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muscle training (IMT) has been used as a resource to increase respiratory pressures that
are found decreased due to changes in lung volume.
Key words: Heart failure; Respiratory exercises; Inspiratory muscle training; Chronic
obstructive pulmonary disease.
Introdução
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Diversos são os distúrbios que podem comprometer a capacidade
ventilatória sejam eles cardiovasculares como revascularização do miocárdio e
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou pulmonares como a doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC). Estes levam à disfunção muscular respiratória
relacionada com a perda da capacidade de gerar força6.
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significativamente menores da Pimáx e Pemáx em relação aos valores pré-
operatórios nos pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca6,10.
Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão
bibliográfica evidenciando os benefícios do treinamento muscular inspiratório na
melhora da capacidade respiratória com aumento da Pimáx e Pemáx em pacientes
com alterações cardiovasculares e respiratórias.
Métodos
Resultados
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Autores/ano Metodologia Considerações
15 pacientes realizando
TMI com threshold na
TMI por oito semanas
Silva15 et al posição sentada com
proporcionou aumento significativo
carga de 40% Pimáx
2010 da distância percorrida no TC6 min
mensurada. Três séries
em pacientes em hemodiálise.
com cinco repetições, três
vezes por semana.
Legenda: TMI- treinamento muscular inspiratório; PO1- primeiro pós-operatório; VC- volume
corrente, CV: Capacidade Vital; Pimáx- pressão inspiratória máxima; Pemáx- pressão
expiratória máxima; PFE- pico de fluxo de tosse; GER- grupo exercícios de menor
resistência; TC6- teste de caminhada de seis minutos, MMSS- membros superiores.
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Autores/ano Metodologia Considerações
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Autores/ano Metodologia Considerações
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Autores/ano Metodologia Considerações
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Discussão
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pré e pós-treinamento respectivamente, e Pemáx de 96,4 ± 36,4 cmH2O para 101 ±
40,3 cmH2O15.
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mortalidade, e tem sido associada a eventos cardiovasculares incidentes, incluindo
infarto do miocárdio, morte cardiovascular e, possivelmente, acidente vascular
cerebral. Estas associações foram independentes de outras medidas de função
pulmonar, como a CVF 22.
Santa-Sosa23 et al observaram que a combinação de TMI e exercício
(aeróbio + resistência) trazem benefícios significativos no pico VO2 dos pacientes e
na força muscular inspiratória, que foram acompanhados com uma mudança na
composição corporal (diminuição da gordura e aumento percentual de massa livre
de gordura). Além disso, alguns ganhos de força muscular, isto é, PImax e 5RM
leg-press foram em grande parte mantida após destreinamento, e uma tendência
positiva foi observada para os efeitos do treinamento na qualidade de vida dos
pacientes. A PImáx aumentou significativamente com o treinamento (36,5%, p
<0,001), e manteve-se praticamente inalterado após o período de destreinamento
(-4,1%, p = 0,171). Entretanto não foram observadas mudanças significativas
durante o período de estudo no grupo controle (p = 0,444 para pré-treinamento
versus pós-treinamento, p = 0,824 para pós-treinamento versus destreinamento).
O mecanismo pelo qual o TMI gera melhoria da função destes músculos não
tem sido elucidado. As alterações bioquímicas identificadas nos músculos
respiratórios são diferentes daqueles que ocorrem nos músculos dos membros na
ICC. Nos músculos dos membros, verificou-se uma diminuição de enzimas
oxidativas, um declínio na proporção de contração lenta tipo I (oxidativa) e um
rápido aumento em fibras do tipo II (glicolítica). Estas alterações são similares aos
que ocorrem com um estilo de vida sedentário23.
Conclusão
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