Lógica Do Razoável
Lógica Do Razoável
Lógica Do Razoável
SUMÁRIO
1. Introdução
4. Conclusão
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INTRODUÇÃO
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(1)
RECASÉNS SICHES,Luis. Nueva Filosofía de la Interpretatión del Derecho. 2ª edição.México: Porrúa,
1973.
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(2)
PERELMAN, Chaïm. LÓGICA Jurídica. Trad. São Paulo: Martins Fontes, 1998, pp 91 e ss.
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(4)
STEVENSON, Ritinha. Peculiaridades da Lógica Jurídica Contemporânea. (RE)PENSANDO O DIREITO.
Estudos em homenagem ao Prof. Claudio de Cicco. São Paulo: RT, 2011, p. 274.
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A. Parece haver uma norma vigente e clara que se aplica ao caso em questão,
levando a solução satisfatória.
Em tal situação, o magistrado procede a vários juízos axiológicos, a
saber:
- ele elege a premissa maior, ou seja, a norma aplicável à solução do litígio;
- aprecia as provas e qualifica os fatos;
- conjuga o sentido abstrato da norma com o significado concreto do caso.
O verdadeiro cerne da função judicial, ensina Siches, está na eleição das
premissas, o que supõe juízos valorativos.
Deve o juiz buscar a norma que conduza aos efeitos pelo legislador
queridos, almejados; este também enfrentou tarefa valorativa e seu ato de
vontade baseia-se nas valorações que adotou.
A decisão final – sentença – contém múltiplas valorações entrelaçadas
mutuamente. Tudo se dá num processo unitário.
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(5)
Ob. Cit., p. 53.
(6)
Idem, pp 278/279.
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A produção dos conteúdos jurídicos, tanto das regras gerais, como das
individualizadas, deve reger-se pela lógica do humano e do razoável.
Os julgadores – nos âmbitos judicial e administrativo – devem ater-se
aos critérios adotados pelo Direito formalmente válido e vigente. Eles
prosseguem no processo de produção do Direito empreendido pelo legislador.
Concluindo, todo o exposto, a meu ver, evidencia o caráter racional da
Lógica do Razoável e, por extensão, da racionalidade presente na
razoabilidade da doutrina de Recaséns Siches – respondendo afirmativamente
à indagação acima.
Mas certamente, neste passo, faz-se necessário algum esclarecimento
sobre o atual significado de racionalidade na Teoria da Argumentação Jurídica.
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(8)
Uma primeira aproximação da Teoria da Argumentação Jurídica, in Argumentação e Estado
Constitucional, Ícone, S. Paulo, 2011. pp 27/28
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Mais tarde, aquela “hegemonia” da razão vê-se afastada, seja por uma
vontade soberana, seja por condições ambientais nas quais o Direito nasce,
seja pela vontade geral. (9)
Quanto ao papel da racionalidade no pensamento jurídico, prossegue o
autor: “Conferir racionalidade (...) à aplicação do Direito e preservá-la da
arbitrariedade constitui o objetivo do método jurídico” . Nesse tópico, o autor
ainda cita A. Garcia Amado: “Quanto à finalidade do método jurídico, parece
existir um acordo generalizado nas doutrinas modernas, que consiste em
eliminar a arbitrariedade da prática jurídica e conseguir o maior grau de
racionalidade da mesma .”(sublinhei) (10)
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(9)
N. Bobbio, Reason in Law, pp 24/29, apud. A. G. Figueroa, ob. cit., pp 30/31.
(10)
A. G. Figueroa, ob. cit., p. 39.
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CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA:
PERELMAN, Chaïm. Lógica Jurídica. Trad. São Paulo: Martins Fontes, 1998.