Qualificacao Ato Transfusional Caderno Exercicios
Qualificacao Ato Transfusional Caderno Exercicios
Qualificacao Ato Transfusional Caderno Exercicios
Qualificação
do Ato Caderno de Exercícios
Transfusional 1ª edição atualizada
Brasília – DF
2016
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
4
MINISTÉRIO DA SAÚDE
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Qualificação
do Ato Caderno de Exercícios
Transfusional
1ª edição atualizada
Brasília – DF
2016
2014 Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não
Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em
Saúde do Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.
Tiragem: 1ª edição atualizada – 2016 – 2.000 exemplares
Ficha Catalográfica
4
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Exercício 1 – O procedimento transfusional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Exercício 2 – O uso racional do sangue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Exercício 3 – Hemovigilância: reações transfusionais . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Exercício 4 – Hemovigilância: notificação, comitê transfusional e vigilância sanitária . . . . . 49
Bibliografia consultada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Anexo A – Reserva cirúrgica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Anexo B – Ficha de Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
6
apresentação
Apresentação
7
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
8
apresentação
9
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
10
exercícios
Exercícios
11
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
12
exercícios
exercício 1 – o procedimento transfusional
13
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
14
exercícios
exercício 1 – o procedimento transfusional
15
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
16
exercícios
exercício 1 – o procedimento transfusional
17
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
18
exercícios
exercício 1 – o procedimento transfusional
19
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
20
exercícios
exercício 1 – o procedimento transfusional
21
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
22
exercícios
exercício 2 – o uso racional do sangue
Grupo 1:
Leia as descrições 1 e 2 apresentadas a seguir:
Nome do Paciente:
Remo Luis Branco
Sexo: Idade: Peso:
Masculino 42 anos 78kg
Nome da Mãe:
Helena Garcia Branco
Prontuário: Leito/Apto:
123456 Leito 42 Enfermaria A
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
10,0 g/dL 30% 60.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando? (última):
Sim 2 meses atrás
Diagnósticos e Indicação Clínica:
LMA. Paciente neutropênico febril. Evolução para choque.
Necessidade de reposição volêmica urgente.
Sem distúrbio de coagulação, além da plaquetopenia.
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Plasma Fresco Congelado (PFC) – 1.200 ml (atendimento de urgência – disponibilizar o
hemocomponente em até 3 horas)
Nome do Paciente:
Rômulo Azulli
Sexo: Idade: Peso:
Masculino 59 anos 80kg
Nome da Mãe:
Ermengarda Azulli
Prontuário: Leito/Apto:
234567 Leito 38 Enfermaria B
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
10,4 g/dL 29,5% 189.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando? (última):
Sim no ano anterior
Diagnósticos e Indicação Clínica:
Paciente com insuficiência renal crônica, hemodinamicamente compensado.
Sem distúrbio de coagulação
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Concentrado de hemácias (CH) – 300 ml (atendimento de rotina – disponibilizar o
hemocomponente em até 24 horas)
23
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise os dois casos anteriores e, considerando os princípios do uso racional do sangue,
para cada caso responda:
1. As informações apresentadas são suficientes para a avaliação da necessidade
transfusional?
2. Elas estão de acordo com o exigido nas normas vigentes? Justifique sua resposta.
3. Você concorda com as indicações de transfusão desses casos? Justifique sua res‑
posta.
4. Você alteraria essas solicitações? Se sim, como e por quê?
24
exercícios
exercício 2 – o uso racional do sangue
Grupo 2:
Leia as descrições 1 e 2 apresentadas a seguir:
Nome do Paciente:
Aline Nureiev Rosa
Sexo: Idade: Peso:
Feminino 4 anos 16kg
Nome da Mãe:
Rita Costa Neves Rosa
Prontuário: Leito/Apto:
345678 Leito 24 Enfermaria C
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
12,2 g/dL 36% 19.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando?(última):
Sim 1 mês atrás
Diagnósticos e Indicação Clínica:
Púrpura trombocitopênica imune (PTI). Plaquetopenia.
Hemodinamicamente estável, sem sangramentos.
Sem distúrbio de coagulação, além da plaquetopenia.
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Concentrado de plaquetas (CP) – 2 unidades (atendimento de rotina – disponibilizar o
hemocomponente em até 24 horas)
Nome do Paciente:
Waldoquis de Assunção
Sexo: Idade: Peso:
Masculino 82 anos 55kg
Nome da Mãe:
Maria da Paz Assunção
Prontuário: Leito/Apto:
456789 Leito 68 Enfermaria D
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
10,8 g/dL 30,1% 159.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando? (última):
Não
Diagnósticos e Indicação Clínica:
CA de esôfago, desnutrição, caquexia, hipoalbuminemia
Sem distúrbio de coagulação
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Plasma fresco congelado (PFC) – 600 ml (atendimento de rotina – disponibilizar o
hemocomponente em até 24 horas).
25
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise os dois casos anteriores e, considerando os princípios do uso racional do sangue,
para cada caso responda:
1. As informações apresentadas são suficientes para a avaliação da necessidade
transfusional?
2. Elas estão de acordo com o exigido nas normas vigentes? Justifique sua resposta.
3. Você concorda com as indicações de transfusão desses casos? Justifique sua res‑
posta.
4. Você alteraria essas solicitações? Se sim, como e por quê?
26
exercícios
exercício 2 – o uso racional do sangue
Grupo 3:
Leia as descrições 1 e 2 apresentadas a seguir:
Nome do Paciente:
Agenor Costa e Costa
Sexo: Idade: Peso:
Masculino 48 anos 88 kg
Nome da Mãe:
Alícia Gouveia Costa
Prontuário: Leito/Apto:
567890 Leito 28 Enfermaria E
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
6,8 g/dL 23% 35.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando?(última):
Sim No mesmo dia, o paciente já recebeu:
** Concentrado de hemácias (CH) – 900 ml;
** Concentrado de plaquetas (CP) – 8 unidades;
** Plasma fresco congelado (PFC) – 800 ml.
Diagnósticos e Indicação Clínica:
Paciente com diagnóstico de leucemia mieloide aguda M3, apresentando sangramento gengival,
epistaxes, escarros hemoptoicos e melena. CIVD?
Distúrbio de coagulação:
TTPa: C= 32” P= 52” Protrombina: A= 52% RNI = 1,6 Fibrinogênio = 78 m g/dL
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Crioprecipitado (Crio) – 6 unidades
(atendimento de urgência – disponibilizar os hemocomponentes em até 3 horas).
Nome do Paciente:
Wanderlei Mota Branco
Sexo: Idade: Peso:
Masculino 3 anos 16 kg
Nome da Mãe:
Mariana Mota Branco
Prontuário: Leito/Apto:
789012 Leito 62 Enfermaria F
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
5,7 g/dL 18% 5.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando? (última):
Sim 2 meses atrás
Diagnósticos e Indicação Clínica:
Paciente com diagnóstico de anemia aplástica grave, candidato ao transplante de medula óssea,
febril, taquicárdico (FC = 140 bpm), pálido 4+/4+, prostrado.
Sem distúrbio de coagulação, além da plaquetopenia.
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Concentrado de hemácias lavadas (CHL) – 160 ml;
Concentrado de plaquetas (CP) – 2 unidades.
27
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise os dois casos anteriores e, considerando os princípios do uso racional do sangue,
para cada caso, responda:
1. As informações apresentadas são suficientes para a avaliação da necessidade
transfusional?
2. Elas estão de acordo com o exigido nas normas vigentes? Justifique sua resposta.
3. Você concorda com as indicações de transfusão desses casos? Justifique sua res‑
posta.
4. Você alteraria essas solicitações? Se sim, como e por quê?
28
exercícios
exercício 2 – o uso racional do sangue
Grupo 4:
Leia as descrições 1 e 2 apresentadas a seguir:
Nome do Paciente:
Antônio Rosa dos Anjos
Sexo: Idade: Peso:
Masculino 25 anos 60 kg
Nome da Mãe:
Vania Rosa dos Anjos
Prontuário: Leito/Apto:
789012 Bloco Cirúrgico sala 8
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
Não realizado Não realizado Não realizado
Já recebeu transfusão? Quando?(última):
Não
Diagnósticos e Indicação Clínica:
Ferimento por arma de fogo. Hemorragia aguda. Risco de morte.
Distúrbio de coagulação ignorado.
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Concentrado de hemácias (CH) – 1200 ml
(transfusão de emergência – sem teste de compatibilidade).
Nome do Paciente:
Francisca Edelcides Vranje
Sexo: Idade: Peso:
Feminino 94 anos 68kg
Nome da Mãe:
Maria das Graças Vranje
Prontuário: Leito/Apto:
890123 Leito 46 Enfermaria G
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
11,2 g/dL 32% 158.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando? (última):
Não
Quantas gestações? Quantos partos? Quantos abortos?
8 8 –
Diagnósticos e Indicação Clínica:
Fratura de fêmur; Reserva cirúrgica (Implante de prótese de cabeça de fêmur).
Sem distúrbio de coagulação.
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Concentrado de hemácias (CH) – 1500 ml;
Plasma fresco congelado (PFC) – 1200 ml;
(Reserva cirúrgica para o dia seguinte à data da solicitação).
29
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise os dois casos anteriores e, considerando os princípios do uso racional do sangue,
para cada caso responda:
1. As informações apresentadas são suficientes para a avaliação da necessidade
transfusional?
2. Elas estão de acordo com o exigido nas normas vigentes? Justifique sua resposta.
3. Você concorda com as indicações de transfusão desses casos? Justifique sua res‑
posta.
4. Você alteraria essas solicitações? Se sim, como e por quê?
30
exercícios
exercício 2 – o uso racional do sangue
Grupo 5:
Leia as descrições 1 e 2 apresentadas a seguir:
Nome do Paciente:
José Romero Timbaúba
Sexo: Idade: Peso:
Masculino 13 anos 50 kg
Nome da Mãe:
Lígia Torres Timbaúba
Prontuário: Leito/Apto:
901234 58 Enfermaria H
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
6,8 g/dL 14% 190.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando? (última): Onde?
Sim há cerca de um mês Ambulatório do serviço de hemoterapia
Diagnósticos e Indicação Clínica:
Paciente portador de anemia falciforme, taquicárdico e febril. História pregressa de reações
transfusionais febris não hemolíticas recorrentes.
Sem distúrbio de coagulação
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Concentrado de hemácias lavadas (CHL) – 300 ml;
(atendimento de rotina – disponibilizar o hemocomponente em até 24 horas).
Nome do Paciente:
Clara Lopes Ushi
Sexo: Idade: Peso:
Feminino 36 anos 64kg
Nome da Mãe:
Maria do Carmo Lopes Ushi
Prontuário: Leito/Apto:
012345 Leito 64 Enfermaria I
Hemoglobina: Hematócrito: Plaquetas:
8 g/dL 28% 320.000/mm3
Já recebeu transfusão? Quando? (última): Onde?
Sim há menos de um mês No próprio hospital
Diagnósticos e Indicação Clínica:
CA de cólon; Reserva cirúrgica.
Obs.: Presença de anticorpo irregular detectado em transfusões anteriores e história de reação
urticariforme após as duas últimas transfusões de CH.
Sem distúrbio de coagulação.
Solicitação feita ao serviço de hemoterapia:
Concentrado de hemácias lavadas e fenotipadas (CHL) – 300 ml;
(atendimento de rotina – disponibilizar o hemocomponente em até 24 horas).
31
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise os dois casos anteriores e, considerando os princípios do uso racional do sangue,
para cada caso responda:
1. As informações apresentadas são suficientes para a avaliação da necessidade
transfusional?
2. Elas estão de acordo com o exigido nas normas vigentes? Justifique sua resposta.
3. Você concorda com as indicações de transfusão desses casos? Justifique sua res‑
posta.
4. Você alteraria essas solicitações? Se sim, como e por quê?
32
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
Grupo 1
CASO CLÍNICO 1
Paciente S.F.E.B., data nasc. 3/6/1962, sexo fem., prontuário 123456, com diagnóstico
de tumor de laringe. Recebeu transfusão de 1 Concentrado de hemácias (CH) para a
indicação de anemia.
História de transfusões prévias: ignorada.
História de reações transfusionais prévias: ignorada.
Minutos após o término da transfusão, apresentou calafrios e dispneia.
Exames complementares:
33
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
CASO CLÍNICO 2
Paciente N.A.A., data nasc. 25/6/1959, sexo fem., prontuário 234567, diagnóstico de he‑
patopatia alcoólica.
Recebeu transfusão de 1 Plasma fresco congelado (PFC) para a indicação de hematêmese.
História de transfusões prévias: Sim (até 5 transfusões).
História de reações transfusionais prévias: não.
Durante a transfusão apresentou prurido e urticária.
Exames complementares:
34
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
35
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
Grupo 2
CASO CLÍNICO 1
Paciente L.R.M., data nasc. 11/5/1982, sexo fem., prontuário 345678, com diagnóstico de
Leucemia mieloide aguda.
Recebeu transfusão de 1 bolsa de Concentrado de plaquetaférese para a indicação de
plaquetopenia.
História de transfusões prévias: sim (até 5 transfusões).
História de reações transfusionais prévias: sim.
Minutos após o término da transfusão, apresentou calafrios, tremores e febre.
Exames complementares:
36
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
CASO CLÍNICO 2
O paciente J.C.S., data nasc. 10/6/1925, sexo masc., grupo sanguíneo O positivo, portador
de CA de próstata com metástase óssea, em tratamento quimioterápico no Hospital W,
cursa com febre e anemia sintomática devido a sangramento intestinal intermitente.
No dia 22/8/2008, o paciente apresentava Hb: 7,3 g/dL, leucócitos 3.400; neutrófilos
2.312; plaquetas: 82.000. Às 10h22min, após aferir os dados vitais que estavam normais,
a enfermeira L iniciou a transfusão de 300 ml de concentrado de hemácias, no pacien‑
te JCS, que não apresentou intercorrências. Às 11h40min, a mesma enfermeira iniciou,
no mesmo paciente, a transfusão de mais 300 ml de concentrado de hemácias. Minu‑
tos após o início do ato transfusional, a enfermeira L percebeu que a bolsa instalada
era para outro paciente – S.J.F. – e interrompeu imediatamente a transfusão, retirando
e desprezando a bolsa.
Às 12h, o paciente J.C.S. apresentou tremores, calafrios e inquietação. Nesse momento,
a médica plantonista foi informada da troca de bolsas pela enfermeira L. O paciente
foi medicado com dipirona, corticoide venoso e oxigenoterapia. Às 13h30min, foi soli‑
citada coleta de exames laboratoriais. O paciente apresentava‑se pouco comunicativo,
mas sem tremores e calafrios. O serviço de hemoterapia fornecedor foi comunicado
sobre a troca de bolsas às 16h30min.
Às 17h30min, o paciente J.C.S. apresentou dispneia, hipotensão, calafrios, icterícia.
Evoluiu com choque e parada cardiorrespiratória responsiva às primeiras manobras
de ressuscitação. Foi encaminhado intubado para o CTI, apresentou nova PCR e às
19h55min teve o óbito constatado.
Exames complementares:
37
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise cada caso apresentado e responda:
1. Você considera que houve reação transfusional?
–– Em caso afirmativo e considerando os quadros clínico e laboratorial, qual o pro‑
vável diagnóstico de cada caso e em que ele se fundamenta?
2. Há outros diagnósticos diferenciais pertinentes a cada caso?
3. Quais são os exames complementares recomendados para a investigação de cada
caso?
4. Se houve reação transfusional, qual é o tratamento para esse tipo de reação?
5. Essa reação (se houve) poderia ter sido evitada? Ou seja, existem medidas preven‑
tivas para que novos casos iguais a esse não ocorram? Quais?
6. Você acha que alguma área/setor do serviço de saúde deve ser comunicada sobre
a ocorrência desse caso? Qual(is)? Por quê? E outro serviço – AT, serviço produtor do
hemocomponente etc. – deve ser comunicado? Qual(is)? Por quê?
38
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
Grupo 3
CASO CLÍNICO 1
Paciente J.L.C., data nasc. 5/3/1927, sexo masc., prontuário 456789. Foi submetido a ar‑
troplastia do quadril.
Recebeu transfusão de 3 Plasmas frescos congelados (PFC) para o tratamento de dis‑
túrbio da coagulação no pós‑operatório.
História de transfusões prévias: não.
História de reações transfusionais prévias: não.
Minutos após o início da transfusão, apresentou tosse, broncoespasmo, hipotensão,
cianose, sonolência e choque.
Exames complementares:
39
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
CASO CLÍNICO 2
Paciente S.A.G., data nasc 4/11/1943, sexo masc., prontuário 567890, diagnóstico de in‑
fecção urinária, insuficiência renal crônica, diabetes mellitus, hipertensão arterial.
Recebeu transfusão de 2 Concentrados de hemácias (CH) para a indicação de anemia.
História de transfusões prévias: sim (até 5 transfusões).
História de reações transfusionais prévias: ignorada.
A transfusão da primeira bolsa foi iniciada às 14h, com o paciente tranquilo, PA: 150X90
mmHg, TAX: 35°C, Pulso 92 bpm. FR: 20 rpm. Às 18h40min, durante a transfusão da
segunda bolsa, o paciente passou a apresentar dispneia, tosse e hipertensão arterial
PA = 200x110 mmHg. Por ordem médica, a transfusão foi suspensa e o paciente rece‑
beu 2 ampolas de furosemida, com melhora progressiva do quadro.
Exames complementares:
40
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
TAREFAS DO GRUPO:
Analise cada caso apresentado e responda:
1. Você considera que houve reação transfusional?
–– Em caso afirmativo e considerando os quadros clínico e laboratorial, qual o pro‑
vável diagnóstico de cada caso e em que ele se fundamenta?
2. Há outros diagnósticos diferenciais pertinentes a cada caso?
3. Quais são os exames complementares recomendados para a investigação de cada
caso?
4. Se houve reação transfusional, qual é o tratamento para esse tipo de reação?
5. Essa reação (se houve) poderia ter sido evitada? Ou seja, existem medidas preven‑
tivas para que novos casos iguais a esse não ocorram? Quais?
6. Você acha que alguma área/setor do serviço de saúde deve ser comunicada sobre
a ocorrência desse caso? Qual(is)? Por quê? E outro serviço – AT, serviço produtor do
hemocomponente etc. – deve ser comunicado? Qual(is)? Por quê?
41
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
Grupo 4
CASO CLÍNICO 1
Paciente M.A.S., 29 anos, sexo masc., prontuário 901234, com hipótese diagnóstica de
leptospirose e dengue.
Recebeu transfusão de 8 Concentrados de plaquetas (CP) para a indicação de plaque‑
topenia e sangramento.
História de transfusões prévias: ignorada.
História de reações transfusionais prévias: ignorada.
O paciente deu entrada na emergência com quadro de cefaleia, mialgia e prostração
há 4 dias. Apresentava hemorragia conjuntival e plaquetopenia (49.000). Ao final da
transfusão de plaquetas apresentou febre, tremores, taquicardia e taquipneia. Ao exa‑
me físico: sibilos escassos. Foi dado diagnóstico de reação transfusional do tipo febril
não hemolítica de gravidade leve.
No dia seguinte o paciente apresentou quadro de insuficiência respiratória aguda,
sendo submetido a intubação orotraqueal. Foi evidenciada hemorragia alveolar. O pa‑
ciente evoluiu a óbito.
Exames complementares:
42
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
CASO CLÍNICO 2
Paciente C.T.S., data nasc. 9/12/1955, sexo fem., prontuário 789012, com diagnóstico de
pancitopenia a esclarecer.
Recebeu transfusão de 4 Concentrados de hemácias (CH) para a indicação de anemia.
História de transfusões prévias: ignorada.
História de reações transfusionais prévias: ignorada.
Paciente com anemia extrema (Hb < 2 g/dL), recebeu transfusões de 4 CH, tendo evo‑
luído com dispneia e hipoxemia. Avaliação cardíaca mostrou boa função (ECO com
FE66%), sem sinais de hipertensão pulmonar. Melhorou após 48 horas de suporte res‑
piratório com oxigenoterapia, não sendo necessário intubação. Diuréticos administra‑
dos inicialmente não modificaram o volume urinário.
Exames complementares:
43
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise cada caso apresentado e responda:
1. Você considera que houve reação transfusional?
–– Em caso afirmativo e considerando os quadros clínico e laboratorial, qual o pro‑
vável diagnóstico de cada caso e em que ele se fundamenta?
2. Há outros diagnósticos diferenciais pertinentes a cada caso?
3. Quais são os exames complementares recomendados para a investigação de cada
caso?
4. Se houve reação transfusional, qual é o tratamento para esse tipo de reação?
5. Essa reação (se houve) poderia ter sido evitada? Ou seja, existem medidas preven‑
tivas para que novos casos iguais a esse não ocorram? Quais?
44
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
6. Você acha que alguma área/setor do serviço de saúde deve ser comunicada sobre
a ocorrência desse caso? Qual(is)? Por quê? E outro serviço – AT, serviço produtor do
hemocomponente etc. – deve ser comunicado? Qual(is)? Por quê?
45
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
Grupo 5
CASO CLÍNICO 1
Paciente F.N., data nasc. 10/1/1939, sexo masc., prontuário 890123, diagnóstico de he‑
morragia digestiva.
Recebeu transfusão de 8 unidades de Concentrado de plaquetas (CP) para a indicação
de hemorragia.
História de transfusões prévias: até 5.
História de reações transfusionais prévias: ignorada.
Minutos após o término da transfusão, apresentou prurido, urticária, edema palpebral
e labial.
Exames complementares:
46
exercícios
exercício 3 – hemovigilância: reações transfusionais
CASO CLÍNICO 2
Paciente J.A.J., 3 meses, sexo fem., prontuário 012345, peso=5,5 Kg.
Recebeu transfusão de 55 ml de Concentrado de hemácias desleucocitado e irradiado
para a indicação de anemia.
História de transfusões prévias: não.
História de reações transfusionais prévias: não.
A criança deu entrada no hospital com quadro de choque hipovolêmico, acidose me‑
tabólica e distúrbio hidroeletrolítico por desidratação. Com a realização dos cuidados
imediatos apresentou melhora, com estabilização do quadro.
Nos exames iniciais demonstrou‑se uma hemoglobina de 7 g/dL e lhe foi prescrita
uma unidade pediátrica (55 ml) de concentrado de hemácias.
Cerca de 40 minutos após o início da transfusão a criança apresentou uma parada
cardiorrespiratória. Não respondeu às manobras de reversão do quadro e foi a óbito.
O caso foi notificado como reação transfusional imediata sem especificação, com óbito
em consequência da transfusão.
Exames complementares:
47
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
TAREFAS DO GRUPO:
Analise cada caso apresentado e responda:
1. Você considera que houve reação transfusional?
–– Em caso afirmativo e considerando os quadros clínico e laboratorial, qual o pro‑
vável diagnóstico de cada caso e em que ele se fundamenta?
2. Há outros diagnósticos diferenciais pertinentes a cada caso?
3. Quais são os exames complementares recomendados para a investigação de cada
caso?
4. Se houve reação transfusional, qual é o tratamento para esse tipo de reação?
5. Essa reação (se houve) poderia ter sido evitada? Ou seja, existem medidas preven‑
tivas para que novos casos iguais a esse não ocorram? Quais?
6. Você acha que alguma área/setor do serviço de saúde deve ser comunicada sobre
a ocorrência desse caso? Qual(is)? Por quê? E outro serviço – AT, serviço produtor do
hemocomponente etc. – deve ser comunicado? Qual(is)? Por quê?
48
exercícios
exercício 4 – hemovigilância: notificação, comitê transfusional e vigilância sanitária
Grupos de 1 a 5
Este exercício contém três partes.
Parte 1
►► Retome os casos discutidos na etapa anterior e notifique o(s) que julgar pertinen‑
te(s), preenchendo os dados da ficha de notificação.
►► Após conclusão da tarefa anterior, responda as seguintes questões:
1. Você já presenciou uma RT no seu local de trabalho? Em caso afirmativo, foi
feita notificação?
2. Há algum fluxo definido para que as RT observadas no seu local de trabalho
sejam notificadas?
3. Como você pensa que poderia ser um fluxo adequado dentro de sua
instituição?
4. Quais estratégias você utilizaria, no seu serviço, para estimular a notificação de
RT?
Parte 2
►► Leia o capítulo 10 - Comitê Transfusional, do Guia para uso de hemocomponentes,
página 118. Em seguida, reveja o fluxo que você propôs em resposta à questão 3 e
ajuste‑o se necessário.
►► Analise novamente os casos discutidos anteriormente e, considerando as atribui‑
ções do Comitê Transfusional, responda que tipo de atuação você implementaria
no Hospital onde ocorreram esses casos.
Parte 3
►► Leia o item O Monitoramento Sanitário, do capítulo 8 – Hemovigilância, do manual
Hemovigilância: manual técnico para investigação das reações transfusionais ime‑
diatas e tardias não infecciosas, página 108. Em seguida, reflita, considerando as
atribuições da vigilância sanitária e responda como você acha que ela deve proce‑
der ao receber a notificação desses casos.
49
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
50
exercícios
exercício 4 – hemovigilância: notificação, comitê transfusional e vigilância sanitária
51
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
52
bibliografia consultada
exercício 4 – hemovigilância: notificação, comitê transfusional e vigilância sanitária
Bibliografia consultada
53
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
54
bibliografia consultada
Bibliografia
1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Boletim de Hemovigilância,
Brasília, n. 5, 2012. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/
b38ebb004dc642d7861dbed6059e5711/boletim_5_atualizado.pdf?MOD=AJPERES>.
Acesso em: 12 fev. 2013.
2. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Hemovigilância: manual
técnico para investigação das reações transfusionais imediatas e tardias não
infecciosas. Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
wps/wcm/connect/17386000474581698db3dd3fbc4c6735/manual_tecnico_
hemovigilancia_08112007.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 12 fev. 2013.
3. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Ficha de notificação de
hemovigilância. Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
wps/wcm/connect/b4d65880492dd9b3aff3bf14d16287af/Ficha_de_notificacao_de_
Hemovigilancia.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 12 fev. 2013.
4. ANEXO 14 – Formulário para Notificação de Evento Adverso Associado ao uso de
Sangue ou de Componente. In: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Notivisa
– Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária: manual do usuário.
Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/
manual/ea_sangue07.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2013.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento
de Atenção Hospitalar e de Urgência. Guia para o uso de hemocomponentes.
Brasília: Ministério da Saúde, 2ª ed., 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes_2ed.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2015.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Departamento de
Atenção Especializada. Aspectos Hemoterápicos Relacionados a Trali (Lesão Pulmonar
Aguda Relacionada à Transfusão): medidas para redução do risco. Brasília: Ministério
da Saúde, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/aspectos_
hemotrapicos_relacionados_Trali.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2013.
7. CARLOS, Luciana Maria de Barros. Projeto “Qualificação do ato transfusional”: reserva
cirúrgica. 2011. Disponível nesta obra como Anexo A.
Legislação
8. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução - RDC nº 34, de
11 de junho 2014. Dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue. Diário
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jun. 2014. Seção 1, p. 50-67.
Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.
jsp?data=16/06/2014&jornal=1&pagina=50&totalArquivos=172> Acesso em: 20 jul.2014.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.660, de 22 de julho de 2009. Institui
o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária – Vigipos, no
55
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
56
anexos
exercício 4 – hemovigilância: notificação, comitê transfusional e vigilância sanitária
Anexos
57
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
58
anexos
anexo a – reserva cirúrgica
i Texto elaborado por Luciana Maria de Barros Carlos e revisado por Raquel Baumgratz Delgado e Rodolfo João Ramos
59
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
tempo fora das condições ideais de armazenamento, o que pode acarretar o descarte
dessas unidades.
Na construção do protocolo de uso de hemocomponentes em cirurgias é recomenda‑
do estabelecer, retrospectivamente, o número de transfusões para cada tipo de proce‑
dimento cirúrgico realizado no hospital, a fim de definir a necessidade de reserva ci‑
rúrgica e o número de unidades a serem reservadas. O objetivo é que esse número seja
o mais próximo possível do número de transfusões para cada tipo de cirurgia. Existem
tabelas com orientações pré‑definidas publicadas por instituições como a OMS (ver
tabela 1), que podem ser úteis para orientar o protocolo. No entanto, é importante que
o corpo cirúrgico do hospital faça as adaptações necessárias para sua realidade.
A adoção desse tipo de protocolo traz vantagens que incluem:
►► A redução da sobrecarga de trabalho na Agência Transfusional, permitindo maior
agilidade no atendimento de emergências e na solução de problemas imuno‑he‑
matológicos;
►► O melhor entrosamento entre Bloco Cirúrgico e Agência Transfusional, com redu‑
ção do estresse do pessoal envolvido no atendimento aos pacientes cirúrgicos;
►► A maior eficiência e a maior eficácia na distribuição do estoque intra‑hospitalar de
hemocomponentes;
►► A redução da perda de hemocomponentes por validade ou por falhas no transpor‑
te e no armazenamento; e
►► A disseminação da cultura do uso racional do sangue em todo o ambiente hospi‑
talar.
A partir da definição do risco de sangramento e do histórico de transfusões em cada
tipo de procedimento, podem ser definidos três tipos de conduta no serviço de hemo‑
terapia:
►► Nenhuma ação para procedimentos com um risco remoto de necessidade transfu‑
sional. Tempo de liberação: pelo menos 40 minutos;
►► Coleta de amostra, Tipagem sanguínea e Pesquisa de Anticorpos Irregulares (TS +
PAI) no pré‑operatório, para procedimentos com histórico transfusional pequeno,
porém possível. Tempo de liberação: pelo menos 40 minutos;
►► Reserva de unidades de CH para procedimentos com grande potencial de trans‑
fusão. O número de unidades compatibilizadas varia de acordo com o histórico
transfusional do procedimento no hospital. Tempo de liberação: imediato.
Obs.: Situações específicas relacionadas a procedimentos mais complexos que o ha‑
bitual ou a pacientes com distúrbios adquiridos ou congênitos da coagulação san‑
guínea podem significar que unidades adicionais de sangue devem ser reservadas,
fugindo ao protocolo. Essas situações devem ser claramente informadas ao serviço de
hemoterapia.
60
anexos
anexo a – reserva cirúrgica
61
ministério da saúde
qualificação do ato transfusional – guia para sensibilização e capacitação
procedimento ação
histerectomia estendida abdominal ou vaginal 2u
miomectomia 2u
mola hidatiforme 2u
ooforectomia (radical) 4u
ortopedia
cirurgia de disco ts + pai
laminectomia ts + pai
remoção da articulação do quadril ou cabeça de fêmur ts + pai
reposição total de quadril 2 u (+ 2)
ostectomia/biópsia óssea (exceto cabeça de fêmur) ts + pai
fratura de cabeça de fêmur ts + pai
laminectomia ts + pai
fixação interna de fêmur 2u
fixação interna: tíbia ou tornozelo ts + pai
artroplastia total de quadril 3u
fusão espinhal (escoliose) 2u
descompressão espinhal 2u
cirurgia de nervo periférico ts + pai
ts+ pai = ABO/Rh d e pesquisa de anticorpos irregulares
(+) indica unidades adicionais que possam ser necessárias, dependendo de complicações cirúrgicas
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1. British Committee for Standards in Haematology (BCSH) Guidelines for implementa‑
tion of a maximum surgical blood order schedule. Clin. Lab. Haematol. 12; 321‑327, 1990.
2. Petz, L. D. The Surgeon and the transfusion service: Essentials of compatibility tes‑
ting, surgical blood ordering, emergency blood needs, and adverse reactions. In: Spiess,
BD, Counts, RB, Gould, SA. Perioperative Transfusion Medicine. Williams e Wilkins. 1998.
3. St. James´s Hospital. Maximum Blood Ordering Schedule List. Blood Product usage
Committee. August 1, 2001.
4. St. James´s Hospital. Transfusion of Red Blood Cells in Surgical Patients. Blood Pro‑
duct usage Committee. December 4, 2003.
5. World Health Organization. Blood transfusion Safety. The Clinical use of blood in Me‑
dicine, Obstetrics, Pediatrics, Surgery & Anesthesia, Trauma & Burns. WHO, 2002.
62
anexos
anexo b – ficha de avaliação
5. Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu durante o evento?
Identifique‑se, se o desejar:
Nome:
Local e data: / /
63
Projeto desenvolvido conjuntamente pela Unidade de Biovigilân‑
cia e Hemovigilância do Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de
Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária da Agência Na‑
cional de Vigilância Sanitária – Ubhem/Nuvig/Anvisa e pela Coor‑
denação Nacional de Sangue e Hemoderivados do Departamento
de Atenção Hospitalar e de Urgência da Secretaria de Atenção à
Saúde do Ministério da Saúde – CGSH/DAHU/SAS/MS.