A República Da Espada
A República Da Espada
A República Da Espada
governado por dois presidentes militares. Isso ocorreu entre os anos de 1889 e
1894.
O marechal Deodoro da Fonseca foi presidente do Brasil durante dois anos e governou o
país de 1889 a 1891
3 - E a crise econômica?
Essa Constituição foi revisada por Rui Barbosa e levada para apreciação dos
parlamentares brasileiros, sendo promulgada em fevereiro de 1891. A
Constituição de 1891 trouxe mudanças sensíveis para o Brasil. Os principais
pontos eram:
A posse de Floriano Peixoto aconteceu como uma troca de favores entre as duas
partes. A oligarquia paulista entendia que a posse de Floriano traria maior
estabilidade política para o Brasil, e Floriano sabia que só conseguiria assumir o
poder caso tivesse o apoio dos paulistas. Essa medida, no entanto, desagradou a
muitos na política brasileira.
O governo de Floriano Peixoto foi marcado por disputas políticas intensas. Ele
teve que lidar com dois conflitos: a Revolução Federalista e a Revolta da
Armada (ou Segunda Revolta da Armada). A primeira foi uma disputa política
entre duas forças do Rio Grande do Sul que alcançou ares de guerra civil e
estendeu-se de 1893 a 1895. Já a Revolta da Armada aconteceu entre 1893 e 1894
e manifestou a insatisfação da Marinha brasileira com o governo de Floriano
Peixoto. A Marinha possuía, em grande parte, oficiais monarquistas, e a sua
insatisfação com o governo de Floriano fez com que se rebelessem contra o
governo e exigissem novas eleições presidenciais. A repressão a ambos os casos
foi violenta, por isso, Floriano Peixoto recebeu o apelido de marechal de ferro.
E a crise econômica?
O Brasil, além de toda a tensão política, caracterizada pela mudança de regime
e pela disputa dos atores políticos pelo poder, foi marcado também por uma
forte crise econômica. Essa crise ficou conhecida como Encilhamento e iniciou-
se ainda durante o governo de Deodoro da Fonseca, em 1891.
A Era Vargas corresponde ao período em que Getúlio Vargas (1882-1954) governou o Brasil em três momentos:
1. Governo Provisório: 1930-1934
2. Governo Constitucional: 1934-1937
3. Estado Novo: 1937-1945
Também foram criados novos ministérios como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da
Educação e Saúde, ambos em 1930.
Estas medidas, somadas à nomeação de interventores estaduais, provocaram o descontentamento de vários estados.
Em particular, o estado de São Paulo, que pegou em armas contra Getúlio Vargas, num levante conhecido como a
Revolução Constitucionalista.
Após a Revolução Constitucionalista de 1932, Getúlio Vargas teve que promover eleições legislativas e convocar a
Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Carta Magna em 1934.
Nesta, havia importantes mudanças políticas, como o voto feminino, estabeleceu o ensino primário gratuito e
obrigatório, e criou a Justiça do Trabalho.
O Partido Comunista Brasileiro estava ilegal desde 1927 e muitos de seus membros participaram da ANL (Aliança
Nacional Libertadora) . No entanto, esta também seria extinta e vários dos seus membros foram perseguidos.
Alguns setores do PCB e da ANL tentam tomar o poder através das armas e então, tentam articular a Intentona
Comunista, de 1935, dirigida por Luís Carlos Prestes (1898-1990). O golpe não se concretiza e a repressão foi feroz,
incluindo torturas e prisões ilegais por parte da polícia política chefiada por Filinto Müller (1900-1973).
Dois anos mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas alega que existia outra tentativa de golpe comunista, conhecida
como Plano Cohen. Este será o pretexto para o fechamento do Congresso, cancelamento das eleições presidenciais e a
anulação da Constituição de 1934.
Na verdade, o plano foi realizado pelo capitão integralista e aliado de Vargas, Olímpio Mourão Filho (1900-1972), e
utilizado pelo governo para justificar o estado de sítio e inaugurar o Estado Novo.
O Estado Novo é considerado o período mais repressivo e ditatorial da Era Vargas, quando é proclamada a Constituição
de 1937. Ao mesmo tempo é lembrado como uma época dourada onde os direitos trabalhistas foram criados.
A nova Carta Magna extinguiu os partidos políticos, instituiu o regime corporativo e acabou com a independência entre
os três poderes. Por ter sido inspirada na Constituição polonesa de 1926 foi apelidada de "Polaca".
Ademais, a partir de novembro de 1937, Vargas impôs a censura aos meios de comunicação para impedir que a mídia
divulgasse qualquer crítica ao governo.
Em 1938, indignados com o rumo centralista que tomava o governo, a Ação Integralista Brasileira planeja um golpe.
Liderada por Plínio Salgado (1895-1975) e Gustavo Barroso (1888-1959), os integralistas tentam tomar o poder, mas são
derrotados e seus participantes são presos ou exilados.
No plano econômico, a Era Vargas se caracteriza por medidas de nacionalização, bem como levar a cabo sua política
trabalhista com a concepção da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). No âmbito legislativo, estabeleceu o Código
Penal e o Código de Processo Penal.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o Brasil toma a decisão de manter-se neutro diante do conflito
europeu.
No entanto, no governo existiam aqueles que eram a favor de apoiar o Eixo e os que desejavam se aproximar dos
Aliados.
Devido à pressão americana, Getúlio Vargas decide declarar guerra à Alemanha e, posteriormente, mandar soldados
para Europa e ceder uma base aérea para os americanos em Natal (RN).
Vários intelectuais, associações de estudantes e mesmo parte dos militares, começam a protestar abertamente contra o
regime varguista.
No dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe militar e pela U.DN. (União Democrática
Nacional), sendo conduzido ao desterro na sua cidade natal, São Borja/RS.
Manchete do jornal "A Última Hora" no dia seguinte à morte de Getúlio VargasPorém, em 1951,
retornaria à Presidência concorrendo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Neste mandato, alcançado pelo voto
popular, lança as bases para criação da Petrobras.
Vargas suicidou-se no Palácio do Catete em 24 de agosto de 1954 com um tiro no peito. Sua carta-testamento explicava
os motivos de sua decisão com uma frase célebre: "Deixo a vida para entrar na História".