Apostila Capacitação de Professores - Escola Dominical

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CURSO DE CAPACITAÇÃO DE

PROFESSORES DA ESCOLA
BÍBLIA DOMINICAL

Pertence a:________________________________________________________

AD TRÊS RIOS DO NORTE


2023
I. ÍNDICE

I. ÍNDICE ............................................................................................................................................................ 2
II. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 3
III. PANORAMA GERAL DA EBD .................................................................................................................... 4
IV. BASES BÍBLICAS DO ENSINO .................................................................................................................... 7
V. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EBD ............................................................................................ 8
VI. O PROFESSOR DA EBD .............................................................................................................................. 10
VII. CONSELHOS AOS PROFESSORES DA EBD ........................................................................................... 17
VIII. CONHECENDO A ESTRUTURA DA REVISTA DE LIÇÕES BÍBLICAS DA CPAD ......................... 20
1. COMO UTILIZAR A REVISTA DE LIÇÕES BÍBLICAS: ......................................................................... 25
2. LITURGIA / ROTEIRO DA AULA: ............................................................................................................ 26
3. MODELO DE PLANO DE AULA – CLASSE ADULTOS ....................................................................... 27
IX. QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS NA ATIVIDADE DOCENTE: ............................................ 28
X. EBD PARA ADULTOS ................................................................................................................................ 29
4. METODOLOGIA DE ENSINO PARA ADULTOS ................................................................................... 30
5. ROTEIRO DE ESTUDO PARA PREPARAÇÃO DA LIÇÃO NA CLASSE DE ADULTOS NA EBD 32
XI. EBD PARA OS JOVENS .............................................................................................................................. 33
6. CONSIDERAÇÕES RELEVANTES PARA O TRATO COM A JUVENTUDE ..................................... 35
7. METOTOLOGIA DE ENSINO PARA JOVENS ....................................................................................... 36
XII. EBD PARA ADOLESCENTES: ................................................................................................................... 38
1. O ENSINO BÍBLICO PARA ADOLESCENTES: MISSÃO E PRINCÍPIOS ........................................... 41
2. ORIENTAÇÃO PARA AULA DOS ADOLESCENTES ........................................................................... 43
3. PREPARAÇÃO DE AULAS PARA ADOLESCENTES NA EBD: METODOLOGIA .......................... 44
XIII. EBD PARA CRIANÇAS............................................................................................................................... 46
1. DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO BÍBLICA ................................................ 46
2. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO BÍBLICO NA EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS ................................ 50
3. METODOLOGIA DE ENSINO BÍBLICO PARA CRIANÇAS ................................................................ 52
XIV. AVALIAÇÃO DA AULA (Pelos alunos) ................................................................................................... 55
XV. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 55
II. INTRODUÇÃO

A Escola Dominical surgiu de uma necessidade premente, através do


esforço de um homem que, tocado pela situação precária das
crianças marginalizadas de sua cidade, decidiu oferecer-lhes uma
nova e esperançosa perspectiva de vida. Como poderíamos
permanecer indiferentes diante da condição daquelas crianças que
vagavam sem destino pelas ruas de Gloucester, uma cidade
situada no Sul da Inglaterra, onde a delinquência infantil parecia
ser um problema insolúvel? Esses jovens frequentemente se
envolviam em diversos atos ilícitos. Em meio a esse cenário
desafiador, o jornalista episcopal Robert Raikes tomou a iniciativa
de convidar esses jovens transgressores a se reunirem todos os domingos, com o
propósito de aprenderem a Palavra de Deus. Além do ensino religioso, Raikes também
oferecia instrução em várias matérias secularres, como matemática, história e língua
inglesa.

No Brasil, os missionários escoceses Robert e Sara Kelley são


considerados os pioneiros da Escola Dominical em nosso país. Em 19 de
agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles
organizaram a primeira Escola Dominical brasileira. Embora a
audiência fosse modesta, com apenas cinco crianças presentes naquela
aula inicial, isso foi o suficiente para que seu trabalho
florescesse e alcançasse

Hoje, no local que abrigou a primeira Escola Dominical no


Brasil, existe uma escola. No entanto, ainda é possível visitar o
memorial que preserva esse momento singular na história do ensino
da Palavra de Deus em nossa pátria.

A Escola Bíblica Dominical continua a ser um


valioso instrumento na preparação do povo de Deus em Sua
Palavra, cumprindo assim o ministério de ensino conforme
registrado em Mateus 28:20.
III. PANORAMA GERAL DA EBD

O ministério da educação cristã está intrinsecamente ligado ao ensino da


Palavra de Deus dentro da igreja. Portanto, é essencial contar com obreiros
devidamente preparados e treinados para desempenhar esse ministério. Infelizmente,
muitas igrejas não têm fornecido o apoio necessário àqueles que se dedicam à
Educação Cristã. ESSA OMISSÃO REPRESENTA UMA FALHA GRAVE, POIS
NEGLIGENCIA AS NECESSIDADES ESPIRITUAIS DE SEUS MEMBROS.

A Escola Bíblica Dominical tem como objetivo primordial o ensino da


Palavra de Deus. Por isso, consideramos que seja um departamento indispensável para
o desenvolvimento espiritual dos filhos de Deus. No entanto, há muito descaso por
parte de muitos membros da igreja. Mesmo nas igrejas onde é dada a devida atenção
ao tema, nota-se a preocupação dos líderes com o esvaziamento e a falta de
compromisso de seus membros na Escola Bíblica. Alguns grupos têm promovido
congressos e simpósios para tratar do assunto, a fim de estimular a necessária melhoria
neste departamento tão importante.
A frequência à Escola Bíblica tem caído muito nos últimos anos, percebe-se
que do total de membros de uma igreja apenas 50 a 60% são frequentadores. Devemos
reconhecer que este é um problema real e que deve ser combatido com compromisso
em ensinar a Palavra de Deus com dedicação e qualidade no ensino. Precisamos
motivar todos os membros da igreja e comunidade vizinha a buscarem o conhecimento
na Palavra de Deus. Devemos dar prioridade
ao ensino bíblico em nossas igrejas.

A EBD - Escola Bíblia Dominical é


uma importante reunião que ocorre
geralmente nos domingos de manhã em todas
as igrejas evangélicas. A EBD, como é
conhecida, tem como finalidade proporcionar
um ambiente colaborativo para o estudo da
Palavra de Deus, de modo a promover a EVANGELIZAÇÃO - alcançar almas para
Cristo por meio do ensino da Palavra de Deus (Mc 16:15); a SANTIFICAÇÃO - Ensinar
os fiéis a viverem de acordo com os princípios bíblicos e visão do Ministério (Mt 28:20);
o SERVIÇO - Preparar e incentivar os membros a servir ao Senhor de diferentes
formas: evangelizando, apoiando os enfermos e necessitados, contribuindo e
exercendo atividades diversas na igreja que frequenta. Na EBD, pastores, professores,
teólogos, pedagogos e alunos discutem todos os assuntos contidos na Bíblia o que
tornam claras questões aparentemente difíceis de entender.

a) CURRÍCULO DE EBD

Cada igreja adota um modelo mais adequado às necessidades da sua


comunidade. Na Assembleia de Deus,
por exemplo, há diversas faixas etárias e
cada uma tem um CURRÍCULO
ESPECÍFICO. O programa de
disciplinas das EBD é geralmente
determinado pelo departamento de
educação e pode envolver estudo
sistemático de livros bíblicos, bem como
fundamentos doutrinários ou temas
relacionados com grupos específicos,
como classes para casais, para
adolescentes, para novos convertidos, entre outros; sempre baseados em fundamentos
bíblicos.
b) EVOLUÇÃO NO CURRÍCULO E NOS MÉTODOS

No início da Escola Dominical, ensinava-se às


crianças a ler e a escrever, e então a Bíblia lhes era
ensinada com proveito. Essa função foi sendo
abandonada, à medida que as escolas públicas se foram
ocupando da alfabetização. Assim, a Bíblia tornou-se,
virtualmente, o único material exposto na Escola
Dominical. Ao longo dos anos a educação religiosa tem
assumido um escopo mais amplo, isso tem feito a Escola
Dominical tornar-se mais especializada. Várias
denominações têm uma literatura especial (revistas),
bem como alguma forma de apresentação sistemática de
estudos bíblicos. Em algumas escolas também são
debatidos temas seculares sob a ótica doutrinária de
cada denominação.

Os métodos didáticos utilizados são os comuns a outras práticas educativas:


de acordo com a faixa etária da classe são utilizados elementos como vídeo, cartazes,
música, além das revistas com 13 ou mais lições que giram em torno de um tema
central e que são utilizadas em praticamente todas as escolas dominicais, sendo
geralmente produzidas por uma editora vinculada à própria denominação.

c) DOIS GRUPOS DE PESSOAS IMPORTANTÍSSIMOS NA EBD:

1) Alunos (o mais importante)


2) Professores

Nós, os líderes da EBD, estamos a serviço destes dois grupos de pessoas!

d) DUAS BASES IMPRESCINDÍVEIS DA EBD:

1) A Bíblia
2) Um intenso amor pelas almas

e) SETE CONDIÇÕES PARA UMA EBD IDEAL:

1) Líderes convictos que o ensino bíblico é útil (2 Tm 3.16-17)


2) Apoio do Pastor/demais líderes da igreja
3) Apoio da Congregação
4) Professores treinados e motivados
5) Local adequado para ensino
6) Um programa de ensino bíblico, regularmente ministrado
7) Priorizar o aluno

f) VISÃO DOS VERDADEIROS LÍDERES DA EBD:

1) A Bíblia é a Palavra de Deus, viva e eficaz para mudar vidas


2) Trabalhamos com pessoas (alunos e professores), elas são mais
importantes do que os métodos, a disciplina, etc.
3) Somos servos, chamados por Deus para servir através da EBD
4) No domingo, estaremos presentes na EBD. Só faltaremos se
estivermos doentes ou tivermos absoluta necessidade!
5) Zelo e amor. Evitaremos assumir outros compromissos que
atrapalhem este ministério. Dedicaremos tempo a este ministério
6) Nosso exemplo é muito importante
7) Qualquer mérito pelo serviço bem realizado é de Cristo

g) RECURSOS DA EBD:

1) Professores motivados e bem treinados


2) Um currículo bíblico
3) Materiais adequados (mapas, quadros, apostilas, etc.)
4) Uma biblioteca
5) Salas de aulas para divisão das classes por faixas etárias

IV. BASES BÍBLICAS DO ENSINO

A palavra ensinar é repetida mais de 200 vezes na Bíblia. (Dt 4: 1, 2, 5 e 10;


Dt 6:1; Ed 7:10; Sl 132:12). O próprio ministério de Jesus foi, em grande parte, voltado
ao ensino: Mateus 5.2, 7.29, 9.35, 11:1; 21:23; Marcos 4:1; 6:2 Lucas 4.15, etc.

Especificamente, o ensino foi ordenado por Cristo em


Mateus 28:19-20. A "Grande Comissão" dada à Igreja não envolve
apenas a proclamação das boas novas (evangelismo). Os
ensinamentos (doutrinas) precisam ser apresentados ao povo, para
edificação e afastamento das heresias (erros): Romanos 15.4,
Colossenses 1.28, 1 Timóteo 4.11. Os primeiros cristãos foram zelosos
no ensino: Atos 5:25 e 42; Romanos 7:12. As bênçãos decorrentes do
ensino da Palavra de Deus são expressas em João 5.39, Romanos 15.4, Salmo 119.105,
2 Timóteo 3.14-17, Apocalipse 1.3.
V. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EBD

a) CONCEITOS:

Organização: ato de organizar, reunir sob uma


direçãlógica os melhores dons e específicos. talentos, com
objetivos especificos.

Funções: atribuição individual ou a equipes de


determinadas tarefas. Exemplo: Secretário, Tesoureiro,
Professor da EBD, etc.

Porque precisamos de uma estrutura organizacional na EBD? As estruturas,


formadas por pessoas e recursos, ajudam a manter e alcançar os objetivos.

A organização tem fundamentos bíblicos? Sim. Exemplos: Moisés


constituiu uma equipe de juízes (Ex 18:13-26); no templo, havia cargos, como levitas
cantores e sacerdotes (Nm 3:6- 10); entre os 12 apóstolos, 1 era tesoureiro (Jo 12:6); na
igreja primitiva, havia ordem na assistência a viúvas (At 6:1-6); a necessidade de ordem
no culto (1 Co 14:26-33); etc.

b) A EBD EXIGE UMA COORDENAÇÃO ENTRE RECURSOS


HUMANOS (PESSOAS) E MATERIAIS

Por recursos humanos, entende-se não só as pessoas para execução das


tarefas, mas também suas idéias e experiências aplicadas à melhoria do ensino, acima
de tudo, seu tempo e disponibilidade como executores desta nobre tarefa. O
verdadeiro líder passa pelo menos 50% de seu tempo junto com a equipe ou se
comunicando com ela, principalmente escutando.
Por recursos materiais, entende-se o conjunto de condições físicas para que
o ensino seja ministrado de forma adequada (material didático, recursos audiovisuais,
instalações, etc.).

c) ESTRUTURA DA EBD

A EBD deve ser estruturada, considerando o espaço físico da igreja, o


número de obreiros e o número de membros para definição das classes, contudo, como
estrutura mínima para nossas igrejas, é recomendável a criação de no mínimo três
classes de ensino, sendo elas: 1. Classe de Adultos/Jovens; 2. Classe de Adolescentes;
3. Classe de Crianças. Na medida do possível separar o grupo de jovens da classe de
Adultos/Jovens, criando uma classe de Jovens.
A base de ensino das classes da EBD será a Bíblia Sagrada, a Revista de
Lições Bíblicas pré- estabelecida pela Diretoria Geral da EBD.

d) COORDENAÇÃO DA EBD

Como estrutura mínima de coordenadores recomenda-se o seguinte:

1) Superintendente da EBD (Pastor ou Obreiro o designado) – 1 pessoa


e um Tesoreiro.
2) Secretário da EBD (Obreiro, aluno designadoo–) 2 pessoa
3) Professor da EBD (Pastor, Obreiro designado ou Líder de Ministério)

Obs.: Importante que se tenha pelo menos dois professores por classe.
Assim como os líderes dos diversos ministérios serem professores de seus grupos na
EBD.
e) AS CLASSES DA EBD PODEM SER DIVIDIDAS DA
SEGUINTE FORMA:

• Uma classe de Crianças com idade de 03 a 10 anos (divididos em duas


Maternal e juniores).
• Uma classe de Adolescentes com idade de 11 a 14 anos.
• Uma classe de Jovens a partir de 15 a 17 anos, e maior não casado.
• Uma classe de Adultos a partir de 18 anos.

Obs.: Para estruturação das classes deverá ser considerado os recursos


materiais e pessoais disponíveis na igreja.

A identificação das classes seguirá os nomes dos ministérios existentes: No


nosso caso, Adulto: ABRAÃO E SARA, Jovens: GIDEÃO E ESTER e etc..

• A classe da EBD de crianças é chamada de Classe Cordeirinhos e


Juniores.
• A classe da EBDde adolescentes é chamada de Classe Adolescentes
• A classe da EBD de jovens é chamada de Classe Jovens.
• A classe da EBD de adultos/jovens é chamada de Classe de ADULTOS.

Nota: As igrejas que comportarem mais classes poderão dividir os alunos


de forma mais adequada, por exemplo:

• Classe de crianças de 03 a 07 anos e 11 meses


• Classe de Juniores de 08 a 10 anos e 11 meses
• Classe Adolescentes de 11 a 14 anos e 11 meses
• Uma classe de Jovens de 15 a 18 anos , ou solteiros (as) que queiram
participar.
• Uma classe de Adultos acima de 19 anos, ou casados (as) que queiram
participar.
• Uma classe de Discipulado (novos convertidos de todas as idades)

VI. O PROFESSOR DA EBD

O professor da Escola Bíblica Dominical deve estar


preparado para o exercício de uma das mais nobres virtudes
do ser humano em todo o tempo, que é o de ensinar. Para o
bom desempenho do professor da Escola Bíblica Dominical
é preciso que ele esteja preparado para ensinar, pronto para
discipular, e pronto a exercer a liderança no grupo.

O PREPARO BÍBLICO-ESPIRITUAL (1 Tm 2.15)

1) APRESENTADO-SE A DEUS . “Procura apresentar-te a Deus...”


(v.2). Tudo o que fazemos deve ser como para Deus e não aos
homens (Cl 3.23).

2) “COMO OBREIRO APROVADO, QUE NÃO TEM DE QUE SE


ENVERGONHAR” O professor da EBD é um obreiro a serviço do
ensino na Casa do Senhor.

Precisa ser aprovado:


✓ No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5)
✓ Na vida familiar (Sl 128.1)
✓ Na vida social (Mt 5.16)
✓ Na igreja (Ec 5.1,2)

Tiago adverte que muitos não queiram ser mestres


(professores), visto que “receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1).

3) “QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE”.

Este é um ponto fundamental. Um obreiro que evangeliza como Timóteo,


precisa saber manejar a Palavra. Um obreiro que ensina precisa mais ainda desse
manejo. Quem ensina é professor, é mestre. “Deus deu uns para apóstolos e outros
para pastores e doutores” (Ef 4.11). Para ter esse manejo, é preciso que o professor
tenha certos cuidados:

✓ Seja um leitor persistente e estudioso da Bíblia (1 Tm 4.13)


✓ Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b).
✓ Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13).
✓ Procure conhecer versões variadas da Bíblia, principalmente as de
estudo bíblico (Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD); Thompson (Ed.
VIDA).
✓ Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas.
✓ Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e
seculares).

O PREPARO TEOLÓGICO

Embora não seja indispensável, seria interessante que o professor da EBD,


tendo condições, fizesse um Curso Teológico. Nele, não se faz um excelente professor
da EBD, pois este é feito por Deus, contudo, o curso dá uma visão ampla do estudo
sistemático da Palavra de Deus, a partir da Teologia Sistemática e suas divisões; da
Hermenêutica, da Homilética, da História da Igreja, da Geografia Bíblica, Ética
Pastoral, Didática, Psicologia, etc...

A Bíblia diz: “Examinai tudo. Retende o bem...” (1 Ts 5. 21).

O PREPARO DIDÁTICO DO PROFESSOR DA EBD CONCEITOS

1) DIDÁTICA. "A técnica de


dirigir e orientar a
aprendizagem; técnica de
ensino"; "O estudo desta
técnica". (Dic. Aurélio). "É a
ciência, a arte e a técnica de
ensinar". Como ciência,
baseia-se em princípios
científicos, chamados de "leis
do ensino"; como arte, envolve a prática e a habilidade em comunicar
conhecimentos; como técnica, utiliza métodos e recursos que
facilitam o processo ensino-aprendizagem.

2) ENSINAR. "Ensinar não é somente uma ciência, mas, também, uma


arte. O professor é mais um artista do que um cientista".
3) EDUCAÇÃO. "Podemos dizer que a educação é um processo
contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida". Há dois
conceitos de educação: "Primeiro, o desenvolvimento das
capacidades; Segundo, a aquisição de experiência". "É a arte de
exercitar e a arte de ensinar". Com isso, o resultado esperado é "uma
personalidade bem desenvolvida física, intelectual e moralmente,
com recursos tais que tornem a vida útil e feliz, e habilitem o
indivíduo a continuar aprendendo através de todas as atividades da
vida".

4) EDUCAÇÃO CRISTÃ. É o processo de ensino-aprendizagem


proporcionado por Deus, através de sua Palavra, pelo Poder do
Espírito Santo, transmitindo valores e princípios divinos. É diferente
da educação secular, que só transmite instruções e conhecimentos,
deixando de lado os valores éticos, morais e espirituais. Por isso, a
base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada. O professor da EBD tem
grande responsabilidade, na sua tarefa, de contribuir para a
educação de tantas vidas que se colocam, na classe, para ouvi-lo.

5) EDUCAÇÃO RELIGIOSA. "...é um programa de ensino bíblico, cuja


finalidade visa à integração da pessoa na igreja, seu
desenvolvimento espiritual e maturidade cristã". A educação
religiosa é desenvolvida:

➢ NA IGREJA (No ministério pastoral)


➢ NA ESCOLA DOMINICAL
➢ NO LAR (Culto Doméstico, atitudes, exemplo dos
pais, etc.)

6) PEDAGOGIA. "Teoria e ciência da educação e do ensino; conjunto


de doutrinas, princípios e métodos de educação e instrução que
tendem a um objetivo prático. "...é a arte e ciência de ensinar e
educar". Enquanto a Didática (prática) se volta para o ensino
propriamente dito, a pedagogia volta-se para a Educação (Ciência,
doutrina).

Pode-se dizer que o ESTUDO DA DIDÁTICA envolve todo o processo


do ensino- aprendizagem. Nele, estudam-se o Planejamento do Ensino, a definição
métodos e técnicas, meios auxiliares de ensino, avaliação, etc...
O PAPEL DO PROFESSOR NAS IGREJAS

Sendo a Didática a arte e a técnica de transmitir o ensino ou os


conhecimentos, o professor tem papel fundamental, no sentido de "estimular, dirigir e
auxiliar a aprendizagem.

O Professor cristão deve ser um instrumento nas mãos do Espírito Santo,


para transmitir a Palavra de Deus. Jesus disse: "Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 19.28).

O professor cristão deve ser amigo, procurando


relacionar-se bem com os alunos; deve ser intérprete,
traduzindo para os alunos aquilo que lhes é ensinado;
planejador, procurando adaptar as lições, os currículos às
necessidades dos alunos; aprendiz, estando disposto a colocar-
se no lugar dos que querem sempre aprender mais para ensinar
melhor.

Além disso, o professor cristão deve ser um


EXEMPLO para seus alunos. "Assim falai, assim procedei..." (Tg 2.12). Na escola
secular, o professor pode ser um mero transmissor de conhecimentos. Na Igreja, é
diferente. O professor tem que ser didático e exemplar.

ATITUDES DO PROFESSOR DA EBD

O professor, na igreja, precisa ser "...APTO PARA


ENSINAR" (2 Tm 2.24), precisa ser uma pessoa DEDICADA AO
ENSINO (Rm 12.7) e, como OBREIRO, precisa apresentar-se "...a
Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a Palavra da verdade" (2 Tm 2.15).

❖ Orientador das mentes e vidas dos alunos;


❖ Entusiasmado, sincero, humano e otimista;
❖ Atualizado, não só em termos do que ensina, mas de outras áreas;
❖ Não fugir do assunto da lição, contando "testemunhos" ou histórias
não planejadas para passar o tempo;
❖ Enriquecer a lição com fatos novos;
❖ Não ler simplesmente a lição diante da classe; seguir o roteiro,
comentando e dando oportunidade aos alunos para se expressarem;
❖ Não confiar no improviso; deve ler e PREPARAR a lição com
antecedência, conferindo com a Bíblia.
❖ Pontual e assíduo, para não decepcionar os alunos;
❖ Ao final de cada aula, sempre fazer a avaliação (perguntas, testes,
etc..)

COMO O PROFESSOR DEVE VER O ALUNO

Nas igrejas, é comum o ensino tradicional em que o ALUNO NÃO É O


CENTRO do ensino. É por isso que muitos alunos iniciam o ano na Escola Dominical,
mas, 3 meses depois, não vão mais à EBD.

É importante que o professor entenda que é um instrumento de Deus a


serviço da formação espiritual dos alunos. Estes devem ser o alvo do ensino, e não o
professor.

O EXEMPLO DE JESUS COMO MESTRE (PROFESSOR)

O Mestre Divino deixou-nos os seguintes exemplos:

1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);


2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-26; Jo 14.6);
5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes, como
se pode ver a seguir:

a) Lições práticas (Jo 4.1-42) - falou da água para atrair a mulher


samaritana;
b) Pontos de contato (Jo 1.35-51): o relacionamento entre André,
João, Natanael; Pedro, Filipe e Natanael;

c) Solução de problemas (Mt 22.15-21). Pediu uma moeda e


questionou os deveres para com Deus e as autoridades.

d) Técnica de perguntas. Jesus fez mais de cem perguntas


para levar as pessoas a entender sua mensagem.

e) Parábolas. O Mestre utilizou grandemente o recurso das


parábolas para evidenciar as verdades eternas.

f) Oportunidades (Mt 26.17-30; Jo 13.1-20). Ele aproveitou a


ocasião da Páscoa, e lavou os pés dos discípulos para ensinar
sobre sua morte e sobre a humildade do servo.

g) Trabalho em grupo (Mt 5 a 7; Jo 14 a 17). Tanto pregava a


grandes grupos (as multidões) como a pequenos grupos (os
discípulos); na casa de Lázaro, Marta e Maria, etc.

h) Ele levava o discípulo a aprender a resolver problemas. Na


multiplicação dos pães, Ele disse: "Dai-lhes vós de comer..."
(Lc 9.13a). Ele não trabalhava só. Valorizava o GRUPO.
Formou um grupo de 12 discípulos para fazer o trabalho com
Ele. Incentivava os discípulos a praticar o aprendizado.
Enviou 12, de dois em dois; depois, enviou 70, de dois em
dois.

COMUNICAÇÃO E APRENDIZADO

Os estilos de aprendizagem utilizam 03 formas de percepção de


informações e são elas:

• Visual: faz uso da visão como meio de obter e reter as informações;


• Auditivo: vale-se da audição para absorver informações e;
• Cinestésico: aproveita-se dos sentidos relacionados ao movimento
para guardar informações.
Cada indivíduo, em regra, tem predominância em um destes
(predominância, e não totalidade). Conhecer-se e Identificar qual o estilo de
aprendizagem predominante em seus alunos auxiliará e muito nos estudos.

Estudiosos afirmam que a aprendizagem ocorre por meio dos cinco


sentidos:

➢ Visão - 83%
➢ Audição - 11% Olfato - 3,5 % Tato - 1,5%
➢ Paladar - 1%

A aprendizagem é mais objetiva quando um aluno usa mais de ao


mesmo tempo:

Experiência Depois de 3 horas Depois de 3 dias


Se ouviu Retêm 70 % Retêm 10%
Se viu Retêm 72% Retêm 20%
Se ouviu e viu Retêm 85% Retêm 65%

Tendo isto em mente o professor deve:

❖ Encorajar o aluno a compreender a si mesmo, compreendendo seu


próprio estilo de aprendizagem e preferências.
❖ Utilizar uma variedade de métodos de ensino, reconhecendo que os
alunos têm diferentes maneiras de aprender.

❖ Estabelecer um ambiente de colaboração, incentivando a


participação dos alunos sem perder o controle do tópico em
discussão.

VII. CONSELHOS AOS PROFESSORES DA EBD

1) Professor seja o exemplo! Mostre para os alunos o seu compromisso


com Deus e para com sua obra, sendo
uma pessoa obediente à Palavra.
"...torna-te padrão dos fiéis, na
palavra, no procedimento, no amor, na
fé, na pureza"(I Tm 4:12b).

2) Tenha prazer em ler e meditar na


Palavra, pois esta é a maneira de se
conhecer as Escrituras e ouvir a voz de
Deus. "Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita
de dia e de noite" (Sl 1:2).

3) Questione a si mesmo: dentro da lição proposta, o que meu aluno


precisa aprender? A resposta será o conteúdo da aula.

4) Estude muito bem o conteúdo estabelecido. Pesquise,


consulte a bibliografia. "...se é ensinar, haja dedicação
ao ens no" (Rm 12:7).

5) Determine os objetivos da sua aula e lembre-se: eles são


direcionados ao aluno.

6) Faça sempre seu plano de aula. Ele será seu roteiro e guia.

7) Conheça seus alunos. Fale a língua deles. "E dizia: O reino de Deus
é assim como se um homem lançasse semente à terra..." (Mc 4:26).

8) Seja pontual. Chegue à sala a tempo de preparar


s eus materiais didáticos e aguardar a chegada dos
alunos. Eles merecem seu carinho e atenção e
assim você exercita a disciplina.
9) Procure fazer uma atividade inicial. Ela irá despertar o interesse do
aluno para a aula.

10) Deixe claro para os alunos qual o assunto do estudo do dia. Eles
precisam se preparar mentalmente para a aula.

11) Professor, sua expressão corporal é


muito importante na sala de aula. Use se
u comportamento para variar a situação
de estímulo, movimentando-se,
mudando o tom da voz, gesticulando e
interagindo com os alunos.

12) Durante toda a aula seja claro e direto nos assuntos, expondo o
conteúdo numa linguagem inteligível. A aprendizagem precisa de
ordenação. Um assunto deve ser pré-requisito para outro que o
complementa.

13) Não esqueça que a aula é sobre assuntos espirituais que serão
aplicados à vida cotidiana do seu aluno, por isso, relacione os
conteúdos com a vivência deles. "Outra parábola lhes disse: O reino
dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz
em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado" (Mt 13:33).

14) Procure realizar atividades em grupo. Socializar e integrar os alunos,


também são objetivos da aula. "E nomeou doze para que estivessem
com ele e os mandasse a pregar" (Mc 3:14).
15) Sempre que possível trabalhe com
pequenos grupos. As discussões
neles são mais produtivas. "E
aconteceu que, quase oito dias
depois destas palavras, tomou
consigo a Pedro, a João e a
Tiago,..." (Lc 9:28).

16) Escolha as técnicas de ensino considerando: o nível de conhecimento


do grupo, os objetivos propostos, o tempo disponível e o tipo de
conteúdo a ser trabalhado.

17) Seja cuidadoso. Elabore seus recursos didáticos com


capricho e beleza.

18) Fique atento às reações dos alunos. Suas reações são


o termômetro das aulas.

19) Não deixe a aula sem conclusão. Faça um resumo dos pontos
principais. Transforme os objetivos em perguntas. Certifique-se se
houve aprendizado.

20) Mantenha a ordem e a disciplina. Você é o líder e o responsável pela


sala.

21) Seja crítico. Estabeleça ferramentas de avaliação


da aula. Use técnicas diversificadas. (Responda
com a turma o questionario da lição)

Lembre-se professor, você é um servo, Deus conta com você. Assuma esse
compromisso com responsabilidade (Lc 9:62).

Tenha sempre em mente que seu esforço será recompensado na eternidade,


mas, busque resultados na vida de seus alunos, isso te encorajará a prosseguir.

“Portanto meus amados irmãos, sedes firmes e constantes, sempre


abundantes na obra do Senhor, sabendo que vosso trabalho não é vão no Senhor.” I
Co 15.58
VIII. CONHECENDO A ESTRUTURA DA REVISTA
DE LIÇÕES BÍBLICAS DA CPAD

A revista de lições bíblicas da CPAD apresenta diversas seções, tanto para


o mestre quanto para o aluno:

a) Para o mestre:
1. Hino sugerido
2. Texto áureo
3. Verdade prática
4. Leitura diária
5. Objetivos
6. Leitura bíblica em classe
7. Comentário da lição (dividido em Introdução, Tópicos I, II, III e Pontos,
Conclusão)
8. Interação
9. Orientação Pedagógica
10. Sinopse do tópico
11. Responda
12. Palavra-chave
13. Reflexão
14. Auxílios bibliográficos
15. Vocabulário
16. Bibliografia Sugerida
17. Respostas dos Exercícios
18. Saiba Mais

b) Para o aluno:

1. Texto áureo
2. Verdade prática
3. Leitura diária
4. Leitura bíblica em classe
5. Comentário da lição (dividido em Introdução, Tópicos I, II, III e Pontos,
Conclusão)
6. Vocabulário
7. Questionário

Essa estrutura organizada visa proporcionar uma experiência de estudo


completa e abrangente, facilitando tanto o entendimento do conteúdo quanto a
aplicação prática das lições bíblicas. - http://cpadweb.com.br/cartilha/escoladominical/
O planejamento e execução das aulas para a classe de adultos requerem
dedicação e amor por parte do professor, pois envolve o ensino de pessoas que são
amadas por Deus. Para uma aula bíblica eficaz, é importante seguir as seguintes
etapas:

1) PREPARAÇÃO DO PROFESSOR

Na semana anterior à aula, o professor deve reservar um tempo para:

• Oração: Iniciar com a oração, buscando a orientação divina para o


ensino.

• Leitura da lição: Familiarizar-se com o conteúdo da


lição a ser ministrada.

• Estabelecimento dos objetivos da aula: Definir de


forma clara o que os alunos aprenderão. Por
exemplo, se a aula é sobre o valor da oração, a síntese
do ensino pode ser que a oração é importante porque
é um recurso dado por Deus para nosso crescimento
espiritual e vitória.

• Aplicação prática: Planejar como conduzir os alunos a praticar o que


aprenderam, como incentivar a oração diária.

• Preparação da aula em si: Preparar os recursos didáticos, interações


com os alunos e o plano de aula, com o objetivo de despertar o interesse
e motivação para a aprendizagem.

2) NA CLASSE

Ao chegar à classe, o professor deve seguir os seguintes passos:


• Preparação do ambiente: Chegar com pelo menos 15 minutos de
antecedência para organizar o local, arrumando cadeiras, assegurando
boa ventilação e iluminação, entre outros detalhes.

• Recepção dos alunos: Cumprimentar calorosamente os alunos e


demonstrar apreço pela presença deles.
• Registro dos presentes: Registrar os nomes dos alunos presentes. Se
houver visitantes, anotar seus nomes e endereços, atribuindo essa
tarefa ao secretário, se disponível.
• Início da aula com oração: Pontualmente no horário marcado, iniciar
a aula com uma oração, buscando a orientação divina para o ensino.

• Condução da aula: Proceder com a aula propriamente dita, seguindo


o plano de aula previamente preparado na lição.

Este processo organizado e dedicado permite que o professor conduza as


aulas de forma eficiente, proporcionando um ambiente propício para o aprendizado e
crescimento espiritual dos alunos.

1. COMO UTILIZAR A REVISTA DE LIÇÕES BÍBLICAS:

Preparação da Aula:
❖ Dedique tempo antecipadamente para a preparação da aula, reunindo material
para torná-la dinâmica.
❖ Leia os textos da Leitura Bíblica em Classe.
❖ Estude os Objetivos propostos.
❖ Leia todas as seções ao longo do Comentário da Lição e sublinhe o que
considerar relevante.
❖ Consulte o Comentário, verificando as referências bíblicas e destacando os
pontos importantes.
❖ Leia os textos dos Auxílios Suplementares e sublinhe pontos-chave.
❖ Anote os pontos sublinhados no Comentário, Orientações Pedagógicas e
Sinopse do Tópico, para planejar a ênfase na aula.
❖ Utilize a Orientação Pedagógica em seu estudo.

Condução da Aula:
1. Evite simplesmente ler o Comentário em sala de aula.
2. Tornar a aula dinâmica com métodos e recursos didáticos
variados é essencial.
3. Priorize a aplicação dos temas à vida dos alunos.
4. Reserve um tempo no final da aula para abordar as perguntas do Questionário
da revista do Aluno, podendo criar outras perguntas, se necessário.

Roteiro de Aula para a Classe de Adultos:


O plano de aula apresentado pode ser aplicado a qualquer revista de lições
bíblicas, como CPAD, Editora Betel, Editora Cristã Evangélica, entre outras. O tempo
ideal para ministrar a lição é de 50 minutos e 10 min para aplicação do questionário.
2. LITURGIA / ROTEIRO DA AULA:

a) Oração e Louvor:

Iniciar a aula com um período de oração e louvor, preparando o coração


dos alunos para a recepção da Palavra de Deus.

Dê Preferência a Louvores Relacionados ao Tema:

1. Priorize louvores que estejam relacionados com o assunto do dia.


2. Evite louvores extensos, para não consumir muito tempo.
3. O louvor deve ser entoado após a oração inicial da Escola Bíblica Dominical.

b) Tema da Lição e Introdução do Assunto:

1. Informe os alunos sobre o tema da lição do dia e faça uma breve recapitulação
do assunto anterior.

2. Introduza a aula do dia de forma sucinta.

c) Texto Áureo / Versículo-Chave:

1. Apresente o versículo principal que encapsula a essência do


assunto tratado.
2. Leia-o em voz alta com todos os alunos e incentive-os a recitá-
lo de memória.

d) Leitura Bíblica em Classe / Texto de Referência:

3. Utilize o texto básico que sustenta e fundamenta o comentário da lição.


4. Faça a leitura do texto ou peça aos alunos que o leiam, fazendo comentários
relevantes durante ou após a leitura.

e) Comentário da Lição:

1. Essa seção abrange a análise, comentário e aplicação do texto básico da lição.


2. É o conteúdo principal da aula. Leia antecipadamente para compreender a
proposta da lição e complemente com seus próprios comentários durante a
explanação dos tópicos.
3. Divida-o em seções, incluindo Introdução, Tópicos (I, II, III) e Pontos, e finalize
com uma Conclusão.
f) Vocabulário / Glossário:

1. Esclareça o significado de palavras e frases obscuras, difíceis ou pouco usadas.


2. Recorra a um dicionário bíblico-teológico quando necessário para obter
definições mais precisas.

g) Recursos Didáticos e Encerramento da Aula:

1. Faça uso de cartazes, recursos didáticos, exercícios variados e brincadeiras para


manter a aula dinâmica e motivadora.
2. Encerre a aula com uma oração, permitindo que um aluno tenha a oportunidade
de fazê-la.
3. Despeça os alunos com um sorriso e cordialidade, manifestando o desejo
sincero de revê-los na próxima aula, incentivando-os a trazer visitantes.
4. Este roteiro completo ajuda a conduzir uma aula eficaz, promovendo o
aprendizado e a motivação dos alunos, bem como o crescimento espiritual na
Escola Bíblica Dominical.

3. MODELO DE PLANO DE AULA – CLASSE ADULTOS

PLANO DE AULA

4º TRIMESTRE - NEEMIAS – INTEGRIDADE E CORAGEM EM TEMPOS DE CRISE


DATA: 02/10/2011
LIÇÃO: 1 - Quando a crise mostra a sua face
PROFº: Sergio Roberto

ATIVIDADE DESCRIÇÃO
Oração de início Nomear um aluno para fazer esta Oração

Louvor Lamento de Israel


Enfatizar a importância do estudo desta lição e o que será
Tema da lição
discutido
Solicitar que todos os alunos leiam o versículo juntos em
Texto áureo voz alta. Posteriormente pedir aos alunos que recitem o
versículo sem ler.
Verdade prática Comentar

Leitura diária Solicitar que somente as irmãs leiam os versículos

Leitura bíblica em classe Solicitar que somente os irmãos leiam para a classe
Comentar cada um dos pontos dos tópicos.

Comentar sobre a divisão das tribos e a monarquia de Israel

Listar os motivos que levaram ao exílio


Comentário da Lição
(desenvolvimento) Comentar sobre o retorno do exílio com Zorobabel

Relatar os problemas (crises) de Jerusalém

Apresentar as qualidades de Neemias

Dividir os alunos em dois grupos para que discutam e


Dinâmica
escrevam sobre CRISE NA IGREJA
Recursos Imagens impressas da muralha e portas destruídas

Encerramento Solicitar que um aluno ore pela paz em Israel

IX. QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS


NA ATIVIDADE DOCENTE:

1. Convicção de Chamada:

• Você tem convicção de sua chamada como professor na Escola


Dominical?
• A certeza de sua chamada é fundamental para exercer eficazmente seu
ministério.

2. Recepção das Lições

• Como seus alunos estão recebendo as lições ministradas a cada


domingo?
• É importante acompanhar o progresso e a compreensão da classe em
relação ao conteúdo.

3. Motivação da Classe:

• Você tem conseguido manter sua classe motivada?


• A motivação dos alunos é essencial para tornar o aprendizado mais
interessante e produtivo, beneficiando tanto os alunos quanto o
professor.
4. Habilidade de Perguntas:

• Você sabe como formular perguntas de maneira adequada?


• As perguntas devem ser claras, precisas e relacionadas à lição, com o
propósito de estimular o pensamento dos alunos.
• Evite perguntas com palavras técnicas difíceis, com múltiplos sentidos,
vagas ou que possam causar conflitos entre os alunos.
• As perguntas não devem revelar as respostas, permitindo que os alunos
pensem e reflitam.

5. Promoção da Escola Bíblica Dominical:

• Você tem desempenhado um papel na promoção da Escola Bíblica


Dominical?
• Como professor, sua responsabilidade vai além do ensino; você também
pode ser um promotor ativo da EBD.

6. Preocupação com os Alunos:

• Você se preocupa com o bem-estar de seus alunos?


• Acompanhar o desenvolvimento e o envolvimento dos alunos é parte de
sua responsabilidade.
• Em casos de ausência prolongada de um aluno, é importante investigar
e oferecer apoio, como enviar cartas ou fazer visitas.

7. Alcance de Objetivos:

• Seus objetivos estão sendo alcançados?


• Os alunos estão compreendendo claramente os ensinamentos
ministrados?
• Você observou mudanças significativas no comportamento e nas
atitudes dos alunos?
• Faça uma reflexão sobre o impacto de suas aulas.

Essas questões são fundamentais para orientar o trabalho do professor na


Escola Bíblica Dominical e garantir um ensino eficaz e edificante para os alunos.

X. EBD PARA ADULTOS

A faixa etária dos adultos para receber ensino é variada, e, como a Bíblia
nos lembra em Provérbios 1:5, "O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento." Neste
estágio da vida, os adultos têm a
capacidade de aprofundar sua
compreensão das Escrituras e buscar um
conhecimento mais profundo. No entanto,
também é um momento em que suas
experiências de vida, opiniões e crenças
podem influenciar sua receptividade ao
ensino.

Assim como Paulo nos aconselha em 2 Timóteo 3:16-17, "Toda a Escritura


é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a
instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado
para toda boa obra." Portanto, é essencial abordar o ensino de adultos de maneira
aprofundada, oferecendo-lhes oportunidades de explorar as Escrituras em
profundidade.

No entanto, também é importante


lembrar o que está escrito em Hebreus 5:12:
"Embora a esta altura já devessem ser mestres,
vocês precisam de alguém que lhes ensine
novamente os princípios elementares da palavra
de Deus. Estão precisando de leite, e não de
alimento sólido!" Alguns adultos podem
precisar de um reforço nos princípios básicos da
fé, enquanto outros estão prontos para mergulhar
em estudos mais avançados.

Em resumo, ensinar adultos envolve reconhecer sua diversidade de


conhecimento e experiência, enquanto os conduzimos a crescer em sabedoria e
compreensão das Escrituras, sempre ancorados nas palavras inspiradas por Deus.

1. METODOLOGIA DE ENSINO PARA ADULTOS

O ensino para adultos na Escola Bíblica Dominical é uma tarefa importante


e requer abordagens específicas para atender às necessidades desse público. Aqui
estão algumas diretrizes a serem consideradas:

a) Compreensão das Necessidades Adultas:

• Reconheça que os adultos têm expectativas e necessidades diferentes em relação


ao ensino em comparação com crianças e adolescentes.
b) Conteúdo Relevante:

• Escolha tópicos e estudos bíblicos que sejam pertinentes às vidas dos adultos,
relacionados a questões de fé, vida cristã, relacionamentos e desafios cotidianos.

c) 3. Estudo da Bíblia Profundo:

• Incentive o estudo aprofundado das Escrituras, promovendo a leitura


individual e discussões em grupo.

d) Facilitação de Discussões Significativas:

• Promova discussões abertas e construtivas, permitindo


que os adultos compartilhem suas perspectivas e dúvidas.

e) Aplicação Prática:

• Ajude os adultos a relacionar o que aprendem na Bíblia com suas vidas diárias,
incentivando a aplicação prática dos ensinamentos.

f) Oportunidade de Perguntas:

• Esteja aberto a perguntas e dúvidas, criando um ambiente de


aprendizado que valoriza o questionamento.

g) Integração de Tecnologia:

• Utilize recursos tecnológicos, como apresentações em


PowerPoint ou aplicativos de estudo bíblico, para
enriquecer o ensino.

h) 8. Encorajamento ao Ministério:

❖ Incentive os adultos a aplicarem o que aprendem na EBD em seus ministérios e


serviço na igreja.

i) Abordagem Personalizada:

❖ Reconheça as diferentes necessidades e estágios de vida dos adultos e adapte o


ensino de acordo.
j) Avaliação e Feedback:

❖ Regularmente, peça feedback aos participantes para avaliar o ensino e fazer


ajustes conforme necessário.

k) 11. Exemplo de Vida Cristã:

❖ Lembre-se de que os adultos observam o exemplo de vida cristã do professor,


portanto, seja um modelo a seguir.

l) 12. Foco na Transformação:

❖ Enfatize que o objetivo do ensino não é apenas a aquisição de conhecimento,


mas a transformação de vidas à luz dos ensinamentos bíblicos.

Ao seguir essas diretrizes, os professores da EBD podem criar uma


experiência de aprendizado significativa para adultos, ajudando-os a crescer
espiritualmente e aprofundar seu relacionamento com Deus.

2. ROTEIRO DE ESTUDO PARA PREPARAÇÃO DA LIÇÃO NA CLASSE DE


ADULTOS NA EBD

A preparação para ministrar uma lição na classe de adultos na Escola Bíblica


Dominical requer um roteiro de estudo bem estruturado. Aqui está um guia passo a
passo para auxiliar o professor no processo de preparação:

Passo 1: Seleção da Lição: Escolha a lição ou tópico a ser


ensinado com base nas necessidades da classe e no currículo
estabelecido.

Passo 2: Leitura Bíblica: Leia cuidadosamente as passagens bíblicas


relacionadas à lição. Certifique-se de compreender o contexto e o significado dessas
passagens.

Passo 3: Pesquisa: Realize uma pesquisa adicional sobre o contexto


histórico, cultural e geográfico das passagens estudadas.

Passo 4: Comentários e Recursos: Consulte comentários bíblicos,


dicionários bíblicos e recursos acadêmicos relevantes para obter insights adicionais.
Passo 5: Análise de Palavras-chave: Identifique
palavras-chave ou conceitos-chave na lição e pesquise seu
significado original no idioma original da Bíblia.

Passo 6: Estrutura da Lição: Familiarize-se com a estrutura da


lição, incluindo os tópicos principais e as perguntas de discussão propostas.

Passo 7: Objetivos de Aprendizado: Defina objetivos claros de aprendizado


que deseja alcançar com a classe, como compreender um conceito específico ou aplicar
a lição à vida cotidiana.

Passo 8: Preparação de Material Adicional: Prepare qualquer material


adicional, como apresentações em PowerPoint, ilustrações, vídeos ou recursos visuais
que possam enriquecer a lição.

Passo 9: Perguntas e Discussão: Formule perguntas de discussão que


estimulem a reflexão e a participação ativa dos alunos. Considere como essas
perguntas podem ser aplicadas às vidas dos adultos.

Passo 10: Plano de Aula: Crie um plano de aula que inclua uma introdução
envolvente, o desenvolvimento da lição, atividades práticas, discussão em grupo e
conclusão.

Passo 11: Prática de Ensino: Pratique a apresentação da lição


para garantir que você se sinta confiante e confortável com o
material.

Passo 12: Reflexão Pessoa: Reserve um tempo para


refletir sobre como a lição se aplica à sua própria vida e fé. Isso
ajudará a transmitir uma mensagem autêntica aos alunos.

Passo 13: Oração: Ore pela classe e pelos alunos, pedindo


sabedoria e orientação para ministrar a lição de forma eficaz.

Seguindo este roteiro de estudo, o professor estará bem preparado para


ministrar uma lição sólida e impactante na classe de adultos, promovendo o
crescimento espiritual e o entendimento das Escrituras.

XI. EBD PARA OS JOVENS


O ensino para jovens é uma
tarefa crucial no contexto da educação
cristã. É um desafio empolgante e, ao
mesmo tempo, repleto de
responsabilidade. Os jovens estão em
uma fase de busca por identidade,
enfrentando influências externas e
questionando aspectos fundamentais
de suas vidas, incluindo sua fé. Como
educadores e líderes cristãos, é vital
abordar esse desafio com sabedoria e compreensão, ancorados na Palavra de Deus.

Relevância e Aplicação Prática: Um dos maiores desafios no ensino para


jovens é tornar a fé cristã relevante para suas vidas cotidianas. Os jovens desejam
entender como os princípios bíblicos se aplicam aos desafios modernos. É importante
ensinar de forma contextualizada, mostrando como a fé cristã oferece orientação em
meio às pressões e tentações da vida atual (Romanos 12:2).

Aceitação de Dúvidas e Perguntas: Os jovens têm muitas perguntas e


podem enfrentar dúvidas sobre sua fé. Criar um ambiente onde as perguntas são bem-
vindas e exploradas à luz da
Escritura é fundamental. Isso
permite que eles fortaleçam sua fé
por meio da investigação e
compreensão (1 Pedro 3:15).

Exemplo e
Testemunho: Os professores e
líderes devem servir como
modelos de fé e integridade. Os
jovens são influenciados pelo
exemplo daqueles que os ensinam.
É crucial viver de acordo com os
princípios cristãos e demonstrar amor e respeito (1 Timóteo 4:12).

Empatia e Compreensão: Compreender as lutas e pressões que os jovens


enfrentam é essencial. Os líderes podem se aproximar dos jovens com empatia e amor,
lembrando-se de suas próprias lutas e fraquezas (Hebreus 4:15).

Desenvolvimento Espiritual Progressivo: Os jovens estão em um processo


de crescimento espiritual. O ensino deve ser progressivo e adaptado ao nível de
maturidade de cada indivíduo. O objetivo é levá-los a crescer na graça e no
conhecimento de Cristo (2 Pedro 3:18).

Desafio para o Discipulado: Ensinar jovens não deve ser apenas transmitir
informações, mas também desafiá-los a se tornarem discípulos comprometidos de
Cristo. Isso envolve orientá-los na oração, no estudo da Bíblia e no serviço cristão
(Mateus 28:19-20).

Encorajamento na Comunidade: Os jovens se beneficiam do apoio da


comunidade cristã. O ensino deve enfatizar a importância de se reunir, adorar e crescer
juntos como corpo de Cristo (Hebreus 10:25).

Ensinar jovens é um desafio gratificante, pois eles têm o potencial de crescer


em sua fé e se tornar líderes influentes na igreja. O encorajamento vem da certeza de
que Deus está trabalhando em suas vidas, capacitando-os a fazer a diferença em seu
contexto e para Sua glória. Portanto, como educadores e líderes, devemos abraçar esse
desafio com fé, amor e dedicação à próxima geração de seguidores de Cristo.

1. CONSIDERAÇÕES RELEVANTES PARA


O TRATO COM A JUVENTUDE

a) Abstenha-se de abordar questões


mediante proibições; ao invés disso,
promova debates embasados em
argumentações sólidas. Em vez de
afirmar "Isso é errado...", busque
conduzi-los com frases como: "Por
qual motivo, considerando o rápido
desenvolvimento nessa fase, você
acredita que isso não seja errôneo?"
ou "Já refletiu sobre isso...?". Ao
promover discussões baseadas em argumentos, você se tornará mais
receptivo e ouvido.

b) Mantenha-se atualizado e aborde os temas sob a perspectiva da juventude.


Filmes, vestuário, artistas, e assim por diante. Mesmo que esses elementos
não façam parte do seu universo pessoal, procure adquirir conhecimento
suficiente para não se sentir desconectado do mundo deles. Estar atualizado
com os assuntos que lhes interessam é a chave para torná-los receptivos ao
que você tem a compartilhar.
c) Demonstre interesse individual a cada um deles. Nessa fase, a necessidade
de afeto aumenta consideravelmente, bem
como o medo da rejeição. Eles desejam
sentir-se valorizados como indivíduos.
Conheça seus nomes e chame-os pelo
nome. Esteja ciente das questões pessoais de
cada um e mostre interesse genuíno por seu
desenvolvimento. Eles precisam sentir que
têm valor para você. Isso abre amplamente
as portas para a comunicação.

d) Promova atividades que envolvam


aventura e interação social. Eles têm uma
grande quantidade de energia para gastar, e essa energia deve ser
direcionada para atividades da igreja. Além disso, apreciam estar em grupo.
Incentive a reunião deles e incentive-os a compartilhar o que desejariam fazer
com seus colegas da igreja.

e) NUNCA OS TRATE COMO CRIANÇAS. Eles se consideram adultos e


desejam ser tratados com respeito e consideração.

f) Defenda-os. Eles têm grande admiração por pessoas que demonstram


dedicação a eles e buscam o melhor para suas vidas.

g) Organize programas na igreja em que eles sejam participantes ativos, não


apenas espectadores. Evite tentar fazer com que participem sozinhos em
atividades da igreja; sempre trabalhe com grupos. Eles têm inseguranças e
preferem estar em grupos. Um exemplo seria a criação de um Teatro Jovem,
uma excelente maneira de envolvê-los em atividades espirituais em grupo.

h) Ore fervorosamente por eles e deixe-os cientes disso. Mostre que você os
conhece individualmente e que deseja vê-los firmes na fé e na obra da igreja.
(Fonte: Adaptado de "Capacitando a sua liderança").

2. METOTOLOGIA DE ENSINO PARA JOVENS

Ensinar jovens sobre a Bíblia de forma cativante requer uma


abordagem dinâmica e envolvente. Aqui está uma metodologia que pode ser
eficaz:
1. Conexão Inicial:
• Comece com uma atividade que chame a atenção dos jovens e os envolva no
tema da lição. Pode ser uma pergunta intrigante, um vídeo relevante ou uma
história curta relacionada ao assunto.

2. Contextualização:
• Explique por que o tema da lição é relevante para a vida dos jovens. Mostre
como os princípios bíblicos se aplicam aos desafios que eles enfrentam
diariamente.
3. Discussão em Grupo:
• Divida os jovens em grupos pequenos para
discutir o tema da lição. Encoraje-os a
compartilhar suas perspectivas e experiências
pessoais. Isso promove a interação e a reflexão.

4. Estudo da Bíblia:
• Realize um estudo bíblico interativo. Leia
passagens relevantes e incentive os jovens a
fazer perguntas. Use recursos como
comentários bíblicos e ferramentas online para
aprofundar a compreensão.

5. Atividades Criativas:
• Integre atividades criativas, como dramatizações, música, arte ou vídeos, para
ajudar os jovens a visualizar e aplicar os conceitos da lição.

6. Testemunhos:
• Convide jovens ou membros da igreja a compartilhar seus testemunhos
relacionados ao tema da lição. Isso pode inspirar e tornar os princípios bíblicos
mais tangíveis.

7. Perguntas e Respostas:
• Promova uma sessão de perguntas e respostas, onde os jovens possam fazer
perguntas sobre o tema. Isso incentiva a participação ativa e esclarece dúvidas.

8. Aplicação Prática:
• Ajude os jovens a pensar em maneiras práticas de aplicar o que aprenderam em
suas vidas. Discuta desafios específicos que podem enfrentar e como a fé pode
orientá-los.
9. Oração e Compromisso:
• Termine a aula com um tempo de oração, onde os jovens podem compartilhar
pedidos e compromissos relacionados ao tema da lição. Isso fortalece a conexão
espiritual.

10. Acompanhamento: - Ofereça oportunidades para os jovens


continuarem a explorar o tema por conta própria. Indique recursos adicionais,
como livros, podcasts ou vídeos, para aprofundamento.

11. Feedback e Avaliação: - Peça feedback aos jovens sobre a aula e


faça ajustes conforme necessário para melhorar o engajamento e a compreensão.

Lembre-se de que a chave para ensinar jovens de forma cativante é


ser autêntico, relevante e receptivo às suas necessidades e preocupações.
Aproxime-se deles com amor e paciência, e eles estarão mais dispostos a se
envolverem com a Palavra de Deus de maneira significativa.

XII. EBD PARA ADOLESCENTES:

a) DEFINIÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

A adolescência é um período da vida que se estende entre a fase da infância


e a fase adulta. Ela é um processo dinâmico e não um
estado. É um estágio onde acontece um período radical de
transição que deve ser vivido com naturalidade e
intensidade pelo adolescente e um tempo especial onde os
adultos precisam compreendê-lo em suas inquietações.

A adolescência é considerada um fenômeno de


caráter psicológico e social com diferentes
particularidades que variam de acordo com o contexto no
qual o adolescente está inserido.

A palavra adolescência deriva do latim ad (a, para) e olescer (crescer),


caracterizando, portanto, o processo dinâmico que o indivíduo apresenta na sua
aptidão de crescer. A adolescência também tem raízes na palavra adolescer, de onde
origina a palavra adoecer. Temos, pois, uma dupla etimológica: crescer no sentido
físico e psíquico e adoecer com as transformações biológicas e mentais que se sucedem
nesta fase da vida.
b) Etapas da Adolescência: Entendendo as Mudanças na Juventude

A adolescência é um período de transição marcado por mudanças físicas,


emocionais e psicológicas significativas. Compreender as diferentes etapas desse
processo é fundamental para auxiliar os jovens nessa fase de desenvolvimento.

a) Adolescência Inicial: Esta fase da


adolescência, geralmente, começa por volta dos 10
anos e estende-se até os 14 anos. A característica
principal é a transformação corporal, acompanhada de
mudanças psicológicas. Nas meninas, o
amadurecimento costuma ocorrer mais cedo do que
nos meninos. É comumente chamada de adolescência
puberal devido ao início das mudanças da puberdade.
Nesse estágio, os adolescentes frequentemente se
isolam, experimentam mudanças no seu
comportamento afetivo, tornando-se explosivos,
suscetíveis e mal humorados. Também é comum que
passem mais tempo em seu quarto ou até no banheiro, tornem-se monossilábicos e
demonstrem desobediência, falta de asseio e despreocupação com sua aparência.

b) Adolescência Média: Essa etapa abrange a faixa etária dos 14 aos 16 ou


17 anos, aproximadamente. É marcada pela crescente importância da sexualidade e
pelo fortalecimento das relações grupais. Os adolescentes concentram sua atenção nas
interações com seus grupos de colegas e amigos.

c) Adolescência Final: A fase final da adolescência ocorre dos 16 ou 17 anos


até os 20 anos. Nesse estágio, os adolescentes estabelecem novos vínculos com seus
pais e se adaptam às mudanças em seus corpos e processos psicológicos, preparando-
se para a vida adulta. Também se observa uma ruptura com a psicologia grupal, à
medida que os adolescentes buscam maior independência e tentam se integrar na
sociedade em que vivem.

Compreender essas etapas da adolescência ajuda pais, educadores e


profissionais a oferecer apoio e orientação adequados aos jovens em sua jornada de
crescimento e desenvolvimento.
c) O Desenvolvimento Mental na Adolescência: Despertando o
Potencial Cognitivo

Compreender o desenvolvimento mental na adolescência é crucial para os


professores que desejam impactar positivamente a vida de seus alunos, cultivando
uma natureza espiritual e orientando-os em direção a Deus.

a) Capacidade Intelectual: A mente do adolescente é uma ferramenta


poderosa, frequentemente fonte de alegria através da excitação da curiosidade e da
sensação de descoberta. Resolver quebra-cabeças
desafiadores ou problemas complexos pode proporcionar
uma sensação de triunfo. Como professores, devemos
aproveitar esse potencial, incentivando os adolescentes a
desenvolver uma visão significativa de suas experiências
subjetivas. Não se trata apenas de ensinar respostas corretas
para questões acadêmicas, mas de ajudá-los a compreender
o significado por trás do aprendizado. Caso contrário, o
aprendizado se reduzirá a um mero exercício mecânico.

b) Lidando com Ideias Abstratas: Os adolescentes têm a capacidade de


lidar com abstrações, o que lhes permite dominar
uma ampla gama de conhecimentos relacionados a
símbolos e conceitos abstratos. Eles podem explorar
questões relacionadas a qualidades e quantidades,
buscando sentido, valor e significado em seu
processo de crescimento. Nesse contexto, o
professor d esempenha um papel fundamental ao
desenvolver métodos e técnicas adequadas que
despertem a atenção dos adolescentes. Quando feito corretamente, o professor
descobrirá que possui excelentes alunos ansiosos por aprender.

Portanto, conhecer e valorizar o desenvolvimento mental na adolescência é


essencial para orientar os jovens em sua jornada de crescimento intelectual e espiritual,
ajudando-os a explorar o significado mais profundo do conhecimento e a aplicá-lo de
maneira significativa em suas vidas.

d) Um Aluno Menos Apreciado

O aluno é o elemento central de uma escola, sua matéria-prima


fundamental. A existência da escola é justificada pela presença do aluno. Portanto, é
imperativo que a escola se adapte ao aluno e não o contrário.
Devemos enfatizar a importância dos alunos na
Escola Bíblica Dominical, especialmente quando se trata de
crianças e adolescentes, pois são campos férteis para o
ensino. Ensinar adolescentes tem se tornado um desafio
significativo para muitos professores, tornando a
experiência, por vezes, menos apreciável. Alguns tendem a
tratá-los como crianças, esquecendo que os adolescentes têm
uma maneira distinta de pensar em comparação com as
crianças.

Essa diferença decorre das transformações corporais, das novas influências


do ambiente e de um desenvolvimento cognitivo que envolve a capacidade de
especulação, análise e crítica. É uma verdadeira transformação na inteligência que
afeta todos os aspectos da vida do adolescente.

Por outro lado, alguns professores esperam dos adolescentes uma


maturidade que muitas vezes eles ainda não alcançaram. Nesse estágio da vida, os
adolescentes frequentemente desconhecem a si mesmos, suas habilidades e o significa
do da vida. E é nesse momento que eles enfrentam pressões da família, escola e
sociedade para agir de forma madura. O
adolescente, inseguro, toma decisões às vezes
precipitadas, sem base para uma reflexão
adequada, o que pode levar a erros, alguns deles
graves, causando frustração e, pior ainda,
sentimento de culpa.

Portanto, é essencial reconhecer e respeitar as peculiaridades do


desenvolvimento dos adolescentes, adaptando o ensino às suas necessidades e
oferecendo orientação e apoio para ajudá-los a navegar por essa fase desafiadora de
suas vidas.

1. O ENSINO BÍBLICO PARA ADOLESCENTES: MISSÃO E PRINCÍPIOS

Ensinar é despertar mudanças de comportamento através do estímulo


intelectual, guiando o aluno no processo de aprendizado. O ensino bíblico é uma
ferramenta eficaz para promover a educação, concentrando-se no desenvolvimento
intelectual e emocional do aluno.

O escritor da carta aos Hebreus enfatiza que o ensino da Palavra atinge


tanto o coração quanto a mente do aluno, destacando a importância do ensino bíblico
como meio de transformação: "Colocarei minhas leis em seus corações e as escreverei
em suas mentes." (Hebreus 10:16)
Três elementos fundamentais são essenciais para o processo de
aprendizado: a escola, o professor e o aluno.

a) O Papel do Professor da Escola Bíblica Dominical:

Ser um professor da EBD é um privilégio, pois ele faz parte do corpo


docente da melhor escola do mundo. Seu trabalho é de
grande importância, pois sua proximidade com os alunos
permite que eles compartilhem seus problemas, dúvidas e
necessidades. Portanto, o professor deve estar espiritual e
intelectualmente preparado, sendo responsável e honrando
sua posição.

A missão primordial do professor da EBD é


alcançar o coração e a mente do aluno através da Palavra de
Deus (Hebreus 10:16).

Há quatro princípios essenciais a serem considerados pelo professor,


especialmente ao ensinar adolescentes:

a) Por que ensino? É crucial que o professor tenha convicção de sua vocação
e chamado por Deus para esse ministério, ensinando por amor e gratidão a Deus, bem
como em obediência.

b) Para que ensino? O propósito principal do professor deve ser alcançar o


coração e a mente do adolescente através da Palavra de Deus, contribuindo para o
desenvolvimento de hábitos cristãos e a formação de um caráter cristão.

c) O que ensino? O ensino da Palavra é essencial


para o desenvolvimento do caráter cristão, pois a Bíblia é a
revelação progressiva de Deus. O constante estudo da
Palavra, sob a orientação do Espírito Santo, nos conduz a uma
compreensão cada vez mais profunda de Deus.

d) A quem ensino? É importante que o professor


reconheça que o adolescente está passando por um processo
de transformação em relação ao corpo, ideias, emoções e comportamentos. Eles são
dinâmicos, mutáveis e às vezes confusos. Portanto, é fundamental abordá-los de
maneira sensível e adaptada à sua fase de vida.
2. ORIENTAÇÃO PARA AULA DOS ADOLESCENTES

Orientações para Ministração de Aulas na EBD para Adolescentes

1. Ambiente Interativo e Relevante:

• Crie um ambiente acolhedor e interativo.


• Incentive os adolescentes a expressar suas dúvidas e pensamentos.

2. Linguagem e Conteúdo Adequados:

• Adapte a linguagem às necessidades dos adolescentes.


• Escolha temas relevante para a fase, como relacionamentos e valores.

3. Base na Bíblia:

• Priorize o uso da Bíblia como a principal fonte de ensino.


• Explore passagens bíblicas relacionadas aos desafios dos adolescentes.

4. Atividades Dinâmicas:

• Envolve os adolescentes em atividades práticas.


• Use debates, estudos em grupo e dramatizações.

5. Liderança Engajada:

• Líderes devem ser modelos e mentores.


• Demonstrem uma fé genuína e compromisso com valores cristãos.

6. Crescimento Espiritual Individual:

• Reconheça as diferentes necessidades e estágios de fé dos alunos.


• Ofereça orientação personalizada.

7. Envolvimento na Comunidade:

• Incentive os adolescentes a participar em projetos sociais e eventos da igreja.


• Promova o serviço à comunidade.

8. Espaço para Perguntas e Reflexões:

• Crie um ambiente seguro para fazer perguntas.


• Estimule a exploração de dúvidas com base na fé cristã.

Lembre-se de que a EBD para adolescentes é uma


oportunidade para fortalecer a fé duradoura nessa fase.
Siga essas orientações para criar aulas dinâmicas e
relevantes que contribuam para o crescimento
espiritual e pessoal dos adolescentes, mantendo
sempre a Bíblia como a base principal de ensino.

3. PREPARAÇÃO DE AULAS PARA ADOLESCENTES NA EBD:


METODOLOGIA

a) Elaboração do Plano de Aula

a) Identificação do Plano:
• Nome da Classe
• Nome do Professor
• Trimestre
• Número e Data da Lição Bíblica
• Tema da Lição Bíblica

b) Objetivos:
• Definir objetivos claros e bem definidos.
• Pode adaptar os objetivos da lição bíblica conforme necessário.

c) Conteúdo:
• O conteúdo é pré-estabelecido e relacionado à Bíblia e temas cristãos.
• Inclui estudo teológico sistemático, introdução e comentários de livros bíblicos,
vida cristã, entre outros.

d) Estratégia ou Método de Ensino-


Aprendizagem:
• Escolha métodos que alcancem os objetivos.
• Exemplos: aulas expositivas, perguntas e
respostas, seminários, júri simulado, estudo de
caso, discussões, dinâmicas, etc.

e) Recursos Didáticos:
• Utilize recursos que facilitem a compreensão do conteúdo.
• Recursos básicos: Bíblia, revista, dicionário da língua
portuguesa, dicionário bíblico, quadro branco
ou lousa, dinâmicas, perguntas previamente
preparadas, etc.

f) Avaliação:
• Avalie o progresso dos alunos para verificar se os objetivos foram alcançados.
• Utilize questionários, perguntas diretas, avaliação final do trimestre,
observação, entre outros.

b) Passo a Passo da Aula

1. Chegar antecipadamente para preparar a lição.


2. Orar pelo ensino e pelos alunos.
3. Apresentar visitantes, se houver.
4. Realizar uma dinâmica de quebra-gelo para despertar o interesse dos alunos.
5. Apresentar e discutir o tema da lição de forma resumida, dentro do tempo
disponível.
6. Compartilhar frases de efeito relevantes ao tema.
7. Aplicar os exercícios da revista e corrigi-los.

c) Modelos de Planos de Aula

Tema da Aula [Tema da Lição Bíblica]


Data [Data da Aula]
Duração [Tempo previsto para a aula]
Objetivos 1. [Objetivo 1]
2. [Objetivo 2]
Versículo-Chave [Versículo-chave da lição]
Recursos Didáticos - Bíblia
- Revista da EBD
- Quadro branco e marcadores
Atividades 1. Quebra-gelo: [Atividade de abertura]
2. Estudo da lição:
a. Leitura do texto bíblico
b. Discussão e reflexão sobre o tema
3. Dinâmica: [Atividade interativa]
4. Perguntas e respostas:
a. Faça perguntas relacionadas à lição
b. Incentive a participação dos alunos
5. Aplicação prática: [Atividade prática]
6. Encerramento: Oração e despedida
Avaliação - Avaliação informal durante a aula
- Perguntas de revisão
Observações - [Observações adicionais, se houver]

Neste formato, você pode preencher os campos com as informações


específicas da sua aula. Isso facilita a organização e o planejamento das atividades para
o ensino bíblico voltado para adolescentes.

XIII. EBD PARA CRIANÇAS

1. DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO BÍBLICA

A Educação Bíblica para


Crianças é uma parte fundamental da
vida da igreja, oferecendo um ambiente
propício para alcançar os corações dos
pequenos para Cristo. A divisão de
classes por faixas etárias permite que as
crianças participem de um ensino
adequado ao seu nível de compreensão e
desenvolvimento.

As aulas são planejadas de


forma diversificada, incluindo cânticos infantis, histórias bíblicas com lições morais
positivas e atividades manuais que tornam mais fácil para as crianças compreenderem
o que significa viver uma vida cristã, enquanto se divertem.

Nesse contexto, é essencial que os professores tenham uma compreensão


teórica do desenvolvimento infantil, abrangendo os aspectos cognitivos (aquisição de
conhecimento), afetivos e sociais das crianças. Isso permite que os professores
aprimorem sua abordagem na sala de aula, ajudando as crianças a se tornarem cristãs
conscientes, autônomas, críticas, criativas e felizes.

A Educação Cristã tem como objetivo integrar as crianças na missão cristã,


promovendo uma compreensão da vida e da sociedade, incentivando a prática
libertadora e desafiando sistemas de
dominação à luz do Reino de Deus. Para
alcançar esse objetivo, é necessário estabelecer
um currículo de Educação Cristã baseado nas
Escrituras Sagradas, adaptado ao
desenvolvimento das crianças e com uma
metodologia de ensino adequada a esse
processo.

É importante compreender que as


crianças não nascem com conhecimentos pré-existentes, nem são como uma "massa
amorfa" moldada apenas pelas influências externas. Elas constroem seus
conhecimentos interagindo com o mundo ao seu redor. Seu pensamento se desenvolve
a partir de ações, não apenas de palavras. Portanto, o conhecimento não pode ser
simplesmente transmitido às crianças; ele deve ser descoberto e reconstruído por meio
de suas próprias experiências concretas.

Naturalmente, as crianças estão constantemente em atividade, explorando


e dando significado ao seu mundo. Esse processo de reconstrução mental é essencial
para uma aprendizagem genuína e duradoura. Quando as estruturas mentais
necessárias não estão presentes, a aprendizagem se torna superficial. Portanto, é
fundamental que a Educação Bíblica para Crianças seja projetada de forma a permitir
a exploração ativa e a descoberta dos princípios bíblicos, promovendo uma
compreensão profunda e significativa da fé cristã.

a) O Desenvolvimento da Criança: de 4 e 5 anos

Características do crescimento e
Orientação
desenvolvimento
● Melhor coordenação dos músculos grandes. ● Oferecer brinquedos para que
Pequenos músculos das mãos mais possa exercitar seus sentidos e
desenvolvidos. músculos.
● Capacidade para concentrar a atenção durante ● Contar histórias, ora reais ora
15 – 20 minutos, aos 4 anos. fictícios, para que ela aprenda
● Imaginação muito fértil. as diferenças.
● Tem senso de iniciativa; percebe que pode ● Responder sempre as
planejar, ter e executar ideias. perguntas.
● Afetuosa – Curiosa. ● Ajudar a aceitar os limites
● É capaz de concentrar a atenção por períodos necessários.
mais longos, 20 – 40 minutos, a partir dos 5 ● Dar oportunidade para
anos. compartilhar experiências
com a família.
● É mais seguro de si mesma, tem capacidade de
autocrítica.
● Aparece o interesse pelo mundo fora do lar.

b) O Desenvolvimento da Criança: de 6 e 7 anos

Características do crescimento e
Orientação
desenvolvimento
● Maior amadurecimento neuromuscular. ● Dar tempo para completar as
● Vocabulário até 2.500 palavras. tarefas.
● Faz perguntas sobre tudo que a rodeia. ● Dar oportunidades para usar
● Tem iniciativa. a iniciativa, deixando-a agir
● Distingue melhor a realidade da fantasia. por si mesma.
● Curiosidade sexual mais acentuada. ● Encorajar a criança a tomar
● Período de transição entre individualismo e posse em grupos, mas não
participação em grupos maiores. forçar.
● Mostra algum grau de pensamento abstrato. ● Contar e fazer contar
● Aumenta o poder de concentração da atenção. histórias.
● Conhece e usa palavras descritivas e de ação. ● Evitar chamar atenção,
● Maior capacidade de compreender, discutir e procurar colocar a criança à
enfrentar situações emocionais. vontade. Evitar discussões.

c) O Desenvolvimento da Criança: de 8 e 9 anos

Características do crescimento e
Orientação
desenvolvimento
● Aumento da coordenação dos pequenos ● Oferecer trabalhos manuais e
músculos, apresenta maior habilidade brinquedos
manual. / brincadeiras mais
● Demonstra maior habilidade em distinguir elaboradas.
fatos de ficção. ● Proporcionar leituras
● Direito da propriedade bem definido. selecionadas de acordo com as
● Está desenvolvendo pensamento lógico. preferências e capacidades.
● Maior habilidade em exprimir suas ideias, ● Deve cuidar de objetos pessoais
em definir seus problemas. e do grupo.
● Maior capacidade em aceitar críticas e em ● Orientar em generalizações,
avaliar a si própria. após várias evidências terem se
● Tem interesse em pertencer a grupo. apresentado.
● Apresenta independência em relação à ● Estabelecer clima que permita à
família. criança concordar e discordar.
● Orientar na apreciação do valor
do outro, assim como no da
própria criança.
● Estimular a aprendizagem de
práticas sociais.

d) O Desenvolvimento da Criança: de 10, 11 e 12 anos

Características do crescimento e Orientação


desenvolvimento
● Bom controle de grandes e pequenos ● Possibilitar recreação variada.
músculos, apresenta aumento acentuado da ● Orientar quanto à
força manual. competição.Procurar
● Coordenação visual e motora quase igual à desenvolver atitude científica:
do adulto. fato X opinião.
● Aprecia medir força física e habilidade com ● Dar oportunidade para
os outros. organizar atividades / eventos.
● Apresenta maior habilidade em generalizar ● Orientar para estabelecer seus
e em pensamento crítico. próprios objetivos e avaliar seu
crescimento e sucesso.
● Interesse em explorar e experimentar. ● Conversar, discutir suas
● Está apta a planejar com antecedência. opiniões, trocando ideias e
● Pronta a assumir maiores sugestões.
responsabilidades. ● Incentivar o diálogo com os
● Capaz de definir e compreender palavras colegas e outras pessoas.
abstratas. Orientá-la e apoiá-la
● Capacidade para generalizações mais em suas iniciativas, deixando-a
rápidas, segue mais facilmente argumentos assumir suas responsabilidades.
lógicos.
● Maior sociabilidade.
Nova visão do mundo, mostrando
maturidade progressiva.

A formação da base da personalidade ocorre nos primeiros anos de vida.


Assim como a criança está receptiva para conhecer a Jesus, também está vulnerável ao
mal. As crianças sempre foram alvo do diabo, pois ele compreende a importância de
investir nessa fase da vida humana.

É perceptível que nossas crianças estão amadurecendo precocemente, e a


inocência está se perdendo cada vez mais cedo. O inimigo se vale da mídia como um
aliado poderoso para minar a infância. Compreendemos que nunca será uma tarefa
fácil, pois as pressões são constantes, mas como afirma as Escrituras, "aquele que está
em vós é maior do que aquele que está no mundo" (1 João 4.4). Diante desse cenário e
de muitos outros, fica evidente que o evangelismo e o ensino bíblico devem ser
prioridades nas igrejas. Todos necessitam de Cristo, começando pelas crianças,
conforme a ordenança de Jesus: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mateus 28.19-20).

"Uma verdade implantada no coração de uma criança florescerá no presente e no


futuro. Aquela criança que ouve a voz carinhosa de seu
professor pode se tornar um instrumento de Deus e
influenciar o mundo com sua proclamação fervorosa da
verdade. Que ninguém despreze as crianças ou considere sua
importância como pequena. Reivindicamos o lugar de
destaque para elas, pois são o futuro do mundo. O passado já
se foi e não pode ser mudado. Mesmo o presente se esvai à
medida que o vivemos... As crianças ne cessitam do evangelho
completo, do evangelho intacto. Elas devem recebê-lo, e se
forem instruídas sobre o Espírito de Deus, serão igualmente
capazes de entendê-lo como pessoas maduras. Ensinem aos
pequeninos que Jesus morreu, o Justo pelos injustos, para nos
conduzir a Deus. Coragem! O Deus que salvou tantas de Suas
crianças ainda salvará muitas delas, e devemos regozijar-nos ao ver centenas delas se
entregando a Cristo." (Charles Spurgeon)

2. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO BÍBLICO NA EDUCAÇÃO DAS


CRIANÇAS

a) Introdução

O ensino bíblico desempenha um papel fundamental na educação das


crianças, guiando-as em direção aos princípios divinos. Através de exemplos bíblicos,
podemos entender a relevância desse ensino desde os tempos antigos até os dias
atuais.
b) Exemplos Bíblicos

1. Adão: O primeiro homem, Adão, ensinou a seus filhos a importância de


oferecer sacrifícios a Deus (Gn 4.3-4).

2. Abraão: Abraão transmitiu os ensinamentos bíblicos a seu filho Isaque, que


estava familiarizado com o ritual de sacrifício (Gn 22.7).

3. Moisés: Moisés, educado no Egito, também recebeu ensinamentos divinos de


sua mãe hebréia (Ex 2.8-9). Isso moldou sua fé em um único Deus e o protegeu
da idolatria.

4. Loide e Eunice: Timóteo recebeu ensinamentos das Escrituras desde a infância,


graças à dedicação de sua avó e mãe (2 Tm 1.5 e 3.14-15). Esses fundamentos
fortaleceram sua fé e o capacitaram a ser um evangelista jovem.

c) Através dos Tempos

O ensino bíblico continuou sendo uma prioridade ao longo da história.


Jesus sempre acolheu as crianças e repreendeu aqueles que tentaram excluí-las de Sua
presença (Mt 14.21; Mc 10.13-14).

d) Na Reforma

Durante a Reforma, figuras como Martinho Lutero


e João Calvino enfatizaram a importância do ensino bíblico.
Lutero promoveu a educação no lar e nas escolas, sugerindo
currículos que incluíam estudos bíblicos. Calvino fundou a
Academia de Genebra, ensinando tanto crianças quanto
adultos.
e) Colonizadores

Os colonizadores que vieram para a América buscavam liberdade religiosa


e valorizavam a educação religiosa. Ensinar as crianças a ler era fundamental para que
pudessem ler a Bíblia. O culto doméstico era prática comum, e os pais eram obrigados
por lei a ensinar os preceitos divinos aos filhos.

f) Atualidade

Hoje, a sociedade passa por mudanças profundas, afetando os lares e a


educação das crianças. É essencial que os pais assumam a responsabilidade de educar
seus filhos, ensinando-lhes os princípios divinos e incentivando-os a crescerem de
acordo com os valores cristãos.

g) Conclusão

O ensino bíblico desempenha um papel vital na formação das crianças,


guiando-as em direção à fé e aos princípios divinos. É uma responsabilidade
compartilhada pelos pais, igrejas e comunidades para garantir que as gerações futuras
sejam fundamentadas na Palavra de Deus e se tornem cidadãos honrados,
contribuindo para o bem da sociedade e, acima de tudo, preparando-se como cidadãos
dos céus.

3. METODOLOGIA DE ENSINO BÍBLICO PARA


CRIANÇAS

Ensinar a Bíblia para crianças requer uma


abordagem especializada que seja envolvente, educativa e que
promova o entendimento dos princípios cristãos. Aqui está
uma metodologia de ensino que pode ser eficaz:

a) Compreenda a Faixa Etária:

• Divida as crianças em grupos de acordo com a faixa etária para ajustar o


conteúdo e a abordagem.

b) Histórias Bíblicas Interativas:

• Conte histórias bíblicas de maneira envolvente, usando recursos


visuais, como imagens ou ilustrações.

• Encoraje a participação das crianças fazendo perguntas e


incentivando-as a compartilhar suas impressões sobre a história.

c) Atividades Criativas:

• Realize atividades práticas relacionadas à história, como


artesanato, dramatização ou jogos que reforcem os conceitos ensinados.

Exemplo:
d) Músicas e Cânticos:

• Use músicas e cânticos que ensinem princípios bíblicos de maneira alegre e


memorável.

e) Lições Práticas:

• Conecte as histórias bíblicas com situações da vida cotidiana, ensinando lições


práticas que as crianças possam aplicar.

f) Versículos Bíblicos:

• Ensine versículos bíblicos curtos e relevantes, incentivando as crianças a


memorizá-los.

g) Discussões Guiadas:

• Realize discussões simples para explorar o significado das histórias e como elas
se aplicam à vida das crianças.
h) Celebrações e Eventos Especiais:

• Organize eventos especiais, como festivais bíblicos ou apresentações teatrais,


para incentivar as crianças a compartilhar o que aprenderam.

i) Reforço em Casa:

• Envie materiais para casa, como histórias impressas e


atividades, para que os pais possam apoiar o
aprendizado em casa.

j) Valorize as Perguntas:

• Incentive as crianças a fazerem perguntas sobre a fé e a Bíblia, criando um


ambiente aberto para o diálogo.

k) Crescimento Gradual:

• À medida que as crianças crescem, aumente gradualmente a complexidade das


histórias e lições para atender ao seu desenvolvimento cognitivo.

l) Oração e Adoração:

• Encoraje a prática da oração e adoração, ensinando às crianças como se


comunicar com Deus.

m) Modelagem de Comportamento:

• Seja um exemplo de fé e comportamento cristão para as crianças, demonstrando


amor, bondade e compaixão.

n) Avaliação Contínua:

• Avalie o progresso das crianças por meio de atividades práticas, avaliações


orais e discussões para garantir que elas estejam compreendendo e aplicando o
ensino.

Lembrando sempre que a paciência, o amor e o cuidado são essenciais ao


ensinar a Bíblia para crianças. Esta metodologia pode ser adaptada às necessidades
específicas de cada grupo, garantindo que a aprendizagem seja uma experiência
significativa e edificante.

XIV. AVALIAÇÃO DA AULA (Pelos alunos)

Tire cópias do formulário abaixo e entregue aos seus alunos. Você deverá
melhorar todos os aspectos onde seus alunos assinalar “Não”.

Analise as sugestões dos alunos nas duas últimas questões e tente aplicadas
assim que possível.

XV. REFERÊNCIAS

ANDRADE, CLAUDIONOR. Dicionário Teológico 1° ed, Rio de Janeiro, 2004. ANDRADE,


CLAUDIONOR. Teologia da Educação Cristã 1° ed, Rio de Janeiro, 2002.
ARAÚJO, Regina Magna Bonifácio de. Características das crianças em cada faixa etária,
Espírito Santo, novembro de 2011. Disponível em:
http://www.montesiao.pro.br/estudos/crianca/caract_faixaetaria.html. Acesso em: 04/11/2011.

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada, Revista e Atualizada. Tradução de João Ferreira de


Almeida, São Paulo: Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada, NVI. Tradução de Sociedade Bíblica Internacional, São
Paulo: Ed. Editora Vida, 2001.

GILBERTO, ANTÔNIO. Manual da Escola Dominical 2° ed, Rio de Janeiro, 2003.


GREGORY, John Milton. As sete leis do ensino. JUERP, Rio de Janeiro, 1977.

LOPES, Jamiel de Oliveira. Aprendendo a Lidar com Adolescentes Vol I, São Paulo: Ed.
Candeia 2000.

OLIVEIRA, Odila Braga de. A Didática da EBD, São Paulo, novembro de 2011. Disponível em:
http://www.ebdweb.com.br/artigos/index.htm. Acesso em: 04/11/2011.

TULLER, MARCOS. Ensino Participativo na Escola Dominical 1° ed, Rio de Janeiro, 2000.
TULLER, MARCOS. Manual do Professor de Escola Dominical 1° ed, Rio de Janeiro, 2005.

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