EIA232

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21

EIA232

Comunicação de Dados Industriais


5º semestre da Licenciatura de Bolonha em EEA
Nelson Neves ([email protected])
Introdução

 Criado nos EUA em 1969 para definir o interface eléctrico e


mecânico entre equipamento com troca de dados digitais:
 Equipamento terminal de dados (DTE - Data Terminal
Equipment)
 Equipamento de comunicação de dados (DCE - Data
Comunications Equipment)
Interface EIA-232 standard
 Inicialmente o EIA-232 foi definido como RS-232 (RS –
Recommended Standard)
 Em 1988 foi oficialmente abandonado o prefixo RS para ser
substituído por EIA/TIA
 EIA (Electronic Industries Alliance, até 1997 Electronic Industries
Association) é uma organização privada para as indústrias de
produtos electrónicos nos EUA. A EIA é credenciada pela ANSI
(American National Standars Institute)
 Sofre evoluções até 1991 atingindo o EIA/TIA-232E
 Interpretações deficientes da Norma provocaram problemas para
estabelecer ligações entre equipamento de diferentes fabricantes
 Deve ser realçado que a Norma EIA-232 (como outras normas EIA)
apenas define detalhes eléctricos e mecânicos da interface (níveis 1
e 2 do modelo OSI) e não questões de protocolo
Interface EIA-232 standard

 Ligações entre um DTE e um DCE usando conectores DB-25:


Conceitos principais do EIA-232

 Características eléctricas
 O Transmissor EIA-232 deve produzir
sinais de dados na gama de +/-15V até
+/-25V
 Nível 1 lógico: de -5V até -25V
 Nível 0 lógico: de +5V até +25V
 Nível lógico indefinido: de -5V até +5V
 O Receptor EIA-232 deve produzir sinais
de dados na gama de +/-15V até +/-25V
 Nível 1 lógico: de -3V até -25V
 Nível 0 lógico: de +3V até +25V
 Nível lógico indefinido: de -3V até +3V
 As linhas de controlo ou de
“handshaking” possuem a mesma gama
de tensão das linhas de dados do
transmissor só que de sinal simétrico
Conceitos principais do EIA-232

 Características eléctricas (cont.)


 O papel dos transmissores será adaptar para “EIA-232” os níveis TTL
 O papel dos receptores será adaptar para TTL os níveis “EIA-232”
Conceitos principais do EIA-232

 Características eléctricas (cont.)


 Exemplo duma trama segundo  Exemplo da comparação entre
a norma “EIA-232” duma trama CMOS(TTL) e a
mesma trama mas segundo a
norma “EIA-232”
Conceitos principais do EIA-232
 Características eléctricas (cont.)
 O EIA-232 standard define 25 ligações eléctricas divididas nos seguintes
conjuntos:
 Linhas de Dados
 TxD - Linha de transmissão, do DTE para o DCE, pino 2 numa DB25, pino 3 numa DB9
 RxD - Linha de recepção, do DCE para o DTE, pino 3 numa DB25, pino 2 numa DB9
 GND - Linha de retorno (comum para os dois sentidos de comunicação), pino 7 numa DB25,
pino 5 numa DB9
 Linhas de Controlo ou linhas de “handshaking”
 RTS: Request To Send
 CTS: Clear To Send
 DSR: Data Set Ready – “DCE ready” na interface EIA-232D/E
 DTR: Data Terminal Ready – “DTE ready” na interface EIA-232D/E
 Linhas de temporização
 Funções secundárias especiais
 É nas linhas de “handshaking” que se encontram a maior parte dos problemas,
derivado do facto dos construtores muitas vezes as omitirem, daí muitas vezes se
resolveram as comunicações apenas com “três fios”: TxD, RxD e GND
 Para resolver estes problemas o “handshaking” é muitas vezes substituído por
controlo por software
Conceitos principais do EIA-232

 Características eléctricas (cont.)


 Relação entre o comprimento do cabo e a velocidade máxima
possível
 À medida que se aumenta a velocidade de comunicação, a máxima
distância possível de vencer começa a depender muito da
capacidade e da indutância do cabo utilizado
 A rapidez que podemos passar de um nível lógico para o outro
depende da capacidade do cabo e esta aumenta com o
comprimento
 O comprimento do cabo vai depender da quantidade de erros que
for definida como aceitável
 EIA-232D&E recomenda como limite os 2500pF na totalidade do
cabo utilizado
 Normalmente apresentando 160pF/m chega-se ao comprimento típico
dos 15 metros como distância máxima para o EIA232
 Actualmente como os cabos apresentam facilmente 50pF/m, a distância
actual encontra-se nos 50 metros
Conceitos principais do EIA-232

 Características eléctricas (cont.)


 As taxas de comunicação
 A norma EIA-232 define 110, 300, 600,
1200, 2400, 4800, 9600 e 19200 como
taxas de comunicação típicas
 No entanto para distâncias curtas: 38400,
57600 e 115200 são possíveis de
encontrar
 No contexto das comunicações
assíncronas estipulou-se o acrónimo
BAUD, onde 1 baud = 1 bit por segundo
 Facilmente se define uma relação entre o
Baud Rate e o comprimento normal
correspondente:
Conceitos principais do EIA-232

 Características mecânicas da interface


 A norma EIA-232 define as características mecânicas da interface entre
DTE e DCE
 Apesar de não especificado a ficha DB-25 (25 pinos em ficha do tipo D)
está relacionada com a norma.
 Só na revisão EIA-232E aparece o conector da norma: conector ALT A
com 26 pinos e mais pequeno que o DB-25. o pino 26 não é usado (???)
 Em equipamento compatível com EIA-232 mas onde não se utilize
“handshaking” completo recorre-se ao DB-9 (9 pinos em ficha do tipo
D)
 Aspecto do DB-9 num DTE segundo a norma EIA-232:
Conceitos principais do EIA-232

 Atribuição usual dos pinos para


fichas DB-9 e DB-25 para EIA-
232
Conceitos principais do EIA-232
Conceitos principais do EIA-232
 Sinais envolvidos na comunicação
 Protective ground (shield)
 Assegura que os chassis do DTE e do DCE cestão equipotenciais
 Transmitted data (TxD)
 Transporta o sinal de dados do DTE para o DCE
 Received data (RxD)
 Transporta o sinal de dados do DCE para o DTE.
 Request to send (RTS)
 Esta linha fica activa (+V) quando o DTE requisita permissão para enviar
dados. Então, o DCE activa (+V) por sua vez o CTS (clear to send) para ser
implementado o controlo por hardware do fluxo de dados
 Clear to send (CTS)
 Quando o DCE activa o CTS, significa que para o DTE que é seguro enviar
dados
 Signal ground (common)
 É a linha de retorno para todos os sinais de transmissão e de recepção e dos
circuitos de comunicação
Conceitos principais do EIA-232
 Sinais envolvidos na comunicação (cont.)
 DCE ready
 Formalmente deverá chamar-se “data set ready” (DSR). Serve de indicação
do DCE para o DTE que o modem está pronto
 Data carrier detect (DCD)
 Também chamado “received line signal detector”. Activado pelo modem
quando recebe dados e assim permanece durante a comunicação
 DTE ready (data terminal ready)
 Formalmente deverá chamar-se “data terminal ready” (DTR). DTE ready
sinaliza mas não não coloca por si o modem em comunicação
 Ring indicator
 Este pino é acedido para sinalizar comunicação
 Data signal rate selector (DSRS)
 Em comunicações onde são possíveis várias taxas de comunicação, este sinal
destina-se a acertar qual dos Baud Rate vai ser usado. Não utilizado nos dias
actuais
Conceitos principais do EIA-232

 Sequência no
acesso em “half-
duplex” na
norma EIA-232
Conceitos principais do EIA-232

 Resumo das evoluções (C, D e E) da norma EIA/TIA-232 …


 Revisão D:
 Formalizado o conector D-25
 Sinais de dados e controlo com tensões limites de 25V (antes era 15V)
 Os limites de distância passam a estar relacionados com a capacidade
do cabo (50pF/ft) e não fixado nos 15 metros (50ft)
 Revisão E:
 Formalizado o conector
ALT alternativo ao D-25
 Aproxima-se dos
standards internacionais
CCITT, V.24, V.28 e
ISO2110
Conceitos principais do EIA-232

 A Norma EIA-232 rapidamente deixou de ser apenas uma forma de


comunicação entre sistemas informáticos simples e passou a ser
utilizada em: instrumentação digital, variadores digitais de
velocidade, sistemas de controlo de potência, etc
 Apesar da popularidade atingida a Norma EIA-232 apresenta muitas
limitações…
 Comunicação Ponto-a-Ponto
 Distância limite é muito curta em muitos casos
 20kbps é limitado para muitas aplicações
 As tensões de funcionamento (de -3V a -25V e de 3V a 25V) não são
muito compatíveis com as fontes de alimentação mais comuns
 Face a estas limitações foi natural que a EIA tivesse desenvolvido
outros standards por forma as ultrapassar. É o caso da EIA-485
Conceitos principais do EIA-232

 Descrição funcional dos circuitos de ligação…


 Alimentações simétricas
 Séries xx88 e xx89 (Exemplo: MC1488 e MC1489)
 Driver Receiver
Conceitos principais do EIA-232

 Descrição funcional dos circuitos de ligação…


 Alimentações TTL
 Geram as tensões simétricas necessárias à norma EIA-232
 Exemplos Max232 e LT1181
Conceitos principais do EIA-232

 Descrição funcional dos cabos de ligação…


 Normal
 Sem handshaking
 Null Modem

Você também pode gostar