Azitromicina

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UMA PESQUISA SOBRE O USO DA AZITROMICINA NO TRATAMENTO DA

AMIGDALITE.

Ana Vitória Davi Gusmão Corrêa1, Francis W. Hiroto Obara2, Renato Nogueira
Perez Avila3

RESUMO

A azitromicinadi-hidratada é usada no tratamento de infecções causadas por


bactérias sensíveis à azitromicina; como trato respiratório inferior (brônquios e
pulmões) e superior nariz, faringe, laringe e traqueia, tambem inclui a sinusite
(infecção nos seios da face), faringite (inflamação da faringe) ou amigdalite
(inflamação das amígdalas).

Palavras-chave:azitromicina, amigdalite.

ABSTRACT

Azithromycin dihydrate is used to treat infections caused by azithromycin


sensitive bacteria; Like the lower respiratory tract (bronchi and lungs) and upper
nose, pharynx, larynx and trachea, it also includes sinusitis (sinus infection),
pharyngitis (pharyngeal inflammation) or tonsillitis (tonsil inflammation).

Keywords:azithromycin, tonsillitis

1
Graduanda do curso de Farmácia. 2Bacharel em Farmácia, Mestre em Biotecnologia, Coordenador do Curso de
Bacharelado em Farmácia .3Tecnólogo em Processamento de dados, Licenciatura Plena em Informática, Especialista
em Ciência da Educação, Pós-Doutorado em Educação
INTRODUÇÃO

O presente artigo busca apresentar o tratamento da amigdalite com o


uso da azitromicina.

A Amigdalite é um processo inflamatório e infeccioso das amígdalas.


Qualquer pessoa pode ser afetada pela bactéria, porém é muito em crianças.
Umas das causas da amigdalite costuma ser por vírus (mais frequentes nas
crianças), por bactérias (atinge mais os jovens e os adultos) ou pela
associação dos dois agentes. Costuma ser transmitida por gotículas expelidas
em tosse, espirro ou por beijo ou compartilhamento de objetos (como copos).

As amigdalites não costumam ser graves. A maioria é provocada por


vírus e regride espontaneamente. Procure um médico se:

- Os sintomas durarem mais de 4 dias sem sinal de melhora; Houver


dificuldade para respirar:

- A dor e dificuldade de engolir impedirem de comer ou beber.

Nas amigdalites causadas por vírus, a infecção costuma atingir


preferencialmente a região da orofaringe (amígdalas e faringe) e o tratamento
costuma ser feito com analgésicos e anti-inflamatórios simples.

Já nas amigdalites bacterianas (causadas mais comumente pelos tipos


estreptococos e os estafilococos) provocam inflamções bem maiores nas
amidalas, quase sempre associada ao aparecimento de placas de pus na
orofaringe, fazendo com que o uso de antibióticos específicos seja necessario.

Nesses casos, é exigido um tratamento mais rigoroso, pois suspender a


medicação assim que os sintomas sumirem, sem completar o período prescrito
pelo médico, pode provocar complicações graves.

É necessario que as bacterias sejam totalmente eliminadas, caso isso


nao aconteça e elas permaneçam ativas no organismo, elas podem migrar para
outros tecidos, causando assim problemas distantes da garganta, como nefrite
e tambem a febre reumatica (inflamação dos rins).

Ja se a amigdalite for considerada crônica, as causas devem ser


pesquisadas, para que possa descobrir a causa da inflamação e para
pescrevero tratamento adequado. Quando a inflamação ocorre varias vezes ao
ano é indicada a remoção cirurgica das amidalas, nesses casos a inflamação
costuma ser chamada de amigdalites de repetição ou recorrentes.

ATEVALDO, José: ”O tratamento é basicamente feito com


antiinflamatório, antibiótico e analgésico, se necessário. A cirurgia de retirada
das amigdalas é uma decisão tomada pelo otorrinolaringologista, que estuda
caso a caso. Mas, com o advento dos medicamentos e outros parâmetros de
indicação de cirurgia, esse procedimento é mais raro”.

BRAZ, Erika: ” Além do estilo de vida mais saudável, o médico José


Atevaldo aconselha que as pessoas cuidem da higiene pessoal, lavando bem
as mãos e cobrindo a boca com lenço ou com a dobra do braço ao tossir.
Também é importante evitar contato com alguém que esteja em crise. “Sempre
procure atendimento médico após o aparecimento dos sintomas e evite a
automedicação para que o corpo não crie resistência ao uso”

DESENVOLVIMENTO

Azitromicina é um antibiótico macrolídeo considerado essencial pelo


Ministério da Saúde, presente nas últimas edições da Relação Nacional
de Medicamentos Essenciais (RENAME)1 e Formulário Terapêutico
Nacional (FTN)2.

Os macrolídeos podem ter efeito bactericida ou bacteriostático,


dependendo de concentrações plasmáticas e teciduais, tamanho do inóculo e
micro-organismos infectantes. Podem ser utilizados em pacientes alérgicos aos
antibióticos betalactâmicos, por possuírem estrutura química diferente.

As modificações estruturais em relação à eritromicina - o protótipo desta


classe – conferiram à azitromicina maior estabilidade em meio ácido, aumento
da penetração tecidual e de espectro antimicrobiano, melhor disponibilidade
por via oral e maior duração do efeito, contribuindo para maior comodidade
posológica.

Comparada aos outros macrolídeos, a azitromicina geralmente possui


atividade maior contra bactérias gram-negativas do que contragram-positivas.
Possui atividade in vitro contra muitos organismos gram-positivos e gram-
negativos aeróbios e anaeróbios; não é inativada por beta-lactamases
produzidas por H. influenza e M. catharralis.

O objetivo desse boletim é apresentar os principais esquemas


posológicos descritos para as indicações de uso aprovadas da azitromicina, a
fim de auxiliar os profissionais de saúde na tomada de decisão sobre aspectos
relacionados com a prescrição e dispensação racional desse medicamento.

Em revisão Cochrane, o curso de 3 a 5 dias de azitromicina para


tratamento de otite média aguda não complicada em crianças menores de 18
anos é comparável a tratamentos de 10 dias com outros antibióticos. Devido ao
tempo de meia- vida prolongado, curso máximo de 3 dias é recomendado.

A duração do tratamento depende da condição tratada: pode ser


administrada em dose única ou por cinco a sete dias; regimes alternativos,
como uma vez por semana, três.

Na forma de cápsulas 250mg e 500mg, e como suspensão oral


200mg/5mL.

Terapia combinada com outros fármacos também são descritos.

Para substituição de terapia padrão por antibioticoterapia de curta


duração, considerar eficácia, conveniência, comportamento do paciente e custo
do tratamento.

Para definição do esquema posológico, as seguintes considerações


podem ser úteis:

- condição a ser tratada;

- gravidade da doença;

- condição clínica do paciente;

- apresentações comerciais disponíveis;

- dose única diária 7 e curso menor 4


Melhoram adesão do paciente ao tratamento; Duração curta da terapia,
dose única diária e sabor aceitável à maioria das crianças tornam azitromicina
um agente de primeira escolha ou

A azitromicina pode ser utilizada em grávidas quando eritromicina e


amoxicilina forem contra-indicadas ou houver tolerância.

É preconizado o uso da azitromicina em infecções causadas somente


por micro- organismos sensíveis; testes de cultura e de sensibilidade antes do
início da terapia são recomendados. Na impossibilidade de sua realização,
considerar a epidemiologia local e os padrões de suscetibilidade para
tratamento empírico.

As amígdalas, juntamente com os adenóides, fazem parte do sistema


linfóide que circunda a faringe e estão envolvidas na imunidade humoral
ecelular.

As amigdalites são frequentes nas crianças e na maior parte dos casos


são virais. Nas bacterianas, o agente mais isolado é o estreptocohemolítico do
grupo A. Começam a revelar-se importantes as amigdalites provocadas pelos
grupos C e G do estreptococo e o papel de outros, como estafilococos,
haemophilus influenza, maxarellacatarrhalis, anaeróbios e pneumococos, pela
sua responsabilidade, além de outros fatores, na falência terapêutica com a
penicilina.

A distinção entre amigdalites virais e bacterianas não é fácil. O aspecto


eritematoso difuso, com ou sem exsudado esbranquiçado, habitualmente
sugestivo de infecção bacteriana, também aparece nas virais, nomeadamente
adenovírus e vírus Epstein-Barr. No entanto, considera-se que a associação
clínica de dor de garganta, febre, amígdalas aumentadas e dolorosas, exsuda-
do faríngeo e a ausência de tosse, tem um valor preditivo positivo de, pelo me-
nos, 25% e um valor preditivo negativo de 95% para infecção estreptocócica.

Por outro lado, a coexistência de tosse, rinite ou conjuntivite numa


criança com idade inferior a três anos é sugestivo de amigdalite viral,5 numa
percentagem superior a 50%6, enquanto a etiologia a estreptococos é inferior a
25%7.
A escolha do tipo de ocorrências a notificar é feita pelos médicos da
Rede, considerando as diversas sugestões apresentadas. Esta Rede está
particularmente vocacionada para permitir a estimativa de taxas de incidência
de doença ou de situações nosológicas para as quais não existe outra fonte
satisfatória de dados.

A notificação de Amigdalite aguda foi iniciada na Rede no ano de 1998.

O objectivo deste estudo é a determinação da Taxa de Incidência de


Amig- dalite aguda na população da rede de «Médicos-Sentinela» no decorrer
do ano de 1998, e estimar o número de casos para a população portuguesa.

Analisaram-se os casos de Amigdalite aguda notificados pelos Clínicos


Gerais da rede de «Médicos-Sentinelas» no decorrer do ano de 1998, fazendo-
se um estudo descritivo. Para a sua análise foram utilizados os programas
infor- máticosExcel e SPSS for Windows10. Efetuou-se o cálculo de
frequências, médias e taxas. Para a extensão dos resultados à população
portuguesa utilizou-se a estimativa da população portuguesa para o meio do
ano de 1998.

A notificação incluía a referência aos sintomas referidos na CIPS-2


Definida: dor de garganta, amígdalas mais vermelhas do que a parede
posterior da faringe, pús nas amígdalas, amígdalas aumentadas de volume,
gânglios regionais aumentados de volume e febre.

Foram calculadas as taxas de incidência (por 100.000 pessoas sob


observação por ano) para cada sexo e grupo etário. Para a comparação das
taxas de incidência e cálculo dos respectivos intervalos de 95% de confiança
considerou-se a população sob observação como uma população fechada. Os
intervalos de 95% de confiança foram calculados considerando que a
suadistribuição era normal, no grupos etários em que o número de casos de
amigdalite era superior a 100. Nos grupos etários em que aquele número era
inferior a 100 considerou-se que os casos seguiam uma distribuição de Poisson
e obtiveram-se os respectivos intervalos de confiança através das tabelas
daquela distribuição para o número de casos observado.
A comparação das taxas de incidência entre os sexos em cada grupo
etário e para todas as foi feita através de um teste de Quiquadrado e, quando
indicado, do cálculo da probabilidade exata através do teste de Fisher.

A comparação das taxas de incidência entre os vários grupos etários foi


feita através de um teste de Quiquadrado para a tendência.

DEMAIS CONSIDERAÇÕES

Em paciente com amigdalites de repetição por S. pyogenes,


comprovadas por teste rápido ou cultura, indica-se a realização de cultura de
controle quando estiver hígido, objetivando diagnosticar se há colonização por
esse agente.

Confirmando-se essa possibilidade, torna-se desnecessária a realização


de testes para confirmação do S. pyogenes em novos episódios de amigdalites
ou tonsilites, e a indicação da antibioticoterapia ou investigação de outros
agentes deve ser decidida baseando-se na história e no exame físico. Os pais
devem ser orientados a informar este dado ao médico que atender a criança no
Pronto-Socorro, para que não sejam realizados exames desnecessários.

Se for instituída terapêutica para o S. pyogenes com betalactâmico


(com teste rápido ou cultura para S. pyogenes positivo) e o paciente
permanecer sintomático, temos algumas possibilidades:

- Quadro mais arrastado, no qual os sintomas seriam mais duradouros:


manter antibiótico e rever evolução.

- Presença de outra bactéria da flora bacteriana que produza


betalactamase, desta forma impedindo ação do antibiótico sobre o S.pyogenes:
trocar o antibiótico por amoxicilina+clavulanato ou cefalosporina.

- Paciente colonizado pelo S.pyogenes, não sendo ele o responsável


pela infecção: investigar etiologia viral ou, mais raramente, outras bactérias
patógenas. Direcionar investigação e tratamento da causa específica
baseandose na história, em exame físico e no resultado de exames
complementares. Cultura de orofaringe com antibiograma (para identificação de
outros agentes), sorologia ou testes específicos podem ser necessários.

CONCLUSÃO

A maioria das faringoamigdalites abaixo de 3 anos tem etiologia viral,


não sendo necessária a utilização de antibióticos.

Os betalactâmicos são eficazes no tratamento da grande maioria das


faringoamigdalites bacterianas.

Não há necessidade de se utilizar antibióticos de amplo espectro, como


betalactâmico associado a inibidor de betalactamase, na maior parte dos
casos.

Refratariedade ao tratamento com antibióticos ocorre mais


provavelmente em consequência de uma etiologia viral do que de bactérias
mais raras ou de resistência ao antibiótico.

Quando o paciente que não segue corretamente as indicações médicas,


se automedica ou suspende o tratamento antes do tempo determinado, no
caso de amidalite bacteriana, corre risco de ter quadro agravado para febre
reumática. Esta é uma doença inflamatória autoimune, e nefrite, nome dado à
inflamação nos rins, porque a bactéria não foi totalmente eliminada e pode se
alojar em outras partes do corpo.
REFERÊNCIAS

__________ Disponivel em: <1https://minhavida.com.br/saude/bulas/1-azitromicina-


comprimido-revestido> acesso em 20 de Novembro. 2019

__________ Disponivel em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-


saude/53788-saiba-como-prevenir-e-tratar-amigdalite> acesso em 20 de Novembro. 2019

__________ Disponivel em:


<http://anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransa> acesso em 20 de
Novembro. 2019

__________ Disponivel em: <https://consultaremedios.com.br/astro/bula> acesso em 20 de


Novembro. 2019

__________ Disponivel em <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-


saude/53788-saibacomo-prevenir-e-tratar-amigdalite> acesso em 20 de Novembro. 2019

__________ Disponivel em: <https://portalped.com.br/especialidades-


dapediatria/infectologia/antibiotico-nas-amigdalites-quando-e-por-quantotempo-usar> acesso
em 20 de Novembro. 2019

__________ Disponivel em: <http:// blog.saude.gov.br/index.php/35337-especial-


otorrinoamigdalites> acesso em 20 de Novembro. 2019

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