Antidislipide Micos 2023-2
Antidislipide Micos 2023-2
Antidislipide Micos 2023-2
Cristiane Paiva
[email protected]
An#dislipidêmicos
Dislipidemias
Presente quando o colesterol total é elevado, quer pelo valor da LDL ou dos
triglicerídeos ser elevado ou até mesmo quando o valor HDL for baixo, ou ainda por
uma combinação destes fatores.
An#dislipidêmicos
Dislipidemias
Presente quando o colesterol total é elevado, quer pelo valor da LDL ou dos
triglicerídeos ser elevado ou até mesmo quando o valor HDL for baixo, ou ainda por
uma combinação destes fatores.
Lipoproteínas
Obs.: Níveis aumentados de HDL na sangue estão associados a diminuição dos riscos
de infarto.
Antidislipidêmicos
Lipoproteínas
An#dislipidêmicos
Patologias relacionadas:
Aterosclerose
Formação de placas nos grandes vasos, diminuindo seu lúmen, levando: a
isquemia, trombose e posterior necrose.
An#dislipidêmicos
Fatores de risco
- Hipertensão arterial
- Elevação do colesterol – dislipidemias
- Tabagismo
- Obesidade
- Diabete mellitus
- Estresse
- Sedentarismo
- Menopausa
- Idade
- Sexo masculino
- Hereditariedade
- Homocisteínemia
An#dislipidêmicos
Distribuição dos óbitos corrigidos por grupo de causas dentro do total de óbitos por
DCNT (doenças crônicas não transmissíveis) no Brasil, em 2020.
Prevalência (%) dos fatores de risco na população adulta, de acordo com o sexo,
segundo Vigitel, capitais brasileiras, 2020.
Aterosclerose
- Principal causa de morte em todo o mundo
- Evolução lenta
- Vários fatores aceleram sua evolução - fatores de risco
- Os sintomas aparecem geralmente apenas quando ocorre importante obstrução do
vaso
- Não existe terapêuSca curaSva. A abordagem consiste na idenSficação e correção
dos fatores de risco
Mecanismo Fisiopatológico
Mecanismo Fisiopatológico
A Placa de ateroma, além do conteúdo lipídico em seu interior, contém células cujas
funções influenciam de maneira importante a aterogênese:
Células Intrínsecas da Parede Vascular:
- Endotélio
- Células Musculares Lisas
Células Inflamatórias:
- Macrófagos
- Linfócitos T
- Mastócitos
An#dislipidêmicos
- Acúmulo de LDL:
• Hipercolesterolemia
• Doenças monogênicas: no gene do LDL-R (hipercolesterolemia familiar) ou no gene
da apo B100 (idenSfica o LDL)
• Hipercolesterolemias poligênicas: mais comuns, interação entre fatores genéScos e
ambientais
An#dislipidêmicos
• Primária
- Aumento na produção
- Deficiência no processamento
- Deficiência na captura celular
- Remoção inadequada
An#dislipidêmicos
• Secundária
An#dislipidêmicos
Xantoma Plano –
Hipercolesterolemia
Xantoma Palmar Estriado Familiar
Hiperlipoproteinemia
An#dislipidêmicos
Xantoma Erup=vo –
Hipertrigliceridemia Severa
An#dislipidêmicos
Resultados anormais
- RepeSr em 8 a 15 dias no mesmo laboratório
Antidislipidêmicos
B) Dosar HDL
D) Calcular o LDL
(Somente válida para TG ¯ 400 mg/dl)
Tratamento
Não farmacológico
Abolição do fumo
Controle do diabetes
Tratamento farmacológico
1- EstaSnas
3- Fibratos
4- Ácido Niconnico
5- Outras Terapias
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
1- Estatinas
HMG-CoA: Hidróxi-Me#l-Glutaril
Coenzina A
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
1- Esta=nas
An#dislipidêmicos
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
1- Esta=nas
Regra do 6 para estaSna:
↓ LDL-Colesterol: ~ 28%
↓ Triglicerídeos: ~ 13%
↑ HDL-Colesterol: ~ 5-10%
Ação AnS-inflamatória.
Administração:
Obs.: A maioria das estaSnas são administradas ao deitar.
Tratamento farmacológico
Antidislipidêmicos
Tratamento farmacológico
Esta=nas disponíveis
ESTATINA NOME APRESENTAÇÃO DOSE (mg)
COMERCIAL INICIAL MÁXIMA
Tratamento farmacológico
Esta=nas disponíveis
FONSECA, Francisco Antonio Helfenstein. Farmacocinética das estatinas. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 85, supl. 5, p.
9-14, Oct. 2005 .
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
Principais efeitos da Esta=na ao longo do tempo
Antidislipidêmicos
Tratamento farmacológico
1- Estatinas
Efeitos Adversos
Comuns:
- Dores de cabeça; Mialgia; Fadiga; Intolerância Gastro-Intestinal; Manchas no corpo
Aumento das Enzimas Hepáticas
- Ocorre em 0.5 a 2.5% dos casos (Dose dependente)
- Problemas hepáticos Graves (Raro)
- Controle: Redução da dose ou descontinuar tratamento até retorno dos valores
normais
Tratamento farmacológico
1- Esta=nas
Efeitos Adversos
MiopaSa
- Ocorre em 0.2 a 0.4% dos pacientes
- Rabdomiólise
Como reduzir:
-Uso cauteloso em paciente com função renal compromeSda
-Uso da menor dose efeSva
-Combinação cuidadosa de EstaSnas+ Fibratos
-Monitorização dos sintomas
Obs.: Presença de toxicidade muscular: desconSnuidade do tratamento
Contra indicado na gravidez!
Antidislipidêmicos
Tratamento farmacológico
1- Esta=nas
Tratamento farmacológico
2- Resina de Ácidos Biliares – Mecanismo de Ação
Antidislipidêmicos
Tratamento farmacológico
Tratamento farmacológico
2- Resina de Ácidos Biliares
Produtos disponíveis:
Colestiramina (Questran), 4–16 g/d
Colestipol (Colestid), 5–20 g/d
Reduz eventos coronarianos
Efeitos adversos
Intolerâcia GI: Constipação; dor abdominal; flatulência
Ausência de toxicidade sistêmica
Interações
Impede absorção de drogas ou vitaminas lipossolúveis
Administração de outra droga: 1h antes ou 4–6h depois
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
2- Resina de Ácidos Biliares
↓ LDL-Colesterol: ~ 20-35%
↓ Triglicerídeos: Tendência à elevação
↑ HDL-C: Discreto
Tratamento farmacológico
3- Fibratos
Tratamento farmacológico
3- Fibratos
Tratamento farmacológico
3- Fibratos
Indicações:
Terapia adjuvante à dieta
Hipertrigliceridemia
Hiperlipidemia (Tipo IIb) com LDL baixo que não responde ao ácido nicotínico
Mecanismo de Ação:
Tratamento farmacológico
3- Fibratos
Eficácia:
Diminui TG 25-50%
LDL: diminui, se mantém inalterado, aumenta.
HDL: Aumenta 15-25% na hipertrigliceridemia
Efeitos colaterais:
Alteraçõe GI (8%), Colelinase, Miosite
Contra-Indicações:
Disfunção HepáSca ou Renal
Doença prévia na vesícula biliar
Antidislipidêmicos
Tratamento farmacológico
3- Fibratos disponíveis no Brasil
Tratamento farmacológico
4- Ácido Nicotínico (Niacina)
- Vitamina do Complexo B
↑ HDL-C: 15-20%
↓ Triglicerídeos: 20-50%
Tratamento farmacológico
4- Ácido Nicotínico (Niacina) – Mecanismo de ação
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
4- Ácido Nico[nico (Niacina) – Mecanismo de ação
Tratamento farmacológico
4- Ácido Nico[nico (Niacina) – Mecanismo de ação
Contra-indicações:
- Doença hepáSca aSva ou elevação inexplicada de enzimas hepáScas
- Úlcera PépSca
Antidislipidêmicos
Tratamento farmacológico
Tratamento para dislipidemia
Tratamento farmacológico
Terapia combinada
ESTATINA + FIBRATO
ESTATINA + FIBRATO
Tratamento farmacológico
Terapia combinada
ESTATINA + FIBRATO
Minimização dos riscos
nUso de estatinas isoladamente para metas de colesterol não-HDL
nUso de óleo de peixe ou niacina ao invés de fibratos
nDoses baixas de Estatina e Fibrato
nFibrato AM e estatina PM
nEvitar combinação em pacientes com comprometimento renal
nAssegurar-se de que não ocorram interações
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
Terapia combinada
Tratamento farmacológico
Níveis de LDL Ideais em mg/dl - Conduta Terapêu;ca
Prevenção Primária Ideal Dieta Dieta + Droga
Tratamento da Hiperlipidemia
An#dislipidêmicos
Tratamento farmacológico
Baixos níveis de HDL-C
Alvo Terapêu-co/Normal:
>45mg/ml Homem
>55mg/ml Mulher
Colesterol não HDL é a meta secundária da terapia (se triglicerídeos ³200 mg/dL)
Tratamento farmacológico
Triglicerídeos
Tratamento farmacológico
Outras drogas
ÓLEO DE PEIXE:
Ômega-3
- Em altas doses (3-6g/dia) - ↓Tg de Jejum e Pós-Prandial
- Ideal: 6g (ou 9-12g/dia)
Eficácia:
Diminui Tg 30–40%
LDL-C: Inalterado ou Aumenta
HDL-C: Sem alterações
Tratamento farmacológico
Outras drogas
INIBIDORES DA REABSORÇÃO DE COLESTEROL – EZETIMIBA
Problemas relacionados:
Aumento da síntese de colesterol pelos hepatócitos.
Aumento também dos transportadores.
Mecanismo de compensação!
Antidislipidêmicos
Tratamento farmacológico
Outras drogas
INIBIDORES DA REABSORÇÃO DE COLESTEROL – EZETIMIBE
↓ LDL-C - 18%
USlizado em associação as estaSnas. Pq?
Tratamento farmacológico
Outras drogas
ANTAGONISTA DE PCSK9 – EVOLOCUMABE (Repatha®)
(alirocumabe, bococizumabe)
Fármaco que age ligando-se seleSvamente à PCSK9.
PCSK9 - pró-protéica serina convertase sub=lisina quexina =po 9
Tratamento farmacológico
Outras drogas
AGONISTA DE PCSK9 – EVOLOCUMABE
Tratamento farmacológico
Outras drogas
AGONISTA DE PCSK9 – EVOLOCUMABE
Observação:
Tratamento farmacológico
Outras drogas
AGONISTA DE PCSK9 – EVOLOCUMABE
Reações adversas
- nasofaringite (4,8%)
- infecção do trato respiratório superior (3,2%)
- dor nas costas (3,1%)
- artralgia (2,2%)
- gripe (2,3%)
- naúseas (2,1%)
Vinho e Coração
HDL 12%
• aumenta o HDL colesterol, por causa do aumento de suas sub-frações
HDL2, HDL3 e das apolipoproteínas A-1 e apo A-2;
• A maioria dos efeitos protetores do vinho =nto são atribuídos aos
flavanóides, que possuem propriedades an=oxidantes, vasodilatadoras
e an=-agregante plaquetário.
Obs.: Não há evidência segura que o vinho seja melhor que outros =pos de
álcool
Considerar os efeitos maléficos do alcoolismo
Paciente de 71 anos, do sexo feminino, foi admitida no pronto-socorro do Hospital
Universitário Evangélico de Curitiba com quadro de dispnéia importante. Familiares
referiam que ela sofreu queda do mesmo nível há 10 dias, piorando uma dor
muscular já existente há alguns dias em região de coxas e quadril. Apresentou piora
progressiva do quadro com dificuldade de deambulação. Após quatro dias, consultou
um neurologista em sua cidade, que sugeriu o diagnóstico de miosite e prescreveu
medicações sintomáticas. A paciente era portadora de dislipidemia diagnosticada a
1mês antes do aparecimento dos sintomas e vinha sendo tratada com genfibrozil e
sinvastatina. Após 2 dias, a paciente ficou restrita ao leito e a família recebeu
orientação de nosso serviço para trazê-la em consulta, realizar exames laboratoriais e
descontinuar o uso da sinvastatina e genfibrozil, o que levou a melhora discreta da
dor muscular. A paciente não foi trazida para avaliação médica naquele momento e
realizou apenas os exames solicitados pelo neurologista de sua cidade. Após 48
horas, iniciou com dispnéia, que teve piora progressiva até a sua chegada em nosso
pronto-socorro.
A paciente Snha história pregressa de diabetes mellitus (com microalbuminúria
posiSva= 78mg/dL), e hipertensão arterial. O exame Jsico da admissão mostrava
uma paciente em mau estado geral e torporosa. Dados vitais: freqüência cardíaca
(FC): 40 baSmentos por minuto, pressão arterial (PA): 160 x 110mmHg, freqüência
respiratória (FR): 36 incursões por minuto. Ao exame do tórax apresentava estertores
em bases, principalmente à direita, bulhas cardíacas regulares e bradicárdicas. Em
membros inferiores havia edema de +/4+. Foram realizados exames complementares
e comparados com exames prévios da paciente realizados há 5 dias da admissão.
Exames prévios à admissão: uréia: 26,2mg/dL, creaSnina: 0,97mg/dL, AST: 21U/L,
ALT: 16U/L, VG: 35%, Hb: 12g/dL, leucócitos: 10.900mm3, bastões: 10%, plaquetas:
250.000mm3, glicose: 133mg/dL (aumentada), colesterol: 280mg/dL (aumentado),
triglicerídios: 205 mg/dL (aumentado), VHS: 98mm/s (aumentado). Uma dosagem de
CPK de 13.000U/L (muito aumentado).
Perguntas:
Qual sua hipótese para explicar o quadro da paciente?
KATZUNG, Bertram G. Farmacologia: básica & clínica. Décima segunda edição, Rio
de Janeiro, McGraw-Hill, 2014.