Fisioterapia Hospitalar em Criança Com Síndrome de Down e Cardiopatia
Fisioterapia Hospitalar em Criança Com Síndrome de Down e Cardiopatia
Fisioterapia Hospitalar em Criança Com Síndrome de Down e Cardiopatia
● Programa de
Certificação completa de Coluna Vertebral
Tratamento
O paciente foi submetido ao tratamento de fisioterapia hospitalar
durante a sua internação no Hospital Infantil Joana de Gusmão, consistindo
de nove sessões de 50 minutos que eram realizadas cinco vezes por semana
(segunda à sexta) no período matutino.
Os objetivos iniciais do tratamento foram: estimular o desenvolvimento
neuropscicomotor, melhorar a função muscular e manter a função pulmonar
preparando-o para a cirurgia.
O protocolo de reabilitação seguido estabelecia inicialmente a obtenção
de uma avaliação pulmonar e verificação de sinais vitais.
Após a observação destes itens e constatando uma condição estável
do pulmão e sinais vitais o tratamento partia para o desenvolvimento motor
com estímulos visuais, auditivos e táteis bem como trocas de posturas.
Os exercícios para melhora da função muscular eram realizados na
posição de pronação fortalecendo a musculatura da cervical e paravertebrais
movimentando-se em extensão de tronco e pescoço, combinando com
rotações laterais da cervical. Na posição sentada era estimulada a
sustentação cefálica, apoio anterior e pega de objetos na linha média.
Em posição supinada eram realizados estímulos para as mãos na linha
média segurando objetos com texturas e formas diferentes e também
coordenação ocular, seguindo objetos e procurando a direção de sons.
Era utilizado chocalho, bola e estímulos verbais para chamar a atenção
da criança.
Caso fosse verificado alguma anormalidade na ausculta pulmonar ou
padrão pulmonar, o tratamento objetivar-se-ia em fisioterapia respiratória
inicialmente até a estabilização do quadro. Seguiria com a fisioterapia motora
se o paciente não estivesse cansado.
Essa modalidade era consistida de alongamento da musculatura
respiratória, manobras de redirecionamento de fluxo e manobras de higiene
brônquica como tapotagem, vibrocompressão, aceleração do fluxo expiratório
e estímulo da fúrcula.
As três primeiras sessões consistiram de somente fisioterapia motora.
Na quarta sessão o paciente começou a apresentar roncos em sua ausculta
pulmonar e frêmitos torácicos.
Devido à cirurgia o paciente ficou sem o tratamento fisioterapêutico por
dois dias.
Seguindo no terceiro dia de pós-cirúrgico deu-se o retorno da
fisioterapia.
A partir deste dia o paciente começou a apresentar roncos na ausculta
pulmonar, frêmitos torácicos e tiragens intercostais.
Sendo assim, nestes dias, a fisioterapia teve como objetivos principais
a manutenção da higiene brônquica e ventilação pulmonar.
Resultados
No ponto de vista do desenvolvimento motor, foi realizada somente a
avaliação inicial do tratamento, devido à maior relevância da parte pulmonar
que se apresentou afetada a partir da terceira sessão.
No que diz respeito à fisioterapia respiratória, pode-se notar pelas
coletas diárias dos sinais vitais, uma piora no terceiro dia de tratamento e
ainda mais após a cirurgia.
Subjetivamente, houve uma evolução caracterizada por presença de
roncos na ausculta pulmonar a partir do terceiro dia.
Após a cirurgia, estas avaliações subjetivas diárias constataram a
apresentação de tiragens intercostais e aumento dos roncos pulmonares já
existentes.
Objetivamente foi verificado o aumento brusco da freqüência
respiratória após a cirurgia chegando a 76 rpm que foi decaindo no decorrer
das sessões até 42 rpm (gráfico 1).
Gráfico 1
. Frequência respiratória durante as sessões
A saturação de oxigênio manteve-se em uma média de 95,3% com
desvio padrão de 2,23 porém, ocorreu uma queda um dia antes da cirurgia, e
um pequeno pico na primeira sessão de fisioterapia pós-cirúrgica (gráfico 2).
POR
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