Apresentação Dossiê - Vernáculo - 2022

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Apresentação

Gabriel Elysio Maia Braga1


Flávia da Rosa Melo2

Os campos das Histórias Moderna e Contemporânea, mais do que simples marcos temporais da
periodização tradicional, e são áreas de estudo privilegiadas que nos permitem pensar as estruturas sociais,
culturais, políticas e econômicas do tempo presente. São também, campos que constantemente se
reinventam, apresentando novas abordagens e metodologias.
A ideia do presente dossiê temático surgiu a partir de um simpósio temático proposto no III
Seminário de Estudos Históricos da Universidade Federal do Paraná, ocorrido entre os dias 3 e 5 de
novembro de 2021. O ST “Novas Abordagens em História Moderna e Contemporânea” se propôs a receber
trabalhos que: a) tenham como esforço investigativo (re)pensar os conceitos de modernidade e/ou
contemporaneidade; b) estudam temas cujo tempo histórico seja a História Moderna e/ou a História
Contemporânea e que possibilitam, entre outras coisas, pensar a importância da modernidade e da
contemporaneidade na construção de estruturas políticas, sociais, econômicas, culturais e de gênero; c)
buscam nos processos históricos dos períodos moderno e contemporâneo as conexões para pensarmos as
histórias de sociedades americanas e europeias; d) investigam as abordagens das duas disciplinas no ensino
de História, tanto na educação básica quanto no ensino superior; e) desenvolvem questionamentos e propõe
novos e/ou outros usos teóricos, epistemológicos, metodológicos e de fontes para a compreensão acerca do
moderno e do contemporâneo nas sociedades do Sul Global; f) refletem sobre os usos dos principais
processos históricos da modernidade e/ou da contemporaneidade nas tecnologias de informação e
comunicação, que disseminam imagens e concepções desses dois períodos para além da sala de aula.
A fim de ampliar as discussões, propusemos o dossiê temático à Revista Vernáculo, mantendo a
proposta original do ST. Foram aprovadas sete submissões, organizadas de modo a apresentar os artigos
mais teóricos e, em seguida, os mais temáticos. Dessa forma, o artigo que abre essa edição é Identidade
Nacional e Memória Coletiva: Aproximações possíveis, de Caroline Gonzaga e Douglas Gasparin Arruda,
que propõe um debate teórico sobre identidade e memória, trazendo para o debate autores como Fiorin,
Bauman, Detienne, Candau, Halbwachs e Jelin.

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Doutor em História, UFPR.
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Doutora em História, UFPR.
Revista Vernáculo n.° 50 – segundo semestre/2022
ISSN 2317-4021
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Em Cultura e História Ambiental: uma abordagem da História Contemporânea
Contemporânea, Maurício Silva de
Souza apresenta uma abordagem interdisciplinar da cultura ambiental, colocando a história ambiental em
perspectiva, classificando-aa como história contemporânea.
História Pública e “Games Studies”: Enfoques Conceituais e Metodológicos, e Contribuiç
Contribuições Para
a Pesquisa Histórica se debruça sobre um assunto muito atual, os videogames. Marcos Antonio Manoel
Júnior e Cláudio de Sá Machado Júnior propõem o estudo da narrativa histórica de jogos digitais sob a
perspectiva da História Pública.
O artigo de Laudênia
audênia Matias Alves de Souza, História e Modernidade: reflexões sobre o ensino de
História e a BNCC,, abre a sessão mais temática dos artigos selecionados, problematizando o conceito de
Modernidade e analisando sua influência nas políticas nacionais da edu
educação
cação brasileira.
Cultura, Identidade e Mídia Adventista
Adventista, de Luanna Fernanda da Cruz Bach,
Bach apresenta, através da
discussão do conceito de identidade cultural, uma análise sobre as discussões de alimentação saudável na
revista adventista Vida e Saúde.. A aut
autora
ora analisa a alimentação como um fator importante na construção da
identidade adventista.
Pensando no contexto dos Estados Unidos do século XIX, Stéfani Oliveira Verona analisou, em Os
Círculos Literários Femininos e o debate sobre a mulher virtuosa nos E
Estados
stados Unidos do século XIX,
XIX os
debates sobre a mulher no pós-independência
independência e os papéis dos círculos literários na discussão política.
Por fim, encerrando o dossiê temático, A Revolta dos posseiros no Sudoeste do Paraná de 1957:
possibilidades e demandas dee estudo à luz de críticas sobre a marginalização das vozes femininas nos traz o
contexto da revolta ocorrida em 1957 no Paraná. Aguinaldo Henrique Garcia de Gouveia foca na
participação feminina e nas narrativas das mulheres sobre o evento.
Esperamos que os textos aqui apresentados sirvam de inspiração para debates e novas produções
nos campos das histórias moderna e contemporânea.
Tenham uma boa leitura.

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