TCC - Anny Jessyca Garcia Silva - Arquitetura
TCC - Anny Jessyca Garcia Silva - Arquitetura
TCC - Anny Jessyca Garcia Silva - Arquitetura
CAMPUS ARAPIRACA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ARAPIRACA
2016
ANNY JESSYCA GARCIA SILVA
ARAPIRACA
2016
ANNY JESSYCA GARCIA SILVA
Estimations from Psychiatry Institute of the University of São Paulo show that almost
2 million Brazilians are autistic people. Infantile autism is about a framework of
complex disorders of brain development, characterized by disturbance in the areas of
social interaction and communication, leading to repetitive behavior. Autism has no
cure but, with dedicated treatment, incentives and affection, the person with Autism
Spectrum Disorder (ASD) can achieve their full potential. Despite the increase in the
amount of care spaces to ASD, the technical legislations do not have exclusive
guidelines for places to infantile autism treatment. Clinics for people with autism are
also designed as conventional clinics. The city of Arapiraca, since 2011, counts on
Espaço TRATE Autismo, the study object of this research; a place specialized in the
treatment and diagnosis of child with autism. Its space is the result of successive
reforms that have attended the immediatist way. This work aims to evaluate the
physical structure of Espaço TRATE to support the elaboration of its reform and
expansion design, contributing to the dissemination of knowledge necessary to adapt
the design to the specific characteristics and needs of the child with autism.
Therefore, the methodological procedures, based on qualitative research, consists of
bibliographic review, analysis of typological research that encourage the
understanding of the problem and case study of Espaço TRATE. Therefore, the
challenge is to think about appropriate spaces for the child with autism and their
treatment, considering opinions from professionals, parents and relatives.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
1. AUTISMO INFANTIL ............................................................................................ 18
1.1. Transtorno do Espectro Autista - TEA ................................................................ 18
1.2. Diagnóstico e características .............................................................................. 21
1.3. Abordagens e formas de tratamento ................................................................... 23
1.4. Tratamento psicanalítico ..................................................................................... 24
1.4.1. ABA................................................................................................................. 24
1.4.2. Comunicação complementar e alternativa – CSA .......................................... 25
1.4.3. TEACCH ......................................................................................................... 26
1.4.4. Terapias de integração sensorial .................................................................... 27
1.4.5. Acompanhamento terapêutico ........................................................................ 28
1.4.6. Uso da tecnologia ........................................................................................... 28
1.4.7. Método Son-Rise ............................................................................................ 29
1.5. O espaço dos pais no tratamento da criança autista .......................................... 30
1.6. Autismo como tomada de decisão no projeto arquitetônico ................................ 31
1.6.1. Matriz de Desenho Sensorial .......................................................................... 32
1.6.2. Manual Prático de Arquitetura para Clínicas e Laboratórios ........................... 34
2. METODOLOGIA ................................................................................................... 37
3. PESQUISA TIPOLÓGICA .................................................................................... 40
3.1. National Centre for Autism Education – Londres ................................................ 40
3.2. ASD Unidade Residencial – Chicago .................................................................. 43
4. ESPAÇO TRATE AUTISMO................................................................................. 48
4.1. Localização ......................................................................................................... 49
4.2. Organização espacial ......................................................................................... 52
4.3. Impeditivos econômicos e de atendimento ......................................................... 53
4.4. Norteadores de decisão do Espaço TRATE Autismo ......................................... 54
4.4.1. Profissionais ................................................................................................... 54
4.4.2. Pais ................................................................................................................. 57
5. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA DE REFORMA E ADEQUAÇÃO DO
ESPAÇO TRATE ...................................................................................................... 64
5.1. Limitações do projeto .......................................................................................... 64
5.2. Programa de necessidades ................................................................................ 65
5.3. Tomadas de decisão focada no tratamento da criança autista ........................... 66
5.4. Partido arquitetônico ........................................................................................... 68
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 78
APÊNDICE A – PROJETO PRELIMINAR ................................................................ 80
13
INTRODUÇÃO
1. AUTISMO INFANTIL
O termo autismo foi usado pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra Plouller
e difundido pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler para descrever casos clínicos de
“fechamento social”. A palavra autismo é de origem grega advinda da expressão
autós que significa “o si mesmo” ou “voltar-se para si mesmo” (LOTUFO, 2008).
Em 1943 o psiquiatra austríaco Leo Kanner descreveu na revista americana
Nervous Child um estudo intitulado Autistic Disturbances of Affective Contact
(Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo) no qual onze crianças apresentavam uma
tríade de características em comum: inabilidade para sociabilização, dificuldade em
comunicar-se – seja verbalmente ou não verbal – e um comportamento repetitivo
(KANNER, 1943). Já em seu primeiro estudo, Kanner trazia a possibilidade de que
crianças com autismo poderiam ter sido confundidas como débeis mentais ou
esquizofrênicas. Sobre o autismo ter sido, inicialmente, classificado como uma
psicose infantil:
O autismo, geralmente incluído no grupo das “psicoses infantis”, é naquele
momento tratado como um transtorno das fundações do psiquismo infantil, e
muitas vezes as características psicológicas dos pais ou a qualidade dos
cuidados maternos foram equivocadamente associadas à gênese do quadro
dos seus filhos, com lamentáveis consequências. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2013, p.25)
Durante muitos anos a teoria afetiva, iniciada por Kanner, com uma etiologia
inteiramente relacional, foi amplamente difundida na literatura psicanalítica. Com
pesquisadores como Michael Rutter, Simon Baron-Cohen e Uta Frith a teoria da
mente associada à pesquisa genética, com etiologia cognitiva, ganhou força a partir
dos anos 1970 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Esses dois tipos de abordagens
acerca da origem do quadro autístico geram, até hoje, discussões sobre qual seria a
intervenção correta para indivíduos com autismo. Terapia cognitivo comportamental
e psicanálise (cognitivistas x psicanalistas) dividem não só opiniões de profissionais,
mas também de pais e educadores, fato que gerou dois projetos de lei, reprovados,
para proibir a prática da psicanálise em crianças autistas, sob a alegação de que
não há comprovação científica que justifique a psicanálise em autistas (AGNÈS,
2014). Porém, é importante frisar que “a etiologia do autismo é desconhecida e o
que temos, ainda hoje, são hipóteses baseadas tanto em experiências, quanto
referências teóricas” (SILVA, 2013, p.19).
Com o passar do tempo e maior estudo da área surgiu o termo Transtornos
Globais ou Invasivos do Desenvolvimento (TGD) que incluía além do Autismo
Infantil, a Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett (que recentemente foi retirada
desse grupo por pertencer a outra natureza psicológica) e o Transtorno Global do
Desenvolvimento Sem Outra Especificação, segundo Lotufo (2008), é uma categoria
diagnóstica de exclusão, apresentando problemas dentro da tríade, porém não
preenchendo todos os critérios. Atualmente o termo Transtorno do Espectro Autista
(TEA), comumente utilizado, engloba os transtornos acima com exceção a Síndrome
de Rett (SCHWARTZMAN, 2010).
O conceito de transtorno do desenvolvimento foi introduzido, portanto, para
caracterizar os transtornos mentais da infância que apresentam tanto um
início muito precoce quanto uma tendência evolutiva crônica. Os
Transtornos do Espectro do Autismo se enquadram bem nessa categoria,
uma vez que são condições clínicas de início na primeira infância e com
curso crônico. Dessa forma, a síndrome autista manifestada pela criança
pequena costuma persistir no decorrer da vida, em que pesem as
possibilidades de melhora clínica e funcional ao longo do tempo.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE,2013, p.35)
Fonte: Disponível em: <http://mypuzzlingpiece.com/> modificado pela autora desta monografia, 2016.
Lord e Rutter (1994) apud Amorim (2012) destacam quatro alvos básicos de
qualquer tratamento: estimular o desenvolvimento social e comunicativo; aprimorar o
aprendizado e a capacidade de solucionar problemas; diminuir comportamentos que
interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do
cotidiano; e ajudar as famílias a lidarem com o autismo.
A seguir, algumas abordagens serão descritas para apresentação das
possibilidades ao tipo de tratamento escolhido.
1.4.1. ABA
Ainda sobre Camargos (2005), a ABA tem como premissa que todo
comportamento possui uma função, ou seja, algo que cause tal comportamento, por
isso todo comportamento é passível de mudança. Dessa forma, ocorre “[...] redução
de comportamentos não adaptativos (estereotipias, agressividade etc.);
particularmente ao substituí-los por novos comportamentos socialmente mais
aceitáveis e que sirvam aos mesmos propósitos, mas de modo mais eficiente (MS,
2013, p.85-86)”.
1.4.3. TEACCH
“Quando você recebe uma notícia como esta - do autismo -, é como se aquele bebezinho que você
idealizou tivesse morrido. É um luto muito sofrido. A aceitação é muito, muito difícil.
Mas você tem, aí, um novo bebezinho, meio desconhecido pra você, é verdade. Mas que também vai
te dar muitas alegrias. E que não quer estudar na escola X ou fazer intercâmbio: tudo que ele quer é
ser feliz, ser amado, ser aceitado. ”
Apesar de redimir-se, Leo Kanner, será sempre lembrado pelo termo “mães
geladeiras” e pela herança negativa que isso representa. Quantos pais, ante ao
descontentamento acerca o desenvolvimento de seus filhos, já escutou a velha
afirmação “é falta de estímulo”? Porém, muitos estudiosos e profissionais ainda
veem na relação mãe e bebê como o fator desencadeador do autismo.
Como descrito por Amy (2001), ainda são extremamente marcantes os
sentimentos de culpabilidade, vergonha e angústia dos pais em relação a seus filhos
autistas, muitas vezes, induzidos por determinadas teorias.
O cuidado da pessoa com TEA exige da família extensos e permanentes
períodos de dedicação, provocando, em muitos casos, a diminuição das
atividades de trabalho, lazer e até de negligência aos cuidados da saúde de
membros da família. Isto significa que estamos diante da necessidade de
ofertar, também aos pais e cuidadores, espaços de escuta e acolhimento;
de orientação e até de cuidados terapêuticos específicos (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2013, p.33).
Também se faz necessário que estes pais possam ter um espaço para troca
de experiências e apoio emocional mútuo. A primeira associação do gênero no
Brasil, a AMA (Associação Amigos do Autista), atua desde 1983 amparando pais e
crianças. Muitas pessoas se envolveram na causa e associações do gênero se
multiplicaram pelo país, estas, fundamentais para a luta contra o preconceito e
manifesto frente ao poder público para acesso ao tratamento de qualidade e
inclusão social.
estudos, levando em conta que até a própria etiologia do autismo ainda não foi
descoberta.
2. METODOLOGIA
A – Revisão bibliográfica
Com a finalidade de obter conhecimento acerca o autismo infantil, suas
características, dificuldades e formas de tratamento, será realizado um levantamento
de referências teóricas publicadas em livros, artigos científicos, dissertações, teses e
sites especializados.
38
B – Pesquisa tipológica
Uma das abordagens que estão modificando o modo como designers e
arquitetos projetam ambientes de assistência médica é o Design Baseado em
Evidências (evidence-based design, EBD, em ingês). Este método foi desenvolvido
no instituto americano Center For HealthCare Design (CHD), e tem como objetivo
criar um ambiente de qualidade que proporcione uma melhor experiência ao
paciente e seus acompanhantes. Inicialmente, o método era destinado ao designer
de interiores, mas logo notou-se que a arquitetura das edificações também se
relaciona com seus usuários. Dessa forma, algumas das práticas do EBD foram
usadas para se criar o método Projeto Baseado em Evidências (PBE).
Conforme Hamilton e Watkins (2009) apud Lima (et al, 2012) no PBE as
decisões são tomadas de forma cuidadosa, clara e criteriosa com base nas
melhores evidências correntes e disponíveis oriundas da pesquisa e da prática,
considerando também o conhecimento do cliente relacionado.
Segundo Lima (2012) três fontes são essenciais para criação com base no
método PBE: evidências práticas, evidências do cliente e evidências de pesquisa.
Além do mais a evidência pode ser conceituada como um guia para geração de
valor. Desta forma, os projetos selecionados para formar a pesquisa tipológica
apresentados nesta monografia servirão como fonte de ampliação do conhecimento
de promissoras clínicas para crianças com TEA.
3. PESQUISA TIPOLÓGICA
Fonte: GA Architects, 2015. Disponível em: < http://www.ga-architects.com/>. Acesso em: 27 fev.
2016.
Fonte: GA Architects, 2015. Disponível em: < http://www.ga-architects.com/>. Acesso em: 27 fev.
2016.
Pode-se notar que o pátio recebeu cuidado especial (Figura 15). Entre
árvores e arbustos há bancos dispostos em um caminho circular, dentro do círculo
há pedras, areia e diferentes tipos de vegetação. Ao longo da edificação houve o
plantio de árvores, formando uma espécie de cerca viva, uma clara limitação do que
pertence à casa ao que é externo. Plantas sensoriais (cujo aroma pode ser de fácil
percepção, florações de cores vivas, folhas de toque aveludado ou de diversas
texturas, podem ser algumas das características dessas plantas) foram colocadas
em um ponto estratégico próximo ao banco, porém não em todos, já que há crianças
com o olfato muito sensível. Nota-se também a distinção de duas áreas recreativas:
um playground para brincadeiras em grupo e uma área isolada para estar só,
respeitando a individualidade da criança, não forçando o convívio social quando este
ainda não está preparado.
46
Figura 16 – Setorização.
Fonte: GA Architects, 2015. Disponível em: < http://www.ga-architects.com/>. Acesso em: 27 fev.
2016.
Fonte: GA Architects, 2015. Disponível em: < http://www.ga-architects.com/>. Acesso em: 27 fev.
2016.
4.1. Localização
Fonte: Mapa de Arapiraca cedido pela Prefeitura, 2013 modificado pela autora desta monografia.
52
4.4.1. Profissionais
pelas psicólogas que uma sala é classificada como neutra quando apresenta poucos
estímulos de cores, formas, textura e ruídos. Uma sala de estímulo é o oposto, neste
tipo cores, formas e diversidade de texturas devem ser exploradas para possibilitar
diferentes estímulos sensoriais ao paciente. Normalmente, a sala neutra é utilizada
para a aprendizagem e a de estímulo para desenvolver a percepção individual e
espacial do paciente.
Como o número de crianças na fila de espera da clínica encontra-se elevado,
os profissionais solicitaram para o projeto de reforma e ampliação 2 novas salas:
sala de integração sensorial e uma sala de realidade aumentada. A sala de
integração sensorial pode seguir o padrão da primeira construída, já que não houve
queixas quanto ao tamanho e função. A sala de realidade aumentada, que será
novidade na clínica e no Estado, consiste em um ambiente para interação virtual
fazendo o uso de aparelhos de imagem e som, onde as atividades ocorrerão
individuais ou em grupos de no máximo 3 crianças.
A sala de terapia ocupacional é considerada pequena pela terapeuta
ocupacional, pois contém dois equipamentos relativamente grandes, uma cama
elástica e uma cama tatame, que tem seu uso dificultado pela reduzida circulação no
ambiente, assim o aumento desse ambiente é fundamental. As demais salas da
clínica não possuem grandes problemas funcionais, segundo profissionais, porém
serão abordadas recomendações no capítulo de propostas que vise melhorar o
desempenho de pacientes.
As recepções apresentam um problema de função e custo, como os edifícios
são segregados, sem um elo que os torne uma unidade, duas recepções foram
criadas, porém a recepção, de fato, só ocorre no edifício 2. No edifício mais antigo a
recepção se tornou uma espécie de área de transição entre o meio externo e o
atendimento clínico, um ambiente de passagem sem grandes funções. Foi proposto
a transformação de uma das recepções em uma área mais aberta com uso a ser
definido. Psicólogas também relataram que a grande maioria dos pacientes prefere
esperar por sua vez no pequeno playground que a clínica possui, pois, a recepção é
muito fechada e causa sensação de enclausuramento, além de ser pouco atrativa às
crianças.
A ideia do ambiente cozinha em uma clínica para crianças autistas é mais
ampla que aquela de uso convencional, além de servir de apoio à equipe de
funcionários, nela pode ser realizada oficinas onde profissionais, como nutricionistas
56
vegetação também foi citada. Prever o desenho universal no projeto foi pautado
como essencial, já que a clínica recebe cadeirantes e pacientes com mobilidade
reduzida.
4.4.2. Pais
Uma vez por semana, mães e pais de crianças assistidas pela clínica se
reúnem na sala de psicologia. Estas reuniões têm como objetivo guiar e auxiliar os
pais a dar continuidade ao projeto terapêutico em casa, além de proporcionar troca
de experiências e soma de forças para planejar formas de arrecadação de dinheiro
para manutenção e melhoramento da clínica.
A sala não possui cadeiras, na entrada há a retirada de calçados (para manter
a sala limpa) e então os pais sentam no chão. Os pais pontuaram que necessitam
de um local para realização das reuniões, já que o atendimento da sala é
interrompido para realização das mesmas, um auditório seria ideal, porém a clínica
não dispõe de verba e espaço que possibilite grandes alterações e melhorias.
Outro fator pontuado é que como um dos banheiros do edifício 2 é exclusivo
da equipe profissional, o outro banheiro não é suficiente em dias de reuniões. A falta
de proteção em dias de chuva e ausência de vegetação que proporcione
sombreamento também foi pontuado.
Quando indagados sobre o acesso à clínica, inserida no Centro Especializado
em Reabilitação Física e Intelectual, relataram que o apego à rotina faz com que as
crianças realizem todos os dias o mesmo trajeto (caminho delimitado na cor
amarelo, Figura 23), desse modo caminhos bem definidos são favoráveis.
Mesa, cadeiras,
Sala neutra.
Sala de armário e Desenvolvimento Fonoaudióloga
2,45 × 3,9m Atendimento
Fonoaudiologia materiais da linguagem. ou Psicóloga
Individual.
educativos.
58
Quadro 5 – Ambientes do Espaço TRATE.
Usuários e
Denominação Imagem Dimensões Equipamentos Atividade Observações
Atendimentos
Fisioterapeuta e
Sala de Tablado (tatame Reabilitação A sala precisa
Terapeuta
Fisioterapia e de pé) fisioterapêutica e ser maior para
2,40 × 5,8m ocupacional.
Terapia Trampolim Terapia acomodar
(Atendimento
Ocupacional (Pula-pula) Ocupacional equipamentos
individual)
A sala e
iluminação
devem ser
Sala de Mesa, cadeira e Atendimento
2,02 × 3,5m Avaliação neutras, sua
Neuropsicologia armário individual
temperatura
deve ser
agradável.
Médico e
Mesa, cadeiras,
assistente social.
computador, Atendimento
Sala de Atendimento Atende à
2,40× 3,22m armário médico e serviço
Avaliação individual demanda.
(arquivos), sofá social.
juntamente com
2 lugares.
os pais.
59
Quadro 5 – Ambientes do Espaço TRATE.
Usuários e
Denominação Imagem Dimensões Equipamentos Atividade Observações
Atendimentos
As mesas
A cozinha
Armário, mesa precisam ter as
funciona como
com 4 cadeiras, quinas
copa para Todos
fogão, pia, arredondas,
Cozinha com funcionários, funcionários.
geladeira, uma criança
pequeno 2,45 × 4,9m como também AVD- grupos de
bebedouro, pode
depósito são realizadas no máximo 4
micro-ondas e facilmente se
Atividades de crianças.
utensílios de machucar no
vida diária –
cozinha. estado atual da
AVD.
cozinha.
(O banheiro
possui tamanho
Os banheiros
que permite o
não podem
Banheiro Bacia sanitária e giro da cadeira Pacientes e
1,7 × 2,0m possuir
Unissex pia. de rodas além de acompanhantes.
espelhos nem
acompanhante,
objetos soltos.
porém está sem
barras de apoio.)
Bebedouro,
Recepção de Algumas
balcão,
pais, crianças e a Pais, pacientes e crianças ficam
Recepção 02 3,23× 6,48m televisão, 7
comunidade em visitantes. impacientes no
cadeiras de
geral. local.
espera.
60
Quadro 5 – Ambientes do Espaço TRATE.
Usuários e
Denominação Imagem Dimensões Equipamentos Atividade Observações
Atendimentos
Reabilitação
Psicóloga, Uma vez por
cognitiva, treino
atendimentos semana é
Sala de de
3,17× 5,20m Sala neutra. individuais e realizada a
Psicologia 01 comportamento,
grupos de até 5 reunião de pais
atividades
crianças. nesta sala.
lúdicas.
Sala neutra.
Algumas
Reabilitação crianças se
Psicóloga,
Pia para limpeza cognitiva, treino distraem com
atendimentos
Sala de após uso de tinta de fechaduras de
3,17× 5,20m individuais e
Psicologia 02 ou argila. comportamento, janelas e
grupos de até 5
atividades portas,
crianças.
lúdicas. dificultando o
trabalho das
profissionais.
61
Quadro 5 – Ambientes do Espaço TRATE.
Usuários e
Denominação Imagem Dimensões Equipamentos Atividade Observações
Atendimentos
Desconfortável
e pequena.
Sala de Planejamento de Apenas Possui um
planejamento de 2,08× 2,36m Mesa e cadeiras atividades e profissionais do pequeno
atividades descanso. TRATE. depósito que
funciona como
almoxarifado.
62
Quadro 5 – Ambientes do Espaço TRATE.
Usuários e
Denominação Imagem Dimensões Equipamentos Atividade Observações
Atendimentos
Como o
Espaço não
possui um
depósito geral
outros objetos,
Acesso apenas
Armários e Depósito de além de
Almoxarifado 2,24× 2,36m profissionais do
brinquedos brinquedos. brinquedos,
TRATE.
são guardados
no local,
dificultando o
acesso aos
mesmos.
63
64
ESPAÇO TRATE
Para criar uma unidade da edificação foi proposto uma bateria de ambientes
(recepção, salas de psicologia e banheiros), criando um elo que ligue os dois
edifícios (ver Figura 28). O corredor coberto, ligando os dois edifícios, também
promove proteção em dias de chuva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, Letícia Calmon Drummond. O que é Síndrome de Asperger? São Paulo, sem
data.
BRASIL. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das
pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde
mental.
CULLINAN, Dominic, 2009. Penoyre & Prasad: TreeHouse, Muswell Hill, north London.
Disponível em: < http://www.architecturetoday.co.uk/?p=515>. Acesso em: 16 fev. 2016.
KANNER, Leo. Autistic disturbances of affective contact. Revista Nervous Child, número
2, p. 217-250, 1943.
LIMA, Lisiane Pedroso; ROCHA, Gabriela Sitja; FORMOSO, Carlos Torres. O uso do
projeto baseado em evidências para melhorar os ambientes de cozinha e área de
serviço de empreendimentos habitacionais de baixa renda. Minas Gerais, 2012.
MOSTAFA, Magda. An Architecture for Autism: Concepts of Design Intervention for the
Autistic User. Archnet-IJAR, International Journal of Architectural Research, p.189-211,
2008.
SIEGEL, Matthew; GABRIELS, Robin L. Practice Parameter for the Assessment and
Treatment of Children and Adolescents With Autism Spectrum Disorder. 2014.
TAMANAHA, Ana Carina; PERISSINOTO, Jacy e CHIARI, Brasilia Maria. Uma breve
revisão histórica sobre a construção dos conceitos do Autismo Infantil e da síndrome
de Asperger. São Paulo, p. 297-299, 2008.
TOLEZANI, Mariana. Son-Rise: uma abordagem inovadora. Revista Autismo, p.5-6, 2010.
RU
AP
LÁC
IDO
JO
SÉ
DA
S
C
OS
O
TA
G
IN
M
DO
O
SÃ
A
RU
N
S
4 PLANTA DE COBERTA E LOCAÇÃO - PROPOSTA
A
M
LI
RA
EI
IV
OL
DE
ÃO
RA
AB
A
RU
S
PLANTA DE SITUAÇÃO
1 N
L
N
S
L
PL. BAIXA - PROPOSTA
5
7 CORTE BB'
N
S
L
6 CORTE AA'
9 FACHADA POSTERIOR
LEGENDA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS ARAPIRACA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
8 FACHADA FRONTAL A ARQUITETURA A SERVIÇO DO TRATAMENTO DA CRIANÇA AUTISTA
Avaliação e recomendações para o Espaço TRATE Autismo Arapiraca
Estudo preliminar do Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas - UFAL, Campus Arapiraca,
como requisito para obtenção do Grau de Bacharel.
FOLHA: