Admin, BJHR 335
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ISSN: 2595-6825
DOI:10.34119/bjhrv4n6-335
Giovanna Rebelo
Centro Universitário Fametro - Graduação em Farmácia
Jeane Amorim
Centro Universitário Fametro - Graduação em Farmácia
Larissa Santos
Centro Universitário Fametro - Graduação em Farmácia
Pollyana Matias
Centro Universitário Fametro - Graduação em Farmácia
RESUMO
INTRODUÇÃO: A contracepção de emergência (CE) é um método anticonceptivo,
popularmente conhecido por pílula do dia seguinte. Atualmente a CE tem sido utilizada
como um método principal, contudo evidências cientificas comprovam que a CE deve ser
usada apenas como segunda opção, porem não é o que ocorre e com isso destacamos a
importância do profissional farmacêutico na orientação da farmacoterapia para as
usuárias e explanando possíveis efeitos adversos.OBJETIVO: O objetivo do estudo foi
evidenciar a importância do profissional farmacêutico na orientação dos riscos ao uso
inadequado da CE.MÉTODOS: Realizou-se um estudo de revisão sistemática de forma
a abranger investigações atuais e alterações na legislação farmacêutica. Foram critérios
de exclusão artigos com mais de 10 anos de publicação, ausência de dados, artigos em
duplicatas e de revisão sistemática bibliográfica e como critérios de inclusão: pesquisas
qualitativas realizadas com mulheres de diferentes idades.RESULTADOS: Utilizou-se
um total de 10 artigos e 3 cartilhas com todos os critérios adotados, constituídos da
seguinte forma: estudos exploratórios envolvendo mulheres com faixa etária variada
relacionados a compreensão dos riscos por parte das usuárias e estudos descritivos sem
participantes no desenho. CONCLUSÃO: Conclui-se que mulheres de faixa etária
variada, possuem algum conhecimento sobre a CE, porém de forma insuficiente, tornando
indispensável a orientação farmacêutica, evitando assim eventos indesejáveis futuros para
a saúde das usuárias.
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1 INTRODUÇÃO
A contracepção de emergência (CE) é um método anticonceptivo, popularmente
conhecido por pílula do dia seguinte, ou ainda como anticoncepção pós-coito, que visa
prevenir uma gravidez após a relação sexual desprotegida, incluindo agressão sexual, ou
quando existe falha de alguns métodos (CAMERON, 2017). Ela pode ser composta por
levonorgestrel ou por acetato de ulipristal, que funcionam atrasando ou inibindo a
ovulação.
A contracepção de emergência é adquirida através da utilização de pílulas obtidas
de forma gratuita pelo Sistema Único e Saúde (SUS) ou pelas redes de farmácias privadas.
A eficácia desse medicamento ocorre apenas com a utilização em um tempo de curto após
a exposição sexual.
De acordo com Cameron (2017) esse método é uma opção eficaz para prevenir a
gravidez após relações sexuais desprotegidas, mas não é tão eficaz quanto outros métodos
de contracepção e não é recomendada para uso de rotina. Além disso, a pílula do dia
seguinte pode falhar mesmo com o uso correto e não oferece proteção contra infecções
sexualmente transmissíveis.
Segundo Ribeiro et al (2020), a procura pela pílula de emergência bem como uso
abusivo tem aumentado consideravelmente nos últimos 10 anos. Isto pode ser justificado
pela facilidade em adquirir o medicamento em farmácias e drogarias e pela
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em média 20% a 30% das mulheres brasileiras em idade fértil utilizam a pílula do dia
seguinte de forma contínua, quando deveria ter seu uso somente em caso de emergência.
Portanto o profissional farmacêutico mostra-se como elemento fundamental para
responder a todas as questões inerentes à utilização de métodos contraceptivos de
emergência, e orientar em relação à farmacoterapia, favorecendo a qualidade de vida e
eficácia na terapia medicamentosa. (BRANDÃO, 2017)
Diante do contexto, o objetivo do estudo foi evidenciar a importância do
farmacêutico na orientação e descrever riscos associados ao uso inadequado da
Contracepção de Emergência.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Realizou-se um estudo caracterizado como revisão sistemática. O
desenvolvimento do estudo foi realizado com base nos métodos de Prisma (preferred
reporting items for systematic reviews and meta-analyses). Foram analisadas pesquisas
com data de publicação entre 2013 e 2020, de forma a selecionar informações atuais e
mudanças relacionadas nos parâmetros envolvidos no contexto analisado.
Para a seleção dos estudos buscou-se palavras-chaves “levonorgestrel and risk
factores” com “Contraceptive Agents and levonorgestrel”, ou com “Pharmaceutical
services and levonorgestrel”, com “levonorgestrel and pregnancy”, com “contraceptives
and postcoital”, ou com “Levonorgestrel and acession” e com “levonorgestrel and
medication.
Foram empregadas as ferramentas de busca, as bases de dados eletrônicas, com
objetivo de obter a maior gama de pesquisas com a utilização das palavras chaves
especificas. As bases de dados utilizadas foram: National Institutes of Health (PubMed),
Scielo e BVS.
Os resultados obtidos na pesquisa realizada nas bases de dados, foram
selecionados, baixados posteriormente e colocados em drives pessoais para análises
posteriores.
Os principais fatores de cada pesquisa selecionada, foram os objetivos, métodos,
resultados e conclusões. Assim as informações coletadas foram inseridas em uma planilha
de dados. Os estudos foram identificados quanto as seguintes metodologias:
1.Estudos exploratórios, que objetivaram apresentar melhor compreensão quanto
aos riscos envolvendo a utilização do método contraceptivo emergente em
mulheres. As pesquisas tiveram amostras com mulheres de faixas etárias variadas.
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3 RESULTADOS
Após o processo de busca nas plataformas, PubMed, Scielo e BVC foram
identificados 206 artigos e 3 cartilhas do ministério da saúde, a partir deste ponto foram
utilizados alguns critérios de inclusão e exclusão para a compor a revisão, ficando um
total de 10 artigos e 3 cartilhas do ministério da saúde de acordo com todos os critérios
adotados, conforme figura 2.
No fluxograma do artigo conforme figura 1, mostra detalhadamente como ocorreu
a exclusão dos artigos. Inicialmente foram identificadas e excluídas 10 duplicatas,
resultando em 199 artigos para análise dos títulos, após a seleção foram excluídos 107
artigos com títulos que não estavam de acordo com a pesquisa, realizou-se a leitura do
resumo dos 92 artigos e houve a exclusão de 54 por não conterem informações
necessárias para compor a revisão, sendo selecionados 38 artigos para leitura do texto
completo, nesta etapa foram excluídos 28 artigos por terem mais de 10 anos de
publicação, serem de revisão bibliográfica e conterem ausência de dados, no qual foram
selecionados 10 artigos para o estudo e 3 cartilhas para compor a revisão.
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que frequentam uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na cidade de Teixeira de
Freitas-BA.
Essas mulheres foram submetidas a um questionário que era composto por 20
perguntas sobre informações do uso da pílula do dia seguinte. Os resultados apresentaram
que 60% das mulheres não souberam exatamente responder as perguntas de forma correta,
mostrando que há duvidas sobre o conhecimento especifico da utilidade da pílula.
O mesmo estudo também apontou que apenas 25% das mulheres que participaram
da pesquisa mostram que realmente conheciam sobre o que se trata a real utilidade da
pílula do dia seguinte. E as outras 15% das mulheres não souberam responder as
perguntas, o que mostra que há mulheres com vida sexual ativa que desconhecem sobre
o Método Contraceptivo Emergencial.
O estudo conclui que a falta de conhecimento sobre a adequada utilidade do
método contraceptivo emergencial pode ser uma interferência para que a mulher use a
pílula com consciência, pois a utilização inadequada pode gerar efeitos colaterais. Ela
pode alterar a quantidade de sangramento vaginal para o próximo período menstrual.
Também pode atrasar ou atrasar a menstruação. Outros possíveis efeitos colaterais para
um pequeno número de usuários podem incluir: náusea, dores de cabeça, tontura e dor
abdominal (barriga).
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episódios de vómitos. Apenas uma participante relatou ter tido apenas náuseas e outra
participante informou que teve vômitos associados a dores abdominais.
Esse resultado mostrou que a maioria das mulheres que realizam o uso da pílula do dia
seguinte não apresentam nenhum efeito adverso.
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para os pesquisadores que os jovens estão começando a vida sexual muito precocemente,
embora a grande maioria não tenha maturidade suficiente para exercer sua sexualidade
de forma correta e segura. Muitos pais não percebem ou não aceitam esse início sexual
de seus filhos, levando a não participar e esclarecer dúvidas que possam surgir nesse
processo.
“Bomba hormonal”: os riscos da contracepção de emergência na perspectiva dos
balconistas de farmácias no Rio de Janeiro, Brasil
Este estudo teve por objetivo conhecer a visão dos balconistas de farmácias da
Região Metropolitana do Rio de Janeiro sobre a comercialização da contracepção de
emergência, buscando compreender as suas representações sobre o medicamento e o que
pensam acerca do uso deste método pelas consumidoras que atendem no seu local de
trabalho. A contracepção de emergência ou “pílula do dia seguinte”, como é designada
no senso comum, é um contraceptivo que pode ser utilizado em situações emergenciais,
após a relação sexual desprotegida, devendo ser administrado dentro do prazo de 120
horas para se evitar uma gravidez. A pesquisa contou com estratégias diferenciadas para
coleta de dados entre as duas categorias de trabalhadores de farmácia: um questionário
fechado, estruturado, autoaplicado, anônimo, para os farmacêuticos (n = 383) e
entrevistas face a face com roteiro semiestruturado de questões com vinte balconistas da
Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, Brasil, 12 homens e 8 mulheres. A
proposta deste artigo é discutir os resultados do estudo qualitativo com os balconistas. Os
balconistas entrevistados neste estudo, homens e mulheres, têm representações negativas
sobre a contracepção de emergência. Em suas narrativas se destacam, sobretudo, opiniões
relativas aos riscos advindos do uso “descontrolado” ou “indiscriminado” desse
medicamento, especialmente por jovens adolescentes. Os resultados desta investigação
recomendam a ampliação do debate sobre direitos sexuais e reprodutivos de homens e
mulheres que precisam ter garantidos o acesso e a orientação para o uso da contracepção
de emergência, em situações emergenciais, incluindo-se os farmacêuticos e balconistas
de farmácias, além de profissionais de saúde e gestores públicos.
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4 CONCLUSÕES
O estudo concluiu que o (CE) é conhecido por grande parte de adultos e
adolescentes com vida sexual ativa, contudo, este conhecimento ainda é insuficiente para
a utilização correta e segura do método. Por isso a orientação farmacêutica é
indispensável, afim de esclarecer as duvidas sobre possíveis contra indicações, interações
medicamentosas e qualquer outra forma incorreta de utilização da medicação. A forma
correta de utilização se torna ainda mais importante, por se tratar de uma medicação que
atinge o organismo feminino, podendo trazendo riscos ou consequências, principalmente
quando utilizada de forma incorreta ou excessiva.
Diante do que foi apresentado conclui-se que o farmacêutico tem uma importância
imensurável para a sociedade. A interação do farmacêutico paciente, objetiva uma
farmacoterapia racional para que os resultados atingidos sejam definidos e mensuráveis,
e, assim, a melhora da qualidade de vida.
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REFERÊNCIAS
9. HAFI AL, Inaam; PENTEADO, Camila Valéria da Silva; CHEN, Monica. Riscos
associados ao uso de método contraceptivo de emergência e mapeamento do consumo em
foz do Iguaçu – PR. Braz. J. Hea. Ver, Curitiba, v. 3, n.6, p.18864-18877. nov./dez. 2020.
INSS 2595-6825.
10. LIMA, Fabiano Cícero Ferreira; SILVA, Liziane Cristine Malaquias; ADAMI,
Eliana R. Uso de contraceptivos de emergência por universitárias da área de saúde do
curso de farmácia. Revista UNIANDRADE, 2018, vol.21, n.2, p.82-88. INSS: 1519-
5644.
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ANEXOS
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