TCC Thiago Silveira
TCC Thiago Silveira
TCC Thiago Silveira
ARARAS - 2023
Universidade Federal de São Carlos
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Curso de Engenharia Agronômica
ARARAS – 2023
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais Anderson e Cristiane, por serem meus maiores
companheirismo e apoio.
Agradeço aos meus superiores, Lucas Regis e Ari Rocha, pela confiança,
pudesse ter.
profissional e pessoal.
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém
Arthur Schopenhauer
RESUMO
A alface (Lactuca sativa L.) conceitua-se como a hortaliça folhosa mais comercializada
e consumida pelos brasileiros, podendo ser produzida todo o ano. O cultivo
hidropônico constitui uma alternativa acessível frente aos cultivos convencionais. O
cultivo hidropônico mais difundido é o cultivo em sistema NFT. Outras formas de
cultivo hidropônico ainda não foram bem adaptadas às particularidades
econômico/sociais e ambientais do Brasil. O sistema NFT ainda possui um gargalo de
grande impacto ambiental, que consiste na curta vida da solução nutritiva e
necessidade de descarte e renovação da mesma. O cultivo hidropônico em sistema
DFT corresponde ao cultivo em um sistema com uma profunda lâmina de solução
nutritiva, na qual as raízes ficam totalmente submersas e a recirculação da solução é
diminuta. O sistema de cultivo DFT é muito difundido em países da Europa, locais de
menor disponibilidade de recursos hídricos de qualidade para utilização na agricultura.
Esse sistema demanda maior volume de solução nutritiva por número de plantas,
característica que confere elevado poder tamponante da solução e permite a
manutenção da mesma por maior tempo por meio de reposições nutricionais
específicas. Desta forma, objetivou-se avaliar o cultivo de 3 variedades de alface,
Natália RZ (alface lisa), Tudela RZ (alface mini romana) e Carmolí RZ (alface crespa
roxa), em sistema DFT, avaliando-se características agronômicas e comerciais pós-
colheita, e o comportamento dos parâmetros nutricionais, de Condutividade Elétrica,
pH, Temperatura e Oxigenação da solução nutritiva ao longo do experimento. A
avaliação agronômica foi realizada por meio da submissão das médias de Massa
Fresca de Parte Aérea, Massa Fresca de Raízes, Massa Fresca Total, Comprimento
de Raízes, Comprimento de Parte Aérea, Comprimento Total e Número de folhas, ao
teste de Scott-Knott a 5%. A avaliação comercial foi realizada na unidade de
processamento da empresa Verdureira®, com base nos parâmetros de
processamento e controle de qualidade. Os dados de comportamento da solução
nutritiva foram realizados por meio de análises laboratoriais coletadas a cada 7 dias,
e medições in loco, realizadas diariamente, duas vezes ao dia. A variedade de alface
Natália RZ se destacou nas médias de Massa Fresca Total, Massa Fresca de Parte
Aérea, Comprimento de Raízes e Comprimento Total. A variedade Tudela RZ se
destacou nas médias de Massa Fresca de Raízes e Número de Folhas. A variedade
Carmolí RZ se destacou nas médias de Comprimento de Parte Aérea. A avaliação
comercial apresentou valores de aproveitamento de produto final superiores aos
obtidos em sistema NFT. O comportamento da solução nutritiva demonstrou
significante consumo de Cálcio e Potássio, e elevação dos teores de Nitrogênio
Amoniacal. O sistema se mostrou promissor para o cultivo de hortaliças frente aos
entraves do sistema NFT.
Tabela 1. Médias de Massa Fresca Total (MFT), Massa Fresca de Parte Aérea (MFPA) e
Massa Fresca de Raízes (MFR).............................................................................................23
Tabela 2. Médias de Comprimento de Parte Aérea (CPA), Comprimento de Raízes (CR),
Comprimento Total (CT) e Número de
Folhas.....................................................................................................................................24
Tabela 3. Aproveitamento de Produto
Final:.................................................................................... ...................................................25
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------- 12
2. REVISÃO DE LITERATURA --------------------------------------------------------------------- 13
2.1 Produção de Alface no Brasil ------------------------------------------------------------------- 13
3. OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------------------------------- 18
4. MATERIAL E MÉTODOS-------------------------------------------------------------------------- 19
4.1. Placas --------------------------------------------------------------------------------------------- 20
4.2. Floating -------------------------------------------------------------------------------------------- 21
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO------------------------------------------------------------------ 23
5.1. Avaliação Agronômica e Comercial ------------------------------------------------------- 23
5.2. Comportamento da Solução Nutritiva ---------------------------------------------------- 25
6. CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------------- 30
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ------------------------------------------------------------ 31
ANEXO A -------------------------------------------------------------------------------------------------- 39
1. INTRODUÇÃO
A alface (Lactuca sativa L.) pertence à família Asteracea, é uma planta anual,
herbácea, e é a hortaliça folhosa mais consumida na forma de salada (FILGUEIRA,
2008; MURAYAMA, 2002). É atribuída como a hortaliça folhosa mais significativa na
alimentação do brasileiro. Juntamente com a cultura do tomate é a hortaliça mais
apreciada para as saladas, por ser refrescante, de sabor aprazível e de fácil preparo,
o que endossa à cultura relevante importância econômica (LUZ, J. Q. M.;
GUIMARÃES, S. T. M. R.; KORNDÖRFER, G. H., 2006). É uma hortaliça rica
abundante em vitaminas A, B1, B2 e C, além de conter ferro e cálcio (MURAYAMA,
2002). Possui elevado teor de fibras vegetais, sendo muito recomendada em dietas
(SCHUMACHER et al, 2012).
A área destinada à produção de hortaliças folhosas no Brasil está em torno de
174 mil hectares. Dentre essa área, em torno de 49,9% está direcionada à produção
de alface. A cultura da alface é cultura olerícola mais consumida no Brasil,
movimentando em média um montante de R$ 8 bilhões de reais, apenas no varejo,
com uma produção estimada em mais de 1,5 milhão de toneladas/ano. O estado de
São Paulo se caracteriza como o maior produtor e consumidor da hortaliça no país,
com cerca de 137 mil toneladas produzidas em 8 mil hectares plantados, seguido dos
estados Paraná e Minas Gerais (PESSOA; MACHADO JUNIOR, 2021).
A produção de alfaces no Brasil é amplamente realizada em campo aberto,
compreendendo grandes limitações e perdas na produção. Deste modo, os produtores
têm almejado novas técnicas de cultivo e modernizações nos sistemas. Como forma
de mitigação de riscos e maior continuidade na produção, muitos produtores
passaram a exercer o cultivo em ambiente protegido. Sala e Costa (2012) realçam o
sistema hidropônico, que tem se difundido nos últimos anos nas principais regiões
produtoras do país.
Por ser um produto perecível e consumido in natura, a preocupação com a
qualidade da alface, tanto nutricional quanto sanitária, deve permanecer em todos os
seguimentos envolvidos no processo da produção e comercialização (REZENDE,
1991).
2.2 Sistema Hidropônico
3. OBJETIVOS
4. MATERIAL E MÉTODOS
Figura 1. Variedades de Alface Natália, Carmolí e Tudela, respectivamente (Rijk Zwaan Zaadteelt en
Zaadhandel B.V. 2023 (RIJKZWAAN, 2023).
4.1. Placas
21
Figura 3. (A) Parte inferior da placa; (B) Placa de isopor; (C) Parte superior da placa.
4.2. Floating
Figura 4. Floating.
23
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Médias de Massa Fresca Total (MFT), Massa Fresca de Parte Aérea (MFPA) e Massa Fresca
de Raízes (MFR).
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAUER, F. R.; HILL, WALTER, R. Temperature, light, and oxygen. In: Methods in
stream ecology. Academic Press, p. 103-117, 2007.
ZERONI, M.; GALE, J.; BEM-ASHER, J. Root aeration in a deep hydroponic system
and its effect on growth and yeld of tomato. Scientia Horticulture, Amsterdam, v.19,
p.213-220, 1983.
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ANEXO A