Foucault
Foucault
Foucault
com
MICHEL FOUCAULT
Panóptico - Obra Vigiar e Punir
O panóptico é descrito como uma prisão circular onde os indivíduos monitoram e policiam
continuamente uns aos outros, levando à auto prisão e à perda da liberdade pessoal.
Este sistema de controlo interno é visto como uma força poderosa na sociedade
contemporânea, moldando as nossas ações, gerando sentimentos de culpa e influenciando
as normas e julgamentos sociais. Embora não possamos ver fisicamente as grades da nossa
prisão, estamos constantemente confinados ao olhar e ao julgamento dos outros.
Embora alguns indivíduos consigam libertar-se deste controlo e viver as suas próprias
vidas, o medo do julgamento e do preconceito continua a ser um desafio significativo para
muitos. No geral, o panóptico serve como uma poderosa ferramenta de análise social,
lançando luz sobre a dinâmica de controlo dentro da sociedade.
MICHEL FOUCAULT
Panóptico
Vigilância Digital e Tecnológica: Com os avanços tecnológicos, a vigilância digital tornou-se
ubíqua. Através de dispositivos eletrônicos, câmeras de segurança, mídias sociais e
algoritmos de rastreamento, as pessoas estão constantemente sob vigilância. Isso se
assemelha ao efeito do panóptico, onde a sensação de estar sendo observado afeta o
comportamento e a conformidade social.
Ex. Privacidade como mercadoria.
Mídias Sociais e Autoexibição: As mídias sociais oferecem uma plataforma onde as pessoas
compartilham suas vidas publicamente. Essa autoexibição pode ser comparada ao
comportamento observado nas celas individuais do panóptico, onde os indivíduos se
exibem voluntariamente, muitas vezes buscando aprovação e validação.
Poder Disciplinar: Foucault argumenta que o panóptico não é apenas uma ferramenta de
controle, mas também um mecanismo de poder disciplinar, que molda o comportamento
das pessoas de acordo com normas e expectativas sociais. Na contemporaneidade, vemos
instituições sociais, como escolas e locais de trabalho, usando estratégias de vigilância e
controle para disciplinar os indivíduos e moldar seu comportamento.
Licenciado para - GIOVANNA DE ARAÚJO BETTONI - 01898470693 - Protegido por Eduzz.com
MICHEL FOUCAULT
Biopolítica
O conceito de biopolítica, introduzido pelo filósofo francês Michel Foucault, refere-se a uma
forma de poder que se concentra no controle e gestão dos corpos humanos e das
populações, considerando-os como objetos de intervenção política. A biopolítica envolve o
governo não apenas dos indivíduos, mas também das características biológicas e da vida
em sociedade como um todo.
Antes da emergência da biopolítica, o foco do poder estava mais voltado para a disciplina e
controle dos indivíduos, como observado nas instituições como a prisão, a escola e o
hospital.
Biopolítica
MICHEL FOUCAULT
Ex. Uma sala de aula pode exercer mais influência na vida do indivíduo do que uma figura
política. A ausência de debates sobre educação sexual, financeira, sobre a emancipação do
indivíduo são formas de controle social.
Risco de Controle Excessivo: A biopolítica pode levar a um controle excessivo por parte do
Estado ou de instituições governamentais sobre os corpos e as vidas das pessoas. Isso pode
levar à perda de liberdades individuais e à limitação da autonomia pessoal, onde decisões
sobre saúde, reprodução e estilo de vida são ditadas pelo poder político.
Normalização
O conceito de normalização, tal como desenvolvido por Michel Foucault, refere-se ao processo
pelo qual a sociedade estabelece e promove padrões, normas e comportamentos considerados
"normais" ou conformes aos valores predominantes. Esse processo de normalização influencia a
maneira como as pessoas se comportam, se enquadram em categorias sociais e internalizam as
expectativas da sociedade.
Necropolítica
O termo "necropolítica" foi cunhado pelo filósofo camaronês Achille Mbembe em seu livro
"Necropolitics", publicado em 2003. Esse conceito se refere à forma como o poder político opera
através do controle sobre a vida e a morte das populações, especialmente em contextos de
violência, conflito e opressão. A necropolítica analisa como o poder estatal e outras entidades
controlam e manipulam a morte como uma ferramenta de dominação.
MICHEL FOUCAULT
Além disso, a mídia solidifica o posicionamento conservador de uma parcela da sociedade que
possibilita a discriminação religiosa no Brasil. Isso ocorre porque os meios de comunicação
negligenciam o papel social de questionar comportamentos normatizados no imaginário brasileiro,
uma vez que essa postura poderia implicar no descontentamento de uma fração conservadora da
população e, assim, fortificar a intolerância religiosa. Essa conjuntura está em paralelo com o
processo descrito pelo filósofo Michel Foucault em seu ensaio “Vigiar e Punir”, em que ele demonstra
como a coerção social se dá pelo direito socialmente compartilhado de vigiar os indivíduos que
fogem das condutas previamente estruturadas. Portanto, percebe-se que aqueles que defendem
posturas conservadoras boicotam práticas religiosas minoritárias que destoam do que consideram
como verdadeiro.
EXPOSIÇÃO
ARGUMENTAÇÃO
REPERTÓRIO
COMENTÁRIO
Licenciado para - GIOVANNA DE ARAÚJO BETTONI - 01898470693 - Protegido por Eduzz.com
MICHEL FOUCAULT
Desse modo, a padronização cultural, associada à tentativa da manutenção do poder pela elite, gera
a discussão sobre a democratização da cultura. Esse cenário ocorre devido à formação da cultura
brasileira ter se baseado em valores e costumes da elite branca presente no país, de modo a rejeitar
a cultura formada por outras classes e etnias sociais, punindo a ideologia cultural desses grupos e
dificultando a democratização cultural por receio da ascensão social dessas. Esse processo vai de
encontro ao ensaio “Vigiar e Punir’’, do filósofo Michel Foucault, em que se afirma como a sociedade
se vê no direito de vigiar e punir os indivíduos que não seguem os padrões estabelecidos. Assim,
percebe-se que a dificuldade da democratização cultural se dá pela ridicularização feita pela elite da
cultura periférica
EXPOSIÇÃO
ARGUMENTAÇÃO
REPERTÓRIO
COMENTÁRIO
Licenciado para - GIOVANNA DE ARAÚJO BETTONI - 01898470693 - Protegido por Eduzz.com
MICHEL FOUCAULT
Em uma primeira análise, sob a ótica social, faz-se necessário refletir acerca da banalização do
sofrimento psíquico na contemporaneidade. Isso porque, ao se desvalorizar a dor emocional, o
indivíduo doente não recebe o apoio necessário do corpo social e de seus familiares, haja vista o
grande estigma e a desconstrução, em suas mínimas expressões, da importância da busca pelo
correto tratamento em decorrência da humilhação sofrida pelo paciente. Michel Foucault, nesse
sentido, a partir do conceito de Normalização, definiu que há, na sociedade, a repetição de
comportamentos sem a devida reflexão crítica dessa conduta, sendo assim, a reprodução de
atitudes preconceituosas contra a população atingida por doenças mentais é subproduto do
desconhecimento social da relevância do suporte coletivo para a melhoria do estado mental. Com
isso, o estigma associado aos transtornos mentais favorecem a replicação de atitudes egoístas.
EXPOSIÇÃO
ARGUMENTAÇÃO
REPERTÓRIO
COMENTÁRIO
Licenciado para - GIOVANNA DE ARAÚJO BETTONI - 01898470693 - Protegido por Eduzz.com
MICHEL FOUCAULT
EXPOSIÇÃO
REPERTÓRIO
ARGUMENTAÇÃO
Licenciado para - GIOVANNA DE ARAÚJO BETTONI - 01898470693 - Protegido por Eduzz.com
MICHEL FOUCAULT
EXPOSIÇÃO
REPERTÓRIO
ARGUMENTAÇÃO
COMENTÁRIO