Ebook Constantino Indica Explica
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Constantino
I N D ICA E E XPL I C A
resgate da vovó
dominou a cultura
fascistas de Mussolini
Rodr i go C on s t a n t i n o
indi c a e ex pli c a 1 4 l i vr o s fu n d a m e n t a is
par a en t en der o m u n d o a t u a l
recido a você, Rodrigo Constantino disserta sobre
obras de Jordan Peterson, Roger Scruton, Thomas
Sowell e Theodore Dalrymple — grandes nomes do
conservadorismo mundial —, além de tratar dos
temas mais urgentes do momento, dando diag-
nósticos precisos sobre nossa sociedade, sobre a
dominação esquerdista da cultura e a corrupção
intelectual das universidades. Aproveite este li-
vro, um presente exclusivo da Gazeta do Povo aos
admiradores da honestidade intelectual de Rodri-
go Constantino.
índice
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Papo de adulto
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pelo relativismo pós-moderno, pela ditadura do
politicamente correto e pela marcha das “minorias
oprimidas”. É um papo de adulto, para quem quer
falar a sério sobre a vida, não para quem busca fugas
e ilusões nos “locais seguros” protegidos contra as
“microagressões” e qualquer tipo de ofensa.
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para nossos apetites, criando regras morais que
restringem nossa “liberdade” plena. Os pós-mo-
dernistas querem abolir esses freios, quebrar todos
os tabus, gritar que “é proibido proibir”. O resul-
tado dessa libertinagem, que vem num crescendo
desde a década de 1960, tem sido preocupante,
para dizer o mínimo. Tem sido caótico, para ser
mais preciso.
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Por outro lado, compreender melhor de onde o
animal homem vem pode nos ajudar a suportar
melhor o desafio. O livro foge do academicismo
e traz exemplos curiosos do reino animal ou do
cotidiano do próprio autor. Explicar a tendência
natural de busca por status ou hierarquia, espe-
cialmente nos homens, com base nas lagostas é
um típico exemplo dessa abordagem, que torna a
leitura mais leve e divertida, apesar da seriedade
do assunto.
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fraco. Isso pode levar ao medo, à inveja, com con-
sequências trágicas, como a história de Caim e Abel
nos revela. Eis aí o “pecado original” que está tão
fora de moda nos círculos modernos, uma lem-
brança saudável do que somos capazes de fazer
quando movidos por certas paixões ou instintos.
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da que os eduquemos de verdade, transmitindo
responsabilidade, ajudando-os a se tornarem
adultos, em vez de tentar protegê-los para sem-
pre dos riscos da vida. Impor limites, saber lidar
com sua agressão inata, criar regras claras, esti-
mular o sacrifício presente para ganhos futuros,
procurar manter um ambiente familiar saudável
em casa, eis algumas dicas óbvias.
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O amor pelo lar
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em plebiscito. Muitos na imprensa repetiram que
a escolha pela saída da União Europeia foi tomada
pelos mais pobres e ignorantes, com medo da glo-
balização. Não deixa de ser interessante ver que um
dos mais inteligentes e preparados pensadores da
atualidade se colocou ao lado desses “alienados”.
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palmente – pela imigração em massa de pessoas
com outras línguas, costumes e religiões, que tan-
tas vezes entram em confronto com os hábitos
locais e representam lealdades concorrentes.
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e o multiculturalismo.
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Os marxistas acharam que todos os trabalhado-
res poderiam abandonar esse amor pela “casa”
e focar na abstração da “classe”, todos se unin-
do no mundo todo em torno dessa ideia comum.
Os trabalhadores de vários países, em especial na
Inglaterra, provaram que a ideia da nação vinha
antes do conceito de classe. Eles eram ingleses
antes de ser marxistas. George Orwell foi um dos
que perceberam essa força superior da ideia da
Pátria. O coração do proletariado estava no “nós”
que formava uma só nação, um só povo, de clas-
ses distintas numa luta comum.
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membros de comunidades de credo se veem como
fiéis; membros de nações se veem como vizinhos”,
resume o filósofo. E quando os fiéis colocam sua
lealdade fora da vizinhança, os interesses podem
entrar em um conflito irremediável. Se a lealda-
de do muçulmano britânico está em Alá, e não na
comunidade local em que vive, ele dificilmente irá
se tornar um bom cidadão, que respeita as leis lo-
cais, um vizinho que compartilha daquela mesma
sensação de que estamos todos no mesmo barco.
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A cultura
da indignação
e o resgate da vovó
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do. Normalmente tal sentimento não produz uma
reação virtuosa e produtiva ou útil.
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levar pelos “gatilhos”, você está sem o controle e
permitindo que outros te controlem. E isso, acima
de tudo, é uma derrota pessoal. Cabe a você res-
gatar o controle.
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Foi a lembrança de sua mãe, assim como o pensa-
mento sobre quantos outros tiveram de enfrentar
coisas similares ou piores, que fez com que Dan
aguentasse o combate para não perder a outra vi-
são. Ele teve de ficar 6 semanas virado de cabeça
para baixo, praticamente sem se mexer, após a
cirurgia. Os médicos achavam improvável ele re-
cuperar a vista, mas ele manteve o otimismo, a
esperança e a fé. Ele julga essa obstinação como
crucial para ter suportado o martírio.
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E um dos segredos é jamais ter um Plano B. No
momento em que você se permite uma rota alter-
nativa mais fácil ou medíocre, você irá tomá-la. Se
ele não tivesse obstinado para se tornar um SEAL,
jamais teria aguentado o teste, que é feito para que
a maioria desista no processo. Os que desistem são
aqueles que possuem um Plano B. A América não
tinha Plano B após 4 de julho de 1776, e mesmo
quando a Coroa Britânica ofereceu coisas que se-
riam consideradas fantásticas e além dos sonhos
dos colonos revolucionários, a partir daquele mo-
mento não havia mais negociação: era liberdade e
independência ou nada.
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par a en t en der o m u n d o a t u a l
dedicação. Uma pessoa focada e atenta é alguém
que faz mais perguntas, que tem maior curiosi-
dade, e isso tende a levar a uma maior profundeza
também.
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bemos que o que é obtido com maior esforço tende
a ter mais valor do que aquilo que vem fácil. Não
devemos, então, fugir de toda dor e sofrimento,
ou do estresse. Com a dosagem certa e em uma
frequência tolerável, eles são ingredientes neces-
sários para nossas vidas. “No pain, no gain”, diz o
ditado popular. Em outras palavras, saia da zona
de conforto. O objetivo deste exercício é dessen-
sibilizar-se aos infortúnios com os quais a vida
inevitavelmente o confronta.
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Os oprimidos - geralmente um grupo minoritário
- são designados pelos chamados campeões e in-
formados de que sua prosperidade futura depende
da benevolência do campeão.
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perior. Cada dia é realizado com o senso de dever
de ser melhor do que ontem, mesmo nas meno-
res coisas. Eu procuro dificuldades. Não corro da
dor, mas a abraço, porque tiro força do meu so-
frimento. Eu enfrento as provações inevitáveis da
vida com um sorriso. Eu pretendo manter minha
cabeça, ficar quieto, quando o caos me dominar.
Contarei a história de minhas falhas e dificuldades
como vitorioso, não como vítima. Eu serei grato.
Milhões que vieram antes de mim sofreram mui-
to, lutaram muito e foram abençoados com muito
pouco para que eu desperdiçasse esta vida. Então
eu não vou. Meu propósito será defender e prote-
ger o espírito de nossa grande república, sabendo
que os valores que prezamos só podem ser pre-
servados por um povo forte. Eu farei minha parte.
Vou viver com Fortaleza.”
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Como a esquerda
radical dominou
a cultura
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Essa é a tese de Barry Rubin em ‘Silent Revolu-
tion’, em que explica como a esquerda dominou a
cultura e a política na América. O exercício retórico
para tanto foi um malabarismo bem contraditó-
rio: os “progressistas” clamam para si o mérito de
tudo que há de positivo nas conquistas ocidentais,
ao mesmo tempo em que afirmam que o Ocidente
é basicamente malvado.
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extremamente intervencionistas, mas ainda assim
é visto pela grande imprensa como um “modera-
do”. É a maior prova de que os radicais tiveram
sucesso em sua estratégia.
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Unidos essa grande nação já passava a ser coisa de
“ultraconservador”.
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O suicídio do
ocidente
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lugar, o governo moderno deve ser guiado pela
“ciência” e não pela política em si; e, em segun-
do lugar, uma economia industrializada deve ter
a supervisão e a regulação minuciosa da mão vi-
sível do Estado administrativo moderno. O poder
deve ser concentrado numa burocracia de “ungi-
dos”, capaz de liderar a nação rumo ao progresso,
com base na ciência.
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mundo ocidental”. A Prússia de Bismarck era tida
como referência para toda uma geração de acadê-
micos americanos, justamente por seu crescente
aparato burocrático para administrar a socieda-
de. Entre os admiradores estava o jovem Woodrow
Wilson, que se tornaria o primeiro presidente efe-
tivamente “progressista” da América.
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a antiga aristocracia dos “especialistas” e evitar,
assim, as consequências “caóticas” da liberdade,
como a “destruição criadora” de que falava o eco-
nomista austríaco Schumpeter.
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regulação asfixiante e a perda de liberdade do ci-
dadão. E tudo em nome da ciência, como vemos
nos discursos dos “progressistas” (basta pensar
na questão do aquecimento global e como a histe-
ria por ele criada justifica um aparato estatal cada
vez maior).
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Discriminação
e disparidades
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sação artificial de superioridade moral. Ele fala a
quem quer pensar.
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certos atributos que levam ao destaque, a uma
conquista que somente parcela ínfima do todo te-
rá. Alguém pode ter um talento natural, mas não
teve boas oportunidades. Outro pode ter oportu-
nidades e talento, mas é preguiçoso. E por aí vai.
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judeu. No entanto, isso não os impediu de enormes
conquistas. Quando direitos iguais foram conce-
didos, primeiro pelos Estados Unidos no final do
século 18, depois pela Europa, o fluxo de judeus para
universidades deslanchou. Com a ajuda do aspecto
cultural, o “povo do livro” se destacou em diver-
sas áreas. Com menos de 1% da população mundial,
judeus receberam 22% dos Prêmios Nobel em Quí-
mica, 32% em Medicina e 32% em Física.
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nal da seguradora. Se, de forma análoga, negros
praticam mais crimes, na média, serão abordados
com maior frequência pela polícia. Discriminação
racional, ou puro preconceito racial como supõe a
esquerda?
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falar dos 1% mais ricos, ou dos 20% mais pobres,
ignora-se a enorme mobilidade dentro dessas fai-
xas, como se elas fossem formadas pelos mesmos
indivíduos, num grupo estanque. Nada mais falso.
Entre os mais ricos de hoje, menos da metade fazia
parte desse grupo há uma década, e entre os mais
baixos salários há muitos que são apenas jovens
começando no mercado de trabalho, e vão ascen-
der na vida depois. Detalhes bobos para quem quer
o efeito sensacionalista de chamadas sobre a de-
sigualdade, para quem coloca a retórica acima da
verdade.
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O delírio da
diversidade
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sobre a criminalidade, com base nas falácias do
Black Lives Matter, movimento que tem instigado
a tensão racial no país. Por conta disso, a auto-
ra conhece bem o atual clima de intolerância nas
universidades: foi alvo de protestos violentos que
demandaram escolta policial para garantir sua se-
gurança. Isso num ambiente que deveria fomentar
a liberdade de expressão.
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par a en t en der o m u n d o a t u a l
se tornar a nova norma na América (desnecessá-
rio dizer que tudo que se passa nas universidades
americanas é uma realidade ainda pior no caso
brasileiro).
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visão de que a cultura ocidental é racista e sexista.
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par a en t en der o m u n d o a t u a l
tupro”, uma histeria fomentada pelo movimento
feminista, mereceu um capítulo inteiro, rebaten-
do várias falácias disseminadas.
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Estados Unidos em ciência e tecnologia. A política
de identidades é um luxo caro demais que a elite
culpada abraçou.
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A era da
vitimização
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Segundo seus relatos, a coisa mais comum que ele
ouvia era que “a faca entrou”, como se o objeto
inanimado tivesse volição independente e capaci-
dade de ação, não o próprio indivíduo. Invertendo
a causalidade, é como se a faca tivesse pego a mão
do sujeito e a dirigido ao encontro do alvo, não o
contrário.
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rosada. O libertário Murray Rothbard achava que,
no momento em que cedemos ao “pessimismo”,
escorregamos rumo ao conservadorismo. Mas se
vemos os valores morais se degradando, a alter-
nativa é mentir para nós mesmos, fingir ser cego?
Como explica Roger Scruton, há usos interessan-
tes para o pessimismo.
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As ações humanas, por mais influenciadas que
possam ser por fatores exógenos, são sempre in-
dividuais. Indivíduos, não coletivos abstratos,
agem. A responsabilidade, portanto, deve ser in-
dividual. A responsabilidade vem da habilidade de
resposta, fazendo responsável pelo ato aquele que
o praticou. Eximir um indivíduo da responsabili-
dade de seu ato é o caminho certo para a desgraça,
para a prisão na bolha do vitimismo.
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brem o céu”, alertou Roberto Campos.
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dos próprios erros e logo partem para as tradicio-
nais desculpas, jogando o problema para fora de
si. Outros assumem a rédea da própria vida, en-
tendendo que os erros devem ser enfrentados,
assimilados e transformados em valiosas lições,
para jamais se repetirem.
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As lições de
Antonin Scaglia
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quem teve nove filhos. Scalia morreu aos 79 anos
de idade, em 2016, num rancho no Texas, onde
estava com outros membros de um grupo de caça.
Um de seus filhos, Christopher, reuniu inúmeros
discursos do pai, com a ajuda de um assessor, no
livro Scalia Speaks, que englobam reflexões não
só sobre o direito legal, mas sobre a fé e uma vida
bem vivida.
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patriota, e identificava os principais valores que
representavam a América. Tinha humildade pa-
ra reconhecer que os melhores de hoje, os mais
bem-sucedidos, subiram em ombros de gigantes
do passado. Ele entendia como é difícil criar uma
grande sociedade, enquanto é muito fácil, por
meio de intrigas bobas internas ou do fracasso de
confrontar ameaças externas, perdê-la. A Améri-
ca merece ser preservada.
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indi c a e ex pli c a 1 4 l i vr o s fu n d a m e n t a is
par a en t en der o m u n d o a t u a l
dade e da igualdade de todos perante as leis.
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par a en t en der o m u n d o a t u a l
americanos demonstraram ao longo do tempo um
apreço maior pela defesa das liberdades individuais,
pela liberdade de expressão e religiosa, garantida
na Primeira Emenda, pelo direito de ter armas, ga-
rantido na Segunda Emenda e que visava à proteção
do povo contra o risco de tirania do governo.
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par a en t en der o m u n d o a t u a l
todas abaixo? Este país está enraizado com leis de
costa a costa – as leis do homem, não as de Deus
– e, se você derrubá-las – e você é o homem cer-
to para isso –, você realmente acha que poderia
ficar de pé contra os ventos que soprariam então?
Sim, eu daria ao Diabo o benefício da lei, para mi-
nha própria segurança”.
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Como a esquerda
virou as costas
para a ciência
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gânicos comprovam: foi a própria esquerda que
virou as costas para a ciência.
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Por que, então, a mania com os orgânicos continua
crescendo? Em parte isso se deve ao sensaciona-
lismo da imprensa, que adora vender perigo. Há
muitos interesses em jogo também, pois as redes
varejistas vêm ampliando os espaços dedicados aos
orgânicos, que apresentam margens de lucro enor-
mes. O preconceito ideológico também influencia,
e jovens idealistas se sentem combatendo o “siste-
ma”, o capitalismo, as grandes empresas, enquanto
defendem os “produtores familiares” (na prática,
empresários como o ator Marcos Palmeira).
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Nada mais distante da verdade, porém.
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par a en t en der o m u n d o a t u a l
agrícolas é a fome, não a produção orgânica (que,
aliás, também usa seus defensivos, o que costu-
ma ser ignorado pelo público). A pergunta, então,
é: você defende mesmo a redução na produção de
alimentos em nome de uma ideologia?
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mais para uma seita religiosa do que qualquer ou-
tra coisa, uma vez que não se sustenta em fatos ou
na ciência. Atores famosos bancam os descolados
e muitos querem copiá-los, no afã de seguirem
seus passos rumo ao sucesso. Tem muito dinhei-
ro envolvido no negócio dos orgânicos também.
Por fim, a mídia vende pânico, o que rende audi-
ência. O que poucos querem saber é a verdade. E a
verdade é que o preconceito ideológico, não a ci-
ência, explica a paranoia com os “agrotóxicos”.
Graças a eles a produtividade no campo disparou
e bilhões de bocas podem ser hoje alimentadas. Se
o leitor ainda não está convencido e quer apostar
na solução “natureba”, pode optar pela homeo-
patia em vez de remédios tradicionais da próxima
vez que ficar doente. Boa sorte. Vai precisar.
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A Traição dos
Intelectuais
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merecido destaque. Mas andou um tanto esqueci-
do depois, e, como sua mensagem continua atual,
vale a pena resgatá-la.
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nhas, preferências políticas, boletos a pagar. Mas
antigamente os intelectuais não cediam, como
intelectuais, aos encantos do “homem comum”
com suas necessidades básicas. Não ofereciam
uma válvula de escape moral para seus desejos e
instintos. Ao contrário: apontavam para um norte
mais elevado, um horizonte que desafiava os ho-
mens a melhorar do ponto de vista moral.
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sal. É a vitória do niilismo.
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que seu reino não era desse mundo, os intelectu-
ais modernos querem conquistar o mundo todo.
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defender alguma “solução” qualquer, uma revo-
lução utópica, um messias salvador da pátria. A
força e os resultados se tornam as únicas réguas
morais. Qualquer ceticismo ou temperança são ti-
dos como fraqueza moral, covardia. E o tribalismo
entra em cena: quem não está totalmente com vo-
cê só pode ser seu inimigo mortal, que precisa ser
eliminado, pois representa uma ameaça ao pro-
jeto político grandioso. O indivíduo que pensa por
conta própria não pode ser tolerado nesse grupo,
por razões óbvias.
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Os intelectuais
fascistas de
mussolini
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naquele começo do século 20, para mostrar que
havia uma coerência ideológica por trás da coisa,
que não se tratou apenas de brutamontes dis-
tribuindo pauladas, mas de pensadores, alguns
renomados, construindo uma ideologia totalitá-
ria com resultados perversos.
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Uma confusão comum advém do fato de que os fas-
cistas não desejavam, como os socialistas, derrubar
completamente o capitalismo. Para os marxis-
tas, que acreditavam no determinismo histórico,
qualquer um que tentasse reabilitar o capitalis-
mo de alguma forma só podia ser um reacionário,
ainda que os próprios marxistas reconhecessem
a importância do capitalismo como etapa do pro-
gresso. Colocar-se contra o “curso inevitável da
história” era coisa de gente irracional e contradi-
tória, segundo os marxistas.
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Os fascistas eram marxistas heréticos, pois acha-
vam que o instrumental marxista não bastava
para levar um país pouco industrializado como a
Itália rumo ao progresso. Eles queriam “moderni-
zar” a indústria italiana para executar a “revolução
proletária” e um programa de distribuição de ri-
quezas mais “justo” e igualitário. O capitalismo
industrial de Estado era, portanto, apenas um
meio para seu fim coletivista e socialista.
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marxistas, com sua “ditadura do proletário” co-
mo fase intermediária até a “abolição do Estado”.
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e socialistas do que esses gostariam.
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Churchill e
Orwell: a luta pela
liberdade
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são retratadas em paralelo, por um jornalista pre-
miado, o resultado é o imperdível Churchill &
Orwell: The Fight For Freedom, de Thomas Ricks.
Tanto Churchill como Orwell se viram no epicentro
dos acontecimentos mais marcantes da história,
quando regimes totalitários colocaram em xeque
a sobrevivência da democracia liberal do Ocidente.
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de existir se Hitler e Stalin vencessem, e Chur-
chill, assim como Orwell, tinha plena noção do
risco. Ainda que por caminhos distintos e perfis
diferentes, inclusive ideológicos, o fato é que os
dois compartilharam de uma causa comum, e por
conta dela lideraram uma resistência à maré es-
tatista assassina que teve começo nos anos 1920 e
1930, chegando ao seu apogeu na década de 1940.
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as distopias a realidade sombria do experimento
soviético, e foi perseguido pelos comunistas.
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entendeu que o exercício do poder pode corromper
uma pessoa, por melhor que ela seja. Essas ideias
iriam acompanha-lo até mais tarde, sendo mais
bem elaboradas, mas fundamentais para suas his-
tórias em A revolução dos bichos e 1984, os dois
livros que lhe garantiram fama eterna.
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Em tempos de desespero, quando tudo parecia
perdido, Churchill e Orwell não abaixaram su-
as cabeças; ao contrário: assumiram o fardo de
enfrentar o inimigo de peito aberto, com clareza
moral e realismo e, com enormes custos pessoais,
contribuíram para a vitória da democracia libe-
ral, principal legado da civilização ocidental. Não
é pouca coisa.
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A defesa moral do
capitalismo pela
ótica cristã
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e Harvard, ainda há muita gente que rejeita o ca-
pitalismo como um sistema moral.
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não poderia ser um capitalista. Felizmente tal con-
tradição não existe. Enquanto muitos enxergam
apenas competição no capitalismo, exagerando
seu caráter predatório, o fato é que ele represen-
ta um incrível sistema de cooperação, de império
das leis, e que floresce melhor em um ambiente de
virtudes, com famílias estáveis, auto-sacrifício,
compromisso com a gratificação adiada e uma dis-
posição de arriscar com a esperança em um futuro
melhor. Tudo isso se encaixa bem na visão cristã.
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para forçar uma distribuição igualitária da rique-
za. O confisco pregado pela esquerda não guarda
semelhança alguma com a mensagem de Cristo.
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Ele se preocupa com os mais pobres, e temos a
obrigação, como cristãos, de compartilhar des-
sa preocupação. Mas essa mensagem, presente
por toda a Bíblia, precisa ser calibrada justamen-
te com o conhecimento de como podemos ajudar
mais os pobres. É aí que entra as noções básicas de
economia, e o entendimento de que devemos bus-
car resultados concretos, não a simples sensação
de superioridade moral do monopólio da virtude.
A piedade não é substituta da técnica. As boas in-
tenções não bastam.
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e o terceiro, Canadá. A secular França vem lá atrás,
com apenas 0,14% do PIB. Os americanos são mais
filantropos e mais capitalistas, mostrando que não
há incompatibilidade alguma entre eles. Pode, en-
tão, um cristão ser um capitalista? A resposta é:
claro que sim!
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