Trabalho Ética - PEDRO

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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

PSICOLOGIA

ISABELA NUNES - 837378


KETLIN CRUZ – 837305
LAURA AGUIAR – 837273
PEDRO PESSINI – 764482
SOPHIA SPINELLI – 837029
VICTORIA VIEIRA – 819440

TRABALHO DE ÉTICA PROFISSIONAL

RIBEIRÃO PRETO
2022
ISABELA NUNES - 837378
KETLIN CRUZ – 837305
LAURA AGUIAR – 837273
PEDRO PESSINI – 764482
SOPHIA SPINELLI – 837029
VICTORIA VIEIRA – 819440

TRABALHO DE ÉTICA PROFISSIONAL

Trabalho entregue para obtenção de parte da


nota da Disciplina de Ética Profissional do
curso de Psicologia, turma SD741B.

Docente: Prof.ª Katia Paschoali Miguel.

RIBEIRÃO PRETO
2022
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO

Tópicos a serem questionados:


1. Escrever e divulgar livro, no qual faz sucessivas menções a prestação de
serviço associada a uma prática baseada em princípios religiosos.

ART. 2 – Ao psicólogo é vedado:


b. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de
suas funções profissionais. (CRPSP)

O tópico 1 é completamente incoerente e incorreto pois a psicologia é uma


ciência, sendo uma ciência a mesma utiliza-se de metodologia científica e
possui abordagens que são aceitas e estudadas por décadas antes de serem
postas em prática. Devido a isso, o psicólogo não deve escrever um livro no
qual diz que se utiliza de uma prática religiosa como modo de tratamento de
um paciente.

2. Fazer sucessivas menções sobre fé e orações de cura e recorrentes


associações entre o cristianismo e psicoterapia.

Novamente essa situação é aplicada ao ART. 2 – Ao psicólogo é vedado:


b. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de
suas funções profissionais. (CRPSP)

Conforme dito no tópico anterior, esse tópico 2 também é incorreta, pois


primeiramente o psicólogo deve ser neutro e livre de pré-conceitos perante
seus pacientes no momento em que uma religião específica é citada, os
pacientes que seguem outra religião estão sendo excluídos do direito de ir ao
psicólogo pois poderão sentir a necessidade de abdicar de sua fé para poder
ir à consulta. Psicologia é ciência e seus métodos independem de fé.

3. Manter insistentemente a identificação no livro como psicólogo, mesmo após


orientações recebidas pelo CRP.

ART. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por


quaisquer meios, individual ou coletivamente:
F: Não fará autopromoção em detrimento de outros profissionais. (CRPSP)

Essa afirmação no tópico 3 é falsa, pois o manual/livro dos psicólogos facilita


e ajuda os psicólogos a lidarem com os eventos mais comuns no processo de
tratamento por exemplo, no entanto, é impossível prever o comportamento,
sentimento de um paciente. Sendo assim, uma técnica utilizada efetivamente
em um paciente pode não ter o mesmo efeito em outro paciente, por isso os
profissionais devem ter uma flexibilidade para lidar com isso de acordo com
as necessidades de seu paciente. Assim, os tratamentos e técnicas seguidas
por um “livro de receitas” não são 100% eficazes. Portanto, é muito
importante que o psicólogo seja criativo e capaz de se preparar com
flexibilidade para lidar com situações imprevistas, modificando manuais
técnicos conforme necessário para atender às necessidades dos pacientes,
claro que, não fugindo do que é ético jamais.

4. Divulgar serviços de forma inadequada, apoiado em premissas de cunho


religioso, possibilitando a transmissão de informação por tempo
indeterminado;

ART. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por


quaisquer meios, individual ou coletivamente:
C: Divulgar somente qualificações atividades e recursos relativos a técnicas e
as práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão.
(CRPSP)

Fazer com que seus pacientes busquem a cura com cunho espiritual não é
adequado de uma conduta do psicólogo, sendo que impor suas crenças no
outro para obter uma “salvação” não é nada ético, essa relação não deve ser
feita. A escolha de religião deve ser individual e unicamente de seus
pacientes.
5. Utilizar o título de psicólogo de forma irregular fazendo referências a cura e a
previsão de resultados, remetendo os leitores a buscar soluções na prática
espiritual.

ART. 2 - Ao psicólogo é vedado:


F: Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de
atendimentos psicológicos cujo procedimentos, técnicas e meios que não
estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão. (CRPSP)

Esse tópico 5 também é incorreta pois a psicologia e a fé são assuntos


distintos. A psicologia é uma ciência que possui métodos que são
comprovados, aceitos e que obtém resultados, esses métodos são fruto de
anos de pesquisa e estudo. Além disso, indivíduos que possam possuir algum
tipo de transtorno mental que necessita de diagnóstico, psicoterapia e
medicação poderão estar em risco ao recorrerem somente a fé. Ao utilizar-se
de práticas espirituais como modo de cura a psicologia ao invés de ciência
seria considerada uma pseudociência.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

1- Artigo 2 no crp
Declaração universal dos direitos humanos
Artigo 18
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou
em particular.
De acordo com a declaração universal dos direitos humanos, todos os seres
humanos possuem a liberdade religiosa, com isso, o profissional irá infringir a lei ao
possuir um livro que possui menções profissionais com base religiosa, pois fere a
liberdade religiosa do outro ao impor em seu serviço a sua própria religião.
2- Artigo 2
Declaração universal dos direitos humanos
Artigo 18
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou
em particular.

Como dito anteriormente, essa imposição da religião do profissional no modo de


exercer seu trabalho faz com que a liberdade do cliente seja violada, pois o
profissional não está respeitando a diversidade religiosa e nem a liberdade de seu
cliente.

SANÇÃO

“Divulgar a penalidade de cassação do registro para o exercício profissional”.

Um psicólogo atuante precisa estar cadastrado no conselho regional de


categoria para atuar legalmente na região, além disso, precisa atuar de acordo com
o Código de Ética da Psicologia. Portanto é imprescindível que todos os psicólogos
reconheçam e entendam o código dessa categoria, pois suas normas irão nortear
seu comportamento no dia a dia do trabalho.
O Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP) é uma ferramenta
democrática e reflexiva pautada por um compromisso moral e político de defesa da
liberdade, dignidade e igualdade e integridade física e mental da população. Ele
possui um conjunto de normas que regem como deve ser a conduta do profissional
no trabalho, tendo regras definindo os direitos, deveres e proibições dos psicólogos.
Sendo assim, respeitando o Código de Ética, o psicólogo levará seu trabalho de uma
forma segura e respeitosa há quem procura seus serviços.
Portanto, os psicólogos devem compreender, divulgar e fazer cumprir este
código pois, se a postura ou atuação do profissional for contrária ao disposto no
código, ele poderá responder a processos administrativos com direito de defesa para
apurar falhas éticas. Dependendo das circunstâncias, são dadas orientações ou
advertências, mas em casos mais graves, pode ser possível a suspensão do
exercício profissional e a cassação do registro.
De acordo com a cláusula 21 do próprio código: “ART. 21 – As transgressões
dos preconceitos deste Código constituem infração disciplinar com a aplicação das
seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais: a)
Advertência; b) Multa; c) Censura Pública; d) Suspensão do exercício profissional,
por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; e)
Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia”.
Conforme mencionado anteriormente, o psicólogo deve defender a liberdade,
a dignidade, a igualdade e a saúde física e mental das pessoas com pleno
compromisso moral e político, e se ele violar esses princípios, é justo adverti-lo e
puni-lo, para que possa haver justiça a seus ex pacientes, para que ninguém mais
seja tratado inadequadamente ou potencialmente traumatizado pelo tratamento
desse profissional não qualificado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BOCK. A. M. B. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília, 2005.
Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-
psicologia.pdf. Aceso em: 22 set. 2022.

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