8323 Article 116542 1 10 20200916

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

Research, Society and Development, v. 9, n.

10, e039108323, 2020


(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Modelos didáticos para avaliação estrutural
Teaching models for structural evaluation
Modelos didácticos para evaluación estructural

Recebido: 10/09/2020 | Revisado: 12/09/2020 | Aceito: 14/09/2020 | Publicado: 16/09/2020

Cláudio Silva Soares


ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8730-698X
Centro Universitário Unifacisa, Brasil
E-mail: [email protected]
Marcos Antônio Barros
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4553-4503
Centro Universitário Unifacisa, Brasil
E-mail: [email protected]

Resumo
Atualmente o emprego de ferramentas didáticas, em forma de modelos qualitativos, vem
facilitando o aprendizado dos discentes dos cursos de engenharia. Não é raro que esses
modelos muitas vezes são comercializados ou produzidos pelos próprios alunos e professores.
Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as reações de tensões, nos distintos modelos
de edificações, a partir da construção de um modelo de mesa sísmica e de uma estrutura
predial de cinco pavimentos distanciados entre si de duas formas (0,2 e 0,3m). O simulador
sísmico foi construído com uma plataforma de madeira MDF, sobre a qual foram fixados
trilhos de alumínio para servir de guia das roldanas fixadas em outra plataforma superior. A
plataforma superior foi ligada a um disco de MDF através de uma haste de aço. A função
deste disco foi permitir o movimento horizontal oscilatório da base superior, sendo
impulsionada através de uma parafusadeira elétrica. Os resultados experimentais indicaram
que a mesa simuladora foi capaz de reproduzir os efeitos sísmicos nos modelos estruturais,
assim como a comprovação destes resultados por parte dos discentes através de cálculos
matemáticos que demonstraram os diferentes níveis de dilatações sofridas quando os modelos
das edificações foram submetidos a diferentes espaçamentos entre os pavimentos. De forma
geral, constatou-se que o modelo estudado pode ser utilizado, de forma satisfatória, como
ferramenta didática de apoio nas aulas das disciplinas de análise estrutural, como mecânica

1
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
geral, teoria das estruturas, dentre outras que analisem as forças sísmicas incidentes numa
estrutura edificada.
Palavras-chave: Ensino; Análise; Qualitativa; Ferramenta pedagógica.

Abstract
Currently the use of teaching tools, in the form of qualitative models, is facilitating the
learning of engineering students. Often these models are marketed or produced by students
and teachers. Thus, the objective of this study was to evaluate the reactions of stresses, in the
different models of buildings, from the construction of a model of seismic table and a building
structure of five floors spaced from each other in two ways (0.2 and 0 , 3m). The seismic
simulator was built with a wooden MDF platform, where aluminum rails were fixed to serve
as a guide for the pulleys fixed on another upper platform. The upper platform was connected
to an MDF disk through a steel rod. The function of this disc was to allow the horizontal
oscillatory movement of the upper base, being driven by an electric screwdriver. The
experimental results indicated that the simulator table was able to reproduce the seismic
effects in the structural models, as well as the proof of these results by the students through
mathematical calculations that demonstrated the different levels of expansion suffered when
the building models were subjected to different spacing between floors. In general, it was
found that the model studied can be used, satisfactorily, as a didactic support tool in the
classes of structural analysis disciplines, such as general mechanics, structural theory, among
others that analyze the seismic forces on a structure built up.
Keywords: Teaching; Analyze; Qualitative; Pedagogical tool.

Resumen
Actualmente, el uso de herramientas didácticas, en forma de modelos cualitativos, viene
facilitando el aprendizaje de los estudiantes de los cursos de ingeniería. No es raro que estos
modelos a menudo sean comercializados o producidos por los propios estudiantes y
profesores. Así, el objetivo de este estudio fue evaluar las reacciones de esfuerzos, en los
diferentes modelos de edificación, a partir de la construcción de un modelo de mesa sísmica y
una estructura de edificación de cinco plantas espaciadas entre sí de dos formas (0,2 y 0 , 3
m). El simulador sísmico se construyó con una plataforma de madera MDF, sobre la cual se
fijaron rieles de aluminio que sirvieron de guía para las poleas fijadas en otra plataforma
superior. La plataforma superior estaba conectada a un disco de MDF a través de una varilla
de acero. La función de este disco era permitir el movimiento oscilatorio horizontal de la base

2
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
superior, siendo accionada por un destornillador eléctrico. Los resultados experimentales
indicaron que la mesa del simulador fue capaz de reproducir los efectos sísmicos en los
modelos estructurales, así como la prueba de estos resultados por parte de los estudiantes a
través de cálculos matemáticos que demostraron los diferentes niveles de expansión sufridos
cuando los modelos de construcción fueron sometidos a diferentes espaciamiento entre pisos.
En general, se encontró que el modelo estudiado puede ser utilizado, satisfactoriamente, como
herramienta de apoyo didáctico en las clases de disciplinas de análisis estructural, tales como
mecánica general, teoría estructural, entre otras que analizan las fuerzas sísmicas sobre una
estructura. construido.
Palabras clave: Ensenãnza; Análisis; Cualitativo; Herramienta pedagógica.

1. Introdução

Há um longo tempo o processo didtático pedagógico apresenta algumas lacunas que


precisam ser preenchidas, com o objetivo de que o aluno aprenda de forma mais eficiente o
conteúdo ministrado por professores, principalmente, na grande área da engenharia. Isso
ocorre, uma vez que na sua maioria, os estudantes não possuem disciplinas de formação
pedagógica em seus cursos de formação.
Essa lacuna observada nos cursos de engenharia e, representada muitas vezes pela
falta da agregação entre teoria e prática, ocorre devido à ausência de interdisciplinaridade
dentro desses cursos, ou seja, muitas disciplinas basicamente teóricas deixam de ser
exploradas, de forma a incitar no aluno, uma visão de aplicações práticas em outras
disciplinas e, até mesmo, na vida profissional deste futuro engenheiro. Somado a isso, ainda
verifica-se que a grade curricular dos cursos de engenharia civil apresenta muitas disciplinas
com a maioria da carga horária abrangendo bastante teoria e poucas aulas práticas, devido a
uma grande quantidade de obstáculos, que vão desde a falta de formação didática da maioria
dos professores, até mesmo a uma estrutura curricular desatualizada e muito aquém das
necessidades atuais.
Quando esse processo de aprendizado é analisado didaticamente nos cursos de
engenharia, é notado que uma aula dinâmica, aparentemente informal e descompromissada
com livros didáticos e roteiros, muitas vezes, rende muito mais e gera mais resultados
positivos em comparação com uma aula formal (Rocha et al., 2017). Partindo-se desse
princípio, verifica-se que os resultados didáticos que fogem do habitual, com a demonstração

3
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
prática do que é ensinado, alcançam melhores efeitos no aprendizado em um estimado
período.
Desta forma, uma ferramenta que vem ajudando nesse aprendizado é a utilização de
modelos qualitativos que muitas vezes são comercializados ou produzidos pelos próprios
discentes e docentes. Tomando-se como exemplo de como esses modelos podem ajudar o
aluno a entender, de forma mais prática, pode-se imaginar uma edificação estrutural formada
pela associação de diversas hastes de sustentação, e como funcionam os vínculos externos e
internos para garantir sua estabilidade, o que também torna a aula mais prática e participativa,
porém não permitem a comparação de resultados obtidos por cálculos em sala de aula (como
reações, esforços internos solicitantes e deslocamentos) com o observado no modelo (Moura
et al., 2016).
Segundo Lobosco e Câmara (2018), esses modelos didáticos apresentam uma variada
flexibilidade construtiva, pois são construídos para observação do comportamento mecânico
da estrutura, a partir de suas deformações, logo, precisam ser capazes de evidenciar esse
comportamento estrutural, através da visualização das deformações apresentadas pela
modelagem.
Nesse caminho, algumas universidades, a exemplo da PUCPR, já vem estimulado seus
professores a incluírem novas propostas de aprendizagem em suas reorganizações
metodológicas, para atender aos novos perfis delineados para os seus estudantes. No entanto,
é um desafio fazer mudanças desse tipo no ensino superior, tanto para professor quanto ao
aluno (Maziero, 2018).
As recorrentes mudanças nas ciências e, consequentemente, nos métodos e
procedimentos que os rodeiam, traz à tona a procura por novos meios de ensino, para os
quais, surge a necessidade de uma nova atitude envolvendo discentes e docentes. Com relação
aos docentes, há tempos assumiram o papel de transmissor de conhecimento, enquanto que os
discentes, permanecem em atitude passiva, receptiva e reprodutora, atuando como
espectadores, sem maior preocupação com a crítica e reflexão dos problemas impostos em
suas áreas do conhecimento (Behrens, 2011).
Em contrapartida, a utilização de modelos didáticos vem sendo descrita e usada
durante boa parte da história humana, pois Oliveira (2008) enfatiza que o homem vem
utilizando modelos representativos em diferentes setores da ciência, como meio de adquirir
conhecimento não somente no campo da engenharia, mas também na maioria dos laboratórios
e em qualquer área de conhecimento, para simulação da realidade.

4
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Neste sentido, é de fundamental importância que os profissionais envolvidos na
concepção dos projetos estruturais sejam capazes de visualizar e compreender o
comportamento da referida estrutura sob variadas situações de combinações das ações e
carregamentos das forças externas e internas. Neste contexto, Brito et al., (2017) comentam
que, para isso, há necessidade de que os alunos desenvolvam a percepção espacial intuitiva,
compreendendo, desta forma, o comportamento local e global de determinada estrutura, com
objetivo de idealizar o projeto arquitetônico em conjunto com a percepção da importância da
otimização na modelagem da estrutura.
Nos estudos de estruturas especiais, assim como em pontes, é crescente o uso de
modelos didáticos para avaliar o efeito de vibrações e das cargas dinâmicas nesses tipos de
estruturas. Sendo assim, tem sido observado que o uso desses modelos é muito comum no
estudo de futuros problemas causados por efeitos sísmicos e por ações de vento nas estruturas
(Brito et al., 2017).
No entanto, de acordo com Teixeira (2016), é notório que no ensino de engenharia a
exploração desta vertente intuitiva vem ficando em segundo plano, já que a exposição dos
conceitos estruturais é feita quase exclusivamente por via analítica. Neste caso, há um
menosprezo das noções qualitativas, fazendo com que haja dificuldade de aprendizado no
entendimento dos conceitos teóricos por parte dos discentes.
Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as reações de tensões, nos distintos
modelos de edificações, a partir da construção de um modelo de mesa sísmica e de uma
estrutura predial de cinco pavimentos distanciados entre si de duas formas (0,2 e 0,3m),
visando contribuir no aprendizado dos discentes do curso de engenharia civil.

2. Metodologia

O experimento foi idealizado e efetivado por alunos do curso de Engenharia Civil da


UNIFACISA, durante o período de maio a junho de 2019, constando de uma pesquisa
qualitativa do tipo pesquisa-ação (Pereira et al., 2018). Na elaboração da mesa simuladora de
abalo sísmico (Figura 1), foi utilizada uma plataforma de madeira MDF (Medium Density
Fiberboard), sobre a qual foram fixados trilhos de alumínio para servir de guia das roldanas
fixadas em outra plataforma superior. A plataforma superior foi ligada a um disco de MDF
através de uma haste de aço. A função deste disco foi permitir o movimento horizontal
oscilatório da base superior, sendo impulsionada através de uma parafusadeira elétrica.

5
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
As alterações de velocidade no disco e, consequentemente, intensidade do abalo
sísmico, foram obtidas com os diferentes níveis de rotação que a parafusadeira apresenta,
assim como a variação da posição da haste de ligação nos diferentes orifícios do disco.
Quanto à medição da intensidade sísmica da mesa nas diferentes velocidades, esta foi
determinada através de um App de Smartphone denominado Vibrationanalysis, o qual fornece
dados numéricos e gráficos, a exemplo do deslocamento nos eixos x, y e z, amplitude da
aceleração e distância, assim como frequência do movimento oscilatório da mesa.

Figura 1. Mesa simuladora de abalos sísmicos. Fonte: os autores.

Fonte: Os autores.

Para avaliação do simulador sísmico, foram aplicados exemplos de modelos


qualitativos elaborados a partir da semelhança geométrica direta com a estrutura proposta de
uma edificação de cinco pavimentos com duas distâncias distintas entre os mesmos (0,2 e
0,3m). De acordo com Lobosco e Câmara (2018), esses modelos apresentam certa
flexibilidade construtiva, pois são construídos para a observação da mecânica estrutural a
partir de suas deformações, logo, precisam ser capazes de evidenciar o comportamento
estrutural através da visualização das deformações apresentadas pela montagem.
Neste sentido, conforme demonstrado na Figura 2 (Rao, 2008), foi elaborado um
diagrama de corpo livre (DCL) com um modelo simplificado de deslocamentos laterais nos
múltiplos graus de liberdade (pavimentos), com plataformas paralelas representando as
massas do sistema, as colunas como o elemento de mola e excitação do modelo no eixo x.

6
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Figura 2. Diagrama de corpo livre do modelo de vibrações em plataformas paralelas.

Fonte: Rao (2008).

No modelo proposto neste trabalho (Figura 3), as quatro colunas de sustentação (meia
cremalheira) representam a função de elemento de mola. A variação da flexão no modelo foi
obtida através da fixação de apoios laterais em cada pavimento, fazendo-se variar a sua
constante de rigidez. Por sua vez, essa constante de rigidez também pode ser obtida por meio
da variação das distâncias entre cada pavimento.

Figura 3. Molas k1, 𝑘2, 𝑘3, 𝑘4 em paralelo agindo sob as massas m1, m2, m3, m4, m5 das
plataformas.

Fonte: Os autores.

7
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Na composição das colunas de sustentação do modelo, foi escolhida uma haste de aço
com 1.000 mm de comprimento; 13,02 mm de largura e 2,87 mm de espessura.
Neste modelo estrutural foram consideradas três peças distintas: réguas, plataformas e
suportes. Os suportes foram fixados nas peças centrais das plataformas e na mesa por meio de
parafusos e porcas nos orifícios com a mesma distância das furações da mesa isolante de
vibrações, garantindo a compressão necessária de modo a restringir qualquer deslocamento ou
deslizamento da régua na base. O material escolhido para o suporte foi alumínio 6061.
As peças centrais das plataformas consistiram no principal elemento de massa do
modelo, que possuem furações para fixação com os suportes. Com relação à montagem deste
modelo, apresentada na Figura 3, pode-se verificar que o mesmo foi formado por 05
plataformas (pavimentos), resultando em 5 graus de liberdade para o sistema.
No experimento presente, as plataformas foram dispostas em duas alturas distintas,
sendo adotados 200 mm e 300 mm, separadamente, em cada teste de vibração da mesa
sísmica. Na simulação do tipo de engastamento das vigas, a régua foi considerada como uma
coluna biengastada de seção retangular com flexão em seu eixo x, sendo o segundo momento
de inércia da área (𝐼𝑥), em relação ao eixo x, calculado segundo a equação 01, onde b é a
largura da régua e h a espessura (Beer et al., 2011).

𝑏∗ℎ3
𝐼𝑥 = Eq. 01
12

O material de constituição da régua foi considerado como aço, na qual foi realizado o
cálculo do deslocamento de viga biengastada sob carregamento perpendicular, obtida através
da equação 02 que determina a constante de rigidez da régua de aço (k), conforme sua altura
(𝑙).

12.𝐸.𝐼𝑥
𝑘= Eq. 02
𝑙3

A partir da determinação da constante de rigidez, em seguida foi calculada a constante


de rigidez equivalente da régua de aço (keq), sendo que para cada plataforma, as quatro réguas
que a sustentam funcionam como uma associação de molas em paralelo, agindo sobre uma
mesma massa. A Figura 3 ilustra ainda, para a primeira plataforma de massa 𝑚1, a disposição
paralela das réguas com coeficientes de rigidez 𝑘1, 𝑘2, 𝑘3, 𝑘4.

8
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Levando-se em conta o pressuposto de que as quatro réguas restringem o movimento
da massa 𝑚1 a um eixo em comum, a constante de rigidez equivalente (keq) na primeira
plataforma foi calculada a partir do somatório das constantes de rigidez das quatro vigas,
conforme a equação 03.

K eq = ∑41 K n Eq. 03

As plataformas do dispositivo são paralelas, logo manterão as réguas de uma mesma


plataforma sempre com a mesma altura entre as demais plataformas (200 mm).
A possibilidade de flambagem da estrutura também foi verificada, já que as réguas
representam o elemento estrutural do modelo didático e que podem estar sujeitas a cargas
axiais de compressão, logo, torna-se importante a verificação se as réguas não sofreriam essa
deformação. Para essa verificação foi necessário calcular dois fatores: o índice de Esbeltez
das réguas e, se a maior carga axial de compressão, a qual uma régua esteja submetida, é
menor que a carga crítica para flambagem.
Neste sentido, considerando as réguas como elementos de viga biengastada, sabe-se
que o 𝑙𝑒𝑓 = 0,5𝑙 (Beer & Dewolf, 2015). Como o comprimento da régua é um fator
determinante para a resistência à flambagem, foram calculados o índice de Esbeltez (equação
04) e carga crítica (equação 05) para dois casos, onde apenas a distância entre as plataformas
é alterada no modelo didático em duas avaliações separadas. No primeiro caso se considerou a
distância entre as plataformas de 200 mm e, desse modo, este é o comprimento real das
réguas. No segundo caso é considerada a distância de 300 mm entre as plataformas.

𝑙𝑒𝑓
𝑆𝑟 = Eq. 04
r

I
𝑟=√ Eq. 05
A

Na equação 04, 𝑙𝑒𝑓 é o comprimento efetivo da viga dependente de sua condição de


extremidade. Na equação 05, 𝐼 é o momento de inércia da seção transversal, e 𝐴, a área da
seção transversal da viga estudada.
Beer e Dewolf (2015) demonstraram que a fórmula de Euler (equação 06) determina o
valor crítico da força (𝑃𝑐𝑟). Se a força axial de compressão (𝑃) for maior que a força crítica
(𝑃𝑐𝑟), a viga sofrerá flambagem em algum momento.

9
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
4𝜋 2 .𝐸.𝐼
𝑃𝑐𝑟 = Eq. 06
𝑙2

Para determinação da massa crítica (𝑚𝑐𝑟), esta é proveniente do carregamento crítico


(𝑃𝑐𝑟) dividido pela aceleração da gravidade (9,80665m/s2), conforme equação 07.
𝑃𝑐𝑟
𝑚𝑐𝑟 = Eq. 06
9,80665

As réguas, que representavam os pilares da estrutura, conectadas entre a plataforma


isolante e o primeiro pavimento, são as principais estruturas que estão submetidas ao maior
carregamento de peso e, consequentemente, possuem maior risco de flambarem. Isso devido à
maior massa apoiada sobre elas. Desta forma, o carregamento crítico foi comparado com o
carregamento que estas quatro primeiras réguas estavam submetidas durante o experimento.
Para determinação do peso de cada item do modelo estrutural, foi utilizada uma
balança de precisão 0,001g. Deste modo, o peso total de cada estrutura foi determinado,
multiplicando-se o peso unitário de cada peça por sua respectiva quantidade presente em cada
modelo de edificação.
Quando divide-se o valor da massa total pelo número de réguas que a suportam,
chega-se no valor máximo de carregamento que uma régua estará sujeita no dispositivo
(equação 08).
𝑚𝑡𝑜𝑡
𝑚𝑚á𝑥 = Eq. 08
𝑛° 𝑝𝑎𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠

3. Resultados e Discussão

As características de cada peça presente no modelo estrutural da edificação, como tipo


de material, quantidade e peso total de cada conjunto são descritos na Tabela 1, onde observa-
se que o maior peso foi encontrado nos suportes de alumínio, enquanto que o menor foi
observado nas porcas de aço. Por sua vez, foi observado que a estrutura total em si pesou
0,886 kg.

Tabela 1. Peso dos componentes do modelo didático estudado.


Peça Material Peso unitário (kg) Quantidade (ud) Total (kg)
Plataforma MDF 0,0756 05 0,378
Suporte Alumínio 0,0233 20 0,466
Parafuso Aço carbono 0,0015 20 0,030
Porca Aço carbono 0,0006 20 0,012
Ptotal: 0,886
Fonte: Os autores.

10
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Neste sentido, vale ressaltar que a determinação destas variáveis torna-se de grande
importância quando se analisa modelos didáticos em escala pequena, uma vez que, a partir
dos dados experimentais de cada componente estrutural, o pesquisador tem a possibilidade de
extrapolar seus cálculos para uma edificação de tamanho em escala natural.
Essa observação é corroborada por Moura et al. (2016), pois os autores ressaltam que,
quando os professores comparam cálculos encontrados a partir de modelos didáticos com
aqueles calculados para edificação em escala natural, empregando-se as teorias encontradas
na literatura específica, há uma melhora significativa no aprendizado, já que esse método
proporciona a apresentação de bases teóricas dos problemas aos discentes, aplicando-as na
resolução de exercícios de forma que pode-se comprovar os resultados com aquilo calculado
no modelo didático.
Segundo Lobosco e Câmara (2018), a proposta do modelo didático não busca a
produção de uma ferramenta para substituir os procedimentos tradicionais de concepção
estrutural, mas uma forma de estimular o aprendizado intuitivo dos comportamentos
estruturais, ou seja, um modelo para ser utilizado em processos de experimentação
qualitativos, estimulando a compreensão intuitiva e auxiliando o aluno a relacionar o
comportamento mecânico observado nos modelos físicos com a aplicação dos modelos
numérico-computacionais.
Na tabela 2 encontra-se o resultado do segundo momento de inércia da área em relação
ao eixo x (Ix), obtido através da equação 01. Diante os resultados expostos nesta tabela, para
este modelo didático de edificação, verifica-se que o segundo momento de inércia apresentou
valor de 2,565x10-11 m4.

Tabela 2. Resultado do segundo momento de inércia da área em relação ao eixo x (Ix).


b (m) h (m) Ix (m𝟒)
13,02 x10-3 2,87 x10-3 2,565x10-11
Fonte: Os autores.

Neste sentido, Zanelatto (2017) utilizou um modelo com réquas de aço inox de seções
b e h com 25,0x10-3 e 7,0x10-4 m, respectivamente, e obtiveram um valor de 7,146x10-13 m4
no segundo momento de inércia (Ix). Quando se compara o resultado desse autor com os
dados deste trabalho, verifica-se que quando maior a seção transversal (b.h) da coluna
estrutural de sustentação da edificação, maior será o valor do segundo momento de inércia
neste edificação.

11
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Na Tabela 3 estão dispostos os resultados dos cálculos da constante de rigidez, para
uma única régua, onde verifica-se que o aumento da altura entre as plataformas (l) faz com
que haja diminuição desta constante de rigidez.

Tabela 3. Cálculo da constante de rigidez (k).


l (m) E (N.m-2) Ix (m𝟒) k (N.m-1)
0,2 19x1010 2,565x10-11 7.310,25
0,3 19x1010 2,565x10-11 2.166,00
Fonte: Os autores.

Levando-se em consideração os diferentes espaçamentos entre as plataformas do


modelo didático (𝑙 = 0,2 m e 0,3 m), a Tabela 4 dispõe o coeficiente de rigidez 𝑘1 da massa
𝑚1, 𝑘2 da massa 𝑚2, 𝑘3 da massa 𝑚3 e 𝑘4 da massa 𝑚4 e o coeficiente de rigidez equivalente,
sendo esse proveniente do somatório dos demais.

Tabela 4. Resultado do cálculo da constante de rigidez equivalente (k𝑒𝑞).


l (m) k1 (N/m) k2 (N/m) k3 (N/m) k4 (N/m) k𝑒𝑞 (N/m)
0,2 7.310,25 7.310,25 7.310,25 7.310,25 29.241,00
0,3 2.166,00 2.166,00 2.166,00 2.166,00 8.664,00
Fonte: Os autores.

Analisando-se os resultados (Tabela 4), assim como foi verificado para a constante de
rigidez no item anterior, também ficou evidenciado que a alteração da altura entre as
plataformas do modelo é inversamente proporcional ao coeficiente de rigidez equivalente
(k𝑒𝑞).
Desta forma, os alunos corroboraram com a ideia de Almeida e Santos (2020) quando
postularam que as metodologias ativas de ensino consideram a participação dinâmica do
aluno na formação do conhecimento, instigando o conhecimento a partir da cooperação
mútua, discussão e atuação.
Os resultados calculados da constante de rigidez foram validados com auxílio do
modelo didático da estrutura predial, pois quando este foi submetido ao movimento da mesa
sísmica, foi verificado que, quanto maior a distância entre as plataformas da edificação, maior
foi a deformação apresentada na estrutura, já que esta apresentou menor rigidez em
comparação àquela de menor distância entre plataformas.

12
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Segundo Schodeck e Bechthold (2015), a concepção estrural, seja avaliada por meio
de simulação numérica ou mesmo virtual, demanda um conhecimento aprofundado do
comportamento e das condições de equilíbrio de uma estrutura e seus componentes. Em
contrapartida, Lobosco e Câmara (2018) ressaltam que os modelos didáticos se inserem no
processo de aprendizagem ao promover um primeiro momento dos alunos com o
comportamento estrutural e mecânico de uma edificação através de uma experiência
vivenciada e empírica, abrindo caminho a uma compreenção mais ampla e intuitiva do
comportamento estrutural, sendo, muitas vezes, capaz de romper a aversão dos alunos às
simulações matemáticas.
Em seguida, na Tabela 5 estão dispostos os resultados do cálculo da flambagem em
decorrência das duas distâncias entre pavimentos (l), para determinar se esta existiu ou não na
estrutura estudada.

Tabela 5. Resultado do cálculo da flambagem nas duas distâncias entre pavimentos.


l (m) r (m) lef Sr Pcr (N/m) mcr (kg) mmáx (kg)
0,2 8,285x10-4 0,10 120,70 4.809,952 490,48 0,222
0,3 8,285x10-4 0,15 181,05 2.137,756 217,99 0,222
Fonte: Os autores.

Nesta análise, Norton (2013) considerou que, quando uma viga apresenta índice de
Esbeltez (𝑆𝑟) maior que dez, a mesma poderá sofrer falha por flambagem, devido ao
carregamento axial de compressão. Se o 𝑆𝑟 for menor que dez, a viga não sofrerá falha por
flambagem, apenas por compressão.
Quando se analisam os resultados encontrados neste trabalho (Tabela 5), percebe-se
que a viga poderá sofrer flambagem, uma vez que o índice de Esbeltez encontrado foi maior
que dez, nas duas distâncias utilizadas entre pavimentos.
Outros autores (Evans et al., 2009; Salvadori, 2000) também utilizaram réguas como
representação de vigas e demonstração da influência de suas dimensões na ação da
flambagem em pilares.
Segundo Pravia et al., (2004), a análise numérica envolvida na disposição de restrições
para impedir a flambagem fora do plano não é simples, e é difícil de se ensinar ferramentas
numéricas desse tipo para cursos de graduação, por tanto, resta mostrar o fenômeno
qualitativo para permitir que esse conceito seja compreendido e devidamente aplicado na
prática profissional sem necessidade de análises numéricas elaboradas.

13
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
A ideia de que os modelos, utilizados nas aulas práticas, trazem muitos benefícios ao
processo de aprendizagem dos alunos é reforçada por Anastasiou e Alves (2012), quando
comentam que estes alunos não, apenas, memorizam conteúdos e processos de cálculo, mas
também podem entender e compreender o conteúdo, além de ajudar a introduzi-los no método
científico.
Neste sentido, Guerra (2020) observaram que a utilização de uma maquete didática
permitiu aos acadêmicos um melhor aproveitamento do conteúdo desenvolvido durante sua
atividade, atrelado a uma atmosfera problematizadora, aberta e horizontal, permitindo que a
construção do conhecimentos se dê de forma leve e fluida.

4. Considerações Finais

Ao analisar os resultados experimentais, foi observado que o modelo didático da mesa


sísmica transmitiu seus abalos sísmicos para o modelo estrutural do prédio. Esse fato foi
comprovado pelos discentes através do cálculo das variáveis envolvidas neste sistema,
demonstrando os efeitos das dilatações da estrutura, nos diferentes pavimentos do modelo
estrutural. Desta forma, verificou-se a eficiência do modelo experimental, quando se utilizou
essa ferramenta didática para comprovação dos cálculos realizados. Somado a isso, também
observou-se que as avaliações qualitativas do modelo didático apresentaram grande potencial
no sentido de facilitação do processo de aprendizagem dos conceitos, métodos e cálculos
verificados nos modelos estruturais.
Com o desenvolvimento de cada fase da experimentação, foi percebido que os
discentes foram observando, sequencialmente, os pontos estruturais mais solicitados em
decorrência das forças impostas pelo próprio peso da estrutura. Também foi observado que os
discentes apresentaram maior rendimento acadêmico quando se utilizaram desses modelos
didáticos para comprovação visual do efeito das forças incidentes na estrutura.
Outra constatação pertinente é que, durante a experimentação com modelos didáticos,
os discentes mostraram maior motivação e entusiasmo ao desempenhar um papel fundamental
como agente ativo no processo de ensino-aprendizagem, interagindo com o docente e demais
colegas do grupo de estudo.
Para uma maior obtenção, comparação e validação de dados, os autores recomendam
que futuramente sejam feitos outros experimentos com modelos didáticos de estruturas
prediais confeccionados com diferentes materiais.

14
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Por fim, conclui-se que os conteúdos teóricos, estudados na disciplina de Mecânica
Geral, do curso de Engenharia Civil, tornaram-se mais atrativos e motivantes após sua
associação com a experimentação de modelos didáticos, já que obteve-se maior participação e
criação por parte dos alunos.

Referências

Almeida, N. P., & Santos, K. G dos. (2020). Ensino do Laboratório de Engenharia Química
baseado em projeto: adsorção de gasolina empregando casca de banana. Research, Society
and Development, 9 (3), 1-25.

Anastasiou, L. G. C., & Alves, L. P. (2012). Processos de Ensinagem na Universidade:


pressupostos para estratégias de trabalho em aula. 10ª Ed. Univille.

Beer, F. P., & Dewolf, J. T. (2015). Mecânica dos materiais. (7a ed.), Porto alegre: AMGH.

Behrens, M. A. (2011). O paradigma emergente e a prática pedagógica. (5a ed.), Petrópolis:


Vozes..

Brito, L. D., Santos, I. B. J., Ribeiro, J. L., Carvalho, L. V., & Lopes, M. R. S. (2017).
Modelo reduzido qualitativo aplicado no ensino para pré-avaliação do comportamento de
arcos triarticulados em sistemas estruturais MLC. II Congresso Latinoamericano De
Estruturas De Madera. Anais. Buenos Aires.

Evans, P., Silver, P., & Mclean, W. (2009). Sistemas Estruturais. São Paulo: Blucher.

Guerra, L., Dalmaso, A. C., & Shetinger, M. R. C. (2020). O uso de maquete como
ferramenta facilitadora do processo de ensino e aprendizagem na formação inicial de
pedagogas/os. Research, Society and Development, 9(8), 1-24.

Lobosco, T., & Câmara, D. C. (2018). Desenvolvimento de modelos qualitativos para o


ensino de estruturas. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, 9(3), 167-
178.

15
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Maziero, L. T. P. (2018). Ensino de topografia no curso de arquitetura e urbanismo por meio
de aprendizagem ativa. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, 9(3),
179-191.

Moura, A. C., Carbonari, G., Aldo, A. A., Babugia, F., Zanluch, G., Proni, G., & Prieto, L. W.
(2016). Desenvolvimento de um modelo reduzido didático qualitativo e quantitativo de treliça
plana. In: XLV Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, Natal/RN. Anais. Natal.

Norton, R. L. (2013). Projeto de máquinas. (4a ed.), Porto Alegre: Bookman.

Oliveira, M. S. (2008). Modelo estrutural qualitativo para pré-avaliação do comportamento


de estruturas metálicas. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-graduação em Engenharia
Civil, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto.

Pereira A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa
científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio
.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?
sequence=1.

Pravia, Z. M. C. A, Drehmer, G. A., & Della Vechia, A. F. (2004). Modelo qualitativos do


comportamento da estabilidade lateral de treliças planas. In: COBENGE. Anais. Brasília.

Rao, S. Vibrações mecânicas. (2008). (4a ed.), São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Salvadori, M. (2000). The Art of Construction: projects and principles for beginning
engineers & architects. (3a ed.), Chicago: Chicago Review Press. 160p.

Teixeira, G. A. S. (2016). Análise de estruturas porticadas através de modelação física.


Dissertação (Mestrado) Engenharia Civil / Estruturas. Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto.

Zanelatto, T. V. B. (2017). Desenvolvimento de dispositivo didático para aulas práticas de


vibrações. 76 f. Monografia (Graduação em Engenharia Mecânica) – Engenharia Mecânica,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba.

16
Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e039108323, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8323
Porcentagem de contribuição de cada autor no manuscrito
Cláudio Silva Soares – 60%
Marcos Antônio Barros – 40%

17

Você também pode gostar