North (1991) PT
North (1991) PT
North (1991) PT
Instituições
Douglass C. North
The Journal of Economic Perspectives, Vol. 5, No. 1. (inverno, 1991), pp. 97-112.
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Wed Dec 19 14:42:33 2007
Journal of Economic Perspectives -Volume '5, Número 1- iFinfer I 991- Páginas 97-112
Instituições
Douglass C. North
Num artigo escrito há muitos anos (North, 1955), salientei que muitas economias regionais evoluíram
desde o início como economias de exportação e construíram o seu desenvolvimento em torno d o sector
da exportação. Isto é uma comparação e um contraste com a velha teoria das etapas da história derivada
da escola histórica alemã, na qual a evolução foi sempre da autarquia local para a evolução gradual da
especialização e da divisão d o trabalho. É este último padrão que é aqui descrito, embora possa não
caraterizar a evolução específica que de facto o c o r r e u .
Para uma excelente síntese d a literatura antropológica sobre o comércio nas sociedades tribais, ver
Elizabeth Colson (1974).
100 Jornal de Perspectivas Económicas
North e Weingast (1989) apresentam uma história e uma análise das instituições políticas da Inglaterra
do século XVII que conduziram à Revolução de 1688 e das consequências para o desenvolvimento do
mercado de capitais inglês.
Ver North (1981), em particular o capítulo 13, e Chandler (1977). O ensaio de Joseph Stiglitz (1989),
"Markets, Market Failures, and Development", apresenta em pormenor algumas das questões teóricas.
O sector das transacções (a proporção dos custos de transação que passa pelo mercado e, por
conseguinte, é mensurável) da economia dos EUA representava 25% do PIB em 1870 e 45% do PIB
em 1970 (Wallis e North, 1986).
102 Jornal de Perspectivas Económicas
fronteiras nacionais para que os mercados de capitais (bem como outros tipos de
intercâmbio) possam ter lugar com um compromisso credível por parte dos
intervenientes.
Estas fases muito esquemáticas parecem fundir-se umas nas outras numa
história suave de cooperação evolutiva. Mas será que s e f u n d e m ? Será que
qualquer ligação necessária faz com que os actores passem de formas menos
complicadas para formas mais complicadas de mudança? O que está em jogo nesta
evolução não é apenas se os custos de informação e as economias de escala,
juntamente com o desenvolvimento de uma melhor aplicação dos contratos,
permitirão e, de facto, encorajarão formas mais complicadas de mudança, mas
também se as organizações têm o incentivo para adquirir conhecimentos e
informações que as i n d u z a m a evoluir em direcções socialmente mais
produtivas.
De facto, ao longo da história, não há nenhuma razão necessária para que esta
evolução ocorra. De facto, a maior parte das primeiras formas de organização que
mencionei nestas secções ainda existe hoje em algumas partes do mundo. Ainda
existem sociedades tribais primitivas; o Suq (economias de bazar envolvidas no
comércio regional) ainda floresce em muitas partes do mundo; e embora o
comércio de caravanas tenha d e s a p a r e c i d o , o seu desaparecimento (bem
como o enfraquecimento gradual das outras duas formas de intercâmbio
"primitivo") reflectiu forças externas e não uma evolução interna. Em
contrapartida, o desenvolvimento do comércio europeu de longa distância deu
início a um desenvolvimento sequencial de formas de organização mais
complexas.
A parte restante do presente documento examinará, em primeiro lugar,
algumas formas de troca aparentemente primitivas que não evoluíram e, em
seguida, a evolução institucional que ocorreu no início da Europa moderna. A
secção final do documento t e n t a r á explicar por que razão algumas sociedades e
instituições de troca evoluem e outras não, e aplicar esse quadro ao contexto do
desenvolvimento económico no hemisfério ocidental durante os séculos XVIII e
XIX.
Existe uma extensa literatura sobre o S u q . Uma análise sofisticada (na qual me b a s e e i ) centrada no
Suq em Sefrou, Marrocos, está contida em Geertz, Geertz e Rosen (1979).
104 Jornal de Perspectivas Económicas
Para uma descrição e análise muito mais pormenorizadas da evolução do comércio europeu, ver
Tracy (a publicar), em especial o Volume I I. Para uma análise teórica dos jogos de um aspeto desta
renovação do comércio, ver Milgrom, North e Weingast (1990).
106 Jornal de Perspectivas Económicas
fazer parte de um mercado de capitais regular e ser financiado por fontes regulares
de tributação era também uma parte fundamental (Tracy, 1985; North e Weingast,
1989).
Foi nos Países Baixos, mais concretamente em Amesterdão, que estas
diversas inovações e instituições se combinaram para criar o antecessor do
conjunto de mercados modernos e eficientes que possibilitam o crescimento das
trocas e do comércio. Uma política de imigração aberta atraiu homens de negócios.
Foram desenvolvidos métodos eficientes de financiamento do comércio de longa
distância, bem como mercados de capitais e métodos de desconto em instituições
financeiras que reduziram os custos de subscrição deste comércio. O
desenvolvimento de técnicas de distribuição do risco e de transformação da
incerteza em riscos actuariais e determináveis, bem como a criação de mercados de
grande escala que p e r m i t i r a m reduzir os custos da informação e o
desenvolvimento do endividamento público negociável fizeram p a r t e desta
história (Barbour, 1949).
t°O conceito de dependência da trajetória foi desenvolvido por Brian Arthur (1988, 1989) e Paul
David (1985) para explorar a trajetória da mudança tecnológica. Considero que o conceito tem igual
poder explicativo para nos ajudar a compreender a mudança institucional. Em ambos os casos, os
rendimentos crescentes são a chave para a dependência da trajetória, mas no caso da mudança
institucional o processo é mais complexo devido ao papel fundamental das organizações políticas
no processo.
110 Journal of Econo " Perspectives
A história subsequente da ascensão e declínio de Espanha está resumida em North e Thomas (1973).
Douglass C. North 111
■ Gostaria de agradecer aos editores desta revista os seus comentários sobre um projeto
anterior,
editorial itn@ocenietifs. Este ensaio baseia-se, em parte, num livro a publicar pelo autor,
intitulado Institutions, Institutional Change, and Economic Performance.
"Para uma descrição sumária da experiência latino-americana, ver Veliz (1980) ou Glade (1969).
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LIGADAS
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Agency Problems, Auditing, and the Theory of the Firm: Algumas evidências
Ross L. Watts; Jerold L. Zimmerman
Journal of Law and Economics, Vol. 26, No. 3 (Out., 1983), pp. 613-633.
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