Panorama Do Mercado 03082006 - Arcelor, Braskem, Brasil Telecom, Gerdau, Iochpe Maxion, Petrobras Setor Mico TAM, Gol e Vale Do Rio Doce

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PANORAMA DO MERCADO

3 de agosto de 2006
EMPRESAS: NOTÍCIAS E COMENTARIOS

Arcelor – Detenha-se nos Fundamentos


Paolo Di Sora, CNPI & Fabiano R. dos Santos, CNPI, FRM

Sector Rating ST / LT Ticker Last (R$) YTD in R$ (%) Target 06YE (R$) Total Return (%)
Steel BUY/MP ARCE3 37.4 37.4 50 33.6

PE P/CF EV/EBITDA Div. Yield (%)


06 07 06 07 06 07 2006
9.7 7.5 7.1 5.7 5.7 4.2 7.4

Notícia: A Arcelor Brasil acaba de divulgar sólidos resultados relativos ao 2Q06, em linha com nossas projeções, e
registrando uma pequena melhora em relação ao 1T06.

Nossa Opinião: O recente movimento de alta observado nos preços internacionais do aço deverá alavancar o
resultado da empresa somente a partir do 3T06. Assim, esperamos que o EBITDA da Arcelor Brasil registre um
crescimento de 36% no próximo trimestre em relação ao 2T06.

A CVM divulgou uma declaração no dia de ontem na qual indicava que a operação Mittal-Arcelor de fato representa
uma mudança de controle, o que significa que a nova entidade deverá realizar uma oferta de aquisição pelas ações
ARCE3 da empresa brasileira. Acreditamos que tal fato será fortemente contestado pela Mittal-Arcelor, devido sem
dúvida ao free float de US$ 3,8 bilhões que a empresa evidentemente não quer assumir. Embora a decisão
claramente dê respaldo às expectativas de uma oferta de aquisição, este processo deverá se desdobrar ao longo do
tempo, com entrada de recursos desde na CVM até todas as instâncias de tribunais, e poderá se estender por um
período de tempo considerável. Além disso, uma vez que a avaliação da empresa e o eventual preço da oferta de
aquisição ainda está no ar – a ARCE3 está sendo negociada com um prêmio (VF/EBITDA 07 de 4,0x) em relação a
sua controladora (VF/EBITDA 07 de 3,8x), não adotamos como premissa qualquer potencial de alta para as ações
ARCE3 em função de uma eventual oferta de aquisição. Entendemos, contudo, que caso o mesmo prêmio pago pela
Arcelor (81% sobre o preço de fechamento em 26 de janeiro ) seja aplicado à Arcelor Brasil, o valor de uma oferta
pela ARCE3 deveria alcançar R$ 50/ação, o que coincidentemente é o nosso preço-alvo para a empresa e implica
em um potencial de valorização de 33%. Estamos mantendo nossa recomendação de COMPRA puramente com
base nos fundamentos, e enxergamos esta discussão sobre a oferta de aquisição e o valor pela qual esta deverá ser
conduzida como uma livre opção para os acionistas.

Reiteramos nossa opinião de que a Arcelor Brasil representa uma alternativa de investimento atraente e
naturalmente equilibrada no setor siderúrgico, especialmente à luz da possibilidade de crescimento subjacente aos
projetos de expansão que a empresa tem em vista, o que deverá assegurar um CAGR de 7% sobre sua capacidade
de produção durante os próximos 3-4 anos, a mais elevada dentre as empresas siderúrgicas brasileiras. Ademais, a
fusão entre a Mittal e a Arcelor aumenta ainda mais os fortes fundamentos da Arcelor Brasil como a plataforma de
crescimento para o grupo nas Américas.

Destaques dos resultados do 2T06:

ƒ Volume de vendas (em linha): A Arcelor Brasil comercializou 2,54 milhões de toneladas no 2T06,
denotando um resultado estável em relação ao trimestre anterior tanto em sua divisão de aços longos como planos,
e em linha com nossas projeções.
ƒ Receita líquida (ligeiramente acima): Apesar da estabilidade nas vendas, a receita líquida da empresa
totalizou R$ 3,46 bilhões, um crescimento de 5,3% vis-à-vis o 1T06 e 2% acima da nossa estimativa. O preço médio
por tonelada no segmento de aços planos avançou 9% em relação ao trimestre anterior e ficou 5% acima das nossas
projeções, enquanto que os preços observados no segmento de aços longos subiram 5% ante o 1T06 e à nossa
estimativa de números estáveis. Mais à frente, esperamos que os preços na divisão de aços planos avancem
aproximadamente 30% no 3T06, acompanhando a tendência dos preços internacionais observada durante o
segundo trimestre. Para o 4T06, entretanto, os preços deverão provavelmente registrar desaceleração, refletindo a
queda observada nos preços do aço no mercado asiático durante as últimas semanas.

1 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

ƒ EBITDA (em linha): A Arcelor Brasil registrou um EBITDA de R$ 1.043 milhões no 2T06, denotando um
crescimento de 8,6% em relação ao trimestre anterior e em linha com nossas projeções. A margem EBITDA global
permaneceu constante durante o trimestre, em 30%. Mais adiante, esperamos que a margem EBITDA avance para
38%, acompanhando a recuperação dos preços do aço plano. A empresa divulgou uma diretriz de 35% para a
margem EBITDA no 3T06, portanto abaixo de nossa atual estimativa.

Itaú Corretora 2
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

Braskem – Um Trimestre mais Fraco


Gilberto Pereira de Souza, CNPI & Luiz Carlos Cesta, CNPI

Recomendação Retorno Total


Setor Código Último (R$) YTD in R$ (%) Alvo 06YE (R$)
ST / LT (%)
Petroquímico HOLD / OP BRKM5 11,24 -37,8 17,80 60,8

Retorno s/
P/L P/FC VF/EBITDA
Dividendos (%)
06 07 06 07 06 07 2006
21,8 32,1 5,0 5,2 5,7 4,8 2,4

Notícia: A Braskem deverá divulgar os resultados referentes ao seu desempenho no 2T06 amanhã, dia
03/agosto/2006, antes da abertura do pregão.

Nossas expectativas indicam um trimestre fraco, fortemente influenciado por: (i) forte elevação do preço da nafta,
principal matéria prima e (ii) sobre-oferta local de polietileno que resulta na incapacidade das empresas de repasse
do aumento dos custos ao preço final.

A tabela a seguir nos mostra nossas estimativas para as principais contas de resultado consolidado da Braskem.

BRASKEM – Destaques das Estimativas de Resultado Consolidado.

R$ Milhões 2T06E (a) 1T06A (b) (a)/(b) 2T05A (c) (a)/(c)


Receita Líquida 2.863 2.637 8,58% 2.885 -0,75%
Lucro Bruto 349 363 -3,98% 621 -43,87%
Margem Bruta 12,17% 13,77% 21,53%
EBITDA 265 287 -7,81% 570 -53,58%
Margem EBITDA 9,24% 10,88% 19,76%
Lucro Líquido -52 121 n.a. 427 n.a.
Margem Líquida -1,81% 4,59% 14,82%
L/A -0,14 0,33 1,18
Fonte: Itaú Corretora

Essas expectativas estão baseadas na expectativa de um crescimento total no volume de vendas de 6,7% em
relação ao trimestre anterior (queda de 3,6% em relação ao 2T06), considerando-se aqui apenas as vendas da
Braskem como divulgadas até o 1T06.

Esta observação é importante pois nossas estimativas já incorporam a consolidação da Politeno, adquirida no início
do trimestre. A Politeno, segundo nossas estimativas, agrega ao volume de vendas da Braskem cerca de 83 mil
toneladas de polietileno neste trimestre (ao mesmo tempo em que reduz o volume de vendas de eteno para
terceiros).

A expectativa de queda de margens, como no caso das demais empresas do setor, ocorre em função da forte
elevação do preço da nafta sem a contrapartida nos preços de resinas. Notar que estamos esperando uma queda de
margem inferior àquela observada no caso da Copesul (em pontos percentuais).

Quanto ao resultado final, não verificaremos no 2T06 o efeito positivo da valorização cambial sobre o passivo
financeiro líquido da companhia em moeda estrangeira (o efeito cambial no 1T06 gerou um ganho de R$ 154
milhões), de forma que nossa expectativa (salvo a ocorrência de algum resultado não recorrente) é de um pequeno
prejuízo no período.

O quadro a seguir mostra um comparativo entre nossas estimativas e o consenso de mercado.

3 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

BRASKEM – Comparativo de Expectativas

R$ Milhões Itaú Corretora (a) Consenso de Mercado (b) (a)/(b)


Receita Líquida 2.863 2.761 3,7%

EBITDA 265 298 -11,1%

Margem EBITDA 9,3% 10,8%

Lucro Líquido (52) 0 n.a.

Margem Líquida (1,8%) 0,0%


(0,14) 0,00
L/A
Fonte: Itaú Corretora / IBES

Como podemos observar, exceto pela receita líquida, aparentemente o mercado está mais otimista do que nós em
relação ao desempenho da companhia neste trimestre. Desta forma, caso nossas estimativas estejam corretas,
poderá haver uma certa frustração por parte de alguns investidores, ao menos no curto prazo.

Mantemos nossa classificação de MANUTENÇÃO para as ações da Braskem.

Itaú Corretora 4
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

Brasil Telecom – Resultados do 2T06: Ligeiramente Abaixo


das Nossas Estimativas
Ricardo Araújo, CNPI & Victor Mizusaki, CNPI

Sector Rating ST / LT Ticker Last (R$) YTD in R$ (%) Target 06YE (R$) Total Return (%)
Telecom UR / UR BRTP4 12,90 -22,6 UR UR

PE P/CF EV/EBITDA Div. Yield (%)


06 07 06 07 06 07 2006
- - - - - - -

Notícia: A Brasil Telecom (BRTP) anunciou na noite da terça-feira seus resultados referentes ao 2T06. Os números
relativos ao 2T vieram levemente abaixo das nossas projeções e, conforme esperado, as receitas líquidas continuam
a ser sustentadas pelos fortes crescimentos dos resultados de 12,6% e 6,5% no número de assinantes de telefonia
celular e de banda-larga, respectivamente, em relação ao trimestre anterior.

Vale a pena mencionar que o resultado do EBITDA foi impactado por dois itens de despesas extraordinárias. O
primeiro se refere a uma provisão adicional no valor de R$ 65,1 milhões para impostos e despesas trabalhistas, e o
segundo a uma reversão de impostos estaduais e federais, os quais compensaram as maiores despesas
operacionais.

Listamos abaixo os destaques do resultado do 2T06 da BRP:

ƒ Receita líquida: A empresa divulgou uma ligeira redução de 1% na receita líquida, em função do
desempenho de seu negócio de telefonia fixa, o qual foi marcado por uma queda de 1,4% no número de linhas fixas
em serviço e pela pressão de preços nas chamadas interurbanas. Por outro lado, permanece a forte demanda por
serviços de telefonia celular e de banda-larga, os quais registraram alta de 12,6% e de 6,5%, respectivamente,
quando comparados ao 1T06, compensando os resultados obtidos no segmento de telefonia fixa. Este cenário não
representa um caso isolado, e outras empresas de telefonia fixa no Brasil, como a Telemar e a Telefônica, também
estão se deparando com os mesmos desafios;
ƒ EBITDA: A margem EBITDA permaneceu estável no 2T06, apesar de uma ligeira queda de 1,4% em relação
ao 1T06, em termos absolutos. Os resultados da empresa foram impactados por uma provisão adicional de R$ 65,1
milhões com impostos e despesas trabalhistas, a qual foi compensada por uma reversão de despesas relativas à
impostos estaduais e federais. A empresa também anunciou um aumento de R$ 21,8 milhões em campanha
publicitária em relação ao Dia das Mães e o Dia dos Namorados;
ƒ Lucro líquido: A empresa divulgou um lucro líquido de R$ 105 milhões no 2T06, o que representa um
crescimento de 213% ante o trimestre anterior. Tal crescimento se deu principalmente em função das menores
despesas financeiras;
ƒ Dívida líquida: A Brasil Telecom anunciou uma redução de R$ 562 milhões na sua dívida líquida. Tal queda
é explicada por uma redução nas exigências de capital de giro da empresa.

5 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

Resultados da Brasil Telecom Relativos ao 2T06

UNIT 2Q05a 1Q06a 2Q06a 2Q06e 2Q06a/2Q06e 2Q06a/1Q06a 2Q06a/2Q05a


Lines in Service Thousand 9,540 9,543 9,407 9,538 -1.4% -1.4% -1.4%
ADSL Thousand 747 1,084 1,155 1,186 -2.6% 6.5% 54.5%
Cellular Subscribers Thousand 1,345 2,460 2,771 2,719 1.9% 12.6% 106.0%
Prepaid % 74% 67% 68% 67% 0.9 p.p. 0.9 p.p. (6.0) p.p.
Postpaid % 26% 33% 32% 33% (0.9) p.p. (0.9) p.p. 6.0 p.p.

Gross Revenues R$ million 3,642 3,655 3,619 3,771 -4.0% -1.0% -0.6%
Wireline R$ million 2,953 2,795 2,706 2,820 -4.1% -3.2% -8.4%
Local R$ million 1,203 1,266 1,226 1,283 -4.4% -3.1% 1.9%
LD R$ million 449 395 360 394 -8.7% -8.8% -19.9%
Fixed-mobile R$ million 855 813 795 820 -3.1% -2.2% -7.0%
Interconnection R$ million 175 109 100 110 -9.0% -8.1% -43.1%
Pay-phones R$ million 124 128 139 127 8.9% 8.6% 11.9%
Other R$ million 147 86 87 86 0.9% 0.8% -41.0%
Wireless R$ million 151 228 260 257 1.2% 14.4% 72.8%
Handset R$ million 67 55 70 64 9.2% 27.2% 4.2%
Service R$ million 84 173 191 194 -1.4% 10.4% 127.3%
Data Transmission R$ million 452 538 563 599 -6.1% 4.5% 24.6%
Other R$ million 86 93 90 95 -4.6% -3.4% 4.5%
Deductions R$ million (1,120) (1,178) (1,169) (1,215) -3.9% -0.8% 4.4%
Net Revenues R$ million 2,522 2,477 2,451 2,556 -4.1% -1.1% -2.8%
Costs and operating expenses (excl. depreciation) R$ million (1,694) (1,652) (1,637) (1,710) -4.2% -0.9% -3.4%
COGS R$ million (1,075) (999) (993) (1,055) -5.8% -0.6% -7.6%
Interconnection R$ million (601) (499) (481) (503) -4.5% -3.6% -20.0%
Handset cost R$ million (87) (54) (82) (63) 30.1% 51.5% -5.6%
Other R$ million (388) (447) (431) (488) -11.8% -3.5% 11.1%
SG&A R$ million (547) (505) (540) (541) -0.2% 7.0% -1.3%
Advertising R$ million (288) (258) (277) (275) 0.6% 7.6% -3.7%
Other R$ million (259) (247) (263) (265) -1.0% 6.3% 1.3%
Allowance for bad debt R$ million (83) (113) (225) (113) 98.4% 99.2% 170.1%
Other R$ million 11 (35) 121 (1) -10200.3% -443.2% 980.6%
EBITDA R$ million 828 825 814 846 -3.8% -1.4% -1.7%
EBITDA Margin % 33% 33% 33% 33% 0.1 p.p. (0.1) p.p. 0.4 p.p.
Depreciation & Amortization R$ million (615) (754) (708) (678) 4.5% -6.1% 15.2%
EBIT R$ million 213 71 106 168 -37.3% 48.8% -50.4%
Financial result R$ million (358) (75) (34) (53) -36.4% -55.2% -90.6%
EBT R$ million (145) (4) 72 115 -37.6% -1794.1% -149.6%
Non-operating result R$ million (37) (3) (14) 0 nd 465.2% -61.1%
Income taxes and social contribution R$ million (26) 42 47 76 -38.0% 12.3% -283.5%
Other R$ million 277 (2) 0 (66) -100.0% -100.0% -100.0%
Net earnings R$ million 69 34 105 126 -16.6% 213.0% 52.1%

CAPEX R$ million 440 215 335 358 -6.4% 56.1% -23.9%


Net debt R$ million 2,070 2,779 2,218 2,553 -13.2% -20.2% 7.1%
Fonte: Brasil Telecom e Itaú Corretora

Itaú Corretora 6
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

Gerdau – Trimestre Forte, Novo Preço-Alvo


Paolo Di Sora, CNPI & Fabiano R. dos Santos, CNPI, FRM

Sector Rating ST / LT Ticker Last (R$) YTD in R$ (%) Target 06YE (R$) Total Return (%)
Steel BUY MP 34.4 33.5 43.1 31.0

PE P/CF EV/EBITDA Div. Yield (%)


06 07 06 07 06 07 2006
7.7 7.4 5.7 5.3 4.3 4.1 3.7%

Notícia: A Gerdau divulgou hoje sólidos resultados - porém estranhos - referentes ao 2T06. O EBITDA registrou um
forte aumento de 21,0% ante o trimestre anterior, para R$ 1.415 milhões, 17,4% acima das nossas expectativas,
elevando a margem EBITDA para 24,0%, consideravelmente acima da nossa projeção de 21,0% e da margem de
20,8% registrada no último trimestre. A margem EBITDA no Brasil saltou de 26,1% no 1T06 para 34,9% no 2T06,
com o preço médio por tonelada caindo 4,8% e vendas totais no Brasil registrando queda de 8,2% em relação ao
trimestre anterior. Em sua conference call promovida no 2T06, a empresa mencionou que havia reavaliado seu
estoque para o 1T06, o que elevou a margem bruta efetiva para o 1T06 no Brasil dos 34,5% divulgados para 38%.
Portanto, a melhora recorrente na margem em relação ao 1T06 foi de 4% p.p., e não de 8% p.p. conforme
anunciado. A empresa afirmou também que nos próximos trimestres as margens no Brasil deverão permanecer pelo
menos nos mesmos níveis registrados no 2T06.

Nossa Opinião: Consideramos os números registrados no 1T06 referentes às operações no Brasil


excepcionalmente baixos, e a reavaliação dos estoques fez com que a margem subisse para um nível mais
consistente. Consequentemente, devido às melhores diretrizes da empresa, decidimos aumentar nossas projeções
para a Gerdau, elevando nosso preço-alvo para a GGB em 5%, de US$ 20,0/ADR para US$ 21,0/ADR.

Elevamos também em 6,5% e 6,6% as nossas estimativas em relação ao EBITDA para a Gerdau em 2006 e 2007,
respectivamente, para R$ 5,5 bilhões e R$ 5,9 bilhões. Nossas novas projeções de LPA para a empresa em 2006 e
2007, de R$ 4,44/ação e de R$ 4,66/ação, são 8% e 9%, respectivamente, mais elevadas do que nossas estimativas
anteriores.

Estamos reiterando nossa recomendação de COMPRA para a Gerdau, indicando um novo Preço-Alvo de US$
21,0/ADR, o que denota um potencial de retorno total de 31% para o final de 2006. Contudo, em termos relativos, a
Gerdau vem sendo negociada a um múltiplo VF/EBITDA 07 de 4,3x, o que implica em um prêmio de 10% ante seus
pares brasileiros. Acreditamos que a Arcelor Brasil (ARCE3 – COMPRA – Preço-Alvo de R$ 50/ação) seja o melhor
veículo para investimentos no setor no Brasil.

Acreditamos que os investidores irão reagir favoravelmente aos resultados do 2T06 da Gerdau. A recuperação das
margens no Brasil representa um ponto de inflexão nos resultados da empresa. Além disso, o forte desempenho em
sua operação na América do Norte deverá se estender pelos próximos trimestres, dando sustentação ao momentum
positivo pelo qual passa a empresa.

Revisão da Avaliação
A Gerdau divulgou resultados acima do esperado no 2T06, apresentando uma melhora significativa em suas
margens operacionais no Brasil. A empresa esclareceu durante sua conference call que havia superestimado seu
nível de preço dos estoques no Brasil em seus resultados do 1T06, o que pressionou seu desempenho no primeiro
trimestre do ano. Como resultado, a Gerdau decidiu reavaliar seu preço de estoques para o 1T06, o que acabou
elevando a margem bruta recorrente em sua operação no Brasil para tal período de 34,5% para 38%. Desse modo, a
melhora efetiva de 4% p.p. na margem bruta no 2T06 em relação ao trimestre anterior, para 42,5%, é em parte
atribuída às menores exportações, o que melhorou o mix de vendas da empresa. Entretanto, a principal melhora foi
resultado de uma redução de 11% no CPV por tonelada observada vis-à-vis o 1T06, não claramente explicada pela
empresa em sua conference call de hoje. A empresa afirmou também que nos próximos trimestres as margens no
Brasil deverão permanecer pelo menos nos mesmos níveis registrados no 2T06.

Em vista das melhores perspectivas em termos de margens para a operação da Gerdau no Brasil, decidimos revisar
para cima nossas projeções para a empresa. A tabela abaixo apresenta nossas projeções revisadas de resultados
para a empresa, incorporando parcialmente os melhores números divulgados no 2T06. Admitimos que deixamos um
certo espaço para futuras revisões, dado que aguardaremos a divulgação dos resultados do próximo trimestre para
confirmar se o nível de margem registrado no segundo trimestre é recorrente.

7 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

Gerdau – Revisão dos Resultados – BR GAAP – R$ milhões

2006E 2007E 2008E


Previous New Var (%) Previous New Var (%) Previous New Var (%)
Sales Volume 15.131 14.878 -1,7% 16.326 16.054 -1,7% 18.286 18.006 -1,5%
Net Revenues 23.139 22.751 -1,7% 22.658 22.308 -1,5% 23.313 22.961 -1,5%
EBITDA 5.179 5.518 6,5% 5.506 5.867 6,6% 5.712 5.625 -1,5%
EBITDA margin 22,4% 24,3% 24,3% 26,3% 24,5% 24,5%
EBITDA per ton 342 371 8,3% 337 365 8,4% 312 312 0,0%
Net Profits 2.725 2.954 8,4% 2.839 3.098 9,1% 2.990 2.966 -0,8%
EPS 4,1 4,4 8,4% 4,3 4,7 9,1% 4,5 4,5 -0,8%
Fonte: Gerdau e Itaú Corretora

Estamos elevando nosso preço-alvo para a GGB em 5%, para US$ 21,0/ADR. Nosso novo Preço-Alvo é baseado em
um modelo de FCD de 10 anos, utilizando um WACC de 10%, em dólares.

Gerdau – Revisão dos Resultados

Target Calculation 2006E 2007E 2008E


NPV @ 9.8% R$/share (YE 2006) 43 43 43
EV/EBITDA tgt 5,6 5,1 4,9
Target Market Cap 28.677 28.677 28.677
Target Price US$/share $21,0
Upside % 25,5%
Total Return (%) 31,1%
Multiples at Target 2006E 2007E 2008E
12m Target R$/sh (YE 2006) $ 43,1 $ 43,1 $ 43,1
Target Market Cap (R$mm) (1) 28.677 28.677 28.677
Dividends for the year to pay (2) 850 850 900
Adj. Tgt Market Cap (R$) (1) - (2) 27.402 26.552 25.652
Consolidated Net Debt 1.297 586 (1.215)
Target EV 29.975 29.264 27.462
Adj Target EV 28.699 27.138 24.437
Consolidated EBITDA 5.354 5.257 5.175
EV/EBITDA (ex - dividends) 5,4 5,2 4,7
P/E 9,7 9,3 9,6
Fonte: Gerdau e Itaú Corretora

Revisão dos Resultados do 2t06


Volume de Vendas (em linha) – As vendas totalizaram 3,75 milhões de toneladas, indicando um crescimento de
apenas 1,7% ante os trimestre anterior, apesar do trimestre sazonalmente mais forte. As vendas realizadas ao
mercado interno recuaram 1% vis-à-vis o 1T06, ao passo que aquelas direcionadas ao mercado externo a partir do
Brasil registraram uma queda de 20% ante o trimestre anterior. Na América do Norte, o volume de vendas se
mostrou robusto, conforme esperado, avançando 10% ante o 1T06, para 1,85 milhão de toneladas.

Perspectivas – Esperamos que o volume de vendas no Brasil cresça 10% em 2006, em linha com as diretrizes da
empresa. Os números registrados no 2T06 não se mostraram tão impressionantes, mas acreditamos que a
continuidade das reduções das taxas de juros no Brasil irá elevar a demanda local, especialmente no setor de
construção. O cenário em termos de demanda pelos produtos da Gerdau Ameristeel se mostra robusto, e a
consolidação da Sheffield Steel deve dar suporte a nossa visão de que as vendas na operação na América do Norte
irão crescer 10% no 2006. De modo geral, estamos projetando para a Gerdau vendas de 15,2 milhões de toneladas
em 2006, o que denota um crescimento de 12% ante o mesmo período em 2005, e em linha com a diretriz de 15
milhões de toneladas emitida pela empresa.

Preço do Aço (abaixo das expectativas) – A Gerdau divulgou baixos preços de venda em sua operação no Brasil (em
média -4,8% em relação ao 1T06). A receita por tonelada no mercado local caiu aproximadamente 2,7% ante o
trimestre anterior, ao passo que o preço médio de exportação despencou 33% em termos de dólar. Na América do
Norte, os preços médios avançaram US$ 75/tonelada vis-à-vis o trimestre anterior, enquanto que na América do Sul
os preços médios do aço subiram US$ 15/tonelada.

Itaú Corretora 8
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

Perspectivas – Projetamos preços constantes para os produtos de aço longo no Brasil durante o 2S06, em linha com
os números contido na diretriz da empresa. No entanto, caso a demanda local se mostre inelástica no 3T06, é
possível que os preços praticados no mercado local aumentem em cerca de 5% até o final do ano. Assim como no
caso da operação na América do Norte, a perspectiva é de que os preços do aço acompanhem o comportamento do
preço da sucata, de forma que o diferencial entre os preços permaneça constante, nos atuais níveis elevados.

EBITDA (em linha) – A Gerdau registrou um EBITDA de R$ 1.415 bilhão, 17% acima da nossa projeção e com alta
de 21% ante o resultado do 1T06. A margem EBITDA no Brasil se ampliou em 880 pontos-base em relação ao
trimestre anterior, para 35%. Em sua conference call, a empresa esclareceu que havia superestimado seu nível de
preço dos estoques no Brasil em seus resultados do 1T06, o que pressionou seu desempenho no primeiro trimestre
do ano. Como resultado, a Gerdau decidiu reavaliar seu preço de estoques para o 1T06, o que acabou elevando a
margem bruta recorrente em sua operação no Brasil para tal período de 34,5% para 38%. Desse modo, a melhora
efetiva de 4% p.p. na margem bruta no 2T06 em relação ao trimestre anterior, para 42,5%, é em parte atribuída às
menores exportações, que melhoraram o mix de vendas da empresa. Contudo, a principal melhora foi resultado de
uma redução de 11% no CPV por tonelada observada vis-à-vis o 1T06, não claramente explicada pela empresa em
sua conference call de hoje. Na América do Norte, a margem EBITDA permaneceu constante em relação ao 1T06,
em 15%, uma vez que o custo mais elevado da sucata foi compensado pelos melhores preços de venda. Apesar dos
menores preços de venda na América do Sul, a margem EBITDA permaneceu constante ante o trimestre anterior,
em 24,8%.

Gerdau – Operação no Brasil

R$m 2Q05A 3Q05A 4Q05A 1Q06A 2Q06A Var QoQ


Revenues 2.669 2.404 2.247 2.479 2.167 -13%
Gross margin 38% 37% 35% 38% 43%
Gross Income 1.024 890 783 942 921 -2%
COGS 1.645 1.515 1.464 1.537 1.246 -19%
COGS per ton 983,8 988,1 954,8 956,6 844,8 -12%
Fonte: Gerdau e Itaú Corretora

Perspectivas – Aguardaremos a divulgação dos resultados do 3T06 para confirmar se a recuperação da margem
EBITDA na operação no Brasil é recorrente. A margem de 35% anunciada no trimestre é consistente com as
margens históricas da empresa no Brasil. As perspectivas em termos de margem em outras regiões é de que estas
deverão permanecer nos atuais níveis satisfatórios.

Gerdau – Operação no Brasil – Desempenho do EBITDA

700 45%
654
612 610
589 513 40%
600
36,2% 39,3% 518 34,9%
40,4% 35%
37,3%
EBITDA per ton (R$/ton)

500 30,3%31,5% 35,1%


478 402
31,2%
32,5% 26,1% 30%
EBITDA margin

410 31,1%
29,0% 378 393
400 30,5%
346 331 350 25%
319 26,8%
300 20%

15%
200
10%
100
5%

0 0%
1Q03A

2Q03A

3Q03A

4Q03A

1Q04A

2Q04A

3Q04A

4Q04A

1Q05A

2Q05A

3Q05A

4Q05A

1Q06A

2Q06A
2003

EBITDA per ton Brazil EBITDA margin Brazil

Fonte: Gerdau e Itaú Corretora

Lucro (acima do projetado) - A Gerdau registrou um lucro de R$ 796 milhões (EPADR de US$ 0,55), praticamente
41% acima da nossa projeção de R$ 565 milhões (EPADR de US$ 0,39), basicamente em função do melhor
desempenho em termos operacionais.

9 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

Dívida Líquida (positivo) – A dívida líquida da empresa atingiu um nível confortável de US$ 1,280 bilhão, ligeiramente
abaixo das nossa estimativa de US$ 1,372 bilhão, e equivalente a aproximadamente 6 meses do fluxo de caixa da
empresa.

Gerdau: Resultados do 2T06

2Q05A 1Q06A 2Q06E 2Q06A Var (QoQ) Var (A/E)

Net Operating Revenue 5.435 5.614 5.740 5.901 5,1% 2,8%


Cost of Goods Sold (3.977) (4.135) (4.271) (4.196) 1,5% -1,8%
Gross Income 1.458 1.479 1.469 1.705 15,3% 16,1%
Gross margin (%) 26,8% 26,3% 25,6% 28,9%
Operating Expenses (354) (562) (517) (530) -5,6% 2,7%
Administrative Expenses (228) (437) (390) (398) -9,0% 1,9%
Sales Expenses (126) (125) (126) (133) 6,4% 5,1%
Own Operating Income 1.104 917 952 1.175 28,1% 23,3%
EBITDA 1.313 1.169 1.205 1.415 21,0% 17,4%
EBITDA Margin (%) 24,2% 20,8% 21,0% 24,0%
Net Financial Result 122 374 (66) (18) -104,8% -72,6%
Other operating Inc. 3 61 10 23 -61,7% 131,7%
Net Equity Income (245) (197) (11) 12 -106,2% -214,1%
Operating Income 985 1.155 886 1.192 3,2% 34,5%
Net Non Operating Inc 305 12 (6) 15 25,1% -358,1%
Pretax Income 1.290 1.167 880 1.207 3,5% 37,1%
Income Tax (392) (329) (194) (225) -31,6% 16,1%
Statutary participations (6) (5) (6) (6) 14,4% -4,4%
Minorities (149) (152) (116) (180) 17,9% 55,4%
Net Income 744 680 565 796 17,1% 41,0%
Net margin (%) 13,7% 12,1% 9,8% 13,5%
EPADR 0,48 0,47 0,39 0,55 17,5% 41,0%

(R$mm) 2Q05A 1Q06A 2Q06E 2Q06A Var (QoQ) Var (A/E)


Net Debt 3.144 2.412 2.970 2.771 14,9% -6,7%
Net Debt (US$) 1.338 1.110 1.372 1.280 15,3% -6,7%
('000 Tons) 2Q05A 1Q06A 2Q06E 2Q06A Var (QoQ) Var (A/E)

Brazil 1.672 1.607 1.534 1.475 -8,2% -3,9%


Domestic 877 980 985 972 -0,8% -1,3%
Exports 795 627 549 503 -19,8% -8,4%
Foreign Operations 1.744 2.082 2.283 2.276 9,3% -0,3%
North America 1.583 1.671 1.850 1.849 10,7% -0,1%
South America 161 333 351 348 4,5% -0,8%
Europe 78 83 79 1,3% -4,5%
Total 3.416 3.689 3.818 3.751 1,7% -1,8%

(R$mm) 2Q05A 1Q06A 2Q06E 2Q06A Var (QoQ) Var (A/E)


EBITDA (1+2+3+4) 1.313 1.169 1.205 1.415 21,0% 17,4%
EBITDA Margin 24,2% 20,8% 21,0% 24,0%
(1) Brazilian 867 646 588 756 17,0% 28,5%
EBITDA Margin 32,5% 26,1% 24,4% 34,9%
(2) North America 386 382 463 501 31,2% 8,2%
EBITDA Margin 15,4% 15,5% 16,4% 16,6%
(3) South America 60 108 117 111 2,8% -4,9%
EBITDA Margin 18,7% 22,6% 23,0% 22,1%
(4) Europe 33 38 47 42,4% 24,9%
EBITDA Margin 16,6% 17,2% 21,6%

(R$m) 2Q05A 1Q06A 2Q06E 2Q06A Var (QoQ) Var (A/E)

Net Revenues 5.496 5.614 5.959 5.901 5,1% -1,0%


Brazil 2.669 2.479 2.412 2.167 -12,6% -10,2%
North America 2.507 2.459 2.821 3.013 22,5% 6,8%
South America 319 477 508 503 5,5% -1,0%
Europe 199 218 218 9,5% -0,2%

Revenues/Ton 1.609 1.522 1.561 1.573 3,4% 0,8%


Brazil 1.596 1.543 1.572 1.469 -4,8% -6,5%
North America 1.584 1.472 1.525 1.630 10,7% 6,9%
South America 1.983 1.432 1.448 1.445 0,9% -0,2%
Europe 2.551 2.642 2.759 8,2% 4,5%
Fonte: Gerdau e Itaú Corretora

Itaú Corretora 10
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

Iochpe Maxion – Excelentes Resultados no 2T06


Renata Faber, CNPI

Sector Rating ST / LT Ticker Last (R$) YTD in R$ (%) Target 06YE (R$) Total Return (%)
Small Caps BUY / OP MYPK4 18,80 1,9 32,50 75,2

PE P/CF EV/EBITDA Div. Yield (%)


06 07 06 07 06 07 2006
16,0 9,4 - - 6,1 5,1 2,3

A Iochpe Maxion divulgou resultados excelentes relativos ao 2T06. Não apenas os resultados operacionais foram
bons – acima das nossas projeções – como também foi registrado no trimestre um item não-recorrente no valor de
R$ 12,8 milhões, contabilizado como “outras receitas operacionais”.

O principal ponto positivo em relação aos resultados da Iochpe no 2T06 é que, mesmo diante de um cenário de
preços mais baixos para o aço, menor produção de caminhões e redução na demanda por vagões ferroviários - que
juntos contribuíram para uma queda de 16,8% na receita líquida em relação ao mesmo trimestre em 2005, a
empresa conseguiu reduzir suas despesas com vendas, e gerais & administrativas, mantendo seu EBITDA
praticamente estável (o EBITDA registrou uma queda de apenas 1,9% ante o 2T05) e elevando sua margem EBITDA
em 2,2 p.p..

A receita líquida no 2T06 totalizou R$ 330,4 milhões (3,0% acima do projetado e com queda de 2,7% e 16,8% em
relação ao 1T06 e ao 2T05, respectivamente); o EBITDA chegou a R$ 47,9 milhões (7,8% acima do esperado, alta
de 8,9% ante o 1T06 e queda de 1,9% em relação ao mesmo período em 2005); a margem EBITDA veio 0,60 p.p.
acima do esperado, com alta de 1,5 p.p. ante o 1T06 e de 2,2 p.p. vis-à-vis o 2T05.

O resultado final foi alavancado por uma sentença judicial favorável em uma ação relativa à base de cálculo do
imposto COFINS da empresa controladora, com o acordo no valor de R$ 12,8 milhões sendo contabilizado como
“outras receitas operacionais”. Portanto, o lucro líquido totalizou R$ 27,6 milhões, em comparação com nossa
projeção de R$ 14,9 milhões. Tal resultado veio 64,5% acima daquele registrado no 2T05 e 108,8% maior do que o
do 1T06.

Estamos mantendo nossa recomendação de COMPRA para a Iochpe Maxion. Em função do fraco desempenho da
MYPK4 durante o mês passado e do potencial de retorno total de 75%, a Iochpe Maxion é atualmente nossa escolha
favorita em nosso universo de cobertura de small caps.

Produção Brasileira

Brazilian Production 2Q06 2Q05 1Q06 YoY QoQ


Passenger cars 535.6 525.4 508.6 1.9% 5.3%
Light commercial vehicles 97.7 94.8 90.2 3.1% 8.3%
Trucks 27.0 31.6 24.2 -14.6% 11.6%
Buses 10.4 10.2 8.7 2.0% 19.5%
Agricultural machinery 12.6 15.4 11.2 -18.2% 12.5%
Fonte: Anfavea

Composição da Receita Líquida da Iochpe Maxion

2Q06 2Q06e 2Q05 1Q06 1Q06/1Q06e YoY QoQ


Wheels and Chassis 183.8 185.0 217.6 181.1 -0.6% -15.5% 1.5%
Amsted Maxion 124.8 112.4 154.1 138.2 11.0% -19.0% -9.7%
Automotive Components 21.8 23.3 25.5 21.1 -6.6% -14.5% 3.3%
Fonte: Relatórios da Empresa e Projeções da Itaú Corretora

Divisão de Rodas e Chassis

A queda na receita em termos anuais pode ser explicada pela menor produção de caminhões, maiores exportações
(e pela apreciação da moeda braseira) e pelos preços mais baixos (devido aos menores preços do aço).

11 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

As exportações de caminhões continuou bastante robusta no Brasil (crescimento de 13,9% no 2T06 ante o 2T05 e
de 10,0% no 1S06 em relação ao mesmo período em 2005). A principal razão para a menor produção de caminhões
no 2T06 vis-à-vis o 2T05 foi a demanda no mercado brasileiro. Contudo, uma vez que o PIB se mostra crescente e o
transporte rodoviário é o sistema de transporte mais utilizado no Brasil, a demanda por caminhões no mercado
interno deverá registrar recuperação no 2S06.

Divisão de Componentes Automotivos


A receita mais baixa oriunda da Divisão de Componentes Automotivos em relação à igual período no ano passado é
atribuída à alienação dos ativos relacionados ao negócio de mecanismo de suspensão de janelas, que representou
19% da receita líquida da divisão no 2T05. Se desconsiderarmos esta atividade nos números do 2T05, a receita
líquida teria registrado um crescimento de 5,5% no 2T06 em relação ao mesmo período no ano passado.

Amsted Maxion
Mercado Brasileiro para Equipamento Ferroviário

Brazilian market (does not include exports) 2Q06 2Q05 1Q06 YoY QoQ
Rail cars 1,254 1,897 1,309 -33.9% -4.2%
Rail wheels 13,075 14,106 10,745 -7.3% 21.7%
Rail castings 885 1,641 733 -46.1% 20.7%
Fonte: Projeções da Amsted Maxion

Conforme vínhamos esperando, a Iochpe está aumentando suas exportações de fundidos, visando compensar a
menor demanda por vagões ferroviários no Brasil. No 2T06, as exportações de fundidos chegaram a US$ 28,2
milhões, indicando um crescimento de 84% ante o 2T05 e inalterado em relação ao 1T06.

Também como havíamos previsto, as maiores exportações de fundidos não compensaram imediatamente a menor
demanda por vagões ferroviários, por uma razão estratégica: a demanda por vagões ferroviários no Brasil deverá
crescer no próximo ano. Se a Amsted assinasse novos contratos de venda de fundidos neste ano, a empresa
provavelmente não teria a capacidade extra no ano que vem para ampliar sua produção de vagões ferroviários, e
alguns concorrentes poderiam se aproveitar deste fato.

A menor receita líquida registrada pela Amsted Maxion, tanto em termos trimestrais como anuais, é atribuída às
menores vendas de vagões ferroviários, como podemos verificar na tabela abaixo:

Vendas da Amsted Maxion

Quantities sold 2Q06 2Q05 1Q06 YoY QoQ


Rail wheels (units) 9,766 3,822 8,547 155.5% 14.3%
Castings (metric t) 17,184 10,946 17,483 57.0% -1.7%
Rail cars (units) 986 1,697 1,188 -41.9% -17.0%
Fonte: Relatórios da Empresa

Margem Bruta e EBITDA


A margem bruta melhorou tanto em termos anuais quanto trimestrais, conseqüência da maior participação dos
fundidos na receita total.

As despesas operacionais vieram em linha com nossas projeções. Os controles mais rígidos das despesas
resultaram em (1) menores despesas gerais e administrativas em relação ao mesmo trimestre em 2005 e ao 1T06, e
(2) menores despesas com vendas como porcentagem da receita líquida (4,1% da receita líquida, contra 4,8% no
2T05 e 4,25% no 1T06).

A margem bruta mais elevada e as menores despesas operacionais se traduziram em uma maior margem EBITDA
tanto em relação ao mesmo período em 2005 como ao trimestre anterior.

Resultado Financeiro e Lucro Líquido

A dívida líquida no final do 2T06 atingiu R$ 285,9 milhões (R$ 151 milhões no final do 1T06 e R$ 175 milhões no final
do 2T05). Tal aumento já era esperado devido aos maiores investimentos em capital de giro, especialmente em
recebíveis, o que é uma conseqüência das maiores exportações e da menor participação percentual dos vagões
ferroviários na receita total.

Durante o trimestre, o CAPEX totalizou R$ 21,8 milhões (projetamos R$ 80 milhões para o ano).

Itaú Corretora 12
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

O lucro líquido foi alavancado por uma sentença judicial favorável em uma ação relativa à base de cálculo do
imposto COFINS da empresa controladora, com o acordo no valor de R$ 12,8 milhões sendo contabilizado como
“outras receitas operacionais”. Portanto, o lucro líquido totalizou R$ 27,6 milhões, em comparação com nossa
projeção de R$ 14,9 milhões. Tal resultado veio 64,5% acima daquele registrado no 2T05 e 108,8% maior do que o
contabilizado no 1T06.

Demonstração dos Resultados Consolidado (R$ mil)

2Q06 2Q06e 2Q05 1Q06 1Q06/1Q06e YoY QoQ


Net revenue 330,426 320,761 397,180 339,557 3.0% -16.8% -2.7%
Gross income 65,671 60,900 73,598 62,732 7.8% -10.8% 4.7%
Gross margin 19.9% 19.0% 18.5% 18.5% 0.9 1.3 1.4
Selling 13,591 13,899 19,122 14,437 -2.2% -28.9% -5.9%
G&A 10,459 10,000 11,614 11,505 4.6% -9.9% -9.1%
Other 10,276 (418) 58
EBIT 51,897 37,002 42,444 36,848 40.3% 22.3% 40.8%
EBITDA 47,995 44,516 48,944 44,065 7.8% -1.9% 8.9%
EBITDA margin 14.5% 13.9% 12.3% 13.0% 0.6 2.2 1.5
Net financial result (3,619) (7,309) (8,966) (7,126) -50.5% -59.6% -49.2%
Non operating result (7,264) (5,000) (4,763) (5,000) 45.3% 52.5% 45.3%
EBT 41,014 24,692 28,715 24,722 66.1% 42.8% 65.9%
Income tax (13,400) (9,752) (11,933) (11,496) 37.4% 12.3% 16.6%
Net earnings 27,614 14,940 16,782 13,226 84.8% 64.5% 108.8%
Fonte: Relatórios da Empresa e Projeções da Itaú Corretora

13 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

Petrobras – Dívida com Fundo de Pensão


Gilberto Pereira de Souza, CNPI & Luiz Carlos Cesta, CNPI

Recomendação Retorno Total


Setor Código Último (R$) YTD in R$ (%) Alvo 06YE (R$)
ST / LT (%)
Oil & Gas BUY / OP PETR4 45,69 26,2 66,80 55,0

Retorno s/
P/L P/FC VF/EBITDA
Dividendos (%)
06 07 06 07 06 07 2006
5,6 4,9 5,1 4,4 4,1 4,0 4,6

Notícia: A Imprensa local noticiou hoje que a Petrobras estaria negociando um acordo com a Federação Única dos
Petroleiros (FUP) para liquidar o passivo atuarial do fundo de pensão (Petros). Segundo a imprensa, o valor deste
passivo atuarial, ainda não reconhecido no balanço da companhia, seria de R$ 9,3 bilhões.

Segundo as notícias, o prazo para a conclusão deste acordo seria 31/agosto/2006 (as negociações já levam cerca
de 2 anos) e resultaria em um prazo para pagamento deste déficit de 30 anos. Para que isso ocorra, 90% dos
participantes do fundo (ativos e aposentados) devem aprovar o acordo.

Não há novidade nesta notícia. Em Comunicado ao Mercado divulgado em 04/fevereiro/2005 a Petrobras já havia
anunciado que, em função da realização de atualização das premissas atuariais do Plano de Pensão (Plano Petros)
e do Plano de Saúde (Assistência Médica Suplementar) dos empregados e aposentados do Sistema Petrobras,
estava reconhecendo em nota explicativa o valor de R$ 8.291 milhões referentes às perdas atuariais não
reconhecidas.

De fato, nas notas explicativas referentes ao balanço de 2005, a Petrobras já apontava perdas atuariais, referentes
ao Plano de Pensão, não reconhecidas de R$ 6.501,3 milhões (no consolidado R$ 6.969,4 milhões). A mesma nota
mostra ainda perdas atuariais não reconhecidas, desta vez referente ao Plano de Assistência Médica Supletiva, no
valor de R$ 4.387,3 milhões (no consolidado R$ 4.612,1 milhões).

Como os valores já eram de conhecimento público, não vemos razão para qualquer impacto sobre a avaliação ou
performance das ações da companhia.

Itaú Corretora 14
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

Setor Petroquímico – Reajuste de Preços?


Gilberto Pereira de Souza, CNPI & Luiz Carlos Cesta, CNPI

Notícia: Segundo a imprensa local, a Rio Polímeros anunciou um aumento de preços de 10% para o polietileno a
partir do dia 01/agosto/2006. A justificativa para o aumento seria a elevação dos preços de matéria prima, que no
caso da empresa são o etano e o propano (frações do gás natural, fornecidos pela Petrobras).

Também segundo a imprensa local, a Rio Polímeros teria comercializado 130 mil toneladas de polietilenos no 2T06,
das quais 35 mil toneladas vendidas no mercado externo. Nossa expectativa era de um volume de vendas de 95 mil
toneladas, sendo 37 mil exportadas.

A Rio Polímeros possui contratos de longo prazo (15 anos) para fornecimento de suas matérias primas pela
Petrobras. Tais contratos prevêem preços parametrizados com os preços base Mont Belvieu. No caso do etano, os
preços de fornecimento apresentam um desconto em relação aos preços internacionais e no caso do propano um
pequeno prêmio.

O gráfico a seguir nos mostra a evolução dos preços internacionais (Mont Belvieu) para o etano e o propano, que
juntos representam 60% do CPV da companhia. O gráfico seguinte mostra a evolução dos preços ARA da nafta
(matéria prima para as demais empresas do setor no Brasil).

Etano/Propano – Evolução dos Preços Mont Belvieu (US$ cents/galão)

140

120

100

80

60

40
mar-05

mai-05

mar-06

mai-06
jan-05

abr-05

jun-05

jul-05

ago-05

set-05

out-05

nov-05

dez-05

jan-06

abr-06

jun-06

jul-06
fev-05

fev-06

Propano Etano

Fonte: Bloomberg / Itaú Corretora

Preços Nafta ARA (US$/tonelada)

700 Nafta
650
600
550
500
450
400
350
300
mar-05

mai-05

mar-06

mai-06
jan-05

abr-05

jun-05

jul-05

ago-05

set-05

out-05

nov-05

dez-05

jan-06

abr-06

jun-06

jul-06
fev-05

fev-06

Nafta

Fonte: Bloomberg / Itaú Corretora

15 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

Evolução Comparativa de Preços

Etano Propano Nafta


Julho/06 11,1% -1,3% -0,8%
Junho/06 15,1% 11,0% 9,4%
Maio/06 -2,9% 1,5% -4,3%
Abril/06 18,2% 6,7% 13,1%
Março/06 16,1% 6,6% 6,2%
Fevereiro/06 -17,4% -4,0% -7,3%
Janeiro/06 -14,8% -8,9% 10,5%
Últimos 3 meses 24,2% 11,1% 3,9%
Últimos 6 meses 1,4% 3,6% 12,9%
Últimos 12 meses 50,7% 31,9% 34,3%
Fonte: Bloomberg/Itaú Corretora

Conforme podemos observar na tabela acima, a pressão de aumento de custos na Rio Polímeros foi muito maior nos
últimos meses do que a pressão de custos nas demais empresas, que vinham sofrendo uma pressão maior há mais
tempo.

Mais que o problema dos custos, o setor como um todo enfrentava um problema maior: a sobre-oferta causada
exatamente pela entrada em operação da Rio Polímeros. A empresa possui uma capacidade instalada para
produção de 540 mil toneladas/ano de polietilenos de baixa densidade linear ou alta densidade, o que passou a
representar 19% da capacidade total instalada no país (que hoje é de 2.840 mil toneladas)

Capacidade Instalada de Polietilenos no Brasil (mil toneladas/ano)

Ipiranga Rio Politeno Petroq. Poliet.


Braskem Solvay Dow
Petroq. Polímeros (*) Triunfo União
PEBD 210 150 160 130 144
(1)
PEAD 630 550 540 210 82
(1)
PEBDL 630 550 540 210
Total 870 550 540 360 160 130 82 144
Fonte: Abiquim / Itaú Corretora (1) plantas multi-propósito (*) controle adquirido pela Braskem

Este aumento de oferta teve como consequência a praticamente impossibilidade de aumentos de preços durante
todo o período jan-jul/2006 para toda a indústria, o que acabou gerando resultados fracos neste 1S06.

É por isso que o anúncio da Rio Polímeros é importante. Em nossa opinião, tendo que conquistar market share, a
Rio Polímeros contava com uma vantagem maior pelo fato de estar menos pressionada pelo seu custo de matéria
prima e, por isso, acabava como que limitando os preços de polietilenos no mercado interno a despeito da pressão
de custos das demais produtoras. Agora, também sofrendo forte pressão de custos, anuncia um aumento dos
preços, o que deverá possibilitar que o mercado como um todo possa reajustar os preços dos produtos.

É claro que fica ainda a dúvida da implementação deste aumento (vários anúncios foram feitos em passado recente
mas acabaram não sendo implementados) e da velocidade com que será implementado. Também será necessário
uma avaliação da resposta da demanda a este reajuste de preços. Esta dúvida sugere ainda a manutenção de uma
posição de cautela.

É por essa razão que, apesar de considerarmos esta notícia como bastante positiva, mantemos ainda nossa
classificação de MANUTENÇÂO para as principais empresas do setor.

Itaú Corretora 16
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

TAM – Projeção dos Resutados do 2T06


Tomás Awad, CNPI & Vanessa Ferraz, CNPI

Sector ST / LT Rating Ticker Last (R$) YTD in R$ (%) Target 06YE (R$) Total Return (%)
Transportation HOLD / UP TAMM4 57.90 30.94 UR UR

PE EV EBITDA ROAE Div. Yield (%)


06 07 06 07 06 07 2006
22.3 16.0 26.4 17.3 - - 0.8

Notícia: A TAM deverá anunciar seus resultados relativos ao 2T06 na sexta-feira, antes da abertura do mercado. A
empresa irá também promover duas conference calls nesse mesmo dia (veja abaixo as informações para participar).

Projetamos um lucro líquido de R$ 66,6 milhões (LPA recorrente de R$ 0,45) no trimestre. Este resultado representa
uma queda de 40,2% em relação ao trimestre anterior. A redução no resultado final deverá refletir (i) uma queda de
1,1% no yield doméstico vis-à-vis o 1T06, e (ii) um aumento no CASKs (custo por assento disponível por quilômetro)
de aproximadamente 10% ante o trimestre anterior.

Estimamos que a receita líquida venha em R$ 1.607,1 milhões, resultado da maior demanda (crescimento de 1,4%
no RPKs (quantidade de quilômetros voados por passageiros pagantes) em relação ao 1T06) e do yield consolidado
(doméstico + internacional) estável.

Projetamos um aperto nas margens operacionais e de EBITDA em comparação àquelas verificadas no 1T06,
principalmente em função de: i) nível de concorrência mais elevado, refletindo-se em menores yields; ii) maiores
despesas com combustível, e iii) um aumento nas despesas com vendas e de marketing, dado que historicamente o
segundo trimestre apresenta uma despesa mais elevada em relação a este item.

Nossas projeções de resultado operacional de R$ 89,7 milhões e de EBITDA de R$ 111,6 milhões indicam uma
margem operacional de 5,6% e uma margem EBITDA de 6,9% (comparada à margem operacional de -0,2% e de
margem EBITDA de1,5% no 2T05, e de 11,2% e de 12,6%, respectivamente, para o 1T06).

Para participar da conference call que será promovida na sexta-feira (04 de agosto de 2006), os investidores devem
discar: i) para versão em inglês (10:00 h, horário da costa leste dos EUA; 11:00 h, horário do Brasil) – 1 800 860-
2442, caso a ligação se origine dos EUA, ou 55 11 4688-6301 caso o investidor esteja ligando do Brasil, e 1 412 858-
4600 no caso daqueles investidores ligando de outros países. A senha para a versão em inglês é 185; ii) versão em
português (11:00 h, horário da costa leste dos EUA; 12:00 h, horário do Brasil) – 55 11 4688-6301. A senha neste
caso é 495. Para ambas as versões, acesse a página da empresa na Internet em http://www.tam.com.br.

Nossa Opinião: Não acreditamos que o impacto integral do downsizing da VARIG sobre a empresa será
sentido neste trimestre. Para mais adiante, acreditamos que as ações ON da TAM deverão ser negociadas
com base nos resultados das maiores freqüências e da maior participação de mercado tanto doméstica
como internacionalmente.
Destaques dos Resultados Trimestrais da TAM

2Q05a 1Q06a 2Q05e


Net Revenues 1.247,0 1.589,6 1.607,1

Operating Income (2,2) 178,0 89,7


Operating Margin -0,2% 11,2% 5,6%

EBITDA 18,6 200,9 111,6


EBITDA margin 1,5% 12,6% 6,9%

Net Income (24,7) 111,2 66,6


Earnings per Share (EPS) (0,17) 0,75 0,45
Fonte: Itaú Corretora Equity Research e TAM

17 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

BREVES

Gol Apresenta Estatísticas de Tráfego de Julho de 2006


Notícia: A oferta de assentos da Gol registrou aumento de 5,4% em julho em relação ao mês anterior e a demanda
cresceu 13,6% no mesmo período no mercado doméstico. Houve um aumento de 4% do yield e 12% de aumento da
etapa média. A taxa de ocupação (load factor) em julho foi de 84,1% o que é bastante alto.

Vale do Rio Doce apresenta resultado em linha com nossas estimativas


Notícia: A Companhia Vale do Rio Doce registrou no segundo trimestre de 2006 Lucro Líquido de US$ 1,9 bilhão. O
Ebitda foi de US$ 2,2 bilhões e a receita totalizou US$ 4,1 bilhões.

Itaú Corretora 18
Panorama do Mercado 3 de agosto de 2006

FECHAMENTO DO MERCADO 02/08/06

Bolsa: Ibovespa Volta aos 37 Mil Pontos, Acompanhando Recuperação de Nova York.
O Ibovespa fechou em alta de 1,22%, aos 37.288 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 2,260 bilhões. O
risco Brasil teve queda de 2,23%, para 229 pontos base.

A mínima do dia foi registrada às 10h02, em queda de 0,02%, aos 36.834 pontos. A máxima do dia foi registrada às
15h10, com o Ibovespa em alta de 1,74%, aos 37.481 pontos.

Nos Estados Unidos, a maior influência veio dos balanços de segundo trimestre, que ajudaram a manter as Bolsas
norte-americanas no campo positivo ao longo de todo o dia. A pesquisa de empregos da ADP apresentou alta de 99
mil no número de vagas criadas em julho. O índice Dow Jones fechou em alta de 74 pontos, aos 11.199 pontos e o
Nasdaq subiu 16 pontos, aos 2.078 pontos.

O capital externo na Bovespa no dia 28 de julho registrou entrada de R$ 87 milhões. O saldo acumulado no mês está
negativo em R$ 694 milhões e no ano, negativo em R$ 1,244 bilhão.

O lucro da Companhia Vale do Rio Doce foi de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2006, anunciado após o
fechamento do mercado.

As maiores altas do dia foram: Souza Cruz ON (4,21%), Acesita PN (3,76%), Arcelor ON (3,31%), Celesc PNB
(3,16%), Gerdau PN (3,04%), Tim Par PN (3,04%), Gerdau Met PN (2,90%), Unibanco Unit (2,90%). As maiores
baixas do dia foram: Contax PN (-4,57%), Sadia PN (-4,17%), Contax ON (-2,95%), Perdigão ON (-2,75%), Brasil
Telecom PN (-1,90%), Brasil Telecom Par ON (-1,79%), Brasil Telecom Par PN (-1,43%), Cesp PNA (-1,02%).

Dólar: Com Fluxo Positivo, Cotação Retoma Trajetória de Queda


O dólar comercial fechou em queda de 0,46%, cotado a R$ 2,179 na compra e a R$ 2,181 na venda, na mínima do
dia. Na BM&F, o contrato de dólar futuro de setembro registrou alta de 0,45%, cotado a R$ 2,198. O Banco Central
realizou leilão de compra no mercado à vista, com taxa de corte de R$ 2,178. A cotação oscilou entre a máxima de
R$ 2,192 e a mínima R$ 2,177.

O fluxo cambial em julho foi positivo em US$ 2,492 bilhões. De janeiro a julho, o fluxo cambial positivo acumulado é
de US$ 25,691 bilhões. O fluxo financeiro em julho foi negativo em US$ 2,303 bilhões. O fluxo comercial foi positivo
em US$ 4,795 bilhões em julho.

Juros: Taxas Futuras Seguem sem Definição, à Espera do Fed


Na BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em setembro de 2006 manteve-se estável, com
taxa anual de 14,63% e 4.305 contratos negociados. O DI de janeiro de 2008, o mais líquido, teve queda de um
ponto, com taxa anual de 14,62% e 118.042 contratos negociados.

19 Itaú Corretora
3 de agosto de 2006 Panorama do Mercado

EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
CLASSIFICAÇÕES: DEFINIÇÕES, DISPERSÃO E RELAÇÕES BANCÁRIAS (3)

Classificação Definição Cobertura (1) Relação Bancária (2)

Outperformer Retorno total projetado pela Itaú Corretora 10% maior que a projeção de retorno
total da Itaú Corretora para o Índice IBOVESPA
13% 8%
(Compra)

Market Performer Retorno total projetado pela Itaú Corretora entre + 10% e -10% que a projeção
(Manutenção) de retorno total da Itaú Corretora para o Índice IBOVESPA
33% 21%

Underperformer Retorno total projetado pela Itaú Corretora 10% menor que a projeção de retorno
(Venda) total da Itaú Corretora para o Índice IBOVESPA
54% 34%

1. Percentual de empresas no universo de cobertura da Itaú Corretora de Valores S.A.dentro desta categoria de classificação.
2. Percentual de empresas dentro desta categoria de classificação para as quais foram prestados serviços de banco de investimentos nos últimos 12 (doze) meses,
ou que serão prestados durante os próximos 3 (três) meses.
3. As classificações de COMPRA, MANUTENÇÃO e VENDA de curto prazo refletem o juízo do analista sobre o desempenho da ação em relação ao desempenho do
universo de cobertura da Itaú Corretora S.A. no curto prazo. Uma recomendação atual de curto prazo será válida até que o analista altere sua classificação, como
resultado de quaisquer notícias ou simplesmente em função de uma alteração na cotação da ação (não existe um horizonte de tempo pré-determinado).

INFORMAÇÕES RELEVANTES
Para obter outras informações de exoneração de resposabilidade sobre as empresas descritas neste relatório, favor contatar a Itaú Corretora de Valores S.A. no
telefone (55-11) 5029-4903 ou e-mail [email protected].

INFORMAÇÕES GERAIS DE EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE


1. Este relatório foi elaborado pela Itaú Corretora de Valores S.A., uma subsidiária do Banco Itaú S.A. Este relatório está sendo distribuído (i) nos Estados Unidos da
América pela Itaú Securities Inc., uma empresa membro da NASD e SIPC; e (ii) no Reino Unido e na Europa pelo Banco Itaú Europa S.A., Agência de Londres,
autorizada pelo Banco de Portugal e regulamentada pela Financial Services Authority para certos tipos de negócios de investimento no Reino Unido. Este
relatório tem como único propósito fornecer informações, e não constitui ou deve ser interpretado como uma oferta ou solicitação de compra ou venda de
qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócios específica, qualquer que seja a jurisdição. Embora as informações
contidas neste relatório sejam consideradas confiáveis na data da divulgação deste relatório e tenham sido obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis, a
Itaú Corretora de Valores S.A., Itaú Securities Inc. e o Banco Itaú Europa S.A., Agência de Londres não declaram ou garantem, de forma expressa ou implícita, a
integridade, confiabilidade ou exatidão de tais informações. Este relatório não é uma declaração completa ou resumo dos valores mobiliários, mercados ou
desdobramentos aqui abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem o atual julgamento do analista de investimento
responsável pelo conteúdo do relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio. As cotações e disponibilidades dos
instrumentos financeiros são meramente indicativas e sujeitas a alterações sem aviso prévio. A Itaú Corretora de Valores S.A. não está obrigada a atualizar,
modificar ou corrigir este relatório e informar ao leitor a tais alterações, com exceção do encerramento da cobertura das empresas analisadas neste relatório.
2. O analista de investimento responsável pela elaboração deste relatório garante que as opiniões expressas neste relatório refletem de forma precisa suas visões e
opiniões pessoais a respeito de todo e qualquer emitente analisado neste relatório ou seus títulos e foram produzidas com independência e autonomia, incluindo
no que se refere a Itaú Corretora de Valores S.A. Uma vez que as opiniões pessoais dos analistas de investimento podem ser divergentes entre si, a Itaú
Corretora de Valores S.A. e suas empresas afiliadas podem ter publicado ou vir a publicar outros relatórios que não apresentem uniformidade e/ou que cheguem
a diferentes conclusões em relação às informações fornecidas neste relatório.
3. A remuneração do analista de investimento é determinada com base no total de receitas da Itaú Corretora de Valores S.A., uma parcela da qual é gerada através
da prestação de serviços de banco de investimento. Assim como todos os funcionários da Itaú Corretora de Valores S.A. e suas empresas afiliadas, a
remuneração dos analistas de investimento é influenciada pelo resultado geral desta(s) companhia(s), razão pela qual a remuneração de um analista de
investimento pode ser considerada como relacionada indiretamente a este relatório. Entretanto, o analista de investimento responsável pela elaboração deste
relatório garante que nenhuma parcela de sua remuneração esteve, está ou estará, direta ou indiretamente, relacionada a quaisquer recomendações ou opiniões
específicas contidas neste relatório ou atrelada à precificação de quaisquer dos valores mobiliários emitidos pela Companhia. Adicionalmente, o analista de
investimento declara que não mantém vínculo com qualquer pessoa natural que atue no âmbito da Companhia e que não recebe remuneração por serviços
prestados ou apresentam relações comerciais com a Companhia, ou pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o
interesse da Companhia. Por fim, o analista de investimento declara que não é titular, direta ou indiretamente, de valores mobiliários de emissão da Companhia
que representem 5% (cinco por cento) ou mais de seu patrimônio pessoal, ou está envolvido na aquisição, alienação e intermediação de tais valores mobiliários
no mercado e que a Itaú Corretora de Valores S.A., bem como os fundos, carteiras e clubes de investimentos em valores mobiliários por ela administrados não
possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) do capital social da Companhia, e não estão envolvidos na aquisição,
alienação e intermediação de tais valores mobiliários no mercado.
4. Os instrumentos financeiros discutidos neste relatório podem não ser adequados para todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos
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Caso um instrumento financeiro seja expresso em uma moeda que não a do investidor, uma alteração nas taxas de câmbio podem impactar adversamente o
preço ou valor do instrumento financeiro, assim como a rentabilidade obtida com o mesmo, e o leitor deste relatório assume quaisquer riscos de câmbio. A
rentabilidade dos instrumentos financeiros pode apresentar variações, e seu preço ou valor podem, direta ou indiretamente, subir ou cair. Os desempenhos
anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros, e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste relatório
em relação aos desempenhos futuros. A Itaú Corretora de Valores S.A. se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que
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