Analise Da Fonte de Financiamento A Longo Prazo de Pequenas e Medias Empresas888-1
Analise Da Fonte de Financiamento A Longo Prazo de Pequenas e Medias Empresas888-1
Analise Da Fonte de Financiamento A Longo Prazo de Pequenas e Medias Empresas888-1
E-mail: [email protected]
Trabalho de Licenciatura
apresentado ao Instituto Superior
Politécnico de Manica, como
requisito parcial para o grau de
Licenciatura em Contabilidade e
Auditoria.
DEDICATÓRIA
Aos meus familiares, em especial ao meu ente querido Pai Rafael Fabião Sitoe que já se encontra
no outro mundo que Deus lhe tenha em sua glória. Minha mãe Guilhermina, meus irmãos
Bomjardin, Eugénio, Joceline e Kika, e por fim ao meu namorado Gentil Luís Jamal.
AGRADECIMENTOS
Impossível agradecer todos que contribuíram para realização deste relatório individualmente
durante o período de pesquisa. De facto, este não teria sido produzido sem ajuda dos outros.
Desejaria em dirigir meu especial agradecimento Primeiramente a Deus, a pessoas e
organizações que contribuíram directa e indirectamente nesta meta. Dr. Cardoso Esboi, meu
assistente e supervisor que teve um grande impulso na estruturação desta pesquisa.
De igual modo, agradeço aos professores do curso, que para além de transmitirem conhecimento
deram um calor amigo durante o período de trabalho.
Muito obrigado pelo moral suportado durante muito tempo deste percurso. As amadas colegas e
amigas do Instituto Superior Politécnico de Manica, que fazem parte da minha lista de
agradecimentos. Os vossos comentários ajudaram a concentrar-me a tomar conta das ideias
principais no meu relatório.
Finalmente, agradecer a minha Mãe, aos meus irmãos e Namorado pela ajuda quando mesmo
precisasse e pela coragem em aceitar este desafio de estar sempre fora do meu convívio durante
momentos não agradáveis deste curso e da vida.
DECLARAÇÃO
Eu, Guilhermina Rafael Sitoe, declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria e
nunca foi apresentado a nenhuma instituição para obtenção de qualquer grau académico.
Todas obras de outros actores, utilizadas neste trabalho foram devidamente citadas e listadas na
página de referência bibliográfica
Assinatura
_________________________________
RESUMO
TABELAS
GRÁFICOS
ÍNDICE
Titulo Pagina
DEDICATÓRIA...............................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS....................................................................................................................ii
DECLARAÇÃO.............................................................................................................................iii
RESUMO........................................................................................................................................iv
LISTA DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS...........................................................................v
LISTA DE TABELAS E FIGURAS..............................................................................................vi
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
1.1. Contextualização...............................................................................................................1
1.2. Problema de Estudo..........................................................................................................2
1.4. Objectivos de Estudo........................................................................................................3
1.4.1. Objectivo Geral..........................................................................................................3
1.4.2. Objectivos específicos...............................................................................................4
1.5. Delimitação de Estudo......................................................................................................4
1.6. Estrutura de Trabalho........................................................................................................4
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................6
2.1. Micro, Pequenas e Médias Empresas................................................................................6
2.1.1. Conceito de Empresa.................................................................................................6
2.1.3. Caracterização das PMEs em Moçambique..............................................................7
2.1.4. Características Gerências das Pequenas e Médias Empresas....................................8
2.2. Financiamento.................................................................................................................14
2.2.1. Tipos de Financiamentos.........................................................................................15
2.2.2. A Hierarquia das Escolhas no Financiamento.........................................................19
2.2.3. O Financiamento como Factor Determinante do Crescimento das PME................23
2.2.4. Problemática de financiamento das PME’s.............................................................24
2.2.5. Métodos de avaliação da decisão de Financiamento...............................................25
2.2.6. Teorias Financeiras..................................................................................................28
CAPITULO III: METODOLOGIA...............................................................................................31
3.1. Área de Estudo................................................................................................................32
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Em períodos turbulentos pautados pela crise económica mundial, exige-se de cada país soberano
medidas de suporte e de estímulo ao crescimento das suas economias. Nesse contexto,
Moçambique se apresentou com destaque nos últimos anos, à medida que as principais
economias mundiais criavam medidas contraccionistas para evitar a falência de empresas
fundamentais à manutenção de empregos, enquanto Moçambique suportava os impactos da
retracção global, atraindo ao país investidores avessos ao risco europeu e americano. (ARRIGHI,
2008).
Um dos principais factores de estímulo foram os investimentos, tanto pelo sector privado, quanto
pelo sector público. Em parte, esses foram induzidos pela nova dinâmica de oferta e demanda de
recursos, cujo foco transferiu-se para os países emergentes e suas expressivas massas
populacionais com potencial de consumo. Por outro lado, estão os investimentos estratégicos que
visam a solução de gargalos estruturais no longo prazo, mas que também são fortes incentivos à
geração de empregos e renda no curto prazo. (SANTOS, 1999).
O Governo Moçambicano adoptou inúmeras medidas para atrair cada vez mais investidores
estrangeiros e para promover a aplicação de recursos pelas próprias empresas nacionais, no
entanto, um dos principais entraves têm sido financiamento, concentradas basicamente pelos
recursos próprios. Este foi o motivo base de interesse da decisão deste tema.
O trabalho faz uma análise sobre a influência da fonte de financiamento ao longo prazo, no que
diz respeito aos créditos cedidos pelas instituições bancários, instituições financeira de
desenvolvimento e fundos proveniente do Estado, de modo aferir a sensibilidade das PME’s em
relação a este tipo de investimento concedidos a longo prazo e as influencias tendo em conta as
variações das taxas de juro das instituições financeiras. No processo de análise sobre a fonte de
financiamento a longo prazo das PME’s, vai permitir fazer uma avaliação do ambiente de
negócios das PME’s, de modo a perceber da existência de obstáculos ou não, que influencia nas
actividades económicas das PME’s.
Num mercado altamente competitivo todas as empresas precisam de uma constante actualização
da sua estrutura organizacional bem como estratégias para responder a exigências dos
consumidores com risco de perder a sua quota de mercado a favor dos concorrentes. Para a
satisfação destes objectivos as empresas precisam de recurso financeiro que podem ser próprios
ou de terceiros dai a estrutura de capital. Uma decisão eficaz quanto a estrutura de capital podem
reduzir o custo de capital e aumentando assim o valor actual liquido dos projectos aceitáveis, e
com isso, aumento do valor da empresa.
A maior dificuldade dos gestores das empresas é a escolha da fonte de financiamento eficaz que
não careta custo elevado para estrutura de capital. O custo do capital de terceiro é inferior ao das
demais fontes de financiamento. Os credores exigem retornos relativamentes menores porque
assumem menor risco comparativamente ao demais fornecedores de capital de longo prazo.
Diante desta situação o estudo vai sustentar a seguinte questão de partida: Quais são as
dificuldades que as PMEs enfrentam para obtenção de financiamento de longo prazo?
Para a sociedade e público em geral este estudo vai despertar as dificuldades que as PMEs
enfrentam no acesso ao financiamento de longo prazo para realizarem as suas actividades. Bem
como as abordagem sobre o ponto de situação do financiamento, os procedimentos utilizados
pelas instituições de desenvolvimento financeiro em Moçambique na concessão de
financiamento as PMEs e as possíveis alternativas de soluções.
Dada a importância das PMEs na economia moçambicana, este estudo constitui não só como
instrumento de consulta para futuras pesquisas da sociedade académica, como também um ponto
de partida para qualquer que quiser pesquisar todo assunto de financiamento de PMEs. Dado que
nem tudo que se refere a esta área pode caber neste trabalho.
O presente trabalho tem como objecto de estudo as fontes de financiamento de longo prazo das
PMEs e pretendo sustentar os seguintes objectivos:
Sob o ponto de vista económico, a empresa é considerada como uma combinação de factores
produtivos, elementos pessoais e reais, voltados para um resultado económico, encadeada pela
acção organizadora do empresário, ou seja, toda organização económica destinada à produção ou
venda de mercadorias ou serviços, tendo, como objectivo, o lucro. (BRUSCATO, 2005)
Restou claro, dessa forma, que “a noção jurídica de empresa está imensamente ligada à questão
económica”, não sendo possível divorciá-las, conforme escreve Tomazette (2012), Por tratar-se
de um conceito originalmente económico, alguns autores pretendiam negar importância a tal
conceito, outros pretendiam criar um conceito jurídico completamente diverso. Todavia, os
resultados de tais tentativas se mostraram insatisfatórios, tendo prevalecido a ideia de que o
conceito jurídico de empresa se assenta nesse conceito económico, pois o fenómeno é o mesmo
económico, sociológico, religioso ou político, apenas formulado de acordo com a visão e a
linguagem da ciência jurídica.
O conceito das PMEs tem sido muito discutido e não existe um consenso entre os autores.
Segundo Silva (1993) “a pequena empresa é a que emprega menos de 5 trabalhadores, e a média
empresa a que tem entre 5 e 400 trabalhadores”. No entanto, a (Carta Europeia das Pequenas
Empresas, 2000) considera que “As pequenas empresas empregam entre 10 e 49 pessoas e as
Médias empregam menos de 250 pessoas”.
Entretanto, existe outros critérios para classificação das PMEs, como por exemplo, volume de
negócio e a independência. De acordo com o (Regulamento da Comunidade Europeia nº.
70/2001) “ Quando a classificação é feita com base no volume de negócio são consideradas as
Pequenas Empresas aquelas que tem um volume de negócio inferior a 7 milhões de euros ou um
balanço anual que não ultrapassem 5 milhões de euro. E as Médias Empresas o volume de
negócio deve ser inferior a 40 milhões de euros ou o seu balanço anual inferior a 27 milhões de
euros”.
Nos Estados Unidos as Pequenas e Médias Empresas não são definidas, somente pela receita ou
pelo número de funcionários, muito menos pelo tempo de funcionamento, mas por sua função na
economia. (LEEBAERT, 2006)
Observa-se que dois critérios são fundamentais: volume de negócios e número de trabalhadores.
Além disso, uma PME não pode ter mais de 25% de participações detidas por uma grande
empresa ou pelo Estado. O critério de volume de Negócio é determinante.
O Instituto para promoção e das Pequenas e Médias Empresas em Moçambique (IPEME) tem
como objectivo incentivar a implantação, consolidação e desenvolvimento das Micro, Pequenas
e Medias Empresas em Moçambique.
As PME’s possuem, no geral, características comuns próprias que as distinguem das grandes
empresas. Essas características compreendem desde a forma de relacionamento com o cliente até
a sua forma organizacional, caracterizando, assim, um padrão “homogéneo”. Esse padrão foi
identificado por Torrès e Julien (2005) como sendo uma espécie de “paradigma orientador da
pesquisa em pequenas empresas” e posteriormente denominado de “tese da especificidade
gerencial”. Essa concepção pode ser útil para contrapor pequena e grande empresa e,
consequentemente, seu papel no sistema económico. A tabela a seguir apresenta as principais
características, consideradas homogéneas, dos pequenos empreendimentos.
Características
Estrutura organizacional simples
Limitação de recursos humanos
Ausência de burocracia interna
Baixo grau de diversificação produtiva
Limitação de recursos financeiros
Produção para mercados locais ou especializados
Proximidade do mercado e do cliente
Rapidez de resposta
Flexibilidade e adaptabilidade à mudanças do entorno
Fonte: Fundação COTEC, Estudios [199-], 60.
Em suma, a “tese da especificidade gerencial” tenta agrupar as PMEs como se fossem um único
bloco, com as mesmas características, problemas e necessidades. Entretanto, não é possível
identificar os micro e pequenos empreendimentos como um bloco homogéneo, apesar de
características gerências semelhantes. Ao analisar outras características, que não gerências, é
possível encontrar, na realidade, uma forte heterogeneidade, com diferenças no número e
qualidade da mão-de-obra, nos produtos e processos e na forma de inserção na estrutura
produtiva.
As PME’s estão presentes nos diversos os sectores da economia, desde empresas com tecnologia
simples de trabalho intensivo, até empresas de tecnologia de ponta, fabricante de softwares. De
acordo com Torrès e Julian (2005), “a tese de especificidade gerencial, ao pretender uma
homogeneidade das empresas que integram o segmento das pequenas empresas, é contraditória
com a profunda heterogeneidade que marca o segmento”, apesar de apresentarem algumas
características gerais em comum, definidas por Steindl (1990) como “desvantagens inerentes ao
pequeno capital”, que é o objecto de análise do próximo item.
Steindl (1990) tem como uma das bases de sua análise a crítica à abordagem de Marshall quanto
ao processo de crescimento das empresas. Segundo autor, as empresas crescem até um tamanho
limite (tamanho “óptimo”) e a partir daí perderiam fôlego e dariam espaço a novas entrantes.
Steindl, por outro lado, defende a tese de que dificilmente as pequenas empresas se tornariam
grandes. As grandes empresas têm vantagens, tais como economias de escala e acesso ao
financiamento, inatingíveis para as pequenas, que dispõem de pouco capital próprio.
A coexistência de pequenas e grandes empresas seria explicada por factores como a atitude de
“jogador” do pequeno empresário, o desemprego, as imperfeições de mercado derivadas de
factores irracionais. Além disso, o crescimento do grande capital às custas do pequeno ocorre de
forma gradual, firmando um processo lento para que as pequenas empresas percam espaço.
Dentre os factores que influenciam o tamanho da empresa, as economias de escala ocupam papel
central e mesmo que, por ventura, as vantagens advindas do aumento do tamanho da planta
fossem reduzidas ao longo do tempo, outras vantagens seriam exclusivas às grandes empresas.
Em sua abordagem, Marshall (1890) distingue economias de escala entre internas e externas, as
primeiras são relativas ao tamanho da empresa, enquanto as segundas a um grupo de empresas.
As economias internas ou de escala, isto é, a redução do custo unitário com o aumento da escala
de produção, são ressaltados por Marshall e outros autores (Steindl, 1990). Ao reconhecer a
importância das economias de escala em diversas empresas, Marshall analisa se a sua existência
levaria a uma vantagem cumulativa das empresas em crescimento, resultando em concentração
Labini possui uma visão mais optimista das pequenas empresas, reconhecendo a existência delas:
Ele segue dizendo que as pequenas empresas possuem vantagens sobre as grandes quando se
trata de pressão sindical, uma vez que a atuação dos sindicatos é, em sua maioria, focada para as
grandes empresas. (LABINI, 1986 apud MELCHERT, 2007) Como nas empresas menores a
pressão é menor, inclusive na salarial, elas levam vantagem em alguns ramos, principalmente
onde o valor agregado por unidade é maior que nas empresas de pequeno porte.
capacidade instalada; custos adicionais determinados pela produção de várias linhas numa
mesma planta. Um caso típico de imperfeição no mercado é o da força de trabalho.
Constitui uma regra quase geral de que os trabalhadores de empresas menores são menos
organizados e, por isso, podem ser contratados a preços mais baixos. Dessa forma, a imperfeição
no mercado de trabalho constitui uma importante vantagem para as empresas pequenas. Outra
forma de imperfeição de mercado, assinalada por Steindl (1990) como imperfeição irracional é o
valor que as pessoas dão aos produtos diferenciados, ou seja, a diferença entre produção em
grande escala e produção em pequena escala equivale à diferença entre produto padronizado e
com custo menor e produto diferenciado ou individualizado com maior preço de venda.
Se uma empresa domina parcela substancial do mercado de um produto, ela terá condições de
aumentar o preço sem sofrer bruscos impactos nas vendas, propiciando a vantagem da
exploração “monopolista” do mercado. Por outro lado, a vantagem do aumento dos preços
favorece, também, as empresas menores do ramo, afinal estas ajustarão seus preços de acordo
com a movimentação dos preços da empresa monopolista.
Tabela 3: Relação entre Custo Total e as Vendas entre Economias de Escala, Concorrência
Imperfeita e Oligopólio
Steindl (1990) ainda identifica o custo do crédito como outro factor que favorece o grande
capital. O custo do crédito, no qual o crédito de longo prazo só esta aberto às pequenas empresas
a custos proibitivos, fazendo com que elas recorram predominantemente ao crédito de curto-
prazo, geralmente a taxas maiores e sem tempo para maturação de investimentos, criando uma
barreira para o desenvolvimento e crescimento do pequeno capital.
Porém, qualquer que seja o peso relativo dos vários factores, as economias de escala ainda
constituem o factor fundamental para confirmar a posição do grande capital. As economias de
escala são fundamentais pois através delas, as empresas conseguem crescer até o tamanho no
qual se tornam aptas a exercer o poder de monopólio. Além disso, as condições financeiras da
pequena empresa e o alto custo de seu financiamento são influenciados, de acordo com Steindl
(1990), pelas economias de escala do processo de produção ou distribuição. Segundo o autor,
devido ao tamanho do capital dessas empresas, a limitação técnica e as desvantagens por ela
trazidas, obrigam às pequenas empresas a recorrerem aos empréstimos de curto prazo contraídos
em situações desfavoráveis. Por mais que o poder de monopólio e as condições financeiras
possam contribuir para o grande capital, essas vantagens, em última instância, sempre estão
vinculadas às condições técnicas.
Apesar de muitas influências adversas as pequenas empresas mostram que têm grande
capacidade de sobrevivência. Tal fato torna-se surpreendente tendo em vista a baixa
lucratividade e as constantes falências deste tipo de capital. Steindl (1990) faz um esforço para
compreender o porquê de estas empresas sobreviverem apesar das adversidades encontradas.
O primeiro e principal motivo apontado pelo autor é o de que as pequenas empresas só podem
perder espaço na medida em que as empresas maiores crescem. Para que isso ocorra às empresas
maiores precisam acumular capital, fato que ocorre paulatinamente. O processo de crescimento
do grande capital às custas do pequeno configura, portanto, um processo gradual e que leva
tempo para se concretizar.
A concorrência imperfeita é outro factor que o autor traz à tona para justificar a sobrevivência
das pequenas empresas. A imperfeição pode ser dividida entre factores racionais, como por
exemplo os custos de transporte, de difícil eliminação. Pode também estar associada à
preferência do consumidor por um produto exclusivo, ou seja, pode haver uma diferenciação do
produto da qual os consumidores atribuam algum significado, consideradas como imperfeições
irracionais. Estas são descritas por Steindl (1990) como as mais importantes. Elas representam
um custo considerável para a sociedade e não lhes oferece qualquer vantagem.
A imperfeição do mercado de trabalho também é citada pelo autor, e este assume que esta
imperfeição é ainda mais importante que a imperfeição de produtos. Grande parte das pequenas
empresas situa-se em ramos cuja mão-de-obra é barata e desorganizada, na qual a pressão sobre
Em suma, o autor chega à conclusão de que a sobrevivência das pequenas empresas depende de
factores sem muito prestígio como: exploração monopsonística do trabalho, imperfeição dos
mercados devido reacções irracionais dos consumidores, desemprego e a propensão ao risco dos
pequenos empresários que movem a elevada rotatividade dos pequenos empreendimentos. Em
outros casos, a presença destes empreendimentos, só é permitida pelas grandes empresas e isso
leva à falsa noção de independência. Trata-se da desintegração vertical de certos processos
produtivos que podem ser desenvolvidos em pequena escala. Estes pequenos produtores são
numerosos e parceiros menores da grande empresa que contrata seus serviços, tornando-se fracos
do ponto de vista económico e deixando sua independência à mercê dos grandes
empreendedores.
2.2. Financiamento
Financiamento é uma operação financeira em que a parte financiadora, em geral uma instituição
financeira, fornece recursos para outra parte que esta sendo financiado, de modo que esta possa
executar algum investimento especifico previamente acordado. Ao contrário do empréstimo, os
O financiamento, então, pode cobrar ou não cobrar juros sobre o valor financiado de acordo com
o valor e o tempo de pagamento, ou mesmo não realizar a cobrança do valor financiado em caso
de financiamentos não reembolsáveis. Empresas podem realizar financiamentos para angariar
recursos para novos equipamentos ou realizar uma expansão a pessoas físicas podem realizar
financiamento para comprar imóveis, automóveis, entre outros bens de grande valor (ROCHA,
2008).
fornecedores, etc. Como à medida que o negócio cresce, essas necessidades de capital tendem a
aumentar, a empresa tem que garantir outras opções de financiamento. Porém, mais do que
definir quanto precisa, o empresário tem que definir quais as fontes de financiamento adequadas.
Genericamente existem dois tipos de fontes de financiamento ao dispor do empresário: internas e
externas Myers (1984):
Entre as internas destacamos o auto financiamento através da retenção dos lucros obtidos, da
gestão mais eficiente dos activos (fixos e circulantes) ou do controlo mais rigoroso dos custos.
b) Créditos Bancário
É a operação pela qual uma instituição bancária coloca á disposição de um cliente determinado
montante e este se compromete a reembolsar a instituição na data fixada antecipadamente,
acrescido dos juros previamente combinados. O crédito bancário poderá tomar a forma de
crédito, caso em que a instituição bancária coloca fundos a disposição de empresas e particulares
(ex: desconto de letras e livranças, crédito por antecipação de subsídios e abertura de crédito
através de uma conta corrente ou de um empréstimo. Podemos ainda considerar o overdraft1 e o
hot money2). Quanto ao crédito bancário indirecto, a instituição desembolsa fundos caso o
1
São financiamentos bancários de curto prazo que as empresas podem recorrer para financiar a sua actividade
corrente.
2
São movimentações de grandes quantidades de dinheiro num período de tempo muito curto e com taxas de juro
muito altas.
beneficiário de crédito não assuma os compromissos, (ex: garantias bancárias, avais ou aceites
bancários), (COSTA E RIBEIRO, 1998).
As linhas de crédito são uma forma de empréstimo bancário flexível, orientado para o curto
prazo, em que a instituição credora confere à empresa o direito de, dentro de um plafond
previamente acordado, retirar fundos consoante as suas necessidades de tesouraria. As linhas de
crédito são especialmente indicadas para fazer face a insuficiências temporárias e são 2
financiamentos bancários de curto prazo, que as empresas podem recorrer para financiar a sua
actividade corrente. São 3 as movimentações de grandes quantidades de dinheiro num período de
tempo muito curto e com taxas de juro muito altas previsíveis de tesouraria (frequentes, por
exemplo, em negócios sazonais) ou para prevenir o aparecimento de rupturas inesperadas.
c) Crédito documentário
Instrumento de crédito que uma instituição de crédito através da ordem de uma empresa, se
responsabiliza por colocar um determinado montante à disposição de um vendedor
(beneficiário), normalmente por intermédio de uma instituição bancária correspondente.
d) O factoring
Consiste num sistema aperfeiçoado de cobranças de vendas a prazo. Trata-se de uma actividade
que assegura o seu financiamento corrente através da tomada de créditos sobre terceiros,
substituindo assim o crédito de tesouraria. Através da cessão financeira, o intermediário
financeiro (a factor) adquire os créditos a curto prazo que os fornecedores (os aderentes)
concedem aos seus clientes (os devedores) e que advém da venda de produtos ou da prestação de
serviços. O factoring poderá ainda incluir tarefas complementares, tais como estudos do risco de
crédito ou apoio jurídico, comercial e contabilístico à boa gestão dos créditos transaccionados.
Segundo Brealey & Myers (1998), relativamente à teoria da hierarquia das escolhas no
financiamento, as empresas preferem o auto financiamento. Contudo adaptam os seus objectivos
para os rácios de distribuição de dividendos, às oportunidades de investimento, tentando
simultaneamente evitar modificações súbitas nos dividendos.
Os autores supracitados apontam ainda para o facto de que quando os fundos gerados
internamente são superiores às necessidades de investimento, a empresa ou amortiza a dívida ou
investe em valores mobiliários negociáveis. E quando são inferiores, a empresa começa por sacar
do seu saldo de tesouraria ou então por vender a sua carteira de valores mobiliários.
Uma outra forma, em que se resume a hierarquia das escolhas de financiamento, indicada pelos
autores supracitados, significa que se for necessário recorrer a financiamento exterior, as
empresas começam por emitir os valores mobiliários mais seguros. Ou seja, começam pela
dívida, depois emitem eventualmente títulos híbridos, como obrigações convertíveis, e a seguir,
como ultimo recurso, emitem acções através de aumentos de capital.
A hierarquia das escolhas explica, de acordo com Brealey & Myers (1998), a razão pela qual as
empresas mais lucrativas geralmente pedem menos dinheiro emprestado, por não ter como
objectivo rácios de endividamento baixos, mas por não precisarem de recursos do exterior. As
empresas menos lucrativas emitem dívida porque não dispõem de fundos internos suficientes
para financiar o seu plano de investimento e porque o financiamento por dívida está em primeiro
lugar na hierarquia das escolhas do financiamento externo.
O ISGB – Instituto Superior de Gestão Bancária (2002), enfatiza que a necessidade de obter
capital alheio a médio e longo prazo pode ser resolvida de duas formas alternativas:
Diante desse quadro, os autores concluíram que as empresas deveriam trabalhar com 100% de
capital de terceiros (ou algo próximo disso), dada a economia fiscal que é gerada pelo facto de se
utilizar dívidas, uma vez que os juros, que remuneram o capital de terceiros, é dedutível para fins
de imposto de renda. Embora seja absurda a conclusão de uso de quase 100% de dívidas na
estrutura de capital, a ideia das economias fiscais geradas pelo uso de dívidas representou uma
importante contribuição para o estudo dos determinantes da estrutura de capital das empresas.
A polémica gerada com a publicação deste artigo, despertou na comunidade científica o interesse
pela investigação da estrutura de capitais. A estrutura de capital, que tanta discussão tem
motivado desde o trabalho original de MM em 1958, tem assumido diferentes definições por
vários autores. Para Brealey e Myers (1998), “( ...) é a composição da carteira dos diferentes
títulos emitidos pela empresa(...)”.
Nestes termos, a questão da estrutura de capital tem a ver com a procura da mais conveniente
estruturação das parcelas do capital próprio e do capital alheio de médio e longo prazo que
permite maximizar o valor da empresa, tendo em vista uma certa rendibilidade e um determinado
risco.
Os custos, que são determinados pelo, excesso de dívida e que se reflecte no aumento dos custos
de falência (KRAUS E LITZENBERGER, 1973), no nível de endividamento que incrementa os
custos de agência provocados pelos conflitos entre os gestores e os accionistas e destes com os
financiadores (JENSEN e MECKLING, 1976) e, os benefícios, gerados pela dedução dos juros
no cálculo do imposto sobre o rendimento a pagar (MODIGLIANI e MILLER, 1963).
Esta abordagem defende que as empresas ao definirem à priori um determinado objectivo para a
estrutura de capitais, orientam as decisões de financiamento para o cumprimento desse objectivo.
Esse objectivo constitui o nível óptimo de endividamento e, portanto, o ponto em que o valor da
empresa é maximizado.
Segundo esta teoria, com base na sua estrutura de ponto óptimo de alavancagem, determina que
as empresas buscariam este ponto de equilíbrio alvo emitindo ou recomprando dívida e/ou
capital e revertendo sempre a um ponto determinado, criando assim uma estrutura quase
“estática”. Naturalmente, esse ponto de equilíbrio alvo variaria de empresa para empresa sob o
efeito dos diferentes factores de influência da estrutura de capital, tais como: porte da empresa,
tipo do activo (volatilidade do sector económico), rentabilidade, ritmo de crescimento, os
impostos, dentre outros.
Baixos níveis de endividamento não sugerem nenhum risco de falência para as empresas, mas à
medida que elas se tornam muito endividadas, tal risco tende a aumentar significativamente de
tal forma que os investidores tratam de descontar do valor de mercado da empresa uma parcela
que corresponde a esses chamados custos de falência esperados.
Os custos de falência são dois tipos: custos directos e custos indirectos. Entende-se por custos
directos os gastos incorridos pela empresa quando efectivamente ela entra num processo de
falência. Tais gastos são incursos junto aos tribunais, advogados, etc. Os custos indirectos, por
sua vez, estão relacionados ao enfraquecimento racional de uma empresa que entra num processo
operacional decadente, na medida em que os seus clientes, fornecedores, credores e empregados
passam a evitar transaccionar com a empresa, diante da grande incerteza quanto à capacidade de
sobrevivência da mesma.
A segunda abordagem (teoria da pecking-order), que foi desenvolvida por Myers (1984) e Myers
e Majluf (1984) e defende que as empresas não procuram uma estrutura óptima de capitais,
muito embora considere que as decisões de financiamento não são irrelevantes para o valor das
empresas.
Esta abordagem, embora de maior sustentação empírica, não reflecte na totalidade as práticas de
financiamento utilizadas pelas empresas, o que conduziu a que Myers (1984) preconizasse que o
processo de financiamento das empresas assenta numa “peckingorder modificada” que incorpora
os contributos revelados pela abordagem do ponto óptimo de endividamento.
Mata (2003) citado por Oliveira e Fortunato (2006) afirma que o crescimento da empresa
depende do investimento realizado e do acesso ao capital. O acesso ao financiamento,
principalmente na fase de vida inicial da PME é imprescindível para que tenha possibilidade de
explorar potenciais oportunidades de crescimento e inovação. Porém as PME são caracterizadas
por dificuldades e restrições financeiras, tendo custos de financiamento mais elevados
relativamente à grandes empresas.
Segundo Oliveira e Fortunato (2006) a dinâmica do crescimento das empresas é justificada pela
literatura, muitas vezes pela restrição ao financiamento que elas enfrentam. As dificuldades
encontradas no acesso ao financiamento, e o tipo de financiamento utilizado afectam a criação e
o futuro da empresa.
As preocupações com o financiamento das PME’s não são apenas dos empreendedores, mas
também das próprias instituições financeiras, não é por acaso que praticamente existe um
consenso a volta das dificuldades de financiamento em que destacamos:
As PME’s têm de adoptar uma estrutura de gestão eficiente para poderem ultrapassar esses
constrangimentos, e terem acesso ao financiamento para seus negócios.
Contudo muitos são os obstáculos por que passam, as PME’s, não do nível estrutural mas
também, das elevadas taxas de juros, praticadas no mercado, receio dos bancos em ceder aos
seus pedidos de crédito, burocracia dos processos e entre outros.
Para Menezes (1988), a avaliação das decisões de financiamento podem ser realizadas com base
nos seguintes métodos: Custo do capital, o custo actual das fontes de financiamento, e o valor
actual líquido da decisão de financiamento.
Conforme Atkinsonet. al.(2000), o custo do capital pode ser representado pela taxa de juros que
as empresas usam para calcular, descontando ou compondo, o valor do dinheiro no tempo. Assim
os recursos aplicados na entidade, sob a forma de investimento dos proprietários, recursos
captados no mercado financeiro sob a forma de investimento em títulos emitidos pela empresa ou
obtidos sob a forma de empréstimos, permitem-nos calcular o custo médio de obtenção do
capital necessário às operações da entidade através da média do percentual de cada fonte desses
recursos.
O capital total para uma empresa é o valor de seu património líquido mais o custo pelo fato de
possuir dívida (obrigações ou passivo). O Custo do capital de uma empresa é factor de
fundamental importância para uma variedade de decisões a serem tomadas, alguma delas são
relacionadas por Easley e Maureen (2004), no Paper Information and the Cost of Capital, The
Journal of Finance n° 4, de 2004, por meio do qual demonstram que as diferenças na
composição de informações entre públicas e privadas afectam o custo do capital, bem como que
a taxa de obtenção de capitais para projectos de investimentos influenciam a estrutura de capital
da empresa.
O custo do capital tem efeito sobre as operações da empresa que, subsequentemente, afecta a sua
lucratividade, e é obtido considerando todas as fontes dos recursos postos à disposição da
empresa, de acordo com a participação percentual do capital próprio e de terceiros.
O Custo Médio Ponderado de Capital - CMPC é obtido pelo custo de cada fonte de capital
ponderado por sua respectiva participação na estrutura de financiamento da empresa.
𝑘𝑖=𝑘𝑑×(1−𝐼𝑈𝑅)
Davis e Pointon (1996) exemplificam a forma de cálculo: vamos calcular o valor do CMPC da
empresa, financiada pelo Património Líquido (PL) de 600.000.000 CVE e dívidas de
400.000.000 CVE. Portanto, há 60% de capital próprio e 40% de capital de terceiros. Se a
remuneração requerida pelos accionistas for de 20% e o custo da dívida for de 10%, Logo, o
𝐶𝑀𝑃𝐶=(20%×0,6)+(10%×0,4)=16%.
𝑀𝑃𝐶=(20%×0,6)+(10%×0,4)=16%.
Segundo Assaf Neto (2003), o custo de capital de terceiros – Ki – “é definido de acordo com os
passivos onerosos identificados nos empréstimos e financiamentos mantidos pela empresa”. Em
termos gerais, o Ki é determinado através das seguintes variáveis:
O nível corrente das taxas de juros: à medida que o nível das taxas de juros aumenta o
custo da dívida para a empresa, em tese, também crescerá.
O risco de inadimplência da empresa: à medida que o risco de inadimplência da empresa
aumenta o custo de tomar dinheiro emprestado, em tese, também crescerá.
Os benefícios fiscais associados aos empréstimos (dívida): como os juros são dedutíveis
do imposto de renda, o custo da dívida após tributação é uma função da carga fiscal. O
benefício fiscal decorrente do pagamento de juros torna mais baixo o custo da dívida após
tributação em relação ao custo antes do pagamento dos impostos.
Dessa forma, a expressão de cálculo que representa o custo da dívida (após incidência de
impostos) apresenta-se: 𝑘𝑖=𝑘𝑑×(1−𝐼𝑈𝑅)
Onde:
Damodaran (1997), por sua vez, destaca o que o custo da dívida não é a taxa de cupão das
obrigações que a empresa tem a pagar, nem é a taxa à qual a empresa conseguiu tomar dinheiro
no passado. Embora essas possam ajudar a determinar o custo dos juros que a empresa terá que
pagar no ano em questão, não determinam o custo da dívida após o pagamento de impostos.
Dessa forma, uma empresa que contabilizou uma dívida contraída quando as taxas de juros
estavam baixas não pode alegar que tem um baixo custo de dívida se o nível geral das taxas de
juros ou seu risco de inadimplência aumentou nesse período.
Por outro lado, Gitman (2010), diz que a estrutura de capital é uma das áreas mais complexas de
tomada de decisões financeiras, por causa da sua interacção com outras variáveis de decisão
financeiras. Decisões equivocadas de estrutura de capital podem resultar um custo de capital
elevado, reduzindo assim valor presente líquido (VPL) dos projectos e fazendo com que um
número maior seja rejeitado. Decisões eficazes quanto a estrutura de capital podem reduzir o
custo de capital e aumentando assim o VPL dos projectos aceitáveis, e com isso, aumento do
valor da empresa.
O principal benefício do financiamento com capital de terceiro é benefício fiscal que permite
deduzir os pagamentos de juros do lucro tributável. O custo do financiamento com capital de
terceiro resulta:
Permite que as empresas deduzam os pagamentos de juros de seu lucro tributável reduz a parcela
do seu lucro paga ao imposto de renda e deixa, portanto, maior valor disponível aos titulares de
obrigações e acções (PIRES, 2006).
A chance de uma empresa quebrar por se ver incapaz de honrar pontualmente suas obrigações
depende muito de seu nível de risco, tanto económico quanto financeiro.
Risco económico é definido como uma empresa não ser capaz de cobrir seus custos operacionais.
Quanto maior for alavanca operacional, maior será o risco económico. Aliado a alavanca
operacional, outros dois factores podem afectar o risco económico são estabilidade das receitas e
de custos. A estabilidade de receita reflecte a variabilidade relativa das receitas de vendas da
empresa. Aquelas com níveis razoavelmente estáveis de demanda e de produtos com preços
estáveis apresentam receitas estáveis que resultam de baixo nível de risco económico. A
estabilidade de custos reflecte a previsibilidade relativa de insumos como mão-de-obra e matéria-
prima. Quanto mais previsíveis e estáveis os preços dos insumos, menor o risco económico (SÀ,
2001).
A estrutura de capital de uma empresa afecta directamente o seu risco financeiro, que é o de que
ela seja incapaz de honrar suas obrigações financeiras. A penalidade por esse não cumprimento é
a falência. Quanto mais financiamento de custos fixos a empresa tiver em sua estrutura de
capital, maior sua alavanca financeira e seu risco. O risco financeiro depende da decisão da
estrutura de capital tomada pela administração e essa decisão é afectada pelo risco económico
(ESPERANÇA E MATIAS, 2010).
O gestor financeiro opera como agente dos accionistas que lhe conferem autoridade para
gerenciar a empresa. O problema de agency criado por essa relação estende-se ao relacionamento
não só entre gestores e accionistas, mas também entre accionistas e credores. Quando um credor
fornece fundos a uma empresa a taxa de juros cobrada baseia-se em sua avaliação de risco de
negócio. Assim a relação entre credor e tomador depende da expectativa do primeiro quanto a
comportamento subsequente da empresa (TOMÉ, 1999).
Após obter empréstimo a uma dada taxa, a empresa pode aumentar o seu risco ao investir em
projectos arriscados ou incorrer em mais dívidas. Se os investimentos arriscados derem certos, os
accionistas receberão todos os benefícios; se derem errados, os credores compartilharão os
custos.
Assim sendo, a metodologia está directamente ligada com o objectivo da pesquisa, é o modo
com o qual será conduzida a pesquisa, a forma de captação de dados e informações, de tal forma,
que a metodologia é a "espinha-dorsal" de uma pesquisa, a forma com qual será trabalhado todos
e quaisquer dados relevantes à pesquisa.
De acordo com o censo de 2007 a cidade de Chimoio tem uma população de 238.976 habitantes,
numa área de 174 km². E tem 3,800 Pequenas e medias empresas registadas na Cidade de
Chimoio (INE, 2014)
No tocante a tipologia de pesquisa quanto aos objectivos, este delineamento de pesquisa pode ser
subdividido em pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa. De acordo com
Beuren (2003), a caracterização da pesquisa exploratória [...] ocorre quando há pouco
conhecimento sobre a temática a ser abordada. Por meio do estudo exploratório, busca-se
conhecer com maior profundidade o assunto, de modo a torná-lo mais claro ou construir questões
importantes para a condução da pesquisa.
Enfatiza Gil citado por Beuren (2003) que a pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de
proporcionar uma visão geral acerca de determinado facto [...], esse tipo de pesquisa é realizado,
sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil formular hipóteses [...].
Sucintamente, a pesquisa exploratória tende tornar mais claro conceitos prévios sobre
determinado tema não observados de modo satisfatório anteriormente.
Assim sendo, colabora para a elucidação de questões sobre tal assunto. A pesquisa descritiva, por
sua vez, caracteriza-se como intermediária entre as pesquisas exploratória e explicativa, ou seja,
não é tão preliminar quanto a primeira e nem tão profunda como a segunda.
No ponto de vista de Gil (1999) sitado por Beuren (2003, p.81) [...] a pesquisa descritiva tem
como principal objectivo descrever características de determinada população ou fenómeno ou o
estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais significativas
está na utilização de técnicas padronizadas de colectas de dados. Destaca Andrade (2002) citado
por Beuren (2003) a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os factos, registá-los, analisá-
los, classificá-los e interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os fenómenos do
mundo físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.
Utiliza-se materiais já elaborados, como livros e artigos científicos, tendo como principal
vantagem à possibilidade da ampla cobertura de fenómenos (Gil, 2002).
“É um estudo que analisa um ou poucos factos com profundidade. A maior utilidade do estudo
de caso é verificada nas pesquisas exploratórias e no início de pesquisas mais complexas” (Silva,
2003).
Beuren (2003) complementa que na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas
em relação ao fenómeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar
características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade
deste último. O tipo de pesquisa qualitativa busca analisar factos e descobrir as causas de um
certo problema, o porquê daquele fato acontecer. O uso do método qualitativo é muito comum
em Contabilidade, pois, a Contabilidade é uma ciência social, portanto nem sempre sendo exacta,
apesar de lidar com números (BEUREN, 2003). Este uso é ocasionado porque a pesquisa
qualitativa importa-se com a busca do comportamento dos acontecimentos.
"A utilização dessa tipologia de pesquisa torna-se relevante à medida que se utiliza de
instrumentos estatísticos desde a colecta, até a análise e o tratamento dos dados" (BEUREN,
2003).
Neste enfoque, a presente pesquisa caracteriza-se por assumir uma tipologia mais quantitativa do
que qualitativa, pois emprega a quantificação nas modalidades de colecta de informações e no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples às mais complexas.
Segundo Gil (1999), para que haja fidedignidade e representatividade das características do
Universo em estudo, a determinação da amostra deve apresentar quatro factores: «… a extensão
do Universo, o nível de confiança estabelecido, erro máximo permitido e a percentagem com o
qual o fenómeno se verifica.»
Geralmente, os resultados que se extraem não são exactos em relação ao universo em estudo,
apresentando sempre, um «erro de medição», que pode aumentar ou diminuir conforme o
número de amostras assumidos (Hill, 2000). Este erro de medição, é apresentado em forma de
percentagem, que pode variar entre 3% (mínimo) e 5% (máximo).
Sendo assim, assumiu-se a determinação da amostra para esta investigação, sobre uma população
alvo FINITA, de 3.800, onde a fórmula do cálculo das amostras foi a seguinte:
2
σ p.q. N
n= 2 2
l ( N−1 ) +σ p . q
Em que:
n = Tamanho da Amostra
σ = Nível de confiança escolhido, expresso em números de desvio padrão
p = Percentagem com a qual o fenómeno se verifica
q = Percentagem complementar (100-p)
e = Erro máximo permitido
N = Tamanho da população (números das PME’s na Cidade de Chimoio)
O que determinou uma amostra de 69 empresas a serem inquiridas. o que corresponde a uma
taxa de amostragem de 1.82%
A probabilidade de cada empresa pertencer ao universo deste estudo é conhecida (1 por 69) e
com uma probabilidade não nula. Deste modo, trata-se de uma amostragem probabilística. Uma
amostragem é considerada probabilística quando todos os elementos da população tiverem
probabilidade conhecida e diferente de zero (Mattar, 2004; Reis et al., 2008).
Percepção dos PMEs sobre o financiamento a longo prazo em Moçambique: O caso da Cidade
de Chimoio Relativamente ao tipo de amostragem, acabou-se por optar pela amostragem
estratificada não proporcional e a selecção aleatória simples. No caso da amostragem
estratificada não proporcional, segundo Gil (2008), a extensão das amostras dos vários estratos
não é proporcional à extensão desses estratos em relação ao universo. Há situações em que este
procedimento é o mais adequado, particularmente naqueles em que se tem interesse na
comparação entre os vários estratos (Gil, 2008).
O primeiro grupo pretende caracterizar, de uma forma geral, a empresa (local da sede, data de
início de actividade, relação de quem responde para com a empresa, principal actividade da
empresa, tipo de sociedade, número de colaboradores, porte da empresa);
O inquérito foi feito em 5 dias, população de 100 empresas da Cidade de Chimoio, do qual
resultaram pouco mais de 70 respostas, o que com uma taxa de cerca de 7% está dentro das
expectativas no meio empresarial moçambicano. Como o inquerito é dirigido apenas à PME,
foram excluídas três respostas devido a serem de grandes empresas.
Para o tratamento da amostra foi utilizado o programa SPSS (Statistical Package for Social
Sciences). Na visão de Alexandre (2006), o aplicativo SPSS é “uma poderosa ferramenta
informática que permite realizar cálculos estatísticos complexos, e visualizar os seus resultados,
em poucos segundos”. Em alguns momentos, utilizou-se o Microsoft Excel 2007. A análise dos
resultados baseou-se nos seguintes procedimentos estatísticos:
3.6. Limitações
A análise dos resultados iniciou-se com a realização de uma análise univariada às variáveis
objecto de estudo, com o objectivo de descrever seu comportamento.
Foi questionada a data de início de actividade da empresa, verificando-se que a mais antiga
iniciou a actividade em 1998; e a mais recente, em 2015. Em termos médios, as empresas têm
cerca de 10 anos de existência.
As sociedades unipessoais são as empresas mais representativas do inquérito, com 52% das
respostas; seguem-se as sociedades por quotas, com 36,4%; e as sociedades anónimas com 10%.
Como a definição de PME abrange outros critérios para além do número de colaboradores, foi
colocada a questão sobre o porte/estatuto da empresa. Responderam ao inquérito 11,2%
microempresas, 54,2% pequenas empresas e 34,6% médias empresas.
Trabalho de Licenciatura – Guilhermina Rafael Sitoe Pag. 40
Analise da Fonte de Financiamento a Longo Prazo de Pequenas e Medias Empresas
Responses
Empréstimos / Subvenções
5 4.6% 7.8%
do Estado
financiamento, em que existe uma preferência muito forte pelo auto-financiamento e pelo crédito
bancário e em que o papel da bolsa e dos mercados de capitais é reduzido.
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Total 69 100.0
Refira-se que não é investigada a questão se as empresas que trabalham com mais bancos têm
mais dificuldades ou necessidades de financiamento em face daquelas que trabalham com menos
bancos, ou se a escolha de trabalhar com mais bancos relaciona-se com uma forma de obter
condições mais vantajosas e diferenciadoras.
O produto de crédito bancário (Tabela 7) mais utilizado pelas empresas é a conta corrente, com
28% das respostas, seguindo-se o leasing/renting e os empréstimos de médio e longo prazo
(superiores a um ano), com 20.3%. Com cerca de 9.7% de respostas, estão as garantias bancárias,
os empréstimos de curto prazo (inferior a um ano) e o desconto de letras. O factoring, e o
desconto de notas promissórias surgem com 13%, 3.4% das respostas, respectivamente.
Responses
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
A forma de financiamento alternativa mais utilizada pela empresa é o financiamento com recurso
a Garantia Mútua, com 50.7% das respostas, e 36% das empresas não utilizaram nenhuma das
formas de financiamento alternativas sugeridas (Tabela 9). O papel comercial regista 15.9% de
respostas. As percentagens de respostas para os empréstimos obrigacionistas, sociedades de
capital de risco são 10%.
Sociedades de capital de
7 10.1 11.7 88.3
risco
Empréstimos
7 10.1 11.7 100.0
obrigacionistas
Esses resultados demonstram que não existe por parte das empresas o recurso e uma utilização
significativa de formas de financiamento alternativas e, por outro lado, é de salientar o
importante papel que os empréstimos com recurso a Garantia Mútua representam.
Tabela 10: Formas de Financiamento Alternativas que a Empresa Pondera Utilizar nos
Próximos Dois Anos
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
O aumento do endividamento das empresas é considerado pela maioria delas como relevante ou
muito relevante em face do aumento do risco tanto para accionistas como para os detentores da
dívida. Esse resultado reflecte a abordagem da teoria de Durand (1952), segundo a qual o
aumento do endividamento provoca o aumento do risco para os accionistas e para os detentores
da dívida, sendo exigido um prémio maior para seus investimentos. Em situações extremas, fica
implícito o risco de falência resultante de um endividamento excessivo. Daskalakis e Psillak
(2009) consideram que o sistema jurídico desempenha papel fundamental na disponibilidade de
financiamento externo de uma empresa, com especial relevância nas PMEs.
ao uso do benefício fiscal da dívida. A maturidade dos activos versus a maturidade do passivo é
uma das questões fundamentais do equilíbrio financeiro.
De acordo com Daskalakis e Psillak (2009), o sistema jurídico desempenha papel fundamental na
disponibilidade de financiamento externo de uma empresa, com especial relevância nas PMEs. A
burocracia é outro dos factores macroeconómicos das empresas como tendo muito mau
funcionamento ou mau funcionamento, enquanto a concorrência/regulação teve 41% de
respostas como mau funcionamento e 32% estão indecisos.
5.1. Conclusão
O presente trabalho foi realizado como requisito parcial para o grau de Licenciatura em
Contabilidade e Auditoria no Instituto Superior Politécnico de Manica. Durante a elaboração
deste trabalho, Moçambique esteve sob crise financeira, consequência da elevada dívida pública
e das dificuldades de financiamento do país nos mercados financeiros. A crise que afectou
algumas instituições bancárias provocou a diminuição do nível de concessão de crédito à
economia e o aumento dos custos de financiamento.
As empresas têm em conta os benefícios fiscais na escolha de suas estruturas de capitais e formas
de financiamento, resultado que contradiz o estudo de Pettit e Singer (1985), que consideram as
PMEs menos susceptíveis de gerar elevados lucros e, portanto, menos propensas ao uso do
benefício fiscal da dívida.
A maioria das empresas considera que o mais recente Plano de Conta, recentemente aplicado em
Moçambique, permite obter informação mais credível e homogénea, o que poderá melhorar não
só a qualidade da informação contabilística produzida, apurando o relacionamento que mantém
com os bancos (Baas & Schrooten, 2006), como também as condições de acesso ao crédito
bancário (Hall, Hutchinson & Michaelas, 2004). A generalidade das PMEs que responderam ao
inquérito procura financiar seus investimentos com dívida, cuja maturidade seja similar à dos
activos que ela irá financiar, resultado em acordo com o estudo de Graham e Harvey (2001).
A expressiva maioria das empresas tem dificuldades no acesso ao crédito bancário; os custos do
empréstimo, ou seja, as comissões e as despesas cobradas e as taxas de juro praticadas, são o
factor que mais contribui para tal situação. Esse resultado poderia significar que as empresas
estariam mais propensas à utilização de formas de financiamento alternativas, situação que não
veio a verificar-se.
De acordo com os resultados do inquérito, 36% das empresas não utilizaram nenhuma das
formas de financiamento alternativas sugeridas e 43% também não ponderam vir a utilizar
nenhuma delas nos próximos dois anos. Esses dados são reveladores de alguma rigidez que
existe na utilização de formas de financiamento tradicionais, apesar das dificuldades admitidas
em seu acesso.
5.2. Recomendações
Na verdade todo e qualquer trabalho de pesquisa requerem uma mais-valia individualizada por
parte dos pesquisadores. Com isso as sugestões propostas para futuras investigações surgem do
processo de investigação realizado e das limitações detalhadas.
Uma outra sugestão para investigações futuras envolveria um estudo mais alargado que
permitisse comparar as principais diferenças em Moçambique noutros países, na perspectiva de
perceber se existe uma influência directa da cultura empresarial do país onde as empresas estão
instaladas.
Neste sentido, investigar ainda, sobre as razões que justificam um nível de investimento tão
escasso e a razão pela qual, em Moçambique (contrariamente à generalidade dos outros países),
as PME's enfrentam problemas em financiar os seus projectos de investimentos, sabendo que no
geral estes representam cerca de 86% das empresas existentes em Moçambique, para além de
promover o crescimento económico e de gerar empregos.
Há ainda muitas questões a explorar no que respeita a inovação empresarial. Neste sentido,
acrescenta-se mais algumas pistas que poderão ser desenvolvidas em estudos futuros,
nomeadamente, tipos de benefícios fiscais á disposição das PME's Moçambicanas. Sendo assim
creio que o Governo deveria apostar fortemente na promoção de condições de incentivos á
criação e crescimento das actividades das pequenas e médias empresas, na formação do
empreendedorismo jovem e na mobilização de financiamento as PME's.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAF Neto, Alexandre (2003). Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas.
ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark
(2000),. Contabilidade Gerencial. Tradução de André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro.
Revisão Técnica de Rubens Fama. 2.ed. São Paulo: Atlas,.
ARRIGHI, Giovanni (2006). A Crise Africana: aspectos regionais e sistémicos do mundo. In:
SADER, Emir (Org.). Contragolpes: selecção de artigos da New Left Review. São Paulo:
Boitempo, 2006.
BAAS, T., & SCHROOTEN, M. (2006). Relationship banking and SMEs: A theoretical
analysis. Small Business Economics, 27(2-3), 127-137. DOI: 10.1007/s11187-006-0018-7
BRADLEY, M; JARREL, G., Oligopoly and financial struture: The limited liability effect.
American Economi Reviw. V.76, P. 956-970.
DASKALAKIS, N., & Psillaki, M. (2009). Are the determinants of capital structure country
or firm specific? Small Business Economics, 33(3), 319-333.
Dicionário de Economia e Ciências Sociais; Irene Queirós e Maria Juventina Sousa (Trodutor),
Porto Editora, 1998.
DONALDSON, C. (1961). Corporate debt capacity: A study of corporate debt policy and the
determinants of corporate debt capacity. Boston, Division of research, Harvard University
DURAND, D. (1952). Cost of debt and equity funds for business: Trends and problems of
measurement (pp. 215-262). Conference on Research on Business Finance. Universities
National Bureau of Economic Research, New York: NBER.
GIL, António Carlos (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas,
1999
GRAHAM, J., & HARVEY, C. (2001). The theory and practice of corporate finance:
evidence from the field. Journal of Financial Economics, 60(2-3), 187-243. DOI:
10.1016/S0304-405X(01)00044-7 Hall,
JENSEN, M.; MECKLING, W (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency
costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, v. 3, n. 4, p. 305-360.
LONGENECKER, Justin G., MOORE, Carlos W., PETTY, J. Willliam (2004). Administração
de Pequenas Empresas, Ênfase da Gerência Empresarial, Pearson Makron Books, São Paulo.
MODIGLIANI, F; MILLER, M. (1963). Corporate income taxes and the cost of capital: a
correction. American Economic Review. V.53, p.433-443.
MYERS, S; Majluf, N (1984) Corporate financihg and investiment decisions when firms
have information that investors do not have. Jornal of financial economics. V.13, p.187-221.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de (1999). Tratado de metodologia científica. 2.ed. São Paulo:
Pioneira.
PEYRARD, Josette, (1992), Gestão financeira com exercicíos, (2ª edição), Lisboa, Publicações
Dom Quixote.
SANTOS, Juliana Soares (1999). A integração regional na África Austral: a SADC na óptica
dos interesses sul-africanos. 1999. 283 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia)- Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em:
<http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/aladaa/soares.rtf>. Acesso em: 23 Maio. 2016.
TOMAZETTE, Marlon (2012). Curso de Direito Empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, , 1 v:
Teoria Geral e Direito Societário.
VIEIRA, Eurico Collares (2001) Técnicas Financeiras – Análise Global e Cálculo (2ª ed),
Universidade Lusíada Editora.
VIEIRA, Eusélia Paveglio; ROSSI, Elisandra Grochanke; POCAI, Simone (2001). Custos na
Actividade Comercial. Ijuí: 2003, n.18.
ANEXOS
Inquérito
Este questionário tem a finalidade de estudar e analisar os Financiamentos a Longo Prazo nas Pequenas e
Medias Empresas Moçambicanas, com o objectivo de permitir a elaboração do trabalho de fim de curso
ministrado pelo ISPM. Neste sentido, é imprescindível que as suas respostas sejam sinceras. A
confidencialidade das suas respostas será integralmente respeitada.
Sim Não
II.2. Qual é a fonte de financiamento utilizada pela empresa?
Nota pr subscrita pela empresa c/aval pessoal Nota promissória subscrita pela empresa
Garantia mútua Garantia hipotecária
Penhor de valores Covenants / Cartas conforto
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________________________________________________________________.
Financiamento Alt já Utilizadas pela Emp Fin. com recurso a garantia mútua
Papel comercial Sociedades de capital de risco
Empréstimos obrigacionistas Outro
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________