Instalações Elétricasvolume 3
Instalações Elétricasvolume 3
Instalações Elétricasvolume 3
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
VOLUME 3
SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
VOLUME 3
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
VOLUME 3
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da
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Lista de ilustrações
Figura 1 - Disjuntores.......................................................................................................................................................18
Figura 2 - Disjuntor térmico .........................................................................................................................................19
Figura 3 - Partes do disjuntor - vista lateral interna..............................................................................................19
Figura 4 - Disjuntores.......................................................................................................................................................20
Figura 5 - Disjuntor motor.............................................................................................................................................21
Figura 6 - Disjuntor diferencial residual bipolar e tetrapolar............................................................................22
Figura 7 - Disjuntor DR....................................................................................................................................................22
Figura 8 - Disjuntor DR bipolar e tetrapolar............................................................................................................23
Figura 9 - Fusível tipo rolha com base.......................................................................................................................24
Figura 10 - Fusível cartucho e base............................................................................................................................25
Figura 11 - Fusível tipo D com seus componentes ..............................................................................................26
Figura 12 - Fusível NH e seus componentes............................................................................................................27
Figura 13 - Dispositivo de proteção contra furto..................................................................................................31
Figura 14 - DPS monofásico..........................................................................................................................................32
Figura 15 - Esquema de ligação de DPS....................................................................................................................35
Figura 16 - DPS próximo ao medidor.........................................................................................................................37
Figura 17 - DPS próximo ao quadro de distribuição............................................................................................37
Figura 18 - Equipamento sem aterramento............................................................................................................41
Figura 19 - Equipamento com aterramento............................................................................................................42
Figura 20 - Malha de aterramento..............................................................................................................................44
Figura 21 - Aterramento com neutro e proteção juntos.....................................................................................45
Figura 22 - Esquema TN-S..............................................................................................................................................47
Figura 23 - Esquema TN-C..............................................................................................................................................47
Figura 24 - Esquema TN-C-S..........................................................................................................................................47
Figura 25 - Esquema TT...................................................................................................................................................48
Figura 26 - Esquema IT....................................................................................................................................................49
Figura 27 - Haste de aço de cobre...............................................................................................................................50
Figura 28 - Ligação aterramento com haste...........................................................................................................50
Figura 29 - Malha...............................................................................................................................................................51
Figura 30 - Estrutura metálica e aterramento.........................................................................................................52
Figura 31 - Inspeção.........................................................................................................................................................58
Figura 32 - Choque de mão a mão.............................................................................................................................60
Figura 33 - Efeitos da corrente elétrica......................................................................................................................61
Figura 34 - Planejamento de atividade.....................................................................................................................64
Figura 35 - Análise preliminar de risco......................................................................................................................65
Figura 36 - Má postura do eletricista........................................................................................................................66
Figura 37 - Equipamentos para carga........................................................................................................................67
Figura 38 - Levantamento de carga............................................................................................................................67
Figura 39 - EPI’s básicos...................................................................................................................................................69
Figura 40 - EPI - Equipamento de proteção individual........................................................................................70
Figura 41 - Capacete........................................................................................................................................................71
Figura 42 - Óculos de segurança................................................................................................................................72
Figura 43 - Luvas................................................................................................................................................................73
Figura 44 - Escada.............................................................................................................................................................74
Figura 45 - Cinto de paraquedista...............................................................................................................................75
Figura 46 - Proteção dos pés.........................................................................................................................................76
Figura 47 - Meio ambiente.............................................................................................................................................81
Figura 48 - Descarte de resíduos.................................................................................................................................83
Figura 49 - Hidrelétrica e mineração..........................................................................................................................84
Figura 50 - Emissão de poluentes urbanos..............................................................................................................85
Figura 51 - Atividade agrícola.......................................................................................................................................86
5 Segurança do trabalho.................................................................................................................................................57
5.1 Prevenção de acidentes.............................................................................................................................58
5.2 Causa de acidentes......................................................................................................................................61
5.3 Análise preliminar de risco........................................................................................................................63
5.4 Ergonomia......................................................................................................................................................65
5.5 Equipamentos de proteção individual e coletivo (EPI e EPC)......................................................68
6 Meio ambiente.................................................................................................................................................................81
6.1 Gestão ambiental.........................................................................................................................................82
6.2 Descarte de resíduos...................................................................................................................................82
6.3 Impactos ambientais...................................................................................................................................84
6.3.1 Três tipos de impactos ambientais......................................................................................84
6.4 Normalização.................................................................................................................................................86
Referências
Minicurrículo do autor
Índice
Introdução
CAPACIDADES TÉCNICAS:
a) manusear instrumentos e ferramentas típicas da área de instalações elétricas de baixa
tensão residenciais;
b) utilizar equipamentos de proteção individual;
c) descartar materiais de acordo com normas ambientais;
d) transportar materiais, considerando normas de segurança, de saúde e recomendações
do fabricante;
e) locar as instalações elétricas a serem executadas;
f) realizar manutenção em instalações elétricas residenciais.
ELETRICISTA INSTALADOR RESIDENCIAL
14
Anotações:
Proteção das instalações elétricas
Proteção é um dos itens mais importantes numa instalação elétrica, pois seu principal ob-
jetivo é garantir que os equipamentos existentes funcionem dentro dos padrões determina-
dos pelo fabricante, e que a instalação esteja preparada para qualquer anormalidade que por
ventura possa acontecer. Existem dispositivos para diversas possíveis anormalidades. Cabe ao
projetista identificá-las e dimensioná-las, e ao eletricista conhecer suas características e saber
montá-las.
Todos os condutores vivos de um circuito devem ser protegidos contra as sobrecargas e
os curtos-circuitos, por um ou mais dispositivos de proteção que promovam sua interrupção
quando ocorre uma dessas condições anormais.
ELETRICISTA INSTALADOR RESIDENCIAL
18
Figura 1 - Disjuntores
Fonte: SENAI, 2013.
Figura 4 - Disjuntores
Fonte: SENAI, 2013.
Figura 7 - Disjuntor DR
Fonte: SENAI, 2013.
2 PROTEÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
23
Indicado como meio de proteção contra contatos diretos e indiretos pela nor-
ma brasileira (NBR 5410). Pelo seu alto desempenho mecânico, pode ser usado
como chave geral do quadro elétrico. Outros modelos de menor capacidade de
corrente são adequados para proteção de áreas específicas, tais como: quartos
de crianças, cozinhas, lavanderias, garagens e áreas úmidas em geral, pois atuam
em até 30 milissegundos, com uma corrente de fuga máxima de 30 miliampéres.
2.3 FUSÍVEIS
Em condições normais, faz com que o circuito onde está instalado opere nor-
malmente, sem qualquer interferência em suas características. Mas, quando há
elevação do valor da corrente nominal de funcionamento, ocorre um aumento
rápido de temperatura no seu elemento fusível até que ocorra a sua fusão, seccio-
nando o circuito após determinado tempo. Existem diversos tipos de fusíveis, po-
rém apresentaremos os mais usados em instalações residenciais a partir de agora.
São fusíveis de baixa tensão onde um dos contatos é uma peça roscada, que
se fixa na parte roscada da base, da mesma forma que uma lâmpada roscada no
soquete. A norma que certifica estes tipos de fusíveis é a NBR 5113, NBR 5117 e a
NBR 6280.
Este fusível entrou em desuso por conta das mudanças dos padrões de ali-
mentação de entradas das residências. Atualmente, é muito difícil encontrar no
mercado.
O maior motivador para este tipo de fusível deixar de ser usado é a segurança,
pois as partes vivas, ou seja, partes energizadas ficam expostas, o que permite um
contato acidental.
2 PROTEÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
25
É um fusível de baixa tensão feito com material isolante, o mais comum pape-
lão, com contatos nas extremidades sendo metálica. Normalmente, utilizado em
circuitos de iluminação e força. Tem como capacidade de corrente valores que
variam de 10 a 100 ampéres e como tensão máxima de trabalho de 250 Volts.
O fusível diametral, que teve seu nome popularizado como diazed, é um dis-
positivo que pode ser de ação rápida ou ação retardada. Os de ação rápida, usa-
dos para iluminação e carga resistivas, atuam com valores abaixo de décimos de
segundo. Enquanto que os de ação retardada servem para proteger motores, por
causa da elevação da corrente dos mesmos na hora da partida.
ELETRICISTA INSTALADOR RESIDENCIAL
26
Os fusíveis tipos D – Diazed são usados em larga escala e os mais usados popu-
larmente. Estes fusíveis veem acompanhados de diversos acessórios como:
a) base – serve para fixar o fusível no quadro ou painel;
b) parafuso de ajuste – tem como principal objetivo impedir que, ao serem
substituídos, sejam colocados fusíveis de valores maiores. existem vários ta-
manhos e cores que são correlacionados com a corrente nominal;
c) anel – evita o contato acidental do eletricista com partes metálicas;
d) tampa – tem o objetivo de fixar o fusível na base, possui parte visível para
identificar quando a queima;
e) extrator do parafuso de ajuste – este dispositivo tem o objetivo de permitir
a retirada do parafuso sem risco de choque.
Os fusíveis tipo NH são muito parecidos aos Diazed. A diferença existe apenas
na capacidade de corrente e encapsulamento. Esta capacidade de corrente varia
de 6 a 1000 ampéres, ou seja, bem maior que o Diazed.
2 PROTEÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
27
CASOS E RELATOS
De acordo com Sr. José, a proteção da instalação é um dos itens mais im-
portantes, e que o serviço não poderia ser apenas uma troca de fusíveis
por disjuntores termomagnéticos. Teria que instalar um DR, que protege
as pessoas contra choque, um DPS, que protege a instalação contra surtos
elétricos e o fusível teria que ser substituído por um disjuntor que garanti-
ria proteção não só contra curto circuito, mas também contra sobrecarga.
RECAPITULANDO
Anotações:
Dispositivos de proteção
contra surtos
O Brasil é um país que a incidência de descargas atmosféricas, ou seja, raios, é muito grande,
acarretando constantes prejuízos a equipamentos e aparelhos elétricos e eletrônicos. Mesmo
com a existência de proteção dos para-raios, a queda de um deles gera um campo eletromag-
nético que se espalha por toda área, principalmente pelas redes elétricas. A rede de distribui-
ção de energia elétrica de uma cidade ao ser atingida por essa descarga acaba produzindo
uma rápida elevação de tensão, ou sobretensão transitória, também chamado de “surtos”.
O DPS é um Dispositivo de Proteção contra Surtos elétricos, picos de tensão e descargas
elétricas causadas por raios. Pode ser instalado próximo do quadro do medidor de energia da
concessionária, na entrada da residência ou no quadro intermediário de distribuição parcial da
residência. Esta instalação é feita normalmente nas áreas de serviço ou cozinhas, dependendo
das suas características.
Os DPS devem atender as Normas Técnicas e são selecionados com base nas
seguintes características:
a) níveis de proteção - É o maior valor de tensão apresentado pelo DPS entre
seus terminais durante atuação, sem provocar prejuízos. Logo, é tensão que
ele “deixa passar”;
b) máxima tensão (Uc) de operação contínua - É o maior valor de tensão que
pode ser aplicado ao DPS, em regime contínuo, sem atuar. A NBR 5410 es-
tabelece que o valor de Uc deva ser maior do que a tensão nominal de ins-
talação;
c) suportabilidade a sobretensões temporárias - É o valor máximo de tensão
que o DPS é capaz de interromper, sem causar prejuízo;
d) corrente nominal (In) de descarga e/ou corrente de impulso - Válida apenas
DPS classe II, e também serve para indicar a vida útil em função da quanti-
dade de surtos que ele deve suportar com esse valor de corrente nominal;
e) suportabilidade à corrente de curto-circuito - É o valor máximo da corrente
de curto -circuito que o DPS é capaz de interromper, sem dano para a insta-
lação.
3 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS
33
O DPS limita o surto elétrico a uma tensão residual. Porém, nem todas as ins-
talações residências utilizam o Sistema de Proteção para Descargas Atmosféricas
(SDPA). Dessa forma, tem-se uma proteção média com um DPS classe II, as quais
estão especificadas até 20kA para proteção contra sobretensões. Os DPS`s classe
II são dimensionados para proteção contra os efeitos das descargas indiretas. São
mais utilizados em residências, na proteção de descargas indiretas. Portanto, nes-
te caso, o DPS deve ser instalado no Ramal de Entrada de energia e/ou no Quadro
de Distribuição Primária.
Os DPS especificados para o Ramal de Entrada de Energia de cada imóvel de-
vem ser trifásicos da Classe I e com Categoria de suportabilidade de surto IV.
Para instalações com carga superior a 75kW, ou seja, quando existe uma uni-
dade transformadora na instalação, não serão abordados neste módulo, pois,
nosso objetivo é instalação residencial.
Deve-se considerar também o esquema de aterramento utilizado na instala-
ção, pois pode alterar a especificação do DPS:
Nota
a) a ligação ao BEP (barramento de equipotencialização principal) ou à barra
PE depende de onde, exatamente, os DPS serão instalados e de como o BEP
é implementado, na prática. Assim, a ligação será no BEP quando:
- o BEP se situar adiante do quadro de distribuição principal (com o BEP
localizado, como deve ser, nas proximidades imediatas do ponto de en-
trada da linha na edificação) e os DPS forem instalados então junto do
BEP, e não no quadro;
- os DPS forem instalados no quadro de distribuição principal da edifica-
ção e a barra PE do quadro acumular a função de BEP.
b) por consequência, a ligação será na barra PE, propriamente dita, quando os
DPS forem instalados no quadro de distribuição e a barra PE do quadro não
acumular a função de BEP;
c) a hipótese configura um esquema que entra TN C e que prossegue instala-
ção adentro TN C, ou que entra TN C e em seguida passa a TN S (aliás, como
requer a regra geral de 5.4.3.6). O neutro de entrada, necessariamente PEN,
deve ser aterrado no BEP, direta ou indiretamente. A passagem do esquema
TN C a TN S, com a separação do condutor PEN de chegada em condutor
neutro e condutor PE, seria feita no quadro de distribuição principal (global-
mente, o esquema é TN-C-S);
d) a hipótese configura três possibilidades de esquema de aterramento: TT
(com neutro), IT com neutro e linha que entra na edificação já em esquema
TN S.
Há situações em que um dos dois esquemas se torna obrigatório, como a do
caso relacionado na alínea b) de 6.3.5.2.6 que trata da Proteção contra choques
elétricos e compatibilidade entre os DPS e dispositivos DR. (ABNT, 2004).
Os modelos de DPS para uso em área urbanas em instalações predial, normal-
mente são de 10 a 40 kA x 200 a 400 volts, ou seja, desviam pelo aterramento os
picos de tensão a partir de 200 volts e possuem a capacidade de corrente elétrica
de 10.000 a 40.000 amperes. Se a corrente eletrica máxima for ultrapassada, ele
será destruído e deverá ser substituído por um novo.
Nas figuras 16 e 17, são apresentados como exemplo a instalação do DPS no
medidor geral e o outro no quadro parcial.
3 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS
37
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
2 IMPEDÂNCIA: Neste esquema, observa-se que apenas uma massa está com o condutor PE
separado do neutro. Consequentemente, o esquema TN-C-S é uma combinação
É a medida da capacidade
de um circuito de resistir ao dos dois esquemas mostrados anteriormente.
fluxo da corrente elétrica
quando se aplica uma a) esquema terra neutro – TT
tensão nos seus terminais.
O percurso da corrente de falta fase-massa inclui a terra, como mostra a figura.
É, portanto, um percurso de resistência alta. As massas podem ser aterradas indi-
vidualmente ou por grupos.
3 CAPACITÂNCIA:
O esquema TT com eletrodos de aterramento independentes é mais comum
É a grandeza elétrica de em áreas rurais, por conta das distâncias entre a rede ou a entrada de energia até
um capacitor, determinada
pela quantidade de energia o consumo.
que armazenada em uma
determinada tensão e
quantidade de corrente que
o atravessa o circuito.
Figura 25 - Esquema TT
Fonte: ABNT NBR 5410, 2004.
b) esquema IT
A alimentação pode apresentar esquemas de aterramento isoladas da terra ou
aterradas através de uma impedância2. As massas, por sua vez, individualmente,
por grupos ou coletivamente, podem estar aterradas em eletrodo ou, no caso da
alimentação aterrada por impedância, sendo conectada ao eletrodo de aterra-
mento da alimentação.
Independente da situação, a corrente de uma primeira falta fase-massa, que
expõe o usuário ao risco de choque ou a um curto-circuito , apresenta um va-
lor limitado, visto que seu percurso se fecha através da capacitância3 do circuito
em relação à terra ou, eventualmente, através da impedância por meio da qual é
aterrada a alimentação. Este tipo de aterramento normalmente é usado em ins-
talações de maior porte, não sendo nosso caso, onde o universo são residências.
4 LIGAÇÃO À TERRA (ATERRAMENTO)
49
Figura 26 - Esquema IT
Fonte: ABNT NBR 5410, 2004.
c) resistividade do solo
O tipo de solo, ou seja, arenoso, calcário, argiloso e outros não deve ser descon-
siderado porque tem influência direta quanto às especificações do aterramento.
Neste caso, os eletrodos de aterramento ficarão imersos no solo e suas proprieda-
des elétricas serão determinantes para o dimensionamento dos eletrodos. O fator
primordial para ser considerado um bom aterramento é a capacidade de condu-
ção de corrente elétrica, portanto deve-se considerar a resistividade do solo.
Chegar aos valores de resistência do solo demanda uma atividade especifica
feito por profissional especializado, pois exige ensaios elétricos para a sua deter-
minação.
As características químicas do solo (teor de água, quantidade de sais, etc) in-
fluenciam diretamente sobre o modo como escolhemos o eletrodo de aterramen-
to. Os eletrodos mais utilizados na prática são: hastes de aterramento, malhas de
aterramento e estruturas metálicas das fundações de concreto.
d) haste de aterramento
A haste pode ser encontrada em vários tamanhos e diâmetros. O mais comum
é a haste de 2,40 m por 1/2 polegada de diâmetro. Quando não se consegue
uma boa resistência de terra (menor que 10 Ω), agrupamos mais de uma barra
em paralelo ou em linha. Dessa forma, emenda-se outra haste até alcançar o va-
lor desejado de resistência. Podemos encontrar no mercado dois tipos básicos:
Copperweld (haste com alma de aço revestida de cobre) e Cantoneira (trata-se de
uma cantoneira de ferro zincada ou de alumínio).
e) malhas de aterramento
A malha de aterramento é indicada para locais cujo solo oferece dificuldades
em inserir haste, e/ou precisa-se de uma área maior para o escoamento de corren-
tes de fuga. O eletrodo de aterramento é instalado antes da montagem do prédio,
e se amplia por boa parte da área da construção. A malha de aterramento é feita
de cobre, e sua “janela de visita”, ou seja, um ponto de visualização de conexões
previsto em projeto para inspeção.
Figura 29 - Malha
Fonte: SENAI, 2013. (Adaptado).
f) estruturas metálicas
Algumas instalações usam as ferragens da estrutura da construção como ele-
trodo de aterramento elétrico. Neste caso, deve-se observar alguns itens, qual-
quer que seja o eletrodo de aterramento (haste, malha ou ferragens da estrutura).
Ele deve ter as seguintes características gerais:
ELETRICISTA INSTALADOR RESIDENCIAL
52
CASOS E RELATOS
Um bom aterramento
Na residência de Joélio quando houve a queima de vários equipamentos,
foi instruído pelo eletricista que necessitaria de um aterramento. Joélio
acreditou que bastaria enfiar uma haste no chão e estaria resolvido o pro-
blema. Contudo, o eletricista explicou a ele que não era bem assim, pois o
caminho que o aterramento tem que oferecer para a terra tem obrigatoria-
mente que ser o mais próximo de zero possível, senão , quando ele tocar
num equipamento e a resistência de seu corpo for menor que o caminho
que a corrente de fuga vai à terra, ele poderá tomar um choque.
Para isso, existem vários itens a ser analisados: o solo, os condutores, a
quantidade de hastes, a distância entre o equipamento e a malha, ou haste.
Avaliando todos estes critérios, aí sim terá um aterramento satisfatório, ou
seja, o senhor estará protegido, disse o eletricista a Joélio.
- Sendo estes os critérios que garantirão minha segurança, vamos começar.
Disse Joélio.
ELETRICISTA INSTALADOR RESIDENCIAL
54
RECAPITULANDO
Anotações:
Segurança do trabalho
Com os atuais níveis de acidentes de trabalho no Brasil, o governo tem melhorado os pro-
cessos de fiscalização e, com isso, exigindo dos empregadores melhores condições de traba-
lho. Por sua vez, os empregadores buscam trabalhadores mais conscientes e responsáveis com
relação ao desenvolvimento das atividades. Esta atenção passa primeiro, pelo fornecimento de
equipamentos eficientes, por parte dos empregadores e, em segundo, o uso correto dos equi-
pamentos de proteção individual e coletivo, os EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual
e EPC’s – Equipamentos de Proteção Coletiva por parte dos trabalhadores, além dos procedi-
mentos que devem ser obedecidos.
ELETRICISTA INSTALADOR RESIDENCIAL
58
Figura 31 - Inspeção
Fonte: SENAI, 2013.
–– Queimaduras
No decorrer da passagem da corrente elétrica pelo corpo humano, pode ocor-
rer queimaduras.Tais queimaduras, a depender do tempo de exposição e valor da
corrente, podem ser de primeiro, segundo e terceiro graus. Na de primeiro grau,
surge apenas uma vermelhidão. Nas queimaduras de segundo grau o estrago já é
maior, nota-se o aparecimento de bolhas. Na de terceiro grau, os efeitos são mais
danosos: queimaduras nas partes inferiores da epiderme e, no local do contato da
corrente, queimaduras ainda mais severas.
–– Fibrilação ventricular
O coração é um músculo que tem dois movimentos: sístole e diástole. Se uma
corrente elétrica passa por esse órgão, cria um descompasso nesses movimen-
tos (contrações involuntárias), isso chama-se fibrilação ventricular. Se o ritmo de
bombeamento de sangue é afetado, a pessoa pode morrer.
É muito difícil salvar pessoas que tiveram fibrilação ventricular. O tempo de
socorro e o equipamento específico (desfribilador) pode fazer a diferença.
Abaixo, temos uma figura com os efeitos da corrente elétrica de acordo com o
tempo de exposição, neste caso, tempo medido em milissegundos e corrente elé-
trica em miliamperes. Deve-se ter em mente que tais valores não são tão precisos
e que outros fatores, como peso, local em que tomou o choque, umidade relativa
do ar, podem agravar ainda mais os efeitos. Para facilitar a análise da corrente de
choque em função do tempo a figura, foi divida em áreas/zonas.
5 SEGURANÇA DO TRABALHO
61
Diversos fatores podem contribuir para a causa de acidentes, que vão de fato-
res emocionais, pessoais ou mesmo fatores de trabalho. Cabe ao trabalhador, ao
desenvolver suas atividades, seguir as regras estabelecidas pela organização, ou
pelo fabricante do equipamento, quando necessário. Na ausência deles, o execu-
tante deve observar e analisar todos os riscos que envolvem cada uma das etapas
das atividades e definir controles. Assim evitará consequências danosas tanto fí-
sicas como materiais.
ELETRICISTA INSTALADOR RESIDENCIAL
62
Certas situações que podem causar prejuízos são instalação de novos equi-
pamentos elétricos que podem causar aquecimento excessivo nos condutores
elétricos, além de aumentar consumo de energia, resultando em curtos-circuitos
e incêndios.
Em ligações bifásicas ou trifásicas, o acréscimo de equipamentos causa dese-
quilíbrio nas fases, ocorrendo desligamentos ou queima de disjuntores, aqueci-
mento de fios ou mau funcionamento dos equipamentos. Dessa forma, algumas
providências devem ser tomadas:
a) verificar fios ou condutores de qualidade duvidosa que podem prejudicar
a passagem da corrente elétrica, aquecer e provocar o desgaste da isolação;
b) observar no manual do aparelho ou na placa de identificação, a tensão e a
potência dos eletrodomésticos a serem instalados. Quanto maior a potência
do eletrodoméstico, maior o consumo;
c) quando um fusível queimar, desligar a chave geral e trocar o fusível danifi-
cado por um novo, de igual amperagem. Porém, somente após ter certeza
da identificação do problema. Fusíveis são dispositivos de proteção contra
curto-circuito na instalação elétrica;
d) substituir os dispositivos de proteção da residência, se ainda forem do tipo
chave-faca, fusíveis cartucho ou rolha, por disjuntores, é mais seguro;
e) só usar fusíveis com valor bem dimensionado;
f) não utilizar o fio neutro nos interruptores e fusíveis;
g) colocar todos os fios da instalação dentro do eletroduto, evitando que pes-
soas tenham contato com o mesmo;
h) não fazer emendas dentro de eletrodutos;
i) as tomadas e equipamentos também devem ser levados a sério no quesito
segurança. Pois, é na ligação de equipamentos em tomadas que ocorrem
muitos acidentes.
Estes pontos em uma instalação elétrica são constantemente manuseados por
qualquer pessoa, não havendo necessidade de treinamento ou cursos específi-
cos. Contudo eles devem estar em condições adequadas de uso pra com isso evi-
tar acidentes. As recomendações seguintes são de bastante relevância para evitar
acidentes com eletricidade:
a) não usar os famosos plugs elétricos tipo “T” (benjamins) conectando diver-
sos aparelhos. Pois a corrente elétrica ficará acima do que a fiação suporta, e
irá sofrer um aquecimento até queimar, provocando um curto-circuito, que
poderá causar um princípio de incêndio;
b) evitar jogar água próxima à tomada;
5 SEGURANÇA DO TRABALHO
63
5.4 ERGONOMIA
Figura 41 - Capacete
Fonte: SENAI, 2013. (Adaptado).
–– Luvas de couro
Em qualquer atividade, as mãos contribuem para o desenvolvimento de tare-
fas de maneira mais habilidosa. Apesar de grande importância que as mãos repre-
sentam no desenvolvimento do trabalho e das nossas necessidades individuais,
as pessoas não atentam para os cuidados que devem ter com as mãos.
Figura 43 - Luvas
Fonte: SENAI, 2013.
Figura 44 - Escada
Fonte: SENAI, 2013.
5 SEGURANÇA DO TRABALHO
75
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Meio ambiente
Existem diversas razões pelas quais temos a obrigação de preservar o planeta. O principal
motivo é que vivemos nele. Esse imenso planeta é a nossa residência e de todos que vivem
nele. Somos uma grande família e para que as coisas funcionem bem é importante a contri-
buição e o comprometimento das pessoas. Portanto, devemos deixar tudo em ordem. Se cada
pessoa que compõe esta grande residência fizer sua parte, por menor que seja, na sua rua,
seu bairro, sua cidade, será muito mais fácil conviver! A falta de responsabilidade de muitas
pessoas na produção e descarte do lixo é um exemplo de irresponsabilidade, além da usura
de muitos, que buscam lucrar às custa da poluição das águas, ar e solo. Em muitos dos casos,
contam com a ignorância de pessoas comuns, que por falta de conhecimento exploram a na-
tureza de forma não sustentável. Dessa forma, existem muitos motivos pelos quais as pessoas,
individualmente, precisam entender a importância de proteger o planeta. A responsabilidade
de cuidar do meio ambiente é de quem vive nele e é por meio de pequenas atitudes, em casa,
na rua, na escola ou no trabalho, que poderemos garantir um futuro melhor e sustentável.
Impacto ambiental refere-se não só a danos na natureza, mas toda aquela ação
que causa um prejuízo ao meio em que vivemos. Segundo a legislação brasileira,
impacto ambiental é:
6.4 NORMALIZAÇÃO
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão.
Rio de Janeiro: ABNT, 2004. Versão Corrigida: 2008.
BOTKIN, Daniel B.; KELLER, Edward A. Ciência ambiental: terra, um planeta vivo. Tradução Francisco
Vecchia e José de Oliveira. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
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MINICURRÍCULO DO AUTOR
C
Capacitância 48
I
Impedância 42, 48
S
Seccionamento automático da alimentação 46
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Marcelle Minho
Coordenação Educacional
André Costa
Coordenação de Produção
FabriCO
Ilustrações
i-Comunicação
Projeto Gráfico