Porte Arma
Porte Arma
Porte Arma
Considerando que o Decreto Federal nº 5.123, de 1º de Julho de 2004, em seu Art. 33, §
1º e 2º estabeleceu a competência do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar para
regular, por meio de norma especifica, o registro, cadastro e o porte de armas de fogo por
bombeiros militares;
Resolve baixar, para conhecimento geral e devida execução, por parte dos bombeiros
militares estaduais, a seguinte norma:
REFERÊNCIAS
1.Constituição Federal Art. 22, inciso XXI, que estabelece a competência privativa da União em
legislar sobre as normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e
mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
2.Lei Federal nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, porte e
comercialização de armas de fogo e munição, define crimes e dá outras providências;
4.Decreto Federal nº 5.123, de 01 de julho de 2004, que regulamenta a Lei Federal nº 10.826/03;
9.Portaria nº 036 – DMB, de 09 de dezembro de 1999, que aprova as normas que regulam o
comércio de armas e munições;
10.Portaria n° 024 – DMB, de 25 de outubro de 2000, que aprova as Normas que Regulam as
Atividades dos Colecionadores de Armas, Munição, Armamento Pesado e Viaturas Militares.
II - ao registro, cadastro e porte de armas de fogo de uso permitido e restrito dos bombeiros
militares, constantes dos registros próprios do CBMRO;
V - ao porte de arma de fogo dos bombeiros militares do serviço ativo, da reserva remunerada e
reformados.
Art. 2° - Para os efeitos desta Portaria considera-se OBM a Organização Bombeiro Militar até o
nível de Unidade.
CAPÍTULO II
Art. 3° - São armas, acessórios, petrechos e munições de uso permitido, as previstas no art. 17,
do Decreto Federal nº 3.665 de 20 de novembro de 2000, Regulamento para a Fiscalização de
Produtos Controlados (R-105)1.
1
“ I - armas de fogo curtas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na saída do cano, energia de até 300 (trezentas)
libras-pé ou 407 (quatrocentos e sete) Joules e suas munições, como, por exemplo, os calibres .22 LR, .25 Auto, .32 Auto, .32 S&W, .38 SPL e
.380 Auto;
II - armas de fogo longas raiadas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na saída do cano, energia de até 1.000 (mil)
libras-pé ou 1.355 (mil trezentos e cinqüenta e cinco) Joules e suas munições, como, por exemplo, os calibres .22 LR, .32-20, .38-40 e .44-40;
III - armas de fogo de alma lisa, de repetição ou semi-automáticas, calibre 12 ou inferior, com comprimento de cano igual ou maior do que 24
(vinte e quatro) polegadas ou 610 (seiscentos e dez) milímetros, e suas munições de uso permitido;
IV - armas de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, com calibre igual ou inferior a 6 (seis) milímetros e suas munições de
uso permitido;
V - armas que tenham por finalidade dar partida em competições desportivas, que utilizem cartuchos contendo exclusivamente pólvora;
VI - armas para uso industrial ou que utilizem projéteis anestésicos para uso veterinário;
VII - dispositivos óticos de pontaria com aumento menor que 6 (seis) vezes e diâmetro da objetiva menor que 36 (trinta e seis) milímetros;
VIII - cartuchos vazios, semi-carregados ou carregados a chumbo granulado, conhecidos como “cartuchos-de-caça”, destinados a armas de fogo
de alma lisa de calibre permitido;
IX - blindagens balísticas para munições de uso permitido;
X - equipamentos de proteção balística contra armas de fogo portáteis ou de porte de uso permitido tais como coletes, escudos, capacetes, etc;
XI - veículo de passeio blindado”.
Art. 4° - São armas, acessórios, petrechos e munições de uso restrito, as previstas no Art.16, do
Decreto Federal nº 3.665 de 20 de novembro de 2000, Regulamento para a Fiscalização de
Produtos Controlados (R-105)2.
CAPÍTULO III
2
“ I - armas, munições, acessórios e equipamentos iguais ou que possuam alguma semelhança no que diz respeito ao emprego tático, estratégico
e técnico, do material bélico utilizado pelas Forças Armadas nacionais;
II - armas, munições, acessórios e equipamentos que, não sendo iguais ou similares ao material bélico usado pelas Forças Armadas nacionais,
possuam características que só as tornem aptas para emprego militar ou policial;
III - armas de fogo curtas, cuja munição comum tenha, na saída do cano, energia superior a 300 (trezentas) libras-pé ou 407 (quatrocentos e sete)
Joules e suas munições, como por exemplo, os calibres .357 Magnum, 9 Luger, .38 Super Auto, .40 S&W, .44 SPL, .44 Magnum, .45 Colt e .45
Auto;
IV - armas de fogo longas raiadas, cuja munição comum tenha, na saída do cano, energia superior a 1.000 (mil) libraspé ou 1.355 (mil trezentos
e cinqüenta e cinco) Joules e suas munições, como por exemplo, os calibres .22-250, .223 Remington, .243 Winchester, .270 Winchester, 7
Mauser, 30-06, .308 Winchester, 7,62 x 39, .357 Magnum, .375 Winchester e .44 Magnum;
V - armas de fogo automáticas de qualquer calibre;
VI - armas de fogo de alma lisa de calibre 12 ou maior com comprimento de cano menor que 24 (vinte e quatro) polegadas ou 610 (seiscentos e
dez) milímetros;
VII - armas de fogo de alma lisa de calibre superior ao 12 e suas munições;
VIII - armas de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, com calibre superior a 6 (seis) milímetros, que disparem projéteis de
qualquer natureza;
IX - armas de fogo dissimuladas, conceituadas como tais os dispositivos com aparência de objetos inofensivos, mas que escondem uma arma,
tais como bengalas-pistola, canetas-revólver, e semelhantes;
X- arma a ar comprimido, simulacro do fuzil 7,62mm, M964, FAL;
XI - armas e dispositivos que lancem agentes de guerra química ou gás agressivo e suas munições;
XII - dispositivos que constituam acessórios de armas e que tenham por objetivo dificultar a localização da arma, como os silenciadores de tiro,
os quebra-chamas e outros, que servem para amortecer o estampido ou a chama do tiro e também os que modificam as condições de emprego,
tais como os bocais lança-granadas e outros;
XIII - munições ou dispositivos com efeitos pirotécnicos, ou dispositivos similares capazes de provocar incêndios ou explosões;
XIV - munições com projéteis que contenham elementos químicos agressivos, cujos efeitos sobre a pessoa atingida sejam de aumentar
consideravelmente os danos, tais como projéteis explosivos ou venenosos;
XV - espadas e espadins utilizados pelas Forças Armadas e Forças Auxiliares;
XVI - equipamentos para visão noturna tais como óculos, periscópios, lunetas, etc;
XVII - dispositivos ópticos de pontaria com aumento igual ou maior que 6 (seis) vezes e diâmetro da objetiva igual ou maior que 36 (trinta e
seis) milímetros;
XVIII - dispositivos de pontaria que empregam luz ou outro meio de marcar o alvo;
XIX - blindagens balísticas para munições de uso restrito;
XX - equipamentos de proteção balística contra armas de fogo portáteis ou de porte de uso restrito tais como coletes, escudos, capacetes etc;
XXI - veículos blindados de emprego civil ou militar”.
Diretoria de Inteligência e Assuntos Estratégicos do CBMRO - DIAE, a qual manterá banco de
dados visando o controle eficaz de tais armas.
Parágrafo único - O banco de dados acima referido será estruturado com as informações
exigidas pelo Comando do Exército, independente daquelas definidas pelo CBMRO, que
tenham por finalidade o controle do seu material bélico
CAPÍTULO IV
Art. 7º - As armas de fogo de uso permitido e restrito pertencentes aos bombeiros militares serão
registradas, nos termos do parágrafo único dos Art. 2º e 3º da Lei nº10. 826 de 22 de dezembro
de 2003, dos Art. 3º e 14º do Decreto nº 5.123 de 1º de julho de 2004.
§ 2º - O cadastro das armas particulares dos bombeiros militares será realizado pela DIAE,
utilizando-se de banco de dados.
§ 3º - O bombeiro militar colecionador, atirador ou caçador deverá registrar sua arma no Serviço
de Fiscalização de Produtos Controlados da 12ª Região Militar (SFPC/12ª RM), a qual será
cadastrada no SIGMA, e deverá encaminhar cópia do registro via cadeia de comando para
publicação em Boletim Interno Reservado.
CAPÍTULO V
Da expedição do Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF)
SEÇÃO I
Art. 8º - A DIAE expedirá o CRAF referente às armas de fogo pertencentes aos bombeiros
militares, adquiridas no comércio ou na indústria, conforme Anexo “A1” ou“A2”, excetuadas as
armas de fogo registradas no SFPC/12ª RM.
Art. 9º - O CRAF será expedido com base no cadastro da DIAE em modelo específico descrito
no Anexo “A1” ou “A2”.
§ 1° - O certificado terá amparo na Lei Federal nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, e no
Decreto Federal nº 5.123, de 01 de julho de 2004, bem como nesta portaria, sendo válido
somente com a apresentação da Identidade Funcional do Bombeiro Militar;
SEÇÃO II
Das pessoas que ingressam na carreira Bombeiro Militar possuindo arma de fogo
Art. 10. A pessoa admitida no CBMRO, proprietária de arma de fogo, deverá, por intermédio da
OBM responsável, solicitar o cadastro junto a DIAE, que expedirá o Certificado de Registro de
Arma de Fogo do CBMRO, após a devida publicação do cadastro em Boletim Reservado.
Art. 11. Os Alunos Bombeiros Militar (Al BM) – durante a frequência nos Cursos de Formação,
não poderão transitar portando arma de fogo, salvo quando em serviço e após realizada a
instrução prática de Armamento e Tiro.
SEÇÃO III
Art. 13. A DIAE caberá expedir, de ofício, certidão de origem da arma de fogo para fins de
regularização junto ao SIGMA, mediante apresentação de cópia autenticada do comprovante de
residência, do CPF e do Documento de Identidade (RG).
Art. 14. A OBM cientificará, por escrito, o bombeiro militar excluído a bem da disciplina,
licenciado ex-ofício a bem da disciplina ou demitido da Corporação, da necessidade de
regularização da arma de fogo de que seja proprietário, junto ao órgão competente –
Departamento de Polícia Federal e, até que seja efetuada tal regularização, recolherá e guardará
o referido armamento em sua reserva de armas pelo prazo máximo de 12 (doze) meses, quando
o mesmo será encaminhado ao Exército para destruição.
Art. 15. O bombeiro militar agregado permanecerá com o Certificado de Registro de Arma de
Fogo e, caso venha a ser excluído a bem da disciplina, licenciado ex-ofício a bem da disciplina
ou demitido da Corporação, aplicar-se-á a ele o disposto nesta Seção.
CAPÍTULO VI
Art. 16. O porte de arma de fogo de uso permitido e restrito é inerente ao Oficial do serviço
ativo, observando-se as seguintes regras:
II - quando de folga com arma do CBMRO, deverá portar o Documento de Identidade Funcional
e a Autorização de Carga de Arma de Fogo (Anexo D);
III - quando de serviço ou de folga com arma particular, deverá portar o Documento de
Identidade Funcional e o Certificado de Registro com o porte de Arma de Fogo (Anexo A2).
Art. 17. Os Oficiais da reserva remunerada ou reformados deverão ser submetidos aos testes de
avaliação da aptidão psicológica pelo órgão responsável e após, se não obtiverem restrições,
receberão o Certificado de Registro com o Porte de Arma de Fogo, expedida pela DIAE, pelo
prazo de 05 (cinco) anos, e assim sucessivamente, devendo tal autorização ser publicada em
Boletim Reservado.
Art. 18. O porte de arma de fogo de uso permitido e restrito das praças no serviço ativo será
concedido observando-se as seguintes regras:
I - quando de serviço com arma da Corporação, deverá portar o Documento de Identidade
Funcional;
II - quando de folga com arma da Corporação, deverá portar o Documento de Identidade
Funcional e a Autorização de Carga de Arma de Fogo (Anexo D);
III - quando de serviço ou de folga com arma particular, deverá portar o Documento de
Identidade Funcional e o Certificado de Registro com o Porte de Arma de Fogo (Anexo A2).
Parágrafo único - A solicitação de registro e porte de arma de fogo particular deverá ser dirigida
ao Comandante, Coordenador, Diretor ou Chefe da OBM a que estiver subordinado, por meio de
requerimento, que após autorizado, deverá ser encaminhada a DIAE para proceder a emissão do
Certificado de Registro com o Porte de Arma de Fogo (Anexo A2).
Parágrafo único - A solicitação de registro e porte de arma de fogo particular deverá ser dirigida
ao Comandante, Coordenador, Diretor ou Chefe da OBM a que estiver subordinado, por meio de
requerimento, que após autorizado, deverá ser encaminhado ao Subcomandante Geral do
CBMRO com toda documentação em anexo, que, se autorizado, encaminhará a DIAE para
proceder a emissão do Certificado de Registro com o Porte de Arma de Fogo (Anexo A2).
(Alterado pela Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro de 2012)
Art. 19. As Praças da reserva remunerada ou reformados da Corporação deverão ser submetidos
aos testes de avaliação da aptidão psicológica pelo órgão responsável e após, se não obtiverem
restrições, receberão o Certificado de Registro com o Porte de Arma de Fogo, expedida pela
DIAE, pelo prazo de 05 (cinco) anos,e assim sucessivamente, devendo tal autorização ser
publicada em Boletim Reservado.
Art. 19. As Praças da reserva remunerada ou reformados da Corporação deverão ser submetidos
aos testes de avaliação da aptidão psicológica pelo órgão responsável e após, se não obtiverem
restrições, receberão o Certificado de Registro com o Porte de Arma de Fogo, expedida pela
DIAE, pelo prazo de 05 (cinco) anos, no qual, deverá constar no CRAF a validade nesse caso, e
assim sucessivamente, devendo tal autorização ser publicada em Boletim Reservado. (Alterado
pela Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro de 2012)
Seção III - dos oficiais e das praças
Parágrafo único - As autorizações mencionadas neste Art. podem ser revogadas a qualquer
tempo, a juízo da autoridade que as emitiu.
Art. 21. O bombeiro militar fora de serviço poderá portar arma de fogo em locais onde haja
aglomeração de pessoas em virtude de evento de qualquer natureza, obedecidas às seguintes
condições:
CAPÍTULO VII
§ 1º - Por ocasião da autorização para a carga pessoal de arma de fogo, pertencente ao CBMRO,
o bombeiro militar assinará o Termo de Responsabilidade.
Art. 23. A autorização de carga pessoal de arma de fogo de porte, pertencente ao patrimônio do
CBMRO, constitui ato discricionário do Comandante, Coordenador, Diretor ou Chefe de
OBM, observados os critérios de conveniência e de oportunidade, podendo ser revogada a
qualquer tempo.
§ 1º - Não será concedida autorização de carga pessoal de arma de fogo ao bombeiro militar
que:
I - se encontrar no comportamento “Mau”;
I - pelo período em que perdurar a situação do bombeiro militar ao qual for prescrita
recomendação médica de proibição ou restrição quanto ao uso de arma de fogo;
II - pelo período em que perdurar a apuração de roubo, furto ou extravio da arma de fogo que se
encontrava sob responsabilidade;
III - por 180 (cento e oitenta) dias, ao bombeiro militar que por negligência ou imprudência
comprovada disparar arma de fogo;
IV - por 03 (três) anos, ao bombeiro militar que comprovadamente tiver portado arma de fogo,
de serviço, de folga ou em trânsito, sob o efeito de álcool, entorpecente ou substância análoga;
Art. 24. No caso de afastamento superior a 30 (trinta) dias, o detentor usuário deverá restituir a
arma à reserva de armas da OBM, podendo, excepcionalmente, permanecer com a mesma, a
critério do Comandante, Coordenador, Diretor ou Chefe de OBM, após análise de pedido, por
escrito, devidamente fundamentado pelo interessado, caso não possua arma de fogo de porte
particular.
Art. 25. É vedado a autorização de carga pessoal de arma de fogo pertencente ao patrimônio do
CBMRO, ao bombeiro militar inativo e agregado.
Art. 26. O bombeiro militar movimentado deverá devolver a arma da Corporação, que tiver
como carga, à OBM que tiver servido.
CAPÍTULO VIII
Art. 27. Mediante autorização do Comandante, Coordenador, Diretor ou Chefe de OBM, a qual
deverá ser publicada em Boletim Interno Reservado, o bombeiro militar poderá utilizar em
serviço arma de fogo de porte de sua propriedade, em substituição à arma da Corporação, desde
que a mesma corresponda aos padrões e características das armas de fogo constantes da dotação
prevista para o CBMRO.
§ 3º - O bombeiro militar que utilizar arma particular em serviço deverá, expressamente, acusar
ciência da necessidade de apresentação dessa arma juntamente com a do CBMRO, quando do
envolvimento em ocorrência.
§ 5º - O bombeiro militar que obtiver autorização para utilizar arma particular em serviço, em
substituição à arma do CBMRO e/ou como arma sobressalente deverá usar obrigatoriamente
munições do CBMRO, nas quantidades estabelecidas pela OBM.
§ 6º - A autorização de que trata este Art. perderá a validade quando o bombeiro militar for
movimentado de OBM.
CAPÍTULO IX
Art. 28. A autorização para transporte de arma de fogo portátil de uso permitido, pertencente ao
bombeiro militar, devidamente registrada, dentro dos limites territoriais do Estado de Rondônia,
será expedida pela DIAE, conforme Anexo “E”. § 1º - É vedado à remessa de armamento via
malote ou correio.
§ 2º - O transporte de armamento pertencente ao CBMRO deve ser realizado de acordo com o
Plano de Segurança da respectiva OBM.
Art. 29. O embarque de bombeiros militares ativos ou inativos, com arma de fogo, em aeronaves
que efetuem transporte público obedecerá às normas baixadas pelo Ministério da Defesa e
Ministério da Justiça.
CAPÍTULO X
Das armas de fogo do Corpo de Bombeiros Militar e dos Bombeiros Militares que forem
apreendidas
Art. 31. As OBM deverão comunicar a apreensão ou localização de arma de fogo do CBMRO
ou de arma de fogo particular de bombeiro militar, no prazo de 02 (dois) dias úteis,
encaminhando posteriormente cópia da publicação em Boletim Interno Reservado, para fins de
atualização de cadastro e comunicação ao SIGMA, aos seguintes órgãos:
Art. 32. O Comandante, Coordenador, Diretor ou Chefe designará Oficial da OBM para o
acompanhamento de procedimentos administrativos ou judiciais que envolvam armas da
Corporação apreendidas, objetivando que estas sejam reintegradas ao patrimônio do CBMRO o
mais rapidamente possível, observando o disposto nas normas de logística da Corporação.
CAPÍTULO XI
Art. 34. O bombeiro militar com restrição de uso de arma de fogo que se recusar a entregar sua
arma particular à autoridade bombeiro militar competente terá o seu Certificado de Registro de
Arma de Fogo revogado, ato que deverá ser informado ao SIGMA, após publicação em Boletim
Reservado.
§ 2º - As OBM que tiverem bombeiros militares na situação mencionada no caput deste Art.
deverão encaminhar documentação a DIAE, para que seja procedida tal revogação.
§ 3º - A não devolução da arma de fogo acarretará a responsabilização criminal prevista no
capítulo IV, da Lei Federal nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003.
Art. 35. Quando do recolhimento da arma particular do bombeiro militar nas situações descritas
neste Capítulo, será lavrado o Termo de Recolhimento (Anexo C), devendo ser entregue a
representante legal do CBMRO uma cópia desse documento, sendo tal ato publicado em
Boletim Reservado.
CAPÍTULO XII
Art. 36. Fica vedado manter ou receber, a título de posse provisória, inclusive como depositário,
arma de fogo produto de apreensão e à disposição da Justiça, vinculada a processo em
andamento ou findo, para uso bombeiro militar ou particular.
Parágrafo único - A vedação prevista neste Art. aplica-se às OBM bem como aos bombeiros
militares, individualmente.
CAPÍTULO XIII
Art. 37. Ocorrendo extravio, roubo ou furto de arma de fogo objeto de carga pessoal, além de se
fazer os registros pertinentes na Delegacia de Polícia, o detentor usuário deverá comunicar
imediatamente o ocorrido ao seu comandante imediato, devendo constar em tal comunicação:
I - local exato (rua, nº, bairro, cidade, estado, etc.), data e hora dos fatos;
Art. 38. A OBM detentora de arma da Corporação extraviada, furtada ou roubada deverá:
CAPÍTULO XIV
Art. 39. Ocorrendo roubo, furto ou extravio de arma de fogo, pertencente a bombeiro militar, o
fato deverá ser comunicado imediatamente a seu comandante e publicado em Boletim Interno
Reservado, remetendo-se cópia da planilha de alteração de cadastro de arma de fogo (Anexo B),
juntamente com cópia da publicação em boletim, a DIAE informará o SIGMA sobre o furto,
roubo ou extravio.
Art. 39. Ocorrendo roubo, furto ou extravio de arma de fogo, pertencente a bombeiro militar, o
fato deverá ser comunicado imediatamente a seu comandante e publicado em Boletim Interno,
remetendo-se cópia da planilha de alteração de cadastro de arma de fogo (Anexo B), juntamente
com cópia da publicação em boletim, a DIAE informará o SIGMA sobre o furto, roubo ou
extravio e publicará em Boletim Reservado. (Alterado pela Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro
de 2012)
CAPÍTULO XV
SEÇÃO I
Art. 40. O bombeiro militar, respeitado o limite de 06 (seis) armas de fogo de uso
permitido3, poderá ter a posse de:
3
Portaria nº 036 DMB de 09 de dezembro de 1999 - Art. 5
Parágrafo único - Não há limite na quantidade de pistolas, espingardas ou carabinas de pressão
por mola, com calibre menor ou igual a 06 mm e que atirem setas metálicas, balins ou grãos de
chumbo, proibidas a menores de 18 (dezoito) anos, podendo, as aquisições desses materiais,
serem feitas mediante a apresentação ao lojista de documento de identidade pelo próprio
comprador (Oficial ou Praça), independente de autorização.
Art. 41. No caso de transferência de propriedade de arma por venda, permuta ou doação, ou de
sua perda por inutilização, extravio, furto ou roubo, o bombeiro militar somente poderá adquirir
outra, dentro do limite fixado nesta Portaria, depois de comprovado o fato perante a autoridade
militar competente, publicando-se tais alterações em Boletim Interno Reservado, remetendo-se
cópia desta publicação a DIAE para atualização do cadastro junto ao SIGMA.
Art. 42. Ao assinar o pedido de autorização para adquirir arma e munições, o bombeiro militar
deverá formalizar o seu pleno conhecimento do contido nesta Portaria.
Art. 43. A aquisição de armas de fogo e munições na indústria obedecerão ao que segue:
c) caça de alma lisa (para caça ou esporte): espingarda ou toda arma congênere de alma lisa de
qualquer modelo, calibre ou sistema.
III – Determinar que as armas adquiridas sejam registradas na DIAE, respeitando, no que for
cabível o que preserve o anexo 40, do R-105, assim como seja observado o prazo mínimo de 04
(quatro) anos para sua venda. (Acrescentado pela Portaria nº 002/DIAE, 31 de outubro de 2011).
Art. 44. Autorizada à aquisição, o contrato será firmado diretamente entre a indústria produtora
ou seu representante legal e o interessado.
Art. 45. O pagamento da arma ou munição será de responsabilidade do interessado, seja qual for
à forma de pagamento estabelecida pelo fabricante.
Art. 46. Recebidos os armamentos ou munições pela DIAE, esta fará publicar a aquisição em
Boletim Reservado, constando o posto/graduação, matrícula, nome do adquirente e ainda:
4
R-105, anexo XXVII Art. 6º § 41.
5
Portaria nº 234 do Ministério do Exército de 10 de março de 1989.
I - arma de fogo: as características das armas (espécie, marca, calibre, modelo, acabamento,
capacidade de tiro, comprimento do cano, número de série, quantidade e sentido das raias, país
de origem e data de aquisição);
II - munição: a quantidade e o calibre.
Art. 47. A aquisição de arma de fogo de uso permitido e restrito, diretamente na indústria, dar-
se-á somente pela DIAE, conforme cronograma estabelecido pela Corporação, mediante
autorização do Comando do Exército.
SEÇÃO II
Art. 48. A aquisição de munição ficará limitada ao calibre correspondente à (s) arma (s) registrada (s) ou
à arma que o bombeiro militar possua como carga individual.
Art. 49. As quantidades máximas de munições e elementos componentes que poderão ser adquiridos na
indústria, por um mesmo bombeiro militar, são as constantes na Portaria Ministerial nº1811, do
Ministério da Defesa, de 18 de dezembro de 2006.
SEÇÃO III
Art. 50. O pedido de aquisição será firmado em documento individual, dirigida ao Comandante,
Coordenador, Diretor ou Chefe de OBM do interessado, conforme modelo constante do Anexo
"F".
Art. 51. Caso seja autorizada à aquisição de arma de fogo, obedecidas às exigências desta
Portaria, a OBM deverá juntar toda a documentação e encaminhar protocolada a DIAE.
Art. 52. A listagem dos pedidos de aquisição será encaminhada à DIAE que providenciará a
relação conforme o Anexo “XXVII” do Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados
(R-105).
Art. 53. A DIAE providenciará expediente a ser assinado pelo Comandante-Geral, o qual
solicitará autorização para aquisição de arma ao Comandante da 12ª Região Militar (12ª RM),
conforme previsto no Anexo “XXVII” do R – 105.
Art. 55. As armas adquiridas serão entregues, pela Indústria, no CBMRO/DIAE, e serão
retiradas pelo bombeiro militar adquirente.
Art. 57. Toda arma de fogo, adquirida por bombeiro militar e não retirada, decorridos 06 (seis)
meses da data de seu cadastramento na DIAE, terá o Certificado de Registro cancelado e será
reincluída no estoque da indústria, caso não tenha sido quitada, ou recolhida na DIAE, caso já
tenha ocorrido o pagamento, tendo, neste caso, a destinação prescrita na Portaria Ministerial que
regula o destino de armas, munições, explosivos e petrechos apreendidos, excedentes, obsoletos
ou imprestáveis.
SEÇÃO IV
Art. 58. A autorização para aquisição de armas de fogo e/ou munições no comércio(Anexo G),
expedida pela DIAE, terá validade de 30 (trinta) dias, a contar da data de expedição e somente
para as quantidades de produtos controlados nela especificados.
Art. 59. A aquisição de armas de fogo por bombeiros militares que sejam caçadores,
colecionadores e atiradores obedecerá às regras estabelecidas pelo Comando do Exército6.
SEÇÃO V
Art. 60. A compra e venda de armas de fogo e/ou munições aos bombeiros militares, nos limites
e prazos fixados nesta Portaria, será autorizada depois de satisfeitas, no que couberem, as
seguintes exigências:
6
Portaria nº 24 - DMB, de 25OUT00, e Portarias de nº 4 e 5 – D Log, de 08MAR01
II - apresentação ao vendedor, pelo bombeiro militar, da autorização (Anexo G) e de seu
Documento de Identidade Funcional e, no caso de compra de munição, deverá ser apresentado,
também, o respectivo Certificado de Registro de Arma de Fogo;
III - preenchimento do formulário para Cadastro de Arma de Fogo, conforme Anexo “H”
CAPÍTULO XVI
Art. 61. É vedado à expedição de autorização para aquisição de armas de fogo por bombeiro
militar que:
I - estiver sob prescrição médica de proibição ou recomendação restritiva quanto ao uso de arma
de fogo;
V - sendo Cabo ou BM, antes de completar 02 (dois) anos de efetivo serviço na Corporação,
para aquisição de arma de fogo diretamente na Indústria7;
V - sendo Cabo ou BM, antes de completar 02 (dois) anos de efetivo serviço na Corporação,
para aquisição de arma de fogo diretamente na Indústria7, a critério do Comandante Geral do
CBMRO; (Alterado pela Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro de 2012)
VIII - for considerado inapto na avaliação psicológica para a obtenção da Autorização para
Porte de Arma de Fogo; (Alterado pela Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro de 2012).
7
Portaria nº 234 do Ministério do Exército de 10 de março de 1989.
IX - constar dos seus assentamentos punição disciplinar por uso de álcool, substância
entorpecente ou de efeito análogo; (Alterado pela Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro de 2012)
X - ter disparado arma de fogo por negligência ou imprudência, 12 (doze) meses. (Alterado pela
Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro de 2012)
CAPÍTULO XVII
Art. 62. A transferência de propriedade de arma de fogo de uso permitido e restrito, depois de
autorizada, será efetuada imediatamente, obedecendo aos procedimentos estabelecidos para o
cadastro.
Art. 64. O bombeiro militar proprietário de arma de fogo, comprada diretamente na indústria,
observará o prazo mínimo:
I - de 4 (quatro) anos para transferência de sua propriedade no caso de armas de uso permitido;
I - de 4 (quatro) anos para transferência e venda de sua propriedade no caso de armas de uso
permitido; (Alterado pela Portaria nº 002/DIAE, 20 de janeiro de 2012)
Art. 65. O bombeiro militar que na condição de legatário ou herdeiro, receber arma de fogo e/ou
munição comunicará o fato por escrito à sua OBM, solicitando as providências necessárias para
cadastramento e regularização junto a DIAE, que providenciará seu CRAF, juntando o formal de
partilha ou o alvará judicial, respeitado o limite permitido, exceção feita aos colecionadores, os
quais deverão regularizar a situação junto à 12ª RM.
Art. 66. A arma de fogo e/ou munição pertencente a bombeiro militar falecido poderá ser guarda
da na reserva de armas da OBM mais próxima de sua residência, pelo prazo máximo de 01 (um)
ano, quando a mesma será encaminhada ao Exército Brasileiro, caso não seja requerida por
herdeiro legítimo.
§ 1º Será expedido, ao representante legal do bombeiro militar falecido, recibo de guarda de
arma de fogo, constando:
Art. 67. O bombeiro militar proprietário de arma de fogo de uso restrito poderá adquirir até 50
(cinquenta) cartuchos do calibre da mencionada arma por ano e anexará em seu pedido:
I - cópia do registro da arma;
Art. 68. O pedido de transferência da arma será enviado à 12ª RM para autorização, através da
DIAE, com os dados do adquirente.
Art. 69. A transferência de propriedade da arma de fogo de uso restrito será publicada em
Boletim Reservado, cabendo a DIAE a atualização de seu cadastro junto ao SIGMA.
Art. 70. A aquisição, o extravio, o furto ou o roubo de arma de fogo e/ou munição de uso restrito
será publicado em Boletim Reservado, para atualização de seu cadastro junto ao SIGMA.
CAPÍTULO XVIII
Prescrições diversas
Art. 71. Toda arma de fogo de porte de patrimônio da Corporação será identificada pela
numeração do CBMRO.
Art. 72. O extravio, furto ou roubo de Autorização de Carga de Arma de Fogo deverá ser
comunicado pelo responsável, no prazo de 2 (dois) dias úteis, à autoridade bombeiro militar
expedidora.
Art. 73. O bombeiro militar proprietário de arma de fogo de uso permitido comunicará à sua
OBM, no prazo de 2 (dois) dias úteis, o extravio, furto ou roubo do Certificado de Registro de
Arma de Fogo, bem como a sua recuperação, além de fazer o registro na Delegacia de Polícia,
para que a DIAE possa expedir a 2ª via desse documento.
Art. 75. É obrigação do bombeiro militar proprietário e/ou detentor usuário de arma de fogo e
munição guardá-la com a devida cautela, evitando que fique ao alcance de terceiros,
principalmente de crianças e adolescentes.
Art. 76. O detentor usuário deve sempre ter a arma consigo e, na impossibilidade, ou não quiser
ou não puder portá-la, deverá guardá-la em local seguro ou poderá deixá-la na reserva de armas
de uma OBM, retirando-a imediatamente depois de cessado o motivo.
§ 1º - A arma de fogo deixada nas condições do caput deste Art. somente será guardada por até
30 (trinta) dias, quando então será comunicada a OBM detentora do material.
§ 2º - O detentor usuário quando não efetuar a retirada da arma de fogo no período acima será
responsabilizado disciplinarmente e será suspensa a sua Autorização para Carga de Arma de
Fogo pelo período de 90 (noventa) dias.
Art. 77. A carga pessoal de arma de fogo será controlada observando-se o seguinte:
I - registro em livro tipo Ata na Reserva de Armamento ou em sistema eletrônico confiável, que
conterá termos de abertura e encerramento, no qual se lançarão, sucessivamente, os dados
identificadores do detentor usuário, da arma de fogo e munição e do período que esta ficará sob
responsabilidade do bombeiro militar, com as assinaturas do armeiro e do detentor usuário, bem
como o número da autorização para carga;
Art. 79. As normas baixadas por esta Portaria não se aplicam aos Oficiais da Reserva não
remunerada, nos termos do Art. 37, § 2º do Decreto nº 5.123/04.
Art. 80. Os Comandantes, Coordenadores, Diretores e Chefes de OBM deverão, até 30 (trinta)
dias contados da publicação desta Portaria, expedir aos bombeiros militares autorizados a ter
carga pessoal de arma de fogo pertencente à Corporação, Autorização para Carga de Arma de
Fogo (Anexo D), observado o disposto no Capítulo VII, também desta Portaria.
Art. 81. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 82. Ficam revogadas as disposições em contrário. Lioberto Ubirajara Caetano– Cel BM -
Comandante-Geral do CBMRO.
______________________________________________
LIOBERTO UBIRAJARA CAETANO – CEL BM
Comandante Geral do CBMRO
RELAÇÃO DE ANEXOS
b. Anexo “A2” - Modelo de Certificado de Registro com o Porte de Arma de Fogo; Será
impresso e encaminhado às OBM pela DIAE;
e. Anexo “D” - Modelo de autorização para carga de arma de fogo pertencente ao Corpo de
Bombeiros Militar; anexo não disponibilizado por medida de segurança. Será impresso e
encaminhado as OBM pelo CBMRO/DIAE;
f. Anexo “E” - Modelo de autorização para transporte de arma de fogo e/ou munição;
g. Anexo “F” - Modelo de solicitação de autorização para aquisição de arma e/ou munição;
h. Anexo “G” - Modelo de autorização para aquisição de arma de fogo e/ou munições;
j. Anexo “I” - Modelo de Autorização Para Transferência de propriedade, receber por doação
e/ou dação em pagamento, trocar, doar ou vender arma de fogo ou munições.
ANEXO "A1"
(Modelo de Certificado de Registro de Arma de Fogo)
ANEXO"A2"
(Modelo de Certificado de Registro de Arma de Fogo com Porte)
ANEXO“B"
(Planilha de Alteração de Cadastro de Arma de Fogo)
ANEXO"C"
(Modelo de Termo de Recolhimento de Arma de Fogo de Propriedade
Particular)
, de de 20___.
(Local)
Nº
, de de20____.
(Local)
Telefone da OBM:
ANEXO"F"
(Modelo de Solicitação de Autorização para Aquisição de Arma e Munição)
........................, de de2 .
Do:
Ao:
Assunto: Solicitação para Autorização de
Aquisição de (Arma e Munição).
Requerente
Autorização nº
Armamento Munição
a) espécie (tipo):
b) funcionamento:
c) marca:
d) calibre:
e) modelo:
f) acabamento:
g) capacidade de tiro:
h) comprimento do cano:
i) país de origem:
j) quantidade (se munição):
, de de2. .
(local)
Receber por Doação e/ou Dação em Pagamento, Trocar, Doar ou Vender Arma de
Fogo ou Munições)
Nº001 - 20/01/2012
, de de2 .
(Local)
Requerente
OBS: a. No caso de troca de armas de fogo, deverão constar os dados de todas as armas.
b. No caso de transferência de arma de fogo entre BM(venda, troca ou doação),
somente o bombeiro militar adquirente deverá solicitar autorização.
c. No caso de transferência de arma de fogo comprada diretamente na indústria, o
bombeiro militar proprietário da arma também deverá solicitar autorização.