Reflexões Do Poeta - Canto Vii

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«Reflexões do Poeta.

A ingratidão e os defeitos
dos portugueses» —
Canto VII, estâncias 78-87
Contextualização- CANTO VII
• O Canto VII inicia-se com a armada em Calecute. O canto
começa com uma reflexão do poeta: um elogio ao espírito de
cruzada lusitano e uma crítica severa às nações europeias que
não seguem o exemplo dos Portugueses na expansão da fé
cristã.
• Descreve-se a Índia, com particular destaque para os
primeiros contactos entre portugueses e indianos. Em terra, a
embaixada portuguesa é recebida pelo Catual e depois pelo
Samorim.
• Paulo da Gama fica a bordo da nau e recebe a visita do Catual,
que lhe pede para explicar o significado das figuras
representadas nas bandeiras portuguesas.
Após a chegada da frota de Vasco da Gama a Calecute, já no Oriente,
o Poeta invoca as ninfas de novo, pois a sua tarefa de louvor dos feitos
dos Portugueses não o impediu de sofrer infortúnios variados.
Circunstâncias semelhantes podem originar a falta de estímulo de
novos escritores.

Origem da reflexão:
Paulo da Gama explica ao Catual de Calecute o significado das bandeiras
que estão nas embarcações, e isso leva o Poeta a proferir um longo lamento
sobre o seu sofrimento.

Reflexão:
Consiste num longo diálogo com as Ninfas (apóstrofes contínuas e formas
no imperativo), lamentando –se pelos infortúnios sofridos e pelo não
reconhecimento do seu mérito, facto inviabilizador do incentivo a futuros
escritores.
Após a chegada da frota de Vasco da Gama a Calecute, já no Oriente,
o Poeta invoca as ninfas de novo, pois a sua tarefa de louvor dos feitos
dos Portugueses não o impediu de sofrer infortúnios variados. Circunstâncias
semelhantes podem originar a falta de estímulo de novos escritores.

Origem da reflexão:
Paulo da Gama explica ao Catual de Calecute o significado das bandeiras
que estão nas embarcações, e isso leva o Poeta a proferir um longo lamento
sobre o seu sofrimento.

Reflexão:
Consiste num longo diálogo com as Ninfas (apóstrofes contínuas e formas
no imperativo).

Columbano Bordalo Pinheiro, Camões e as Tágides (1894).


Estância 78

Nova invocação das ninfas:


Apóstrofe
ninfas do Tejo e do Mondego

Poeta = ser sofredor


Tripla adjetivação Autocaracterização: Eu = «cego»,
«insano e temerário»

Escrita da epopeia = «caminho tão árduo, longo e vário!»

Metáfora Escrita da epopeia = navegação «por alto mar, com vento tão contrário»

Competência do poeta sem a ajuda das ninfas = «fraco batel»

A escrita do poema
é um labor difícil
e temerário
Estâncias Enumeração das contrariedades, dos obstáculos
79 e 80 e dos perigos por que tem passado

Poeta como vítima Perigos de variada


da Fortuna natureza

Poeta • no mar
como exemplo do seu • na guerra Repetição do
próprio modelo de • pobreza advérbio «Agora»
heroísmo • naufrágios

«Nũa mão sempre A presença do perigo


a espada e noutra é constante
a pena» (v. 8)
Estâncias
Crítica aos Portugueses
81, 82 e 83

• O Poeta louva os Portugueses no seu canto.


A ingratidão • Os Portugueses não o honram nem sentem gratidão pela sua tarefa.
• Os Portugueses são responsáveis pelo seu sofrimento

A ironia reforça o sentimento de amargura do Poeta

Consequências da atitude dos nobres portugueses

Não existirão poetas ou escritores que queiram


produzir obras sobre os Portugueses

Logo, o Poeta necessita da ajuda das Ninfas


para não louvar quem não merece
Estâncias
Enumeração dos nobres que não merecem louvores
84, 85 e 86

Características dos portugueses indignos:


Os defeitos • Aqueles que apenas se centram no seu próprio interesse,
esquecendo o respeito ao seu rei e ao seu país (estância 84, vv. 2 e 3)
• Aqueles que são ambiciosos e desejam atingir cargos elevados
para se tornarem ditadores (estância 84, vv. 5-7)
• Aqueles que são corruptos, manipuladores e falsos
(estância 85, vv. 1-4)
• Aqueles que são dissimulados e usurpam o povo
dos seus meios de subsistência (estância 85, vv. 6-8)
• Aqueles que aplicam a lei conforme a classe social
dos destinatários (estância 86, vv. 1-4)
• Aqueles que não pagam ao povo trabalhador
(estância 86, vv. 1-4)
• Aqueles que não têm experiência e julgam os trabalhos
dos outros de forma injusta (estância 86, vv. 5-8)
Estância 87

Identificação dos verdadeiros heróis

Aqueles que arriscam a vida por Deus, pelo Rei


=
Ideal de sacrifício virtuoso

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