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INTRODUÇÃO
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BERNARDES, Márcio de Souza. A compreensão do Direito nas matrizes neopositivista e
pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
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BERNARDES, Márcio de Souza. A compreensão do Direito nas matrizes neopositivista e
pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
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pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
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pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
Por outro lado, o sistema dinâmico utilizado por Kelsen refere-se ao processo
de aplicação e produção das normas, a partir do qual são analisadas as situações
de unidade da ordem jurídica, o fundamento do direito, a validade das normas, etc..
Sobre esta perspectiva, assenta-se com maior visibilidade a idéia de norma
hipotética fundamental e, em outras palavras, a idéia de que somente o direito cria o
direito. Ou seja, o direito seria resultado de um processo de "autoprodução" (13).
Nas palavras do próprio Kelsen, o direito regula sua própria criação (14).
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<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
Sob esta ótica, como anteriormente foi referido, não há como fugir da
conclusão de que o fundamento do direito assenta-se no próprio direito, restando
claro que direito para Kelsen, como objeto de estudo do cientista jurídico, reduz-se à
norma, sendo analisado, ademais, a partir do afastamento de qualquer interferência
externa.
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BERNARDES, Márcio de Souza. A compreensão do Direito nas matrizes neopositivista e
pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
Sua obra pode ser dividida em duas fases: a primeira, do início dos anos 60
até meados da década de 1980, é a fase em que formulou uma teoria de sistemas
funcional-estrutural, tendo por base a diferenciação entre sistemas e ambiente. O
sistema define-se por diferença ao ambiente, através de mecanismo de seleção de
equivalentes funcionais que servem para a redução de complexiadade.
A segunda fase teve por marco a sua principal obra: sistema social, esboço
de uma teoria geral, publicada em 1984. Nesta obra Luhmann introduziu uma nova
concepção de sistema social, tendo por referência a mudança de paradigma na
teoria geral dos sistemas, produzida por dois biólogos chilenos: Humberto R.
Maturana e Francisco Varela (1994a, 1994b e 1995). Essa mudança significou a
substituição dos sistemas abertos, caracterizada pela diferença entre sistema e
ambiente, pela teoria dos sistemas autopoiéticos. (17)
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BERNARDES, Márcio de Souza. A compreensão do Direito nas matrizes neopositivista e
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pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
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pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
Assim, o direito para Luhmann mostra-se sob a forma de uma estrutura (em
especial considerando a normatividade inseparável do direito baseada no consenso)
que, no entanto, pelos elementos antes referidos, é dinâmico no momento em que
aceita as irritações do meio. Em outras palavras, sendo o direito um sistema
autopoiético, aparece ele como normativamente fechado (operacionalmente), mas
cognitivamente aberto, assimilando os fatores do meio (política, economia, cultura,
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<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
etc.) de acordo com seus próprios critérios, ou seja, seleciona as informações que
lhe são de interesse.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma primeira análise dos pontos eleitos para o texto proposto, em especial a
estática e a dinâmica jurídicas e a idéia de norma hipotética fundamental de Kelsen,
e a concepção autopoiética do direito, poderia sugerir uma aproximação entre estas
teorias, conforme enfatizou Goyard-Fabre ao informar que seria evidentemente
tentador aproximar as posições de criação e aplicação do direito como sistema que
se auto-regula e se reproduz.
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BERNARDES, Márcio de Souza. A compreensão do Direito nas matrizes neopositivista e
pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
Por outro lado, o afastamento dos fatores "externos" ao direito, como moral,
política, etc, pretendido pela purificação axiológica (ou as cinco purificações de
Kelsen), posta como forma de garantir a sua autonomia enquanto ciência, mostra-se
totalmente oposta a teoria oriunda da matriz pragmático-sistêmica.
Para Luhmann, todo o enfoque interno do direito deve, para sua análise, ser
afastado, posto que não reflete sobre a realidade, sendo substituída pela análise
interdisciplinar dos sistemas sociais que, embora diferenciados, comunicam-se e
influenciam-se mutuamente, contrapondo-se, pois, à idéia de purificação proposta
por Kelsen, rompendo profundamente com a idéia, ainda dominante, da dogmática.
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BERNARDES, Márcio de Souza. A compreensão do Direito nas matrizes neopositivista e
pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsn. 4. ed. São Paulo: Saraiva,
2001
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1994
NEVES, Clarissa Eckert Baeta; et. alli. Niklas Luhmann: a nova teoria dos
sistemas. Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS, Goethe-institut/ICBA, 1997
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Notas
4 Idem. Ibidem.
5 Idem. Ibiem
6 Idem, ibidem, p. 69
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BERNARDES, Márcio de Souza. A compreensão do Direito nas matrizes neopositivista e
pragmático-sistêmica . Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 417, 28 ago. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5624>. Acesso em: 12 nov. 2005.
9 COELHO, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsen. 4. ed. São Paulo: Saraiva,
2001, p. 3
17 NEVES, Clarissa Eckert Baeta; et. alli. Niklas Luhmann: a nova teoria dos
sistemas. Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS, Goethe-institut/ICBA, 1997
19 Iedem. Ibidem. p. 84
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