Direito Fiscal Portugalenses
Direito Fiscal Portugalenses
Direito Fiscal Portugalenses
Direito Fiscal
Direito Fiscal
05/02
Lei geral tributária anotada- 4ª edição de 2012
Marinho Falcão está no repositório da biblioteca.
Casal nabais (manual).
Teste via moodle (20% da nota)- abril.
Link para que precisamos no portal das finanças (fotocopiar).
--------------------------------------------------------//-----------------------------------------------------------------------
ii. Direito das Despesas: é uma área onde tem de haver grande
controlo. Trata-se, portanto, da:
- Avaliação das necessidades coletivas;
- Justificação dos meios a empregar para a sua satisfação
(ex. concursos públicos);
- O controlo da eficiência e da produtividade dos serviços.
5. Direito Processual: quer penal, quer civil, na medida em que foi com
base nestes ramos de direito que em Direito Fiscal se procedeu à
estrutura do processo tributário. Além disso, o CPCivil é subsidiário do
CPTributário (Código de Processo Tributário) (p.ex., processo de
impugnação judicial, processo de transgressão, processo de execução
fiscal,...).
6. Direito Privado: porque o Direito Fiscal, como Direito institucional que
prossegue fins específicos, conceitos e institutos próprios, não
dispensa a contribuição do Direito Privado Comum (aceita conceitos
como o de “obrigação” vindo do Direito privado).
7. Direito Internacional, temos 2 níveis: DUE e DIP puro. Tem como
objetivo evitar a dupla tributação dos produtos, para que haja maior e
melhor circulação das mercadorias internacionais. O que se pretende
é um desenvolvimento internacional harmonioso entre os vários
países e em que o comércio internacional saia beneficiado.
Conceito de imposto
Podemos definir o imposto com base em três elementos, a saber: um
elemento objetivo, um elemento subjetivo e um elemento teleológico (ou
finalista).
- Objetivamente: o imposto é uma prestação (1) pecuniária (2), unilateral (3),
definitiva (4) e coativa (5).
- Subjetivamente: o imposto é uma prestação, com as características
objetivas que acabámos de mencionar, exigida a (ou devida por) detentores
(individuais ou colectivos) de capacidade contributiva (6) a favor de
entidades que exerçam funções ou tarefas públicas (7).
- Em termos teleológicos: o imposto é exigido pelas entidades que exerçam
funções públicas para a realização dessas funções (8), conquanto que não
tenham carácter sancionatório (9).
Em suma, o imposto pode ser definido como uma prestação pecuniária,
unilateral, definitiva, coactiva, exigida pelo Estado ou outros entes públicos,
sem carácter de sanção, para a realização de fins públicos.
- Tributo unilateral
- Obedece ao princípio da legalidade fiscal
- Tem por base o princípio da capacidade contributiva
Taxa:
- Tributo bilateral
- Reserva de lei apenas quanto ao seu regime geral
- Assenta no princípio da proporcionalidade.
11/02
RGTAL
Art 6º- as taxas são devidas pela….. (nº3).
Nas taxas estamos perante um tributo bilateral, a taxa representa a
bilateralidade do sinalagma.
O valor da taxa pode ser superior ao custo que o município suporta para
apresentar o serviço.
A criação dos impostos tem de ser efetuada através de uma lei da AR ou dl
do Governo.
Aula prática 1
Legislação:
A nossa CRP diz que o serviço nacional de saúde é geral, universal e dizia
gratuito hoje em dia diz-se tendencionalmente gratuito. E custa muito ao
Estado a certa altura assumir que de facto o Serviço Nacional de Saúde não é
de facto gratuito e quando criou a taxa moderadora disse que a taxa não é
para pagar o preço, é para desincentivar o consumo, é para responsabilizar as
pessoas. A ideia da taxa não é ser uma contraprestação, mas sim um
desincentivo, uma moderação no uso dos serviços. Quando eu vou e tenho de
pagar eventualmente pensarei duas vezes, mesmo que por pouco que seja. É
uma medida de responsabilização.
É mais ou menos verdade (nós depois vamos analisar as contas) que as taxas
contribuem 0,01% para o financiamento do serviço nacional de saúde. Não
tem grande significado, ainda assim são tributos, são taxas.
A taxa tem o seu regime geral fixado na lei, a Assembleia da República aprovou
e aprovará modificações sempre que seja preciso aquilo que se chama o
regime geral das taxas, que diz que quem pode criar e cobrar taxas, em que
condições etc. E depois as entidades que no regime geral das taxas estão
habilitadas a criar taxas criam-nas e tomam-nas sem intervenção da
Assembleia da República. Cada Município tem o seu número de taxas e é livre
de cobrar esta taxa ou não cobrar.
Não é porque eu chamo uma taxa que é uma taxa, pode ser um imposto, na
verdade não há aqui nenhuma contraprestação quando na verdade a Câmara
Municipal, o sujeito ativo, não está nem a prestar um serviço, nem a vender
um bem, nem a remover um obstáculo legal não estamos no âmbito de uma
taxa, estamos no âmbito de um imposto.
Os impostos são tributos unilaterais que não tem subjacente nenhuma
contraprestação direta, não é porque eu pago impostos que eu posso aceder
aso serviços públicos e não é porque eu não pago que eu deixo de poder
aceder. Não há nenhuma contraprestação direta entre o uso que eu faço na
conta pública e os impostos que eu pago. Ninguém me pergunta quando eu
chamo um polícia, quando eu chamo o INEM, quando eu vou ao serviço
nacional de saúde se eu paguei impostos.
Até porque os impostos não são só a cota parte nas despesas de condomínio
também são, mas não servem só para isso, não servem só para pagar as
despesas com os serviços públicos também servem e a CRP exige para
diminuir desigualdades e redistribuir riquezas. Vivemos naquilo que se chama
um Estado Social de Direito, nós temos, o Estado tem determinadas
obrigações diante dos seus cidadãos. Tem de assegurar o direito ao trabalho,
o direito á habitação condigna, o direito á saúde, o direito á educação. Isto são
tudo direitos eu nós temos sobre o Estado e tem de os assegurar em condições
de igualdade aos seus cidadãos, tem de assegurar que as pessoas tenham
todas o mínimo de sobrevivência. Os impostos servem também para diminuir
desigualdades e redistribuir riquezas e obter com isso a paz social.
O Estado tem a missão naquilo que é o mínimo de reduzir estas desigualdades
e isto custa dinheiro e isto consegue-se também e sobretudo através nossos
impostos. De modo que, nós não pagamos impostos na medida dos serviços
que usufruímos, aquilo que está subjacente não é o princípio de
proporcionalidade como acontece nas taxas, é o princípio da capacidade
contributiva. Cada um paga impostos segundo a sua capacidade. Quanto mais
capacidade temos, mais impostos pagamos. O que naturalmente castiga
quem ganha mais e tem mais, mas isto está subjacente uma ideia de
solidariedade social. E todos n´s somos beneficiários mais tarde ou mais cedo
dessa solidariedade social. Nós quando nascemos não pagamos impostos, a
maior parte de nós quando é jovem não contribui, estão outras pessoas a
contribuir para nós (os nossos pais). Vai haver um momento em que nós
vamos ficar velhos e que vamos ficar doentes se tivermos algum azar, em que
precisamos da solidariedade alheia.
Claro que há aqui alguma tensão entre esquerda e direita, entre ideias de
Estado menos interventivo (menos pesado) e ideias de Estado mais
interventivo (mais pesado). Quem acha que o Estado deve assegurar todos os
setores da sociedade, assegurar o rendimento mínimo a todos os seus
cidadãos significa que necessariamente mais impostos. E quem ache que o
Estado deve apenas assegurar o mínimo e que é a iniciativa privada que se
encarrega de depois de conseguir o resto, de assegurar a riqueza do trabalho,
a iniciativa privada cria emprego, através de emprego tenho riqueza etc. Esta
é a tensão entre a esquerda e a direita, ninguém tem necessariamente razão,
há modelos á direita que falharam e há modelos á esquerda que falharam,
muitos redondamente. A economia é uma ciência muito pouco exata. No
entanto ninguém discute hoje em dia na Europa o chamado Estado Social de
Direito (quer seja á esquerda, quer seja á direita).
É ainda neste contexto que nós estudamos Direito Fiscal, porque os impostos
servem para isto tudo. E nós quando vemos por exemplo IRS estamos a ver
múltiplos exemplos disto desde logo naquilo que é o planeamento fiscal que
no próprio IRS o legislador nos incentiva a fazer. Nós percebemos que o
legislador está a beneficiar o trabalho independente relativamente ao trabalho
dependente. Está a tratar melhor também o trabalho dependente do que os
rendimentos capitais sobre aqueles de que quem é rico não precisa de
trabalhar, do que os rendimentos prediais. Portanto nós percebemos qual é
esta tensão de políticas desde logo no IRS. Da mesma maneira que
percebemos um dos princípios constitucionais mais importantes que vem
daquilo que estudamos no semestre passado, da proteção constitucional da
família (no direito de constituir família etc). Um dos princípios constitucionais
de direito da família é fiscal que se chama a proteção fiscal da família, ou seja,
a constituição obriga o Estado a organizar o sistema fiscal de modo a proteger
as famílias, de modo a assegurar o direito a constituir família. E nós vamos ver
quando estudarmos o IRS, as deduções? especificas relativamente aos
independentes, do facto de nós podermos decidir se queremos apresentar o
IRS sozinhos ou em conjunto com o nosso cônjuge, se de facto queremos
englobar determinados rendimentos ou não, isenções por exemplo nas mais
valias que nós temos na venda da habitação própria do agregado familiar etc.
Mais impostos sobre o património são impostos que incidem sobre a mera
titularidade do património, eu tenho imoveis eu periodicamente todos os anos
eu vou pagar IMI (imposto municipal sobre imóveis). Portanto, o facto de eu
ter determinado imóvel, de eu ser proprietário eu periodicamente (período
anual) vou pagar imposto municipal, sobre esse imóvel. Este imposto tributa o
meu património, o património que eu tenho. Eu já paguei imposto a adquirir a
casa quando paguei a casa e agora pago imposto por ter a casa. O mesmo
acontece com os carros, existe uma coisa que se chama o IUC (imposto
munido de circulação) que é na verdade um imposto sobre o património, um
imposto que pago para ter um carro.
O IUC é um imposto de circulação e se o meu carro não circular? Isto na
verdade embora seja um imposto munido de circulação não tem nada a ver
com a circulação, tem haver com a propriedade. Não é uma taxa por circular,
é um imposto sobre a propriedade, sobre o património.
Há um terceiro género no sistema fiscal português que se chama as
contribuições especiais, nós quando vamos á nossa conta da água por
exemplo há lá uma contribuição especial de uma taxa de saneamento, quando
vamos á conta da luz temos uma contribuição especial pela ordem visual. Isto
foi bastante discutido porque isto é afinal uma taxa ou um imposto? Eu pago
contribuição para a ordem visual na conta da luz. Depois há a contribuição
especial do setor energético, do setor bancário etc. Quando isto começou a
surgir tivemos de analisar se há de facto carater bilateral nisto, há de facto por
exemplo a taxa de saneamento esta é uma verdadeira taxa porque eu pago
na minha conta da água, tem haver com a carga que eu ponho nos serviços
públicos de saneamento, eu estou a usá-los. Quanto mais água eu gasto mais
gasto esgoto necessariamente, há aqui uma relação direta entre isto, na
medida em que, isto é, de facto uma taxa. O Supremo Tribunal Administrativo
e o próprio Tribunal Constitucional a certa altura foram dizer não há terceiro
género no sistema tributário português, não há taxas e impostos de
contribuições especiais, há taxas e impostos e as coisas podem-se chamar
taxas, podem-se chamar impostos, podem-se chamar contribuições especiais
nós temos de ver se é um tributo unilateral é uma taxa, se é um tributo bilateral
é um imposto independentemente do nome que se lhe dá. E maior parte
destas contribuições especiais são verdadeiros impostos, se são taxas
obedecem ao princípio da proporcionalidade e ao princípio da legalidade
apenas quanto ao regime geral, ou seja, a Assembleia da República só tem de
aprovar o regime geral das taxas. Já os impostos obedecem ao princípio da
capacidade contributiva e obedecem ao princípio que é o mais importante no
sistema fiscal português que é o princípio da legalidade.
O princípio da legalidade é no fundo como o princípio da legalidade em direito
penal. O direito penal diz se não há crime sem lei e nós em direito tributário
dizemos: não há imposto sem lei.
E dizer não há imposto sem lei, significa uma serie de coisas, significa desde
logo em sentido formal que o imposto e as características essenciais do
imposto estão reservados á Assembleia da República, o Governo não pode
criar impostos, criar um facto tributário novo, nem pode alterar. Não é preciso
criar um imposto completamente novo, basta criar um novo facto tributário
(facto tributário é aquela armadinha que eu piso, quando piso a armadilha
nasce a obrigação tributária), no fundo é isso que cria o imposto. As
características essenciais do imposto, os factos tributários, as taxas, os
momentos de pagamento, a forma de liquidar etc, tudo aquilo que não for
meramente administrativo ou procedimental está reservado á Assembleia da
República. Em sentido formal é a reserva de lei da Assembleia da República,
a reserva de lei ordinária. Esta reserva é uma reserva relativa, ou seja, há
matéria da competência absoluta da Assembleia da República em que ela não
pode delegar. Isto é matéria de reserva relativa em que a Assembleia da
República pode delegar o Governo através de lei de autorização legislativa,
mas o Governo está preso aos termos da lei de autorização.
Em sentido material, quando nós dizemos que não há imposto sem lei, isto
implica que o facto tributário que está expressamente previsto na lei é como
um tipo legal de crime e a pena tem de lá estar. E tem de estar de tal maneira
que eu seja capaz, antes de tomar qualquer decisão na minha vida patrimonial
de saber se aquilo paga imposto, quanto paga, quem paga e quando paga, eu
tenho de ser capaz de a todo momento prever as consequências fiscais das
minha ações e da minha decisão patrimonial (tal e qual como em direito
penal). O que implica que a lei também tenha de ser atual, proibição da
retroatividade da lei fiscal, é no momento em que se gera a obrigação de
imposto, no momento em que nasce com o facto tributário, com o
preenchimento da norma de incidência que se define as
características...daqui decorre também a proibição da retroatividade e decorre
também a proibição da analogia, pode haver interpretação extensiva até
determinado limite mas não há integração analógica. Para minha garantia e
segurança, para haver previsibilidade nas minhas obrigações fiscais, para não
correr o risco de o fisco poder dizer que apesar de isto não estar
especialmente previsto, mas é parecido.
Situação em que houve retroatividade no IRS no tempo da TROIKA, ocorreu o
estado de emergência nacional e de repente é criada a meio do ano um subre
taxa de IRS. Foi criada em maio para vigorar nesse ano. Uma lei que sai em
maio não se pode aplicar ao IRS desse ano, só se pode aplicar ao IRS do ano
seguinte porque senão é retroativa. O Tribunal Constitucional mal disse que
isto não era retroatividade, mas sim retrospetividade ou retroatividade in
autêntica porque no IRS o facto tributário não é de formação instantânea
como é por exemplo no IMT nos impostos de obrigação única é de formação
sucessiva. O que é em tributável no IRS é o meu rendimento desde o dia 1 de
janeiro até ao dia 31 de dezembro e, portanto, o facto tributário ainda estava
em formação e aquilo não era verdadeira retroatividade, porque na verdade o
facto tributário ainda não se tinha cumprido todo.
12/02
- A jurisprudência:
1) As declarações, com força obrigatória geral, de
inconstitucionalidade e de ilegalidade pelo Tribunal Constitucional –
artigos 281º e 282º CRP;
2) As declarações de ilegalidade pelos TCA – artigos 38º nº1 alínea c)
ETAF e 280º do CPPT;
3) Acórdãos do TJCE em matéria fiscal – autoridade de precedente
Artigo 103º nº3 CRP: “Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos (…),
que tenham natureza retroativa”
Artigo 12º nº1 LGT: “As normas tributárias aplicam-se aos factos
posteriores à sua entrada em vigor, não podendo ser criados quaisquer
impostos retroativos”.
O facto gerador dos impostos ocorre quando se verificam em concreto
as situações previstas em abstrato nas normas de incidência.
Contudo, o Tribunal Constitucional entende que esta proibição abrange
apenas a retroatividade autêntica, ou própria, da lei fiscal, abrangendo
apenas os casos em que o facto tributário que a lei nova pretende
regular, já tenha produzido todos os seus efeitos ao abrigo da lei antiga,
excluindo do seu âmbito aplicativo as situações de retrospetividade ou
de retroatividade imprópria, ou seja, aquelas situações em que a lei é
aplicada a factos passados mas cujus efeitos ainda perduram no
18/02
CP 4 (Moodle)
Temos uma aplicação tripartida entre impostos, taxas e contribuições e estas
podem ser especiais ou financeiras.
O CP tem a ver com a contribuição financeira do estado (lei do orçamento do
estado, 141º).
Existem ainda outras contribuições, como a industria farmacêutica, são de
setores muito restritos.
Banco entendeu que esta contribuição devia ser anulada porque vilava o
principio da proibição da retroatividade. Para estarmos perante este princípio
teríamos que estar perante a um imposto e não taxas ou contribuições.
Estávamos perante um imposto ou contribuição financeira? Caso o tribunal
verificasse contribuição financeira não teríamos de verificar de violaria o
CP 5
Mais valias obtidas por sociedades gestoras de participações sociais não
eram tributadas. Os encargos financeiros também não eram considerados.
Existia um problema que é que era difícil saber qual era o montante que
diziam respeito as participações financeiras que eram alienadas. A
autoridade tributar encontrou uma fórmula e divulgou com a Circular
7/2004. Os sujeitos passivos que adotaram uma forma diversa da circular
foram corrigidos pela autoridade tributária, no fundo estavam a dizer que
eles tinham que adotar o seu entendimento. Eles recorreram a tribunal,
dizendo que essa correção violava o p. da legalidade fiscal, na vertente do p.
da tipicidade fechada, todos os impostos devem estar tipificados na lei e não
pode ser autoridade tributária vir a regular por via duma autorização
administrativa sob pena de violação o p. da legalidade fiscal (cppt 55º).
P. da legalidade fiscal (103º crp e 65º, nº1, i)): tem duas vertentes, da
reserva da lei formal e reserva da lei material.
O modo como se deve criar essa norma deve ser especificado por lei, quando
não o é não é obrigatório que os contribuintes sigam o critério de afetação ou
formula da autoridade tributária.
Hoje em dia o principio da tipicidade não é interpretado em termos fechado,
por razoes de praticabilidade admite-se que possa haver alguns aspectos
que possam ficar sujeitos a autoridade administrativa tributária mas são
aspectos muito residuais.
EBF- estatuto dos benefícios fiscais.
Caso 6
Coeficiente (art. 31º). Eu recebo 1000 e apenas é sujeito para tributação 75/
se não estiver na tabela 35, é mais benéfico aplicar a al. c) do que a b).
Neste caso o sujeito passivo, arbitro de futebol, trabalhador independente,
considerou que seria aplicável a al.c), coeficiente de 35. A autoridade
tributária vinha a alegar que a atividade profissional do sujeito enquadrava-
se na atividade profissional de desportista, coeficiente de 75, ao contrário do
sujeito passivo que entendia que não se encontrava.
Aula Prática 2
Impostos sob o rendimento: IRS, IRC;
Impostos sob o consumo: IVA;
Impostos especiais sob o consumo: imposto sobre os veículos, imposto sobre
o tabaco, imposto sobre os produtos petrolíferos, imposto sobre o álcool,
bebidas açucaradas e outros eloquentes;
Imposto sob o património: IMT, IMI, o imposto de selo, IUC;
Impostos subdividem-se em impostos diretos – impostos que incidem sob o
rendimento da sua fonte, impostos sob rendimento e indiretos – são todos os
restantes nomeadamente os impostos sob a despesa e sob o património.
Seriam impostos de cota fixa, aqueles que nós dissemos que por exemplo
todos pagam 1000 euros por ano.
inserido este rendimento, mas não inseri, a partir de 1 de janeiro de 2019 está
a ocorrer duas coisas: prazo de caducidade do direito á liquidação e
simultaneamente o prazo de prescrição da obrigação tributária. No caso do
prazo de caducidade do direito á liquidação o prazo geral é de 8 anos, mas há
exceções. No caso do prazo de prescrição da obrigação tributária, o prazo geral
é de 4 anos, mas também há exceções. O que é que acontece? 1 de janeiro
de 2019 o fisco não dá conta que eu recebi aquele dinheiro, 1 de janeiro de
2020, 2021, 2022, 2023. A partir de 1 de janeiro de 2023 acabou, mesmo
que o fisco descubra que eu realmente ganhei aquele dinheiro já não me pode
liquidar imposto. Portanto o prazo de caducidade do direito á liquidação que é
na verdade um caso de prescrição é o prazo durante o qual o fisco me pode
liquidar imposto ou corrigir uma liquidação que eu também tenha feito ou não
tenha feito. Por exemplo neste caso até era uma correção aos meus
rendimentos no ano de 2018. Quando decorrerem os 4 anos do prazo de
caducidade do direito á liquidação acabou, estou safa. Se aquilo que eu fiz foi
comprar uma casa, eu no dia 30 de abril de 2018 comprei uma casa e disse
ao fisco que ela tinha custado 100 mil euros mas o que aconteceu na verdade
é que eu para pagar menos imposto e o vendedor para ter menos mais valia
houve ali metade que eu lhe entreguei em dinheiro. Durante o prazo de
caducidade do direito á liquidação o fisco se descobrir, além de isto ser fraude
fiscal (crime – falsas declarações), há ali um tempo de 4 anos que o fisco pode
descobrir e me liquidar imposto, decorrido o prazo de caducidade já não irei
ter de pagar. E conta-se a partir de 30 de abril de 2018 e não de 1 de janeiro
de 2019 porque o IMT é um imposto de obrigação única. Ou seja, em vez de
caducar no dia 1 de janeiro de 2023 caduca no dia 30 de abril de 2022 se o
prazo for de 4 anos.
O prazo de prescrição conta-se do mesmo momento ou dos mesmos
momentos, mas o prazo de prescrição é quando a obrigação já está liquidada,
ou seja, quer ela tenha sido liquidada no tempo certo, quer tenha havido uma
liquidação posterior dentro do prazo, eu aqui já estou a dever aqui já existe
uma divida. Eu aqui já sei porque soube em 2018 ou soube durante este
período de 4 anos tanto faz, que eu devo 100 euros. Mas durante 8 anos eu
não pago e administração fiscal também não consegue cobrar porque eu não
tenho nada, ao fim de 8 anos prescreve. Mas ao fim de 8 anos contados no
mesmo sítio nos impostos periódicos no 1º dia útil seguinte ao do prazo, não
do momento da liquidação.
Como prescrevem outras obrigações, razão de ser da prescrição será alguma
estabilidade, alguma segurança jurídica, castigar o credor. O IMT a mesma
coisa, portanto neste prazo de caducidade o fisco descobriu que eu menti e
que devo mais 1000 euros de IMT, eu não pago esta divida que foi liquidada
aqui ou que foi liquidada a qualquer momento dentro do prazo de caducidade,
tanto faz. O prazo de prescrição está a contar desde aqui e eu em 8 anos não
pago, portanto a divida prescreveu. Contam-se no mesmo momento, eles são
na verdade dois prazos de prescrição, mas quando ao caso de prescrição a
divida tem de estar já liquidada, no prazo de caducidade é um prazo mais curto
que me limpa a obrigação mais depressa, ou seja não está liquidada também
já não pode ser cobrada.
É este o interesse entre impostos periódicos e impostos de obrigação única.
Características do Imposto:
O imposto é uma prestação pecuniária, ou seja, tenho de pagar em dinheiro,
ou seja, em moeda de recurso legal em Portugal, em euros. Não posso pagar
em dólares, nem mais nada. Há uma exceção a isto que confirma a regra que
é, eu se já estiver a ser executada, ou seja, eu não paguei a minha obrigação,
foi extraído título executivo, já está a decorrer contra mim um processo de
execução fiscal eu posso pedir excecionalmente para me admitirem uma
dação em pagamento. Tem de ser autorizada pelo Ministro das Finanças a não
ser que ele delegue e é só quando haja aqui um interesse público em causa
(por exemplo: eu sou dona de um edifício que está a ser arrendado pelo Estado
e, portanto, eu tenho uma divida fiscal, não tenho dinheiro, e digo assim: eu
quero dar este meu prédio em meu pagamento, vocês já são meus
arrendatários eu dou isso em pagamento da minha divida, o serviço continua
aqui instalado e não me pagam renda. Interesse público- excecionalidade de
uma dação em pagamento.
Imposto é uma prestação pecuniária, unilateral (já sabemos porque), definitiva
porque a obrigação de imposto se não tiver nenhum vicio, depois de cumprida
nunca devolvida porque ela nunca está dependente de nada. Ou seja, como
não há aqui nenhuma contraprestação aqui no imposto ele tem caracter
definitivo, ao passo que numa taxa eu tenho direito ao meu reembolso (por
exemplo: se não me emitirem a licença que eu paguei).
Coativa, porque pode ser exigida coercivamente, coativa porque ou eu pago a
bem ou eu pago a mal. Alias uma das características da relação jurídica
tributária que nós vamos estudar nas aulas teóricas mais afundo é o beneficio
da execução prévia, ou seja, a obrigação tributária se não paga dentro do
prazo tem força executiva independentemente de ser final ou não, de estar a
ser discutida ou não. Por exemplo: eu até disse a verdade, mas o fisco diz que
há indícios que paguei 5 milhões por fora, portanto vai liquidar IMT adicional
e eu não concordo porque isto não aconteceu. Eu vou reclamar, impugnar,
pedir a intervenção do Tribunal Arbitral, todos os meus de ação que eu tenho
eu vou exercer (vamos estudar em Fiscal II). Só que nesse entretanto ou eu
pago e depois me será devolvido com juros indemnizatórios ou eu pago a mal,
sou executada na mesma. Ou em situações excecionalíssimas peço a
dispensa de garantia, que é ainda mais excecionalmente lhe é concedido.
Característica das relações jurídicas tributárias, não tem as garantias normais
das obrigações, possui garantias acrescidas por causa do interesse público
que lhe está subjacente, por causa do dever fundamental de pagar impostos.
Exigida pelo Estado ou outros entes públicos, ou seja, o sujeito ativo da relação
tributária ou é o Estado ou é outro ente público como por exemplo o Município
dos impostos municipais. Sempre alguém investido do chamado ius imperium.
Sem caráter de sanção, o imposto não é sancionatório, não posso castigar
uma pessoa com um imposto, eu castigarei uma pessoa com uma
contraordenação, uma coima ou uma multa, mas não com um imposto. Muitas
vezes os nossos governantes não cumprem isto e para tentar sancionar
determinadas atividades económicas criam impostos às mesmas (por
exemplo: especulação imobiliária – a atividade imobiliária é uma coisa que os
nossos governantes não gostam porque são um bocado avessos á
propriedade privada biologicamente de maneira que castigam esta atividade
com impostos). Não deviam porque o imposto não tem carater sancionatório,
nem para uma determinada pessoa nem para certos comportamentos nem
para determinadas atividades económicas.
Por exemplo os impostos especiais sobre o consumo são de certa maneira
impostos sancionatórios e as taxas moderadoras, impostos que visam
diminuir o consumo de determinadas coisas e no fundo castigar quem
consome. Agora o que está subjacente a isto são razões de proteção do
interesse público por um lado, portanto, prevenção da doença no caso do
tabaco e do açúcar, do álcool no caso dos produtos petrolíferos, proteção do
ambiente e da economia nacional (o nosso petróleo é importado) etc.
Realização de fins públicos, não é para realizar os fins privados de ninguém,
mas para realizar os fins públicos.
IRS é aquilo que se chama um imposto único, ou seja, não é o único imposto
que as pessoas singulares pagam, é um imposto único no sentido de abranger
todos os impostos parcelares. Independentemente da forma como eu gero o
meu rendimento se eu sou uma pessoa singular vai tudo para o IRS e não há
impostos parcelares. Não é o único imposto que nós pagamos, é o único
imposto sob pessoas singulares – só que naturalmente não está reunido tudo
a monte, o IRS continua parcelado em escalões. Por exemplo os antigos
rendimentos do trabalho dependente hoje são categoria A no IRS etc. No fundo
eles estão no IRS mas não estão todos a monte, o que acontece no IRS que
nos faz ver muito bem a fase de lançamento e liquidação é que os impostos
na fase de lançamento ainda estão em categorias, ou seja, eu tenho o
rendimento bruto, bruto antes de despesas e impostos de cada categoria e
isto é categorizado as despesas, aquilo que eu posso deduzir, as despesas
que o Estado considera que são indispensáveis á produção daquele
rendimento e eu tenho rendimento liquido da categoria A.
Se este determinado rendimento se enquadra na categoria B a forma de
determinação do rendimento líquido é diferente e por aí fora. Só quando os
rendimentos estão todos líquidos, de acordo com a regras diferentes, é que
eu faço aquilo que se chama o englobamento e a partir daí eles são todos
iguais. E a partir daí eu entro na fase de liquidação.
Imposto progressivo, as taxas de IRS progridem por escalões e depois nem
todo o rendimento é rendimento para efeitos de IRS ao contrário com o que
acontece em IRC.
Se eu herdo uma coisa, ganho, a título gratuito, isto não é considerado
rendimento para efeitos de IRS, isto está sujeito a imposto de selo. E há
também agora imposto de selo para prémios de jogos e apostos, alguns.
Se eu sou uma pessoa coletiva e se a minha tia resolve doar ou deixar uma
coisa a uma pessoa coletiva, essa pessoa não vai pagar selo, vai pagar IRC
porque no IRC qualquer coisa que modifique a situação patrimonial da
sociedade positiva ou negativamente contribui para a matéria coletável. O IRC
mede-se assim: a situação patrimonial líquida no final de 2018 contra a
situação patrimonial líquida no final de 2019. A diferença se for positiva paga
imposto.
No IRS não, ninguém me pergunta quanto é que eu tinha no ano passado, é
aquilo que ganhei naquele ano que preencha a norma de incidência. Portanto,
enquanto que no IRS qualquer acréscimo patrimonial vai aumentar a matéria
tributada, é lucro da sociedade venha de onde vier, no IRS não, no IRS vai ser
só aquele que está na norma de incidência. E na norma de incidência não está
nada a título gratuito, portanto, a título gratuito é o imposto de selo nas
pessoas singulares.
Até as atividades ilícitas, mesmo criminosas pagam imposto se formos
apanhados.
19/02
Princípio da Substância sobre a forma.
-------------------------------------------------------------------//------------------------------------------------------------
2. Lado passivo:
Contribuinte- aquela pessoa que está com o seu património a
contribuir. É o meu património que se vai ver diminuído pela obrigação
de imposto. É o titular da manifestação da capacidade contributiva
que a lei visa atingir e que, por conseguinte, deve suportar a
diminuição do património que o imposto acarreta. O professor Casalta
Nabais define contribuinte como a pessoa relativamente à qual se
verifica o facto tributário, pressuposto de facto ou o facto gerador do
imposto, isto é, o titular da manifestação de capacidade contributiva
que a lei tem em vista atingir e que, por conseguinte, deve suportar a
ablação ou desfalque patrimonial que o imposto acarreta.
Contribuinte direto: (contribuinte de direito) aquele
relativamente ao qual se verificam os pressupostos de facto do
imposto previstos nas normas de incidência. Aquele em relação
ao qual 0 referido desfalque patrimonial ocorre diretamente na
sua esfera seja ele ou não o devedor do imposto.
Contribuinte indireto: (contribuinte de facto) aquele que suporta
economicamente o imposto através do fenómeno da
repercussão, como ocorre, por exemplo, no IVA. Será aquele em
relação ao qual o mencionado desfalque· patrimonial ocorre na
sua esfera através do fenómeno económico da repercussão do
imposto.
Devedor de imposto
É o sujeito passivo que deve satisfazer perante o credor fiscal a
obrigação de imposto. Casalta nabais define devedor do imposto como
um sujeito passivo qualificado ou o sujeito passivo que deve satisfazer
perante o credor fiscal a obrigação de imposto, isto é, a prestação ou
prestações em que o imposto se concretiza. Em sentido amplo o sujeito
passivo é qualquer pessoa que tenha uma alteração tributária.
Devedor originário: aquele a quem a lei originariamente vinculou
ao dever de pagamento do imposto:
a. Contribuinte: devedor a título direto e principal.
b. Substituto: aquele a quem, em substituição do
contribuinte, a lei impõe o dever de pagamento do imposto
(devedor indireto).
Devedor não originário: aquele a quem a lei, por factos
supervenientes, vinculou ao dever de pagamento do imposto.
Será aquele que por facto de alguém uma pessoa que não era
inicialmente devedora passa a ser devedor.:
26/02
Substituição tributária
Sujeito ativo
Responsabilidade tributária
É algo que está previsto em abstrato. Figura que surge numa fase patológica
do desenvolvimento da relação jurídica tributária.
DEVEDOR ORIGINÁRIO
RESPONSÁVEIS
Alguns casos:
Administradores
Diretores (de empresas públicas) Ainda que somente de facto
Gerentes
B – Natureza da responsabilidade:
C – Pressupostos da responsabilidade:
04/03
Art. 20º: Quem entrega o imposto não é o substituído mas o substituto.
O empregador paga o imposto através do contribuinte.
Art. 28º: vem regular quando a retenção do imposto não é feita total ou
parcialmente. Quando há uma ilegalidade é impostante apurar de quem é a
responsabilidade, se é do substituído ou substituto. O art. 28º vai determinar
essa responsabilidade em função de várias situações.
Nº1: Aplica-se no caso de importâncias retidas e não entregues, aquelas
situações em que o substituto reteve o imposto, há um rendimento que ele
tinha a obrigação de entregar, ela reteve o imposto mas não reteve ao
estado. A responsabilidade neste caso é exclusiva do substituto. Estamos
perante circunstancias retidas, mas não entregues.
Nº2 e 3: aplicam-se nas situações em que o imposto não foi retido mas
também não foi entregue.
Qual a diferença entre o nº 2 e nº3? O nº2 aplica-se quando a retenção tem a
natureza de pagamento por contas, o nº 3 aplica-se quando a retenção for
efetuada a título definitivo.
CP 9:
O primeiro facto é que o Alberto, pessoa singular, trabalhador independente
(categoria A).
O primeiro facto é que o Alberto, pessoa singular, trabalhador independente
(categoria A). A empresa pagou o referente ao mês de julho, mas fez a
retenção e não entregou o imposto.
Que tipo de imposto? RS
No nosso caso a entidade patronal não reteve, por isso não se aplica o nº1.
A RF tem a natureza de pagamento de contas, logo aplica-se o art. 28º, nº2.
Art. 28º, n.º 2 LGT: nestes casos a responsabilidade originária é ao substituído
(responde em primeira linha, ao trabalhador) e a responsabilidade subsidiária
é do substituto, a autoridade tributária pode autorizar o pagamento ao
substituto a título subsidiária, quando não for retido. Porque é o trabalhador o
responsável quando a falha foi da entidade patronal? É assim porque tem a
natureza do pagamento por quotas.
A retenção tem a natureza de pagamento por conta do imposto devido a final.
O responsável originário pelo imposto não retido e não entregue é Alberto
(substituído).
CP 10:
Sujeito passivo de IRC.
CP 11:
Quando estamos perante não nacionais a retenção da fonte é feita a título
definitivo. O que acontece? A entidade pagadora do rendimento faz a
retenção, entrega ao estado e apagou.
Ex. IRS (31º): taxas liberatórias. Vamos imaginar que tenho um depósito a
ordem de 10.000 euros, a render juros de 2%, obtivemos um rendimento de
200 euros. Este rendimento vai estar sujeito a uma taxa liberatória, o banco
não nos vai entregar os 200 euros, vai-nos entregar 144, entregando os 56
euros ao estado.
Esta retenção na fonte a título definitivo é limpa, não há que fazer mais nada.
Neste caso trata-se de um não residente e a RF é limpa, a título definitivo e,
portanto, a empresa portuguesa reteve e tinha que entregar ao Estado.
Retenção na fonte a título definitivo (art. 71º, n.º 4, alínea a) CIRS)
Art. 28º, 3 LGT
A empresa Vértice Lda. é responsável originária e o Paco é o responsável
subsidiário.
05/03
Exceções:
11/03
CP 12
Nos termos do n.º 2 do artigo 23º e do artigo 24º, ambos da Lei Geral
Tributária (LGT), a AT pode reverter a dívida exequenda da responsabilidade
da devedora originária para os gerentes, na qualidade de responsáveis
subsidiários.
Reversão- mecanismo pelo qual a lei tributária vai chamar outras pessoas
para responder a divida, sendo estas pessoas responsáveis subsidiários.
Neste caso gerentes e administradores (24º LGT). Da liquidação da empresa
resultou um montante a pagar de 12.000 euros. A empresa não pagou o IRC,
como não pagou foi instaurada um processo de procedimento fiscal. A
primeira coisa que é preciso haver para reconversão é uma dívida, haja um
processo instaurado para a reversão fiscal, portanto, que a devedora
principal não tenha efetuado o pagamento devido. É também necessário que
a autoridade tributária verifique que a devedora não tem bens suficientes
para pagar a dívida. As regras gerais do ónus da prova (74º lgt) dizem que
quem invoca o direito tem que fazer a prova desse direito. Portanto, a
autoridade tributária tem o ónus de provar que a devedora não tem bens
CP 13
Nos termos do n.º 2 do artigo 23º e do artigo 24º, ambos da Lei Geral
Tributária (LGT), a AT pode reverter a dívida exequenda da responsabilidade
da devedora originária para os gerentes, na qualidade de responsáveis
subsidiários.
Apesar de ter havido uma inspeção tributária pelo meio a data relevante diz
respeito a liquidação adicional que não foi paga a 10 de junho, para a al. b).
A AT pode efetivar a reversão fiscal contra o gerente Alberto, nos termos da
al. a) do n.º 1 do art. 24º da LGT, porquanto o facto constitutivo da dívida
exequenda se verificou em 31/12/2019.
Sem prescindir,
Considerando que para efeitos do n.º 1 do art. 24º da LGT, o que releva é a
data limite de pagamento das liquidações (adicionais) que constituem a
dívida exequenda, a AT pode efetivar a reversão fiscal contra o gerente
Bernardo, nos termos da al. b) do n.º 1 do art. 24º da LGT.
CP 15
Neste caso, o fornecedor dos bens é responsável pela não entrega do
imposto, nos termos do art. 27º, n.º 1 CIVA.
Mas também o adquirente dos bens é responsável solidário pela não entrega
do imposto, nos termos do art. 79º, n.º 1 CIVA.
Responsabilidade solidária, a AT pode demandar a qualquer um deles o
pagamento do IVA.
CP 16
Arts. 13º e 102º-C, n.º 1 CIRS: sendo exercida a opção pela tributação
conjunta, a responsabilidade dos sujeitos passivos pelo pagamento do
imposto é solidária.
O regime de separação de bens não é relevante para aferir a
responsabilidade pelo pagamento, mas apenas para determinar quais os
bens que respondem pela dívida.
CP 17
REMISSÃO 102º, Nº2 cod. Irs para o 1691º lei civil.
Arts. 13º e 102º-C, n.º 2 CIRS: na tributação separada, a responsabilidade
dos cônjuges pelo pagamento do imposto é a que decorre da lei civil.
Nos termos da al. d) do n.º 1 do art. 1691º, a dívida é da responsabilidade de
ambos os cônjuges, pois resultou do exercício do comércio por parte de
António e presume-se que foi em proveito comum do casal. Há uma
presunção do casal, se o outro cônjuge não quer responder tem que provar
que a dívida não foi contraída em proveito comum do casal, os 1500. Se
conseguir fazer esta prova não responde pelas dívidas do imposto. Neste
caso, se maria conseguisse fazer a prova apenas António respondia pela
dívida, com os seus bens próprios, nos termos da comunhão de adquiridos,
respondem os bens próprios do António e subsidiariamente a meação dos
bens comuns caso os bens do António não forem suficientes.
Assim, ambos os cônjuges são solidariamente responsáveis pelo pagamento
do imposto.
12/03
Prescrição (artigos 48º e 49º LGT)
Prazo geral de 8 anos (15 anos – cfr. artigo 48º, n.º 4 LGT)
Início do prazo:
Impostos em Especial
Distinção do imposto de taxa:
- Tributo unilateral
Taxa:
- Tributo bilateral
Contribuições especiais:
- Contribuições de melhoria
Conceito de imposto:
O imposto é uma:
1) Elementos objetivos:
pecuniária,
coactiva: é uma prestação ex lege ou uma prestação que tem por fonte a lei.
A obrigação do imposto surge exclusivamente pelo encontro do facto tributário
ou do pressuposto do facto com a lei.
- A tributação do património
- A tributação do consumo
- Impostos directos
- Impostos indirectos
18/03
O prazo de caducidade no fundo tem um limite temporal, para dar
estabilidade a vida do cidadão dos contributos.
Ex. caducidade:
A partir da data que se verifica a causa suspensiva o prazo fica suspenso até
se verificar um determinado evento que cessa a causa suspensiva e o prazo
deixa de estar suspenso e retoma a contagem onde ficou. Admitindo que a
contagem ficou suspensa em 1 de janeiro de 2023 e 1 de janeiro de 2024 o
termo do prazo verificar-se-á em um ano, 1 de janeiro de 2025.
Ex de causa interruptiva:
CP 18
a) O prazo da prescrição é de 8 anos, nos termos do art. 48º, nº1 da
LGT. O prazo começa a contar, em conformidade com o 41º, nº1 da
LGT é a 01/01/2019, uma vez que o IRC é um imposto periódico. A
AT tem até 01/01/2027 para cobrar a dívida.
Há aqui algum evento que perturbou esse prazo dentro desse período
temporal? Sim, nos termos do art. 49º, nº1, a 4 de julho de 2020
verifica-se uma citação, uma causa interruptiva, portanto, o prazo que
estava a decorrer desde janeiro de 2019 ficou interrompido, a citação
interrompeu o prazo. A interrupção só se interrompe uma única vez,
com a causa que ocorrer em primeiro lugar, neste caso com a citação.
A impugnação depois já não releva como causa interruptiva, nos
termos do 29º, nº1 e nº3 da LGT.
Com a interrupção produz-se um efeito instantâneo o prazo a decorrer
a 1 de janeiro de 2019 e 01 de setembro de 2020 é inutilizado; ainda
teremos um efeito duradouro, o prazo recomeça a contagem quando
cessar a causa interruptiva, isto é, a execução fiscal. Quando terminar
a execução fiscal recomeça a contagem, o grande problema é que a
execução fiscal termina nos termos do art.176º do CPPT com o
Ex:
19/03
A incidência:
Incidência: Fase da vida do imposto através do qual se define em
termos gerais e abstratos o que é tributável - Incidência real (ou
objetiva) - e quem é tributado – incidência pessoal (ou subjetiva).
25/03
CP 20
O responsável pela dívida é a empresa, ela vai chamar os responsáveis
subsidiários, os gerentes. A at vai chamar o António a responder pela dívida
que originariamente era da empresa, estamos portanto, perante um ato de
reversão.
Nos termos do n.º 2 do artigo 23º e do artigo 24º, ambos da Lei Geral
Tributária (LGT), a AT pode reverter a dívida exequenda da responsabilidade
da devedora originária para os gerentes, na qualidade de responsáveis
subsidiários.
A AT pode efetivar a reversão contra o gerente António, nos termos da al. a)
do n.º 1 do art. 24º da LGT, é uma forma de comunicar que contra ele foi
revertido a execução fiscal. Qual é o meio de execução/processual que
António tem para reagir, contestar esse ato? António pode alegar que não
praticou atos de gerência, mas quanto a este ponto há que sublinhar que a
autoridade tributária está numa posição de credora/subsequente, ela tem de
se fundamentar. A AT tem o ónus, terá de provar que o António é gerente e
praticou atos, ao praticar o ato de reversão a AT tem que demonstrar que a
sociedade não tem meios suficientes (23º, nº2), isto é, que a devedora
principal não tem meios suficientes. Portanto, é necessário identificar o ato.
É um ato de reversão que foi praticado contra o gerente António na
qualidade de responsável subsidiário. A A.T. praticou um ato de reversão,
que foi originalmente instaurada contra a devedora principal, a empresa. A
AT tem que invocar outro facto, tem que ser realizada contra o gerente de
facto e não um gerente meramente nominativo. Quem tem que provar é a AT
Portanto, A A.T. nesta situação tem o ónus da prova. Está a invocar o direito
da reversão, para o invocar tem que fazer prova dos factos constitutivos do
direito que estão a invocar. Nos termos do artigo 23.º da lei geral tributária,
rege-se de acordo com as regras gerais da distribuição do ónus da prova do
Artigo 74.º da LGT, que é o artigo que disciplina as regras de distribuição do
ónus da prova.
A A.T. não cumprindo com o ónus da prova, não produzindo a prova que lhe
competia, não pode proceder o direito que pretende invocar.
Outro argumento que o António podia invocar? Artigo 24.º, n.º1. (74.º, n.º1)
A.T. tem que provar que o António é gerente de facto. O que acontece na
prática é que a A.T. vai à certidão permanente da empresa, da devedora
original que é a audiovisual e vai ver quem está nomeado como gerente de
direito. A A.T. no ato de reversão, faz a reversão invocando isso, o gerente
que está na certidão. Na maioria dos casos a A.T. não faz a prova. Terá que
ser o António em sede judicial a dizer que a A.T. não trouxe indícios
minimamente decentes e sérios para provar que demonstras se que António
era gerente de facto.
Caso se entenda que a A.T. ainda fez alguma prova mínima, então terá que
se provar que não é o gerente de facto, para abalar a prova mínima que a
A.T. possa ter produzido.
Existem alguns acordos que dizem o seguinte: que a A.T. no ato de reversão
não tem que fazer a prova de que o António é o gerente de facto, tem apenas
de invocar. Se o responsável subsidiário contestar a reversão fiscal, então a
A.T., no processo judicial, vai ter de produzir a prova.
Existem acordos que dizem que a A.T. não tem que fazer a prova no ato de
reversão mas se o ato de reversão for contestado, portanto houver um
processo judicial, então é nesse processo judicial que a A.T. tem que fazer a
prova.
No ato de reversão basta apenas invocar que o António é o gerente de facto,
mas se esse acto de reversão for contestado pelo responsável subsidiário,
então em sede de processo judicial a A.T. terá que fazer a prova.
António primeiro vai alegar que a A.T. não fez a prova que lhe competia que a
empresa não tinha bens suficientes para pagar a divida, e também a A.T. não
fez a prova que lhe competia que o António era o gerente de facto. Uma vez
que a A.T. não fez a prova que lhe cabia, o direito invocado não pode
proceder. A AT devia fazer prova que a devedora principal não tinha bens
suficientes e que António era gerente de facto, não fazendo não haverá
reversão da dívida. António poderia ainda demonstrar que não é gerente de
facto, numa segunda linha de defesa, fazendo uma prova documental.
António vai ter que provar que não teve culpa pelo facto da AT não ter bens
suficientes para pagar a dívida, aqui o ónus da prova é dele (24º, nº1, b)).
Qual é o meio que o António pode invocar para se defender? Qual é o meio
processual? Oposição à execuçao fiscal.
O António é citado da reversão e pode apresentar a oposição à execuçao
fiscal, nos termos do artigo 203.º e seguintes do CPT. Qual é o fundamento
na oposição a execução que ele vai invocar nos termos do artigo 204.º do
CPT? Alínea b. Ele é parte ilegítima nesta execução porque ele não é gerente
de facto e não foram provados os pressupostos para a reversão. Não é o
responsável pelo pagamento, sendo isso o que ele está a dizer no fundo,
sendo parte ilegítima nessa reversão fiscal contra ele.
CP 19:
Estamos perante um imposto IRC.
Aqui a questão que se coloca é saber se a dívida está prescrita em relação
ao responsável subsidiario. A dívida é só uma. Pode ser exigida ao devedor
principal ou a devedora principal originaria, mas também pode ser chamada
para outros responsáveis solidários ou subsidiarios para responderem pela
divida, mas a dívida é só uma. O prazo de prescrição está a decorrer quer em
relação ao responsável principal, a devedora principal, quer em relação aos
demais responsáveis, solidários ou subsidiarios.
Em relação aos responsáveis depois vamos ter causas de interrupção e de
suspensão que se produzem na contagem do prazo de prescrição.
Neste caso concreto verificamos o que? Primeiro qual é o imposto? O IRS.
Qual é o período? 2019.
Qual o prazo de prescrição aplicado? 8 anos, artigo 48.º, n.º1 da LGT, o prazo
de prescrição é o limite temporal que o legislador estabeleceu para a AT
cobrar a dívida, findo este prazo a AT não pode cobrar a dívida.
Quando de dá o início da contagem? 1 de Janeiro de 2020. Estamos a falar
do IRS de 2019 que é um imposto periódico. O início do prazo de prescrição
começa a contar a partir do tempo do ano gerador, 48º. Nº1 do LGT. Fim do
prazo de prescrição? 31 de Dezembro de 2027. A A.T. Tem entre 1 de
Janeiro de 2020 até dia 31 de Dezembro de 2027, a 1 de janeiro de 2028,
portanto, a AT não pode cobrar a dívida. Este prazo de 8 anos é para fazer o
que? Cobrar a dívida. O prazo de prescrição é o limite temporal que o
legislador fixou para a A.T. cobrar a divida.
Artigo 176.º do CPPT, extingue quando a dívida for paga ou for anulada.
O prazo de prescrição recomeça quando a dívida por paga ou anulada? No
fundo está interpretação do efeito duradouro, tal como ele decorre do efeito
civil, conduz como as dívidas fiscais não prescrevam. O prazo so recomeça
quando a dívida for paga. O prazo de prescrição é uma garantia do devedor.
Significa que decorrido o prazo de prescrição, a dívida não pode ser exigida a
ele. Se ele pagou a dívida, para que interessa o prazo de prescrição? Nem
pode existir.
48.º, n.º3 tem uma regra especial quanto a interrupção que nos diz que as
causas de interrupção não produzem efeitos se o responsável subsidiário for
citado 5 anos após a liquidação. A lei nada diz contra as causas de
suspensão. A impugnação no fundo é uma causa de suspensão, artigo 99.º,
n.º4, alínea b.
Temos que ver se a causa de suspensão já teria terminado.
26/03
As dívidas fiscais ao contrário do c.c tem privilégio de execução prévia e o
regime está no art. 48º.
Nós podemos caraterizar os impostos de várias maneiras: rendimento, sobre
o património, quota fixa e variável, progressivo (irs e algumas taxas de irc),
não há impostos regressivos no nosso sistema fiscal.
pelas pessoas estabelecida pelo art. 13º. Portanto, tanto pagam imposto
os residentes em Portugal que trabalham em estrangeiro, os não
residentes que trabalhem em Portugal são cá tributados as taxas
liberatórias, existirá uma dupla tributação nacional que é deduzida ou
eliminada.
A regra era a tributação conjunta e hoje em dia por defeito são tributados
separadamente e se quiserem optam pela tributação conjunta.
Constituição do agregado familiar (nº4).
01/04
CP 21
Existe aqui um acordo de pagamento em prestações e deram como
pagamento as receitas das apostas desportivas, receitas que resultavam da
totobola como pagamento para pagar as dívidas, durante 10 anos. A questão
que se coloca é que no final destes 10 anos chegou-se a conclusão que as
receitas das apostas desportivas não foram suficientes para pagar as dívidas
fiscais, por força de um decréscimo. A AT diz que não foi suficiente e diz
quanto é que ainda falta pagar. Os clubes alegam que fizeram uma dação
em cumprimento (837º) e que a sua obrigação extinguiu-se. Quem tem
razão? A AT tem poderes suficientes, atendendo a obrigação tributária, para
aceitar uma dação em cumprimento nos termos do art. 837º, isto é, aceitar
uma coisa cujo valor final pode ser inferior ao que eles têm que pagar?
A dação em cumprimento significa que extingue-se imediatamente a dívida
com o acordo que celebram (837º), já a dação pro solvendo (em função do
cumprimento) não se extingue a obrigação, na medida em que o crédito não
foi integralmente satisfeito, dada a indisponibilidade do crédito tributário. Ele
tinha poderes suficientes para fazer um acordo de dação em cumprimento?
Não porque a obrigação tributária é disponível e só pode ser feita nos termos
previstos na lei, por isso, é o legislador que aprova e não a AT, uma vez que o
MF não podia acordar ou dispor da obrigação tributária entendeu-se que
aquela dação em cumprimento consubstanciava-se numa dação em função
do cumprimento, atento ao art. 30º, nº2 da LGT, conjugado com o art. 40º,
nº2. A dação em comprimento e compensação pode ser abrangida nos casos
especificamente prevista na lei.
P. da Irrenunciabilidade da Obrigação Tributária – a Lei não previa perdões
fiscais mas sim outros planos de pagamento. Entendendo-se que estávamos
perante uma dação em cumprimento, uma vez que as receitas das apostas
não foram suficientes, haveria aqui uma renúncia parcial ao crédito
tributário.
42º LGT – o devedor apenas pode recorrer a pagamento em prestações
previsto na lei, 146º CPPT.
Portanto, não se extingue as dívidas fiscal o que foi pago ficou regularizado,
a parte remandescente tem que ser paga.
CP 22:
Estamos perante uma questão de sub-rogação que só permitido após o
pagamento voluntário, prazo rápido de 15 dias a 1 mês, mesmo durante este
período é possível a sub-rogação. Estamos perante a constituição de uma
posição entre o sub-rogado e o credor, o sub-rogado vai ocupar a posição do
credor tributário, A partir do momento em que o sub-rogado assume a
posição o crédito transforma-se deixa de ser tributário e passa a ser de
natureza civil entre duas entidades privadas e até pode ser perdoado. A
relação entre o sub-rogado e o devedor é de natureza civil e, portanto, a
obrigação é civil. O novo sub-rogado pode perdoar a dívida ao credor. Não
podemos confundir a sub-rogação com a mera possibilidade de terceiro
pagar a dívida, que pode acontecer sem qualquer requerimento e interesse.
Neste caso ela pode provar interesse legítimo na venda ou ter interesse
legítimo. Porque a empresa mãe tem interesse legítimo? O fim da empresa
mãe é obter o lucro, realizar interesses altruísticos. A empresa filha vai ficar
a dever a mãe.
CP 26:
Estamos a falar de um irc, o ano é 2019, o prazo geral de caducidade
aplicável ao irc é de 4 anos.
08/04
Retroatividade tipos.
A LN não se pode aplicar a factos cujos efeitos já se aplicaram na entrada
em vigor.
O valor axiológico que está subjacente a proibição da retroatividade é o da
segurança jurídica.
Retroatividade.
Caducidade.
Distinção entre taxas e impostos.
22/04
CP
Enunciado:
A é casado com B
3 filhos (1 ano, 18 e 26 anos- Alfredo).
Residentes fiscais em território nacional.
Rendimento:
- António recebe 25.000 euros como funcionário público.
- Ana recebe 30.000 como arquiteta por conta própria.
- Alfredo recebe 12.000 como designer freelancer.
Despesas:
- António 5.000 euros segurança social; despesas de saúde 500 euros;
5.000 euros para educação- as despesas de saúde são despesas que estão
sujeitas a uma taxa reduzida de 6%. Retenção na fonte, António
relativamente aos rendimentos, houve imposto retido de 2.500.
23/04
IRC
Irc- imposto sobre rendimentos de pessoa coletiva. As pessoas singulares
não pagam irc.
Quem está sujeito a IRC?
- estabelecimentos estáveis de pessoas coletivas estrangeiras: centro
autónomo de tributação e receitas, sujeito passivo de irc.
- alguns centros de personalidade jurídica.
Como se apura o irc? Tudo que seja custo que o ente sujeito a irc demonstre
é um custo essencialmente evolutivo. O rendimento coletável é o que é
tributável nas categorias em irs, em irc não há categorias, qualquer coisa
que a pessoa ganha é tributado, o lucro é a diferença entre a situação
patrimonial da sociedade que está refletida na contabilidade de acordo com
as regras contabilísticas a 31 de dezembro de 2019 a 31 de dezembro de
2020 o que contribui para alteração patrimonial é tudo, todos os lucros e
perdas, valorização e desvalorização do ativo patrimonial, ex. compra de uma
máquina, anualmente o seu custo vai desvalorizar- desvalorização/ a
sociedade tem uma carteira de ações e há uma valorização neste ano-
valorização. No irc a mera valorização das coisas contribui para formação de
lucro. Há acréscimos a coleta no irc, é o caso da derrama, isto é, sobre a
coleta incide a derrama municipal (imposto relativamente ao município),
derrama estadual e derrama sobre abuso- taxa de tributação autónoma, ex.
a sociedade tem um carro paga uma tributação autónoma sobre ela, uma
taxa sobre o valor do caso, assim a sociedade pensa 2 vezes antes p.ex de
comprar um Ferrari a um administrador, taxa anti-abuso. Há carros que não
têm tributação autónoma, veículos elétricos ou a sociedade transfere lucras
para paraísos fiscais, tributação autónoma. As empresas de aluguer de
veículos não estão sujeitas a tributação autónoma.
IRS
As taxas de irs não são progressivas ao contrário do irc. Taxas
sucessivas/periódico/taxa variável. A tributação do irs faz-se por declaração
do sujeito passivo.
29/04
CP 24
Enunciado:
Código do IMT, lei do orçamento do estado 2021, senão atualizar o art. 2º.
- 5 acionistas: Maria (25%), vitória (25%), frederico (20%), catarina (20%) e
Afonso (5%).
- Depósito- 50.000 euros.
- Inventário- 1.000. 000 euros.
- IMT.
Resolução:
Art. 2º, nº2, al. d) que traz uma norma de incidência objetiva, vai-nos dizer
quais são os factos que estão sujeitos a tributação em sede de imt.
Os restantes números são ex. de factos que estão sujeitos a imt. Entre esses
factos também estão sujeitos a imt o art. 2º, nº2, d). O facto é a aquisição de
partes sociais que está sujeito a imt. Este facto à semelhança dos outros
pactos dos restantes números foge ao conceito geral do nº1. Quais são os
requisitos, neste caso concreto estão preenchidos os pressupostos da al. d)?
- aquisição de partes sociais: está preenchido, frederico está revestido de
pactos sociais- d);
i): o ativo da sociedade tem que ser composto por mais de 50% do bens
imóveis- 1.000. 050 sim. Essa sociedade se dedica a atividade imobiliária o
inventário é compostos pela soma dos valores dos imóveis.
ii): dupla negativa, dá uma positiva. Os imóveis têm que estar afetos a
atividade compra e venda de imóveis, consideração positiva. Este imóvel não
está afeto a atividade industrial.
iii): frederico tinha 25% e compra 55%, 80%, mais de 75%, portanto, está
preenchido. Numa operação em que o adquirente adquira mais de 75%
numa sociedade que se constitua a bens imóveis e cujo ativo corresponda a
mais de 50% das partes sociais está sujeita a imt porque o imt incide sobre a
transmissão das partes dos imóveis. Ele ficou proprietário de 80%. Ele não
adquiriu bens imóveis juridicamente falando, mas economicamente fica
sujeita a imt porque ele no fundo ficou proprietário económico dos imóveis.
Porquê 75%? Por causa da maioria, 75% manda na sociedade. Isto tem
haver com a interpretação económica dos factos tributários, art. 11º.
Qual é a base do imt? Art. 12º, nº19º, al.a). neste caso o imt iria incidir sobre
800.000.
80% x 1.000.000 (valor balanço) ou vpt imóveis
800.000 x Taxa do imt (art. 17º)
CP 25:
Enunciado:
MA: 50.000- prédio urbano
JC: 500.000- prédio urbano
P: 100.000- numerário
Imóveis- 100.000
Resolução:
Art. 2º, nº5, e)
Avaliação do roc, art. 28º csc.
Quem é que paga o imt? Quem fica com a riqueza? A sociedade. Neste caso
ao valor tributável aplica-se a regra do art. 5º, nº2, maior dos 2. Há
via uma grande discrepância por desvalorização dos imóveis.
CP 26:
Art. 2º, nº2, a) porque neste caso o promitente adquirente da sociedade
tomou posse do bem imóvel, verificou-se a tradição do bem.
O imt vai incidir sobre que base? Vai ser sobre o preço, 1.000.000, art. 12º,
nº1, h) o valor sobre o qual o comprador fica contratualmente obrigado.
E se não se celebrar o contrato definitivo? Art. 44º, nº2 quanto ao imt pago.