóstico realizado por esta Secretaria, neste período
do ano de 2020, que buscou a realidade de alguns setores como Conselhos
Estaduais e Conselhos Municipais de Direitos da Pessoa Idosa, Instituições
de Longa Permanência - ILPIs e a rede nacional de cuidados, chegou-se à
conclusão de que há uma necessidade urgente de promover a retomada de
ações que visem à proteção, à promoção e à defesa dos direitos da pessoa
idosa no Brasil.
Segundo nossas pesquisas, as supramencionadas ações se
direcionam aos Municípios, onde tudo deve começar. Além disso, impende
salientar que o foco principal das referidas ações aponta para os gestores
municipais, que conduzem a política social na esfera municipalista. O
objetivo desta Secretaria traduz-se na criação e na revitalização dos
Conselhos Municipais de Direitos da Pessoa Idosa, os quais são os agentes
propagadores da política local do idoso.
A ideia do Pacto Nacional para Implementação da Política de Direitos
da Pessoa Idosa não é nenhuma novidade, mas sim uma forma de buscar
alianças diante da precariedade desta política na maioria dos municípios
que, por sua vez, precisam de um processo improtelável de sensibilização
e de motivação para a criação de mecanismos locais que coloquem em
prática o Estatuto do Idoso, que é o instrumento guia de orientação da
Política Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.
A nova década do envelhecimento chegou, e bastante tempo foi

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

perdido. Entretanto, agora é preciso buscar a união nacional em favor das


pessoas idosas. Deste modo, a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa
dos Direitos da Pessoa Idosa – SNDPI, juntamente com o Ministério da
Mulher, da Família e Direitos Humanos – MMFDH, lançam este desafio,
contando com os parceiros dos Estados e dos Municípios que aderirem a
este Pacto.
Essa Secretaria, representada na presente fala por seu Secretário
Nacional, acredita genuinamente no poder de mobilização do povo
brasileiro nesta causa tão importante, justa e emergente. O Brasil como
um todo precisa se preparar para cuidar melhor dos seus idosos, precisa
protege-los melhor das violências que são cometidas contra estes
seres humanos, detentores da cultura familiar, que além de atenção,
merecem cuidados e que seus direitos sejam fielmente respeitados.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

INTRODUÇÃO
Definir a velhice, a princípio, parece simples. Porém, este é um tema
complexo, que necessita de aprofundamento em sua análise e envolve
várias dimensões da vida, quais sejam: biológica, psicológica, sociológica,
econômica, cultural, dentre outras.
No ano de 1982, em Viena, foi realizada a 1º Assembleia Mundial da
Organização das Nações Unidas - ONU sobre envelhecimento. Vinte anos
depois, em 2002, foi realizada, em Madrid, a 2º Assembleia, também pela
ONU. O Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento, do qual o Brasil
é signatário, foi um dos produtos desta segunda Assembleia.
Estas agendas conduzidas pelo ONU foram fundamentais para o
despertar do Brasil acerca da incorporação desta discussão, bem como
para o aprimoramento do seu repositório jurídico sobre a temática. O reflexo
dessas agendas internacionais no Brasil permitiu ao País avançar com sua
pauta interna sobre políticas para este segmento populacional.
Desta feita, em 4 de janeiro de 1994, foi promulgada a Lei nº 8.842,
que dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional
do Idoso e dá outras providências. Em 1º de outubro de 2003, mais uma
conquista para a população idosa foi alcançada, foi publicada a Lei 10.741,
qual seja, o Estatuto do Idoso.
Em 2016, a Resolução WHA69.3, fruto da sexagésima nona
Assembleia Mundial da Saúde, reafirmada no Canadá em 2018 durante a
14ª. Conferência Global sobre Envelhecimento, trouxe a proposta de cinco
objetivos estratégicos para políticas públicas do envelhecimento voltadas
para as pessoas idosas. A saber:

1. Engajamento de todos os países com ações voltadas para o


envelhecimento saudável da população;
2. Criação de ambientes “amigos do idoso” nas cidades;
3. Enquadramento dos sistemas de saúde para atender às
necessidades dos mais velhos;
4. Desenvolvimento de serviços de cuidados de longo prazo,
como centros comunitários e instituições;
5. Aperfeiçoamento da medição e do monitoramento de dados.

No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios


Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada pelo
IBGE, a população manteve a tendência de envelhecimento dos últimos
anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos
30,2 milhões em 2017. Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de
25,4 milhões.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

É importante destacar também que as pessoas idosas farão parte de


um grupo maior que o de crianças com até 14 anos, em 2030. Estima-se que
em 2025, serão 64 milhões de velhos e, em 2050, um em cada três brasileiros
será idoso, representando aproximadamente 29,7% da população. Esta nova
configuração demográfica promoveu um novo olhar sobre o envelhecimento
e a velhice, modificando as relações deste extrato populacional.
Os 4,8 milhões de novos idosos em cinco anos correspondem a um
crescimento de 18% desse grupo etário, que tem se tornado cada vez mais
representativo no Brasil. As mulheres são maioria expressiva nesse grupo,
com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3
milhões (44% do grupo).
Com o crescimento da população idosa, surgem novos desafios
de políticas públicas e necessidades de atualização e aprimoramento do
arcabouço legislativo que trata sobre o tema para suprir as demandas
oriundas desse segmento. Portanto, é de relevante importância iniciativas do
Estado, mediante suas esferas de poder (legislativo, executivo e judiciário),
que promovam e fomentem a defesa dos direitos da pessoa idosa por meio
da formulação de diretrizes legais e de políticas públicas específicas que
atendam às necessidades desse público.
Desta forma, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos, por intermédio desta Secretaria, vem empreendendo esforços no
sentido de formular políticas e iniciativas que contribuam para promoção
e defesa dos direitos da pessoa idosa, além de estabelecer diretrizes que
fomentem o envelhecimento ativo e saudável da população brasileira.

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CONTEXTUALIZAÇÃO

Considerações sobre a implementação da política da


pessoa idosa em nível local
O processo de implementação de determinada política pública é
sempre um desafio para os gestores, pois é nessa etapa do ciclo da política
que, de fato, esta se concretiza na prática. Para Saraiva e Ferrarezi (2006, p. 34),
trata-se da preparação para pôr em prática a política pública, a elaboração
de todos os planos, programas e projetos que permitirão executá-la.
Na visão de Arretche (2001: p. 46), a implementação corresponde
a uma outra fase da “vida” de um programa na qual são desenvolvidas as
atividades pelas quais se pretende que os objetivos, tidos como desejáveis,
sejam alcançados. Na concepção de Pires (2016: p. 193), a implementação
compreende todo o conjunto de decisões e ações desempenhadas entre
o lançamento de uma política governamental e a percepção dos seus
resultados, envolvendo, simultaneamente, atividades de execução, (re)
formulações e tomada de decisão sobre as ações necessárias.
Dessa forma, a implementação não pode ser concebida como um
processo simples e automático, pois envolve uma complexidade política,
social e institucional para sua efetivação; um processo não linear e complexo,
no qual várias decisões centrais são tomadas, envolvendo diversos atores,
com potencial para alterar o conteúdo e a forma das políticas (PIRES, 2016,
p.193).
Nessa perspectiva, o sucesso dessa implementação está
diretamente relacionado ao seu desenho e arranjos escolhidos,
compreendendo as articulações e configurações que são elaboradas
ainda na fase de planejamento com os atores de interesse na política e se
desdobram nas demais etapas do ciclo. Entretanto, é quase impossível que
a implementação de determinada política ou programa ocorra exatamente
de acordo com o desenho e os meios previstos, pois é grande a distância
entre os objetivos e o desenho de programas tal como concebidos por seus
formuladores originais, pois tais programas são resultado de uma complexa
combinação de decisões de diversos atores. (ARRETCHE, 2001, p. 45,47).
Apesar da existência das diretrizes estabelecidas pelos formuladores
das políticas e programas, o processo de implementação propriamente dito
se dará, de fato, na prática, conforme os recursos e ações desenvolvidas
pelos implementadores da política no local onde esta acontece. Esses
implementadores possuem margem de autonomia para determinar a
natureza, a quantidade e a qualidade dos bens e serviços a serem oferecidos,
o que lhes confere a prerrogativa de fazer a política conforme os seus

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referenciais (ARRETCHE, 2001, p. 48). Esses aspectos da implementação


podem adotar características positivas ou negativas dependendo de quais
referenciais serão utilizados pelos implementadores, o que será refletido
diretamente nos resultados e impactos da política.
Além disso, os atores da política apresentam diversos interesses
(políticos, ideológicos, pessoais, etc.) que exercem grande poder de influência
na implementação, corroborando para o sucesso ou fracasso da política.
Para Arretche (2001: p. 48), quanto mais complexo for um programa, maior
será a variedade de interesses e concepções envolvidos em sua execução
e, por consequência, mais fortes serão as tendências à não convergência.
A descontinuidade das políticas locais ocasionadas por transições entre
governos é, de fato, um obstáculo ao processo de implementação e
consolidação de políticas no nível local.
Nesse sentido, a capacidade de articulação, motivação e
coordenação entre atores, bem como dos processos envolvidos é o que
define o arranjo institucional da política e a capacidade do governo local
em colocar em prática políticas públicas em atendimento para determinada
demanda e/ou lacuna social. De acordo com Pires e Gomide (2014, p.21), são
os arranjos institucionais que dotam o Estado das habilidades necessárias
para implementar seus objetivos e são as regras, processos e mecanismos
instituídos pelos respectivos arranjos de implementação que vão explicar o
resultado alcançado por cada política pública.
Os aspectos e características territoriais na implementação da
política da pessoa idosa são relevantes na medida em que se percebe
as grandes diferenças apresentadas pelos municípios onde as políticas
são implementadas. Lotta e Favareto (2016: p. 55) citam que a noção de
território pressupõe a mobilização de três dimensões da vida social local:
(i) intermunicipalidade, isto é, uma escala geográfica de planejamento dos
investimentos mais ampla do que os municípios e mais restrita dos que os
estados; (ii) uma perspectiva intersetorial, capaz de articular interesses e
capacidades coerentes com a heterogeneidade das estruturas sociais locais;
(iii) permeabilidade à participação dessas forças sociais nos mecanismos de
planejamento e gestão.
Nesse sentido, não é trivial a identificação dos fatores locais
determinantes para implementação de políticas públicas, já que cada
localidade possui suas peculiaridades e características que exercerão
influência nos resultados. Implementar aqui é fazer com que as diretrizes
macro da política sejam conformadas e adaptadas às realidades de cada
localidade, tornando viável sua concretização e continuidade.
Outro fator de extrema relevância no processo de implementação
de políticas públicas é a intersetorialidade. É notório o entendimento que
a maioria dos temas abordados em políticas públicas são originados de
problemas cuja causa é multifatorial e envolvem uma complexidade de

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fatores que nem sempre são considerados pelos formuladores da política.


Dada esta complexidade, o processo de formulação e implementação
dessas políticas deveriam se dar com a participação dos órgãos setoriais
de interesse no tema da política, mas na maioria das vezes isso não
acontece, comprometendo de forma significativa os resultados da política. A
intersetorialidade é tanto mais efetiva quanto mais a integração for pensada
desde o planejamento até o monitoramento das políticas públicas (LOTTA E
FAVARETO, 2016, p. 54)
Na visão de Pires (2005: 67), a forma mais intuitiva e inicial, por
meio da qual o termo intersetorialidade adentra nossos debates, é pela
constatação de que os problemas sociais reais, para os quais se dirigem as
políticas públicas, são necessariamente multifacetados e não obedecem às
divisões setoriais das burocracias públicas. De acordo com Lotta e Favareto
(2016: p. 54) a intersetorialidade é construída pela conjunção de saberes e
experiências para formulação, implementação, monitoramento ou avaliação
de políticas públicas buscando alcançar resultados sinérgicos em situações
complexas.
Nessa perspectiva, o sucesso na implementação de políticas
depende da capacidade do governo local em coordenar os diversos atores
e processos, bem como mobilizar os melhores instrumentos para sua
operacionalização. Essa complexidade inerente ao processo de políticas
públicas é um desafio aos gestores de nível central como também de
nível local, pois se estabelece uma rede em que cada elemento e ator
possui características e valores próprios, assumindo sua posição e devida
importância nesse cenário. Além disso, outras parcerias devem ser
consideradas com o intuito de fortalecer as possibilidades da política local,
inclusive a mobilização de forças sociais locais para a sustentabilidade da
política em uma perspectiva de longo prazo.
Como visto, é a partir da análise criteriosa dos arranjos institucionais
de implementação é que se torna viável a compreensão da complexidade da
política e suas nuances, possibilitando ajuste e aprimoramentos tidos como
necessários. Dessa maneira, se faz necessário um diagnóstico dos recursos
e potencialidades locais para que, a partir de uma perspectiva analítica,
seja possível identificar os principais problemas que podem comprometer,
definitivamente, os resultados da política na entrega do serviço à população.
Ignorar tais aspectos é negligenciar a oportunidade de aprimoramentos e
melhorias capazes de fortalecer a política em nível local potencializando
seus resultados.

Marco Legal das Políticas para o Idoso no Brasil

A concepção que predominava no Brasil, no início do século XX, era

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

a de segregação das pessoas idosas, originando a prática de internações


em asilos, que proliferaram nesse período, numa lógica que oculta aspectos
sociais, políticos e econômicos.
Os anos 1960 inauguraram um trabalho pioneiro no Serviço Social
do Comércio (SESC), voltado para pessoas idosas, em um cenário no qual
predominava o assistencialismo. O primeiro reflexo no Brasil, no que se refere
às mudanças radicais da visão do envelhecimento impactando a legislação,
foi na Constituição Federal promulgada em 1988, na qual os movimentos
constituintes imprimiram o conceito de “participação popular”.
A Constituição reverteu a política assistencialista em curso na década
de 1980, adquirindo “uma conotação de direito de cidadania”, acrescentando
que essa década representou um período rico para a organização dos
idosos e a comunidade científica, com a realização “de inúmeros seminários
e congressos, sensibilizando dessa forma os governos e a sociedade para a
questão da velhice”.
A garantia dos direitos dos idosos na Constituição Federal está
expressa em diversos artigos, versando sobre irredutibilidade dos salários
de aposentadoria e pensões, garantia do amparo pelos filhos, gratuidade
nos transportes coletivos e benefício de um salário-mínimo para aqueles
sem condições de sustento.
A Política Nacional do Idoso, Lei nº 8842, sancionada em 1994,
nasceu com concepção avançada para sua época, porém não conseguiu ser
aplicada em sua totalidade. Esta lei também priorizou o convívio em família
em detrimento do atendimento asilar, e definiu como pessoa idosa aquela
maior de 60 anos de idade (em países da Europa, por exemplo, idosos são
aqueles com 65 anos ou mais).
A Política supracitada também sofreu influência das discussões
nacionais e internacionais sobre a questão do envelhecimento, evidenciando
não só o idoso como um sujeito de direitos, mas preconizando um
atendimento de maneira diferenciada em suas necessidades físicas, sociais,
econômicas e políticas. Essa lei foi resultado de discussões e consultas por
todo o país, com ampla participação de idosos, gerontologia e a sociedade
civil em geral.

Estatuto do Idoso o Alicerce do Pacto

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 230, dispõe que a


família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade
e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. Como dispositivo legal
infraconstitucional regulamentador desta premissa fundamental da Carta
Magna, em 1º de outubro de 2003 foi criada Lei 10.741, popularmente
conhecida como Estatuto do Idoso, que representou um avanço importante

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

para assegurar os direitos da pessoa idosa no Brasil.


Em uma perspectiva histórica, observamos os avanços progressivos
da pauta dos direitos da pessoa idosa no Brasil, que culminaram com a
promulgação da Lei 10.741 de 2003, o mais importante dispositivo para a
proteção, promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa no país.
O Estatuto do Idoso elenca em seu conteúdo uma série de temas
setoriais transversais para que os direitos da pessoa idosa no Brasil sejam
providos de forma plena, em todos os aspectos e nuances que envolvem
o processo de envelhecimento. O direito à vida; o direito à liberdade, o
direito ao respeito e à dignidade; o direito aos alimentos; o direito à saúde; o
direito à educação, cultura, esporte e lazer; o direito à profissionalização e ao
trabalho; o direito à previdência social; o direito à assistência social; o direito
à habitação; o direito ao transporte; entre outros.
Dessa forma, percebe-se que os legisladores tomaram o cuidado
de abordar o tema de forma ampla, sistêmica, intersetorial e transversal, no
sentido de identificar e atender a todas as necessidades das pessoas com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Nesse sentido, o Estatuto do Idoso é o diploma norteador para os
gestores públicos formularem as políticas mais adequadas para assegurar
os direitos da pessoa idosa.

O Papel do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa

O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI) possui


previsão na Lei nº 8.842/1994, que o estabeleceu como órgão permanente,
paritário e deliberativo, composto por igual número de representantes
de órgãos e entidades, responsável pela supervisão, acompanhamento,
fiscalização e avaliação da política nacional do idoso.
As competências e a composição do órgão foram estabelecidas
pelo Decreto nº 9.893, de 27 de junho de 2019, que dispõe sobre o Conselho
Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.
O CNDI é um órgão superior de natureza e deliberação colegiada,
integrante da estrutura regimental desta Pasta. Cabe a ele elaborar as
diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional da
Pessoa Idosa.
O referido Conselho contabilizou avanços importantes na política de
promoção dos direitos das pessoas idosas no país. Entre eles, destaca-se a
criação do Estatuto do Idoso, instrumento que assegura direitos especiais
e institui programas de promoção da qualidade de vida desta parcela da
população, com objetivo maior de reverter o quadro de violações de direitos
e assegurar os direitos das pessoas idosas.
Sendo assim, o Conselho em comento se constitui como órgão
de representação ativa e participativa do exercício da promoção, defesa e

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

garantia dos direitos humanos das pessoas idosas, tendo por incumbência
social e legal supervisionar, acompanhar, fiscalizar, avaliar e propor
diretrizes para a Política Nacional do Idoso, pautada na ética, transparência,
no compromisso, na pró- atividade, na integração, na efetividade e na
inovação”, em um trabalho que exige e requer, em face do crescente
aumento populacional de pessoas idosas, sua continuidade e permanência,
bem como o alcance de resultados positivos voltados aos envelhecimento.
O Brasil atualmente é composto por 5.570 municípios. Dados
levantados pela Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa junto aos Conselhos Estaduais da Pessoa Idosa demonstram
que atualmente constam 27 Conselhos Estaduais e 3.178 Conselhos
Municipais Cadastrados. Porém, com o advento da pandemia da COVID-19,
muitos estão desativados.
O principal agente de implementação dos direitos dos idosos são os
Conselhos Municipais e, quando atuantes, colocam em prática as políticas e
os direitos preconizados no Estatuto do Idoso.
Em detrimento do crescimento da população idosa no
Brasil e o aumento da expectativa de vida entre os idosos, é imperioso
que os municípios possam criar seus Conselhos para o fortalecimento,
e o enfrentamento na defesa dos Direitos contidos no Estatuto do Idoso.
Somente sensibilizando os gestores municipais e estaduais para aplicação
deste Pacto é que o País poderá dar uma resposta salutar ao que preconiza
a ONU nesta nova Década do Envelhecimento.
Nosso objetivo é incentivar, apoiar, orientar a todos os municípios
para que constituam Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa e estejam
implementados e ativos, a fim de fortalecer as políticas públicas voltadas
para a pessoa idosa. Para melhor compreensão, veja-se os dados abaixo:

Quantidade de Municípios por Região: 5.570

REGIÃO UNIDADE FEDERATIVA MUNICÍPIOS

NORDESTE 9 1.794
SULDESTE 4 1.668
SUL 3 1.191
OESTE 4 466
NORTE 7 450

Dados: SNDPI/2020

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Demonstrativo de Número de Conselhos por Estado


Nº de Conselho por
Estado Região Número de Municípios
Município
 São Paulo 645 589
Minas Gerais 853 380
SUDESTE
Espírito Santo 78 46
Rio de Janeiro 92 35
TOTAL 1668 1050
Paraná 399 370
Santa Catariana SUL 295 287
Rio Grande do Sul 497 190
TOTAL 1191 847
Pernambuco 185 185
 Ceará  184 167
 Piauí 224 149
Rio Grande do Norte  167 82
Maranhão  NORDESTE 217 77
Paraíba 223 61
 Bahia 417 60
 Sergipe 75 56
Alagoas 102 26
TOTAL 1794 863
Tocantins 139 47
Pará 144 40
Rondônia 52 32
 Acre NORTE 22 7
 Amapá 16 5
Amazonas 62 5
 Roraima 15 3
TOTAL 450 139
Mato Grosso 141 113
Goiás 246 86
CENTRO-OESTE
Mato Grosso do Sul 79 79
Distrito Federal 1 1
TOTAL 467 279
TOTAL GERAL 5.570 3.178

Dados: SNDPI/2020

FUNDOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DO IDOSO


O Conselho que estiver constituído e com suas atividades ativas
poderá criar o Fundo do Idoso, que é um mecanismo de incentivo fiscal, que
visa a garantia de direitos da pessoa idosa, conforme determina o Estatuto
do Idoso. Apesar de ter como base um imposto de competência federal, os
Fundos do Idoso funcionam de forma descentralizada em todo o país, ou
seja, cada estado e cada município precisa criar os seus respectivos Fundos.
Com a promulgação da Lei nº 13.979 de 03 de janeiro de 2019, a
partir do exercício de 2020, ano calendário de 2019, a pessoa física poderá

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

optar pela doação aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais,


Estaduais e Nacional de Iodos, diretamente em sua declaração de Ajuste
Anual de Imposto sobre e Renda da Pessoa Física.
No dia 25 de outubro de 2019, foram enviados os dados dos Fundos
com cadastrados efetuados para Receita Federal, sendo:
- 650 fundos cadastrados enviados para o cadastro na base da Receita
Federal;
- 428 foram cadastrados na base da Receita Federal; e
- 222 não foram cadastrados por inconsistência nas informações.
Informações da Receita Federal – agosto/2020 referente as
doações recebidas:
Foram entregues R$ 22.823.152,19 (vinte e dois milhões, oitocentos
e vinte e três mil, cento e cinquenta e dois reais e dezenove centavos) a 428
(quatrocentos e vinte e oito) fundos, correspondendo a 21.297 (vinte e uma
mil, duzentos e noventa e sete) doações.

Dados dos estados e municípios cadastrados ano 2020

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Dados dos estados e municípios cadastrados ano 2020

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

OBJETIVO GERAL

Diante dos dados obtidos, há uma necessidade de implementação


de políticas públicas dos direitos da pessoa idosa nos Estados e Municípios
para ampliação da rede de Conselhos Municipais de Direitos da Pessoa
Idosa e Fundos Municipais do Idoso.
Desta forma, o Pacto Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa
(PNDPI) tem por objetivo geral assumir um compromisso formal entre os
governos federal, estadual e municipal de implementarem as principais
políticas públicas que visam à promoção e defesa dos direitos das pessoas
idosas, políticas essas previstas no estatuto do idoso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Difundir a Política Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em especial


o Estatuto do Idoso, em território nacional;
- Ampliar o número de Conselhos dos Direitos das Pessoas Idosas;
- Reduzir o índice de violência contra a pessoa idosa.

EIXOS E DIRETRIZES ESTRUTURANTES

O Pacto consiste em um compromisso a ser assumido pela União,


pelos Estados e pelos Municípios, de cumprimento de atuação em seus eixos
estruturantes e observância das diretrizes das leis, portarias e programas
que contribuem para a defesa e efetivação do Direitos da Pessoa Idosa.
As diretrizes legais a serem observadas na implementação do Pacto
são as seguintes:

- Década do Envelhecimento Saudável ONU – 2021/2031, com


observância em suas áreas de ação: combate ao preconceito etário,
ambientes amigáveis aos idosos, alinhamento de sistemas de saúde
e cuidado a longo prazo;
- Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso;
- Lei nº 8.842, de 04 de janeiro de 1994 – Política Nacional do Idoso; e
- Decreto nº 10.133, de 26 de novembro de 2019.

Ainda, ao subscreverem o Pacto, os dirigentes das diferentes unidades


federativas deverão observar os seguintes eixos estruturantes:

- Fomento à criação de Conselhos Municipais dos Direitos da Pessoa Idosa;


- Reativação dos Conselhos de Direitos existentes;
- Instituição e regulamentação de Fundos Municipais do Idoso;
- Capacitação de Conselheiros;

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

- Promoção de ações articuladas com o Pacto Nacional; e


- Fortalecimento das redes de proteção e atendimento à pessoa
idosa.

Ademais, ressalta-se que duas ações estratégicas serão estipuladas


como metas prioritárias para o ano de 2021: a criação de Conselhos e Fundos
da Pessoa Idosa nos Municípios que ainda não os possuem. Posteriormente,
em uma segunda fase, as ações estratégicas serão direcionadas para os
estados e municípios com Conselhos formados, mas que não possuem
Fundos e nem Conselheiros capacitados.

Desta feita, seguem abaixo os detalhamentos de cada eixo


estruturante:

1. CRIAÇÃO DE CONSELHOS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA PESSOA


IDOSA

Os Conselhos dos Direitos da Pessoa Idosa são instrumentos de


participação e controle social, são entidades indispensáveis à defesa e
promoção dos direitos de cidadania e da qualidade de vida da população
idosa e à gestão democrática das políticas públicas.
A Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, além de criar o Conselho
Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) prevê a criação dos Conselhos de
Direitos da Pessoa Idosa nos níveis estaduais, distrital e municipais de
governo.
Qualquer pessoa, organização governamental, entidade da sociedade
civil ou todas em conjunto podem propor e/ou promover ações para criação
de um Conselho Estadual ou Municipal de Direitos da Pessoa Idosa. A ação
de criar um conselho de direitos é a mobilização e participação ativa da
sociedade.
Algumas medidas podem ser tomadas para estimular a mobilização e
a participação, dentre as quais:

• Mobilização da comunidade;
• Recomenda-se que o anteprojeto de criação do conselho, disponha,
também, sobre a instituição dos fundos estaduais/municipais de direitos
da pessoa idosa; e
• Sensibilização das autoridades governamentais (governadores, prefeitos,
legislativo estadual e municipal) por meio da realização de audiências
entre a comissão e estas autoridades para referendar a importância da
aprovação do anteprojeto.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

O Brasil atualmente é composto por 5.570 (cinco mil quinhentos


e setenta) municípios. No registro do Conselho Nacional dos Direitos da
Pessoa Idosa – CNDI, constam identificados 2.976 (dois mil novecentos e
setenta e seis) Conselhos Municipais ativos.
Nesse sentido, faz-se imprescindível incentivar, apoiar, orientar a
todos os municípios para que constituam Conselhos dos Direitos da Pessoa
Idosa e estejam ativos, a fim de fortalecer as políticas públicas voltadas para
pessoa idosa.

2. CRIAÇÃO DOS FUNDOS MUNICIPAIS DO IDOSO

O município que aderir ao presente Pacto e que ainda não possua


Fundo Municipal do Idoso, comprometer-se-á na criação do respectivo
Fundo, conforme Portaria nº 2.219, de 1º de setembro de 2020, no período
de até 12 meses após a assinatura do termo de adesão a este instrumento.
Segundo a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, em seu artigo 71, os
fundos especiais são definidos como “os produtos das receitas especificadas,
que por lei, se vinculam à realização de determinados objetivos e serviços”.
Assim, nas instâncias onde forem criados, estes fundos especiais podem ser
considerados como unidades de captação de recursos financeiros.
Caso o município não possua Fundo do Idoso, será necessário
Conselho Municipal dos Direitos do Idoso constituído e ativo, que será o ente
competente para deliberar sobre a aplicação e fiscalização dos recursos.
Destaca-se que a instituição do Fundo Municipal do Idoso passa por
aprovação de lei específica, sancionada pelo Chefe do Poder Executivo
Municipal em questão e que esse se destina, exclusivamente, a atender a
política que contemple a pessoa idosa, não tem personalidade jurídica e
por isso está vinculado administrativamente ao poder público. Acrescenta-
se que o Fundo deverá possuir registro próprio no Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas (CNPJ) e conta bancária específica em banco público.
Com a promulgação da Lei nº 13.797, de 3 de janeiro de 2019, a partir
do exercício de 2020, ano-calendário de 2019, a pessoa física poderá optar
pela doação aos Fundos controlados pelos Conselhos de Direito da Pessoa
Idosa diretamente em sua declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Física. As doações se constituem em uma das principais
formas de captação de recursos dos Fundos do Idoso no Brasil. Os recursos
captados devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações, programas,
projetos e atividades voltados ao atendimento da pessoa idosa sob a
orientação e supervisão dos conselhos do idoso, por meio de um plano de
aplicação de recursos.
Nesse sentido, os Fundos se constituem em instrumentos
fundamentais para viabilizar a implementação das políticas e ações voltadas

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

para a promoção, proteção, defesa dos direitos e melhoria da qualidade


de vida da pessoa idosa, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Política
Nacional do Idoso (Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994) e pelo Estatuto do
Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003).
Cumpre ressaltar que para promover os ajustes no programa
gerador das declarações de imposto de renda, será necessário a Receita
Federal realizar as adequações conforme a nova lei. Dessa forma, os
órgãos responsáveis pela administração dos Fundos do Idoso deverão
regularizar seus respectivos Fundos realizando o seu cadastramento. Este
cadastramento visa não só regularizar a situação cadastral dos referidos
Fundos, mas tem o propósito de fomentar e incentivar doações a esses.
Por fim, no ano de 2019 contamos com 612 (seiscentos e doze) Fundos
do Idoso cadastrados na Receita Federal e no ano de 2020, obtivemos 694
(seiscentos e noventa e quatro) Fundos cadastrados na Receita Federal.

3. REATIVAÇÃO DOS CONSELHOS

Em decorrência da população idosa compor o grupo de alto risco de


agravamento de saúde, pela COVID-19, bem como em razão dos protocolos de
isolamento social, inúmeros Conselhos Municipais desativaram suas atividades.
Ademais, muitos Conselhos, embora tenham sido criados e
registrados, não estão funcionando devido à necessidade de recomposição
de conselheiros tanto da sociedade civil, quanto dos representantes do
governo municipal. Os Conselhos são caracterizados, em sua composição,
pela pluralidade e heterogenia de suas representações. Os órgãos são
formados por representantes da sociedade civil organizada e do governo,
com lei de criação e estatutos próprios que norteiam a sua atuação.
Por esse motivo, os Conselhos se tornam espaço de diálogo entre
esses públicos, conciliando diferentes necessidades e interesses, sendo de
grande importância social não apenas a criação, mas também a efetivação
dos encaminhamentos das demandas recebidas na esfera municipal.
Ocorrem também casos de desistência de Conselheiros (as) por
diversos fatores locais, inclusive durante o período do isolamento social,
sendo necessário que o Município procure identificar as causas de tais
desistências. Ressalta-se que existem relatos também de desistência de
conselheiros que já tinham até mesmo participado de capacitação.
Por fim, sugere-se que nesta ação, seja assumido o compromisso de
reativação destes Conselhos no período de até 12 meses após assinatura
deste Pacto, ressaltando-se a importância do apoio do poder público
municipal e da sociedade civil para a sua efetivação.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

4. CAPACITAÇÃO DE CONSELHEIROS

Os Conselhos de Direitos de Políticas Públicas, como já dito, são


instrumentos de participação e controle social responsáveis pela formulação,
fiscalização, promoção e defesa das políticas públicas.
Os órgãos em comento são formados por representantes da sociedade
civil organizada e do governo. Os seus representantes trabalham em torno
da defesa dos direitos dos idosos. Contudo, algumas vezes pode ser que
desconheçam ou não consigam acompanhar as alterações constantes
ocasionadas na legislação sobre idosos no município, estado e país.
Deste modo, a presente proposta pretende capacitar os Conselheiros
e gestores/as representantes das instituições de atendimento à pessoa
idosa, promover a sua formação, bem como a formação dos gestores/as
atuantes nas redes de atenção e cuidado da pessoa idosa e, assim contribuir
para a melhoria do acesso às políticas públicas pelas pessoas idosas.

5. AÇÕES ARTICULADAS COM O PACTO NACIONAL

No que se refere às ações articuladas, sugere-se a implantação dos


programas e políticas descritas abaixo, para o fortalecimento e promoção
dos direitos das pessoas idosas aos estados e munícipios que aderirem ao
presente Pacto, conforme descrito abaixo:

• Programa Viver – Envelhecimento Ativo e Saudável

Instituído pelo Decreto nº 10.133, de 26 de novembro de 2019, é uma


política que contribui para a promoção do envelhecimento ativo e saudável
e, consequentemente, para a participação e inclusão da pessoa idosa no
contexto atual.
O Programa oferece a doação de um conjunto de equipamentos -
computadores, webcams, retroprojetor e impressora - a fim de promover
a inclusão digital e social da pessoa idosa e, assim, assegurar uma melhor
qualidade de vida a esta faixa etária, promovendo o seu protagonismo.
Por fim, o Programa propõe a atuação em quatro campos: tecnologia,
educação, saúde e mobilidade física. Estes deverão ser implementados
pelo ente federativo por intermédio de cursos, palestras, atividades, oficinas
e orientações a serem ministrados por parceiros voluntários integrantes da
rede de proteção e atendimento da pessoa idosa, pessoas da comunidade,
Universidades, instituições filantrópicas e outros, a serem mapeados
também pelo respectivo ente federativo.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

• Estratégia Brasil Amigo Da Pessoa Idosa – EBAPI

O Decreto nº 10.604, de 20 de janeiro de 2021, estabelece como


atribuição do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por
meio da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa
Idosa, a operacionalização da Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa.
Destina-se a incentivar as comunidades e as cidades a promoverem
ações voltadas para o envelhecimento ativo, saudável, sustentável e
cidadão das pessoas idosas, possuindo assim um caráter intersetorial e
interinstitucional.
A EBAPI foi construída com base em metodologia proposta pela
organização mundial da saúde (OMS), tendo experiências nacionais bem-
sucedidas como referência.
Essa construção se fundamentou na legislação nacional, valorizando
os relevantes papéis dos conselhos de defesa dos direitos das pessoas
idosas e considerando o protagonismo das pessoas idosas.
A EBAPI identificou a correlação dos direitos fundamentais
estabelecidos no estatuto do idoso com os objetivos de desenvolvimento
sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Os municípios que fizerem a adesão à EBAPI serão reconhecidos pelo
Certificado da Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa (Selo Adesão, Selo
Plano, Selo Bronze, Selo Prata e Selo Ouro).
Ao longo das etapas de adesão à estratégia, as gestões locais devem
desenvolver ações que abordem as seguintes dimensões: ambiente físico;
transporte e mobilidade urbana; moradia; participação; respeito e inclusão
social; comunicação e informação; oportunidade e aprendizagem; apoio,
saúde e cuidado; e uma dimensão de escolha local.

- Todas as etapas dos selos são sequenciais e cada uma é pré-


requisito para a seguinte;
- Na primeira fase, a Adesão, o requisito a ser atendido antes de passar
para o Selo Plano é ter um Conselho Municipal de Defesa dos Direitos
da Pessoa Idosa (CMDDPI) em funcionamento e posteriormente a
assinatura do termo de adesão assinada pelo prefeito;
- A segunda fase, para o selo Plano, requer 3 etapas para que o
município seja reconhecido;
- O Selo Bronze é composto por 4 etapas; e
- As fases dos Selos Prata e Ouro abrangem ações municipais ou
comunitárias que podem ser executadas a qualquer momento. Essas
fases requerem a realização das ações contidas no Plano Municipal
da Estratégia: 10 ações para recebimento do Selo Prata e 10 outras
para o Selo Ouro.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Desta forma, a EBAPI é um instrumento de mobilização e integração


de ações voltadas à promoção da qualidade de vida, proteção social,
cuidado integral e cidadania das pessoas idosas no Brasil.

Objetivos da EBAPI:

Contribuir para a máxima efetivação do estatuto do idoso (lei nº


10.741, de 1º de outubro de 2003) e para o fortalecimento dos conselhos
de direitos dos idosos, de acordo com o objetivo de garantir os direitos das
pessoas idosas em todos os setores, propondo políticas públicas para as
especificidades da população idosa e penalidades para as violações de
direitos.
- Criar oportunidades para que a população idosa diga o que cada
município deve fazer para melhorar a qualidade de seu envelhecimento.
As pessoas idosas sabem melhor o que precisam para que seu
envelhecimento seja ativo, saudável, sustentável e cidadão.
- Entregar selos de reconhecimento aos municípios que realizarem
ações para se tornarem mais amigos da pessoa idosa, principalmente
da população idosa inscrita no cadastro único de programas sociais
do Governo Federal.
- Mobilizar governos e a sociedade civil para a realização e a integração
de políticas voltadas à população idosa, valorizando programas, ações
e projetos já existentes nos municípios, além das novas iniciativas
propostas pela estratégia.

Quem participa:

Todos os municípios brasileiros e seus conselhos de direitos da pessoa


idosa. Cabe às secretarias estaduais ou municipais na qual o Conselho da
Pessoa Idosa está vinculado avaliar a execução realizada pelo município
e informar o cumprimento dos requisitos para que receba o selo de cada
fase. Ao Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa cabe atestar o
cumprimento.

Público Alvo:
A estratégia é destinada a toda a população idosa brasileira.

• Programa Solidarize-se

O Programa Solidarize-se visa à manutenção permanente do cadastro


e acompanhamento das Instituições de Longa Permanência de Pessoas
Idosas - ILPIs. Foi iniciado em dezembro de 2019 com a campanha de

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

promoção de direitos da pessoa idosa, a qual abordou o tema Abandono


Afetivo de Idosos Institucionalizados. O Programa tem como objetivo
fortalecer os direitos dos idosos institucionalizados residentes nessas
instituições.

• Apoio ao turismo da pessoa idosa.

Ações voltadas a atividades turísticas para pessoas idosas, com


o objetivo de promover a inclusão social de pessoas idosas, fomentando
oportunidades de passeios turísticos com aquisição de ônibus adaptado,
proporcionando melhora da saúde física, mental, emocional e social,
contribuindo com a promoção do envelhecimento ativo e saudável.

• Equipagem dos Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa

É uma medida de fortalecimento dos Conselhos. Com esta


infraestrutura, os Conselheiros passam a ter condições de atender ao seu
público com mais qualidade, agilidade e eficiência. Assim, eles contribuem
com mais uma instância de combate às violações dos direitos da pessoa
idosa.
Ressalta-se que a doação do Kit de equipagem do Conselho é de uso
exclusivo para os Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa.

• Projeto Educar para Valorizar e Respeitar: O Estatuto do Idoso na


prática

O Projeto “Educar para Valorizar e Respeitar: o Estatuto do Idoso


na Prática” formulado pela Secretaria Nacional de Promoção e Defesa
dos Direitos da Pessoa Idosa, possui, como objetivo principal, promover a
efetivação do artigo 22 do Estatuto do Idoso no que se refere à inserção das
temáticas e princípios que norteiam o referido arcabouço legal nos currículo
da Educação Básica, para implementação em todo território nacional.
Deste modo, a proposta é que o projeto em comento se inicie
pela Educação Básica e avance para subsidiar a inserção nos demais níveis
de ensino formal. Com isso, a SNDPI pretende fazer valer a lei e contribuir
para a construção de uma cultura pautada no respeito e valorização da
pessoa idosa.

• Fortalecimento das redes de proteção e atendimento à pessoa


idosa

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Esta ação tem por objetivo promover a conscientização sobre o


enfrentamento à violência contra a pessoa idosa no Brasil, desenvolvendo
uma perspectiva prática e não apenas teórica, a partir das realidades e
especificidades regionais, promovendo a prevenção e fortalecendo as
ações locais de combate a essa violação de direitos.
A fim de coibir a violência contra a pessoa idosa, o Estatuto do Idoso
prevê diversas sanções para aquele que cometer os diversos tipos de
violência contra a pessoa idosa, seja no âmbito doméstico ou não.
As denúncias de violações contra pessoas idosas representam 30%
do total de denúncias recebidas pelo Disque 100 em 2019. Ao longo deste
mesmo ano, foram contabilizados 48,5 mil registros referentes às denúncias
de violações de direitos das pessoas idosas. Esses números colocam os
idosos na segunda colocação entre os grupos mais vulneráveis, atrás
apenas de crianças e adolescentes, com 86,8 mil denúncias (55% do total).
Contudo, não se obterá êxito na prevenção e no combate à violência
deste público sem que os gestores locais da Pasta que trate da temática
da pessoa idosa busquem o fortalecimento das redes de proteção e
atendimento a esse segmento, por meio de mecanismos eficazes de
sensibilização do papel dos atores que integram a referida rede, bem como
por meio da garantia de estrutura e suporte para a realização de seu trabalho
de forma integrada.
Desta feita, ao aderir ao Pacto, os municípios e estados deverão se
comprometer a trabalhar a integração de sua rede de proteção à pessoa
idosa, a fim de melhor combater as violações de direitos que assolam esse
público.

• Fortalecimento das Instituições de Longa Permanência – ILPI

Com recurso desta Secretaria Nacional e de emendas parlamentares


continuaremos fortalecendo as Instituições por meio de fomentos para
equipá-las, bem como promovendo cursos para capacitação de cuidadores
e seus trabalhadores, tendo como base o cadastro nacional de ILPIs.

ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO

A implementação do Pacto ocorrerá em duas fases. A primeira será


nos estados com maior deficiência de Conselhos, Fundos e Conselheiros
capacitados. A segunda fase ocorrerá nos estados e municípios com
Conselhos formados, mas que não têm Fundos e nem Conselheiros
capacitados.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Deste modo, a implementação do pacto será realizada por meio das


seguintes etapas:

1. Adesão dos Estados;


2. Sensibilização dos Municípios;
3. Adesão dos Municípios;
4. Levantamento da real situação dos Municípios;
5. Capacitação de Conselheiros;
6. Revitalização dos Conselhos;
7. Criação de Fundos Municipais do Idoso;
8. Criação de Conselhos; e
9. Gestão e Monitoramento.

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

O Plano de Trabalho a ser executado pelos Municípios aderentes


será criado pela entidade parceira a ser escolhida e terá como foco os
eixos estruturantes do presente instrumento, observará as suas etapas de
implementação, as diretrizes legais já citadas, bem como trabalhará de forma
a contemplar Municípios que possuem Conselhos, mas que necessitam
de capacitação de Conselheiros; Municípios que possuem Conselhos já
aprovados, porém se encontram inativos e Municípios que não possuem
Conselhos e que serão estimulados a os criarem.
Por fim, destaca-se também que terá como diretriz o fomento à
criação dos Fundos do Idoso nas seguintes situações:
1- Municípios que têm Fundos: melhoria na gestão dos mesmos; e
2- Municípios que têm Conselhos, mas que não possuem Fundos
constituídos.

FORMA DE EXECUÇÃO

A execução das ações citadas será realizada com orientação desta


Secretaria e entidades parceiras desta Pasta, de forma presencial ou online,
em etapas a serem definidas de forma a obter o melhor aproveitamento dos
Municípios que aderirem ao Pacto.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

GESTÃO E MONITORAMENTO 2021-2022

A Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa


Idosa será responsável pela gestão e monitoramento da execução dos eixos
do Pacto, que será realizado por meio de formulários eletrônicos a serem
preenchidos pelos entes federativos aderentes, os quais gerarão indicadores
que comprovarão o cumprimento das ações propostas neste instrumento.
Ainda, o monitoramento poderá também ser realizado in loco
ou por outros meios eficazes para averiguação do cumprimento dos
eixos estruturantes do presente Pacto. Desta feita, seguem abaixo as
responsabilidades a serem alcançadas por cada ente federativo:

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos:

- Orientar e capacitar 100% dos Secretários estaduais responsáveis


pela temática da pessoa idosa dos Estados que aderirem ao Pacto
quanto à implementação de seus eixos e ações;
- Orientar e capacitar 100% dos Presidentes dos Conselhos de Direitos
Estaduais da Pessoa Idosa quanto à implementação dos eixos e ações
do Pacto;
- Promover a capacitação dos Conselheiros dos Estados e Municípios
que aderirem ao Pacto; e
- Alcançar 50% dos Municípios que aderirem ao Pacto.

Estados e Distrito Federal:

- Mobilizar os Municípios que queiram aderir ao Pacto;


- Incentivar a formação de Conselhos Municipais caso não possua;
- Incentivar a revitalização dos Conselhos existentes;
- Implementar ações que visem à efetivação dos direitos da pessoa
idosa, em especial aquelas citadas no Pacto;
- Criar o Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa estadual, caso não possua;
- Regulamentar o Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa estadual, caso
tenha sido criado, mas não esteja em funcionamento; e
- Fortalecer as redes de proteção e atendimento à pessoa idosa.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

Municípios e Distrito Federal:

- Aderir ao Pacto Nacional;


- Incentivar a formação de conselhos municipais, caso não possua;
- Incentivar a revitalização dos Conselhos existentes;
- Implementar ações que visem à efetivação dos direitos da pessoa
idosa, em especial aquelas citadas no Pacto;
- Criar o Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa municipal, caso não
possua;
- Regulamentar o Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa municipal, caso
tenha sido criado, mas não esteja em funcionamento; e
- Fortalecer as redes de proteção e atendimento à pessoa idosa.

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Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa- PNDPI

REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 9.893, de 27 de junho
de 2019, que dispõe sobre o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa
Idosa. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2019/
decreto-9893-27-junho-2019-788633-norma-pe.html
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: http://www2.camara.
leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-
publicacaooriginal-1-pl.html
BRASIL. [Estatuto do idoso (2003)]. Legislação sobre o idoso: Lei nº 10.741,
de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do idoso) e legislação correlata [recurso
eletrônico]. – 3. ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação Edições
Câmara, 2013. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/a-camara/
estruturaadm/gestao-na-camara-dos deputados/responsabilidade-
social-e-ambiental/acessibilidade/legislacao-pdf/Legislaoidoso.pdf
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Balanço
- Disque 100. Disponível em: http://www.mdh.gov.br/informacao-ao-
cidadao/ouvidoria/balanco-disque-100
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Lei Orgânica da Assistência
Social – LOAS. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L8742compilado.htm
BRASIL. Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Política Nacional do Idoso.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm
BRASIL. Ministério da Saúde. Anexo XI da Portaria de Consolidação nº 2/
GM/MS, de 28 de setembro de 2017 que institui a Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/
images/pdf/2018/abril/09/Portaria-consolidada.pdf
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº. 1.948, de 3 de julho de 1996.
Regulamenta a Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a
Política Nacional do Idoso, e dá outras providências. Disponível em: http://
www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1996/decreto-1948-3-julho-1996-
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SECRETARIA NACIONAL DE MINISTÉRIO DA
PROMOÇÃO E DEFESA DOS MULHER, DA FAMÍLIA E
DIREITOS DA PESSOA IDOSA DOS DIREITOS HUMANOS

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