Simões & Sapeta2018
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Resumo
Resumen
Abstract
The Human Being knows and understands through observation and when the
observation gives rise to doubts, the Human Being questions. Observation and
interview, as an intellectual act of questioning the studied phenomenon, become a
scientific technique from the moment they go through the systematization, planning
and control of subjectivity. It is not just about seeing, about questioning, but about
examine. It is not just about listening, but about understanding. This article intends to
present a methodological review about the use of interview and observation as
instruments of data collection, elaborated during the research supported in the
Grounded Theory, carried out in the context of the PhD in Nursing of the University
of Lisbon. From the theoretical exploration and the personal experience using the
instruments the contributions and risks of the applicability of the instruments are
presented. It is concluded that the interview and the observation are fundamental
element in the qualitative investigation.
Introdução
Para Maxwell (1996), citado por Lessard-Hébert, Goyette e Boutin (1994), a observação
é útil para conhecer os acontecimentos e o comportamento dos intervenientes, permitindo fazer
inferências difíceis de se obterem por meio de entrevista. Por outro lado, a entrevista é eficaz
para obter a perspetiva dos participantes acerca da realidade em estudo, contribuindo para
atenuar enviesamentos próprios da observação participante. Ela permite confrontar os
Investigación Cualitativa 1 (1) 2018
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Lopes y Gonçalves , Entrevista e Observação
conhecimentos obtidos através da observação da situação real em estudo com os significados que
os próprios intervenientes atribuem a essa realidade, além de mostrar como ambos se relacionam,
de modo que o resultado pode ser a confirmação ou a deteção de desvios.
Entrevista
forma paradoxal, a entrevista pode ter a grande vantagem de se basear num contacto de curta
duração com o entrevistado. Este, sabendo que o entrevistador terá uma probabilidade mínima de
vir a fazer parte do seu círculo de amizades e relações pessoais, poderá contar ou revelar aspetos
inesperados. Segundo Collins (1998) a posição do entrevistador como um estranho benigno
poderá induzir desabafos impossíveis de conseguir num contexto quotidiano de trabalho ou de
vida.
De acordo com Patton (2002) uma entrevista qualitativa deve ser aberta, neutra, sensível
e clara. São geralmente flexíveis e de natureza exploratória. O estilo da entrevista é
desestruturado e de conversação, e as perguntas feitas são geralmente abertas e projetadas para
provocar histórias detalhadas, concretas, sobre as experiências do sujeito (Whyte, 1982).
Entrevistas não estruturadas são, de acordo com Burgess (1984) “conversas com propósito”,
enquanto Rubin e Rubin (2011) define-as como “conversas guiadas”. Dessas “conversas”
nascerão os resultados, podendo ser brilhantes ou desprovidos de interesse científico.
Em virtude desses aspectos, o ambiente deve ser planejado antecipadamente para que a
entrevista decorra de forma a evitar erros posteriores ou novas entrevistas desnecessárias. Para
Ghiglione & Matalon (1992, p. 76), “não é indiferente que a entrevista tenha lugar num sítio
calmo ou barulhento, no escritório ou na rua”. Da mesma forma concebe Fortin (1999, p. 248):
“É importante escolher um local calmo, privado e agradável para a entrevista”. Isso pressupõe
também fixar um dia e uma hora acordada entre ambos, ser pontual e ter em atenção à
apresentação pessoal, que pode ser decisiva na cooperação dos participantes.
Segundo Quivy & Campenhoutd (2003, p. 34-8), a pergunta inicial, bem formulada,
obedece a três qualidades: clareza, exequibilidade e compreensão de fenômenos e não seu
julgamento moral: “traduzir um projeto de investigação sob a forma de uma pergunta de partida
será útil se essa pergunta for corretamente formulada. Isto não é necessariamente fácil (...) A
confusão entre análise e o juízo de valor é muito usual e nem sempre fácil de detetar.”
Guba e Lincoln (1994) e Patton (2002) descrevem a entrevista não estruturada como uma
forma menos arbitrária de entrevista, permitindo que um entrevistado possa contar sua história.
Embora seguindo um guião e procurando abordar, com todos os entrevistados, os temas de base
definidos, permitindo certa padronização, exige-se flexibilidade e atenção aos interesses e às
perspetivas dos entrevistados. É preciso deixar-se surpreender, ser guiado e seguir o entrevistado
nos seus percursos e justificações discursivas.
No meu estudo utilizei, como instrumento de coleta de dados, dois tipos de entrevistas:
entrevistas de campo (natural field interviews) (Fontana & Frey, 2005) ou informais (Strauss &
Corbin, 2008); entrevistas conversacionais (Murphy, 1999), não estruturadas (Denzin, 2001) ou
formais (Strauss & Corbin, 2008).
a partir da observação, colocava-se questões acerca de temas sobre os quais pretendia-se obter
informações, (McCracken, 1988; Gaskell, 2002; Fontana & Frey, 2005; Strauss & Corbin, 2008).
Começaram geralmente por uma parte inicial, com uma introdução, com perguntas pertinentes
sobre experiências de vida, transição e atividades diárias. A segunda parte envolveu uma
abordagem mais focalizada com questões abertas sobre os assuntos centrais do estudo, para obter
respostas o mais abrangentes possível. Foram utilizadas questões especificamente concebidas
para explorar o tema em profundidade e para incorporar um amplo espectro de experiências, mas
também suficientemente especificas para explorar mais particularmente a experiência de cada
participante (Charmaz, 2009). Esta dupla finalidade é exemplificada por perguntas como: “Há
quanto tempo está aqui?”; “Fale-me da sua vida desde que está aqui.” “Fale-me do seu dia-a-dia
aqui?”.
Apesar de ser defendido por vários autores, a não existência de guião nas entrevistas não
estruturadas com perguntas exclusivamente abertas, Olabuenaga (1996) considera que a
entrevista em profundidade desenvolve-se sempre sob controlo e direção do entrevistador,
embora tal não implique qualquer rigidez quanto ao conteúdo ou à forma de desenvolver a
conversa-entrevista. A sua “não-diretividade” não significa que se recorra a perguntas
exclusivamente abertas, dado que nada impede o entrevistador de formular perguntas totalmente
fechadas quando as considerar necessárias. A não-diretividade não implica também a ausência
total de um “guião orientador”, pelo contrário, “uma entrevista sem guião não conduz,
frequentemente, a lugar algum” (1996, p.168).
Desde o primeiro momento e da primeira conversa com propósito que tive com os
participantes, quando a pergunta era relacionada com a sua vida atual, a resposta alargava-se
sempre para a sua vida anterior, como se no que é lembrado e relatado, embora seja, em muitas
situações um lembrar sofrido, marcado por perdas e lutos sucessivos, esteja aquilo que se quer
que permaneça e seja anotado e lembrado.
Na análise das entrevistas e para evitar a descontextualização das respostas, estas devem
ser transcritas na sua totalidade, evitando-se a transcrição só de partes ou de segmentos
significativos (Wetherell & Potter, 1995). O papel do entrevistador deve ser reconhecido no ato
situado e único que é a entrevista, enquanto uma co construção social. É crucial colocar nas
transcrições as perguntas do entrevistador. A citação de um extrato sem a pergunta do
entrevistador é um ato descontextualizador e redutor (Quivy & Campenhoutd, 2003).
Atkinson e Heritage cit. por Silverman (2000) referem que a transcrição é, na sua
essência, atividade de investigação. A repetida audição das entrevistas, necessária à sua
transcrição, estimula a atenção e a reflexão e facilita o pensamento interpretativo e o emergir da
compreensão que é fundamental para dar sentido aos dados (Davison, 2009). Trata-se de uma
tarefa árdua e morosa, mas também muito frutífera.
Por estar a trabalhar com a GT, existiu sempre um intervalo de tempo variável entre
entrevistas, para poder progredir na análise dos dados. Antes de dar sequência em novas
entrevistas, as transcrições das anteriores eram relidas para que os dados que emergiam da
análise orientassem- me melhor. Esse processo implicou que a comparação e análise dos dados
se desse episodicamente e ao longo do estudo, e os participantes potenciais fossem identificados
de acordo com as conclusões emergentes, como pressupõe a amostragem teórica. Este
procedimento foi realizado até cumprir os critérios de saturação teórica (Taylor & Bodgan, 1994;
Strauss & Corbin, 2008).
Para garantir a confidencialidade e anonimato dos dados coletados foram adotadas todas
as medidas necessárias a saber: a adoção de códigos para identificar cada participante, entrevistas
e notas de campo, além da manutenção, em locais inacessíveis a pessoas não envolvidas no
estudo, de todas as transcrições e outros arquivos de dados. Referente aos números de código,
posteriormente estes foram ordenados aleatoriamente antes da apresentação e discussão dos
resultados com o propósito de limitar possível identificação dos participantes pela ordem que
foram entrevistados. Ainda sobre essa questão cabe destacar que foram usados pronomes
masculinos quando se discutia e ilustravam os dados, objetivando limitar ainda mais a
identificação potencial de participantes. Entende-se que algumas ideias fornecidas pelos
participantes poderiam ser potencialmente reconhecíveis por outros ao ler este estudo. Por esse
motivo elas foram modificadas sem todavia, alterar o significado da situação descrita. Por fim,
ressalta-se que não foram transcritas informações que identificavam explicitamente pessoas .Na
apresentação dos resultados devem ser transcritos extratos longos das entrevistas, permitindo
uma melhor apreensão dos quadros interpretativos do entrevistador e do entrevistado (Briggs,
1986), não ocultando as hesitações e os erros gramaticais, os silêncios e pausas. Sempre que
considerado necessário transcrevi, nos excertos apresentados, sinais não-verbais e mantive em
todas as transcrições, os jeitos de falar dos entrevistados. Como refere Chase (1995), corrigir as
entrevistas, retirando as hesitações, as respostas não lexicais, é ignorar que o sentido se comunica
através de práticas discursivas complexas. O objetivo é representar as histórias tais como foram
contadas e os seus múltiplos sentidos, removendo camadas (re) interpretativas desnecessárias.
Segundo Denzin (1997) todos os textos são constituídos por uma multiplicidade de textos numa
rede de relações intertextuais que incorporam narrativas, sendo que o essencial é apelar à leitura
como uma atividade interpretativa flexível, aberta e, em parte, indeterminada.
Observação
Observar é aplicar os sentidos para obter uma determinada informação sobre algum
aspecto da realidade. É mediante o ato intelectual de se observar o fenômeno estudado que se
concebe uma noção real do ser ou ambiente natural, como fonte direta dos dados, tornando-se
assim, uma técnica científica de coleta de dados a partir do momento em que passa pela
sistematização, planejamento e controlo da subjetividade.
O investigador não deve simplesmente olhar para o fenômeno, mas observar com um
olhar treinado em busca de acontecimentos específicos. Não tserata apenas de ver, mas de
examinar, não se trata somente de entender, mas de auscultar. Lessard-Hébert, Goyette e Boutin
(2008) referem que a interação observador-observado está a serviço da observação, ou seja, tem
por objetivo recolher dados aos quais um observador exterior não teria acesso, de forma a
compreender o mundo social do interior, pois partilha a condição humana dos indivíduos que
observa.
A observação participante foi introduzida pela Escola de Chicago, em 1920, tendo sido
duramente contestada pelos investigadores experimentais e abandonada durante décadas. A sua
reutilização, na atualidade, deve-se ao contributo dado na descrição e interpretação de situações
cada vez mais complexas. No entanto, após a sua recuperação, o método foi banalizado e
utilizado de forma indiscriminada, sem o rigor metodológico que esse procedimento exige em
relação à recolha, registo e interpretação pertinentes e coerentes com a realidade estudada. Em
muitos casos, a observação participante passa a ser relacionada com interpretações meramente
emotivas e deformações subjetivas e sem dados comprobatórios (Chizzotti, 1995).
Em relação ao lugar, o investigador deve ter em conta a influência das condições físicas
sobre as ações. Por isso cabe registrar não apenas as interações observadas, mas também o
ambiente físico no qual elas acontecem, que lhe possibilitará maior aproximação aos elementos
culturais do grupo em estudo (Quivy & Campenhoutd, 2003). Em relação às circunstâncias da
investigação, inicialmente durante a coleta de dados, a multiplicidade das estruturas de
significação pode parecer muito complexa, estranha, irregular e inexplícita ao investigador, mas,
à medida que ocorrem as entrevistas, observação, dedução de termos específicos e escrita do
diário de campo, naturalmente, tal universo torna-se mais acessível à interpretação (Geertz,
1998).
A observação é uma das técnicas mais antigas de coleta de dados. No caso dos estudos
interpretativos, a observação assume uma natureza fundamentalmente naturalista (Adler &
Adler, 2000). Por outras palavras, ocorre no contexto natural onde se desenrolam os fenômenos
em estudo e acontece em interação com os participantes. A observação participante salienta a
lógica de descoberta de conceitos e permite construir teorias enraizadas em realidades humanas
concretas (Glaser & Strauss, 1967). O papel do investigador pode variar quanto ao grau de
envolvimento, desde participante completo a observador completo (Adler & Adler, 2000;
Atkinson & Hammersley, 2000).
Na investigação que realizei comecei por colaborar nas atividades, o que me permitiu ir
conhecendo o ambiente natural do modo mais amplo possível e simultaneamente tornar-me
familiar. Esta fase de observação não estruturada permitiu-me ir conhecendo as características
específicas do contexto e descobrir maneiras de me integrar na dinâmica existente. Sem me
afastar das atividades diárias, comecei a selecionar as situações que me interessavam e
gradualmente fui focando a observação nos elementos que entretanto emergiram como
essenciais, processo que continuou até à saturação teórica (Glaser & Strauss, 1967). Elaborei um
guia de observação seguindo as orientações de Mariampolski (2006), que inclui os
comportamentos a serem observados, tópicos e temas que surgem e questões que terão de ser
colocadas.
A riqueza de detalhes das conversas informais e observação, durante o meu estudo, foram
registados em diário de campo, onde, além dos acontecimentos e descrições, registei
interpretações que julgava pertinentes, tanto do dia-a-dia dos informantes como dos seus
discursos e práticas.
Bogdan e Biklen (1994b) e Polit, Beck e Hungler (2004) incluem uma dimensão mais
interpretativa das anotações, considerando que durante a observação de um acontecimento, o
investigador já poderia registar algumas análises sobre o acontecimento e ao construir um diário
de campo teria partes mais descritivas e outras mais reflexivas. Sobre as descritivas pode-se dizer
que existe a preocupação em captar imagens por palavras do local, pessoas, ações e conversas
observadas, através do retrato dos sujeitos, reconstrução dos diálogos; descrição do espaço físico,
relatos de acontecimentos particulares, descrição da atividade e comportamento do observador.
Já nas dimensões reflexivas obseeva-se que é onde se apreende mais o ponto de vista do
observador, as suas ideias e preocupações. É a fase do registro mais subjetivo em que se registra
sobretudo ideias sobre: a análise, o método, conflitos e dilemas éticos, o ponto de vista do
observador, pontos de clarificação.
No meu estudo adotei o papel de “membro completo” (Adler & Adler, 2000) ou
“observador participante” em que o investigador torna-se membro do grupo e imerge nas
atividades para ganhar a profundidade da experiência vivida. Quando age como membro o
investigador é por definição intrusivo, profundamente envolvido na vida e nas atividades do
grupo que estuda (Angrosino, 2000) e, por isso exige-se que se adapte às condições que encontra
e mantenha um bom relacionamento profissional e pessoal com o grupo. A qualidade deste
relacionamento influencia o desenvolvimento da investigação e a capacidade para recolher
informações verdadeiras e naturais (Jorgensen, 1989). Poderão surgir problemas na condução da
observação participante, entendidos como viés. Flick (2004) apresenta nove dimensões que
poderão ser fontes de viés:
André, 1986), distanciei-me, quando necessário, durante alguns períodos de tempo (Goetz &
LeCompte, 1984) e utilizei outros métodos de recolha de dados (Adler & Adler, 2000).
A solução não é encontrar uma pretensa neutralidade, nem procurar eliminar os vieses.
Morin conclui que, da indagação regressiva do investigador-observador, que pergunta “quem sou
eu?” e “onde estou eu?”, abre-se para o “eu” que surge, modesto, descobrindo ser o seu ponto
de vista, necessariamente, parcial e relativo. “Assim vemos que o próprio progresso do
conhecimento científico exige que o observador se inclua na sua observação, o que concebe em
sua conceção; em suma, que o sujeito se reintroduza de forma autocrítica e autoreflexiva no seu
conhecimento dos objetos” (2002, p. 29-30).
A questão, portanto, é como reintegrar a divisão apontada por Husserl cit. por Morin
(2002), há décadas, realizada pela ciência clássica, entre o “ [...] sujeito observador,
experimentador e criador da observação, da experimentação e da conceção [que] eliminou o
ator real, o cientista, o homem, intelectual, universitário, espírito incluído numa cultura, numa
sociedade, numa história” (p.20-21).
Conclusão
Conclui-se que se é verdade que é preciso fazer perguntas à realidade para que esta nos
responda, não é menos verdade que as respostas que a realidade nos fornece são frequentemente
mais ricas e complexas do que as perguntas inicialmente formuladas fariam antever, exigindo do
investigador um esforço acrescido de problematização e racionalização do real concreto.
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