CM - Doença Arterial Coronariana
CM - Doença Arterial Coronariana
CM - Doença Arterial Coronariana
CARDIOLOGIA
RESUMO à Gabi Porto
A doença arterial coronariana é causada na maioria das vezes pelo depósito de gordura nas principais artérias
epicárdicas que irrigam o coração. São fatores de risco para aterosclerose: Idade avançada, história familiar
positiva; HAS, DM, Tabagismo, Sedentarismo e Obesidade.
A síndrome coronariana crônica se diferencia da aguda quando a placa de gordura (aterosclerose) presente
dentro do endotélio vascular (conteúdo branco das fotos apresentadas) desestabiliza causando eventualmente a
exposição desse endotélio
SÍNDROME CORONARIANA CRÔNICA
ANGINA TÍPICA
DIAGNÓSTICO
TESTES PROVOCATIVOS DE ISQUEMIA
O teste ergométrico deve ser feito considerando o ECG, PA, sintomas do paciente e tempo
de análise. Deve-se aumentara cada 3 minutos a elevação e velocidade da esteira, sempre
considerando atentando para esses 4 pontos. A apresentação de um infra de segmento ST
pode ou não ser normal, o que diferenciará o diagnóstico é se essa alteração se estendo
por ≥ 1 mm, sendo a persistência sinal de mal prognóstico. Além disso, quanto maior a
quantidade de fatores de risco, maior a sensibilidade do exame. Se o resultado do exame for de alto risco →
indicação de cateterismo!
OBS: Resultado de alto risco no CAT
§ Isquemia no estágio 1 de Bruce (alteração em 45m/minuto) § Distúrbio de condução (Bloqueio de ramo; BAV)
§ Infra ≥ 2mm § Defict inotrópico (PAs em queda, durante esforço)
§ Arritmia ventricular no esforço § 5 min para recuperar o infra para linha de base
4) VACINAÇÃO
• Influenza e pneumococo
Apesar de ser padrão ouro o CAT não deve ser solicitado sempre, por ser
um exame invasivo. Além das duas indicações principais, no caso de uma
angina estável, se o paciente, além de alto risco e refratário estiver uma
Angina pós PCR abortada OU angina acompanhada de ICC também há
indicação da realização do CAT. Além disso, em caso de pacientes com
profissões que colocam outras pessoas em risco em caso de piora da angina
(piloto de avião), uma investigação mais agressiva se faz necessária
Visto uma interrupção do fluxo sanguíneo é preciso pensar no seguimento. Isso é: qual será a conduta a seguir:
angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica?
• Se escore Syntax ≤ 22 preferência por angioplastia • Se escore Syntax > 33 preferência por revascularização
OBS: O escore Syntax avalia anatomia coronariana, fatores de risco e vários outros parâmetros pertinentes do prognóstico do
paciente e, quanto menor seu resultado mais conservadora será a conduta que indicada
OBS: Apesar do escore Syntax ser muito utilizado, existem indicações clássicas para a resvacularização miocárdica:
• Tronco de coronária esquerda ≥ 50% ou origem de Descendente anterior ou circunflexa
• Insuficiência ventricular esquerda e/ou Diabetes e/ou Isquemia > 10% do miocárdio
o + Bivascular com lesão proximal da DA (≥ 70%)
• Refratariedade ou contraindicação à angioplastia
Considerando o tipo de cirurgia (ponte de Safena x Ponte Mamária) a torácica interna (mamária) é melhor! A
cirurgia utilizando a Safena é mais “fácil” de ser feita, em contrapartida, apesar de mais difícil com a mamária o
conduto arterial permanece aberto por mais tempo quando comparado com o conduto venoso (safena).
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
FISIOPATOLOGIA
Na Sd. Coronariana aguda há uma placa instável ou rompida. Isso
é, a placa de ateroma que outrora estava estável, por um processo
inflamatória inicia o processo de recrutamento de macrófagos que
se acumulam nesta região deixando-o instável e eventualmente
rompendo o conteúdo lipídico que estava envolvido pelo endotélio.
Essa exposição endotelial reforça ainda mais o recrutamento de
moléculas pró-inflamatórias. Nessa fase ocorre o “trombo
branco”, isso é, de forma a conter o conteúdo recém-exposto
ocorre um agregação plaquetária e de macrófagos que, com o
evoluir da lesão, transformam o trombo rico em fibrina e hemácias, transformando o trombo branco em vermelho.
CLÍNICA E DIAGNÓSTICO
2) ECG
• A anamnese + ECG laudado deve estar pronto, no mundo ideal, em até 10 minutos a partir da queixa do paciente
3) MARCADOR DE NECROSE
• Troponina é o marcador de necrose miocárdica de escolha, não sendo necessário solicitação de outros
• É um marcador mais sensível e específico
• Determina o risco cardiovascular – quanto maior o nível de Troponina, maior o risco CV
• Dentre os tipos de Treponina a ultrassensível é a melhor opção
CONDUTA INICIAL
MOVD + MONABICHA
1) Monitor
2) Oxímetro – oxigenoterapia se necessário
3) Veia – acesso venoso
4) Desfibrilador à disposição
IMPORTANTE: a morte subida da hipóxia miocárdica por Sd. Coronariana se deve principalmente à Fibrilação Ventricular
.
M orfina só em dor REFRATÁRIA ou contraindicação a nitratos/betabloqueadores!
N itrato sublingual - 5mg de Isordil pode repetir em até 3x (Em refratariedade usar Nitrato por via venosa)
B eta Bloqueador VO ou EV - normalmente metoprolol (cautela se fator de risco para IVE – FC> 110; Pas < 120; >70a)
I ECA assim que estável (principalmente se IAM anterior; IC; FE ≤ 40; DRC)
H eparina
DETALHANDO O MNEUMÔNICO
• O Clopidogrel ainda é o segundo antiagregantes plaquetário de escolha para o paciente com ST que será
reperfundido por trombolítico
• O Ticagrelor e Prasugrel são mais potentes apesar de terem mais risco de sangramento
o NÃO usar Prasugrel se AVC prévio
• Não usar Beta-bloqueador se for uma síndrome coronariana desencadeada por Cocaína ou IVE
• Não usar Nitrato se paciente fizer uso de Viagra
ANGINA INSTÁVEL / INFARTO SEM SUPRA ST
No ECG da angina instável observamos uma inversão simétrica da onda T ou um infra do segmento ST o que indica
SUB-OCLUSÃO se, após esse laudo de eletro, a dosagem da troponina vier positiva, indicará um IAM sem supra
Tratamento
SE TRATAMENTO HOSPITALAR
CATETERISMO IMEDIATO – EM 2H
• Instabilidade hemodinâmica Para CAT imediato não devemos utilizar
o Choque, IVE imediatamente o segundo antiagregantes
• Instabilidade elétrica plaquetário pelo risco de sangramento.
o TV ou FV
• Irresponsivo É preferível introduzir posteriormente
o Angina refratária
O infarto no ECG
Uma oclusão coronariana provoca no ECG uma onda de isquemia seguida por uma onda de necrose que inicia da
região sub-encárdica em direção a região subepicárdica: CORRENTE DE LESÃO
INÍCIO DA ISQUEMIA
CORAÇÃO NORMAL
É importante lembrar que nem todo supra ST é IAM. ! Doenças que também apresentam supra no ECG são:
PAREDE DERIVAÇÕES
Lateral alta D1 ; aVL
Inferior D2 ; D3 ; aVF
Anterior V1 ; V2 ; V3 ; V4
Lateral baixa V5 ; V6
Anterior extensa (anterior + lateral) D1 ; aVL + V1 a V6
OBS: o ventrículo direito tem melhor vascularização que o esquerdo, por isso, quando esse primeiro é acometido, o mais comum é
ocorrer “apenas” isquemia, sendo a necrose mais frequente no VE
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRA ST
Existem 6 tipos de classificação do IAM com supra STa discutida aqui é a do TIPO 1.
TIPO 1 – clássica ruptura de placa aterosclerótica
TIPO 2 – Incompatibilidade entre oferta e demanda não relacionada a aterotrombose
TIPO 3 – Morte súbita associada a sintomas compatíveis com isquemia miocárdica
TIPO. 4 – IAM associado a intervenção coronariana percutânea ou trombose do STENT ou estepose pós PCI
TIPO 5 – IAM associado a by-pass coronariano
MINOCA – IAM sem obstrução importante de coronária (< 50 %)
TRATAMENTO
M O N A B I C H A + Reperfusão se necessário
INDICAÇÕES DE REPERFUSÃO
• Sintomas compatíveis com IAM
• Dor de até 12 h
o Depois disso necrose já está estabelecida e, na teoria, não haverá mais músculo para ser salvo
o Principalmente para trombolítico, após 12h não é utilizado. Angioplastia as vezes acontece
• Supra de ST em duas ou mais derivações da mesma parede
o BRE novo ou presumivelmente novo
TROMBOLÍTICO x ANGIOPLASTIA
2) NÃO TEM angioplastia no hospital e posso TRANSFERIR pra outro serviço -> ANGIOPLASTIA EM ATÉ 120 MIN
• Tempo porta-balão de 2 h
• Em pacientes graves – chocados; IC grave, contra-indicação ao trombolítico – deve ser feita a transferência ainda assim
3) NÃO TEM angioplastia no hospital e NÃO POSSO TRANSFERIR pra outro serviço em 2h -> TROMBOLÍTICO
• Nesses casos o trombolítico deve ser feito em até 30 minutos (tempo porta-agulha)
• Se após o trombolítico houve falha terapêutica ou reoclusão deve-se transferir o paciente
• Em pacientes graves deve ser feita a transferência ainda que o tempo porta-balão seja > 2 horas
IMPORTANTE: Sendo diagnóstico e terapêutico específico a angioplastia é padrão ouro. Além disso, ela garante, durante o
procedimento, a eficácia ou não da técnica. Apesar disso, como é incomum realização dessa abordagem em pacientes instáveis
ou de forma urgente, o trombolítico acaba sendo a primeira escolha, seguido de uma indicação de cateterismo posterior.
CONDUTA
ALFABETO DA ALTA
TRATAMENTO
TRATAMENTO TRATAMENTO • M O.N A B I C H A + Reperfusão se dor de até 12 horas
• M O.N A B I C H A + NÃO PRESCREVER Trombolítico • M O.N A B I C H A + NÃO PRESCREVER Trombolítico Angioplastia no hospital – 90 min
• Cateterismo imediato ou precoce • Cateterismo imediato ou precoce Angioplastina fora do hospital – 120 min
Sem angioplastia – trombolítico em até 30 min