TCC Pronto

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 47

FACULDADE SANTA RITA DE CÁSSIA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
KEILLANY SANTOS DA SILVA

EMPREENDEDORISMO FEMININO: uma análise do perfil


empreendedor e as dificuldades enfrentadas por mulheres à frente de um
pequeno negócio

ITUMBIARA-GO
2012
KEILLANY SANTOS DA SILVA

EMPREENDEDORISMO FEMININO: uma análise do perfil


empreendedor e as dificuldades enfrentadas por mulheres à frente de um
pequeno negócio

Monografia apresentada à Faculdade Santa Rita de


Cássia-IFASC, como quesito parcial para a obtenção
do título de Bacharel em Administração, Curso de
Administração

Orientador: Prof. Esp. Álisson Gonçalves Martins

ITUMBIARA-GO
2012
KEILLANY SANTOS DA SILVA

EMPREENDEDORISMO FEMININO: uma análise do perfil


empreendedor e as dificuldades enfrentadas por mulheres à frente de um
pequeno negócio

Monografia apresentada à Faculdade Santa Rita de


Cássia - IFASC, como quesito parcial para a
obtenção do título de Bacharel em Administração,
Curso de Administração

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Orientador
Prof. Esp. Álisson Gonçalves Martins

_________________________________________________
Prof. Esp. Acrízio Nunes de Almeida Sobrinho

_________________________________________________
Profª. Ma. Nívia Chaves Ribeiro

Itumbiara, 05 de dezembro de 2012.


À minha família
que sempre me apoiou em todas as decisões da minha vida.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, autor e consumador de todas as coisas, e a base principal


que sustenta a minha vida com tanto amor mesmo eu não merecendo, o qual sem a sua
permissão não chegaria até aqui.

Aos meus pais, Luiz Ribeiro e Daraci de Jesus, que sempre foram os meus maiores
exemplos de força, dedicação e persistência, que sempre me encorajaram a prosseguir sem
olhar as dificuldades que estariam pela frente. Vocês são demais.

As minhas irmãs, Keezia Cris e Keylla Santos, pelo carinho sempre dedicado a mim e por
me fazerem rir das dificuldades me dando mais força para vencer-las.

A todos os pastores que fizeram e fazem parte da minha vida, os quais me ensinaram o
quanto Deus me ama e se importa com a minha evolução em todas as áreas.

A todos os meus colegas de sala, alguns dos quais eu já posso dizer que são meus grandes
amigos, obrigado por me encorajarem e torcerem por mim.
Aos colegas de trabalho pela paciência nas minhas ausências nesse período difícil e
conturbado.

As empreendedoras que aceitaram fazer parte desse trabalho contribuindo de forma


significativa para o desenvolvimento do mesmo.

Ao meu orientador Prof. Àlisson, pela força e puxões de orelha quando eu mereci.
A todos os mestres que passaram pela minha vida me ensinando de forma tão competente tudo
que sei hoje. Obrigado por tudo.

Agradeço também a todas as pessoas que disseram que eu não iria conseguir, isso me deixou
mais forte e disposta a mostrar que as palavras, a tempos não tira mais o meu chão.
“Dentro do coração de toda mulher existe escondida uma radiante e

confortadora beleza que o mundo desesperadamente necessita para ser feliz”.

Pr. Silmar Coelho


RESUMO

Empreendedorismo é um tema de muita importância. Com a crescente procura de empregos


que se torna cada vez mais escasso, muitas pessoas decidem por buscar outros caminhos,
correndo das variações de altos e baixos do mercado, os que conseguem sucesso nisso, é
responsável junto com outros empreendedores, por grande parte da economia do Brasil.
Assim, muitas mulheres saíram do anonimato dos seus lares e decidiram também serem
empreendedoras, surpreendendo a classe masculina com sua característica e perfil feminino
que colabora de forma significante para o sucesso de uma empresa. Por isso, quando se anda
pela as ruas e se observa algumas empresas, pode-se perceber o quanto as mulheres
representam para a força do empreendedorismo. O objetivo da pesquisa consiste em descobrir
as diferenças entre um homem e uma mulher empreendedora, analisar as dificuldades
enfrentadas por elas e por fim fazer uma comparação superficial das características de
empreendedoras em Itumbiara, com empreendedoras no âmbito geral, através de estudos já
realizados sobre o tema e utilizando-se de questionários e conversas informais com três
empreendedoras no ramo de comércio. Pode-se perceber através dos métodos utilizados e
comparações com estudos sobre o tema, que as entrevistadas possuem um perfil
empreendedor aguçado e não sofrem tanto com o preconceito organizacional contra a mulher.
Sendo assim, conclui-se que as mulheres são de extrema importância para o país, pois já são
maioria da população brasileira e também maioria na população empreendedora gerando
empregos, renda e uma economia estável para o Brasil.

PALAVRAS-CHAVES: Empreendedorismo; Perfil empreendedor; Mulheres


empreendedoras.
ABSTRACT

Entrepreneurship is a topic of great importance nowadays. With the growing demand for jobs
becomes increasingly scarce, many people decide to look for other ways, running variations
of ups and downs of the market, the ones that succeed it, is responsible along with other
entrepreneurs, for much of the economy of Brazil. So many women came out of the
anonymity of their homes and also decided to be enterprising, surprising with its characteristic
class male and female profile that contributes significantly to the success of a company. So
when you walk around the streets and observed some companies, you can see how women
account for the strength of entrepreneurship. The objective of the research is to discover the
differences between a man and a woman entrepreneur, analyzing the difficulties faced by
them and finally make a superficial comparison of the characteristics of entrepreneurs in
Itumbiara, with enterprising within general through studies conducted over theme and using
questionnaires and informal conversations with three entrepreneurs in the trading business. It
can be perceived by the methods used and comparisons with studies on the subject, that the
respondents have a keen entrepreneurial and not suffer as much with the organizational bias
against women. Thus, it appears that women are extremely important for the country, because
they are already most of the population and also the most entrepreneurial population
generating jobs, income and a stable economy to Brazil.

KEY-WORDS: Entrepreneurship; Profile entrepreneur; Women Entrepreneurs


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Evolução da taxa de empreendedores iniciais (TEA) - Brasil - 2002: 2010----- 17


Figura 2 – Evolução da taxa de empreendedores nascentes - Brasil - 2002: 2010----------17
Figura 3 – Empreendedores iniciais segundo tipo de atividade – Brasil – 2002:2010------- 24
Figura 4 – Empreendedores iniciais segundo tipo de atividade – Brasil 2010-----------------25
LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Proporção empreendedores iniciais segundo gênero – Brasil – 2002:2010---- 23


TABELA 2: Empreendedores iniciais e CNAE segundo gênero – Brasil – 2010------------ 25
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Empreendedores iniciais e nascentes, segundo razão entre oportunidade e


necessidade Brasil – 2002:2010 ------------------------------------------------------------------20
Quadro 2: Empreendedores iniciais segundo conhecimento do produto ou serviço – Brasil –
2010--------------------------------------------------------------------------------------------------------27
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas


CNI Confederação Nacional da Indústria
GEM Global Entrepreneurship Monitor
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
MEC Ministério da Educação e Cultura
MPE Micro e Pequenas Empresas
SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
TEA Taxa de Empreendedores Iniciais
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................15
2.1 Empreendedorismo.........................................................................................................15
2.1.1 Empreendedorismo no Brasil...................................................................................16
2.2 Os fatores que levam uma pessoa a empreender............................................................18
2.3 A influência do empreendedorismo na econômia...........................................................18
2.4 Empreendedorismo por oportunidade ou por necessidade?............................................19
2.5 O mercado de trabalho atualmente.................................................................................20
2.6 Empreendedorismo Feminino.........................................................................................21
2.7 Histórico do Empreendedorismo Feminino....................................................................22
2.8 Empreendedorismo Feminino no Brasil.........................................................................22
2.8.1 Seguimento Mais Propício Para o Empreendedorismo Feminino...........................23
2.8.2 Vantagens do empreendedorismo feminino.............................................................26
2.8.3 Criatividade e inovação nas organizações sob a ótica do empreendedorismo
feminino............................................................................................................................27
2.8.4 Tendências para o empreendedorismo feminino......................................................28
2.8.5 Empreendedorismo feminino e o meio-ambiente....................................................29
2.8.6 Estilo de liderança feminina.....................................................................................30
2.8.7 As maiores dificuldades enfrentadas por mulheres no âmbito familiar e empresarial
...........................................................................................................................................32
3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO DO ESTUDO.......................................................34
3.1 Problema de pesquisa e objetivos...................................................................................34
3.2 O perfil empreendedor de três mulheres da cidade de Itumbiara...................................35
3.2.1 Procedimentos..........................................................................................................35
3.3 Campo de levantamento de dados...................................................................................35
3.3.1 Enilsa Perfumaria.....................................................................................................35
3.3.2 Eliza Jóias................................................................................................................36
3.3.3 Campos Confecções.................................................................................................36
4 RESULTADOS E DISCURSSÃO.........................................................................................37
5 CONCLUSÃO.......................................................................................................................40
REFERÊNCIAS........................................................................................................................41
APÊNDICE – Modelo de questionário aplicado às três empreendedoras em Itumbiara..........44
ANEXO - Modelo de questionário aplicado às três empreendedoras em Itumbiara................46
1 INTRODUÇÃO

O interesse pelo tema empreendedorismo vem crescendo no Brasil, isso se deve ao


fato da percepção de que essa prática têm sido responsável pelo crescimento de muitos países.
Por esse motivo muitos pesquisadores já estão se evolvendo com o tema e apresentado
resultados satisfatórios.
Com as mudanças ocorridas no mercado de trabalho, quando as mulheres começaram
a ser inseridas, o papel da mulher começou a ser revisto pela sociedade, assim mudanças em
torno delas ocorreram de forma lenta, através da luta que elas mesmas travaram contra o
preconceito e a favor da liberdade, autonomia e independência. De lá pra cá as mulheres estão
cada vez mais buscando seu espaço e isso consiste em até mesmo se ousarem a viver uma
aventura em um mundo, antes pouco explorado por elas por ser considerado um universo
tipicamente masculino, chamado “mundo dos negócios”.
Assim essa pesquisa pode colaborar de forma consistente com mulheres da sociedade
que já estão nesse mundo dos negócios enfrentando as mesmas dificuldades de outras na
mesma situação, podendo haver uma troca de experiências e outras que ainda pretendem abrir
o seu próprio negócio poderá através desse estudo garantir motivação para isso percebendo
que elas já são fortes e intemerosas. Para os acadêmicos, esse estudo trará mais uma fonte de
pesquisa e conhecimento sobre esse tema que ainda é pouco falado diante da necessidade e
demanda sobre ele. Sendo que a inserção das mulheres no mercado traz as seguintes
perguntas, será que elas enfrentam mais dificuldades para gerir uma empresa? As motivações
para a entrada de uma mulher no mundo dos negócios é diferente das motivações dos
homens? A dupla jornada e a multiplicidade de papéis causam problemas para elas?
Sendo assim essa pesquisa se justifica na crescente demanda por informações a esse
respeito, tendo como objetivo principal, fazer um levantamento bibliográfico sobre
empreendedorismo, observando o que já foi colocado em análise por diversos autores até
chegar ao tema proposto, empreendedorismo feminino, tentando observar o perfil das
mulheres empreendedoras. Os objetivos específicos consistem em identificar as diferenças
entre uma mulher e um homem empreendedor, analisar as maiores dificuldades enfrentadas
por uma mulher empreendedora e fazer uma comparação superficial das características
dessas, em Itumbiara, com empreendedoras no âmbito geral, através de estudos já realizados
sobre o tema.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesse capítulo busca-se fundamentar o tema da pesquisa, demonstrando a literatura do


empreendedorismo. Para tanto, utiliza-se de autores que já estudaram o tema passando pelo
histórico e evolução, para que se tenha uma melhor compreensão do que é o
empreendedorismo até que se possa chegar ao tema proposto, empreendedorismo feminino.

2.1 Empreendedorismo

Alguns anos atrás empreendedorismo era uma palavra estranha no nosso vocabulário.
Mas com a crescente demanda por informações a esse respeito vários autores veem estudando
o assunto, tentando descobrir as principais características de um empreendedor e formular
uma teoria que defina de forma eficiente o tema.
Segundo Peters (2009) ainda não existe uma teoria que defina com precisão o tema
empreendedorismo, apesar de todo o interesse de pessoas físicas, professores, estudantes
universitários, e até representantes do governo sobre o tema.
A primeira definição do tema empreendedorismo pode ser expressa por Marco Polo
que tentou estabelecer rotas comerciais para o Extremo Oriente, como intermediário,
assumindo todos os riscos de um contrato assinado a uma taxa de 22,5% com uma pessoa de
posse que corria risco passivamente. Quando a mercadoria era vendida o viajante ficava
somente com 25% dos lucros passando o restante para o capitalista. (PETERS, et al 2009).
Já na idade média, o termo passa a ser usado tanto para os envolvidos no negócio
quanto para o administrador. Esse último não correndo nem um tipo de risco. (PETERS, et al
2009).
No século XVII passa a ser empreendedorismo, pessoas que assumem riscos, firmando
com o governo um contrato fixo onde os lucros ou perdas eram do empreendedor. Com isso,
surge uma das primeiras definições de empreendedorismo, sendo elaborada por Richard
Cantillon nos anos 1700 considerando que o empreendedor eram aquelas que corriam riscos
pois o preço de compra era certo e o de venda incerto. (HEBERT, et al, 1982 apud PETERS,
et al 2009).
Até então o empreendedor não era diferenciado do capitalista, isso só acontece a partir
do século XVIII, onde as ideias eram financiadas por capital empreendedor e não fornecedor,
ou seja,o investidor passa a assumir também os riscos. (PETERS, et al 2009).
Segundo Peters (2009) no final do século XIX e início do XX o empreendedorismo
passa a ser definido como inovação, não só para criar algo novo mais também para melhorar
de forma significativa algo já existente.
Para Drucker (1974) apud Oliveira (2012) empreendedorismo é: prática; visão de
mercado; evolução. Para o autor empreendedorismo não é nem ciência nem arte e sim uma
prática.
Dolabela (1999) apud Oliveira (2012) define empreendedorismo como tudo que envolve
qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa.
Observando-se a evolução dos conceitos de empreendedorismo, pode-se perceber que eles
se modificam com o passar dos anos consequência das mudanças do ser humano. Mais sua maior
definição continua sendo a capacidade de inovar e assumir riscos.

2.1.1 Empreendedorismo no Brasil

O Brasil vem sofrendo uma série de mudanças importantes na sua economia, pessoas
que antes não pensavam em um futuro promissor, agora, pode começar a andar com suas
próprias pernas e garantir um futuro melhor. Talvez seja por isso que as taxas de
empreendedorismo estão de forma significativa aumentando em relação aos anos anteriores.
Outro fator que pode ser o responsável por esse aumento são incentivos dados por
alguns órgãos sem fins lucrativos, para que novos empreendedores se levantem no nosso país
e os micro e pequenos empresários se mantenham no mercado, como por exemplo, o Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que vem ao longo de sua criação
contribuindo para promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos
empreendimentos de micro e pequeno porte, sendo assim um suporte importante para os
novos empreendedores que vem gerando grande parte das riquezas do Brasil.
Segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa de
empreendedores iniciais (TEA) no Brasil em 2010, superou todas as pesquisas dos anos
anteriores. Da população adulta de 120 milhões de pessoas 21,1 milhões estavam à frente de
atividades empreendedoras no ano no Brasil, perdendo somente para a China que é de 131,7
milhões de adultos à frente de atividades empreendedoras no país.
A TEA é formada pela proporção de pessoas com idade entre 18 e 64 anos envolvidas com
empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência.
No Brasil, o TEA em 2010, foi de 17,5%, a maior desde que a pesquisa GEM está sendo
realizada no país, a figura 1.1 pode demonstrar isso, sendo possível observar a tendência de
crescimento do empreendedorismo no Brasil.

Figura 1: Evolução da taxa de empreendedores iniciais (TEA) - Brasil - 2002: 2010


Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2002:2010

Em todos os anos o Brasil mantém uma TEA superior a média dos países observados
pelo GEM que foi de 11,7% de empreendimentos novos em 2010. O Brasil ficou no 10º lugar
em porcentagem quando observado o número de adultos com alguma atividade
empreendedora.
Observa-se que em 2010 o resultado do TEA deve-se, ao maior número de
empreendedores iniciantes, nesse sentido, a taxa do Brasil em 2010 é superior à média dos
países participantes da pesquisa, que é de 5,8% como mostra a figura 1.2.

Figura 2: Evolução da taxa de empreendedores nascentes - Brasil - 2002: 2010


Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2002:2010
2.2 Os fatores que levam uma pessoa a empreender

Cada indivíduo possui as suas necessidades básicas, pensando nisso sabe-se que o
empreendedor também busca satisfazer essas necessidades quando decide colocar em prática
o seu próprio negócio.
Segundo Dornelas (2009), as motivações que levam as pessoas a criar um negócio são
muitas, segue as principais:
 Auto-realização (fazer o sonho acontecer);
 Desejo de independência;
 Autonomia para tomar decisões;
 Ganhar dinheiro;
 Busca de novos desafios (mudança na carreira / pós-carreira / aposentadoria);
 Falta de alternativa (perda do emprego).

Observando-se as mulheres empreendedoras, as razões para iniciar um negócio são


diferentes podendo-se classificar como: empreendedoras por acaso (empreendedoras que
iniciaram seus negócios por ter algum hobbie); empreendedoras forçadas (causadas por viuvez,
divórcio, desemprego ou dificuldades financeiras); empreendedoras criadoras (independência e
autonomia ou insatisfação com trabalho anterior) (PASTEL apud MACHADO et al. 2003 apud
AMORIM et al, [s.d.]),

2.3 A influência do empreendedorismo na econômia

Segundo Dornelas (2008), o empreendedorismo tem se mostrado um grande aliado do


desenvolvimento econômico em vários países, sendo ele o que dar suporte à maioria das
inovações promovendo o desenvolvimento. No entanto, um fato que preocupa no Brasil, são
as motivações para empreender, quando grande parte dos negócios são criados como
empreendedorismo por necessidade, ou seja, não são criados por vislumbrarem uma
oportunidade ou gerar algo inovador possibilitando a criação de um negócio diferenciado.
Quanto mais negócios por oportunidade um pais for capaz de gerar, mais a sua economia será
desenvolvida, e assim o pais poderá criar mecanismos que estimulem esses empreendedores,
motivando cada vez mais a criação de negócios inovadores.
Observa-se nas empresas genuinamente brasileiras, que essas são na grande maioria
empresas familiares, que cresceram ao longo dos anos, passando de geração em geração, hoje
infelizmente estão sendo consumidas por estarem paradas no tempo e não conseguirem
vislumbrar as tendências do mercado que está cada vez mais exigente. Essas empresas
deveriam ser a base da inovação, quando poderiam exportar essas novas ideias (DORNELAS,
2008 p. 7,8), pode-se perceber, que não é bem isso que tem acontecido, hoje no Brasil, as
micro e pequenas empresas é que tem garantido uma boa posição econômica para o pais.
Sobre isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) comenta na agenda para
Micro e Pequenas Empresas, intitulada de A Indústria e o Brasil:

As Micro e Pequenas Empresas (MPE) são de vital importância para o


desenvolvimento econômico do País. São numerosas (98% das indústrias brasileiras)
e estimulam a competição e o livre mercado. Geram emprego (43,7% dos postos de
trabalho do setor industrial) e, por serem pequenas, são mais flexíveis e têm mais
capacidade para responderem a inovações.[s.d.]

Outro ponto positivo do empreendedorismo para a economia é o temor que os novos


entrantes no mercado causam nos veteranos. Para Barros e Pereira (2008), quanto mais
entradas e ameaças de entrada no mercado, mais haverá inovação, pois a entrada de algo novo
e com qualidade no mercado, dar um incentivo para as empresas já estabelecidas inovar e
evitar a entrada de concorrentes. Segundo os autores esse modelo tende a ter efeito menor nos
países que não estão perto da fronteira tecnológica, o que é o caso do Brasil.

2.4 Empreendedorismo por oportunidade ou por necessidade?

Empreendedorismo por oportunidade é aquele onde indivíduo percebe uma chance de


começar seu próprio negócio por uma oportunidade percebida, ou seja, dentre as diversas
opções no mercado ele decide empreender porque tem uma boa oportunidade de negócio.
Contrariando as afirmações de Dornelas (2008) o GEM constatou que desde o ano de
2003 os empreendedores por oportunidade são maioria no Brasil. Segundo o GEM (2010),
para cada empreendedor por necessidade havia 2,1 por oportunidade sendo um valor
semelhante à média dos países pesquisados de 2,2 empreendedores por oportunidade para
cada um por necessidade. Dos empreendedores por oportunidade no Brasil, 78,2% abriram
seus negócios vislumbrando uma oportunidade de melhorar a vida através dele.
Quando se fala de empreendedores novos, ou seja, aqueles que estão começando agora
as atividades, as taxas de empreendedorismo por oportunidade são ainda maiores, já que para
cada empreendedor nascente por necessidade, havia 3.1 por oportunidade.
Quadro 1: Empreendedores iniciais e nascentes, segundo razão entre oportunidade e necessidade Brasil –
2002:2010
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2002:2010.

Empreendedorismo por necessidade ocorre quando o individuo não tem outra opção
de trabalho o por estar insatisfeito com as condições de trabalho e forçado a iniciar o próprio
negócio. Geralmente esse tipo de empreendimento demanda menos recursos devido a baixa
sofisticação operacional e tecnológica. “Observa-se pela pesquisa que o empreendedorismo
por necessidade está mais suscetível à conjuntura econômica, por isso tende a diminuir
quando aumenta a oferta de emprego” (GEM, 2010).
Segundo o GEM (2010), houve uma queda nas taxas de desemprego no Brasil,
aumentando o ingresso de trabalhadores na economia do país, isso fez com que os
empreendedores por necessidade não empreendesse, pois havia oportunidade de empregos,
fazendo com que consequentemente a taxa de empreendedores por oportunidade aumentasse,
sendo que esses têm maior preparo e vocação para aventurarem no mundo dos negócios.

2.5 O mercado de trabalho atualmente

Os movimentos feministas contribuíram para o avanço das mulheres na sociedade,


Contribuiu para o reconhecimento da mulher no mercado de trabalho como pessoas que
possuem direitos, observando-se que elas executam da mesma forma que o homem as suas
tarefas profissionais. (QUELHAS, 2010)
As mulheres têm conquistado seu espaço no âmbito público de produção, pode-se
perceber isso através da presença significativa delas em cargos e funções cada vez mais
diferenciados. Além disso, o nível de escolaridade das mulheres é melhor em relação aos
homens, ainda que de forma menos expressiva, estão ocupando, com tendência crescente,
cargos de chefia e posições gerenciais e políticas (CORRÊA, 2004 apud QUELHAS, 2010).
A história da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, está sendo escrita com base,
fundamentalmente, em dois quesitos: a queda da taxa de fecundidade e o aumento no nível de
instrução da população feminina. Estes são responsáveis pela crescente inserção da mulher no
mercado e aumento de sua renda. A analista do Departamento de Rendimento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Vandeli Guerra, diz que a velocidade com que
isto se dá não é o mais importante. O que constata é uma quebra de tabus em segmentos que
não empregavam mulheres. Nas Forças Armadas, por exemplo, elas estão ingressando pelo
oficialato. Para se consolidar no mercado de trabalho a mulher tem adiado coisas como a
maternidade. A redução no número de filhos é um dos fatores que tem contribuído para
facilitar a presença da mão-de-obra feminina, embora não isto seja visto pelos técnicos do
IBGE como uma das causas da maior participação da mulher no mercado (PROBST, [s.d.]).

2.6 Empreendedorismo Feminino

Sabe-se que décadas atrás as mulheres não eram vistas como pessoas capazes de
trabalhar fora de seus lares, muito menos liderar uma equipe à frente do seu próprio negócio.
Nos nossos dias podemos perceber que a realidade é outra, já que, muitas delas estão inseridas
no mercado como donas e outras ainda pretendem ser empreendedoras.
Segundo Damasceno (2010) ao longo da história da humanidade, as mulheres sempre
eram responsáveis pela casa, zelo e bem estar da família. Eram extremamente submissas aos
pais e marido, não tendo direito de colocar a sua opinião e nem realizar os seus sonhos. Mais
segundo a autora, a realidade hoje é outra. Pode-se perceber uma mudança no comportamento
das mulheres, não para serem iguais aos homens mais sim para competir com igualdade com
eles.
A Revolução dos Sexos está para a mulher hoje, assim como a Revolução Industrial se deu
para os homens no século XX. (MUSSAK, 2004 apud DAMASCENO, 2010)

Qual foi o fator impulsionador daquela Revolução? Simples: a


competência. Segundo dados do Endeavor Empreendedorismo (2004), durante os
anos 1990, enquanto a renda média dos homens aumentou 19%, a das mulheres
aumentou 43%; afora isso, são vários os dados que endossam essa tendência de
igualdade: 54% dos médicos e 50% dos advogados são mulheres; 29% dos juízes
também pertencem ao sexo feminino; entre outros. E, pode-se esperar, ainda, uma
melhora nesses índices, visto que também a educação da parcela feminina vem,
visivelmente, apresentando melhores indicadores, seja na expansão nos níveis
educacionais ou na maior oferta de cursos superiores, preparando-as e qualificando-
as mais adequadamente para o mercado de trabalho (MUSSAK, 2004 apud
DAMASCENO, 2010 P. 31)
Empreendedor é aquele que consegue transformar suas ideias em grandes
empreendimentos, através da inovação e da fé em algo que ninguém acredita. As mulheres
decidem empreender buscando um novo estilo de vida, pois elas desejam independência
financeira, horários acessíveis e um modelo corporativo mais dinâmico. As mulheres conquistam
cada vez mais o mercado provando que os homens não são os únicos capazes de ter uma carreira
de sucesso e prover o sustento da família. (SOARES CURSINO et al., s.d.)
Sendo assim podemos definir empreendedorismo feminino como a busca das mulheres
pelo seu espaço no mercado, deixando de lado o preconceito, as tradições e os conceitos de
dona de casa para estarem à frente de seu próprio negócio concorrendo de igual pra igual com
a classe masculina.

2.7 Histórico do Empreendedorismo Feminino

As mulheres começaram a ser introduzidas no mercado de trabalho a partir dos séculos


XVIII e XIX nas sociedades industriais. Desta forma tinham além do trabalho doméstico um
trabalho fora de casa e remunerado. Isso aconteceu após as duas guerras mundiais quando
seus maridos partiram para a guerra e elas se viram na responsabilidade de assumir a casa e os
filhos, financeiramente. A guerra terminou e muitos guerrilheiros não voltaram para casa, os
que voltaram estavam impossibilitados de assumir novamente os negócios da família, assim,
as mulheres precisaram assumir antigos projetos deixado pelos maridos ou procurar fora de
casa uma fonte de renda para sustentar sua família. (ESPINDOLA, [s.d.])
Com a consolidação do capitalismo a mulher passa a ser mais atuante no mercado de
trabalho, a revolução industrial foi um ponto forte para que essas mudanças ocorressem. As
indústrias viam vantagens em contratar mulheres que conseguiam fazer exatamente o que os
homens executavam a salários menores, além disso, sem qualquer proteção em período de
gestação e amamentação. (PINTO MARTINS, 2008 apud Ost, [s.d.])
Segundo Espindola (s.d.), no século XX as mulheres começaram assumir cargos que
exigem formação intelectualizada, mais ainda hoje estão em desvantagem em diversos
aspectos e não são representadas na proporção adequada de chefia.

2.8 Empreendedorismo Feminino no Brasil

No estudo realizado pelo GEM (2004) mostra que as mulheres já eram em grande
escala no meio empreendedor no Brasil, sendo elas 45% da tendência empreendedora total,
entretanto, o que motivava essas mulheres eram a necessidade e não a oportunidade. Em 2009
o mesmo estudo mostrou que pela primeira vez, a proporção de mulheres empreendendo por
oportunidade supera a proporção de homens na mesma condição . Empreender por
oportunidade é melhor para a economia do país, pois segundo o GEM (2010) empreendedores
que iniciaram seu negócio por vislumbrarem uma oportunidade de crescimento têm maior
chance de sobreviver nesse mercado extremamente competitivo, por outro lado, aqueles que
entram em um negócio por necessidade, podem vir a ser um grande empreendedor, gerando
oportunidade de negócio passando a ser empreendimento por oportunidade.
Na pesquisa GEM (2009), pode-se perceber que o Brasil é um país equilibrado quando
se fala em empreendedorismo, pois, há pouca diferença na relação de mulheres e homens
empreendedores. Nesse ano as mulheres mais uma vez se sobrepõem numericamente aos
homens. Dos empreendedores brasileiros, 53% são mulheres e 47% homens, tendo uma queda
no ano de 2010 quando os homens passaram a ser 50,7% e as mulheres 49,3% (Tabela 1).
Segundo o estudo as mulheres brasileiras são historicamente uma das mais empreendedoras
do mundo.

TABELA 1: Proporção empreendedores iniciais segundo gênero – Brasil – 2002:2010

Gênero Empreendedores Iniciais – Brasil


Proporção (%)
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2002:2010
Masculino 57,6 53,2 56,6 50,0 56,2 47,6 52,7 47,0 50,7 52,4
Feminino 42,4 46,8 43,4 50,0 43,8 52,4 47,3 53,0 49,3 47,6
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2002:2010

Em 2010 o GEM demonstrou mais uma vez a tendência motivadora do


empreendedorismo feminino no Brasil, pois, segundo o estudo, a participação na vida
econômica do país está aumentando consideravelmente. Em 2007 e 2009 observou-se que as
mulheres empreendedoras iniciais superaram os homens na mesma condição, isso pode ser
atribuído ao maior nível de escolaridade feminina em relação aos homens e também as
mudanças na estrutura familiar.
2.8.1 Seguimento Mais Propício Para o Empreendedorismo Feminino

Quando se decide empreender, é essencial uma boa escolha do setor que se pretende
atuar. Sendo assim, algumas pesquisas realizadas em âmbito mundial e nacional conseguem
demonstrar a intensidade dos mais variados setores onde um empreendedor pode concentrar
seus esforços.
Segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) elaborada pelo
IBGE, no Brasil, os negócios são criados com foco no atendimento ao consumidor final. É um
negócio com propensão a informalidade, pela baixa necessidade de recursos financeiros.
(GEM, 2010)
Segundo o GEM, de 2002 a 2010 , 29% das atividades são no comércio varejista, 15%
na indústria de transformação e 11% em alojamento e alimentação. Estes 3 (três) setores
respondem por 54% dos setores econômicos envolvidos.(Figura 3)

Figura 3: Empreendedores iniciais segundo tipo de atividade – Brasil – 2002:2010


Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2002:2010

Em 2010 podemos perceber através das pesquisas e da figura 4 que houve uma leve
queda na participação dos empreendedores iniciais no comércio varejista, entretanto, esse
ainda continua sendo o setor preferido dos empreendedores brasileiros.
Figura 4: Empreendedores iniciais segundo tipo de atividade – Brasil 2010
Fonte: Pesquisa GEM

Existe uma diferenciação entre o que os homens e as mulheres decidem fazer, ou seja,
os setores que a maioria dos homens abre seus negócios são diferentes da maioria das
mulheres empreendedoras.
Segundo pesquisa do GEM (2010), os homens têm uma preferência sobre o comércio
varejista e atividades imobiliárias (atividades voltadas à assessoria e consultoria às empresas)
vindo após, alojamento e alimentação, pode-se perceber uma divisão semelhante entre
construção, com 11% da preferência masculina , venda e manutenção de veículos, com 10%,
indústria de transformação, também com10%, e atividades de serviços coletivos, com 10%.
As mulheres, em 33% dos casos, preferem atividades ligadas ao comércio varejista,
com 20% com alojamento e alimentação, 16% residência com empregados (abrange serviços
domésticos) e 12% na indústria de transformação.

TABELA 2: Empreendedores iniciais e CNAE segundo gênero – Brasil – 2010

Tipo de atividade Gênero


Masculino Feminino
Comércio varejista 19% 33%
Ind. Transformação 10% 12%
Alojamento/alimentação 14% 20%
TABELA 2: Empreendedores iniciais e CNAE segundo gênero – Brasil – 2010 (continua)

Tipo de atividade Gênero


Masculino Masculino
Atividades serv. Colet. 10% 5%
Atividades imobiliárias 17% 9%
Construção 11% 1%
Transporte/ armazenagem 6% 2%
Venda/manutenção de veículo 10% -

Comércio atacadista 1% 1%
Residência com empregados 2% 16%
Outras atividades - 1%
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2010

Pode-se afirmar que pela necessidade de esforço físico os homens preferem atividades
como construção, transporte e armazenagem, venda e manutenção de veículos. Já as
mulheres, até por uma questão de tradição, preferem em maior quantidade que os homens, as
atividades voltadas para a residência com empregados.

2.8.2 Vantagens do empreendedorismo feminino

Hoje as habilidades femininas são muito procuradas nas organizações, quando essas
decidem ter o seu próprio negócio, as habilidades, que só as mulheres possuem, pode se
manifestar ainda mais.
Segundo Garcia (2012) já se pode dizer que as mulheres dividem espaço com os
homens, mais nem por isso elas perderam a fragilidade e sensibilidade. O fato é que antes
essas características genuinamente femininas, eram vistas com preconceito no mundo dos
negócios, hoje são vistas como competências desejadas.
Nessa Era dos Serviços, o mercado passou a exigir pessoas que tenham facilidade em
compor equipes, persistência e cuidado com detalhes, essas são todas características de
mulheres, que são construídas logo na criação dada pelos seus pais. (GARCIA, 2012).
O fato de as mulheres terem que enfrentar uma dupla jornada, trabalho x casa e
família, não as deixam em desvantagem diante dos homens, pois segundo Garcia (2012) elas
enfrentam isso como um desafio e não um fardo, se tornando algo vantajoso que não se opõe
ao lar.
Ao buscarem a autorrealização e a independência financeira, elas se sentem
instigadas a encarar o duplo desafio negócios-família, algo enfrentado de forma
extremamente positiva. "Empreendedoras de saia" não gerenciam menos ou pior que
os homens. Com outra perspectiva de gestão, deixam de lado necessidades
machistas e fazem o "feeling feminino" realmente funcionar. (GARCIA, 2012).

Os homens tendem a dar ordens já com as decisões tomadas, em quanto que as


mulheres, preferem discutir as ideias antes de tomar decisões, ou seja, elas acham importante
que todos estejam integrados no processo. (GARCIA, 2012).

2.8.3 Criatividade e inovação nas organizações sob a ótica do empreende-


dorismo feminino

Com o passar do tempo as pessoas e consequentemente os consumidores, mudaram os


seus hábitos e passaram a exigir mais dos produtos e serviços prestados a eles. Com isso
torna-se necessário a inovação das organizações todos os dias.
Os empreendedores brasileiros segundo o GEM (2010), não oferecem produtos
inovadores aos seus clientes, já que apenas 16,8% consideram que o produto é novo para
todos ou alguns consumidores, média inferior aos mínimos atingidos pelos países
impulsionados por fatores e impulsionados pela inovação.

Produto ou Serviço Proporção (%)


Novo para todos 7,5
Novo para alguns 9,3
Ninguém considera novo 83,2
Total 100
Quadro 2: Empreendedores iniciais segundo conhecimento do produto ou serviço – Brasil – 2010
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2010

Sexton e Bowman-Upton (1990), perceberam que entre as mulheres empresárias existe


uma busca intensa por independência e um desejo por experiências novas e diferentes, que as
proporcionem realizações. (CRAMER et al, s.d.).
Segundo o site Universia Brasil, uma pesquisa feita no Estados Unidos em 2008 e
publicada no PewReasearch Center, as pessoas acreditam, e muito, que as mulheres são
mais criativas que os homens. 64% dos norte-americanos disseram que as mulheres são mais
criativas, sendo somente 11% que acham o contrário. Mesmo que os níveis de criatividade
seja igual para homens e mulheres, elas tendem a demonstrar essa criatividade com mais
facilidade por questões cultural.

2.8.4 Tendências para o empreendedorismo feminino

A diferenciação de homens e mulheres vem de anos atrás, quando elas eram vistas
como pessoas aptas somente para tomar conta da casa, e da família, e eles eram os provedores
do lar. A mulher deveria ser altamente submissa ao homem. Isso interferiu no mercado de
trabalho e quando elas por necessidade da sua parte e oportunidade de menor custo para as e
indústrias tiveram que entrar no mercado de trabalho, continuaram a ser vistas como pessoas
submissas a alguém que socialmente era maior do que elas.
No século XX houve a chamada inversão de papéis, ou seja, as mulheres começaram a
conquistar seu espaço e adquiriu maior destaque nesse mundo dos negócios em quanto que os
homens passaram a se dedicar mais a manutenção do lar (PROBST, [s.d.]).
Se alguém entrar em uma empresa hoje vai perceber que a maioria das pessoas que
trabalham ali são mulheres, mais poucas ocupam cargo de chefia (PROBST, [s.d.]).
No entanto, de acordo com Probst ([s.d.]), estudo realizado pelo Hudson Institute, dos
Estados Unidos, o “Workforce 2000: Work and Workers for th 21 st. Centuty” ( Força de
Trabalho 2000: Trabalho e Trabalhadores para Século XXI), este quadro vai mudar. Ou
melhor, já está mudando, e esta é uma tendência global. As mulheres, dizem os especialistas,
serão as líderes deste milênio.
A expectativa é que nesse século as mulheres superem os homens no mercado de
trabalho. Se souberem aproveitar isso grande impacto elas causaram nesse mercado rompendo
as hierarquias criada pelos homens na Era Industrial, pois as mulheres atuais não são como as
de anos atrás que se contentavam e realizavam-se trabalhando na linha de produção
(PROBST, [s.d.]).
Para Probst ([s.d.]), se as mulheres quiserem se manter nessa empreitada terão que
aprender a dominar as regras criadas pelos homens.
Talvez essa afirmação explique o número de mulheres ocupando as cadeiras das
universidades em todo o Brasil. Segundo pesquisa divulgada pelo site R7 notícias no dia 13
de janeiro de 2012 o Ministério da Educação e Cultura (MEC) declara que em 2009, as
mulheres foram 58,8% do total de estudantes formados por faculdades, contra 41,2% dos
homens.

2.8.5 Empreendedorismo feminino e o meio-ambiente

A sustentabilidade se tornou nos dias atuais um dos assuntos preferidos da


humanidade, está de acordo com as normas definidas pelas ONGs e governo é fator crucial
para se manter no mercado. Os consumidores de hoje analisam a responsabilidade social das
empresas e empresários, por isso deve-se ter um extremo cuidado com tudo que possa
prejudicar a imagem da empresa frente aos consumidores.
Se preocupar com o meio ambiente hoje, talvez seja o ponto principal da discussão em
prática sobre os caminhos do processo produtivo para a gestão responsável dos recursos e não
somente para gerar riquezas ou satisfazer o consumo. Pode-se perceber que essa iniciativa de
conservação do meio ambiente gera bom resultados não somente para a sociedade ou para as
próximas gerações, como também para as próprias organizações inclusive com ganhos
financeiros.
Sabe-se que as empresas têm o poder de influenciar as decisões do consumidor, o
consumo exagerado é um dos principais causadores de resíduos no meio ambiente. Os
empreendedores sabem disso, mas a preocupação em adquirir cada vez mais lucros para sua
empresa faz com que muitos ignorem essa situação. Será que existe diferença entre os
empreendedores e empreendedoras nesse sentido?
Segundo Eliana Furtado e Laiena Dib em artigo publicado no site da Associação da
Pastoral da Mulher - Belo Horizonte, a mulher vivencia mais fortemente a necessidade de
definir sua cidadania procurando o cenário propício para desenvolver sua individualidade,
assim, ela luta para proteger o que considera importante para sua sobrevivência como o ar, a
água e o solo, fazendo com que a mulher seja a pioneira em protestar contra situações que
afetam o meio ambiente. Apesar disso a mulher é mais frequentemente, privada de usar e
administrar os recursos naturais, frustrando a contribuição que ela poderia fazer para mudar
essa situação. As autoras ainda consideram a importância da mulher quando no papel de mãe
e educadora, que pode fazer entender que somos parte da ecologia e não se tem o direito de
usar isso, de qualquer maneira.
É preciso que o homem não chore, já que ele é o responsável por decidir se a floresta
tomba ou fica em pé. Não é possível expressar sentimento quando se está ancorado ao
progresso a qualquer custo, até porque não existe progresso sem custo. “Mais ou menos
assim: o ideal é que não se desmate. Mas, se for preciso, para gerar empregos, danem-se as
árvores!” (CHEIDA, 2005).
Para Cheida (2005) as mulheres ao contrário dos homens demonstram os seus
sentimentos, e tem mais compaixão. Ela é intuitiva, tem a função de cuidar de outro ser, de
outra vida que não é ela, diante da competição preferem investir na cooperação. Compaixão,
intuição, cooperação, são características das mulheres e a biologia mostra que nem uma
espécie conseguiu estabilidade sobre a terra, sem essas características. Os que tentaram outros
meios, não sobreviveram.
O empreendedorismo é o movimento essencial para o desenvolvimento sustentável,
pois esse influencia significativamente a mudança econômica, social e ambiental. O ato de
empreender faz com que um país se torne rico e se essa fonte mudar seus conceitos, a
sociedade como um todo também irá se adequar a essas mudanças. Se surgir empresas que se
preocupem com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, consequentimente surgirá
uma sociedade, governo e outras organizações mais preocupadas com esse tema de forma
efetiva (SILVA & DORILEO, [s.d.]).

2.8.6 Estilo de liderança feminina

O líder empresarial deve ser capaz de alcançar objetivos utilizando a força dos
liderados, por isso, o líder age de acordo como tipo de liderado e a ocasião. Ordena, comanda,
motiva, persuade, dá exemplos pessoais, compartilha os problemas e ações ou delega e cobra
resultado, e faz tudo isso de acordo com o liderado e a ocasião. (LACOMBE e HEILBORN,
2006 apud BANACHI e BAZOLI [s.d]).
Sendo assim percebe-se que não existe uma fórmula para uma boa liderança, quando,
cada líder deve perceber o ambiente no qual está inserido e com que tipo de liderados esse
está lidando.
Hoje a mulher ocupa um importante papel na economia do Brasil, o trabalho feminino
tem aumentado significativamente, causando alterações no tamanho e na composição do
mercado de trabalho brasileiro (BRUSCHINI, 1994 apud JONATHAN, 2003).
Assim como o papel da mulher têm se tornado significativo no mercado brasileiro,
dentro das organizações, elas também têm conquistado seu espaço, sendo que em 1994/1995,
17,8% dos altos cargos de gerência já eram ocupados por mulheres, subindo para 26,17% em
1999/2000. (JORNAL CARREIRA E SUCESSO, 2002, 88 ed.).
Jonathan (2003) resume algumas características da gestão feminina elaborada por
Machado (1999):
 Objetivos bem definidos e amplos (segurança e satisfação no trabalho, satisfação dos
clientes, responsabilidade social e a ética do cuidar são alguns destes objetivos);
 Estruturas organizacionais simples, informais, horizontais e descentralizadas, com
ênfase na cooperação, nos relacionamentos interpessoais e na integração;
 Estratégias inovadoras no que diz respeito a busca de uma generalizada qualidade e
satisfação de todas as pessoas envolvidas; tendência a empregar muitas mulheres;
 Liderança interativa e cooperativa, com valorização e estimulação à participação dos
funcionários.
Tonani (2011) apresenta em seu artigo, pesquisa feita por Calyper (2007) com 66
executivas brasileiras tentando descobrir as diferenças entre líderes homens e mulheres. Dessas
mulheres, constatou-se que 25% delas buscam mais o bem estar das pessoas enquanto o homem é
muito mais orientado para si próprio, 15% conseguem administrar inúmeras atividades, olhar tudo
de forma mais ampla, enquanto o homem é mais focado e objetivo. No entanto a mulher sabe
quando é necessário focar.
Para Val ([2010?]) Diante da mudança da força braçal para a era do conhecimento,
como fator que impulsiona a organização, aumentaram as oportunidades para que a mulher
pudesse adentra-se em um mundo que antes não era dela, sendo que elas têm seus talentos
associados à colaboração, ao espírito de equipe, à sensibilidade para a necessidade do outro,
que sobrevive melhor em tempos de aperto e apresenta maior abertura e flexibilidade para o
aprendizado constante. Essas características que antes eram vistas como fraqueza do universo
feminino, agora dia após dia, se tornam vantagens competitivas.
As mulheres que ocupam cargos importantes como os de chefia estão liderando de
forma diferente as equipes e as organizações. De acordo com Garcia (2009), elas têm mais
facilidade para montar as equipes, persistência, são detalhistas, além de valorizarem mais a
cooperação. Sendo assim, o autor apresenta quatro conclusões sobre a liderança feminina.
A primeira diz respeito ao fato de elas serem mais persuasivas do que os homens,
agem por empatia e eles por insistência. A segunda é o preconceito de gênero fazendo com
que a mulher tenha que provar sempre a sua competência. A terceira característica é o fato de
que as mulheres conversam com mais pessoas antes de tomar decisões. A quarta e ultima diz
respeito às mulheres ignorarem mais do que os homens as regras, fazendo com que ela esteja
mais exposta aos riscos. (SCHMIDT et al , [s.d.]).
Vergara (2007) afirma que a liderança é o ato de influenciar pessoas e grupos, sendo
assim, ela pode ser aprendida. “Expressa-se em um conjunto de conhecimentos, habilidades,
atitudes, ações. Esse conjunto caracteriza-se como um processo e não como um produto acabado”.
Segundo ela, essa aprendizagem ocorre em três frentes: a aprendizagem do gestor/líder sobre si
mesmo onde na busca de aprendizagem, esse percebe que o conhecimento que ele tem das coisas
é como de qualquer ser humano, incompleto. A segunda frente de aprendizagem é sobre o outro,
onde o líder consegue perceber que as pessoas são diferentes e possuem motivações, valores,
histórias e expectativas diferentes e a terceira aprendizagem, sobre o contexto sendo o líder capaz
de perceber que a empresa a qual ele lidera tem o poder de moldar as pessoas que ali trabalham.

2.8.7 As maiores dificuldades enfrentadas por mulheres no âmbito famil-


iar e empresarial

Ser uma mulher não é tarefa fácil nos dias de hoje, ter que enfrentar uma jornada
pesada de trabalho em casa e fora dela, torna esse gênero a “super mulher”, pois só assim ela
consegue cumprir todas as suas atividades em vinte e quatro horas.

[...] não é fácil ter que se desdobrar para trabalhar fora e ainda cuidar da casa,
filhos e marido e sempre com um sorriso nos lábios, sem ter a chance de poder
reclamar, pois por enquanto ainda esse é o papel da mulher na sociedade machista
brasileira. Enquanto que o homem na maioria das vezes chega em casa do trabalho
toma seu banho depois vai para a frente da televisão olhar seu programa preferido
enquanto que espera pelo jantar, e o melhor, é que a casa já esta toda limpa e
organizada, os filhos já vieram da escola e já foram organizados pela mulher, depois
de colocar o jantar á mesa e que todos comem e vão dormir. Ela fica acordada
organizando as tarefas do dia seguinte que recomeça com todo pique (COUTINHO,
2011).

A mulher desde tempos remotos tem um papel importante quando se fala no âmbito
familiar. O instinto da mulher já foi programado para ser mãe e dona de casa. Com as
mudanças ocorridas no mercado de trabalho onde elas por necessidade e outras por
oportunidade decidiram entrar nesse ambiente, torna-se necessário que elas assumam a
multiplicidade de papéis sendo mãe, esposa, dona de casa e empresária tudo ao mesmo tempo.
Geralmente as mulheres sofrem mais que os homens com os problemas na carreira, pois
para elas as pressões do trabalho formal se duplicam. As mulheres dedicam-se tanto ao trabalho
quanto o homem e, quando voltam para casa, trabalham com a mesma força, alguns homens já
ajudam nos afazeres domésticos, mas não chegam nem perto da disposição que a mulher
demonstra (PROBST, [s.d.]).
No entanto, percebe-se que alguns autores já conseguiram fazer análise confirmando que a
multiplicidade de papéis é um fator positivo para as mulheres, tornando a jornada feminina muito
mais excitante e satisfatória.
Vindo contrariar algumas teses de que a multiplicidade de papéis ou a chamada dupla
jornada, pode ser fator negativo para as empreendedoras, Cherlin (2001) e Vandewater,
Ostrove & Stewart, (1997) mostram que pesquisas recentes demonstram que mulheres -
especificamente mães - que trabalham, têm índices mais altos de bem-estar e estão mais
satisfeitas do que aquelas que não trabalham. (JONATHAN, G., 2005, p. 374)

Conclui-se que a multiplicidade de papéis envolvendo o público e o privado pode


enriquecer e ser fator de soma, e não de divisão, fragmentação, contradição e
estresse. Neste sentido, segundo Possati e Dias (2002), papéis que envolvem
autonomia no trabalho e poder de decisão trazem muita satisfação para as mulheres
em posição de liderança e são bons preditores do bem-estar psicológico de mulheres
casadas. (JONATHAN, G., 2005, p. 374).

Segundo Rocca (2006) apud Garcia et al (2012), por conta da multiplicidade de


papéis que a mulher enfrenta, o sucesso de um negócio é mais desafiador para elas do que
para os homens.
No âmbito empresarial o preconceito contra as mulheres ainda é notável. Prova disso é
o fato delas, segundo o balanço anual da Gazeta Mercantil, receberem em média 71% dos
salários masculinos, nas funções menos qualificadas essa porcentagem pode ser ainda menor. “Os
estudos mostram que no universo do trabalho as mulheres são ainda preferidas para as funções de
rotina. De cada dez pessoas afetadas pelas lesões por esforço repetitivo (LER), oito são mulheres”
(PROBST, [s.d.]).
3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO DO ESTUDO

Segundo Rodrigues (2007), metodologia cientifica é “um conjunto de abordagens,


técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição
objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática”.
Pesquisar significa buscar soluções cientificas pra problemas indagados, procurar
respostas para soluções propostas, é uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de
acordo com normas metodológicas. (RODRIGUES, 2007).
A metodologia utilizada nesse trabalho é qualitativa, pois não se utiliza como fator
principal do estudo, os dados estatísticos. Entretanto a pesquisa pode também ser considerada
quantitativa, quando se utilizou dados estatísticos obtidos em outras pesquisas relacionadas ao
tema. Quanto ao ponto de vista dos meus objetivos, a pesquisa é exploratória, pois tenta
aproximar-se ao máximo do tema, construindo e levantando hipóteses.
A pesquisa foi de caráter bibliográfico, buscando-se ter um embasamento sobre o tema
proposto, fazendo-se assim as análises entre várias pesquisas realizadas sobre o tema.

3.1 Problema de pesquisa e objetivos

Esse estudo apresentou o seguinte problema de pesquisa: As mulheres empreendedoras


enfrentam mais dificuldades no âmbito empresarial e familiar?
O objetivo geral da pesquisa consiste em fazer um levantamento bibliográfico sobre o
tema proposto, empreendedorismo feminino, observando o que já foi colocado por outros
autores que se propuseram a estudar de forma mais abrangente esse assunto tentando
descobrir o perfil empreendedor das mulheres. Os objetivos específicos se firmaram nas
seguintes propostas:

 Identificar algumas diferenças entre uma mulher e um homem empreendedor.

 Analisar as dificuldades enfrentadas por uma mulher empreendedora.

 Fazer uma comparação superficial das características de empreendedoras em


Itumbiara, com empreendedoras no âmbito geral, através de estudos já realizados
sobre o tema.
3.2 O perfil empreendedor de três mulheres da cidade de Itumbiara

Busca-se aqui, fazer um levantamento do perfil empreendedor de mulheres que já


estão inseridas no mercado como empreendedoras na cidade de Itumbiara, tentando de forma
superficial comparar o perfil da mulher empreendedora itumbiarense com pesquisas já
realizadas avaliando o perfil empreendedor das mulheres no âmbito geral. Foram analisadas
três mulheres no ramo de comércio sendo elas proprietárias das seguintes empresas: Enilsa
Perfumaria, Eliza Jóias e Campos Confecções.

3.2.1 Procedimentos

Para se obter as informações necessárias, foi aplicado questionário básico, dividido em


cinco partes, sendo a primeira, caracterização da empresa; a segunda, o papel da entrevistada
na empresa; a terceira, o seu estilo de trabalho, a quarta parte, os dados sócio demográficos da
entrevistada, e por fim a quinta com perguntas específicas tentando encontrar as dificuldades
enfrentadas pelas entrevistadas no âmbito organizacional.

3.3 Campo de levantamento de dados

3.3.1 Enilsa Perfumaria

É uma empresa no ramo de cosméticos atuando no mercado a 17 anos, pertencente a


duas mulheres cada uma com 50% da empresa, na qual foi analisado o perfil de uma delas. A
organização já possui quatro lojas na cidade algumas no setor central.
A proprietária em questão, é graduada em ciências gerenciais (administrativas), tem
entre 31 e 40 anos, casada e possui dois filhos. Já havia tido experiências na gestão de outra
empresa antes da atual. Hoje a organização possui entre 11 e 50 funcionários a disposição, nas
quais a maioria desses, são mulheres e trabalham com atendimento direto ao cliente na loja e
por telefone. O faturamento anual é até R$100.000,00.
A proprietária possui o máximo poder de decisão na empresa e também autonomia em
todas as áreas da organização, sendo assim, segundo ela, a mesma, se vê como uma
empreendedora, sendo o motivo mais importante para isso, o fato de ela ter visão especial e
diferenciada das pessoas e do mundo em sua volta, depois, saber gerir e controlar o dinheiro
da empresa, cuidando eficientemente dos investimentos, e como o terceiro motivo mais
importante para se sentir uma empreendedora, assumi riscos.

3.3.2 Eliza Jóias

Considerado um empreendimento novo, Eliza Jóias é uma pequena empresa no ramo


do comércio e prestação de serviço com conserto de jóias e relógios. Sua proprietária possui
ensino médio, tem 21 anos é solteira e não possui filhos.
A empresa está no mercado a dois anos e quatro meses, sendo registrada no programa
de microempreendedor individual. A empreendedora não teve nem um tipo de experiência
anterior com gestão empresarial. Não possui funcionários, sendo a única pessoa responsável
por todas as áreas da empresa, atua desde venda até partes burocráticas da organização, não
possui nem um sócio e tem total autonomia e poder de decisão em todas as áreas da empresa.
Ela se vê como empreendedora tendo o motivo mais importante para se sentir como tal, ter
vontade de ganhar dinheiro, ter uma visão especial e diferenciada das pessoas e do mundo em
sua volta, e por fim, saber gerir e controlar o dinheiro da empresa, cuidando eficientemente
dos investimentos.

3.3.3 Campos Confecções

Um loja de roupas femininas, situada no centro da cidade de Itumbiara no Estado de


Goiás com mais de dez anos de existência, sua proprietária possui ensino fundamental, mais
de sessenta anos de idade, casada e mãe de mais de três filhos.
A proprietária não adquiriu experiência em outros negócios antes da abertura do atual,
possui até dez funcionários e o faturamento anual da empresa é de até R$100.000,00. Não
possui sócios tendo autonomia e poder de decisão em todas as áreas da organização.
A dona do negócio se considera empreendedora, tendo os motivos mais importantes
para isso, ter uma visão especial e diferenciada das pessoas e do mundo em sua volta, querer
ganhar dinheiro e depois, administrar com esmero os processos no negócio.
4 RESULTADOS E DISCURSSÃO

De acordo com o objetivo da pesquisa, nessa sessão será comparada o perfil


empreendedor das entrevistadas em Itumbiara, com pesquisas já realizadas por diversos
autores, quando se fala em perfil empreendedor das mulheres.
Quanto às pesquisas feitas sobre os fatores que levam uma mulher a empreender, o
GEM (2010) verificou que para cada empreendedor por necessidade havia outros 2,1 que
empreenderam por oportunidade observando-se empreendedores dos dois gêneros, masculino
e feminino. Na mesma pesquisa o GEM indica que as mulheres buscam empreender para
garantir o sustento do casa, sendo que muitas delas vêm assumindo o lar como chefe de
família.
No entanto, contrariando essa pesquisa, estudo realizado por Cursino ([s.d.]), no
município de São José dos Campos no Estado de São Paulo com cinquenta empreendedoras
de diversos ramos, ela constatou que apenas 36% das mulheres entrevistadas abriam negócios
por necessidade financeira, sendo que 64% iniciavam um empreendimento por vislumbrarem
oportunidade no mercado.
Nas três entrevistadas em Itumbiara, pode-se constatar que pelo menos duas delas,
abriram o seu negócio por oportunidade e não por necessidade, sendo que, uma já possuía
outro negócio antes do atual e era munida de experiência e ousadia, característica de
empreendedores por oportunidade. A outra planejou minuciosamente a abertura da empresa
inclusive acumulando capital no decorrer dos anos, essa não é uma característica de
empreendedores por necessidade. Quando perguntado a elas o motivo que as levaram a
empreender, as opções citadas foram reconhecimento profissional, oportunidade no mercado,
investimento financeiro, sendo citado por todas elas, vontade de fazer o que gosta, e por
apenas uma, necessidade financeira.
Outro ponto observado nas pesquisas feitas sobre empreendedorismo feminino é o tipo
de liderança das mulheres. Nas três entrevistadas em Itumbiara se identificou um alto nível de
liderança sendo que todas elas afirmaram ter total autonomia e poder de decisão sobre todas
as áreas da empresa, mas não se buscou o grau de liderança dessas mulheres dentro da
organização e sim as características de líder que pouco ou muito todos nós possuímos. No
entanto, percebeu-se através do questionário, que as mulheres em questão, ainda têm algumas
dificuldades em liderar equipes, isso pode ser comprovado quando perguntado a elas se as
mesmas atribuem tarefas aos outros, as respostas foram, frequentemente, às vezes e nunca.
Não é característica de um líder confiante ter dificuldade em atribuir tarefas.
Outro ponto observado é o fato de pessoas com mais experiência na gestão e mais
tempo no mercado, o que consequentemente o leva a ter mais colaboradores no seu comando,
possui um grau de liderança maior, sendo assim possível dizer que liderança pode ser
aprendida como coloca a autora Vergara (2007) apresentando as três frentes de aprendizagem,
sendo a aprendizagem do gestor sobre si mesmo, sobre o outro e sobre o contexto. Já
apresentado em outros tópicos desse estudo.
Um fator que pode esta fazendo com que as mulheres enfrentem dificuldades na
questão de liderança pode ser a cultura adquirida por elas e que querendo ou não persiste em
alcançar gerações e gerações, quando as mulheres aprendiam a ser extremamente submissas
aos homens, atrasando assim, as características de líder nas mulheres.
Sobre isso, Bleichmar (1988) et al Rech (2001), coloca que a mulher desde menina, é
submetida a um estereótipo que a sociedade impõe sobre o seu papel, que nos mostra algumas
características positivas mais ao mesmo tempo, apresentam uma baixa estima social como
passividade, temor e dependência.
Essas características impostas pela sociedade, não é bem as que uma líder de sucesso
precisa ter. Apesar das pequenas dificuldades de liderança encontradas nas empreendedoras
em Itumbiara, pude perceber pelo tempo em que estive conversando informalmente com
essas, que esse estereótipo vem se dissipando com o passar dos anos. Posso também afirmar,
não de forma quantitativa, já que esse estudo não se firmou em uma análise precisa de campo,
quando foram analisadas apenas três mulheres, observando os questionários, de uma forma
geral as empreendedoras buscam exercer uma liderança democrática onde se preocupa com os
outros, estimula e orienta. Isso pode se constatado através de algumas perguntas onde pelo
menos duas responderam que sempre ou frequentemente torna o trabalho mais agradável, pára
o que esta fazendo pra ajudar outros, respeita os sentimento e opiniões, é atenciosa com as
outras pessoas, mantém clima amistoso na equipe, tenta fazer com que os colaboradores
sintam prazer em trabalhar com ela.
As maiores dificuldades que as mulheres enfrentam, citadas por alguns autores
estudiosos do tema, estão no âmbito familiar, como afirma Machado (2002) apud Andreoli
(2007), as dificuldades estão geralmente relacionadas com pais, marido ou filhos. Em
Itumbiara isso não se comprovou. Quando perguntado se elas enfrentaram algum tipo de
dificuldade com os pais, marido ou filhos, todas responderam que não tiveram atrito com
nenhuma dessas opções. Quanto ao preconceito por elas serem mulheres à frente de um
negócio, apenas uma empreendedora disse ter sofrido esse tipo de constrangimento.
As características que as empreendedoras consideram mais importantes, em primeiro
lugar foi citado dedicação, depois, determinação e perseverança, seguido por experiência e
senso de responsabilidade.
Com o objetivo de descobrir se elas sofrem com algum tipo de dificuldade, foi
perguntado se as mesmas acreditavam que se fossem um homem, teriam mais facilidade para
gerir a sua empresa. Todas as entrevistadas afirmaram que não seria mais fácil, e teria as
mesmas dificuldades. No entanto, duas delas responderam que não encontraram dificuldades
em nenhuma etapa da sua gestão.
5 CONCLUSÃO

Sem dúvida, o empreendedorismo feminino, gera discussões. Um tema ainda novo no


Brasil, mais que desperta tanto interesse não só por parte das mulheres mais também dos
homens. Como as mulheres lhe dão com assuntos novos (como o meio ambiente), que tipo de
liderança elas exercem, a multiplicidade de papéis foram pontos abordados nessa pesquisa
com o objetivo de identificar o perfil empreendedor que elas possuem.
Assim, diante de tudo que foi citado nesse estudo, pode-se concluir que hoje as
mulheres empreendedoras não encontram maiores dificuldades que os homens, sendo que as
dificuldades enfrentadas por elas são as mesmas administradas por eles, refutando desta forma
a hipótese inicial dessa pesquisa. No entanto, não se pode negar que existem diferenças entre
homens e mulheres gestoras, como por exemplo, o fato delas terem que enfrentar uma dupla
jornada o que não acontece com a maioria dos homens. Outro diferencial é a visão que a
mulher tem quanto ao meio ambiente, ela sendo mais preocupada com as próximas gerações e
ele com o agora. Quanto a liderança também se pode encontrar diferenças, a mulher é mais
preocupada com as pessoas sendo isso o instinto maternal em quanto que os homens são mais
centrados e autoritários, essas características das mulheres as fazem lideres mais
comunicativas e que não afastam seus colaboradores delas por medo da sua autoridade
Observado-se as análises dos questionários das três empreendedoras de Itumbiara, a
hipótese da pesquisa em questão, também foi refutada. Não detectando dificuldades maiores
por parte das entrevistadas, que declararam ter as mesmas que qualquer homem gestor.
O tema empreendedorismo feminino contribui para a sociedade de forma geral. Então
fica aqui o desejo de continuar estudando o tema de forma mais abrangente, fazendo
pesquisas mais detalhadas e com um número maior de mulheres empreendedoras na cidade de
Itumbiara, tentando dessa forma, confirmar as hipóteses iniciais desse estudo.
REFERÊNCIAS

AMORIM, Rosane Oliveira; BATISTA, Luiz Eduardo. Empreendedorismo feminino: razão


do empreendedorismo. [s.d.]. 13 F.. TCC (Graduação administração) -
Centro de Ensino Superior de Primavera (CESPRI)., [S.l.]

BARROS, Aluízio Antonio; PEREIRA, Cláudia Maria Miranda de Araújo.


Empreendedorismo e crescimento econômico: uma análise empírica. v. 12, n. 4, p. 975-993,
Out./Dez. 2008 , Curitiba. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rac/v12n4/05.pdf >
Acesso em 21.11.2012.

BANACHI, Denise Cristina Durello; BAZOLI, Thiago Nunes. Coaching e a Sua Importância
no Aperfeiçoamento de Líderes: Um Estudo Exploratório Realizado Com A Coach Kátia
Marcos Gomes. 19 F. Disponível em < http://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-
idvol_12_1295379877.pdf> Acesso em 20.11.2012.

CHEIDA, Luiz Eduardo. Ambiente Brasil. [S.l.], 2005. Disponível em:


<http://noticias.ambientebrasil.com.br/artigos/2005/03/08/18274-a-mulher-e-o-meio-
ambiente.html >. Acesso em: 07.11.2012.

CNI, Confederação Nacional da Indústria. A Indústria e o Brasil. Disponível em <


http://www.cni.org.br/portal/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?
fileId=FF8080812BF35017012BF38A23952A03> Acesso em 21.11.2012.

COUTINHO, Rafael. Mulheres de Dupla Jornada. Cultura Mix, São Paulo, jan. 2011.
Disponível em: <http://www.culturamix.com/cultura/curiosidades/mulheres-de-dupla-jornada
> Acesso em 22.11.2012

CRAMER, Luciana; CAPPELLE, Mônica Carvalho Alves; SILVA, Áurea Lucia. A Inserção
da Mulher no Mundo dos Negócios: Construindo uma Identidade. [S.l.] [S.D.]. Disponível em
<http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/OGT/ogt1301.htm> Acesso em 03.11.2012.

SOARES CURSINO, Aline; SOUZA, Carolina Moraes; MARTINS, Debora de Paula


CHAGAS, Flavia Gonçalves; CARVALHO, Érica Reis Costa. Um estudo sobre o
empreendedorismo feminino no município de são josé dos campos – SP. In: XIII Encontro
Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-
Graduação, 4 e 8, São Paulo.

DAMASCENO, Luiza Débora Jucá. Empreendedorismo Feminino: um estudo das mulheres


empreendedoras com modelo proposto por Dornelas. 2010. 59 F. TCC (Graduação em
Administração) – Faculdade 7 de Setembro, Fortaleza.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor,


inovar e se diferenciar na sua empresa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Prof. José Dornelas. [s.l.], 2009.
Disponível em: < http://www.josedornelas.com.br/artigos/motivacoes-para-se-criar-uma-
empresa/ >. Acesso em: 20.10.2012.

ESPINDOLA, Gabriela. A trajetória do poder da mulher: do lar ao mercado de trabalho.


Disponível em<http://www.slideshare.net/eudelucy/a-trajetria-do-poder-da-mulher-do-lar-ao-
mercado-de-trabalho> Acesso em 27/09/2012.

FERRER, Ivana Aparecida Silva; DORILEO Laura Aparecida. Ecoempreendedorismo:


oportunidades de negócios e sustentabilidade ambiental no estado de mato grosso. 2007. 13
F.. TCC (Graduação administração) - Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, [S.l.]

FURTADO, Eliana Rocha; DIB, Laiena Ribeiro Teixeira. Pastoral da Mulher BH:
Associação da Pastoral da Mulher - Belo Horizonte Na batalha pela justiça Social. [Belo
Horizonte], 2009. Disponível em: <
http://pastoraldamulherbh.blogspot.com.br/2009/03/mulher-e-o-meio-ambiente.html >.
Acesso em: 07.11.2012.

GARCIA, Luiz Fernando. As Vantagens de um empreendedorismo feminino. Disponível


em<http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/as-vantagens-de-um-
empreendedorismo-feminino/55980/> acesso em 03.11.2012.

GEM. Global Entrepreneurship Monitor.Empreendedorismo no Brasil-2004: Relatório


Nacional. Curitiba: IBQP, 2005. Disponível em:
http://www.gemconsortium.org/docs/download/444. Acesso em: 11.10.2012.

GEM. Global Entrepreneurship Monitor.Empreendedorismo no Brasil-2009: Relatório


Nacional. Curitiba: IBQP, 2010. Disponível em:
http://177.52.17.17:8030/downloads/Pesquisa-GEM-2009.pdf. Acesso em: 11.10.2012.

GEM. Global Entrepreneurship Monitor.Empreendedorismo no Brasil-2010: Relatório


Nacional. Curitiba: IBQP, 2011. Disponível em:. Acesso em: 11.10.2012.

JONATHAN, Eva G. Empreendedorismo feminino no setor tecnológico brasileiro:


dificuldades e tendências. In: EGEPE – ENCONTRO DE EMPREENDEDORISMO E
GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS. 3., 2003, Brasília. Anais... Brasília,
UEM/UEL/UnB, 2003,

JONATHAN. Eva G; SILVA, Taissa M. R.. Empreendedorismo feminino: tecendo a trama de


demandas conflitantes. 2007. 8 F. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil.

Jornal Carreira e Sucesso, Catho Online, 88 ed., 2002, Artigo da Seção “Números”.
Disponível em: <http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=2551&print=1> Acesso
em 19.11.2012.

OLIVEIRA, Fabiana Morais. Empreendedorismo: teoria e prática. 2012. 13 F. Curso Vip de


Administração – Instituto de Pós-Graduação- IPOG. Disponível em <
http://www.ipog.edu.br/uploads/arquivos/c8a4a3a73896169c2abde27d9af90661.pdf > Acesso
em 21.11.2012.

OST, Stelamaris. Mulher e mercado de trabalho. Disponível em


<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6088> Acesso em 24 de setembro de 2012.

PETERS, Michael P.; HISRICH, Robert D.; SHEPHERD, Dean A..Empreendedorismo.7ª ed.
São Paulo: Bookman Companhia Ed, 2009.

PROBST, Elisiana Renata. A evolução da mulher no mercado de trabalho. 8 F.. pós-


graduação (Gestão Estratégica de Recursos Humanos) - Instituto Catarinense de Pós-
Graduação – ICPG, Santa Catarina.

QUELHAS, Filipe de Castro. Mulheres executivas no mercado de trabalho. In: VI


CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, ISSN 1984-9354., 2010,
Niterói – RJ. P. 1 – 26

RAMALHO, Renan. Mulheres são maioria nas universidades do país. Disponível em <
http://noticias.r7.com/educacao/noticias/mulheres-do-sudeste-sao-maioria-nas-universidades-
20110113.html> Aceso em 03.11.2012

RECH, Carla Regina Nedel. O papel do imaginário no desenvolvimento de lideranças


femininas. 2001. 158 f. Dissertação ( mestrado, administração) – Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em <
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/2130/000314672.pdf?sequence=1 > Acesso
em 24.11.2012.

RODRIGUES, William Costa. Metodologia Científica.2007. 20 f. FAETEC/IST, Paracambi.

SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Quem tem


conhecimento vai pra frente. Disponível em<
http://www.sebrae.com.br/customizado/sebrae/integra_bia/ident_unico/1129> Acesso em
11.10.2012.

TONANI, Adriana Venturim. Gestão feminina - um diferencial de liderança mito ou nova


realidade. In: VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, ISSN
1984-9354. 2011, Niterói – RJ. P.1-12

UNIVERSIA BRASIL. As mulheres são freelancers melhores. 2012. Disponível em <


http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915916/as-mulheres-so-
freelancers-melhores.pdf > Acesso em: 23.11.2012.

VAL, Claudenir Pereira. Liderança Feminina Frente ao Mercado de Trabalho no Município de


Vassouras no Período de 1970 a 2010. [2010?]. 10 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em administração) - Universidade Severino Sombra, Vassouras.

VERGARA, Sylvia Constant. A liderança aprendida. GV Executivo, Belo Horizonte, v.6 n.1
p.65-65, jan/fev. 2007. Disponível em < http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/4724.pdf
> Acesso em 24.11.2012.
APÊNDICE – Modelo de questionário aplicado às três empreendedoras em Itumbiara
Questionário II

Pergunta 1
A senhora encontrou dificuldades com seus pais, marido ou filhos quando decidiu se tornar uma
empresária?

( )Sim, dos meus pais ( )Sim, do meu Marido ( )Sim, dos meus filhos ( )Sim de todos ( ) Não

Pergunta 2
Caso a senhora tenha precisado de financiamentos para abrir a sua empresa, a senhora encontrou
dificuldades nas financiadoras (bancos ou outras) por ser uma mulher?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não precisei de financiamentos

Pergunta 3
A senhora já sofreu algum tipo de preconceito por parte de clientes, fornecedores ou qualquer prestador de
serviço por ser uma mulher?
( ) sim ( ) não

Pergunta 4
Porque a senhora decidiu abrir a sua própria empresa?
Assinale abaixo 3 OPÇÕES COLOCANDO 1 PARA O PRINCIPAL MOTIVO, 2 PARA O SEGUNDO E 3
PARA O TERCEIRO PRINCIPAL MOTIVO:
( ) Necessidade financeira ( ) Reconhecimento profissional ( ) Dificuldade para encontrar emprego
( ) Oportunidade no mercado ( ) Vontade de fazer o que gosta ( ) Investimento financeiro

Pergunta 5
Quais características a senhora considera mais importante para o bom desempenho do seu empreendimento?
Assinale abaixo 3 OPÇÕES COLOCANDO 1 PARA O PRIMEIRO MAIS IMPORTANTE, 2 PARA O
SEGUNDO E 3 PARA O TERCEIRO MAIS IMPORTANTE:
( ) dedicação ( ) determinação e perseverança ( ) disciplina ( ) senso de responsabilidade ( ) experiência

Pergunta 6
A senhora acha que se fosse um homem, teria mais facilidade para gerir esse mesmo negócio?
( ) Sim ( ) Não ( ) Teria as mesmas dificuldades
Se sim me diga porque
______________________________________________________________________________________

PERGUNTA 7
A senhora enfrentou mais dificuldades no começo da sua empresa ou enfrenta hoje dificuldades maiores?
( ) Enfrentei mais dificuldades no começo da empresa ( ) Enfrento mais dificuldades na minha empresa,
hoje. ( ) Nunca encontrei dificuldades na minha gestão.

CASO A SENHORA QUEIRA OU POSSUA OUTRAS DIFICULDADES QUE NÃO FORAM


COLOCADAS NO QUESTIONÁRIO,
Aqui deixo um espaço para me dizer com suas próprias palavras, quais são as suas principais
dificuldades enfrentadas no dia a dia na sua empresa.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
ANEXO - Modelo de questionário aplicado às três empreendedoras em Itumbiara

Você também pode gostar