Aula 04 Economia e Finanças Públicas
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Autor:
Celso Natale
19 de Agosto de 2022
SUMÁRIO
Introdução ..................................................................................................................................................2
2 Lucros ..................................................................................................................................................5
Gabarito ................................................................................................................................................... 93
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INTRODUÇÃO
Até aqui, deixamos uma pergunta fundamental a ser respondida pelas empresas: quanto
produzir? A resposta definitiva é: depende.
Depende da estrutura de mercado na qual a empresa atua. É disso que tratam as próximas
páginas do curso – nas quais identificaremos cada uma das estruturas de mercado. Quando
estivermos aptos a compreender as interações nas diversas estruturas de mercado, fecharemos
a Microeconomia.
Sobre a dificuldade? Bem, ela será função inversa do seu aproveitamento das aulas anteriores.
Ou seja, se você mandou bem nos assuntos anteriores, será fácil. Caso contrário...
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1 MERCADO E ESTRUTURAS
Vamos começar esta aula fazendo uma definição: afinal, o que é um mercado?
Essa é uma palavra que utilizamos no cotidiano para nos referir ao estabelecimento onde
compramos produtos diversos, de alimentos a limpeza.
O noticiário, por outro lado, usa o termo de forma muito mais genérica, até mesmo vaga.
Afinal, se queremos definir “estruturas de mercado”, parece lógico começar definindo esses
conceitos, não é? Mesmo que não caia de forma direta na prova, acredito que ajuda a assimilar
e fixar os outros 99% desta aula que são objetos de questões.
O mercado de trabalho, por exemplo, é um lugar teórico, pois não existe um barracão onde
desempregados (vendedores de trabalho) e empresas (compradores de trabalho) se reúnem e
determinam os salários (preço do trabalho), mas ele é um mercado, e o bem em questão é o
trabalho.
Todos esses conceitos podem ser ajustados, dependendo do que se deseja analisar.
Podemos ajustar o conceito de “lugar” para ser mais ou menos amplo. Por exemplo, podemos
pensar no “mercado mundial de soja”, no “mercado de câmbio”, ou no “mercado de peixes” do
município Serra da Saudade-MG, o menor município do país.
Também podemos definir compradores de diferentes formas. O Brasil pode ser considerado
“vendedor” no mercado mundial de soja, e as empresas brasileiras seriam os vendedores no
mercado interno de soja.
O mesmo raciocínio vale para “vendedores” e “bens”. Podemos definir que queremos analisar o
mercado de “sal de cozinha” , restringir ao mercado de “sal refinado” ou ampliar para o mercado
de “condimentos” em geral.
Enfim, tudo depende do que se pretende analisar, mas uma vez definido isso, pode-se classificar
o mercado conforme sua estrutura.
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Sendo assim, dependendo das características de um mercado quanto a esses três itens, ele será
classificado de diferentes maneiras.
Considere a classificação que vou fazer na tabela a seguir como algo preliminar, apenas para
você ir se habituando aos poucos com os termos utilizados. Acontece que não é simples assim,
e iremos aprofundar devidamente. Também nem se preocupe em decorar, pelos mesmos
motivos.
Portanto, temos aí uma noção geral, e você já pode começar a imaginar como esses fatores
influenciam os preços.
Vai pensando aí: o fato de ter muitos vendedores é algo bom ou ruim para o comprador? E esse
negócio de poder entrar e sair no mercado, o que será que significa para os vendedores?
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2 LUCROS
Façamos um acordo: para os efeitos desejados nesta aula, você vai considerar que todas as
firmas buscam o maior lucro possível. Eu sei que, de fato, existem empresas que podem ter
objetivos diferentes de lucrar, como é o caso das cooperativas.
Até mesmo uma S/A pode ter objetivo diverso do lucro, como crescimento das vendas ou da
base de clientes, por exemplo.
Contudo, a maximização de lucro deverá estar subentendida em todas as questões com as quais
você se deparar, exceto se a banca disser o contrário (e não conheço nenhuma questão de
microeconomia em que alguma banca o tenha feito).
O lucro total (LT) é igual à Receita Total menos os Custos Totais, ou:
LT = RT - CT
Mas, antes de aprofundarmos o assunto lucro, precisamos desenvolver os conceitos de receita,
uma vez que já sabemos tudo sobre os custos.
A receita total (RT) é igual à quantidade do produto multiplicada por seu preço. Então:
RT=p.q
A receita média (RM), por sua vez, é igual à receita total dividida pela quantidade:
RT
RM=
q
p.q
Mas acontece que, se substituirmos RT por p.q, chegamos a RM= =p.
q
Portanto, a receita média é igual ao preço unitário. Isso acontece pois vamos presumir, assim
como as bancas, que a empresa cobra sempre o mesmo preço para cada unidade vendida do
produto.
A receita marginal (RMg), por fim, é igual à variação da receita total decorrente da variação na
quantidade:
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∂RT
RMg=
∂q
Eu disse que seria fácil, não disse? Agora, com os conceitos de custos e receitas debaixo do
braço, estamos aptos a compreender como as firmas maximizam seus lucros.
Vem agora o ponto mais crucial. Se não compreender isso, não compreenderá esta aula. Nem
as próximas. Então comece colocando o seguinte em um espaço especial de seu precioso
cérebro.
O fato é: a empresa maximiza o lucro no ponto onde a Receita Marginal é igual ao Custo
Marginal.
Após “impor” esse fato a você, demonstrarei sua verdade de três formas diferentes: derivação,
gráfica e lógica. Vamos às demonstrações.
Vou começar, de propósito, pela mais difícil, e deixar a mais fácil para o final. Assim vamos dar
um tranco na sua cabeça.
LT=RT-CT
LT(q)=RT(q)-CT(q)
1
É uma simplificação da história completa, mas que serve plenamente aos nossos propósitos.
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RMg-CMg=0
Ou seja:
RMg=CMg
Se a firma quer o maior lucro possível, ela irá produzir a quantidade que implique na maior
diferença possível entre receita e custo.
Graficamente, isso quer dizer a maior distância possível entre as curvas de receita total e custo
total, conforme demonstrado a seguir:
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Sendo q* a quantidade que maximiza o lucro – como fica evidenciado pela maior distância
possível entre receita e custo – note que a inclinação das curvas RT e CT, nesse ponto q*, é a
mesma.
Isso também vale para a curva de CT, que tem por inclinação o CMg. Portanto, a condição para
que as curvas tenham a mesma inclinação é:
RMg=CMg
Com isso, provamos a igualdade que maximiza o lucro pela segunda vez.
Agora apelo ao seu (bom) senso lógico. Se a firma está produzindo uma quantidade qualquer
para a qual a RMg é superior ao CMg, ela deve passar a produzir uma quantidade maior, já que
sua receita total crescerá mais do que seu custo total e, consequentemente, crescerá seu lucro.
Por exemplo, se aumentar minha produção em uma unidade vai aumentar minha receita em
R$10 e meu custo em R$7, faz sentido produzir essa unidade. Afinal, ela me trará lucro de R$3.
Se a próxima unidade der receita de R$10 e custo de R$9, ainda assim vale a pena produzir essa
unidade pelo lucro de R$1.
Enquanto minha receita por unidade adicional for maior do que meu custo, então vou produzir!
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A firma deve, então, aumentar sucessivamente sua quantidade, até o ponto em que acrescentar
a próxima unidade seja indiferente.
Se, por outro lado, a firma está produzindo uma quantidade em que o CMg é superior à RMg,
então ela deve reduzir a quantidade produzida, já que o decréscimo no custo decorrente dessa
decisão será maior do que o decréscimo na receita, aumentando seu lucro.
Assim provamos, pela terceira vez, que a quantidade que maximiza o lucro, para qualquer
empresa, é aquela que iguala RMg e CMg.
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3 CONCORRÊNCIA PERFEITA
Existem dois tipos extremos de estruturas de mercado: de um lado, o monopólio, do outro, a
concorrência perfeita. Entre as duas, temos vários outros tipos. Vamos nos preocupar, por
enquanto, com a concorrência perfeita.
A principal característica desse tipo de mercado é que tanto os consumidores quanto as firmas
são tomadores de preços.
Isso quer dizer que nenhum consumidor individual e nenhuma firma individual é capaz de
influenciar, isoladamente, o nível de preços do mercado. Para que isso seja verdade é necessária
a presença de 4 características principais:
2. Homogeneidade dos produtos: os produtos não têm qualquer diferencial entre eles, do
ponto de vista do consumidor. Por isso, o consumidor não tem preferência por uma ou
outra marca, pela localização da loja, por exemplo. Isso quer dizer que nenhuma firma
consegue posicionar seu preço acima do mercado sob o argumento de que ele é melhor,
em algum aspecto, que o produto das demais empresas. Dessa forma, só resta à firma
aceitar o preço do mercado.
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Você já deve ter concluído que mercados em concorrência perfeita não são muito realistas. É
verdade. Mas também é verdade que eles são um excelente ponto de partida para a
compreensão de mercados mais realistas que veremos futuramente.
Convenci?
Você deve se lembrar da curva de demanda de mercado, aquela reta descendente que nos
mostra a quantidade máxima demandada para cada nível de preços, evidenciando redução na
quantidade demandada quando os preços aumentam, e vice-versa.
Lembra?
Também deve se lembrar que o equilíbrio de mercado ocorre no ponto em que a quantidade
ofertada e a quantidade demanda se igualam sob determinado nível de preços, ou seja, onde as
curvas de oferta e demanda se cruzam. Você deve lembrar, mas é disto que estamos falando:
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Dissemos há pouco que a firma competitiva é tomadora de preços (também pode aparecer na
prova como “aceitadora de preços”).
Isso significa que ela não consegue influenciar o preço de mercado com sua produção.
Na prática, significa que não importa a quantidade que a firma individual produza; o preço será
o mesmo. Portanto, a curva de demanda para a firma competitiva individual é uma linha
horizontal cuja altura é o preço de equilíbrio de mercado. Deste jeito:
Se a firma competitiva não tem nenhum poder para alterar o preço, o que acontecerá com sua
receita marginal? Fazendo essa pergunta de outra forma: quanto aumentará sua receita quando
aumentar sua produção em uma unidade?
A resposta é simples: a unidade adicional trará uma receita igual ao preço de mercado e, por
isso, a receita marginal da empresa competitiva individual será igual ao preço de mercado.
Juntando tudo que vimos sobre as receitas da empresa competitiva, concluímos que:
RMg = p = RMe
Aquela que eu afirmei ser importantíssima e demonstrei de três formas diferentes. É RMg=CMg.
Portanto, a firma individual deve escolher o nível de produção para o qual a receita marginal, o
custo marginal e o preço sejam iguais.
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E tem mais um detalhe importante, que ficará claro quando vermos as curvas sobrepostas:
As curvas de custo total médio e custo variável médio cruzam a curva de custo marginal em seus
pontos mínimos. Acrescentamos à nossa análise a linha de receita marginal/preço/receita média.
Agora fica mais evidente porque a empresa maximiza seus lucros no ponto ‘M’ (de máximo).
Caso ela esteja produzindo a quantidade A (QA), sua receita marginal é maior que seu custo
marginal. Em outras palavras, em QA a curva de custo marginal está mais baixa que a curva de
receita marginal.
Isso significa que produzir uma unidade a mais será lucrativo, pois trará receita superior ao custo.
Portanto, a empresa produzirá mais.
É o contrário do que acontece quando ela produz a quantidade B (QB), onde seu custo marginal
supera a receita marginal, e não faz sentido continuar produzindo, porque cada unidade
adicional significa prejuízo. Além disso, em QB cada unidade reduzida implica em maior redução
nos custos do que nas receitas. Bom negócio, não é?
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Portanto, a quantidade M é aquela que maximiza o lucro da empresa. Isso nos leva à curva de
oferta da empresa que busca maximizar seu lucro no mercado competitivo.
Adicionaremos as curvas de CMe (custo médio), CVMe (custo variável médio) e CMg (custo
marginal), sendo que este, desta vez, assumirá o formato mais realista que aprendemos. Os
demais valores também são arbitrários e servem apenas para tornar o exemplo mais prático.
Note o ponto q*, onde a firma maximiza seu lucro ao produzir 70 unidades ao preço de mercado
de R$80. A essa altura deve estar claro que isso ocorre porque, nesse ponto, RMg=CMg=p.
Mas tem muito mais no gráfico. Para começar, podemos demonstrar o lucro da firma.
Considerando que ela vende 70 unidades ao preço de R$80, ela tem receita de R$5.600.
E o custo por unidade? Para 70 unidades, o custo médio é de R$60. O custo total é de R$4.200.
Portanto, o lucro é 5600-4200=R$1.400. Exatamente igual à área do retângulo destacado
abaixo:
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Mas é claro que tem mais! Suponha que a empresa do gráfico acima decida alterar sua produção
para, digamos, 90 unidades.
É como se durante toda a “caminhada” para a direita no gráfico, onde seu custo marginal é
superior à sua receita marginal, ela acumulasse prejuízos.
Para ser mais preciso, as unidades 71, 72, 73, ... até a 90 (onde ela para de ampliar a produção),
geraram, cada uma delas, custos superiores às receitas. Por isso, o lucro é reduzido. Acontece
algo parecido quando a empresa decide diminuir sua produção para 50 unidades, mas dessa
vez – ao deixar de produzir a 70ª, 69ª, 68ª... até a 50ª unidade – o lucro é reduzido pois cada
unidade dessas trazia mais receitas do que custos.
Por isso, as áreas sombreadas, correspondentes à diferença entre RMg e CMg, representam os
lucros perdidos quando a quantidade produzida é diferente da quantidade que maximiza o
lucro.
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Agora vem a parte mais interessante! Talvez você tenha notado que há outra quantidade onde
RMg=CMg... estou falando de 20 unidades. Será que a empresa maximiza lucros assim? São duas
quantidades que maximizam o lucro? De jeito nenhum!
Ao produzir 20 unidades, teremos de sombrear uma área de perda de lucro por q<q* deste
tamanho:
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A firma deixou de “aproveitar” as unidades entre 20 e 70, sendo que cada uma delas traria um
pequeno lucro adicional, por terem RMg>CMg. Portanto, a regra de maximização que vimos tem
um detalhe adicional:
RMg=CMg=p
e
Custo marginal é crescente
O que iremos compreender agora é quando a empresa deve optar por deixar de produzir,
ou seja, em que situações é preferível fechar as portas, encerrar suas atividades, a continuar
produzindo.
Vou começar do jeito mais difícil, porque preciso que você se esforce. Vamos lá!
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Quando, mesmo no nível que maximiza seus lucros, os custos por unidade da empresa são
superiores ao preço de mercado (CMe>p), ela estará tendo prejuízos. Nesse caso, a empresa
pode optar por não produzir nada.
Contudo, essa decisão deve levar em conta que, ao deixar de produzir, a empresa terá lucro
negativo (prejuízo) no valor exato de seus custos fixos. Sendo assim, é interessante para a
empresa continuar produzindo desde que os lucros (RT-CV-CF) estejam cobrindo os custos fixos.
Portanto, inversamente, a empresa deve parar de produzir (encerrar suas atividades) sempre
que seu resultado ao deixar de produzir (–CF) for “menos ruim” que seu prejuízo ao produzir (RT-
CV-CF):
A firma competitiva deve encerrar suas atividades sempre que seus custos
variáveis médios forem superiores ao preço de mercado de seu produto.
Faz todo sentido, já que as receitas obtidas com cada produto, não cobririam sequer os custos
gerados por esse mesmo produto.
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A primeira situação é quando o preço está em patamar superior ao custo total médio. Como o
preço é igual à receita média, isso indica que a empresa está obtendo lucros positivos, o que
pode ser visualizado a seguir:
Perceba que ao produzir 20 unidades – a quantidade que iguala receita marginal e custo
marginal (condição de otimização) – a empresa tem R$10 de receita por unidade (RMe) e R$8 de
custo por unidade (CMe).
Sendo assim, seu lucro é de R$2 por unidade, e produzindo 20 unidades terá R$40 de lucro.
Nesse caso, temos uma situação desejável do ponto de vista da empresa, e não faz sentido falar
em encerramento das atividades, nem em saída do mercado.
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Isso significa que a empresa não está obtendo lucro econômico, mas também não tem prejuízo
econômico. Afinal, sua receita total é de R$126 (7 x 8), e seu custo total também é de R$126.
Contudo, ela está conseguindo remunerar seus fatores de produção, afinal, a receita total está
cobrindo exatamente o custo total.
Como normalmente o capital pertence aos donos da empresa, eles estão sendo remunerados
também, então faz sentido a empresa continuar produzindo. Nada (ainda) mudou.
3.4.3 Situação 3: Preço entre o Custo Médio e o Custo Variável Médio (CMe>p>CVMe)
Vou expor uma situação na qual o preço é maior do que o custo variável médio, entretanto é
inferior ao custo total médio:
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Perceba que a receita média é de R$5 e o custo médio é de R$6, o que dá um prejuízo de R$1
por unidades. Como estamos falando de 16 unidades, temos um prejuízo total de R$16.
Mas eu disse que seria contraintuitivo, então provavelmente você desconfia que a empresa deve
continuar produzindo mesmo assim. Ela não deve encerrar suas atividades
Por quê? Bem, se ela não tem perspectiva de que os preços subam ou de que seus custos
diminuam mesmo no longo prazo, então é melhor sair do mercado. Entretanto, especialmente
em concorrência perfeita, a tendência é que os preços subam diante dessa situação, e essa é a
expectativa esperada pela empresa.
Sendo assim, ela permanece no mercado. Mas fica uma pergunta: por que produzir é melhor
que não produzir?
Bom, porque se ela não produzir nada, vai ter que arcar com o custo fixo. Lembra? Aquele que
não depende da quantidade produzida.
E acontece que ele é igual à diferença entre custo total e custo médio, de forma que, com 16
unidades, temos um custo fixo médio de R$2, então o custo fixo é de R$32.
Então, o que você prefere: prejuízo de R$16 (produzindo) ou prejuízo de R$32 (seu custo fixo)?
As empresas também.
Outra forma de pensar nisso é: se o preço é maior que o custo variável médio, cada unidade
produzida cobriu seu próprio custo de produção (em médio), embora a produção como um todo
não tenha coberto os custos fixos.
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Agora temos o preço igual ao custo variável médio e, portanto, menor que o custo total médio.
Antes de qualquer coisa, perceba que essa situação só é possível se o custo variável médio for
mínimo. Afinal, é nesse ponto que ele é igual ao custo marginal, e como estamos igualando
receita marginal e custo marginal, é o único ponto possível onde p=CMg=RMg.
Portanto, produzir ou não é indiferente. A empresa não deve encerrar suas atividades. Mas pode,
se preferir...
De toda forma, como estamos buscando a condição de encerramento, isso que dizer que ainda
não chegamos lá.
Você deve estar pensando: “Chegou na última situação e ainda não vimos a condição de
encerramento. Só pode ser esta”.
Acertou!
Acontece que quando o preço é menor que o custo variável médio, produzir é uma péssima
ideia. Afinal, nessa situação, cada unidade produzida aumenta o prejuízo! Seu preço de venda
sequer cobre os gerados para produzir aquela unidade.
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Perceba que o preço é R$2, e o custo médio é R$7. Isso significa um prejuízo de R$5 por unidade
e de R$40 no total!
P<CVMe mínimo
Temos também uma conclusão gráfica, que nos diz que a empresa competitiva só produzirá no
trecho ascendente da curva de CMg localizado acima da curva de CVMe.
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Note que estamos assumindo que os custos fixos são custos irreversíveis em processo de
amortização. Caso todos os custos fixos fossem reversíveis, a decisão de abandonar a produção
dar-se-ia no ponto abaixo do custo total médio.
Isso tem tudo a ver com nosso próximo assunto: a curva de oferta da firma competitiva.
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Nada como um exemplo prático para construirmos um raciocínio. Digamos que a firma está
maximizando seus lucros à quantidade q1 ao preço de mercado p1, conforme o gráfico abaixo:
De repente, acontece algo no mercado que aumenta o preço para p2. Isso desloca a curva de
RMg=p=RMe para cima, de forma que a nova quantidade que maximiza os lucros, com p2, passa
a ser q2.
O movimento ao longo da curva de CMg se repetirá para qualquer variação no nível do preço,
exceto quando o preço cair a ponto de situar-se na parte da curva de custo marginal que está
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abaixo da curva de custo variável médio. Nesse caso, a empresa não produzirá nada, ou seja, não
haverá oferta:
Como a curva de oferta mostra as quantidades ofertadas sob os diversos níveis de preços,
podemos concluir que a curva de oferta de curto prazo da firma competitiva é o trecho da curva
de CMg localizado acima da curva de CVMe, quando este representa todos os custos
econômicos médios. No gráfico a seguir, a curva de oferta está destacada:
Agora que compreendemos como funciona a oferta da firma competitiva no curto prazo, vamos
ver como se comporta o conjunto de firmas que produzem o mesmo produto, o qual recebe o
nome de mercado ou indústria.
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A curva de oferta mostra qual é a quantidade ofertada para cada nível de preço. Como o
mercado é composto pelas firmas individuais, a quantidade ofertada pelo mercado como um
todo é a soma das quantidades ofertadas por cada firma individual, a determinado nível de
preços.
Por isso, dizemos que a curva de oferta do mercado é o somatório horizontal das curvas de oferta
das firmas. Vou demonstrar para, em seguida, comentar o gráfico.
Assumiremos, apenas para simplificar, que o mercado é composto por três firmas individuais.
Assim, CMg1 correspondente ao custo marginal da firma 1 e, consequentemente, à sua curva de
oferta, e assim por diante.
Inicialmente, observe o que acontece quando o preço é igual a 3. Nesse caso, somente a firma 3
irá ofertar, numa quantidade igual a 4 unidades. Portanto, nesse nível de preços, a curva de oferta
da firma 3 corresponde à oferta total do mercado.
Quando o preço é 5, por outro lado, a firma 3 ofertará 5 unidades, a firma 2 ofertará 3 unidades
e a firma 1 ofertará 1 unidade. Dessa forma, a oferta de mercado será de 9 unidades. Passando
para p=7, as firmas aumentam suas ofertas individuais e, consequentemente, a oferta de
mercado passar a ser de 12 unidades.
A curva de oferta de mercado é a soma horizontal das curvas de oferta das firmas.
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Há duas diferenciações importantes que você deve fazer a respeito do longo prazo:
As curvas de custos que vimos até agora incluem os chamados lucros normais, ou seja, as
remunerações dos “donos” da empresa estão sendo consideradas como custos. Portanto, os
lucros que demonstramos como a diferença entre receitas e custos são lucros extraordinários.
Vamos ao nosso exemplo. Imagine que a empresa Holaquetal produz paletas mexicanas e esteja
obtendo lucros extraordinários ao preço de R$15 por picolé, já que não tem concorrência. A
Holaquetal está, inicialmente, em equilíbrio, maximizando seus lucros ao igualar o preço de
mercado com seu CMg.
Ao ver os lucros que a Holaquetal está obtendo, começam a surgir várias novas empresas no
ramo de paletas mexicanas. Toda essa produção adicional, naturalmente, pressiona os preços
para baixo, provocando o deslocamento da curva de oferta para a direita.
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Portanto, no longo prazo, o lucro econômico é zero (RT=CT, lucro normal). Você pode achar
difícil engolir que a empresa continue operando com lucro econômico zero. Mas é preciso
lembrar que estão incluídos nos custos a remuneração do capital, que geralmente pertence aos
sócios da empresa.
Portanto, resta provado que ninguém é bobo – apenas acontece que os sócios das firmas
competitivas terão um retorno normal no longo prazo, compatível com aquilo que o mercado
entende que vale o capital.
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No longo prazo, precisamos diferencias três tipos diferentes de mercado, a depender do que
acontece com o preço dos insumos quando cresce a produção. Para ser mais preciso, dividimos
o mercado em três setores diferentes.
Mas antes de vermos cada um dos setores, vamos revisar e aprofundar alguns conceitos.
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E esquematizando:
Internas
Economias de
Pecuniárias
Escala
Externas
Não
Pecuniárias
Internas
Deseconomia
Pecuniárias
s de escala
Externas
Não
Pecuniárias
Vimos que, no longo prazo, a oferta do mercado tende a atingir a quantidade que iguale o preço
ao custo médio mínimo. Por isso, quando os custos médios são constantes, estaremos diante de
uma curva de oferta horizontal.
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Nesse caso, o custo médio de cada firma aumenta com o aumento da produção. Dessa forma,
os custos médios com os quais o preço será igualado são cada vez maiores.
Embora seja o caso mais raro, esse setor é caracterizado pela presença de economias externas
de escala, ou seja, por custos médios decrescentes. Isso nos leva à pouco intuitiva curva de oferta
decrescente.
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Muito bem!
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)
Considerando que os mercados possuem rendimentos constantes à escala, julgue o item a
seguir, a respeito da teoria microeconômica.
Em um mercado de concorrência perfeita, como existem livre entrada e livre saída de empresas
no mercado, o lucro de curto prazo de uma empresa nunca é negativo.
Comentários:
Qualquer que seja a estrutura de mercado, empresas individuais poderão ter lucro ou prejuízo
no curto prazo.
É justamente o fato de algumas empresas terem prejuízo que as fará saírem do mercado,
melhorando a situação para aquelas que ficam.
Gabarito: Errado
Comentários:
Logo de cara, temos o gabarito. Os produtores serem tomadores de preço é uma característica
dos mercados em concorrência perfeita. Isso ocorre porque existem muitos produtores e
nenhum deles consegue, individualmente, influenciar o preço do mercado.
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Embora a curva de demanda do mercado como um todo seja negativamente inclinada, do ponto
de vista do produtor individual, o que existe é uma curva de demanda horizontal. Afinal, ele pode
vender a quantidade que quiser, mas somente ao nível de preço do mercado.
Na concorrência perfeita, como o preço nunca muda para o produtor, cada unidade adicional
que ele produzir será vendida por esse mesmo preço e, sendo assim, a receita marginal é sempre
a mesma, e igual ao preço.
O equilíbrio, em concorrência perfeita, ocorre quando preço, receita marginal e custo marginal
são iguais.
e) o markup é positivo.
Não vimos esse assunto porque é relacionado ao monopólio, então está fora do escopo desta
aula. De toda forma, markup é a diferença entre preço e custo marginal, e essa diferença é zero
em concorrência perfeita.
Gabarito: ”a”
3. (2014/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a características dos mercados e comportamento de produtores e consumidores,
julgue (C ou E) o item subsequente.
Uma das características de um mercado competitivo ou de concorrência perfeita é a
homogeneidade do produto, ainda que as marcas acentuem diferenças nas qualidades do
produto; nesse caso, os consumidores irão preferir marcas de menor preço.
Comentários:
A concorrência perfeita não admite diferenças nas qualidades dos produtos. A propósito, isso
vai de encontro com a homogeneidade: se há diferenciação, não podemos dizer que os
produtos são homogêneos.
Gabarito: Errado
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O mercado é do tipo concorrência perfeita se uma firma utiliza duas unidades do fator trabalho
e três unidades de capital, enquanto outra firma utiliza três unidades do fator trabalho e duas
unidades do fator capital.
Comentários:
Olha... não sei de onde a banca tirou isso, mas não tem nada a ver.
2. Homogeneidade dos produtos: os produtos não têm qualquer diferencial entre eles, do
ponto de vista do consumidor. Por isso, o consumidor não tem preferência por uma ou
outra marca, pela localização da loja, por exemplo. Isso quer dizer que nenhuma firma
consegue posicionar seu preço acima do mercado sob o argumento de que ele é melhor,
em algum aspecto, que o produto das demais empresas. Dessa forma, só resta à firma
aceitar o preço do mercado.
Gabarito: Errado
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Se uma pessoa prefere comprar pão perto de sua casa, em vez de perto de seu trabalho, então
o mercado é do tipo concorrência perfeita.
Comentários:
Se existe uma preferência em relação ao local onde é vendido o pão, não podemos dizer que há
homogeneidade do produto e, portanto, esse mercado não é concorrência perfeita.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
De fato, todas as empresas maximizam o lucro ao igualar custo marginal à receita marginal.
Acontece que, em concorrência perfeito, a receita marginal é igual ao preço.
Gabarito: Certo
8. (2018/IBADE/CAERN/Economista)
Dentre as diversas estruturas de mercado, uma delas é conhecida pela homogeneidade de seus
produtos e o livre trânsito das empresas dada a transparência do mercado. Há pleno
conhecimento, pelos compradores e vendedores, de tudo o que se refere às fontes supridoras,
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ao processo de produção em si, aos níveis de oferta etc. As características citadas são atribuídas
a que estrutura de mercado?
a) Concorrência perfeita
b) Monopsônio
c) Concorrência monopolística
d) Oligopólio
e) Monopólio
Comentários:
A definição está totalmente de acordo com o que aprendemos como sendo as características da
concorrência perfeita:
Gabarito: “a”
9. (2014/VUNESP/DESENVOLVE/Economista)
Uma empresa está inserida em um mercado em concorrência perfeita em que o bem tem preço
igual a 100. Se o custo total da empresa é CT = q2 + 19 (sendo q a quantidade produzida), a
quantidade que será produzida pela empresa é:
a) 9.
b) 10.
c) 20.
d) 50.
e) 81.
Comentários:
Basta igualarmos o custo marginal – obtido pela derivação do custo total – ao preço fornecido.
CMg = 2q
Igualando ao preço:
2q=100
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q=100/2
q=50
Gabarito: “d”
Comentários:
Para descobrir a resposta, basta igualarmos receita marginal e custo marginal. Assim:
3 + 6q = 39
6q = 39 -3
6q = 36
q = 36 / 6
q=6
Gabarito: “a”
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Comentários:
A maximização do lucro ocorre quando igualamos custo marginal e receita marginal. Portanto,
precisamos descobrir as funções de CMg e de RMg.
C = 50 + q2
CMg = 2q
A para obter a receita marginal, derivamos a função de receita total. E para obter a receita total,
basta multiplicarmos quantidade por preço:
RT = q.p
E como “p = 40 – Q”:
RT = q(40 - q)
RT = 40q – q2
Agora com a função de receita total em mãos, basta derivarmos para encontrar a receita
marginal:
RMg = 40 – 2q
RMg = CMg
40 – 2q = 2q
40 = 4q
q = 10
Vamos descobrir o preço, pois precisaremos dele para descobrir a receita total:
p = 40 – q
p = 40 – 10
p = 30
RT = p.q
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RT = 30.10
RT = 300
Por fim, falta apenas o custo total (que vou chamar de CT):
CT = 50 + Q2
CT = 50 + 102
CT = 150
Enfim:
Lucro = RT – CT
Gabarito: “c”
Comentários:
De fato, uma das características do mercado em concorrência perfeita é que nenhuma empresa
é capaz de influenciar o preço, não importa o quanto produza.
Disso, decorre que ela sempre irá se deparar com o preço de mercado, definindo sua curva de
receita média como uma linha horizontal e sua receita total como uma curva ascendente linear.
Gabarito: Certo
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Comentários:
Em concorrência perfeita, isso ocorre no nível de produção no qual o preço de mercado é igual
ao custo marginal, com o detalhe de que a curva de custo marginal esteja em seu trecho
ascendentes (embora a omissão desse fato não comprometesse a alternativa “a”, nosso
gabarito):
O erro da afirmativa “b”, portanto, está em ignorar que é preciso que a igualdade se dê no trecho
ascendente da curva de custo marginal. Se não for assim, a firma poderá estar longe de
maximizar seus lucros, como ao produzir 20 unidades no exemplo abaixo:
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Gabarito: “a”
Comentários:
O preço do produto vendido, em concorrência perfeita, é determinado pelo mercado, sem que
nenhuma firma individual possa influenciá-lo.
Quanto às demais alternativas, “a” pode gerar dúvida: mas a empresa de fato pode influenciar a
quantidade produzida. Afinal, mesmo que o mercado esteja produzindo um trilhão de unidades,
se a empresa individual elevar sua produção em uma unidade, o mercado estará produzindo um
trilhão e uma unidades.
Gabarito: “e”
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Comentários:
Se o preço for igual ao custo médio, não haverá lucro. Afinal, o lucro por unidade é justamente
o preço menos o custo médio.
Gabarito: Errado
Comentários:
Nesta questão, precisamos analisar qual das alternativas podemos considerar, com certeza,
correta.
A alternativa “a” está claramente errada. Se a empresa vendesse 20 unidades a R$10 cada, sua
receita seria R$200/mês. Nesse caso, ela não teria como obter o lucro de R$200/mês, muito
menos se vendesse menos de 20 unidades...
A alternativa “b” também está errada. A empresa competitiva está maximizando seu lucro, então
sabemos que preço=receita média=receita marginal=custo marginal. Se o custo total médio
fosse maior do que o custo marginal, como afirma a alternativa, então o custo médio seria maior
do que a receita média. Isso significaria prejuízo, entrando em contradição com o que diz o
enunciado sobre a empresa ter lucro.
Temos um absurdo na alternativa “c”. O custo médio é igual ao custo total dividido pela
quantidade. Como a quantidade mínima, por convenção, é uma unidade, o custo total nunca
será menor do que o custo total médio.
A alternativa “d” está correta. A única forma de a firma obter lucro é caso sua receita média for
superior ao seu custo médio. Como a receita média é R$10, o custo médio deverá ser,
obrigatoriamente, menor do que R$10.
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Em “e”, simplesmente, não é possível concluir o que está sendo afirmado na alternativa, apenas
com a informações que temos.
Gabarito: “d”
Comentários:
Se CT=500+10q+4q2
Então CMg = 10 + 8q
10 + 8q = 266
8q = 266 – 10
8q = 256
q = 256/8
q = 32
RT = p.q
RT = 266.32
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RT = 8.512
Gabarito: “c”
Comentários:
Questão bem completa, que nos levará a revisar muitos conceitos vistos ao longo desta aula.
C=q2
Isso equivale a dizer que esse preço é inferior ao custo variável médio (regra de fechamento), na
quantidade que maximiza o lucro da empresa competitiva. Portanto, precisamos encontrar qual
é essa quantidade. Como a condição de maximização do lucro é da empresa competitiva é
CMg=p, vamos descobrir CMg, derivando a função de custo.
CMg=2q
Agora, como CMg tem de ser igual a p, podemos substituir pelo preço dado para descobrirmos
q:
p=2q
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3=2q
q=1,5
CV
CVMe=
q
q2
CVMe=
q
1,52
CVMe= =1,5
1,5
Portanto, nada será ofertado caso o preço seja inferior a $1,5 unidades monetárias. A alternativa
A está errada. Próxima!
A curva de oferta da empresa individual, como vimos, é igual à curva de CMg, acima do
CVMe mínimo. Portanto, ela será igual a 2q=p, que reorganizado fica q=p/2 desde que
p>CVMe.
d) caso o preço seja igual a $5, então a quantidade total ofertada por essa indústria será de 300
unidades.
Muito bem, se o preço for $5, o custo marginal também haverá de ser. Dessa forma, temos
que:
CMg=2q=5
2q=5
q=5/2
q=2,5
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Como são 1000 empresas, a quantidade será de 2500 unidades (2,5x1000). Longe do que
disse a alternativa.
e) não é possível determinar a curva de oferta para essa indústria com base nos dados do
enunciado dessa questão.
Gabarito: “c”
Comentários:
A maximização do lucro sempre ocorre quando o custo marginal é igual à receita marginal.
Portanto, uma firma em concorrência perfeita maximizará seus lucros quando o custo marginal
for igual ao preço de mercado.
Gabarito: “a”
Comentários:
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Errado. Pode até ser, mas apenas se os rendimentos marginais e a remuneração dos fatores de
produção forem constantes e, consequentemente, o custo para produzir uma unidade adicional
nunca mudar. De toda forma, convém ficarmos bem atentos quando “sempre” aparece numa
alternativa.
Errado. No longo prazo, isso de o lucro ser zero é verdade. Contudo, podem ocorrer lucros
positivos no curto prazo.
Errado. Também pode ocorrer, se o custo marginal for constante. Mas apenas nesse caso, o que
torna a generalização da alternativa errada.
Certamente que pode. É isso que permite lucros econômicos positivos no curto prazo.
Gabarito: “e”
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Comentários:
Algumas vezes, este tipo de questão permite economizar um tempão, se estivermos atentos.
Note que todas as alternativas, com exceção da letra E, consideram a afirmativa III verdadeira.
Vamos começar por ela. Assim, se for falsa, nem precisamos ler as demais.
III. A igualdade entre o preço e o custo marginal é condição suficiente para garantir que a firma
competitiva esteja maximizando os lucros.
Já vimos que a condição e maximização do lucro para a firma competitiva é que RMg=CMg=p.
Apesar de omitir a receita marginal, não é por isso que a afirmativa está errada, afinal, para a
empresa competitiva, o preço sempre será igual à receita marginal, já que o próprio conceito de
RMg é a variação na receita diante da oferta de uma nova unidade, e como o preço não varia,
cada unidade trata uma receita correspondente ao seu preço.
O erro da afirmativa está em ignorar que é preciso que a igualdade se dê no trecho ascendente
da curva de custo marginal. Se não for assim, a firma poderá estar longe de maximizar seus lucros,
como ao produzir 20 unidades no exemplo abaixo:
Com essa conclusão, já poderíamos marcar a alternativa E. Mas é evidente que irei analisar as
demais com você.
II. Supondo que a curva de custo marginal cruza a curva de custo total médio, a livre entrada de
firmas no mercado faz com que, no longo prazo, o preço de mercado seja igual ao custo total.
Só faltou uma palavrinha para essa afirmativa ficar correta: “...o preço de mercado seja igual ao
custo médio.” Dessa forma, temos o lucro econômico zero, típico do equilíbrio de longo prazo
dos mercados competitivos.
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I. Para uma firma, a curva de oferta de longo prazo é mais elástica que a curva de oferta de curto
prazo.
Deixei para explicar isso nesta questão, pois o assunto é simples e pouco cobrado. No longo
prazo, as firmas têm maior liberdade para ajustarem seus custos e produção e, portanto,
respondem com maior intensidade às variações de preços. Afirmativa correta.
Gabarito: “e”
Comentários:
Ainda não vimos as outras estruturas de mercado, mas as afirmações se aplicam à concorrência
perfeita (embora a afirmativa II, como vimos, seja verdadeira em todas as estruturas).
Gabarito: “c”
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Comentários:
Em concorrência perfeita, cada firma individual depara-se com uma curva de demanda
perfeitamente (ou infinitamente) elástica. É por isso que a chamamos de tomadora de preços: se
ela quiser vender pelo preço de mercado, venderá quanto desejar produzir. Se quiser vender
mais caro, “lamentamos”.
Gabarito: “b”
Comentários:
Muito cuidado com o enunciado! Este quer a alternativa errada, como expressado por “exceto”.
Portanto, cabe registrarmos que a afirmação contida em E está errada, pois contraria o fato de
as empresas em concorrências perfeita serem tomadoras de preço e, portanto, não têm qualquer
influência no mercado por sua atuação individual.
Gabarito: “e”
25. (2009/CESGRANRIO/TERMORIO/Economista)
Um dos desafios dos economistas é compreender as estruturas de mercado. Em uma estrutura
de mercado competitiva, as empresas
a) têm o custo médio sempre maior que o custo marginal
b) produzem até equalizar o preço ao custo total.
c) produzem até equalizar seu custo marginal ao preço de mercado.
d) vendedoras devem ser em muito maior número do que as compradoras
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Comentários:
Questão tranquila. A empresa em concorrência perfeita maximiza seu lucro ao igualar seu custo
marginal aos preços de mercado.
Gabarito: “c”
Comentários:
Muito boa! Vai ajudar a fixarmos os pontos mais importantes e recorrentes sobre concorrência
perfeita.
Vamos resolver de duas formas, para você ir treinando para a prova. Afinal, eu costumo ser bem
detalhista na resolução das questões, para você não perder nada. Mas “treino é treino, jogo é
jogo”. Na hora da prova você vai ter de ser o mais ágil possível.
Vamos ao método 1. Se o custo marginal é igual a R$4, já sabemos que o preço de equilíbrio
também será igual a R$4, já que essa é a condição de equilíbrio (p=CMg). Com isso, já podemos
desconfiar que o gabarito está entre “B” e “E”. Agora, observe que estamos em um mercado
com 10.000 consumidores. Como poderia a quantidade de equilíbrio do mercado ser de 8
unidades, como diz a alternativa B? Cada um consome 0,0008 unidades? Não mesmo! A
alternativa E venceu o desempate. Vamos à boa e velha resolução didática.
Já sabemos que isso está errado, afinal o preço de equilíbrio deve ser igual ao CMg de R$4.
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q=10–0,5p
q=10–0,5.4
q=8
Com isso, sabemos que cada consumidor demanda, no equilíbrio, 8 unidades. Mas acontece
que são 10.000 consumidores. Portanto, a quantidade de equilibro será 80.000 unidades.
Alternativa errada.
c) a curva de demanda agregada é dada pela soma vertical das curvas de demanda individuais
Troque “vertical” por “horizontal” e a alternativa estará correta. Mas acontece que não está.
Gabarito: “e”
Comentários:
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Se ganhássemos um real a cada vez que a condição de maximização de lucro RMg=CMg fosse
cobrada...
Mas certamente você poderá ganhar um ponto em cada questão que cobrar isso, né?
Se ver essa afirmação em alguma alternativa, nem perca seu tempo analisando as outras.
Gabarito: “c”
28. (2016/FCC/PGE-MT/Economista)
Firmas em um mercado competitivo não podem influenciar
a) a quantidade do bem que é produzida.
b) o quanto de trabalho é empregado na produção.
c) o quanto de capital é usado na produção.
d) o volume de marketing usado.
e) o preço do produto vendido.
Comentários:
Uma das principais características do mercado competitivo, outro nome para concorrência
perfeita, é a atomicidade dos agentes.
Decorre disso o fato de que nenhuma firma individual pode influenciar o preço do produto
vendido, e a alternativa “e” é nosso gabarito.
A alternativas “a” merece comentários. A empresa competitiva ainda pode alterar a quantidade.
Afinal, cada unidade adicional que ela produzir individualmente irá acrescentar uma unidade à
produção total. Por isso, “a” não é o gabarito.
Por fim, “c” só é verdade no curto prazo, enquanto no longo prazo é falsa.
Gabarito: “e”
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c) cai.
d) tanto pode subir quanto descer.
e) irá se alterar mas de uma forma imprevisível.
Comentários:
Em concorrência perfeita, o aumento da demanda por parte de um único comprador não altera
em nada o preço de mercado.
Gabarito: “b”
30. (2006/ESAF/ANEEL/Analista)
Considere uma firma em concorrência perfeita. Suponha que o custo total seja dado pela
seguinte função:
y = 1 + 2.x + 3.x2
Onde y= custo total e x = quantidade produzida. Ao realizar a produção que maximiza o seu
lucro, esta firma obteve um lucro total de 26 unidades monetárias.
Com base nessas informações, pode-se afirmar que o preço de mercado é de:
a) 20
b) 25
c) 15
d) 12
e) 10
Comentários:
O lucro é igual a receita total, menos o custo total (π=RT-CT). A receita total, por sua vez, é igual
ao preço multiplicado pela quantidade (RT=p.x). Com isso, chegamos a
π=p.x-CT
26=px-(1+2x+3x2)
26+1=px-2x-3x2
27=px-2x-3x2 (equação 1)
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Na equação acima, temos duas incógnitas: p e x. Precisamos definir uma delas em função da
outra. No equilíbrio p=CMg, então vamos descobri-lo, derivando a função de custo total, para
podermos substituir “p”:
p=CMg=6x+2
27=(6x+2)x-2x-3x2
27=6x2+2x-2x-3x2
27=3x2
27/3=x2
9=x2
x=3
p=CMg=6x+2
p=6.3+2
p=20
Gabarito: “a’
31. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Em concorrência perfeita, o preço é igual à receita marginal, mas inferior ao custo marginal, ou
seja, P = RMg < CMg.
Comentários:
Nada disso. Em concorrência perfeita, as empresas maximizam seus lucros igualando P, RMg e
CMg. Qualquer situação diferente seria apenas transitória, ou seja, não seria um equilíbrio de
mercado.
Portanto, a questão está errada em afirmar que preço e receita marginal são menores que custo
marginal.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
A curva de curto prazo só será horizontal se a firma competitiva em questão tiver custo marginal
constante. Por isso A está errada.
A condição para encerramento das operações é que os preços de mercados sejam inferiores aos
custos variáveis médios. A alternativa B, portanto, só estaria correta se os custos fixos fossem
nulos ou irrecuperáveis, mas não temos essa informação.
Gabarito: “e”
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Comentários:
A questão fala em monopolista, mas dá para resolver apenas com a regra geral, corretamente
transcrita na alternativa C. Alguma dúvida de que RMg=CMg é importante?
Gabarito: “c”
35. (2012/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na análise das estruturas de mercado, crucial para o entendimento da formação dos
preços nos diferentes setores da economia, julgue (C ou E) o item subsequente.
Nos mercados competitivos, a maximização dos lucros no curto prazo, que exige que o preço
seja superior ao custo médio de produção, impede uma firma de operar com perdas.
Comentários:
No curto prazo, a empresa pode operar com prejuízos se essa opção for melhor do que não
produzir e arcar com os custos fixos sem nenhuma receita.
A regra de fechamento no curto prazo é quando os custos variáveis médios são superiores ao
preço.
Gabarito: Errado
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e) concorrência imperfeita.
Comentários:
O tema da aula ajuda, mas você já sabe que no mercado do tipo concorrência perfeita preço,
receita média e receita marginal são iguais.
Gabarito: “d”
Comentários:
Apesar da questão mencionar monopólio (algo que não vimos nesta aula), estamos falando aqui
de qualquer produtor. A regra geral, como falamos, é a igualdade entre RMg e CMg, apenas na
concorrência perfeita adicionamos “p” à igualdade. Com isso eliminamos A e D.
𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇
A receita total, por sua vez, é igual ao preço multiplicado pela quantidade, de forma que
chegamos a
𝜋 = 𝑝. 𝑞 − 𝐶𝑇
𝜋/𝑞 = 𝒑 − 𝑪𝑴𝒆
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Gabarito: “e”
38. (2004/ESAF/MPU/Analista)
Com relação à demanda para um produtor em um mercado em concorrência perfeita, é correto
afirmar que
a) o preço irá se reduzir na medida dada pela elasticidade-preço da demanda, se o vendedor
elevar a sua produção.
b) as decisões do produtor quanto ao seu nível de produção não afetam o preço de mercado.
c) o preço irá se reduzir na medida dada pela elasticidade- renda da demanda, se o vendedor
elevar a sua produção.
d) essa demanda pode ser representada por uma função linear do tipo Qd = a - b.P, onde Qd
= quantidade demanda, P = preço do bem, a e b = constantes positivas.
e) a receita marginal é nula, para todos os níveis de preço
Comentários:
Uma das premissas de um mercado em concorrência perfeita é sua atomicidade. Significa que
há tantos compradores e produtores, que suas respectivas decisões individuais de consumo e
produção não afetam o nível de preços do mercado.
Respostas: “b”
Comentários:
A regra nos diz que as empresas, para maximização de lucros, igualam a receita marginal ao
custo marginal.
Ocorre que, para as firmas em concorrência perfeita, a receita marginal é igual ao preço.
Gabarito: Certo
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40. (2001/ESAF/MF/Gestor)
No modelo de concorrência perfeita (a curto prazo), a receita marginal da empresa, para que
haja a maximização do seu lucro, será:
a) menor que o seu custo marginal
b) igual ao custo médio
c) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal crescente
d) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal decrescente
e) maior que o custo marginal
Comentários:
Gabarito: “c”
Comentários:
Espero que eu já tenha ganhado sua confiança a ponto de você acreditar quanto eu disse que
algo cai muito em prova, como fiz a respeito da igualdade RMg=CMg, que maximiza o lucro das
empresas.
Gabarito: “c”
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Comentários:
Gabarito: Certo
43. (2018/CEBRASPE-CESPE/IFF/Professor)
Um mercado pode ser definido como um grupo de compradores e vendedores de um dado
bem ou serviço, em que os compradores determinam a demanda e os vendedores determinam
a oferta. Um mercado em competição perfeita é aquele em que
a) os produtos ofertados são todos iguais e compradores e vendedores são tão numerosos que
nenhum pode influenciar no preço de mercado.
b) os compradores e vendedores possuem poder de mercado e influenciam no preço de
mercado.
c) existe apenas um vendedor e este vendedor determina o preço.
d) existem poucos vendedores que nem sempre competem agressivamente.
e) existem pressões sobre os preços, mesmo com o mercado estando em equilíbrio.
Comentários:
Gabarito: “a”
Comentários:
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Gabarito: “a”
Comentários:
I. A regra de que o lucro é maximizado quando a receita marginal for igual ao custo marginal é
válida para todas as empresas, sejam competitivas ou não.
Certo! Embora não tenhamos visto as demais estruturas (monopólio e oligopólio, por exemplo),
a regra “RMg=CMg” é válida para qualquer empresa maximizadora de lucro.
Certo! É por isso que chamamos a firma competitiva de “tomadora de preços”: o preço é dado,
e ela pode ofertar qualquer quantidade, desde que pelo preço de mercado.
III. Uma empresa competitiva poderá produzir mesmo com prejuízo a curto prazo, desde que o
preço seja maior que o custo variável médio.
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Certo também. Nesse caso, deixar de produzir significaria maior prejuízo, ou seja, produzir
implica em menor prejuízo, desde que o preço supere o custo variável médio.
Gabarito: “e”
46. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado.
Em um mercado perfeitamente competitivo, a demanda para o ofertante é negativamente
inclinada.
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
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A primeira parte da afirmação – sobre o preço ser independente da quantidade produzida por
uma empresa – é uma premissa da concorrência perfeita, e já deve estar bem clara para você a
essa altura.
Sobre a receita total ser linear, isso decorre do fato de que a firma não consegue influenciar o
preço, mas pode aumentar sua quantidade. Como a receita marginal é sempre igual ao preço, a
receita total aumenta linearmente.
Gabarito: Certo
Comentários:
Isso implicará em prejuízos que farão com que algumas empresas saiam do mercado,
deslocando a curva de oferta para a esquerda até que o preço anterior, que é igual aos custos
marginais, seja reestabelecido.
Gabarito: Certo
Comentários:
Na concorrência perfeita, como não há barreiras à entrada, o lucro extraordinário que pode ser
observado no curto prazo atrai novos entrantes, que acabam por aumentar a oferta de mercado
e, dessa forma, anular o lucro econômico.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Essa é difícil! Exigirá que você esteja familiarizado com a condição de equilíbrio de longo prazo
da concorrência perfeita, além de um pouco de álgebra e cálculo.
Vamos lá! No equilíbrio de longo prazo em concorrência perfeita, o que temos para a firma
individual?
Temos, então, que o custo marginal, o custo médio, a receita média, a receita marginal e o preço
são iguais. Ou: CMg=CMe=RMe=RMg=p.
Isso nos dá um belo leque de opções, mas como a questão nos forneceu a função de custo,
podemos obter custo marginal e custo médio.
CT
CMe=
q
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3 2
20Q -400Q +2500Q
CMe=
q
2
CMe=20Q -400Q+2500
Agora, vamos ao custo marginal, que sabemos ser a primeira derivada do custo total:
CMg=CT'
2 1 0
CMg=60Q -800Q +2500Q
2
CMg=60Q -800Q+2500.1
2
CMg=60Q -800Q+2500
CMe=CMg
2 2
20Q -400Q+2500=60Q -800Q+2500
E resolver a equação:
2 2
60Q -20Q -800Q+400Q+2500-2500=0
2
40Q -400Q=0
Temos uma equação de 2ª grau, então você pode usar a “fórmula de Báskara” ou, como farei a
seguir, utilizar a fatoração:
Q(40Q-400)=0
Perceba que, para que essa multiplicação do lado esquerdo seja zero, ou “Q=0”, ou “Q=10”. Não
estamos interessados na situação onde nada é produzido, então ficamos com:
Q=10
Por fim, como estamos interessados no preço, vamos colocar o valor que encontramos na função
de custo marginal ou na função de custo médio. Tanto faz: você viu que são todos iguais (p, CMg
e CMe).
2
P=CMe=20Q -400Q+2500
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2
P=20Q -400Q+2500
2
P=20.10 -400.10+2500
P=20.100-400.10+2500
P=2000-4000+2500
P=500
Gabarito: “d”
52. (2014/FGV/ALBA/Auditor)
Com relação à situação de mercado competitivo, assinale V para a afirmativa verdadeira e F
para a falsa.
( ) A empresa, no longo prazo, decide sair do mercado em que atua, se o preço for menor do
que seu custo total médio.
( ) A empresa calcula seu lucro por meio da expressão (P – CT) Q, em que P é o preço, CT, o
custo total e Q, a quantidade de produto vendida.
( ) No longo prazo, os lucros se exaurem, e o preço, que é fixado igual ao custo marginal,
minimiza o custo total médio.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) V, F e V.
c) V, F e F.
d) F, V e V.
e) F, F e V.
Comentários:
(V) A empresa, no longo prazo, decide sair do mercado em que atua, se o preço for menor do
que seu custo total médio.
Isso está certo. Eu sei, eu sei... eu disse que a empresa encerra suas atividades se o preço for
inferior ao custo variável médio, né? Mas acontece que, no longo prazo, todos os custos são
variáveis! Portanto, o custo total médio é igual ao custo variável médio. Isso torna a afirmação
verdadeira.
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(F) A empresa calcula seu lucro por meio da expressão (P – CT) Q, em que P é o preço, CT, o custo
total e Q, a quantidade de produto vendida.
A expressão (P-CT)Q, ao aplicarmos a distributiva, torna-se “P.Q – CT.Q”. Ora, o custo total (CT)
já está contabilizando todos os custos, não faz sentido multiplicar de novo pela quantidade. Isso
torna a afirmação falsa. O correto seria: Lucro = P.Q – CT.
(V) No longo prazo, os lucros se exaurem, e o preço, que é fixado igual ao custo marginal, minimiza
o custo total médio.
Está perfeita. No longo prazo, o lucro econômico é zero. Além disso, preço e custo marginal são
iguais ao custo médio, que se encontra em seu ponto mínimo:
Gabarito: “b”
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Comentários:
a) o preço de equilíbrio de mercado deverá ser 800, para que a empresa possa maximizar seu
lucro.
Não temos como afirmar isso. Se a quantidade de equilíbrio fosse 16, até poderia ser verdade,
mas não há nada que indique que esse é o preço de mercado, como a alternativa afirma,
categoricamente.
b) se o preço de equilíbrio de mercado for 400, a empresa deverá ofertar 10 unidades para
maximizar seu lucro.
Se o preço de equilíbrio for 400, podemos igualar ao custo marginal para obter a quantidade
==275324==
q=400/50
q= 8
Portanto, se o preço for 400, a quantidade será 8, e não 10 unidades. Alternativa errada.
c) a curva de oferta inversa da firma será dada pela função p = 50 q, onde p representa o preço
de mercado.
A função de oferta “normal” mostra qual será a quantidade dependendo do preço. A função de
oferta inversa, por outro lado, mostra qual é o preço de mercado dependendo da quantidade.
CMg=50q
p=50q
Essa alternativa foi considerada, corretamente, como gabarito, mas quero alertar que o custo
marginal é a função de oferta inversa (preço definido em função da quantidade ofertada) apenas
quando o preço é superior ao custo variável médio.
No caso específico desta função CT = 25q2 + 2025, como CVMe=25q e CMg=50q, essa condição
sempre será atendida, mas nem sempre é o caso, por isso convém se atentar.
Se a função fosse mais realista, descrevendo curvas em formato de “U”, somente quando
CMg>CVMe a função de oferta seria igual à função de custo marginal.
d) a empresa ofertará sempre 9 unidades por mês, qualquer que seja o preço de mercado.
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Errado. O custo variável médio é o custo variável dividido pela quantidade produzido. No nosso
caso, será:
CVMe=CV/q
CVMe = 25q2/q
CVMe = 25q
Gabarito: “c”
Comentários:
Primeiro passo: a questão falou em concorrência perfeita. Isso significa que as empresas
individuais serão tomadoras de preço: elas pegarão o preço de mercado (que será sua receita
marginal) e igualarão ao custo marginal.
A questão forneceu o custo total, então vamos derivar para encontrar o custo marginal:
CMg = CT’
CMg = 4 + 2q
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Agora, precisamos descobrir o preço de mercado. Para isso, basta igualarmos as funções de
oferta e de demanda. A função de demanda já foi fornecida:
Qd = 1000 – 10P
E a oferta da firma individual é igual ao seu custo marginal (que será igual ao preço), lembra?
Portanto, a função de oferta individual será:
p = 4 + 2q
Mas como a oferta está definida em função da quantidade, precisamos manipular a função de
oferta para também definir em função da quantidade:
2q = p – 4
p-4
q=
2
Aí temos nossa função de oferta individual. Para termos a função de oferta de mercado, basta
multiplicarmos pelo número de empresas (são 100, de acordo com o enunciado):7
p-4
Qo=100.
2
100p-100.4
Qo=
2
100p-400
Qo=
2
Qo=50p-200
Qd = Qo
60p = 1200
p = 1200/60
p = 20
Pronto! Como sabemos que, em concorrência perfeito, preço e custo marginal são iguais quando
as empresas maximizam o lucro, a questão está correta.
Gabarito: Certo
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Comentários:
Esta questão caiu na mesma prova e logo após a anterior. Resolvendo a questão anterior, você
já poderia marcar esta como errada, uma vez que o custo marginal é igual ao preço no equilíbrio,
e já descobrimos que o custo marginal é de 20 unidades monetárias, assim como será o preço.
E mesmo sem resolver a questão anterior, você nunca marcaria as duas como “certo”, né? Afinal,
se uma fosse verdadeira, a outra seria falsa. As duas até poderiam ser “erradas”, mas nunca
ambas “certas”.
Gabarito: Errado
Comentários:
Se você tentar resolver essa questão da mesma forma que a anterior, não vai dar certo. Porque
lá já sabíamos a quantidade de empresas, e aqui não. Se você tentar da mesma forma, vai ter
que lidar com duas incógnitas, e isso não vai funcionar. Além disso, no longo prazo não é o custo
marginal que define a curva de oferta.
Em compensação, aqui temos uma informação que lá naquela questão não tínhamos.
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Sabe por quê? Porque lá estávamos no curto prazo (há um custo fixo na função), enquanto aqui
é longo prazo (além de não haver custo fixo, a questão disse que é longo prazo). Com isso,
sabemos algo a mais sobre a condição de equilíbrio:
No longo prazo, o equilíbrio da firma individual ocorre assim, com CMg = CMe mínimo = p:
Então, precisamos começar descobrindo o CMe mínimo. Ele ocorre quando a inclinação da curva
de custo médio é zero, ou seja, quando ela é horizontal. Por sua vez, a derivada de uma curva
fornece a inclinação dessa curva. Concluímos que o custo médio será mínimo quando a derivada
do custo médio por igual a zero. Devemos, então, igualar a derivada da função de CMe, que
chamaremos de CMe’, a zero:
CMe = CT / q
CMe = (2q3−2q2+10,5q) / q
CMe= 2q2-2q+10,5
CMe’= 4q-2
4q–2=0
4q =2
q=2/4
q=1/2=0,5
Essa é a quantidade de equilíbrio, aquela que maximiza o lucro, da firma individual. Com isso,
podemos descobrir o preço de equilíbrio do mercado (P), que será igual ao custo médio mínimo
(veja o gráfico):
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CMe = P = 2q2-2q+10,5
P = 2q2-2q+10,5
P = 2.0,25 – 1 + 10,5
P = 0,5 – 1 + 10,5
P = -0,5 + 10,5
P = 10
QD=3000−50P
QD=3000-50.10
QD=3000-500
QD=2500
Certo... isso significa que a demanda de mercado será 2500. No equilíbrio, ela deve ser igual à
oferta de mercado. Nós já sabemos a oferta individual (q=0,5). A oferta total é dada pela oferta
individual multiplicada pelo número de empresas (n), ou seja:
QO = n.q
Nós temos:
2500 = n . 0,5
n = 2500/0,5
n= 5000
Gabarito: “d”
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Aula 04
57. (2004/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econômicos e, por essa
razão, constitui sólido fundamento à análise dos agregados econômicos. A esse respeito, julgue
o item subsequente.
Contrariamente ao que ocorre com empresas monopolistas, a curva de receita marginal de
firmas que atuam em mercados competitivos situa-se abaixo da curva de receita média.
Comentários:
Ainda que não tenhamos visto o monopólio (por enquanto), sabemos que a questão está errada
porque a curva de receita marginal das firmas competitivas não se situa abaixo da curva de
receita média – a curva de receita marginal é a curva de receita média.
Gabarito: Errado
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LISTA DE QUESTÕES
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/ABIN/Oficial de Inteligência)
Considerando que os mercados possuem rendimentos constantes à escala, julgue o item a
seguir, a respeito da teoria microeconômica.
Em um mercado de concorrência perfeita, como existem livre entrada e livre saída de empresas
no mercado, o lucro de curto prazo de uma empresa nunca é negativo.
3. (2014/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a características dos mercados e comportamento de produtores e consumidores,
julgue (C ou E) o item subsequente.
Uma das características de um mercado competitivo ou de concorrência perfeita é a
homogeneidade do produto, ainda que as marcas acentuem diferenças nas qualidades do
produto; nesse caso, os consumidores irão preferir marcas de menor preço.
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8. (2018/IBADE/CAERN/Economista)
Dentre as diversas estruturas de mercado, uma delas é conhecida pela homogeneidade de seus
produtos e o livre trânsito das empresas dada a transparência do mercado. Há pleno
conhecimento, pelos compradores e vendedores, de tudo o que se refere às fontes supridoras,
ao processo de produção em si, aos níveis de oferta etc. As características citadas são atribuídas
a que estrutura de mercado?
a) Concorrência perfeita
b) Monopsônio
c) Concorrência monopolística
d) Oligopólio
e) Monopólio
9. (2014/VUNESP/DESENVOLVE/Economista)
Uma empresa está inserida em um mercado em concorrência perfeita em que o bem tem preço
igual a 100. Se o custo total da empresa é CT = q2 + 19 (sendo q a quantidade produzida), a
quantidade que será produzida pela empresa é:
a) 9.
b) 10.
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c) 20.
d) 50.
e) 81.
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d) 8.778
e) 9.132
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25. (2009/CESGRANRIO/TERMORIO/Economista)
Um dos desafios dos economistas é compreender as estruturas de mercado. Em uma estrutura
de mercado competitiva, as empresas
a) têm o custo médio sempre maior que o custo marginal
b) produzem até equalizar o preço ao custo total.
c) produzem até equalizar seu custo marginal ao preço de mercado.
d) vendedoras devem ser em muito maior número do que as compradoras
e) novas são impedidas de se estabelecer no mercado devido à concorrência acirrada.
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28. (2016/FCC/PGE-MT/Economista)
Firmas em um mercado competitivo não podem influenciar
a) a quantidade do bem que é produzida.
b) o quanto de trabalho é empregado na produção.
c) o quanto de capital é usado na produção.
d) o volume de marketing usado.
e) o preço do produto vendido.
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30. (2006/ESAF/Aneel/Analista)
Considere uma firma em concorrência perfeita. Suponha que o custo total seja dado pela
seguinte função: y = 1 + 2.x + 3.x2
Onde y= custo total e x = quantidade produzida. Ao realizar a produção que maximiza o seu
lucro, esta firma obteve um lucro total de 26 unidades monetárias.
Com base nessas informações, pode-se afirmar que o preço de mercado é de:
a) 20
b) 25
c) 15
d) 12
e) 10
31. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Em concorrência perfeita, o preço é igual à receita marginal, mas inferior ao custo marginal, ou
seja, P = RMg < CMg.
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35. (2012/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na análise das estruturas de mercado, crucial para o entendimento da formação dos
preços nos diferentes setores da economia, julgue (C ou E) o item subsequente.
Nos mercados competitivos, a maximização dos lucros no curto prazo, que exige que o preço
seja superior ao custo médio de produção, impede uma firma de operar com perdas.
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38. (2004/ESAF/MPU/Analista)
Com relação à demanda para um produtor em um mercado em concorrência perfeita, é correto
afirmar que
a) o preço irá se reduzir na medida dada pela elasticidade-preço da demanda, se o vendedor
elevar a sua produção.
b) as decisões do produtor quanto ao seu nível de produção não afetam o preço de mercado.
c) o preço irá se reduzir na medida dada pela elasticidade- renda da demanda, se o vendedor
elevar a sua produção.
d) essa demanda pode ser representada por uma função linear do tipo Qd = a - b.P, onde Qd
= quantidade demanda, P = preço do bem, a e b = constantes positivas.
e) a receita marginal é nula, para todos os níveis de preço
40. (2001/ESAF/MF/Gestor)
No modelo de concorrência perfeita (a curto prazo), a receita marginal da empresa, para que
haja a maximização do seu lucro, será:
a) menor que o seu custo marginal
b) igual ao custo médio
c) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal crescente
d) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal decrescente
e) maior que o custo marginal
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a) no curto prazo, se o resultado econômico do produtor for positivo, a produção deve ocorrer
com custo marginal inferior ao custo médio.
b) no curto prazo, o valor do excedente do consumidor é superior aos lucros totais mais o valor
do custo fixo.
c) no nível que maximiza o lucro da produção, a receita marginal e o custo marginal são
exatamente iguais.
d) para as empresas em concorrência perfeita, a receita marginal é maior que o preço do bem.
e) para que ocorra maximização dos lucros da firma, o preço tem que ser maior que o custo
marginal.
43. (2018/CEBRASPE-CESPE/IFF/Professor)
Um mercado pode ser definido como um grupo de compradores e vendedores de um dado
bem ou serviço, em que os compradores determinam a demanda e os vendedores determinam
a oferta. Um mercado em competição perfeita é aquele em que
a) os produtos ofertados são todos iguais e compradores e vendedores são tão numerosos que
nenhum pode influenciar no preço de mercado.
b) os compradores e vendedores possuem poder de mercado e influenciam no preço de
mercado.
c) existe apenas um vendedor e este vendedor determina o preço.
d) existem poucos vendedores que nem sempre competem agressivamente.
e) existem pressões sobre os preços, mesmo com o mercado estando em equilíbrio.
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46. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado.
Em um mercado perfeitamente competitivo, a demanda para o ofertante é negativamente
inclinada.
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52. (2014/FGV/ALBA/Auditor)
Com relação à situação de mercado competitivo, assinale V para a afirmativa verdadeira e F
para a falsa.
( ) A empresa, no longo prazo, decide sair do mercado em que atua, se o preço for menor do
que seu custo total médio.
( ) A empresa calcula seu lucro por meio da expressão (P – CT) Q, em que P é o preço, CT, o
custo total e Q, a quantidade de produto vendida.
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( ) No longo prazo, os lucros se exaurem, e o preço, que é fixado igual ao custo marginal,
minimiza o custo total médio.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) V, F e V.
c) V, F e F.
d) F, V e V.
e) F, F e V.
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57. (2004/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econômicos e, por essa
razão, constitui sólido fundamento à análise dos agregados econômicos. A esse respeito, julgue
o item subsequente.
Contrariamente ao que ocorre com empresas monopolistas, a curva de receita marginal de
firmas que atuam em mercados competitivos situa-se abaixo da curva de receita média.
GABARITO
1. E 11. C 21. C 31. E 41. C 51. D
2. A 12. C 22. E 32. C 42. C 52. B
3. E 13. A 23. B 33. E 43. A 53. C
4. E 14. E 24. E 34. C 44. A 54. C
5. E 15. E 25. C 35. E 45. E 55. E
6. C 16. D 26. E 36. D 46. E 56. D
7. C 17. C 27. C 37. E 47. C 57. E
8. A 18. C 28. E 38. B 48. C
9. D 19. A 29. B 39. C 49. C
10. A 20. E 30. A 40. C 50. E
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