Orcamento de Obras em 4 Passos Mais Controle

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ORÇAMENTO DE OBRAS:

VEJA COMO FAZER


EM 4 PASSOS
Sumário
03  Introdução
06  
Passo 1 - Identifique as etapas e
serviços da obra
12  
Passo 2 - Faça um levantamento
dos quantitativos
16  
Passo 3 - Utilize as composições
de custos
22  
P asso 4 - Precificação por meio
do BDI
25  Outros fatores decisivos
29  Conclusão
31  Sobre o Mais Controle
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

A construção civil é um setor conhecido por envolver


múltiplas atividades e, com elas, seus respectivos
custos. Não é pouco o número de construções que
podem atingir o custo de milhões de reais.

É muito comum vermos obras paralisadas, com


atrasos no cronograma ou com custos muito acima
do previsto, ocasionados por erros no orçamento e
no planejamento. Isso pode acarretar em grandes
prejuízos para os envolvidos.

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INTRODUÇÃO

Realizar um bom orçamento é fundamental para


estimar previamente o custo global de uma obra
e dessa forma analisar a sua rentabilidade e a
viabilidade financeira.

A previsão de custos não é um trabalho fácil.


Exige análise, planejamento, conhecimento e
pesquisa. Por vezes, até mesmo um ótimo trabalho
orçamentário não é capaz de garantir a previsão dos
custos de uma obra.

Sendo assim, é preciso se dedicar em todas as etapas


durante a construção do orçamento, mantendo a
visão alinhada com as exigências do projeto e com
a realidade do mercado.

Continue acompanhando este e-book para conhecer


as etapas desse processo e realizar um levantamento
preciso, prático e eficiente.

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PASSO 1 - IDENTIFIQUE
AS ETAPAS E SERVIÇOS
DA OBRA
PASSO 1 - IDENTIFIQUE AS ETAPAS E SERVIÇOS DA OBRA

O primeiro passo nessa jornada é a identificação


das etapas e serviços necessários para a execução
da obra a ser orçada. Isso pois, sem o pleno
conhecimento das atividades que virão, fica muito
difícil prosseguir com a pauta orçamentária.

Portanto, cuidado para não levar apenas 80% dessa


etapa adiante e achar que eventualidades serão
compensadas se você adicionar uma folga na
margem de custos.

O custo direto total de uma obra é resultado do


custo orçado para cada serviço que a integra.
Somente ao identificar esses serviços você poderá,
de fato, estimar os gastos.

A sequência e os serviços podem variar de acordo


com o tipo de obra, materiais e método construtivo
a ser adotado. Normalmente, as etapas de uma
obra de construção tradicional são:

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PASSO 1 - IDENTIFIQUE AS ETAPAS E SERVIÇOS DA OBRA

• serviços preliminares;

• fundação ou infraestrutura;

• estrutura ou superestrutura;

• paredes e vedações;

• telhados e forros;

• instalações hidrossanitárias;

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PASSO 1 - IDENTIFIQUE AS ETAPAS E SERVIÇOS DA OBRA

• instalações elétricas;

• instalações complementares (TV, internet, gás,


ar-condicionado etc.);

• acabamentos e revestimentos;

• esquadrias (portas e janelas);

• pintura;

• paisagismo;

• limpeza final.

Vale lembrar que cada etapa é composta por


diversos serviços. Na fundação, por exemplo,
podemos identificar os serviços de escavação do
solo, fabricação, montagem e desmontagem de
forma para vigas, armação de aço, concretagem,
reaterro entre outros.

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PASSO 1 - IDENTIFIQUE AS ETAPAS E SERVIÇOS DA OBRA

Fazer uma observação sistêmica da situação do local


em que a obra será realizada é um bom início.Aproveite
para observar dificuldades de acesso, transporte público,
mão de obra local, condições climáticas da região e etc.
Além disso, você deverá estar a par de todos os quesitos
importantes, como:

• especificações de materiais a serem utilizados;

• tipo de obra;

• profissionais possivelmente envolvidos;

• legislação e tributação.

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PASSO 1 - IDENTIFIQUE AS ETAPAS E SERVIÇOS DA OBRA

Preste atenção a todo o descritivo técnico


correspondente à obra em questão. Sim, este
momento pode ser bem burocrático e exige o
máximo de atenção. Durante o memorial descritivo,
essas descrições precisam ser registradas de
modo completo.

Trata-se de documentar em detalhes cada etapa


que será feita, assimilando também as soluções
técnicas adotadas no projeto, explicando e
justificando necessidades e transposições da teoria
para a prática.

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PASSO 2 - FAÇA UM
LEVANTAMENTO DOS
QUANTITATIVOS
PASSO 2 - FAÇA UM LEVANTAMENTO DOS QUANTITATIVOS

Agora que você passou pela etapa de identificação


dos serviços, saiba que cada um deles precisa ser
quantificado. Quem é responsável por desenvolver
o orçamento de obras tem o levantamento de
quantitativos como um dos principais trabalhos.

Orçamentos precisos e viáveis dependem do


sucesso dessa operação. Ela corresponde à análise
e ao cálculo das áreas e quantidades dos serviços
pertencentes às etapas. Este levantamento pode
ser realizado através do projeto arquitetônico, que
contém as informações de medidas necessárias ou
no caso de uma obra de reforma ou manutenção
que não tenha um projeto, pode ser realizado o
levantamento no local.

• Exemplo: através do projeto arquitetônico de


uma construção de um prédio residencial com
10 unidades de apartamento com área de
70m², foi feito o levantamento da quantidade
de serviço de assentamento de piso porcelanato
pertencente a etapa de Acabamentos e
Revestimentos, no total de 700 m².

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PASSO 2 - FAÇA UM LEVANTAMENTO DOS QUANTITATIVOS

Por meio desse levantamento, por exemplo, é possível


estimar o quanto será gasto com mão de obra, materiais
e equipamentos, abrindo caminho para um controle mais
eficaz durante a execução da obra.

O levantamento quantitativo de um projeto oferece


várias vantagens significativas, como por exemplo
a possibilidade de levantar o montante de materiais
e serviços. Isso permite realizar cotações junto aos
fornecedores no mercado e dimensionar o tamanho
das equipes de trabalho.

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PASSO 2 - FAÇA UM LEVANTAMENTO DOS QUANTITATIVOS

Não podemos deixar de ressaltar que a


tecnologia atual tem possibilitado grandes
avanços nessa etapa, com a propagação de
softwares capazes de ajudar na execução
do levantamento quantitativo. Por meio de
programas e aplicativos, os engenheiros têm
conseguido centralizar informações com mais
rapidez e organização.

É sempre importante salvar a memória


de cálculo e medidas utilizadas durante o
levantamento dos quantitativos, a fim de
manter a organização dessas informações
para possíveis consultas.

Lembre-se de que você está desenvolvendo


um verdadeiro guia orçamentário para o projeto.
Portanto, ainda precisamos discutir sobre um
quesito crucial: as composições de custos.

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PASSO 3 - UTILIZE AS
COMPOSIÇÕES
DE CUSTOS
PASSO 3 - UTILIZE AS COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

Após fazer o levantamento dos quantitativos de cada


serviço, o próximo passo será encontrar os custos diretos
unitários e totais deles e, consequentemente, das etapas
e do total da obra.

Os custos diretos representam os valores somados de mão


de obra, materiais, equipamentos e despesas relacionados
diretamente à execução da obra.

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PASSO 3 - UTILIZE AS COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

Quem trabalha com a apropriação de custos nas obras


ganha vantagem no desenvolvimento de um potente
banco de dados de composições de custos ligados a seus
próprios serviços.

É extremamente importante que suas composições


estejam aderentes à realidade do seu negócio e a
produtividade da equipe de profissionais envolvidos. Isso
irá proporcionar uma orçamentação mais precisa e livre
de sustos ao final da obra.

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PASSO 3 - UTILIZE AS COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

Por outro lado, quem ignora essa fase e costuma


orçar conforme os índices e composições de custos
unitários de terceiros, poderá sofrer com os desfalques
proporcionados pela falta de personalização. Assim, o
processo de orçamentação será uma mera previsão de
custos potencialmente prejudicial.

Segundo o regulamento aprovado pelo Instituto de


Engenharia na sessão nº 1.363, de 30.08.2004, que
determina a metodologia de cálculo do Orçamento de
Edificações, é possível conferir informações comuns
sobre o custo direto.

Seguindo a referência, ele resulta da soma de todos


os custos unitários dos serviços necessários para a
construção da edificação, obtidos pela aplicação dos
consumos dos insumos sobre os preços de mercado,
multiplicado pelas respectivas quantidades, mais
os custos de infraestrutura necessária para a
realização da obra.

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PASSO 3 - UTILIZE AS COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

Dessa forma, os três insumos que formam o


custo direto são:

• mão de obra: o consumo (ou fração) de


horas de trabalhadores qualificados e/
ou não qualificados para a execução de
uma unidade de serviço multiplicado pelo
custo horário de cada trabalhador. O custo
horário é o salário/hora do trabalhador
mais os encargos sociais;

• materiais : o consumo de materiais


utilizados na execução de uma unidade
de serviço multiplicado pelo preço unitário;

• equipamentos: o número (ou fração) de


horas exigidas para a execução de uma
unidade de serviço multiplicado pelo custo
horário do equipamento.

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PASSO 3 - UTILIZE AS COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

O consumo de cada insumo listado é tido por meio da


experiência das empresas de construção ou mediante
alguma tabela de composição de custos de orçamentos.
Como por exemplo a base SINAPI, da Caixa Econômica
Federal, ou o TCPO, da Pini.

Dessa forma, basta multiplicar os custos diretos dos


serviços pelos seus respectivos quantitativos para obter
o custo direto total da obra.

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PASSO 4 - PRECIFICAÇÃO
POR MEIO DO BDI
PASSO 4 - PRECIFICAÇÃO POR MEIO DO BDI

Depois da obtenção dos custos diretos,


como visto na etapa anterior, o próximo
passo é precificar a obra. Geralmente,
tal precificação é feita pelo método de
Benefícios e Despesas Indiretas (BDI).

Como o próprio nome já diz, esse método


orçamentário corresponde às despesas
indiretas (despesas que não estão
ligadas diretamente a construção) como
por exemplo: impostos sobre a venda,
despesas financeiras, imprevistos e
custo da administração.

Como todas as outras, as despesas indiretas


interferem diretamente no custo final da
obra. Contudo, ela atua como um fator na
hora de definir o preço final de venda da
obra em questão.

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PASSO 4 - PRECIFICAÇÃO POR MEIO DO BDI

Vale destacar que o objetivo principal desse método é


efetuar o cálculo do índice a ser aplicado sobre os custos
diretos levantados para a execução da obra, a fim de se
obter o preço final. Por sua vez, esse índice toma como
base os percentuais de:

• administração central;

• despesas financeiras;

• garantias;

• seguros;

• imprevistos;

• lucros e tributos.

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OUTROS FATORES
DECISIVOS
OUTROS FATORES DECISIVOS

Existem, ainda, outros fatores importantes que devem


ser levados em consideração na faze de orçamento, a
fim de garantir maior assertividade. Confira a seguir:

COTAÇÃO DE PREÇOS

O processo de cotação de preços é fundamental para


adequar o orçamento a realidade do mercado. Trata-se
de consultar os fornecedores do mercado coletando
preços para os diversos materiais da obra e serviços no
caso de terceirização. O ideal é que as cotações sejam
realizadas após a fase de levantamento dos quantitativos,
a fim de validar a realidade dos custos junto ao mercado.

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OUTROS FATORES DECISIVOS

DEFINIÇÃO DE ENCARGOS
SOCIAIS E TRABALHISTAS

Quando se trata de mão de obra, há uma questão


que merece grande atenção: a análise dos encargos
trabalhistas. A fim de cumprir com as exigências do
Ministério do Trabalho, os funcionários envolvidos
na obra precisam ser regulamentados e ter seus
direitos garantidos. Mesmo que sejam terceirizados,
é importante que se verifique o cumprimento das
exigências legais.

Os encargos sociais incidem diretamente sobre


a hora trabalhada, sem contar com os benefícios
recebidos pelos trabalhadores. Esses custos
devem ser somados ao salário do trabalhador e
considerados no custo total da sua hora.

Para a definição do percentual de encargos sociais


e trabalhistas, sugerimos uma conversa com o
responsável pela contabilidade da empresa.

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OUTROS FATORES DECISIVOS

CUSTOS INDIRETOS

Os custos indiretos não são o mesmo que despesas indiretas.


Por sua vez, eles não se associam diretamente aos trabalhos
da obra em si, porém, sua relevância para a realização dos
serviços é primordial. Nos custos indiretos, estão inclusas:

• equipes de apoio (apontador, almoxarife etc.);

• equipes técnicas (engenheiros, encarregados,


mestres etc.);

• equipes de suporte (secretária, vigia etc.);

• despesas gerais da obra (materiais de escritório,


contas e limpeza etc.);

• mobilização e desmobilização do canteiro de obras,


entre outras despesas.

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OUTROS FATORES DECISIVOS

CONCLUSÃO

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CONCLUSÃO

Como vimos neste e-book, fica muito claro que a


atividade orçamentária ocupa um lugar essencial
para assegurar o bom andamento da obra, bem
como prever a lucratividade do projeto.

Para isso você precisará se envolver nas etapas


que citamos ao longo das páginas, mantendo os
olhos abertos para tudo o que representa custo
e despesa dentro do projeto.

Esperamos que este material possa ajudar você a


desenvolver um orçamento eficiente e compatível
com a realidade do projeto. Se precisar de ajuda na
prática, conte conosco. Estamos à sua disposição.

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