Dissertação de Mestrado ASPAL Maria Lopes
Dissertação de Mestrado ASPAL Maria Lopes
Dissertação de Mestrado ASPAL Maria Lopes
Júri
Presidente: MGEN/PILAV/059563-C Paulo José Reis Mateus
Orientador: Professor Doutor Rui Bártolo-Ribeiro
Coorientador: CAP/PSI/134034-E Ana Patrícia Correia Gomes Farinha
Vogal: Professor Doutor António Caetano
Júri
Presidente: MGEN/PILAV/059563-C Paulo José Reis Mateus
Orientador: Professor Doutor Rui Bártolo-Ribeiro
Coorientador: CAP/PSI/134034-E Ana Patrícia Correia Gomes Farinha
Vogal: Professor Doutor António Caetano
iii
Agradecimentos
Assim chega ao fim mais uma etapa deste longa caminhada até ao grande
objetivo: ser Piloto Aviador da Força Aérea Portuguesa. Gostaria de deixar para a
posteridade o meu agradecimento a algumas pessoas que fizeram parte deste
percurso e que tornaram tudo possível.
Ao meu curso, Hurakans, por terem vivido esta jornada comigo, e me terem
proporcionado bons momentos, de diversão e descontração e, acima de tudo, de
amizade.
Por fim gostaria de agradecer a todos aqueles que de forma direta ou indireta
contribuíram para a realização deste estudo.
iv
Resumo
vi
significativas. Na análise da relação entre as variáveis preditoras, a IE e a
metacognição revelaram estar fortemente correlacionadas, indicando que os
participantes com elevados níveis de IE também apresentam níveis superiores de
metacognição, e vice-versa.
vii
Abstract
The sample of the study corresponds to the total number of candidates who
attended the Flight Selection Stage of 2018 and the total number of military pilot
students of the PoAFA in the academic year of 2018/2019, making a total of 101
participants. A quantitative methodology was used for data gathering. The instrument
used to measure EI was the Bar-On’s Emotional Quotient Inventory (EQ-i) (1997,
2000), and the Metacognitive Awareness Inventory (MAI) created by Schraw and
Dennison (1994) and adapted to the organizational context of the portuguese
population by Bártolo-Ribeiro and Gomes (2017), to measure participants’
metacognition. The quantitative analysis software programme Statistical Package for
the Social Sciences (SPSS) version 22.0 was used to process the statistical data.
viii
participants with high levels of EI also reveal higher levels of metacognition, and vice
versa.
ix
Índice
Agradecimentos.......................................................................................................... iv
Resumo ...................................................................................................................... vi
Índice ........................................................................................................................... x
1 Introdução ............................................................................................................1
x
2.3.1.3.2.1 Processo de Integração Organizacional ..................... 39
2.3.1.3.2.2 Traços Gerais da Formação na AFA (PILAV’s) .......... 42
2.3.1.3.3 Contexto Tirocínio ............................................................. 44
2.4 Inteligência Emocional e Desempenho ................................................ 47
2.5 Inteligência Emocional e Desempenho em Voo ................................... 51
2.6 Metacognição e Desempenho .............................................................. 53
2.7 Metacognição e Desempenho em Voo ................................................. 56
2.8 Modelos de Análise e Hipóteses .......................................................... 60
3 Método ............................................................................................................... 67
4 Resultados ......................................................................................................... 82
6 Conclusões....................................................................................................... 117
xi
6.1 Principais Conclusões ........................................................................ 117
6.2 Contribuições do Estudo .................................................................... 121
6.3 Limitações da Investigação ................................................................ 122
6.4 Proposta para Estudos Futuros .......................................................... 124
xii
Índice de Figuras
Figura D-1- Estrutura curricular e plano de estudos para a especialidade PILAV (1º
ano ao 4º ano) ......................................................................................................... D-3
Figura F-9- Sequência de missões de voo e simulador na FBA (B5 e SB5) ........... F-9
Figura F-10- Sequência de missões de voo e simulador na FBA (B5 e SB5) ........... 10
Figura G-1- Grelha de avaliação das qualidades pessoais e militares na FBA ....... G-1
xiii
Figura I-1- Consentimento individual dos alunos tirocinantes .................................. I-1
Figura L-1- O processo ótimo para o desenvolvimento da IE nas organizações ..... L-1
xiv
Índice de Tabelas
xv
Tabela 21- Matriz de Padrão para a Metacognição ................................................... 88
Tabela 32- Correlações da Metacognição com o Desempenho em Voo na AFA .... 100
Tabela 35- Análise da diferença de médias de IE nos anos de curso da AFA ........ 102
Tabela 37- Análise de diferenças de médias de IE antes (1º momento) e depois (2º
momento) da entrada na AFA ................................................................................. 109
xvi
Tabela B-1- Objetivos gerais e específicos do ESV ................................................ B-1
Tabela C-1- Sequência das missões de voo no ESV e respetivos PPV’s ............... C-1
xvii
Lista de Abreviaturas e Siglas
AP Aluno Piloto
B1 Contacto Inicial
B2 Contacto Básico
B3 Instrumentos Básicos
B4 Navegação IFR
B5 Navegação VFR
C1 Contacto Inicial
C2 Contacto Avançado
EM Emergência da Manhã
F1 Formação (CAA)
xviii
IDF Israeli Defense Forces
IE Inteligência Emocional
KMO Kaiser-Meyer-Olkin
K-S Kolmogorov-Smirnov
MV Modalidade de Voo
N1 Navegação Baixa
PI Piloto Instrutor
QE Quociente Emocional
QI Quociente de Inteligência
QP Quadro Permanente
SA Situational Awareness
UC Unidade Curricular
VS Voo Solo
xix
1 Introdução
1
ser capazes de dar resposta às mais elevadas solicitações e tomar decisões de
forma rápida e eficaz, sacrificando-se em prol do sucesso da organização e do país,
que juraram defender (Thomas, 2006). Cada vez mais, a eficácia militar depende da
capacidade do seu capital humano em adaptar-se aos variados cenários e lidar com
o stress, gerindo as pressões externas do meio, ao mesmo tempo que promove a
coesão e o espírito de equipa, entre os demais. Para além disso, o militar tem que
ser capaz de gerir toda a informação que chega até ele, organizando-a e
selecionando-a, para que possa comunicar aos seus colaboradores uma visão clara
e objetiva da missão (Livingstone, Nadjiwon-Foster, & Smithers, 2002). Estes
requisitos, cruciais nas organizações de hoje, são as chamadas “soft skills”,
nomeadamente a IE e a metacognição, que são tão importantes como a inteligência
cognitiva e o conhecimento teórico e técnico das “hard skills” (Lackey, 2011).
2
decisão e na distribuição de atenção (Hamilton, 2008). Indivíduos emocionalmente
inteligentes, usam as suas próprias emoções para pensar de forma inteligente, e
possuem a capacidade de pensar de forma inteligente sobre as suas emoções
(Mayer & Salovey, 1997; Mayer, Salovey, & Caruso, 2000). Com o desenvolvimento
e aumento da complexidade do interface homem-máquina, os fatores psicológicos
passaram a desempenhar um papel fundamental para o sucesso da missão e para a
segurança em voo (Pescaru & Halmagiu, 2011).
Os pilotos militares da FAP são formados durante seis anos na AFA e, como
alunos PILAV, a sua realidade enquadra-se num contexto muito específico e
particular, pairando sobre eles uma enorme expetativa, pois é neles que a Força
Aérea mais investe, esperando o respetivo retorno. Espera-se do aluno desta
especialidade da FAP uma grande capacidade de adaptação às mais diversas
situações, não só no contexto académico, como também em voo, uma vez que lhe é
exigido que, em simultâneo, seja militar, aluno de mestrado e Aluno Piloto (AP),
tendo que ser cumpridas um determinado número de missões, que exigem ao aluno
uma adequada preparação do voo/missão, elevado controlo da ansiedade e gestão
das expetativas para ser bem-sucedido.
3
comportamento dos alunos PILAV, no processo de aprendizagem dos fundamentos
básicos de pilotagem militar.
1.2 Objetivo
Objetivos gerais:
Objetivos específicos:
4
alunos PILAV e para a melhoria do seu desempenho, como aviadores e futuros
líderes militares do amanhã.
5
1.3 Panorâmica
6
Finalmente, na conclusão, são mencionadas as principais conclusões
retiradas, respondendo à pergunta de partida e aos objetivos gerais e específicos do
estudo. De seguida, apresentam-se as contribuições desta investigação para a
literatura e para a organização em que se insere, assim como, as suas limitações.
Por último, encerra-se o capítulo com propostas para estudos futuros.
7
2 Revisão de Literatura
8
ginteresse e investigação futura. Gardner definiu as inteligências, intrapessoal e
interpessoal, da seguinte forma (Petrides, 2011):
9
objetivo de a IE poder ser aplicada nas organizações, destacando-se por realçar a
capacidade da IE predizer o sucesso profissional (Goleman, 1998).
10
próprio e dos outros, a regulação adaptativa das mesmas e o uso inteligente das
emoções nas diferentes atividades da organização (Mayer et al., 2000).
11
desenvolvem estas capacidades mais rapidamente, do que indivíduos com níveis
inferiores de IE.
12
o seu potencial para aprender estas competências. No entanto, acrescenta que a
maturidade emocional pode ser aprendida e desenvolvida, mesmo na idade adulta.
Estas competências emocionais não são talentos inatos, são capacidades
aprendidas que devem ser trabalhadas e desenvolvidas para atingir um bom
desempenho. E reforça que o autoconhecimento é a base para o desenvolvimento
da IE, sendo necessário tornar-se introspetivo, observar as próprias emoções e
sentimentos e perceber o que o motiva ou entristece (Cunha et al., 2007).
Para validar empiricamente o seu modelo, Goleman (2002, cit. por Mendes &
Sarmento, 2009) recorre a outros investigadores, mais precisamente Boyatzis e
Mckee, de forma a aperfeiçoar o seu modelo de competências, apresentado na
tabela 2.
Competência Pessoal
Auto-consciência emocional
Auto-avaliação precisa
Auto-consciência
Auto-confiança
Auto-controlo emocional
Transparência
Adaptabilidade
Auto-gestão Orientação para a realização
Iniciativa
Otimismo
Competência Social
Empatia
Consciência organizacional
Consciência social
Orientação para o serviço
Liderança inspiradora
Influência
Desenvolvimento dos outros
Gestão de relacionamentos Catalisador de mudança
Gestor de conflitos
Trabalho em equipa e colaboração
13
O modelo de Bar-On será o terceiro a ser abordado. Desde 1997, que o autor
definiu a IE como um conjunto de competências emocionais e sociais, que
determinam a capacidade de um indivíduo se compreender a ele próprio e
expressar-se, compreender e relacionar-se com os outros, e lidar positivamente com
as pressões e exigências do meio (Bar-On, 1997).
Segundo o autor, para que tal aconteça é necessário, antes de tudo, que o
indivíduo tenha a capacidade intrapessoal para estar consciente de si próprio, de
perceber os seus pontos fortes e pontos fracos e de expressar os seus sentimentos
e pensamentos, de forma não destrutiva. No nível interpessoal, é necessário que o
indivíduo tenha consciência das emoções dos outros, dos seus sentimentos e
necessidades, e seja capaz de estabelecer e manter relacionamentos, de forma
cooperativa, construtiva e de satisfação mútua (Bar-On, 2006).
14
Tabela 3- Modelo de IE de Bar-On (1997)
Auto-estima
Auto-consciência emocional
Assertividade
Intrapessoais
Independência
Auto-realização
Empatia
Responsabilidade social
Interpessoais
Relações interpessoais
Tolerância ao stress
Gestão do Stress Controlo da impulsividade
Realismo
Flexibilidade
Adaptabilidade
Resolução de problemas
Otimismo
Humor Geral Felicidade
15
Desde Darwin (1872, cit. por Bar-On, 2012), a maioria dos conceitos e
modelos de IE desenvolvidos, incluem uma ou mais das componentes fatoriais
abaixo descritas:
16
relativamente a algumas afirmações. Nenhum método é totalmente eficaz,
apresentando sempre algumas limitações. Nos testes de competências, a grande
dificuldade está em selecionar as tarefas mais pertinentes e em determinar a
resposta mais condizente com o conceito de IE. No caso dos questionários de auto-
descrição, corre-se o risco de a descrição do indivíduo acerca dele próprio não
corresponder à realidade, e ser influenciada pela desejabilidade social. E por último,
no método dos informadores pode revelar-se apenas a reputação de um sujeito, e
não o que ele é efetivamente (Cunha et al., 2007).
17
Tabela 4- Descrição das escalas e subescalas avaliadas no EQ-i
Por último, é importante realçar que a IE não deve ser confundida com traços
de personalidade. Para distinguir a IE dos traços de personalidade, apresenta-se o
seguinte exemplo: “um indivíduo pode denotar traços vincados de sociabilidade,
confiança e cordialidade – mas não possuir a IE suficiente para compreender os
sentimentos das outras pessoas” (Cunha et al., 2007, p.136).
2.2 Metacognição
18
2.2.1 História e Desenvolvimento da Metacognição
19
2.2.2 Primeiras Abordagens da Metacognição
20
próprio pode ser diferente do objetivo “imposto” pelo professor e pode, também,
modificar-se no decorrer da realização da tarefa (Flavell, 1979).
Por último, temos as estratégias, que são fundamentais, pois a sua utilização
permite potenciar e avaliar o progresso cognitivo. Existem dois tipos de estratégias:
cognitivas e metacognitivas. Flavell (1987) refere que, enquanto as estratégias
cognitivas destinam-se simplesmente a levar o sujeito a um objetivo cognitivo, as
estratégias metacognitivas propõem-se a avaliar a eficácia das primeiras. Por
exemplo, algumas vezes procedemos a uma leitura lenta, simplesmente para
aprender o conteúdo (estratégia cognitiva); outras vezes, lemos rapidamente o texto
para ter uma ideia da dificuldade ou facilidade da aprendizagem do seu conteúdo
(estratégia metacognitiva). Para este autor, a utilização de estratégias
metacognitivas é geralmente operacionalizada com a monitorização da
compreensão, que requer o estabelecimento de objetivos de aprendizagem e a
avaliação do grau de sucesso com que esses objetivos estão a ser alcançados e, se
necessário, a modificação das estratégias que têm sido utilizadas para os alcançar.
21
amplitude da utilização do termo metacognição, todas têm um ponto em comum, que
é monitorar estratégias para o processo de aprendizagem (Bonner, 1988).
“Aqueles que acham que sabem tudo, não têm forma de descobrir que não
sabem” (Buscaglia, 2017, p.4).
22
exemplos disso, fazer previsões antes de ler um texto, sequenciar/organizar as
estratégias que se pretendem aplicar e, alocar o tempo ou a atenção, de uma forma
seletiva, antes de iniciar a tarefa (Miller, 1985). Diversos estudos demonstraram que,
indivíduos com mais experiência de aprendizagem, têm mais conhecimento acerca
dos seus processos cognitivos e utilizam esse conhecimento para regular a sua
aprendizagem, antes de iniciarem uma tarefa (Schraw & Moshman, 1995).
23
seu desempenho e sobre possíveis estratégias compensatórias. Por exemplo,
através de alguns estudos verificou-se que os bons alunos têm mais conhecimento
da memória que possuem e são mais capazes de utilizar esse conhecimento, do que
os alunos mais fracos (Schraw & Moshman, 1995).
24
2.3 Desempenho
25
dois dos seus alunos continuam a não conseguir melhorar as suas capacidades de
leitura, por outros motivos (aspeto relacionado com os resultados do desempenho)
(Sonnentag & Frese, 2002).
26
Os investigadores adotam perspetivas diferentes para estudar o desempenho,
mas, geralmente, identificam-se três abordagens tradicionais (Sonnentag & Frese,
2002):
27
realização do plano. Para que o ciclo da ação seja iniciado, o indivíduo tem que ter
um objetivo lato, dado pela organização, que depois se transforma num objetivo
pessoal. Outro aspeto fundamental desta teoria, é que o desempenho ativo é o
resultado de ações efetuadas por iniciativa própria, sendo composto por três
aspetos: autoiniciativa, pró-atividade e persistência. Mais concretamente, a iniciativa
pessoal depende do início de uma ação/atividade por parte do indivíduo, ser pró-
ativo e ter uma visão a longo prazo, permitindo antecipar imprevistos e, por último,
ser persistente na ação/desempenho (Frese & Fay, 2001).
Desde o primeiro voo, que teve uma duração inferior a um minuto, até à data
do presente estudo, em que os voos têm a duração de algumas horas e ligam
cidades, separadas por milhares de quilómetros, sobre vastos oceanos (Tsang &
Vidulich, 2003), houve, naturalmente, um grande crescimento. Em particular a
aviação militar, assistiu a um aumento de capacidades ainda mais impressionante
(Shaw, 1985). O desempenho em voo será a quarta variável a ser abordada neste
estudo.
28
mundial, surgiram vários equipamentos e sistemas novos a bordo das aeronaves,
com o objetivo de as potencializar como plataformas de guerra, aumentando a sua
rapidez, precisão e capacidade destrutiva (Kennedy & Kay, 2013). Desde então, o
conceito de desempenho em voo mudou, consideravelmente, como consequência
da enorme evolução tecnológica dos sistemas de informação e controlo a bordo das
aeronaves (Bártolo-Ribeiro, 2011). Começaram a surgir sistemas computorizados
capazes de incorporar milhões de linhas de código de software, permitindo assim a
operação de sistemas como o autopilot, entre muitos outros (Norris & Wagner,
1996).
29
vontade de completar a tarefa necessária, mesmo em situações difíceis e que
exigem o máximo de si; e uma identidade única capaz de alcançar o êxito.
No caso específico dos pilotos militares, estes têm que conseguir responder a
inúmeras situações desconhecidas, imprevisíveis e não controláveis, em treinos e
30
missões de combate (Ragan, 2010). Para Picano, Williams e Roland (2006), o
desempenho em voo de um piloto militar de “caça” exige, de uma perspetiva geral,
bastante motivação e vontade de cumprir o objetivo ou missão, uma estabilidade
emocional inabalável e uma capacidade cognitiva elevada. Segundo Hardy e
Parasuraman (1997), as capacidades relacionadas com a perceção motora, como
por exemplo, manter a trajetória de voo com turbulência, ou reagir rapidamente para
evitar uma colisão, ainda são importantes, principalmente em pilotos militares, mas
as exigências físicas do voo diminuíram, e simultaneamente, as exigências
cognitivas aumentaram.
Sem dúvida que, o papel do piloto militar e do piloto de linha aérea irá
continuar a ser afetado pelo aumento do nível de automação dos sistemas a bordo
das aeronaves (Tsang & Vidulich, 2003). Por isso é importante que,
simultaneamente, sejam desenvolvidas e implementadas formas reais de simplicar o
trabalho do piloto, em vez de o complicar, assim como respeitar que o julgamento
dos pilotos será sempre necessário e que é preciso criar espaço para tal (Buck,
1994).
Desde cedo que surgiu a necessidade de perceber quais são os fatores que
permitem predizer o desempenho em voo dos pilotos. No início da primeira Guerra
Mundial, os desastres decorrentes do treino de indivíduos, que não passaram por
um processo de seleção para voar, despertou a necessidade de estudar,
31
extensivamente, a seleção de pilotos em todo o mundo. No entanto, nesta altura,
nada se sabia acerca das caraterísticas que devem vincular num aviador (Kennedy
& Kay, 2013).
Foi desta forma que o conhecimento acerca deste assunto foi evoluindo e, em
1940, Alsina (2006) menciona que já se falava em fatores de personalidade,
motivação e atitude, na seleção de pilotos. Nesta altura, começou a reconhecer-se
que um indivíduo pode ter a aptidão cognitiva necessária para ter um bom
desempenho, mas não ter o temperamento para tal (Bowles, 1994). No entanto, o
grande foco mantinha-se nos testes de inteligência, psicomotores, mecânicos e
espaciais (Hilton & Dolgin, 1991).O desenvolvimento tecnológico da aviação, foi o
grande impulsionador do estudo dos fatores psicológicos nos aviadores, que
32
passaram a desempenhar um papel fundamental na complexa relação entre o
homem e a máquina, tornando-se um elemento crucial para a segurança em voo
(Pescaru & Halmagiu, 2011). Desta forma, a investigação relativamente à avaliação
psicológica dos pilotos, passou a assumir um lugar de destaque (Gomes, Bártolo-
Ribeiro, & Marôco, 2008).
Um estudo realizado na United States Air Force (USAF), envolveu 100 pilotos
e revelou que a conscienciosidade foi o traço identificado como o mais importante,
de sessenta traços de personalidade (Siem & Murray, 1994). A conscienciosidade é
um dos “Big Five”, segundo o modelo de personalidade porventura mais conhecido e
divulgado na literatura (Costa & McCrae, 1992). Este traço inclui a responsabilidade,
a organização, a perseverança, a capacidade de trabalho e a orientação para os
resultados (Digman, 1990; Goldberg, 1993; Tupes & Christal, 1961). No entanto, a
conscienciosidade não foi o único traço de personalidade, que demonstrou ter
impacto no desempenho dos aviadores. As capacidades sociais e interativas têm-se
revelado tão importantes para uma carreira de pilotagem de sucesso, como as
capacidades mentais e psicomotoras, embora os estudos de seleção de pilotos
enfatizem principalmente os testes psicométricos (Hoermann & Goerke, 2014;
Maschke, 2004; Stokes & Bohan, 1995).
33
Existe uma perceção social bastante popular acerca da personalidade dos
pilotos militares, que veio reforçar a ideia que para se ser piloto militar e ter uma
carreira de sucesso, é necessário possuir “the right stuff” (Deitz & Thoms, 1991;
Santy, 1994). Apesar de este ser um conceito bastante abstrato, é certo que a
personalidade é vista como um fator vital, comprovado pelas inúmeras tentivas feitas
para conseguir avaliar a personalidade dos pilotos militares, e para levá-la a predizer
se o AP consegue ultrapassar as exigências do voo, em contexto militar (Dolgin &
Gibb, 1989; Hilton & Dolgin, 1991).
34
multitasking e a sua capacidade de predição do desempenho em voo, é uma
questão que também tem vindo a ser investigada (e.g., Carretta, 2011; Griffin, 1998;
Losch, Heintz, & Kelava, 2012; Noser & Läge, 2012; Kokorian & Pereira da Costa,
2008). A aviação, como atividade dinâmica que é, exige que os pilotos executem
uma série de tarefas, muitas vezes em simultâneo e que, ao mesmo tempo, dêem
resposta a múltiplos estímulos, como por exemplo, as comunicações rádio
(Surrador, Piedade, Jamal, & Gomes, 2013). Nesta sequência, na seleção de
candidatos PILAV na FAP, também se tem vindo a avaliar a sua capacidade de
multitasking (Surrador et al., 2013).
Ser piloto militar é considerado uma profissão de alto risco, pois envolve,
muitas vezes, lidar com situações non-standard, em ambientes operacionais hostis,
em que a ameaça à segurança humana, as questões de segurança nacional e o
insucesso da missão, são substanciais (Picano et al., 2006). Por tudo isto, o voo
militar é visto como uma atividade extraordinária, que requer traços, talentos e
capacidades especiais por parte de quem prossegue esta profissão e, como tal,
implica um elevado investimento de dinheiro e tempo por parte das organizações
militares que neles investem (Ragan, 2010).
35
Existem diferenças na seleção e avaliação de pilotos para a aviação
comercial e militar, não pelos métodos e técnicas utilizados, mas principalmente pela
importância atribuída às dimensões avaliadas devido, sobretudo, ao contexto da
missão em que o voo é efetuado, às qualificações aeronáuticas exigidas, à cultura
da organização, etc. No fundo, é a exigência resultante da existência da componente
militar associada à aviação, que faz com que os processos de seleção, avaliação e
formação dos pilotos militares, seja diferente do que é aplicado aos pilotos de linha
aérea.
Para além do que já foi referido, a grande diferença está no tipo de missão
efetuada. Aos pilotos militares são solicitadas variadas e complexas missões
operacionais, como por exemplo, busca e salvamento, luta aérea ofensiva ou
defensiva, vigilância e reconhecimento, entre outras. Por outro lado, os pilotos de
linha aérea têm apenas uma missão, que é o transporte de passageiros (Bártolo-
Ribeiro, 2011).
Por último, é importante referir que a seleção e avaliação dos pilotos deverá
ser sempre enquadrada com os sistemas de avião para que se seleciona e com a
formação a que os alunos irão ser submetidos (Bártolo-Ribeiro, 1992).
36
A avaliação psicológica, tem a duração de dois dias e baseia-se numa
metodologia clássica de seleção assente, fundamentalmente, na aplicação de
testes, provas de grupo e entrevista psicológica. O objetivo é identificar todos os
candidatos que reúnam os requisitos definidos no perfil psicológico, neste caso, da
especialidade PILAV, em termos de personalidade e motivação e ao nível percetivo-
cognitivo e psicomotor (Bártolo-Ribeiro, 2011).
37
O ESV inicia-se com dois dias de aulas, em que são transmitidos
conhecimentos gerais sobre aviação e conhecimentos específicos da aeronave
operada no CAA (à data do presente estudo: Chipmunk Mk-20), seguidos de um
teste escrito eliminatório que avalia os conhecimentos adquiridos nesses dois dias.
De seguida, é feita a Verificação de Olhos Vendados a bordo da aeronave que irão
operar, na qual os candidatos têm de conseguir identificar os equipamentos e
instrumentos presentes no cockpit. Como os olhos são vendados antes de
realizarem o teste, os candidatos têm que utilizar apenas a memória e o tato para
identicar o que lhe és pedido. Este teste também é de caráter eliminatório (Academia
da Força Aérea, 2016).
38
2.3.1.3.2 Contexto AFA
A AFA tem como principal objetivo “Criar hoje os chefes de amanhã”, lema
que se encontra à entrada do seu edifício de comando. Para tal, os alunos são
formados em três componentes principais: académica, militar e física. Estas três
áreas de instrução são avaliadas ao longo dos seis anos de formação, contribuíndo
todas para uma classificação final. De seguida, e tendo em conta os objetivos do
presente estudo, será feita uma abordagem inicial relativa ao processo de integração
organizacional a que os alunos são sujeitos e, posteriormente, serão contemplados
os traços gerais da formação ministrada aos alunos, sendo que, o foco incidirá no
contexto dos alunos da especialidade PILAV e, em particular, na formação
aeronáutica que recebem.
Os membros de uma organização precisam de ter uma ideia clara do que ela
é e para onde pretende ir, ou seja, precisam de ter uma ideia clara da identidade da
39
organização a que pertencem ou querem pertencer. O objetivo da socialização
organizacional é construir essa identidade nos seus novos colaboradores,
assegurando assim, a continuidade dos valores e normas organizacionais,
permitindo que esses colaboradores desenvolvam um quadro de referência que os
leve ao ajustamento entre as suas características e as da organização,
possibilitando-lhes responder mais eficazmente aos desafios que os esperam
(Ascensão, 2009).
É com a entrada na organização que o indivíduo irá deparar-se com algo novo
e, provavelmente, terá que renunciar a algumas das suas crenças e valores para
adequar-se à nova cultura (Chiavenato, 2010). Para Robbins e Judge (2009), o
processo de socialização tem o seu momento mais crítico durante a entrada na
organização, pois segundo os autores é nesta fase que se deseja moldar o recém-
chegado e transformá-lo num colaborador disposto a contribuir para os objetivos do
grupo.
40
à nova e contrastante realidade, e para assegurar a continuidade da identidade da
FAP. É possível identificar as três fases do processo de socialização organizacional
definidas na literatura, no contexto do presente estudo. O processo de seleção e
recrutamento a que os candidatos são sujeitos corresponde à fase de pré-ingresso,
o momento de entrada na AFA e o 1º ano do curso constituem a fase de encontro e,
por último, os restantes cinco anos do curso correspondem à fase de metamorfose.
A instrução militar a que os alunos são sujeitos, tanto ao nível mental como
físico, insere-se no processo de socialização organizacional acima caracterizado, e
embora os seis anos de curso façam parte deste processo, ele é mais incidente nos
primeiros anos de formação e, principalmente, no 1º ano. Após a entrada para a
AFA, os alunos do 1º ano são sujeitos, durante todo o ano letivo, ao que se
denomina de “enquadramento”, e para o qual todos os alunos contribuem, sendo
que os alunos do 4º ano são os principais responsáveis pela sua integração. Nesta
fase, os alunos do 1º ano interiorizam os valores militares e organizacionais
considerados essenciais, como a honestidade, a camaradagem, o brio, entre outros,
que constam no código de honra da AFA, e que são fundamentais para a sua
vivência como alunos e como futuros Oficiais do Quadro Permanente (QP) da FAP.
41
organização deseja moldar o comportamento dos novos elementos em padrões
desejados. Geralmente, os indivíduos são submetidos a uma série de “testes”
rigorosos para obter acesso priveligiado à organização (Maanen, 1989). A
desinvestidura visa transformar o indivíduo naquilo que a organização julga que ele
deve ser (Cunha et al., 2010).
42
de mestrado no 5º ano e, no último ano, realizam o seu tirocínio, que será explicado
no subcapítulo seguinte (Decreto-lei nº 2225, 2015).
43
No 1º ano pretende-se que os alunos sejam “largados”, isto é, que voem
sozinhos pela primeira vez na aeronave Chipmunk Mk-20. Após serem “largados”
voltam a voar acompanhados, com o PI no lugar de trás, e prosseguem para o
Contacto Avançado onde aprendem os princípios básicos de acrobacia e, assim
sucessivamente, até à Formação. As missões de voo efetuadas, são avaliadas
segundo a seguinte escala (Estado-Maior da Força Aérea, 2008):
44
O tirocínio é constituído por diversas MV’s, que são complementadas pela
instrução académica e de simulador que lhes estão associadas. As MV’s que
constituem a FBA são (Estado-Maior da Força Aérea, 2013):
Inicialmente, antes de o AP começar a voar Contacto Inicial, tem que ter pelo
menos 75% no teste escrito e 100% na Verificação de Olhos Vendados (à
semelhança do que é feito no ESV) (Estado-Maior da Força Aérea, 2013).
45
As missões de voo, simulador e as EM’s são avaliadas de acordo com a
seguinte escala:
46
multiplicada pelo coeficiente 3, pelo que a componente teórica corresponde a 40% e
a componente de voo corresponde a 60% da classificação final. O valor em
percentagem obtido é convertido para um valor na escala de 1 a 20 (Estado-Maior
da Força Aérea, 2008). De acordo com a classificação final obtida, os AP’s podem
ser colocados em três tipos de aeronaves: caça, helicópteros e transportes. Para
além das três hipóteses mencionadas, existe também a possibilidade de serem
colocados na instrução (Estado-Maior da Força Aérea, 2013).
47
desempenhar, de forma eficaz, as suas funções, por possuírem elevados níveis de
IE.
48
integradas no plano curricular dos alunos (Lyons & Schneider, 2005; Nelson & Low,
2003, 2005; Stottlemyre, 2002; Vela, 2003).
Wolfe, Druskat, Koman e Messer (2006), descobriram que cinco de entre seis
componentes de IE estavam correlacionadas com a eficácia do grupo. Essas
componentes são a auto-consciência emocional, consciência e controlo das
emoções do grupo, entendimento da emoção numa escala maior (organização) e,
por último, o estabelecimento de relações fora do grupo. Kim (2010), no seu estudo,
revelou que a IE promove relações de confiança e satisfação, e o desejo de voltar a
trabalhar com o parceiro. Em 2016, foi realizado um estudo com uma amostra de
146 indivíduos, colaboradores em vários setores e que trabalham por conta de
outrem. Concluiu-se que, os indivíduos com maior capacidade emocional são mais
capazes de possibilitar melhores condições de trabalho interpessoal, e de promover
a prática de comportamentos benéficos à organização (Rocha, 2016).
49
fortemente relacionada com a capacidade de liderar dos indivíduos e,
consequentemente, com o sucesso das equipas e das organizações (Bass & Avolio,
1994; Barling, Slater, & kelloway, 2000; Goleman, 1995, 1998; Prati, Douglas, Ferris,
Ammeter, & Buckley, 2003; Sosik & Dworakivsky, 1998). “Mesmo que consigam ter
tudo o resto na perfeição, se os líderes falham na tarefa primordial de orientar as
emoções na direção certa, nada do que fizerem vai resultar tão bem como poderia
ou deveria” (Goleman, Boyatzis, & Mckee, 2013, p.3). Bar-On (1997) e Goleman
(1998) acrescentam que a IE é o que torna bons líderes em excelentes líderes.
Num estudo realizado em 2013, foi usada uma amostra de 254 indivíduos, e
concluiu-se que os líderes emocionalmente inteligentes são admirados pelos seus
colaboradores e subordinados, desenvolvendo relações interpessoais mais
produtivas e mobilizadoras de talento, dentro e fora da organização (Guerreiro,
2013). Numa outra investigação, aplicada a 236 trabalhadores dos EUA, comprovou-
se que uma liderança de sucesso está baseada, em larga medida, com a IE dos
indivíduos. Mais precisamente, 67% da capacidade de liderar baseia-se na IE de
quem lidera (Bar-On, 2004; Bar-On et al., 2005).
50
2.5 Inteligência Emocional e Desempenho em Voo
51
Desde cedo que, a USAF reconheceu a existência de uma possível relação
entre a IE e o desempenho profissional e, em meados dos anos 90, foi realizado um
estudo que envolveu 1171 indivíduos, com o objetivo de analisar esta relação,
utilizando o modelo de Bar-On (1997). Nesta altura, a USAF estava a perder metade
dos seus Aspirantes a Oficiais, a cada ano que passava, e este estudo ambicionava
combater este problema. O estudo relacionou os níveis de IE com desempenhos de
sucesso e de insucesso de Aspirantes a Oficiais, e os resultados demonstraram a
existência de uma relação moderadamente elevada, entre a IE e o desempenho dos
indivíduos. Os militares que revelaram níveis elevados de flexibilidade, otimismo,
auto-estima, felicidade e realismo, eram duas a três vezes mais propensos de
concluir com êxito o programa de formação inicial. Após um ano, a USAF aumentou
a capacidade de predição dos candidatos que serão bem-sucedidos e,
consequentemente, reduziu as perdas financeiras em aproximadamente 92% (Bar-
On et al., 2005; Handley, 1997).
52
Em 2013, foi realizado um estudo com o intuito de descobrir em que nível se
encontra a IE de pilotos militares operacionais, pertencentes à Indian Air Force (IAF).
Para tal, utilizaram o método de auto-descrição desenvolvido por Petrides e
Furnham (2001), denominado de Trait Emotional Intelligence Questionnaire
(TEIQue). Este estudo envolveu a participação voluntária de 60 pilotos, que foram
avaliados em quatro dimensões de IE, nomeadamente, o bem-estar, o auto-controlo,
a emotividade e a sociabilidade. Os resultados descritivos demonstraram que, 76,6%
dos aviadores possuem níveis de IE acima da média, e os restantes 23,3%
obtiveram resultados medianos. Na dimensão de bem-estar, os resultados foram
bastante positivos, demonstrando que os pilotos possuem uma atitude positiva para
com eles próprios e as suas conquistas, são confiantes, otimistas e sentem-se bem
com eles mesmos (Sindhuja, Shrivastava, Gambhir, & Chaturvedula, 2013).
Num estudo realizado por Schleifer e Dull (2009), foram recolhidos dados
durante quase uma década, para comprovar esta mesma relação. A amostra
53
envolveu 1201 estudantes de contabilidade, de uma universidade dos EUA. Foi
utilizado o MAI, desenvolvido por Schraw e Dennison (1994), para avaliar os níveis
de metacognição dos alunos, e concluiu-se que existe uma forte ligação entre as
componentes que constituem a metacognição (conhecimento e regulação
metacognitivos) e o desempenho académico dos indivíduos. O estudo revelou que
os estudantes de contabilidade com os melhores desempenhos, eram mais bem-
sucedidos, principalmente, devido ao seu conhecimento metacognitivo e, não tanto,
devido à regulação do conhecimento, demonstrando a importância do auto-
conhecimento para o sucesso académico. Este estudo veio também comprovar, que
o conhecimento e regulação metacognitivos melhoram com o aumento do
conhecimento e da perícia, sendo que Schraw (1998) já tinha salientado este
aspeto.
54
Num estudo realizado em 2010 com alunos de engenharia, concluiu-se que a
capacidade de resolução de problemas pode aumentar se, para além da aquisição
do conhecimento conceptual, os estudantes forem instruídos para desenvolverem
estratégias para reconhecerem quando e como devem aplicar o conhecimento
conceptual (Steif, Lobue, Kara, & Fay, 2010). Num estudo realizado em 2012,
demonstrou-se que através do treino da metacognição é possível aumentar a
consciência dos alunos durante a atividade da leitura, neste caso na língua
estrangeira. Verificou-se que a utilização de estratégias de leitura e de resolução de
problemas, levava ao aumento da capacidade de compreensão dos textos, de
resumo e de retenção das palavras (Henter, 2012).
55
metacognitivamente como ao nível comportamental e motivacional. Acrescenta que
a auto-regulação e o conhecimento metacognitivos, espelham a capacidade de um
indivíduo em refletir acerca da forma como pensa, aprende, raciocina e resolve
problemas. Cada vez mais, o sucesso profissional depende da aprendizagem
contínua ao longo da vida e da capacidade dos indivíduos para avaliarem e
regularem os seus processos de aprendizagem, num ambiente caracterizado por
rápidas mudanças (Ravenscroft, Waymire, & West, 2012). Em particular nas
profissões que envolvem tecnologia, a necessidade de atualização e aprendizagem
contínua é crucial, por forma a obter novos conhecimentos e atualizar e reforçar as
técnicas já adquiridas, mantendo assim, vantagem competitiva no mercado (Smith,
Moores, & Chang, 2005).
Desde cedo que Jensen (1989) salientou que, à medida que os pilotos
passam a desempenhar um papel mais de decisores do que simplesmente
operadores de comandos, uma nova atenção iría ser dada a aspetos da psicologia
56
como a perceção, o processamento de informação e a aprendizagem (Bártolo-
Ribeiro, 1992).
57
É fundamental que os julgamentos metacognitivos sejam precisos e
correspondam ao desempenho real do indivíduo, principalmente em profissões em
que as questões de segurança são substanciais. Se os indivíduos se auto-avaliarem
com excesso de confiança ou com falta dela, comparativamente ao seu
desempenho, torna-se fundamental incluir a monitorização e o controlo
metacognitivos no treino destes profissionais. O estudo acrescenta que, muitas
vezes, os indivíduos mais experientes revelam excesso de confiança nos seus
julgamentos metacognitivos, falhando algumas vezes determinados procedimentos,
sem se quer se aperceberem. As experiências efetuadas neste estudo, também
permitiram enfatizar, a importância da consciência metacognitiva no estabelecimento
de tempos para a execução de uma tarefa, sendo crucial os profissionais
reconhecerem o ponto a partir do qual o seu desempenho começa a deteriorar-se
com o tempo (McAnally et al., 2017).
58
Adams e Ericsson (2000) exploraram os processos cognitivos em pilotos
experientes, questionando se seria possível ensinar a tomada de decisão aos
pilotos, desde o início da sua formação, acelerando o processo normal de
aprendizagem baseado na experiência adquirida. Os autores referem que a tomada
de decisão assenta em dois tipos de julgamento, a avaliação e a predição, e que
apesar de as decisões tomadas basearem-se em conhecimentos aeronáuticos,
procedimentos treinados e flight skills, a experiência determina o grau de
consciência com que os pilotos aplicam estes conhecimentos e procedimentos.
59
2.8 Modelos de Análise e Hipóteses
Desempenho em Voo:
− ESV;
− AFA;
− Tirocínio.
60
Na sequência do que foi referido, foram formuladas hipóteses de estudo,
referentes às três fases de voo que constituem o percurso de ascensão a piloto da
FAP, e que se apresentam de seguida.
Contexto de seleção:
Contexto de formação:
61
afeta o seu desempenho em voo. Assim como, compreender em que medida a
capacidade de examinar e refletir acerca dos próprios resultados, das estratégias a
selecionar e dos recursos a alocar (e.g., tempo), influencia o desempenho em voo
dos candidatos e alunos no contexto militar. De uma forma simples, pretende-se
compreender o impacto da metacognição no desempenho em voo, nas fases de
seleção e formação dos futuros aviadores da FAP.
Contexto de seleção:
Contexto de formação:
62
Na figura 2 apresenta-se o modelo de análise complementar pelo qual irão ser
formuladas as hipóteses secundárias em estudo nesta investigação:
Formação AFA
Tática de Desinvestidura
63
Da mesma forma, a metacognição, como potenciadora dos processos de
aprendizagem e do desempenho dos indivíduos, tanto académico como profissional,
tanto individual como coletivo (Turner, 2011), revela-se uma competência
fundamental a ser desenvolvida na fase de formação na AFA. Mas também, a
prevalecer na cultura da organização, abrindo caminho para uma série de virtudes
necessárias na carreira de um oficial PILAV da FAP, como a capacidade de
aprendizagem contínua (Smith et al., 2005), a priorização e planeamento (Henter &
Indreica, 2014), e a capacidade de refletir e avaliar o próprio desempenho e
aprendizagem, adaptando-se mais facilmente a novas circunstâncias e potenciando
os resultados individuais e organizacionais (Turner, 2011). É, então, fundamental,
perceber se esta competência está a ser desenvolvida no percurso dos alunos
PILAV na AFA, e futuros chefes da FAP.
64
1979), pertencentes à especialidade PILAV, provoca a diminuição dos seus níveis
de IE e consciência metacognitiva.
65
No âmbito do ensino, Hansen (2009) salientou que a metacognição, como
ferramenta que potencia a aprendizagem dos alunos, está dependente de fatores
cognitivos e emocionais, que são essenciais para o seu sucesso e,
consequentemente, do ensino como um todo. Segundo o autor, se os alunos não
são capazes de reconhecer e regular as suas emoções no domínio académico, não
estarão aptos para pensar acerca dos seus pensamentos. Como tal, para que a
metacognição seja otimizada enquanto ferramenta de aprendizagem, ela necessita
de estar ligada à IE dos indivíduos.
66
3 Método
67
dos pilotos militares da FAP (correlacional), averigua a relação existente entre a IE e
a metacognição (correlacional), e analisa em que medida a formação ministrada aos
alunos PILAV na AFA estimula a IE e a metacognição dos mesmos (causal). Por
outro lado, a vertente longitudinal do estudo insere-se num desenho tipo painel, uma
vez que se pretende analisar as alterações ocorridas nos níveis de IE e
metacognição dos candidatos a PILAV que ficaram aptos no processo de seleção e
que passaram a integrar o 1º ano da AFA, entre o ESV (1º momento de recolha de
dados) e quatro meses após a sua integração na organização (2º momento de
recolha de dados) (Sampieri et al., 2013).
68
resposta (computador, telemóvel ou tablet) e a situação ou curso, consoante a fase
em que se encontram. No caso do questionário aplicado na fase de seleção, a
situação dos candidatos diz respeito à sua aptidão, inaptidão ou desistência no ESV,
e no caso do questionário aplicado aos alunos PILAV em fase de formação, o curso
diz respeito ao ano de curso que frequentam na AFA. O questionário aplicado
encontra-se no anexo H.
69
Tabela 5- Caracterização de indivíduos com elevado QE para cada dimensão
Dimensões de IE Descrição
Valores elevados nesta dimensão refletem, por norma, indivíduos que estão “ligados”
aos seus sentimentos, que se sentem bem em relação a eles próprios e que são
Intrapessoal positivos relativamente ao que fazem na vida. São indivíduos capazes de expressar
os seus sentimentos, são independentes, fortes e confiantes a transmitir as suas
ideias e crenças.
70
Tabela 6- Estrutura fatorial original das componentes chave do EQ-i
71
Segundo Bar-On (2000), a análise da estrutura do EQ-i demonstrou que, das
quinze dimensões que o constituem, dez assumem-se como componentes chave do
construto de IE e cinco assumem-se como facilitadores chave do mesmo, sendo que
a sua contribuição é fundamental, mas indireta, pois encontram-se “escondidos”
noutras dimensões. Mais concretamente e em termos estatísticos, os itens que
avaliam os fatores que foram removidos revelaram um maior peso fatorial noutras
dimensões da escala. Segundo o autor, as dez componentes chave e os cinco
facilitadores do construto de IE, em conjunto, revelam-se capazes de descrever e
predizer o comportamento emocionalmente e socialmente inteligente dos indivíduos.
72
indivíduos traduz-se, então, no resultado obtido nas três dimensões referidas, que se
encontram descritas na tabela 7 (Bártolo-Ribeiro & Gomes, 2017).
73
Tabela 8- Valores de Alpha de Cronbach da versão do MAI adaptada ao contexto de trabalho da
população portuguesa
Planeamento ,80
Conhecimento
,70
(declarativo e processual)
Avaliação ,81
74
Tabela 9- Caracterização da amostra do ESV quanto ao resultado obtido
Apto 17
Seleção
Inapto 7 38
(ESV)
Desistente 14
1º ano 15*
2º ano 14
Formação 3º ano 11
66
(AFA- CAA) 4º ano 8
5º ano 8
6º ano 10
* Da amostra do 1º ano foi retirado um aluno por não se enquadrar no objetivo da investigação, motivo
pelo qual a amostra do 1º ano nesta investigação é de 15 elementos, e não de 16. O ESV, realizado no processo
de seleção, tem uma validade de 2 anos (Estado-Maior da Força Aérea, 2008), pelo que o aluno em causa, já
tendo ficado apto no ESV de 2017, não frequentou o ESV de 2018. Para além disso, este elemento não efetuou
qualquer missão de voo no 1º ano, à data da recolha de dados. Desta forma, não foi possível adquirir dados do
seu desempenho em voo no ESV e na AFA, tendo-se optado por retirar o mesmo da amostra.
Apto 8
Formação
12
(Tirocínio- Esquadra 101) Inapto 4
75
Considera-se pertinente salientar que, a amostra correspondente aos alunos
do 1º ano, diz respeito aos indivíduos que ficaram aptos no ESV de 2018 e que
finalizaram com sucesso o processo de seleção, tendo entrado para as vagas
disponíveis no ano letivo de 2018/2019 para a especialidade PILAV, passando a
integrar o 1º ano da AFA. Como tal, os 15 alunos indicados na tabela 10 também
fazem parte da amostra de 38 candidatos do ESV, referenciada na tabela 9. Por este
motivo, a soma dos participantes indicados nas três tabelas resulta num total de 116
indivíduos, em vez dos 101 que constituem a amostra efetiva do presente trabalho
de investigação.
Nota: n= 38 paticipantes
76
Tabela 13- Caracterização da amostra da AFA quanto ao desempenho em voo no CAA (classificação de
voo)
Classificação de Voo*
Ano de Curso
Média D.-P.
1º 80,89 8,09
2º 81,72 5,02
3º 80,51 5,80
4º 81,03 3,81
5º 79,89 4,22
6º 84,33 5,51
Nota: n= 66 participantes
* As médias das classificações de voo englobam, apenas, as classificações de voo obtidas na AFA, ou
seja, a partir da missão C1-08, inclusive.
77
Tabela 14- Caracterização da amostra da AFA quanto ao desempenho em voo no CAA (MV’s)
Ano de Curso
1º 2º 3º 4º 5º 6º
n 13* 14 11 8 8 10
n 14 11 8 8 10
n 8 10
Média 92,00
F1 D.-P. 10,95
n 5*
*Como se pode verificar através destes valores, dois alunos do 1º ano ainda não voaram na AFA e cinco
alunos do 6º ano ainda não iniciaram a última MV.
78
Tabela 15- Caracterização da amostra do tirocínio quanto ao desempenho em voo na Esquadra 101
Média 88,13
B1
D.-P. 3,39
Média 88,76
B2
D.-P. 3,92
Média 91,41
B3
D.-P. 3,58
Média 90,84
B4
D.-P. 4,34
Média 90,83
B5
D.-P. 3,46
Média 92,74
B6
D.-P. 4,16
Média 93,53
Classificação Teórica
D.-P. 1,48
Média 90,45
Classificação de Voo
D.-P. 3,16
Média 91,68
Classificação Final
D.-P. 2,21
Nota: n= 8 participantes
79
Da amostra de 101 participantes, 98 são do sexo masculino. Relativamente
às idades dos participantes, estas apresentam um mínimo de 17 e um máximo de
27, tendo uma média de 20,7 e um desvio padrão de 2,43. A caracterização da
amostra quanto à idade dos inquiridos, encontra-se na figura 3.
25
20
Frequência
15
10
0
17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Idade
3.4 Procedimento
80
A obtenção das classificações dos candidatos do ESV de 2018 foi
coordenada com o Comandante do CAA, permitindo assim, o acesso às mesmas.
No final do mês de janeiro de 2018, foi facultado ao 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º anos um
documento para cada curso, via online, com recurso à ferramenta Google Sheets,
para que cada aluno pudesse inserir as suas notas de voo.
81
4 Resultados
82
existe um número reduzido de participantes para a quantidade de itens total do
instrumento (por norma, deve existir uma relação de cinco participantes por item).
No caso da metacognição, esta relação é equilibrada, pelo que se efetuou apenas a
análise fatorial da escala da metacognição (Hair, Anderson, Tatham, & Black, 1998).
IE
Medida de KMO de
,807 ,741 ,755 ,802 ,789
adequação de amostragem
Como se pode observar na tabela 17, foram retidos três fatores na dimensão
intrapessoal da IE, nomeadamente, a auto-estima, a auto-consciência emocional e a
assertividade, à semelhança do que foi sugerido por Bar-On (2000). No fator 1 foram
retirados os itens 11 e 24, no fator 2 foi removido o item 35 e no fator 3 foi exluído o
83
item 96. Desta forma, para avaliar a dimensão intrapessoal consideraram-se 7 itens
da auto-estima, 5 itens da auto-consciência emocional e 5 itens da assertividade.
Todos eles saturaram nos seus fatores originais, com saturações acima de ,49.
100 ,79
114 ,76
85 ,75
56 (inv.) ,73
40 ,68
70 (inv.) ,63
129 ,63
7 ,87
23 (inv.) ,84
52 (inv.) ,83
9 ,49
82 (inv.) ,69
67 ,58
37 ,56
84
interpessoal consideraram-se 5 itens das relações interpessoais e 4 itens da
empatia. Todos eles saturaram nos seus fatores originais com saturações acima de
,46.
Fator 1: Fator 2:
Itens
Relações Interpessoais Empatia
39 ,80
113 ,80
62 ,78
99 ,65
31 ,63
98 ,83
124 ,75
119 ,72
72 ,46
85
Tabela 19- Matriz de padrão para a dimensão Adaptabilidade da IE
103
,84
(inv.)
87 (inv.) ,80
14 (inv.) ,68
131
,61
(inv.)
74 ,60
28 (inv.) ,57
59 ,55
60 ,84
15 ,79
29 ,78
89 ,78
83 (inv.) ,91
68 (inv.) ,78
8 ,68
97 (inv.) ,55
Como se pode observar na tabela 20, foram retidos dois fatores na dimensão
gestão de stress, nomeadamente, a tolerância ao stress e o controlo da
impulsividade, à semelhança do que foi sugerido por Bar-On (2000). Não foram
excluídos itens dos fatores, como tal, para avaliar a dimensão de gestão de stress
consideraram-se os 8 itens de tolerância ao stress e os 5 itens do controlo da
impulsidade. Todos eles saturaram nos seus fatores originais, com saturações acima
de ,47. O item 64 apresentou uma saturação ambígua, mas optou-se por mantê-lo
pois a sua remoção provocava uma diminuição na consistência interna da escala e,
86
também, por apresentar um peso fatorial superior a ,33 (R. Bártolo-Ribeiro,
comunicação pessoal, março, 2019).
Fator 1: Fator 2:
Itens
Tolerância ao Stress Controlo da Impulsividade
33 ,79
78 ,75
108 ,69
49 (inv.) ,59
4 ,56
20 ,51
86 (inv.) ,76
13 (inv.) ,75
73 (inv.) ,49
87
exigido, o qual se altera de acordo com a fase em que estão inseridos, de seleção
ou formação, e do ano que frequentam, no caso da formação. Como tal, optou-se
por não incluir esta dimensão e efetuar a análise fatorial apenas com as outras duas
dimensões, associadas à regulação da metacognição: planeamento e avaliação.
Não foram excluídos itens dos fatores, como tal, para avaliar a metacognição
consideraram-se os 6 itens de planeamento e os 5 itens da avaliação. Todos eles
saturaram nos seus fatores originais, sendo que os itens de planeamento saturaram
todos acima de ,61 e os da avaliação acima de ,72.
Fator 1: Fator 2:
Itens
Planeamento Avaliação
9 ,83
15 ,78
8 ,73
2 ,70
3 ,68
16 ,61
14 ,80
17 ,80
13 ,76
7 ,75
10 ,72
88
4.1.2 Análise de Fiabilidade
De acordo com a tabela 22, verifica-se que a escala de IE revela uma boa
consistência interna, com alphas entre 0,8 e 0,9 para a maioria das dimensões, e um
valor de alpha superior a 0,9 para o índice global da escala, classificado como
excelente de acordo com Hill e Hill (2008).
Intrapessoal ,84
Interpessoal ,73
Adaptabilidade ,83
IE Global ,93
Planeamento ,81
Avaliação ,84
89
4.1.3 Análise de Sensibilidade
Erro de Assimetria
,24 ,24 ,24 ,24 ,24
Padrão
Erro de Curtose
,48 ,48 ,48 ,48 ,48
Padrão
Erro de Assimetria
,24 ,24 ,24
Padrão
Erro de Curtose
,48 ,48 ,48
Padrão
90
4.2 Análise de Hipóteses
91
4.2.1.1 Inteligência Emocional e Desempenho em Voo
Gestão de Stress 4,17 ,38 4,14 ,32 4,25 ,31 ,30 ,745
92
O primeiro resultado encontrado, pode ser justificado pelo facto de a missão
C1-03 ser a primeira missão do ESV em que são feitas revisões do que já foi
aprendido, de acordo com o exposto no anexo B, ou seja, é a primeira missão em
que o candidato tem que demonstrar o que aprendeu nas missões anteriores e,
como tal, também é a primeira missão onde é esperada alguma evolução no
desempenho do indivíduo. Neste contexto, torna-se fundamental ser capaz de lidar
com as pressões do meio, adaptar-se ao mesmo, controlar as próprias emoções,
saber interagir com o próximo, gerir o stress a seu favor, e manter o pensamento
positivo e realista, competências características da IE. Em particular, o destaque da
dimensão intrapessoal torna-se bastante interessante, pois ela reflete a auto-estima
dos participantes, o seu auto-conhecimento emocional e a sua capacidade de auto-
expressão, competências fulcrais para os candidatos conseguirem atender ao que
lhes é exigido e mostrarem a sua evolução.
93
Tabela 27- Correlações da IE com o Desempenho em Voo no ESV
Classificação Classificação
C1-01 C1-02 C1-03 C1-04 C1-05 C1-06
Teste Escrito de Voo
Gestão de Stress ,05 -,07 ,01 ,47 ,14 -,08 -,39 ,06
94
dimensão de gestão de stress são bastante curiosos e podem estar relacionados
com essa mesma consciência, indicando que os participantes que têm mais noção
de que ficam ansiosos e stressados em determinadas situações são, também, os
que apresentam as melhores classificações de voo. Ter consciência do nervosismo
sentido perante determinadas tarefas, é um passo fundamental para conseguir gerir
essas emoções de forma construtiva, para que não afetem o desempenho dos
indivíduos. Além disso, é natural que o voo, como atividade de grande risco e
responsabilidade que é, se associe a alguma ansiedade, principalmente num
contexto de formação, em que o voo constitui um elemento de avaliação.
C1 C2 N1 F1 Classificação de Voo
** p<,01 (2 extremidades)
95
A hipótese 1b- a IE influencia positivamente o desempenho em voo na AFA-
não se confirma, dado que os resultados não se demonstraram estatisticamente
significativos para o desempenho em voo global dos seis anos da AFA. Porém,
obtiveram-se resultados interessantes para as dimensões interpessoal e de gestão
de stress da IE, que manifestaram correlacionar-se significativamente com algumas
fases da instrução de voo na AFA.
IE Global ,28 ,44 -,50 -,00 -,12 -,05 ,01 ,13 ,05
Intrapessoal ,05 ,17 -,51 -,25 -,19 -,27 -,20 -,14 -,21
Interpessoal -,16 ,07 -,41 -,20 -,43 -,48 -,32 -,31 -,36
Adaptabilidade ,52 ,58 -,32 ,20 ,13 ,34 ,30 ,55 ,40
Gestão de Stress ,42 ,53 -,37 ,18 ,07 ,17 ,21 ,29 ,26
Nota: n= 8 participantes
96
A hipótese 1c- a IE influencia positivamente o desempenho em voo no
tirocínio- não se confirma, visto que os resultados obtidos não revelaram a existência
de correlações estatisticamente significativas entre a IE e o desempenho em voo no
tirocínio.
Metacognição Global 7,79 0,78 7,56 ,98 7,68 ,99 ,17 ,842
97
Na tabela 31 apresentam-se as correlações obtidas para a metacognição e o
desempenho em voo dos candidatos no ESV. As correlações que se revelam
estatisticamente significativas ocorrem entre a metacognição global, a dimensão de
planeamento e a missão C1-03. A análise também foi efetuada para cada grupo,
tendo-se destacado as correlações obtidas para o grupo de aptos, que se encontram
na tabela J-2 do anexo J, e cujos resultados estatisticamente significativos
coincidem com os da tabela 31. É interessante observar a reincidência de resultados
significativos na terceira missão do estágio, que também já se tinha correlacionado
significativamente com a IE global e a dimensão intrapessoal da mesma.
98
Tabela 31- Correlações da Metacognição com o Desempenho em Voo no ESV
Classificação Classificação
C1-01 C1-02 C1-03 C1-04 C1-05 C1-06
Teste Escrito de Voo
Metacognição Global ,08 ,02 ,28 ,48* ,00 ,30 -,06 ,31
99
fase, uma vez que a navegação requer uma preparação e planeamento acrescidos
antes da missão, sendo inclusive um elemento de avaliação nas missões desta fase,
como se pode observar na tabela E-3 do anexo E. No 2º ano, a dimensão de
planeamento revelou-se preditora do desempenho em voo dos alunos, resultado que
pode estar associado ao ano de curso a que pertencem (fase inicial de formação), e
que destaca a importância das competências inseridas na esfera do planeamento
para o desempenho dos alunos em voo. Estes resultados constam no anexo K.
C1 C2 N1 F1 Classificação de Voo
100
Tabela 33- Análise da diferença de médias de Metacognição relativamente ao resultado no Tirocínio
Metacognição Global ,42 ,59 -,16 ,24 ,07 ,04 ,24 ,20 ,26
Planeamento ,53 ,71* -,07 ,37 ,17 ,33 ,42 ,37 ,46
Avaliação ,27 ,39 -,17 ,12 ,00 -,12 ,10 ,06 ,10
101
A hipótese 2c- a metacognição influencia positivamente o desempenho em
voo no tirocínio- não se confirma, visto que não foram encontradas correlações
estatisticamente significativas entre os níveis de metacognição dos tirocinantes e o
seu desempenho em voo global. Contudo, verificou-se a existência de uma
correlação estatisticamente significativa entre a dimensão de planeamento e o
desempenho em voo dos alunos na MV de Contacto Básico.
Z p
Nota: n= 78 participantes
102
No gráfico da figura 4 representou-se a evolução das dimensões da IE na
AFA, de forma a facilitar a leitura das divergências ocorridas. Verifica-se que as
diferenças entre anos são relativamente acentuadas para a dimensão de gestão de
stress, o que justifica a tendência para a diferença significativa, destacando-se o 4º
ano e o tirocínio com valores mais altos, e o 3º ano, 5º ano e 6º ano com valores
mais baixos. Nas restantes dimensões o comportamento das curvas é mais
homogéneo, no entanto verificam-se valores mais elevados para o 2º ano e tirocínio.
Em particular, as curvas das dimensões intrapessoal e de adaptabilidade
apresentam um padrão bastante próximo, indicando que a consciência que os
alunos têm das suas emoções e da capacidade de as expressar de forma eficaz e
construtiva, está relacionada e assemelha-se com a sua perceção de adaptação ao
meio e de resolução de problemas de natureza pessoal e interpessoal.
Dimensões da IE
4,3
4,2
4,1
4
3,9
3,8
3,7
3,6
3,5
3,4
103
IE Global
16,5
16
15,5
15
14,5
14
104
responsabilidades, e o 6º ano que se encontra num período de espera. Para
terminar a análise, falta referir a notória subida de valores registada no tirocínio,
cujos resultados são bastante positivos, mas também são esperados, uma vez que
este é um ano decisivo, exigente e desafiante, na formação dos alunos PILAV,
sendo por isso natural que haja uma acentuada estimulação das suas competências
de IE.
Tabela 36- Análise da diferença de médias de Metacognição para os anos de curso da AFA
Z p
Nota: n= 78 participantes
105
Dimensões da Metacognição
5
4,5
3,5
2,5
Planeamento Avaliação
Metacognição Global
8,2
7,8
7,6
7,4
7,2
6,8
106
Estes resultados podem estar relacionados com o facto de haver uma
redução da carga de trabalho, do 1º ano para o 2º ano e, principalmente, do 4º ano
para o 5º ano, o que pode justificar a acentuada queda de valores no 5º ano. O
aumento verificado no 4º ano pode dever-se às inúmeras responsabilidades que
assumem fora do âmbito académico, e que são inerentes à sua condição de alunos
do 4º ano. Além disso, a inversão da tendência de descida da curva, verificada do 2º
para o 3º ano, pode ser justificada pela exigente componente académica associada
a este ano. É natural que, sempre que haja um aumento da quantidade de tarefas,
deveres e responsabilidades, haja também um aumento da tomada de consciência
por parte dos participantes, relativamente à forma como procedem para dar resposta
a todas as situações. Simultaneamente, é normal e fulcral que desenvolvam
estratégias metacognitivas, para potenciarem os seus processos de aprendizagem e
de execução de tarefas.
107
4.2.3 Comportamento das Variáveis na Entrada para a AFA
108
Tabela 37- Análise de diferenças de médias de IE antes (1º momento) e depois (2º momento) da
entrada na AFA
t p
* p<,05 (2 extremidades)
** p<,01 (2 extremidades)
Dimensões da IE IE Global
15,9
4,2
1º momento 15,8
4,1
15,7
2º momento
4 15,6
3,9 15,5
15,4
3,8
15,3
3,7
15,2
3,6 15,1
Intrapessoal Interpessoal Adaptabilidade Gestão de
Stress 15
109
Relativamente à metacognição, apesar de não se verificarem diferenças
estatisticamente significativas na tabela 38, ocorre uma diminuição das médias tanto
para a metacognição global como para as suas dimensões, como representado na
figura 9. Esta diminuição geral de valores está de acordo com o esperado e indica,
mais uma vez, estar associada à estratégia da desinvestidura. A capacidade que os
indivíduos julgavam ter no âmbito da regulação da sua aprendizagem e execução de
tarefas, altera-se, e é natural que isso aconteça, pois este período de tempo é
caracterizado por uma série de dúvidas e questões, levando a uma certa
descredibilização dos próprios.
Tabela 38- Análise de diferenças de médias de Metacognição antes (1º momento) e depois (2º
momento) da entrada na AFA
t p
3,85 7,65
3,8
7,6
3,75
3,7 7,55
3,65
Planeamento Avaliação 7,5
110
A hipótese 6- na entrada para a AFA, a aplicação da tática da desinvestidura
provoca a diminuição da consciência metacognitiva dos novos membros- não se
confirma, dado que as diferenças encontradas não são estatisticamente
significativas. No entanto, as médias de metacognição dos novos membros
diminuem após a entrada para a AFA, verificando-se, por isso, uma tendência no
sentido da hipótese colocada.
Variáveis/Fatores 1 2 3 4 5 6 7 8
1. IE Global
2. Intrapessoal ,84**
3. Interpessoal ,71** ,54**
4. Adaptabilidade ,81** ,62** ,36**
5. Gestão de Stress ,79** ,52** ,37** ,58**
6. Metacognição Global ,40** ,28** ,26** ,43** ,29**
7. Planeamento ,48** ,43** ,22* ,53** ,33** ,79**
8. Avaliação ,24* ,10 ,22* ,24* ,18 ,89** ,42**
111
A hipótese 7- a IE e a metacognição estão positivamente correlacionadas- é
confirmada pelos resultados, visto que foram encontradas bastantes correlações
estatisticamente significativas entre os fatores de ambas as variáveis.
112
5 Discussão de Resultados
113
especialidades, com funções de risco no meio militar (Bar-On et al., 2006; Bar-On,
2010; Handley, 1997; Sindhuja et al., 2013).
114
presente investigação, demonstram que o sucesso vai para além da demonstração
de desempenho dos indivíduos, pois para aprender é preciso aprender como fazer
para aprender, que não basta fazer e saber, mas é preciso saber como se faz para
saber, e como se faz para fazer (Grangeat, 1999).
115
para prever as respostas dos outros. Este facto justifica o resultado significativo
obtido para a dimensão de gestão de stress da IE, uma vez que os indivíduos ao
serem sujeitos a situações novas e desafiantes, consciencializam-se de que a sua
capacidade de gerir e controlar as emoções não é tão boa como percecionavam
anteriormente.
116
6 Conclusões
117
nesta missão. Como tal, uma importante conclusão para esta fase, é que tanto a IE
como a metacognição, influenciam positivamente o desempenho em voo dos
indivíduos na terceira missão de voo e, consequentemente, a sua aptidão no ESV.
Na última fase de voo estudada, o tirocínio, não foi possível tirar conclusões
preponderantes, provavelmente devido à reduzida dimensão da amostra. Apesar
disso, a consciência metacognitiva dos alunos que terminaram a FBA é ligeiramente
superior aos restantes, e a dimensão do planeamento metacognitivo salientou-se na
análise, contudo, estes resultados não são conclusivos.
118
emoções não são desejáveis e que devem ser evitadas, principalmente no meio
militar (Taylor-Clark, 2015), elas desempenham um papel fundamental no cérebro
humano, afetando o pensamento e o comportamento dos indivíduos, e atuando na
execução de tarefas como a tomada de decisão e a distribuição de atenção
(Hamilton, 2008), cruciais no desempenho dos aviadores. Como tal, sugere-se a
realização de mais estudos, que aprofundem os resultados encontrados nesta
investigação, para que se possa otimizar a seleção e formação dos pilotos,
começando pela possível inclusão das competências de IE e metacognição na
avaliação psicológica do processo de seleção, como variáveis preditoras do
desempenho em voo dos indivíduos. A melhor forma de reduzir as taxas de
insucesso, tanto no ESV como no tirocínio, é através da otimização do processo de
seleção. Além disso, seria também fundamental, incluir estas competências na
formação dos aviadores.
119
Tendo em conta estas premissas, e o facto de os futuros líderes da FAP
serem oriundos da AFA, sugere-se a integração desta competência na instrução
militar dos alunos, de todas as especialidades, ab initio. Entre os diversos modelos
existentes na literatura, para a implementação e desenvolvimento da IE, no anexo L
apresenta-se um modelo adaptado ao contexto organizacional, passível de ser
aplicado na AFA. Dada a elevada associação da IE com a liderança, faria sentido
integrar esta competência na unidade curricular de Comando e Liderança,
ministrada na AFA.
120
O segundo objetivo específico, visava compreender de que forma a entrada
dos novos membros para o 1º ano, influencia as suas competências de IE e a sua
consciência metacognitiva. Esta análise longitudinal englobou apenas os alunos
PILAV, dado que a primeira medição foi efetuada no ESV. Descobriu-se que a tática
de desinvestidura a que são sujeitos, influencia negativamente os seus níveis de IE
e metacognição. Em particular para a IE, verificaram-se diferenças estatisticamente
significativas, indicando que a consciência que os alunos têm de si próprios, sobre o
seu comportamento emocionalmente e socialmente inteligente, é afetada,
diminuindo. Como referido no capítulo anterior, os novos alunos são submetidos a
uma série de desafios, nomeadamente do foro emocional e psicológico, que visam o
“despojamento” das características mais individuais, de forma a facilitar a aquisição
das regras e valores que estão em concordância com a organização a que querem
pertencer. Estas particularidades são próprias do processo de socialização aplicado
no contexto militar.
121
uma série de outros estudos, que podem vir a possibilitar o aumento do
conhecimento sobre esta temática.
A seleção e formação dos alunos PILAV, são processos nos quais a FAP
investe bastantes recursos humanos, materiais e financeiros, pelo que é de todo o
interesse reduzir a taxa de atrição no ESV e no tirocínio, por intermédio de uma
maior confiança na capacidade preditiva dos métodos e técnicas, utilizados na
avaliação e seleção dos indivíduos. A presente investigação e os seus objetivos
principais, foram elaborados com o intuito de dar resposta a esta necessidade da
organização, procurando contribuir para a melhoria dos processos de seleção e
formação dos aviadores.
122
Adicionalmente, e embora a amostra do estudo corresponda à totalidade de
candidatos que frequentaram o ESV de 2018, e à totalidade de alunos PILAV na
AFA à data da recolha de dados, seria ideal que estes números fossem superiores.
Principalmente porque a análise da influência das variáveis nos diferentes contextos
de voo existentes (ESV, AFA e tirocínio), obrigou a que a amostra fosse dividida em
grupos mais pequenos, correspondentes aos indivíduos que frequentam cada fase,
o que diminuiu ainda mais a capacidade de extrapolar resultados e, também, de
fortalecer os mesmos. Contudo, não faria sentido fazer a análise de outra forma,
dado que não seria coerente misturar indivíduos que se encontram em fases
diferentes da formação, e sob condições e critérios de avaliação bastante distintos.
123
6.4 Proposta para Estudos Futuros
124
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151
Anexo A
Fator Descrição
Relações Interpessoais e
Empatia, assertividade; bom ouvinte, sensível, flexível.
Trabalho em Equipa
A-1
Anexo B
OBJETIVO:
a. Referências:
− Aeródromo;
− Áreas de Trabalho;
− Referências no solo;
− Orientação;
− Demo de uma missão tipo;
-Familiarização
− Demo de circuito e aterragem;
B-1
a. Comandos:
− Eixos do Avião;
− Efeito e sentido de atuação dos
-Comandos
comandos;
− Desmarcação visual;
e. Circuito e aterragem.
-Revisões
a. Prática das manobras
C1-05
anteriormente aprendidas.
-Voltas apertadas
B-2
a. Revisão e práticas das
manobras anteriormente
aprendidas.
-Abandono do circuito
C1-06
b. Demonstração de abandono do
-Borrego
circuito.
c. Demonstração de borrego.
B-3
Anexo C
CONTACTO INICIAL (C1) C1-01 C1-02 C1-03 C1-04 C1-05 C1-06 C1-07
OPERAÇÕES NO SOLO 1 2 2 3 3 3 3
ROLAGEM 1 2 2 3 3 3 3
DESCOLAGEM 1 2 2 2 2 2 2
SAÍDA 1 2 2 2 2 2 2
LINHA DE VOO 1 2 2 3 3 3 3
VOLTAS 1 2 2 3 3 3 3
SUBIDAS 1 2 2 3 3 3 3
DESCIDAS 1 2 2 3 3 3 3
NIVELAR 1 2 2 3 3 3 3
PERDAS C/ MOTOR 1 2 2 2
CIRC. PERDAS 1 2 2 2
VOO LENTO C/ FLAPS 1 2 2 3 3 3
EX. COORDENAÇÃO 1 2 3 3 3 3
RECUP. PARA CIRCUITO 1 2 2 2 2 2 2
CIRCUITO NORMAL 1 2 2 2 2 2 2
ATERRAGEM 1 2 2 2 2 2 2
BREAKOUT 1 2
BORREGO 1 2
PROC. RÁDIO 1 2 2 2 2 2 2
COMPENSAÇÃO 1 2 2 2 2 2 2
VERIFICAÇÕES EM VOO 1 2 2 3 3 3 3
PLANEAMENTO EM VOO 1 2 2 2
AIRMANSHIP 1 2 2 2 2 2 2
CONHECIMENTOS GERAIS 2 3 3 3 3 3 3
PROC. DE EMERGÊNCIA 1 2 2 3 3 3 3
C-1
Anexo D
D-1
D-2
Figura D-1- Estrutura curricular e plano de estudos para a especialidade PILAV (1º ano ao 4º ano)
D-3
Anexo E
C1- C1- C1- C1- C1- C1- C1- C1- C1- C1- C1- C1- C1-
CONTACTO INICIAL (C1)
08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
OPERAÇÕES NO SOLO 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
ROLAGEM 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
DESCOLAGEM 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 4 4 4
SAÍDA 2 2 2 2 3 3 4
LINHA DE VOO 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
VOLTAS 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
SUBIDAS 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
DESCIDAS 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
NIVELAR 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
PERDAS C/ MOTOR 2 2 2 2 3 3 3
CIRC. PERDAS 2 2 2 2 3 3 4
VOO LENTO 1 2 2 2 3 3 4
RECUP. ATITUDES
1 2 2 2 3 3 4
ANORMAIS
EX. COORDENAÇÃO 3 3 3 3 3 3 4
OITO LENTO 1 2 2 2 2 3 3
CHANDELLE 1 2 2 2 2 3 3
RECUP. PARA CIRCUITO 2 2 2 2 3 3 4
CIRCUITO NORMAL 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 4 4 4
ATERRAGEM NORMAL 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
CIRCUITO S/ FLAPS 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
ATERRAGEM S/ FLAPS 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
BREAKOUT 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3
SAF 1 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3
BORREGO 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4
PROC. RÁDIO 2 2 2 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4
COMPENSAÇÃO 2 2 2 2 2 2 3 3 3 4 4 4 4
VERIFICAÇÕES EM VOO 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4
PLANEAMENTO EM VOO 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4
AIRMANSHIP 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4
CONHECIMENTOS GERAIS 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
PROC. DE EMERGÊNCIA 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
E-1
Tabela E-2- Sequência de missões de voo na AFA (C2)
C2- C2- C2- C2- C2- C2- C2- C2- C2- C2- C2- C2-
CONTACTO AVANÇADO (C2)
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
OPERAÇÕES NO SOLO 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
ROLAGEM 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
DESCOLAGEM 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
SAÍDA 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
LINHA DE VOO 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
VOLTAS 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
SUBIDAS 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
DESCIDAS 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
NIVELAR 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
PERDAS C/ MOTOR 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
CIRC. PERDAS 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
VOO LENTO 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
REC. ATITUDES ANORMAIS 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
EX. COORDENAÇÃO 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
OITO LENTO 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4
CHANDELLE 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4
TONNEAUX BARRILADO 1 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4
LOOPING 1 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4
TREVO 1 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3
REC. CIRCUITO 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4
CIRCUITO NORMAL 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
ATERRAGEM NORMAL 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4
CIRCUITO S/ FLAPS 2 2 2 3 3 3 3 3 3 4 4 4
ATERRAGEM S/ FLAPS 2 2 2 3 3 3 3 3 3 4 4 4
BREAKOUT 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
SAF 2 2 2 3 3 3 3 3 3 4 4 4
BORREGO 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
PROC. RÁDIO 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
COMPENSAÇÃO 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
VERIFICAÇÕES EM VOO 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
PLANEAMENTO EM VOO 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4
AIRMANSHIP 2 2 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4
CONHECIMENTOS GERAIS 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
PROC. DE EMERGÊNCIA 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
E-2
Tabela E-3- Sequência de missões de voo na AFA (N1)
NAVEGAÇÃO BAIXA (N1) N1-01 N1-02 N1-03 N1-04 N1-05 N1-06 N1-07
PLANEAMENTO DA MISSÃO 1 2 3 3 4 4 4
OPERAÇÕES NO SOLO 3 4 4 4 4 4 4
ROLAGEM 3 4 4 4 4 4 4
DESCOLAGEM 3 3 4 4 4 4 4
SAÍDA 1 2 2 3 3 4 4
CONTROLO BÁSICO 1 2 2 3 3 4 4
CONTROLO DA ROTA 1 2 2 3 3 4 4
CONTROLO DO TEMPO 1 2 2 3 3 4 4
RECONHECIMENTO PONTOS 1 2 2 3 3 4 4
ALTERAÇÃO ROTA 1 2 2 3 3
CÁLCULO DO COMBUSTÍVEL 1 2 2 3 3 4 4
PROCEDIMENTOS DE CHEGADA 1 2 2 3 3 4 4
CIRCUITO NORMAL 3 4 4 4 4 4 4
ATERRAGEM NORMAL 3 3 3 4 4 4 4
PROC. RÁDIO 3 3 3 4 4 4 4
COMPENSAÇÃO 3 4 4 4 4 4 4
VERIFICAÇÕES EM VOO 3 3 4 4 4 4 4
PLANEAMENTO EM VOO 3 3 3 4 4 4 4
AIRMANSHIP 2 2 3 3 3 4 4
CONHECIMENTOS GERAIS 2 3 3 3 4 4 4
PROC. DE EMERGÊNCIA 2 3 3 3 4 4 4
E-3
Tabela E-4- Sequência de missões de voo na AFA (F1)
FORMAÇÃO (F1) F1-01 F1-02 F1-03 F1-04 F1-05 F1-06 F1-07 F1-08
DESCOLAGEM C/ INTERVALO 1 2 2 3 3 3 4 4
DESCOLAGEM EM FORMAÇÃO 1 2 2 2 2 3 3 3
SAÍDA/SUBIDA/NIVELAR 1 2 2 3 3 3 4 4
ROTURA 1 2 2 3 3 3 4 4
REUNIÃO 1 2 2 3 3 3 4 4
COLUNA CERRADA 1 2 2 2 2 3 3 3
COLUNA AFASTADA 1 2 2 2 3 3
RECUPERAÇÃO 1 2 2 3 3 3 4 4
CONSIDERAÇÃO PELO ASA 1 2 2 2 3 3 4 4
DESCOLAGEM INTERVALO 1 2 2 3 3 3 4 4
DESCOLAGEM EM FORMAÇÃO 1 2 2 2 2 3 4 4
FINGERTIP 1 2 2 3 3 3 4 4
ROUTE 1 2 2 3 3 3 3 3
MUDANÇA ASA 1 2 2 3 3 3 4 4
ROTURA 1 2 2 3 3 3 4 4
REUNIÃO 1 2 2 3 3 3 4 4
ECHELON 1 2 2 2 2 3 3 3
COLUNA CERRADA 1 2 2 2 2 3 3 3
COLUNA AFASTADA 1 2 2 2 3 3
BREAKOUT 1 2 2 3 3 3 4 4
OVERSHOOT 1 2 2 3 3 3 4 4
PLANEAMENTO DA MISSÃO 1 2 3 3 3 3 4 4
OPERAÇÕES NO SOLO 1 2 3 3 4 4 4 4
SINAIS VISUAIS 1 2 2 3 3 3 4 4
CIRCUITO NORMAL 1 2 3 3 3 3 4 4
ATERRAGEM NORMAL 1 2 3 3 3 3 4 4
PROC. RÁDIO 1 2 2 3 3 3 4 4
VERIFICAÇÕES EM VOO 1 2 2 3 3 3 4 4
PLANEAMENTO EM VOO 1 2 2 3 3 3 4 4
AIRMANSHIP 1 2 2 3 3 3 4 4
CONHECIMENTOS GERAIS 2 3 3 4 4 4 4 4
PROC. DE EMERGÊNCIA 2 3 3 3 3 4 4 4
E-4
Anexo F
F-1
Figura F-2- Sequência de missões de simulador na FBA (SB1)
F-2
Figura F-3- Sequência de missões de voo na FBA (B2)
F-3
Figura F-4- Sequência de missões de simulador na FBA (SB2)
F-4
Figura F-5- Sequência de missões de voo na FBA (B3)
F-5
Figura F-6- Sequência de missões de simulador na FBA (SB3)
F-6
Figura F-7- Sequência de missões de voo na FBA (B4)
F-7
Figura F-8- Sequência de missões de simulador na FBA (SB4)
F-8
Figura F-9- Sequência de missões de voo e simulador na FBA (B5 e SB5)
F-9
Figura F-10- Sequência de missões de voo e simulador na FBA (B5 e SB5)
F-10
Anexo G
G-1
Anexo H
Questionário
Vai realizar dois conjuntos de perguntas, em que pretendemos conhecer como reage a diferentes
situações em termos gerais. Não existem respostas certas ou erradas. Responda de acordo com o que sente e
pensa na maioria das vezes.
A informação recolhida será tratada de forma confidencial, sendo unicamente utilizada para efeitos
deste estudo e o tratamento dos dados será efetuado juntando as respostas por grandes grupos de alunos (por
ex., Pilotos Aviadores de um determinado curso), garantindo-se assim o anonimato das informações.
Tarefas e Emoções
H-1
H-2
H-3
H-4
H-5
H-6
H-7
H-8
H-9
H-10
H-11
H-12
H-13
H-14
H-15
H-16
H-17
H-18
H-19
H-20
H-21
H-22
H-23
H-24
H-25
H-26
H-27
H-28
H-29
H-30
H-31
H-32
H-33
H-34
Cognições e Metacognição
H-35
H-36
H-37
H-38
Dados Demográficos
H-39
Questionário aplicado no ESV:
H-40
Anexo I
I-1
Anexo J
Tabela J-1- Correlações entre a IE e o Desempenho em Voo para os candidatos aptos no ESV
Classificação Classificação
C1-01 C1-02 C1-03 C1-04 C1-05 C1-06
Teste Escrito de Voo
Gestão de Stress ,05 -,07 ,01 ,47 ,14 -,08 -,39 ,06
Tabela J-2- Correlações entre a Metacognição e o Desempenho em Voo para os candidatos aptos no
ESV
Classificação Classificação
C1-01 C1-02 C1-03 C1-04 C1-05 C1-06
Teste Escrito de Voo
Metacognição Global ,08 ,02 ,28 ,48* ,00 ,30 -,06 ,31
J-1
Anexo K
Tabela K-1- Correlações entre a Metacognição e o Desempenho em Voo para o 2º ano da AFA
C1 C2 N1 F1 Classificação de Voo
Tabela K-2- Correlações entre a Metacognição e o Desempenho em Voo para o 6º ano da AFA
C1 C2 N1 F1 Classificação de Voo
K-1
Anexo L
L-1